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Anatomia e Fisiologia Humana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPITULO 1- INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA 
1.1 - CONCEITO DE ANATOMIA 
 Anatomia palavra de origem grega que quer dizer ―corte, fatia, secção‖. 
Consequentemente anatomia é a ciência que estuda o corpo por meio de cortes, a 
realização de cortes, que revela o que se encontra oculto, é responsável por dar nome a 
está ciência que exibe, demonstra, delimita, divide, organiza e denomina. A identificação 
das partes permite o entendimento do todo. A anatomia do ser humano é a base para 
formação em todas as áreas da saúde. Na vida diária, o conhecimento da anatomia deve 
ser constantemente aplicado no paciente e, portanto, a anatomia sempre está presente. A 
palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). 
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente 
etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto 
dissecar é um dos métodos desta ciência. 
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia 
macroscópica, Anatomia microscópica e Anatomia do desenvolvimento. A Anatomia 
Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não 
recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é 
aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de 
instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo 
é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como 
estes se organizam para a formação de órgãos). A Anatomia do desenvolvimento 
estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela 
engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento. Embora 
não sejam estanques, a complexidade destes grupos torna necessária a existência de 
estudos específicos. 
 
CAPITULO II- VARIAÇÕES ANATÔMICAS 
 A variação anatômica é uma alteração da forma ou posição do órgão, porém, não 
causa prejuízo na função, a simples observação de um grupo humano pode-se observar 
se há diferenças morfológicas entre os elementos que compõem esse grupo e podem 
apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo. 
Denominamos anomalia a alteração da forma ou posição do órgão, que causa 
prejuízo na função, sendo compatível com a vida. Quando o desvio padrão anatômico 
perturba a função, diz-se que se trata de uma anomalia e não de uma variação. 
 A monstruosidade é uma anomalia acentuada de modo a deformar profundamente 
a conformação corporal do indivíduo, sendo, em geral incompatível com a vida. 
 
1.1-Nomenclatura Anatômica 
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É o termo usado para a linguagem própria na anatomia, é o conjunto de termos 
empregados para nomear e descrever o indivíduo e suas partes. Vale ressaltar que a 
anatomia é uma ciência que requer nomes para muitas estruturas e processos do corpo, 
muitos termos dão informações sobre o formato, o tamanho, a localização, a função de 
uma estrutura ou sobre a semelhança entre duas estruturas. As terminologias podem dar 
também abreviações aos termos, podem ser usadas para sintetizar o termo, como: 
músculo (m), artérias (a), veias (v), nervos (n), ligamento (lig.), glândula (gl). 
1.2-Posição anatômica 
 
 
 
 
 
 
1.2.1-Posição Supina ou Decúbito Dorsal 
O corpo está deitado com a face voltada para cima. 
 
1.2.3-Posição Prona ou Decúbito Ventral 
O corpo está deitado com a face voltada para baixo. 
 
1.2.4-Decúbito Lateral 
O corpo está deitado de lado. 
 
1.2.5-Posição De Litotomia 
O corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90° de quadril e 
joelho, expondo o períneo. 
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá 
significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas 
partes e regiões do corpo. O corpo está numa postura ereta 
(em pé, posição ortostática ou bípede) com os membros 
superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos 
voltadas para frente. A cabeça e pés também estão apontados 
para frente e o olhar para o horizonte. 
 
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1.2.6 – Posição Ginecológica 
Consiste em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas. Essa posição é 
usada para exames dos órgãos genitais internos e externos, cirurgias, cateterização, 
partos, entre outros. 
 
1.2.7-Posição De Trendelemburg – 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca 
inclinada para baixo cerca de 40°. 
 
1.2.7.1- Posição de Trendelemburg Reverso 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca 
inclinada, mantendo as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal. 
Reduzindo a pressão sanguínea cerebral, além do que, a posição é utilizada para 
cirurgias de abdome superior e cranianas. 
 
1.2.7-Posição de Fowler 
Colocar o paciente em decúbito dorsal, elevar a cabeceira da cama até que o 
tronco do paciente atinja um ângulo de 45 graus em relação a cama. Usada em pacientes 
cardíacos e pulmonares para facilitar a respiração. 
 
1.2.8-Posição de Sims 
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Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no 
travesseiro. O corpo deve está inclinado ligeiramente inclinado para frente, com o braço 
esquerdo esticado para trás. Indicações para exames retais, clister e lavagem intestinal. 
 
1.2.10 – Posição de Genu-peitoral 
Colocar o paciente ajoelhado, mantendo os joelhos afastados, com o peito apoiado sobre 
a cama e a cabeça lateralizada sobre os braços. Indicações para realizar exames do reto 
e vagina, sigmoidoscopia, em casos de flatulência, etc. 
 
2-Planos Anatômicos 
As descrições anatômicas, tanto do corpo quanto dos órgãos, 
são baseadas em 3 principais planos de secção que passam através 
do corpo na posição anatômica. 
● Plano Sagital: São todos os planos verticais com orientação 
paralela à sutura sagital do crânio. O plano sagital mediano ( ou plano mediano) divide o 
corpo em duas metades iguais, direita e esquerda. 
 
