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Roteiros Bioquímica Clínica Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Conservação e manipulação de amostras biológicas AULA 1 ROTEIRO 1 Objetivo � Coleta de material biológico. Procedimento Passos para a coleta com sistema a vácuo e coleta múltipla: 1. Rosqueie a agulha no adaptador (canhão). Não remova a capa protetora de plástico da agulha; 2. Oriente o paciente quanto ao procedimento; 3. Ajuste o garrote e escolha a veia; 4. Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool 70%; 5. Faça a punção e após introduza o tubo no suporte, pressionando-o até o limite; 6. Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir no tubo; 7. Separe a agulha do suporte com a ajuda do frasco desconectador ou com uma pinça; 8. Descarte-a no recipiente adequado para material perfurocortante; 9. Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo. Serviço Social Cor/tubos/setor aplicável Tampa Anticoagulante Setor Material Roxo EDTA Hematologia Vidro ou plástico Amarelo Gel separador com ativador de coágulo Sorologia e bioquímica Vidro ou plástico Verde Citrato de sódio Hematologia (coagulação) Vidro Vermelho Siliconizado sem anticoagulante Sorologia e bioquímica Vidro ou plástico Cinza Fluoreto de sódio + EDTA Bioquímica Vidro ou plástico Materiais Quantidade � Tubos de coleta a vácuo Ver procedimento � Algodão � Álcool Equipamentos Quantidade � Garrote Ver procedimento Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Os materiais perfurocortantes e os materiais biológicos devem ser descartados em DESCARPAK. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Princípios de fotometria AULA 1 ROTEIRO 2 Objetivos � Determinar o espectro de absorção de uma solução de permanganato de potássio; � Caracterizar o comprimento de onda (λ) onde ocorre absorção máxima; � Construir uma curva padrão do permanganato de potássio. Procedimento Procedimentos gerais de ajuste do fotômetro 1. Ligar o aparelho; 2. Selecionar o comprimento de onda adequado. 3. Ajustar o zero de transmitância; 4. Introduzir a cubeta com o branco (água destilada) e ajustar a 100% de transmitância, no botão correspondente; 5. Repetir os ajustes anteriores. Obtenção do espectro de absorção 1. Ajustar o comprimento de onda inicialmente em 450 nm; 2. Ajustar o 100% de transmitância com o branco. Isso coincide com o 0 de absovância; 3. Colocar a cubeta com a solução de permanganato de potássio à concentração de 3 mg/100 mL; Serviço Social 4. Ler a absorvância e registrá-la; 5. Ajustar o λ a 490 nm, repetir o ajuste do branco, recolocar a solução de permanga- nato e ler novamente a absorvância correspondente a esse λ; 6. Repetir essas operações para os seguintes valores de λ: 530, 570 e 610; 7. Fazer o gráfico do espectro de absorção do permanganato em papel milimetrado, relacionando absorvância (ordenada) contra λ (abcissa); 8. Determinar o λ de absorção máxima. λ A 450 490 530 570 610 Materiais Quantidade � Pipeta Pasteur � Solução de KMnO4 3 mg/100 mL � Água destilada Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas Ver procedimento Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação da glicemia, amilasemia e lipasemia AULA 1 ROTEIRO 3 Objetivo � Cada uma das determinações tem um objetivo específico. Procedimento (Kits Labtest) 1-Glicemia Objetivos A determinação da glicose em amostras de sangue é útil na avaliação do metabolismo de carboidratos. Sua determinação em líquidos biológicos auxilia na distinção entre processos inflamatórios e infecciosos. Método Direto 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Amostra ----- 0,01 mL ----- Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL Reagente 1 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL Serviço Social 2. Misturar vigorosamente e colocar em banho-maria, a 37 ºC, durante 15 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio; 3. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde (490 a 540 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Cálculo Ver linearidade. Efetuar cálculos distintos para o método direto e método com desproteinização. Glicose (mg/dL) = Absorbância do teste x 100 Absorbância do padrão 2-Amilase Objetivo A determinação da amilase em amostras de sangue, urina e outros líquidos biológicos é teste útil no diagnóstico da pancreatite aguda e suas complicações. Procedimento manual 1. Tomar 2 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Teste Controle Substrato (nº 1) 0,5 mL 0,5 mL Manual de Estágio 2. Colocar em banho-maria, a 37 ºC, durante 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Amostra 0,01 mL ----- 3. Misturar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, durante exatamente 7 minutos e 30 segundos (cronometrados). Reagente de cor de uso 0,5 mL 0,5 mL Água destilada ou deionizada 4,0 mL 4,0 mL 4. Misturar e esperar 5 minutos. 