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Carla Bertelli – 5° Período Doença da Junção Neuromuscular Doença da Junção Neuromuscular • De Bloqueios • De Estimulação maior Os nervos ligam-se aos músculos na junção neuromuscular. Terminações das fibras nervosas ligam-se a regiões especiais denominadas placas motoras terminais. Essas placas contêm receptores que permitem ao músculo responder à acetilcolina, o mensageiro químico (neurotransmissor) liberado pelos nervos para transmitir um impulso nervoso através da junção neuromuscular.. • Quando o nervo estimula um músculo nessa junção, um impulso elétrico passa pelo músculo, provocando assim a sua contração. • Depois de transmitir o impulso, a acetilcolina é rompida, para não continuar a estimular o músculo Distúrbios de mau funcionamento das JNM incluem: • Miastenia Gravis • Botulismo • Síndrome de Lambert-Eaton Essas doenças afetam principalmente receptores, como teorias autoimunes ou infecciosas.. São caracterizadas por hipofunção Além disso, muitos medicamentos (incluindo doses muito elevadas de alguns antibióticos), certos inseticidas (organofosforados), antidepressivos tricíclicos, o curare e os gases, incluindo anestésicos – nesse caso um hiperfuncionamento (tetania) • Algumas dessas substâncias impedem a decomposição normal da acetilcolina, depois de ter transmitido o impulso nervoso ao músculo. Miastenia Gravis A miastenia grave é uma doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de paresia intermitente. • A miastenia grave é causada por disfunção do sistema imunológico. • As pessoas geralmente têm ptose palpebral, diplopia e os músculos geralmente ficam paréticos depois de exercícios. • Exames usando uma bolsa de gelo ou repouso para ver se essas medidas melhoram a paresia, eletromiografia e exames de sangue podem ajudar a confirmar o diagnóstico. • Crises miastenias comum no verão • Alguns medicamentos podem melhorar rapidamente a força muscular e outros podem diminuir a progressão da doença • Associação de Miastenia com o TIMOMA. • Anticorpo Anti-Acetilcolina (acomete o receptor de acetilcolina) A miastenia grave é mais comum entre as mulheres jovens e em homens idosos. Geralmente, desenvolve-se em mulheres entre as idades de 20 e 40 anos e em homens entre as idades de 50 e 80 anos. Entretanto, a doença pode afetar homens e mulheres de qualquer idade. Raramente começa durante a infância. Os nervos se comunicam com os músculos liberando um mensageiro químico (neurotransmissor), que interage com os receptores nos músculos (na junção neuromuscular) e estimula a contração dos músculos. Acetilcolina. Na miastenia grave, o sistema imunológico produz anticorpos que atacam um tipo de receptor no lado do músculo da junção neuromuscular – receptores que respondem ao neurotransmissor acetilcolina. Como resultado, a comunicação entre a célula nervosa e o músculo é interrompida • Desconhecemos a causa da reação autoimune. Segundo uma teoria, pode estar implicada uma disfunção do timo. • No timo, algumas células do sistema imunológico aprendem a diferenciar entre as substâncias próprias do organismo e as substâncias estranhas. Carla Bertelli – 5° Período • Por razões desconhecidas, o timo dá ordens às células do sistema imunológico para produzir anticorpos que atacam os receptores de acetilcolina. • A predisposição para esse fenômeno autoimune pode ser de caráter hereditário. • Aproximadamente 65% das pessoas que têm miastenia gravis têm um timo maior e aproximadamente 10% tem um tumor do timo (timoma). A miastenia grave também ocorre frequentemente em pessoas com outras doenças autoimunes, tais como artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto. Algumas pessoas com miastenia grave não têm anticorpos aos receptores de acetilcolina, mas têm a uma enzima envolvida na função da junção neuromuscular. • Estrabismo Divergente III • Estrabismo Convergente IV A miastenia grave pode ser desencadeada por: • Infecções • Cirurgia • Uso de certos medicamentos, como nifedipino ou verapamil (usado para tratar pressão arterial alta), quinina (usado para tratar malária) e procainamida (usado para tratar arritmia cardíaca). • Aumento de uma enzima que decompõe a acetilcolina Miastenia neonatal • A miastenia neonatal se desenvolve em 12% dos bebês nascidos de mulheres que têm miastenia grave. • Os anticorpos contra os receptores de acetilcolina, que circulam no sangue, podem passar para o feto através da placenta de uma mulher grávida. • Nesses casos, o bebê tem paresias que desaparecem dias depois ou até algumas semanas depois do parto. Sintomas • Os surtos são frequentes. Em outras vezes, os sintomas podem ser mínimos ou ausentes. • Os sintomas mais comuns de miastenia grave são: Ptose palpebral; Diplopia; Paresia após atividade física. A paresia desaparece quando os músculos estão em repouso, mas volta quando usados novamente. A paresia é menos grave em temperaturas mais frias. NÃO TEM COMPROMETIMENTO SENSORIAL Em cerca de 40% das pessoas com miastenia grave, os músculos oculares