● Plano Coronal: São todos os planos verticais com trajeto paralelo à sutura coronal 
do crânio. Este plano divide o corpo em duas metades diferentes, anterior e 
posterior. 
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● Plano Transversal: São todos os planos que cortam o corpo horizontalmente. 
Divide o corpo em duas metade diferentes, superior e inferior. 
 
3-Termos De Posição e Direção 
A situação e a posição das estruturas anatômicas são indicadas em função dos 
planos de delimitação e secção. Assim, duas estruturas dispostas em um plano frontal 
serão chamadas de medial e lateral conforme estejam, respectivamente, mais próximas 
ou mais distantes do plano mediano do corpo. 
Duas estruturas localizadas em um plano sagital serão chamadas de anterior (ou 
ventral) e posterior (ou dorsal) conforme estejam, respectivamente, mais próximas ou 
mais distante do plano anterior. 
Para estruturas dispostas longitudinalmente, os termos são superiores (ou cranial) 
para a mais próxima ao plano cranial e inferior (ou caudal) para a mais distante deste 
plano. Para estruturas dispostas longitudinalmente nos membros empregam-se, 
comumente, os termos proximal e distal referindo-se às estruturas respectivamente mais 
próxima e mais distante da raiz do membro. Para o tubo digestivo empregam-se os 
termos oral e aboral, referindo-se às estruturas respectivamente mais próxima e mais 
distante da boca. 
Uma terceira estrutura situada entre uma lateral e outra medial é chamada de 
intermédia. Nos outros casos (terceira estrutura situada entre uma anterior e outra 
posterior, ou entre uma superior e outra inferior, ou entre uma proximal e outra distal ou 
ainda uma oral e outra aboral) é denominada de média. 
Estruturas situadas ao longo do plano mediano são denominadas de medianas, 
sendo este um conceitoabsoluto, ou seja, uma estrutura mediana será sempre mediana, 
em quantos outros termos de posição e direção são relativos, pois baseiam –se na 
comparação da posição de uma estrutura em relação a posição de outra. 
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4-Eixos anatômicos 
 Quando é observado o movimento do corpo humano, aplica-se o conhecimento de 
eixo. Os eixos são linhas imaginárias que atravessam os planos do corpo 
perpendicularmente para possibilitar movimentos. Lembrando que estes planos e eixos 
serão sempre aplicados nas partes do corpo humano que permitem graus de movimentos 
amplos (articulações diartroses) 
O corpo humano é dividido em três eixos imaginários. 
Eixo longitudinal: Estende-se de cima para baixo (ou vice e versa), perpendicular ao 
plano transversal. Esse eixo possibilita os movimentos de rotação lateral e rotação medial. 
Exemplo: Articulação dos ombros, cotovelos, etc. 
 
Eixo sagital: Estende-se em sentido anterior para posterior, perpendicular ao plano 
frontal. Esse eixo é também chamado de sagital. Possibilita os movimentos de abdução e 
adução, ex: articulação do ombro, do quadril, etc. 
 
Látero- Lateral. Estende-se de um lado ao outro, tanto da direita para esquerda quanto o 
inverso, perpendicular ao plano sagital. Esse eixo é conhecido como transversal ou 
horizontal. Esse eixo possibilita os movimentos de flexão e extensão 
 
VAMOS EXERCITAR! 
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1- Qual o conceito de anatomia e o que está identifica? 
2- Como estão divididos os grupos da anatomia e como estes grupos funcionam? 
3- O que significa variação anatômica de acordo com o assunto? 
4- Qual a importância da nomenclatura anatômica. 
5- Cite as posições anatômicas e seus conceitos. 
6- Qual a importância dos planos anatômicos? 
7- Quais os eixos anatômicos e dê exemplos. 
 
CAPITULO III - DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros. 
1-Cabeça 
A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Uma linha imaginária passando 
pelo topo das orelhas e dos olhos é o limite aproximada entre estas duas regiões. O 
crânio contém o encéfalo no seu interior, na chamada cavidade craniana. As lesões 
crânio encefálicas são as causas mais frequentes de óbito nas vítimas de trauma. A face 
é a sede dos órgãos dos sentidos da visão, audição, olfato e paladar. Abriga as aberturas 
externas do aparelho respiratório e digestivo. As lesões da face podem ameaçar a vida 
devido ao sangramento e obstrução das vias aéreas. 
2- Tronco: O tronco é dividido em pescoço, tórax, abdome e pelve. 
2.1.1. Pescoço: Contém várias estruturas importantes. É suportado pela coluna 
cervical que abriga no seu interior a porção cervical da medula espinhal. As porções 
superiores do trato respiratório e digestivo passam pelo pescoço em direção ao tórax e 
abdome. Contém também vasos sanguíneos calibrosos responsáveis pela irrigação da 
cabeça. As lesões do pescoço de maior gravidade são as fraturas da coluna cervical com 
ou sem lesão medular, as lesões do trato respiratório e as lesões de grandes vasos com 
hemorragia severa. 
 