5. Determinar as absorbâncias do teste e controle em 660 nm ou filtro vermelho (620 a 700 nm), acertando o zero com água destilada. A cor é estável por 30 minutos. Cálculo Ver linearidade. Amilase (unidades/dL) = Ac – At Ac 3-Lipase Objetivos A lipase é um marcador mais específico de doença pancreática aguda do que a amilase. Serviço Social Seus níveis estão aumentados em pacientes com pancreatite aguda e recorrente, abscesso ou pseudocisto pancreático, trauma, carcinoma de pâncreas, obstrução dos ductos pancreáticos e no uso de fármacos (opiáceos). Está também aumentada na maior parte das condições inflamatórias da cavidade abdominal, doenças do trato biliar, abscessos abdominais e insuficiência renal aguda e crônica (com menor frequência do que a amilase). Procedimento manual A metodologia deve ser necessariamente realizada em formato birreagente. Não deve ser preparado reagente de trabalho. 1. Ajustar a temperatura do fotômetro para 37 ºC e o comprimento de onda em 570 nm (550 - 600); 2. Acertar o zero com água deionizada; 3. Em um tubo rotulado teste ou calibrador, pipetar 0,60 mL do reagente 1; 4. Adicionar 0,010 mL de amostra ou calibrador; 5. Adicionar 0,36 mL do reagente 2, homogeneizar, transferir imediatamente para a cubeta termostatizada e disparar simultaneamente o cronômetro; 6. Medir as absorbâncias aos 90 e 180 segundos; 7. Usar a diferença de absorbância (∆A) entre os dois tempos (A180 - A90) para calcu- lar os resultados. Cálculos Ver linearidade. Lipase (U/L) = Teste (A180 - A90) x CC Calibrador (A180 - A90) Manual de Estágio CC: concentração do calibrador Materiais Quantidade � Tubos de ensaio 10 por grupo � Estantes 1 por grupo � Pipetas automáticas 10, 20, 50 1000uL Ver procedimentos � Pipetas graduadas com pera � Pipetas sorológicas � Soro � Kit de glicose, kit de amilase e kit de lipase Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas � Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Serviço Social Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação de uricemia para diagnóstico de gota úrica AULA 2 ROTEIRO 1 Objetivo � Determinação do ácido úrico por reação de ponto final em amostras de sangue, urina e líquidos (amnióticos e sinovial). Procedimento (Kits Labtest) Tomar 3 tubos de ensaio e procedercomo a seguir: Branco Teste Padrão Amostra ... 0,02 mL ... Padrão (nº 3) ... ... 0,02 mL Reagente de trabalho 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL Misturar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, durante 10 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível do reagente nos tubos de ensaio. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 520 nm ou filtro verde (490-540), acertando o zero com o branco. A cor é estável em 15 minutos. Manual de Estágio Cálculo Ácido úrico (mg/dL) = Absorbância do teste/absorbância padrão x 6 Materiais Quantidade � Tubos de ensaio 10 por grupo � Estantes 1 por grupo � Pipetas automáticas 10, 20, 50 1000uL � Pipetas graduadas com pera � Soro � Kit de ácido úrico Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas � Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Serviço Social Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Provas laboratoriais de rotina para avaliação renal, determinação da uremia e creatinemia AULA 2 ROTEIRO 2 Objetivo � Cada kit tem um determinado objetivo. Procedimento (Kits Labtest) 1-Ureia Objetivo A determinação da ureia em amostras de sangue e urina é útil na avaliação da função renal. Procedimento manual 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Amostra ----- 0,01 mL ----- Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL Urease tamponada 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL Manual de Estágio 2. Misturar e incubar a 37 ºC durante 5 minutos. Oxidante de uso 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL 3. Misturar e incubar a 37 ºC durante 5 minutos. 4. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 600 nm (580 a 610 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 2 horas. Cálculo Ver linearidade. Ureia (mg/dL) = Absorbância do teste x 70g/dl Absorbância do padrão 2-Creatinina Objetivo A determinação da creatinina em amostras de sangue e urina é teste de avaliação da função renal. A determinação da concentração de creatinina no líquido amniótico é um dos parâmetros laboratoriais para a avaliação da maturidade fetal. Serviço Social Procedimento manual 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Tampão (nº 2) 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL Amostra ----- 0,25 ml ----- Água destilada ou deionizada 0,25 mL ----- ----- Padrão (nº 3) ----- ----- 0,25 mL Ácido pícrico (nº 1) 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL 2. Misturar e colocar em banho-maria, a 37 ºC, durante 10 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. 3. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 510 nm ou filtro verde (500 a 540 nm), acertando o zero com o branco. A absorbância do teste será a A1. Acidificante (nº 4) 0,1 mL 0,1 mL ----- 4. Misturar e deixar na temperatura ambiente durante 5 minutos. 5. Determinar a absorbância do teste em 510 nm ou filtro verde (500 a 540 nm), acer- tando o zero com o branco. A absorbância do teste será a A2. Cálculos Creatinina (não corrigida) = A1-A2 x 4,00 mg/dL Absorbância do Padrão Manual de Estágio Materiais Quantidade � Tubos de ensaio 10 por grupo � Estantes 1 por grupo � Pipetas automáticas 10, 20, 50 1000uL � Pipetas graduadas com pera � Soro � Kit de ureia e creatina Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas � Banho-maria a 37º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Serviço Social Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Compostos nitrogenados/ Transaminase Pirúvica AULA 2 ROTEIRO 3 Objetivo � A determinação da alanina aminotransferase ou transaminase glutâmico pirúvica (ALT/GPT) em amostras de sangue é útil na avaliação da função hepática, sendo mais sensível na detecção de lesão hepatocelular que de obstrução biliar. Procedimento (Kits Labtest) 1. Tomar 1 tubo de ensaio e proceder como a seguir: Teste TGP substrato (nº 1) 0,25 mL 2. Colocar em banho-maria, a 37 ºC, por 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Amostra 0,05 mL 3. Misturar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, exatamente por 30 minutos. Reagente de cor (nº 2) 0,25 mL 4. Misturar e deixar na temperatura ambiente por 20 minutos. NaOH de uso 2,5 mL Manual de Estágio 5. Misturar e esperar 5 minutos. Determinar as absorbâncias ou T% em 505 nm ou filtro verde (490 a 540), acertando o zero com água destilada. A cor é estável por 60 minutos. 6. Obter o valor de TGP usando a curva de calibração. Curva de calibração Como o sistema de medida (Reitman-Frankel-U/mL) não é proporcional à atividade enzimática, é impossível utilizar o método do fator para cálculo, sendo necessária a preparação de curva de calibração. Tomar 5 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Tubo nº 1 2 3 4 5 mL mL mL mL mL Padrão (nº 4) ----- 0,1 0,2 0,3 0,4 TGP substrato (nº 1) 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 Água destilada ou deionizada 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Reagente de cor (nº 2) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Misturar e deixar na temperatura ambiente por 20 minutos. NaOH de uso 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Misturar e deixar na temperatura ambiente por 5 minutos. Determinar as absorbâncias ou T% em 505 nm ou filtro verde (490 a 540), acertando o zero com água destilada. A cor é estável por 60 minutos. Serviço Social Traçado da curva de calibração Traçar a curva de calibração correlacionando as leituras obtidas com os valores em unidades/mL, expressos na tabela a seguir, utilizando papel linear (para absorbâncias) ou monolog (para T%). Tubo nº 1 2 3 4 5 TGP (unidades/mL) zero 28 57 97 150 Materiais Quantidade Tubos de ensaio 10 por grupo Estantes 1 por grupo Pipetas automáticas 10, 20, 50, 1000uL Pipetas graduadas com pera Soro Kit de compostos nitrogenados – TGP Equipamentos Quantidade Espectofotomêtro/cubetas Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação sanguínea de bilirrubinas AULA 2 ROTEIRO 4 Objetivo � A determinação da bilirrubina em amostras de sangue é útil na avaliação de doenças hepatobiliares e hematológicas que cursam com alteração no metabolismo da bilirrubina. Sua dosagem no líquido amniótico auxilia na avaliação da eritroblastose fetal. Procedimento (Kits Labtest) Tomar 3 cubetas do fotômetro e proceder como a seguir: Branco Teste Calibrador Reagente 1 0,8 mL 0,8 mL 0,8 mL Amostra --- 0,05 mL --- Calibrador --- --- 0,05 mL Água deionizada 0,05 mL --- --- Homogeneizar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, durante 5 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Determinar somente as absorbâncias do teste e calibrador em 546 nm (530 a 550 nm), acertando o zero com água deionizada. Obtém-se a absorbância A1. Branco Teste Calibrador Reagente 2 0,2 mL 0,2 mL 0,2 mL Serviço Social Homogeneizar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, durante 5 minutos. Determinar as absorbâncias do teste e calibrador em 546 nm (530 a 550 nm), acertando o zero com o branco. Obtém-se a absorbância A2. A cor é estável por 30 minutos. Cálculo Bilirrubina total = Absorbância do Teste x CCal mg/dL Absorbância do Calibrador CCal: concentração do calibrador