são afetados primeiro, mas 85% delas acabam por ter este problema. Em 15% das pessoas, apenas os músculos oculares são afetados, mas, na maioria das pessoas, todo o corpo é afetado. • São frequentes a disfagia e disartria. • Não há comprometimento sensorial. Diagnóstico • Eletromiografia (estimular os músculos, depois registrar sua atividade elétrica) • Exames de sangue para detectar anticorpos aos receptores de acetilcolina. • Os exames de sangue também são realizados para verificar outras doenças, incluindo doenças da tireoide. • Após a miastenia grave ser diagnosticada, para avaliar o timo e saber se há timoma, realizam-se exames de imagem por tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do tórax. Botulismo O botulismo é uma intoxicação pouco frequente, potencialmente mortal, causada pelas toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. – POTENCIALMENTE MORTAL, porém INCOMUM • O Clostridium botulinum é anaeróbio. • As toxinas que causam o botulismo, são extremamente potentes e podem prejudicar gravemente a função do nervo periférico. • Paralisam os músculos ao evitar que os nervos liberem um mensageiro químico (neurotransmissor) chamado acetilcolina. • Em doses bem pequenas, toxinas botulínicas podem ser usadas para aliviar hipertonias. Carla Bertelli – 5° Período A bactéria Clostridium botulinum produz células reprodutivas chamadas esporos que podem permanecer em estado latente durante muitos anos. Algumas toxinas produzidas por Clostridium botulinum não são destruídas pelo ácido do estômago ou pelas enzimas protetoras do intestino. A maioria dos casos são devido à ingestão de alimentos que contêm as toxinas. Há diferentes formas de botulismo, com diferentes causas. As formas mais comuns são • Botulismo transmitido por alimentos. • Botulismo por feridas. Botulismo Transmitido Por Alimentos As fontes mais comuns de botulismo transmitido por alimentos são: • Alimentos em conserva caseiros, principalmente os que têm baixo conteúdo ácido, como aspargo, feijão-verde, beterraba e milho. • No entanto, cerca de 10% dos surtos são provocados ao consumir alimentos preparados comercialmente, com maior frequência verduras, peixes, frutas e condimentos (como molhos). • Menos comumente, o botulismo é causado pela ingestão de carne, derivados do leite, carne de porco, aves ou alguns outros alimentos. • As fontes mais comuns de botulismo transmitido por alimentos são: • Alimentos em conserva caseiros, principalmente os que têm baixo conteúdo ácido, como aspargo, feijão-verde, beterraba e milho. • No entanto, cerca de 10% dos surtos são provocados ao consumir alimentos preparados comercialmente, commaior frequência verduras, peixes, frutas e condimentos (como molhos). • Menos comumente, o botulismo é causado pela ingestão de carne, derivados do leite, carne de porco, aves ou alguns outros alimentos. Botulismo por Feridas O botulismo de feridas ocorre quando a bactéria Clostridium botulinum contamina uma ferida ou é introduzida em outros tecidos. Dentro da ferida, as bactérias produzem toxinas que são absorvidas pela corrente sanguínea. Injetar drogas com agulhas não esterilizadas pode causar este tipo de botulismo, como também injetar heroína contaminada em um músculo ou sob a pele Sintomas No botulismo transmitido por alimentos, os sintomas costumam surgir subitamente 18 a 36 horas depois de as toxinas entrarem no organismo, apesar de poderem manifestar-se a partir de 4 horas ou até mesmo 8 dias após a ingestão das toxinas. Quanto mais toxinas forem ingeridas, mais rapidamente a pessoa adoece. Os primeiros sintomas de botulismo transmitido por alimentos são frequentemente náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. Esses sintomas digestivos em geral ocorrem antes de os músculos serem afetados. As pessoas com botulismo causado por feridas não apresentam sintomas digestivos • Xerostomia, • Diplopia, • Ptose palpebral, • Dificuldade em focalizar objetos próximos, • Midríase, • Disfasia e Disfagia. As lesões nervosas devido a toxinas afetam a força muscular, mas não a sensibilidade. Além disso, não há comprometimento cognitivo. Diagnóstico • Normalmente eletromiografia. • Quando possível, testes para detectar toxinas em alimentos, sangue ou excrementos. Síndrome de Lambert-Eaton A síndrome de Lambert-Eaton é uma doença autoimune que prejudica a comunicação entre os nervos e os músculos, causando paresia. Carla Bertelli – 5° Período A síndrome de Lambert-Eaton geralmente precede certos tipos de câncer, principalmente do pulmão em homens, ou ocorre conjuntamente ou se desenvolve depois da doença. Esta síndrome causa paresia de mmii, astenia, xerostomia, ptose palpebral e mialgias. Para estabelecer o diagnóstico, é necessário realizar uma eletromiografia. O tratamento do câncer, se presente, pode aliviar os sintomas, bem como a guanidina, e algumas pessoas se beneficiam de corticosteroides e plasmaférese. • A síndrome de Lambert-Eaton é causada por anticorpos que interferem na liberação do neurotransmissor acetilcolina, em vez