2.1.2. Tórax: Contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, a parte 
inferior do trato respiratório (vias aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e 
os grandes vasos sanguíneos que chegam ou saem do coração. É sustentado por uma 
estrutura óssea da qual fazem parte a coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as 
clavículas e a escápula. As lesões do tórax são a segunda causa mais frequente de morte 
nas vítimas de trauma. 
3- MÉTODOS DE ESTUDO 
3.1-Inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos 
(ectoscopia) ou internos (endoscopia); 
3.2-Palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões 
musculares e as saliências ósseas, dentre outras coisas; 
3.3-Percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir 
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sons audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, 
líquidos ou sólidos); 
3.4- Ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, 
intestino); 
3.5-Mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias; 
3.6-Dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor 
visualização; 
3.7-Métodos de estudo por imagem: inclui os raios-X, ecografia, ressonância nuclear 
magnética e tomografia computadorizada. 
 
4-VARIAÇÕES ANATÔMICAS NORMAIS 
A variação anatômica se deve a grande variabilidade genética de nossa espécie e 
podemos considerá-la como perfeitamente normal, desde que não afete o funcionamento 
do organismo. 
4.1-Idade: É o tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações anatômicas 
ocorrem nas fases da vida intra e extra-uterina do mamífero, bem como nos principais 
períodos em cada fase. 
4.2-Sexo: É o caráter de masculinidade ou feminilidade. É possível reconhecer órgãos de 
um e de outro sexo, graças as características especiais, mesmo fora da esfera genital. 
 
4.3-Raça: É a denominação a cada grupamento humano que possui caracteres físicos 
comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos demais. Conhecem-se, 
por exemplo, representantes da raça branca, negra e amarela e seus mestiços, ou seja, 
―o produto do seu entrecruzamento‖. 
 
4.4-Biótipo: Os biótipos constitucionais existem em cada grupo racial. São três tipos 
principais reconhecidos. Os principais tipos são: 
4.a- Longilíneo: indivíduo alto e esguio, com pescoço, tórax e membros longos. Nessas 
pessoas o estômago geralmente é mais alongado e as vísceras dispostas mais 
verticalmente; 
4.b- Brevilíneo: indivíduo baixo com pescoço, tórax e membros curtos. Aqui as vísceras 
costumam estar dispostas mais horizontalmente; 
4.c- Normolíneo: características intermediárias. 
5- Planos de Delimitação 
O objetivo dos termos anatômicos é unificar e facilitar o entendimento da linguagem 
anatômica. Alguns planos de delimitação são sugeridos: 
⮚ Anterior ou Ventral: Situado anteriormente ou em direção ao ventre; 
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⮚ Posterior ou Dorsal: Situado posteriormente ou em direção ao dorso. 
 
⮚ Superior ou Cranial: Situado superiormente ou em direção a cabeça; 
⮚ Inferior ou Podálico: Situado inferiormente ou em direção a cauda. 
⮚ Exemplo: 
Os grandes vasos localizam-se superiormente ao coração enquanto que o 
diafragma localiza-se inferiormente ao coração. 
 
⮚ Lateral: Se afasta do plano mediano; 
⮚ Medial: Se aproxima do plano mediano 
 
⮚ Mediano: Que se situa na linha mediana, ex: a laringe, a traquéia, o ramo 
ascendente da aorta, o esôfago, etc. 
⮚ Intermédio: Verticalmente está entre o medial e o lateral, ex: o músculo intermédio 
está entre um músculo medial e o outro lateral; 
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⮚ Médio: Horizontalmente está entre o superior e o inferior, ex: as falanges, tanto das 
mãos quanto dos pés, estão dispostas uma superiormente (falange proximal), outra 
inferiormente (falange dista) e uma entre ambas (falange média) 
 
⮚ Proximal: Situa-se próximo ao tronco; está mais próximo da cabeça, ex: a coxa 
está mais próxima (proximal) da cabeça em relação à perna que está distante (distal); 
⮚ Distal: Que se situa longe do tronco; que está longe da cabeça, ex: a mão está 
mais distante (distal) da cabeça em relação ao braço (proximal) que está mais próximo. 
 
⮚ Superficial: O que está próximo da superfície, ex: os músculos da camada 
superficial do dorso (músculo trapézio); 
⮚ Profundo: Que se afasta da superfície, ex: os músculos da camada profunda do 
dorso (músculos levantadores das costelas, curto e longo) 
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VAMOS EXERCITAR! 
1-Qual a divisão básica do corpo humano e sua composição? 
2-Qual a divisão do tronco? 
3-Cite os métodos de estudo e sua importância. 
4-Quais os principais tipos morfológicos constitucionais? 
5-Diferencie 3 termos de relação anatômica. 
 