Materiais Quantidade � Tubos de ensaio 10 por grupo � Estantes 1 por grupo � Pipetas automáticas 10, 20, 50, 1000uL � Pipetas graduadas com pera � Soro � Kit de bilirrubina Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas � Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverãoser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação sanguínea de fosfatase alcalina e gama g-t AULA 3 ROTEIRO 1 Objetivo � Cada kit tem seu objetivo específico. Procedimento (Kits Labtest) 1-Fosfatase alcalina Objetivo A determinação da fosfatase alcalina em amostras de sangue é útil na avaliação de doenças hepáticas e ósseas. Procedimento manual 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Substrato (nº 1) 0,05 mL 0,05 mL 0,05 mL Tampão (nº 2) 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL Padrão (nº 4) ----- ----- 0,05 mL 2. Colocar em banho-maria, a 37 ºC, por 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Amostra ----- 0,05 mL ---- Serviço Social 3. Misturar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, por exatamente 10 minutos. Reagente de cor (nº 3) 2,0 mL 2,0 mL 2,0 mL 4. Misturar e determinar as absorbâncias do teste e padrão em 590 nm ou filtro laranja (580 a 590 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 120 minutos. Cálculos Ver linearidade. Fosfatase alcalina (U/L) = Absorbância do teste x 45 Absorbância do padrão 2-Gama Gt Objetivo A determinação de -Glutamil Transferase (GGT) em amostras de sangue é útil no diagnóstico de doenças hepáticas. Procedimento cinético de tempo fixo Esse método requer a utilização de solução aquosa de ácido acético a 5% (V/V). 1. Tomar 2 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Reagente de trabalho 0,5 mL 0,5 mL Manual de Estágio 2. Incubar a 37 ºC durante 2 minutos. Sem remover os tubos do banho, adicionar: Amostra ----- 0,025 mL 3. Misturar e manter a 37 ºC por exatamente 10 minutos (cronometrados). Ácido acético 5% 1,0 mL 1,0 mL 4. Misturar e adicionar: Amostra 0,025 mL ----- 5. Misturar e determinar a absorbância do teste em 405 nm ou filtro azul (400 a 420 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Preparo do reagente de trabalho O conjunto de um frasco de reagente 1 e de um frasco de reagente 2 permite preparar o reagente de trabalho. Calibração Medir a absorbância do padrão em triplicata. Para que o fator possa ser considerado adequado, a diferença entre as absorbâncias não deve ser maior que 2%. Branco Padrão Água destilada 0,5 mL 0,5 mL Padrão ---- 0,05 mL Ácido acético 5% 1,0 mL 1,0 mL Serviço Social Homogeneizar e determinar as absorbâncias das replicatas do padrão em 405 nm (400 - 420 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Cálculo Gama GT (U/L) = Absorbância do teste x 125 (valor do padrão em U/L) Absorbância do Padrão Materiais Quantidade � Tubos de ensaio 10 por grupo � Estantes 1 por grupo � Pipetas automáticas 10, 20, 50, 1000uL � Pipetas graduadas com pera � Soro � Kit de fosfatase alcalina e gama g-t Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas � Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Estudo de caso AULA 3 ROTEIRO 2 Objetivo � Interpretar e correlacionar exames laboratoriais nos casos clínicos. Procedimento Caso clínico Um senhor com 45 anos, comerciante e com história pregressa de alcoolismo crônico, após ser encontrado desmaiado na rua, foi transportado imediatamente para um pronto- socorro. No exame físico, foi constatado um estado semicomatoso, hálito alcoólico, desidratação, debilidade física, edema de membros inferiores e fígado aumentado. Os testes da função hepática apresentaram as seguintes alterações: TGO (transaminase glutâmica oxaloacética) = 100UI/L (normal = 16 a 40,0) TGP (transaminase glutâmica pirúvica) = 370 UI/L (normal = 7,0 a 27,0) Bilirrubina total = 6,1 mg/dL (normal = 0,2 a 1,3) Serviço Social Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação da colesterolemia total, colesterolemia – HDL e triagliceridemia AULA 3 ROTEIRO 3 Objetivo � Cada kit tem seu objetivo específico. Procedimento (Kits Labtest) 1-Colesterol total Objetivo A determinação do colesterol em amostras de sangue é útil na investigação das dislipidemias e faz parte da avaliação do risco de doença coronariana isquêmica. Procedimento manual 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Amostra ----- 0,01 mL ----- Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL Reagente 1 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL 2. Misturar e colocar em banho-maria, a 37 ºC, por 10 minutos. O nível de água no banho deve ser superior ao nível de reagentes nos tubos de ensaio. Manual de Estágio 3. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde (490 a 510 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Cálculo Ver linearidade Colesterol mg/dL = Absorbância do teste x 200 Absorbância do Padrão 2-Colesterol HDL Objetivo A determinação do colesterol ligado às lipoproteínas é útil na investigação das dislipidemias e faz parte da avaliação do risco de doença coronariana isquêmica. Procedimento manual Precipitação de VLDL e LDL 1. Em um tubo 12 x 75, colocar: Soro 0,25 mL Precipitante 0,25 mL 2. Agitar vigorosamente durante 30 segundos. A agitação sugerida é fundamental para obtenção de resultados consistentes. 3. Centrifugar a 3.500 rpm por pelo menos 15 minutos para obter um sobrenadante límpido. 4. Pipetar o sobrenadante límpido imediatamente após a centrifugação, tomando o Serviço Social cuidado para não ressuspender o precipitado, a fim de evitar resultados falsamente elevados. Dosagem do colesterol HDL Utilizar com o reagente 1 – Colesterol Liquiform Labtest Cat. 76. 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Sobrenadante ----- 0,1 mL ----- Padrão (nº 2) ----- ----- 0,1 mL Reagente 1 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL 2. Misturar e colocar no banho-maria a 37 ºC durante 10 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível do reagente nos tubos de ensaio. 3. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde (490 a 540 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Cálculos Devido à diluição 1:2 aplicada às amostras durante o procedimento de precipitação das VLDL e LDL, o valor do padrão para cálculo dos resultados deve ser corrigido para 40 mg/dL. HDL mg/dL = Absorbância do teste x 40 Absorbância do Padrão Manual de Estágio 3-Triglicérides Objetivo A determinação dos triglicérides em amostras de sangue é empregada na abordagem laboratorial das hiperlipidemias. Procedimento manual Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Amostra ----- 0,01 mL ----- Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL Reagente 1 (nº 1) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL Misturar e colocar no banho-maria, a 37 ºC, por 10 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível do reagente nos tubos de ensaio. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde (490 a 520 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Cálculo Ver linearidade. Triglicérides (mg/dL) = Absorbância do teste x 200 Absorbância do Padrão Padrão (nº 2) ----- ----- 0,01 mL Reagente 1 (nº 1) 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL Serviço Social Misturar e colocar no banho-maria, 37 ºC, por 10 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível do reagente nos tubos de ensaio. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde (490 a 520 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos. Cálculo Ver linearidade. Triglicérides (mg/dL) = Absorbância do teste x 200 Absorbância do Padrão Materiais Quantidade Tubos de ensaio 10 por grupo Estantes 1 por grupo Pipetas automáticas 10, 20,50, 1000uL Pipetas graduadas com pera Soro Kit de colesterol e triglicérides Equipamentos Quantidade Espectofotomêtro/cubetas Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Aplicação da equação de Friedwald e Índice de Castelli AULA 3 ROTEIRO 4 Objetivo � Aplicar as determinações da aula prática nº 11 na equação de Friedwald e Índice de Castelli. Procedimento Equação de Friedwald: Colesterol LDL = colesterol total (colesterol HDL + colesterol VLDL) Colesterol VLDL = triacilglicerol/5 Índice de Castelli Colesterol LDL / Colesterol HDL Serviço Social Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação bioquímica de principais enzimas no diagnóstico do infarto do miocárdio (CK total, TGO, DHL) AULA 4 ROTEIRO 1 Objetivo � Cada kit tem seu objetivo específico. Procedimento (Kits Labtest) 1-CK NAC Objetivo A determinação da creatina quinase (CK) em amostras de sangue é útil na abordagem laboratorial do infarto agudo do miocárdio e de doenças musculares esqueléticas. Procedimento manual Condições de reação: comprimento de onda: 340 ± 2 nm, cubeta termostatizada, a 37 ± 0,2 ºC. 1- Em um tubo contendo 1,0 mL do reagente de trabalho, adicionar 0,02 mL de amostra ou calibrador, homogeneizar e transferir imediatamente para a cubeta termostatizada a 37 ºC. Esperar 2 minutos. 