de atacar os seus receptores (como na miastenia grave). • Síndromes paraneoplásicas. Intoxicação Por Inseticidas Muitos inseticidas podem causar intoxicações depois de ingeridos, inalados ou absorvidos pela pele. Alguns inseticidas são inodoros, de modo que a pessoa não percebe que está exposta a eles. Os inseticidas organofosforados e carbamatos fazem com que certos nervos disparem erraticamente, causando a hiperfunção de muitos órgãos que, por fim, deixam de funcionar (liberação excessiva de acetilcolina). Sintomas • Os organofosforados e os carbamatos causam lacrimejamento, visão embaçada, salivação, transpiração, tosse, vômitos, bem como fezes e micção frequentes. • A pressão arterial pode baixar. A frequência cardíaca pode diminuir e tornar-se errática e podem ocorrer convulsões. • A respiração pode ficar difícil e os músculos podem apresentar espasmos e fraqueza. • Os sintomas duram entre horas e dias após a exposição a carbamatos, mas a fraqueza pode persistir durante semanas depois da exposição a organofosforados. Diagnóstico O diagnóstico de intoxicação por inseticidas baseia-se nos sintomas e numa descrição dos fatos anteriores relacionados à intoxicação. O diagnóstico é corroborado se a atropina IV aliviar os sintomas da pessoa. Os exames de sangue podem confirmar a intoxicação por organofosforados ou carbamatos. Polirradiculoneuropatia Aguda A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo com incidência anual de 1 a 4 por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade. • Paralisia flácida • SEM TÔNUS • SEM REFLEXOS PROFUNDOS • DOENÇA AUTOIMUNE. • Lesão da bainha de mielina Miller-Fisher Variação com oftalmoplegia, ataxia e arreflexia de tronco Parada respiratória • Campylobacter jejuni, Citomegalovírus, Epstein Barr e com infecções virais ou outros fatores precipitantes . • Sem patologia ou outro fator precedente. • Infecções virais, Hepatites, HIV, Influenza e • Fatores precipitantes: Cirurgia, Gravidez e Imunização Diagnóstico • 1. Aspectos necessários para o diagnóstico • Perda progressiva de força nas pernas e nos braços. • Arreflexia • 2. Aspectos que sustentam fortemente o diagnóstico Carla Bertelli – 5° Período • Progressão dos sintomas em até 4 semanas • Simetria relativa dos sintomas • Alterações variadas de sensório • Envolvimento de pares cranianos (principalmente o facial) • Recorrência dos sintomas dentro de 2~4 semanas • Disfunção autonômica • Ausência de febre no início • Proteinorraquia elevada com celularidade abaixo de 10/mm3 • Achados eletrodiagnósticos típicos Esclerose Múltipla A esclerose múltipla (EM) é uma doença que compromete pessoas entre 20 e 50 anos de idade, no auge de sua idade produtiva, provocando lesões no sistema nervoso central (cérebro, nervos ópticos e medula espinal), com sintomas que podem ser transitórios ou definitivos. Reação autoimune direcionada a mielina, uma capa de gordura que cobre todas as nossas células nervosas. Uma doença autoimune é aquela em que o sistema de defesa de uma pessoa resolve atacar a ela mesma, ao invés de um agente externo, como um vírus ou bactéria. Com a perda da mielina os impulsos nervosos ficam mais lentos e a pessoa pode sentir dificuldade em realizar determinadas ações ou em seus sentidos, como perda de força em um ou mais membros, perda de sensibilidade ou formigamentos, falta de coordenação, dificuldade para caminhar, perda ou dificuldade visual e até dificuldade em controlar a urina. Os sintomas não são súbitos, isto é, de repente ou de uma hora para outra, e costumam se intensificar em dias a semanas. Nas primeiras vezes que estes sintomas acontecem o organismo consegue interromper este dano, reduzindo a inflamação e produzindo uma nova capa de mielina, e por isso o individuo pode ter resolução completa destes sintomas em semanas a meses, muitas vezes atrasando o diagnóstico. • Com o passar dos anos, se não tratada, aí sim a doença pode deixar sequelas e cicatrizes permanentes. Esta é chamada de EM remitente recorrente, mas alguns pacientes não apresentam estas crises e podem ter sintomas que não resolvem espontaneamente, chamadas de EM primaria progressiva. • A EM compromete cerca de 3 milhões de pessoas no mundo, e sua prevalência pode mudar de acordo com a região. Por exemplo, é muito mais freqüente no norte dos Estados Unidos ou Europa, chegando a estar presente em 80 para 100.000 pessoas, mas no Brasil este número cai para 20 a 30 para 100.000. Existem fatores genéticos e do meio ambiente que causas esta diferença em populações distintas, mas também existe muito que ainda não se sabe. Pesquisadores e cientistas conseguiram identificar varias alterações quem acontecem no processo autoimune dentro do corpo da pessoa com EM, e em cima disso muitos medicamentos forma desenvolvidos para frear esta agressão. Mas exatamente porque seu sistema imunológico resolve reconhecer a mielina como inimiga e atacá-la é ainda desconhecido. Diagnóstico • RMN • ANTICORPO ANTI-MOG E ANTI- ACQUAPORINA
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