CAPITULO IV- SISTEMA ESQUELÉTICO 
O sistema esquelético é compostopor ossos e cartilagens que estão perfeitamente 
arranjados na formação do nosso esqueleto. O esqueleto humano no adulto é formado 
por 206 ossos, que atuam na sustentação do organismo, proteção de órgãos vitais, 
garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns 
sais minerais, tais como cálcio e fósforo. 
Os ossos são formados por um tipo especial de tecido conjuntivo, o tecido ósseo, 
que possui uma matriz intracelular mineralizada. Esse tecido, apesar do que muitos 
pensam, é formado por células vivas: os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos. O 
primeiro grupo de células é responsável pela síntese da matriz óssea. Os osteoclastos 
atuam na reabsorção óssea. Já os osteócitos estão relacionados com a manutenção da 
matriz e reabsorção, quando estimulados pelo hormônio da paratireóide. 
Classificam-se os ossos de acordo com a sua forma em cinco tipos principais: 
longos, curtos, planos, irregulares e sesamoides 
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O esqueleto humano pode ser dividido em duas porções: axial e apendicular. No 
chamado esqueleto axial, temos o crânio, vértebras, costela e esterno. O crânio é a 
porção responsável por garantir, principalmente, a proteção do encéfalo. As vértebras 
formam a coluna vertebral e são compostas por 33 ossos. As costelas formam a caixa 
torácica e articula-se com as vértebras na porção posterior e com o esterno na porção 
anterior do corpo 
 O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pela cintura 
escapular e pélvica. A cintura escapular, que é formada pela clavícula e escápula, une o 
tórax aos membros superiores, enquanto a cintura pélvica, que é formada pelo osso do 
quadril, liga-se ao sacro e aos membros inferiores. 
 Os membros superiores são formados pelo úmero, que forma o braço, e a ulna e o 
rádio, que formam o antebraço. O punho e as mãos são formados, respectivamente, pelo 
carpo e metacarpos. Os dedos, por sua vez, são formados pelas falanges. Já os membros 
inferiores são formados pelo fêmur, que é o osso da coxa, e a tíbia e a fíbula que formam 
a perna. O joelho é composto pela patela e nos pés encontramos os ossos do tarso, 
metatarso e falanges. 
 
Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem evolutiva e ecológica. 
Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997. 
1-ESQUELETO AXIAL 
1.1-Caixa Craniana 
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Observações: 
Primeiro - no osso esfenóide existe uma depressão denominada de sela turca onde se 
encontra uma das menores e mais importantes glândulas do corpo humano - a hipófise, 
no centro geométrico do crânio. 
 
Segundo - Fontanela ou moleira é o nome dado à região alta e mediana, da cabeça da 
criança, que facilita a passagem da mesma no canal do parto; após o nascimento, será 
substituída por osso. 
1.2- Ossos Da Face 
 
 
O crânio é uma caixa óssea 
ovóide que ocupa a parte superior e 
posterior da cabeça, formado por 8 
ossos articulados. Destinada a abrigar 
a mais importante parte do sistema 
nervoso, o encéfalo. 
 
Frontal 
Occipital 
Esfenóide 
Etmóide 
Parietais 
Temporais 
 
A face, outra região da cabeça, é 
constituída por 14 ossos. 
Vômer 
Mandíbula 
Maxilar (2) 
Zigomático (2) 
Lacrimal (2) 
Palatino (2) 
Concha Nasal (2) 
Nasal (2) 
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1.3-Coluna vertebral 
A primeira região, com sete vértebras, forma o pescoço. Sua vértebra (atlas) 
articula-se até o crânio e permite seu movimento vertical, a segunda, áxis (= eixo), permite 
a movimentação lateral da cabeça. A região torácica possui 12 vértebras e prende as 
costelas, a lombar constitui de 5 vértebras, o mesmo número que a sacral e a coccígea 
possui 4vértebras.A coluna vertebral, que é o eixo central do nosso corpo, é formada por 
vértebras, ossos irregulares e dispostos em série. 
A coluna vertebral tem como principais funções: Possibilitar que a pessoa se 
mantenha em pé de forma ereta do ser humano, movimentação dos membros superiores 
e inferiores, junto às costelas promovem a proteção de órgãos, proteção da medula 
espinhal. A sua estrutura é constituída por 33 vértebras, a coluna se se subdivide em: 
coluna cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. 
 
1.4-Caixa Torácica 
A caixa torácica protege vários órgãos (coração, pulmões, esôfago) e apresentam 12 
pares de ossos alongados, as costelas. Os sete primeiros pares são chamados costelas 
―verdadeiras‖ e estão ligados ao osso esterno por cartilagens. Os três pares de costelas 
seguintes têm sua cartilagem de união presa ao sétimo par e são denominadas costelas 
falsas. Os dois últimos pares são as costelas ―flutuantes‖, pois não se interligam ao 
esterno de maneira nenhuma. Essa ―armação‖ é movimentada pelos músculos 
intercostais e auxilia na respiração. O esterno localiza-se na parte anterior e central do 
tórax e tem forma de um punhal. Tem sua divisão em: manúbrio (a extremidade superior), 
corpo do esterno e apêndice xifóide (a extremidade inferior). 
 
 
 A primeira região, com sete vértebras, forma o 
pescoço. Sua vértebra (atlas) articula-se até o crânio 
e permite seu movimento vertical, a segunda, áxis (= 
eixo), permite a movimentação lateral da cabeça. A 
região torácica possui 12 vértebras e prende as 
costelas, a lombar constitui de 5 vértebras , o mesmo 
número que a sacral e a coccígea possui 4vértebras. 
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2- Esqueletos Apendicular 
2.1- Membros Superiores 
2.2-Membros Inferiores 
2.1-MEMBROS SUPERIORES 
O membro superior é formado pelo braço, pelo antebraço e pelas mãos. 
Clavícula e Escápula 
 
Braço e Antebraço 
O úmero é o osso do braço e articulam-se, na extremidade superior e, na 
extremidade superior, ao cíngulo do membro superior e, na inferior, os dois ossos 
paralelos do antebraço: o rádio e a ulna. O rádio liga-se, em sua parte inferior, a região o 
carpo, que constitui o punho. 
 