2- Registrar a absorbância inicial (A1) e disparar simultaneamente o cronômetro. Após 2 minutos, registrar a absorbância (A2). Manual de Estágio Cálculos ΔA/minuto Teste = (A2 - A1)/2 A/minuto Calibrador = (A2 - A1)/2: Atividade CK (U/L) = ∆A/minuto Teste x CCal ∆A/minuto Calibrador 2-Transaminase Oxalacética (AST/GOT) Objetivo A determinação da aspartato aminotransferase ou transaminase glutâmico oxalacética (AST/GOT) em amostras de sangue é útil na avaliação, no diagnóstico e no controle de doenças hepáticas e cardíacas. Procedimento manual 1. Tomar 1 tubo de ensaio e proceder como a seguir: Teste Substrato (nº 1) 0,25 mL 2. Colocar em banho-maria a 37 ºC, por 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Amostra 0,05 mL 3. Misturar e incubar em banho-maria, a 37 ºC, exatamente por 60 minutos. Reagente de cor (nº 2) 0,25 mL Serviço Social 4. Misturar e deixar na temperatura ambiente por 20 minutos. NaOH de uso 2,5 mL 5. Misturar e esperar 5 minutos. Determinar as absorbâncias ou T% em 505 nm ou filtro verde (490 a 540), acertando o zero com água destilada. A cor é estável por 60 minutos. Obter o valor de TGO usando a curva de calibração. Curva de calibração Como o sistema de medida (Reitman-Frankel-U/mL) não é proporcional à atividade enzimática, é impossível utilizar o método do fator para cálculo, sendo necessária a preparação de curva de calibração. Tomar 5 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Tubo nº 1 2 3 4 5 mL mL mL mL mL Padrão (nº 4) ----- 0,1 0,2 0,3 0,4 TGO substrato (nº 1) 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 Água destilada ou deionizada 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Reagente de cor (nº 2) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 Misturar e deixar na temperatura ambiente por 20 minutos. NaOH de uso 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 Misturar e deixar na temperatura ambiente por 5 minutos. Determinar as absorbâncias ou T% em 505 nm ou filtro verde (490 a 540), acertando o zero com água destilada. A cor é estável por 60 minutos. Manual de Estágio Traçado da curva de calibração Traçar a curva de calibração correlacionando as leituras obtidas com os valores em unidades/mL, expressos na tabela a seguir, utilizando papel linear (para absorbâncias) ou monolog (para T%). Tubo nº 1 2 3 4 5 TGO (unidades/mL) zero 24 61 114 190 3-DHL Objetivo A Desidrogenase Láctica é uma enzima que se encontra em quase todos os tecidos do nosso organismo, mas só uma pequena quantidade é detectável no sangue. Presente nas células dos tecidos, a DHL é libertada para a corrente sanguínea quando essas células estão danificadas ou são destruídas. Por isso, a DHL pode ser utilizada como um marcador geral para as lesões celulares, embora não identifique as células lesadas. A determinação da concentração sérica é realizada por cinética enzimática. Serviço Social Materiais Quantidade � Tubos de ensaio 10 por grupo � Estantes 1 por grupo � Pipetas automáticas 10, 20, 50, 1000uL � Pipetas graduadas com pera � Soro � Kit de CK total, TGO e DHL Equipamentos Quantidade � Espectofotomêtro/cubetas � Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Determinação de calcemia e fosfatemia AULA 4 ROTEIRO 2 Objetivo � Cada kit tem seu objetivo específico. Procedimento (Kits Labtest) 1-Cálcio Objetivo A determinação do cálcio em amostras de sangue e urina é útil no diagnóstico e no segmento dos distúrbios do metabolismo de cálcio e fósforo. Procedimento manual Esse procedimento elimina a interferência causada por traços de cálcio presentes na vidraria. 1. Tomar 2 cubetas do aparelho, rotular “Teste” e “Padrão” e proceder como a seguir: Teste Padrão Reagente de trabalho 1,0 mL 1,0 mL 2. Colocar o aparelho em 570 nm ou filtro verde laranja (550 a 590 nm). Serviço Social 3. Tomar a cubeta “Teste” e acertar o zero do aparelho. Em seguida, sem movimentar os controles do aparelho, adicionar 0,02 mL da amostra nessa cubeta. Misturar bem e determinar a absorbância (ATeste). 4. Tomar a cubeta “padrão” e acertar o zero do aparelho. Em seguida, sem movimentar os controles do aparelho, adicionar 0,02 mL de padrão nessa cubeta. Misturar bem e determinar a absorbância (APadrão). Cálculo Ver linearidade. Cálcio (mg/dL) = Absorbância do teste x 10 Absorbância do padrão 2-Fósforo Objetivo A determinação do fósforo inorgânico em amostras de sangue e urina é útil na avaliação do metabolismo do fósforo. Procedimento manual 1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir: Branco Teste Padrão Água destilada ou deionizada 2,5 mL 2,5 mL 2,5 mL Amostra ----- 0,1 mL ----- Padrão (nº 4) ----- ----- 0,1 mL Catalisador (nº 1) 1 gota 1 gota 1 gota Manual de Estágio 2. Misturar. Reagente Molibdato (nº 2) 1 gota 1 gota 1 gota 3. Agitar fortemente (nessa fase ocorre turvação) e colocar em banho de água fria (20 – 25 ºC) durante 2 minutos. O nível da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio. Tampão (nº 3) 2 gotas 2 gotas 2 gotas 4. Agitar fortemente e colocar em banho de água fria (20 – 25 ºC) durante 5 minutos. 