Ossos da Mão 
A região do carpo é o primeiro grupo de ossos curtos que forma a mão, sendo 
composta por 8 ossos. O metacarpo, segundo grupo de ossos longos, dispostos como a 
armação de um leque aberto e designados simplesmente com os seguintes nomes: 
primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto ossos metacarpos. 
Falanges 
A clavícula é um osso alongado que 
pode ser sentido apalpando-se o ombro, 
próximo ao pescoço. Já a escápula é 
um osso grande, irregular e triangular 
que, apoiado a clavícula, se articula com 
o úmero. Podemos sentir a escápula no 
dorso. 
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As falanges compõem o terceiro grupo de ossos da mão, apêndices dotados de 
movimentos, formados por três ossos longos: falange proximal, falange média e falange 
distal, com exceção o dedo polegar que possui apenas a falange proximal e distal. 
 
MEMBROS INFERIORES 
Os membros inferiores são ligados ao tronco por meio do cíngulo do membro 
inferior. 
 
Ossos do Quadril 
Articulando-se os ossos do quadril com o sacro, obtém-se um cinturão ósseo 
denominado pelve, base de sustentação das vísceras abdominais. A pelve feminina, por 
causa de sua função durante a gravidez e o parto, é mais larga que a masculina, apesar 
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da mesma estrutura óssea. Os ossos do quadril compõem-se de três peças ósseas: o ílio, 
o osso ísquio e o púbis, que, em conjunto com o osso sacro, formam a pelve óssea. 
 
Fêmur 
Outro osso a articular- se com o quadril é o fêmur- o mais longo dos ossos do 
nosso organismo. O fêmur é o osso da coxa. A extremidade superior, que se articula com 
o quadril, possui uma cabeça esférica denominada cabeça do fêmur e possibilita um alto 
grau de mobilidade. Sua extremidade inferior articula-se com a tíbia e a patela, formando 
o joelho. A patela é um osso triangular, plano e arredondado. 
 
Fíbula e Tíbia 
A perna compõe-se de dois ossos longos, dispostos paralelamente: a tíbia, 
localizada na região medial da perna, e a fíbula, menor em comprimento do que a tíbia, 
localizada na região lateral da perna e o fino dos ossos longos do esqueleto. 
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Ossos do Pé 
Como nas mãos, possuímostrês grupos de ossos formando os pés: tarso, 
metatarso e falanges. O pé articula-se com a perna por meio do tarso, formado por sete 
ossos: calcâneo (osso do calcanhar), tálus (tornozelo), navicular (que ocupa a parte 
interna do pé), cubóide (dorso do pé) lateral intermédio e medial cuneiformes. O 
metatarso é constituído por cinco ossos longos, os metatarsais, que se articula com o 
cubóide, e os cuneiformes, em sua extremidade proximal. Na extremidade distal, 
encaixam-se as falanges proximais dos dedos. Cada dedo é composto, como nas mãos, 
de três falanges: a proximal, a média e a distal, com exceção, novamente, do hálux, que 
possui apenas a falange proximal e a distal. 
 
OSSOS 
Classificação e constituição dos ossos 
No corpo humano existem 206 ossos. O formato e o tamanho diferenciam e 
classificam os ossos em quatro tipos: ossos longos, cujo comprimento supera a largura, 
ossos curtos, nos quais o comprimento e a largura são aproximadamente iguais, ossos 
planos, de aspectos laminar e ligeiramente recurvados, além dos ossos irregulares, os 
quais apresentam projeções, denominadas acidentes ósseos. Os ossos são constituídos 
de uma parte mineral e outra orgânica, que lhes conferem suas características gerais, 
permitindo que sejam ao mesmo tempo, resistentes e duro. 
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Os ossos são classificados de acordo com seu formato. 
● Os ossos longos são tubulares (por exemplo, o úmero no braço) 
● Os ossos curtos são cubóides e encontrados apenas no tornozelo (tarso) e no 
punho (carpo). 
● Os ossos planos geralmente têm funções protetoras (por exemplo, aqueles que 
formam o crânio protegem o encéfalo). 
● Os ossos irregulares (por exemplo, na face tem vários formatos, além de longos, 
curtos ou planos). 
● Os ossos sesamóides (por exemplo, a patela) se desenvolvem em alguns 
tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos 
ossos longos nos membros, eles protegem os tendões do desgaste excessivo. 
 
ARTICULAÇÕES 
A maioria dos ossos em nosso corpo articula-se, formando as articulações ou 
juntas (união), que podem ou não permitir movimentos. A cartilagem existente em suas 
extremidades auxilia e facilita esses movimentos. 
De acordo com o tipo de tecido encontrado entre os que se articulam as 
articulações ou junturas podem ser de três tipos: as sinoviais (ou diartroses), que 
permitem amplos movimentos, como as articulações das mãos, dos ombros e dos joelhos, 
as cartilaginosas( ou anfiartroses), cuja mobilidade é limitada, om articulações das 
vértebras e costelas, e as fibrosas ( ou sinartrose), que não possuem mobilidade, como 
ossos do crânio. 
 
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VAMOS EXERCITAR! 
EXEERCÍCIO 
1-Quais as funções do Sistema Esquelético? 
2- Como está dividido o esqueleto humano? Descreva a divisão. 
3- Quais os ossos do crânio e da face? 
4- O que é fontanela? 
5- Como está subdividida a coluna vertebral? 
6-Quais os ossos que compõem a caixa torácica? 
7-Como está subdividido os membros superiores. E quais os ossos que compõem? 
8- Quais os ossos das mãos? 
9- Como estão subdivididos os membros inferiores. E quais os ossos que compõem? 
10-Quais os ossos do Quadril? 
11- Quais os ossos dos pés? 
12-Qual a classificação dos ossos? Exemplifique. 
13-Quais os tipos de articulações. Cite exemplos? 
CAPITULO V- SISTEMA MUSCULAR 
O sistema esquelético é responsável pela sustentação do nosso corpo, porém se 
não houvesse a ação dos mais de seiscentos e cinquenta músculos e das articulações, de 
nada adiantaria a sustentação, simplesmente desabaríamos. A coordenação desses dois 
sistemas- esquelético e muscular- é o que nos possibilita realizar movimentos 
necessários. 
Um músculo contraindo-se, enquanto outro, simultaneamente, relaxa, provoca o 
movimento muscular. Esse antagonismo muscular também é coordenado pela ação do 
sistema nervoso. Enquanto vivemos, os músculos nunca se relaxam totalmente, 
permanecendo em estado de tensão parcial, sempre prontos a retornar à ação. A essa 
tensão chamamos tônus muscular. 
 
Tipos De Tecidos Musculares 
O tecido muscular é de origem mesodérmica, sendo caracterizado pela 
propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina a movimentação 
dos membros e das vísceras. Há basicamente três tipos de tecido muscular: estriado 
esquelético, liso e estriado cardíaco. 
 
Músculo estriado esquelético ou Voluntário 
É inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob 
controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético 
permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto. 
 
Músculo liso ou involuntário 
O músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, 
grandes vasos sanguíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos 
músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo. 
 
Músculo Cardíaco 
22 
 
Este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O 
músculo cardíaco carece de controle voluntário. É inervado pelo sistema nervoso 
vegetativo. 
 
 
 
 
1-Musculatura Esquelética 
O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo, 
formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o 
esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal 
Os músculos esqueléticos estão revestidos por uma lâmina delgada de tecido 
conjuntivo, o perimísio, que manda septos para o interior do músculo, septos dos quais se 
derivam divisões sempre mais delgadas. O músculo fica assim dividido em feixes 
(primários, secundários, terciários). O revestimento dos feixes menores (primários), 
chamado endomísio, manda para o interior do músculo membranas delgadíssimas que 
envolvem cada uma das fibras musculares. 
23 
 
A fibra muscular é uma célula cilíndrica ou prismática, longa, de 3 a 12 centímetros; o 
seu diâmetro é infinitamente menor, variando de 20 a 100 micra (milésimos de milímetro), 
tendo um aspecto de filamento fusiforme. No seu interior notam-se muitos núcleos, de 
modo que se tem a idéia de ser a fibra constituída por várias células que perderam seus 
limites, fundindo-se umas com as outras. Dessa forma, podemos dizer que um músculo 
esquelético é um pacote formado por longas fibras, que percorrem o músculo de ponta a 
ponta. 
No citoplasma da fibra muscular esquelética há muitas miofibrilas contráteis, 
constituídas por filamentos compostos por dois tipos principais de proteínas – a actina e a 
miosina. Filamentos de actina e miosina disposta regularmente originam um padrão bem 
definido de estrias (faixas) transversais alternadas, claras e escuras. Essa estrutura existe 
somente nas fibras que constituem os músculos esqueléticos, os quais são por isso 
chamado músculos estriados. 
Em torno do conjunto de miofibrilas de uma fibra muscular esquelética situa-se o 
retículo sarcoplasmático (retículo endoplasmático liso), especializado no armazenamento 
de íons cálcio. 
 
Musculatura Lisa 
A estriação não existe nos músculos viscerais, que se chamam, portanto, músculos 
lisos. Os músculos viscerais são também constituídos de fibras fusiformes, mas muito 
mais curtas do que as fibras musculares esqueléticas: têm, na verdade, um amanho que 
varia de 30 a 450 mícrons. Têm, além disso, um só núcleo e não são comandados pela 
vontade, ou seja, sua contração é involuntária, além de lenta. As fibras lisas recebem, 
também, vasos e nervos sensitivos e motores provenientes do sistema nervoso 
autônomo. 
Embora a contração do músculo liso também seja regulada pela concentração intracelular 
de íons cálcio, a resposta da célula é diferente da dos músculos estriados. Quando há 
uma excitação da membrana, os íons cálcio armazenados no retículo sarcoplasmático 
24 
 
são então liberados para o citoplasma e se ligam a uma proteína, a calmodulina. Esse 
complexo ativa uma enzima quefosforila a miosina e permite que ela se ligue à actina. A 
actina e a miosina interagem então praticamente da mesma forma que nos músculos 
estriados, resultando então na contração muscular. 
Musculatura Cardíaca 
O tecido muscular cardíaco forma o músculo do coração (miocárdio). Apesar de 
apresentar estrias transversais, suas fibras contraem-se independentemente da nossa 
vontade, de forma rápida e rítmica, características estas, intermediárias entre os dois 
outros tipos de tecido muscular. 
 As fibras que formam o tecido muscular estriado cardíaco dispõem-se em feixes 
bem compactos, dando a impressão, ao microscópio óptico comum, de que não há limite 
entre as fibras. Entretanto, ao microscópio eletrônico podemos notar que suas fibras são 
alongadas e unidas entre si através de delgadas membranas celulares, formando os 
chamados discos intercalares, típicos da musculatura cardíaca. 
 