5. Determinar as absorbâncias do teste e do padrão em 650 nm ou filtro vermelho (640 a 700 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 15 minutos. O branco é incolor. A presença de cor azulada visível no branco ocorre quando se usa água de qualidade inadequada. Cálculo Ver linearidade. Fósforo (mg/dL) = Absorbância do teste x 5 Absorbância do padrão Serviço Social Materiais Quantidade Tubos de ensaio 10 por grupo Estantes 1 por grupo Pipetas automáticas 10, 20, 50, 1000uL Pipetas graduadas com pera Soro Kit de cálcio e fósforo Equipamentos Quantidade Espectofotomêtro/cubetas Banho-maria a 37 º Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. Manual de Estágio Instituto de Ciências da Saúde Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Urina Tipo 1 (aspecto físico-químico e sedimentos) AULA 4 ROTEIRO 3 Objetivo � Cada kit tem seu objetivo específico. ProcedimentoVolume – não possui significado clínico e seu relato é opcional. O valor normal de urina produzida em 24 horas em adultos é de 1200 a 1500 mL e em crianças 15 mL/kg de peso. Cor – a cor da urina depende da presença e da concentração de pigmentos de origem alimentar, medicamentosa e até mesmo endógena. A urina normal geralmente é amarelada devido à presença de um pigmento chamado urocromo, produto do metabolismo endógeno e produzido em velocidade constante. Como variações de coloração nas amostras de urina anormais, encontramos: � Amarelo palha – recente ingestão de líquidos ou no caso de diabetes (tanto insípidus quanto mellitus). � Âmbar – presença de bilirrubina na amostra. � Alaranjada – interferência de medicamentos, como Piridium ou mesmo vitamina A. � Vermelha – presença de hemácias, hemoglobina, mioglobina e porfirinas. � Castanha/preta – alcaptonúria (presença de ácido homogentísico), presença de melanina. � Verde – interferência de medicamentos (amitriptilina, metocarbamol, indican e azul- de-metileno). Serviço Social Aspecto – termo que se refere à transparência da amostra de urina analisada. A urina normal tem aspecto límpido, porém pode sofrer alterações devido à presença de numerosas células epiteliais, de leucócitos, hemácias, bactérias e leveduras, filamentos de muco e de cristais. Exame físico-químico Realizado por meio de tiras reativas (reagentes) contendo as seguintes áreas reagentes: pH, proteínas, glicose, cetona, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e densidade. As tiras reagentes se baseiam em metodologia de química seca cujos resultados podem ser determinados visualmente ou por instrumentos semiautomatizados ou automatizados. Com relação à utilização das tiras reagentes, é necessário, antes de mais nada, homogeneizar bem a amostra e a seguir mergulhar rapidamente a tira reagente na amostra e retirar o excesso de urina dela. A leitura visual é realizada comparando as cores obtidas com a escala-padrão, respeitando o tempo de cada reação. Já as leitoras semiautomatizadas ou automatizadas são fotômetros de reflectância que medem a luz refletida a partir da área reagente. pH – os rins são os grandes responsáveis pela manutenção do equilíbrio ácido-base do organismo, eles são capazes de manter a homeostasia do corpo, eliminando grandes quantidades de ácidos ou bases através da urina. Densidade – ajuda a avaliar a função de filtração e concentração renais e o estado de hidratação do corpo. Proteínas – normalmente, as proteínas urinárias são constituídas pela albumina e por globulinas secretadas pelas células tubulares. Entre as proteínas não plasmáticas observadas na urina, destaca-se a mucoproteína de Tamm-Horsfall, proveniente dos túbulos distais. Sua importância decorre do fato de que essa proteína é a base dos cilindros encontrados na urina. Manual de Estágio Glicose – em situações normais quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida pelos túbulos proximais. Cetonas – o termo cetona envolve três produtos intermediários do metabolismo de gorduras: acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico. Sangue (hemácias/hemoglobina) – pode estar presente na urina na forma de hemácias íntegras ou na forma de hemoglobina (produto da destruição de hemácias in vivo ou in vitro). Sofre interferência da mioglobina. Bilirrubina – produto intermediário da degradação da hemoglobina. Presente no organismo de duas formas: bilirrubina não conjugada e bilirrubina conjugada, porém somente a última é excretada pelos rins e pode aparecer na urina. Urobilinogênio – pigmento resultante da degradação da hemoglobina. Nitrito – aparece devido à capacidade de algumas bactérias gram negativas fermentadoras reduzirem o nitrato (constituinte normal da urina) em nitrito. Leucócitos – detecta esterases presentes nos granulócitos. Análise do sedimento Tem a finalidade de detectar e identificar todos os elementos insolúveis, como hemácias, leucócitos, cilindros, cristais, células epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas e possíveis artefatos. Pode ser realizado por meio de: . Microscopia óptica comum: câmara de contagem, entre lâmina e lamínula ou sistemas