Característica do Tecido Muscular 
O Tecido Muscular possui quatro características principais que são importantes na 
compreensão de suas funções: 
✔ Excitabilidade – capacidade do tecido muscular de receber e responder a estímulos; 
✔ Contratilidade - capacidade de encurta-se e espessar; 
✔ Extensibilidade – capacidade do tecido de distender-se; 
✔ Elasticidade – capacidade do tecido de voltar a sua forma após uma contração ou 
extensão. 
TIPOS DE MÚSCULOS 
25 
 
 
 
VAMOS EXERCITAR! 
1-Qual a função do Sistema Muscular? 
2-Quais os tipos de tecidos musculares? 
3-Cite o nome de 10 músculos? 
4-Quais as características do tecido muscular? 
5-O que é miofibrilas? 
 
CAPITULO VI - SISTEMA CARDIOVASCULAR 
A distribuição dos nutrientes e do oxigênio, obtidos mediante processos de 
digestão e de respiração, é feita por uma rede composta por mais de 100.000 Km de 
vasos sanguíneos, em que circulam, continuamente, cerca de 5 L de sangue. O sangue é 
impulsionado para todo o corpo pelo coração, que atua como uma bomba. 
 
Componentes do Sistema Cardiovascular 
Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sanguíneos, 
vasos linfáticos e linfa. 
 
CORAÇÃO 
Uma bomba dupla, auto ajustável, de sucção e pressão, cujas porções trabalham 
em conjunto para impulsionar o sangue para todas as partes do coração. O lado direito do 
coração recebe sangue pouco oxigenado (venoso) do corpo através da veia cava inferior 
e veia cava superior e bombeia-o, através do tronco pulmonar para ser oxigenado nos 
pulmões. O lado esquerdo do coração recebe sangue bem oxigenado (arterial) dos 
pulmões através das veias pulmonares e bombeia-o para a Aorta, a fim de que seja 
distribuído para o corpo. 
O coração bate de 60 até 100 vezes por minuto, isso dá cerca de 100 mil batidas 
por dia. Ele é uma bomba que movimenta 400 litros de sangue por hora. Tem dois 
movimentos: sístole e diástole. A sístole ocorre quando o coração se contrai, distribuindo 
o sangue pelo corpo, durante a diástole ele relaxa. Seu peso é cerca de 300 gramas e ele 
é dividido em quatro partes: dois átrios, que recebem o sangue das veias, e dois 
ventrículos, que têm função de impulsionar o sangue para dentro das artérias 
 
ÁTRIO E VENTRÍCULO 
O miocárdio é o músculo que forma o coração, um órgão cônico e oco, constituído por 
Quatro cavidades. As cavidades superiores são átrios ( direito e esquerdo) e as inferiores 
são os ventrículos( direito e esquerdo).Entre o átrio direito e o ventrículo direito, a valva é 
a atrioventricular direita ( tricúspide), e do lado esquerdo, comunicando átrio e o 
26 
 
ventrículo, a valava atrioventricular esquerda( mitral ou bicúspide).No átrio esquerdo do 
coração, chegam as veias pulmonares, provenientes dos pulmões, e no átrio direito, 
chegam as veias por meio da pele, pois são mais superficiais do que as artérias. 
 
Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar 
O sangue venoso sai do ventrículo direito pela artéria pulmonar que leva aos 
pulmões onde se dá a hematose. Já com o sangue arterial volta ao coração transportado 
pelas veias pulmonares que se abrem na aurícula esquerda. 
 
27 
 
Grande Circulação ou Circulação Sistêmica 
O sangue arterial sai do ventrículo esquerdo transportado pela artéria aorta que 
leva ás células. Nas células, passa o sangue venoso, voltando ao coração transportado 
pelas veias cavas que se abrem na aurícula direita, 
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por 
minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo 
cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a 
seguinte, é a diástole. 
 
ARTÉRIAS 
São os vasos sanguíneos que levam o sangue do coração para os diferentes 
órgãos do nosso corpo. As suas paredes elásticas e resistentes. 
VEIAS 
As veias levam ao coração sangue vindo do corpo. As suas paredes são mais finas 
que as das artérias. 
CAPILARES 
Os capilares levam sangue aos tecidos, para fornecer oxigênio as células. Eles 
ligam as artérias às veias. 
28 
 
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES
 
 
 
VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES 
29 
 
 
 