padronizados. Preparo do sedimento para exame microscópico A padronização do preparo do sedimento é fundamental para a boa performance do exame microscópico da urina. Assim, deve-se padronizar: Serviço Social . Volume de urina centrifugada . Tempo de centrifugação . Velocidade de centrifugação RCF = 1,118 x 10-5 x r x N2 RCF = força centrífuga relativa = 400 r = raio do rotor (em cm) N = rotações por minuto . Fator de concentração do sedimento . Volume do sedimento analisado . Sistema de contagem: lâminas e lamínulas / câmaras de contagem / sistemas padronizados Exame microscópico A maneira pela qual o exame microscópico é realizado tem que ser consistente, incluindo a observação de, no mínimo, dez campos em menor e maior aumento (100 e 400x). A observação em menor aumento tem por objetivo avaliar a disposição dos elementos, a composição geral do sedimento e a presença ou não de cilindros. A identificação e a contagem de todos os elementos presentes são realizadas em aumento de 400x. Identificar e relatar Hemácias – aparecem em diversas situações, tais como: lesões no parênquima renal, lesões de trato urinário, alterações hematológicas e outras causas. Leucócitos – aparecem em infeções do trato urinário e em processos inflamatórios. Cilindros – formam-se no interior do túbulo contorcido distal e ducto coletor e têm Manual de Estágio matriz primariamente composta de mucoproteínas de Tamm-Horsfall, sendo sua aparência influenciada pelos elementos presentes no filtrado durante a sua formação. . Cilindros celulares – hemáticos, leucocitários, epiteliais. . Cilindros acelulares – hialinos, granulosos, céreos, lipoídico. . Cilindros pigmentares – hemoglobínicos e bilirrubínicos. Cristais – são frequentemente achados na análise do sedimento urinário, têm ligação direta com tipo de dieta e raramente possuem significado clínico. Eles são formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura e concentração. * Cristais não patológicos . Urina ácida – ácido úrico, oxalato de cálcio, urato amorfo . Urina alcalina – fosfato triplo (fosfato amoníaco-magnesiano), fosfato amorfo, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio * Cristais patológicos – leucina, tirosina, cistina, colesterol, bilirrubina, hemossiderina Células epiteliais – frequentemente podemos encontrar células epiteliais na urina, já que são partes do revestimento do sistema urogenital. Células pavimentosas – frequentes tanto em homens quanto em mulheres, provenientes de células da vagina e das porções inferiores da uretra. Células de transição – originárias da bexiga e da porção superior da uretra. Células do túbulo renal – sua presença indica lesão tubular. Microrganismos – bactérias, fungos e parasitas. Outros elementos – muco, contaminantes e espermatozoides. Esses últimos podem ou não ser relatados na dependência da padronização de cada laboratório. Serviço Social Materiais Quantidade Tubos cônicos 2 por equipe Câmera de Neubauer 1 por bancada Capilar 4-6 por equipe Lamínula e lâmina 2 por equipe Urina Estante Equipamentos Quantidade Tiras de análise físico-química de urina com gabarito 1 por bancada Microscópio Descarte do material utilizado conforme Normas Internacionais de Segurança: as soluções presentes nos tubos deverão ser desprezadas na pia, com água corrente. CASOS CLÍNICOS PARA DISCUSSÃO (sugestão de atividade para entrega de relatório) CASO CLÍNICO 1 Mulher, com 63 anos, consultou-se com neurologista devido à poliúria. Há cerca de um mês refere-se o desenvolvimento súbito de muita sede e poliúria. Ela necessita urinar, em média, cinco vezes durante a noite. Nesses últimos 3 meses tem sentido mal-estar edores nas costas. Perdeu três quilos de peso nesses últimos 3 meses. Ela também tem uma persistente dor de cabeça frontal associada a náuseas e vômitos de manhã. Relatou que há oito anos se submeteu à mastectomia devido a câncer em ambas as mamas. Os exames clínicos básicos se mostraram normais, apenas o fundo do olho acusou papiloedema. Com base nos exames laboratoriais cujos resultados estão descritos na tabela a seguir, qual a hipótese diagnóstica e sua justificativa? CASO CLÍNICO 3 Paciente jovem foi internada devido ao estado de inconsciência em que foi encontrada em seu apartamento. Informaram que a mesma era usuária de drogas injetáveis, fumante ativa e alcoólatra moderada. Observação rápida indicou várias injeções no braço esquerdo, suspeitando de overdose. Exames de urgência com ureia e creatinina elevadas sugeriram insuficiência renal aguda. Após exames clínicos mais detalhados, o médico solicitou uma investigação laboratorial, com os seguintes resultados: Com base nos exames laboratoriais cujos resultados estão descritos na tabela a seguir, qual a hipótese diagnóstica e sua justificativa?