ALGUNS DISTÚRBIOS CARDÍACOS 
30 
 
Sopro no coração 
É uma alteração no fluxo do sangue dentro do coração provocada por problemas em 
uma ou mais válvulas cardíacas ou por lesões nas paredes das câmaras. Na maioria das 
vezes, não existem sequelas. No entanto, quando o sopro é muito forte, decorrente de 
lesões nas paredes das câmaras, ele certamente precisará ser tratado, pois um volume 
considerável de sangue sem oxigênio irá se misturar com o sangue que já foi oxigenado. 
Algumas pessoas já nascem com válvulas anormais. Outras vão apresentar esse 
tipo de alteração por causa de males como a febre reumática, a insuficiência cardíaca e o 
infarto, que podem modificar as válvulas. 
Sintomas: Sopros são caracterizados por ruídos anormais, percebidos quando o médico 
ausculta o peito e ouve um som semelhante ao de um fole. O problema pode ser 
diagnosticado de maneira mais precisa pelo exame de ecocardiograma, que mostra o 
fluxo sanguíneo dentro do coração. 
Tratamento: Como existem várias causas possíveis, o médico precisa ver o que está 
provocando o problema antes de iniciar o tratamento — que vai desde simples 
medicamentos até intervenções cirúrgicas para conserto ou substituição das válvulas, que 
poderão ser de material biológico ou fabricadas a partir de ligas metálicas. 
Prevenção: Não há uma maneira de prevenir o sopro. Mas existem formas de evitar 
que ele se agrave. Para isso, é importante que você saiba se tem ou não o problema, 
realizando exames de check-up. 
 
Infarto do miocárdio 
É a morte de uma área do músculo cardíaco, cujas células ficaram sem receber 
sangue com oxigênio e nutrientes. A interrupção do fluxo de sangue para o coração pode 
acontecer de várias maneiras. A gordura vai se acumulando nas paredes das coronárias 
(artérias que irrigam o próprio coração). Com o tempo, formam-se placas, impedindo que 
o sangue flua livremente. Então, basta um espasmo — provocado pelo estresse — para 
que a passagem da circulação se feche. Também pode ocorrer da placa crescer tanto que 
obstrui o caminho sanguíneo completamente, ou seja, pode acontecer por entupimento - 
quando as placas de gordura entopem completamente a artéria, o sangue não passa. 
Dessa forma, as células no trecho que deixou de ser banhado pela circulação acabam 
morrendo. A interrupção da passagem do sangue nas artérias coronárias também pode 
31 
 
ocorrer devido contração de uma artéria parcialmente obstruída ou à formação de 
coágulos (trombose). 
 
Sintomas: O principal sinal é a dor muito forte no peito, que pode se irradiar pelo 
braço esquerdo e pela região do estômago. 
 
Prevenção: Evite o cigarro, o estresse, os alimentos ricos em colesterol e o 
sedentarismo, que são os principais fatores de risco. Também não deixe de controlar a 
pressão arterial. 
Tratamento: Em primeiro lugar, deve-se correr contra orelógio, procurando um 
atendimento imediato — a área do músculo morta cresce feito uma bola de neve com o 
passar do tempo. Se ficar grande demais, o coração não terá a menor chance de se 
recuperar. Conforme a situação, os médicos podem optar pela angioplastia, em que um 
cateter é introduzido no braço e levado até a coronária entupida. Ali, ele infla para eliminar 
o obstáculo gorduroso. Outra saída é a cirurgia: os médicos constroem um desvio da área 
infartada — a ponte — com um pedaço da veia safena da perna ou da artéria radial ou 
das artérias mamárias. 
Revascularização do miocárdio: durante a cirurgia um vaso sanguíneo, que pode ser 
a veia safena (da perda), a artéria radial (do braço) e/ou as artérias mamárias (direita ou 
esquerda) são implantadas no coração, formando uma ponte para normalizar o fluxo 
sanguíneo. O número de pontes pode variar de 1 a 5, dependendo da necessidade do 
paciente. 
32 
 
 
HIPERTENSÃO 
O termo hipertensão significa pressão arterial alta. Caracteriza-se por uma pressão 
sistólica superior a 14 cm de mercúrio (14 cmHg = 140 mmHg) e uma pressão diastólica 
superior a 9 cm de mercúrio (9 cmHg ou 90 mmHg). A hipertensão pode romper os vasos 
sanguíneos cerebrais (causando acidente vascular cerebral ou derrame), renais 
(causando insuficiência renal) ou de outros órgãos vitais, causando cegueira, surdez etc. 
Pode também determinar uma sobrecarga excessiva sobre o coração, causando sua 
falência. 
Causas da hipertensão: o conceito mais moderno e aceito de hipertensão defende 
que a doença não tem uma origem única, mas é fruto da associação de vários fatores, 
alguns deles incontroláveis: hereditariedade, raça, sexo e idade. As causas se combinam, 
exercendo ação recíproca e sinérgica. Veja na tabela a seguir o ―peso‖ de cada um 
33 
 
desses ingredientes: Como fatores genéticos, podemos citar: 
alta concentração de cálcio na membrana das células (defeito primário): 
aumenta a contração da musculatura lisa das artérias, fazendo-as se fecharem, o que 
diminui a passagem de sangue, resultando na hipertensão essencial ou primária (fator 
genético; 
aumento da concentração de sódio nas paredes das artérias, fazendo-as se 
fecharem cada vez mais (fator genético); 
 
Além dos fatores incontroláveis, descritos anteriormente, obesidade, excesso de sal, 
álcool, fumo, vida sedentária, estresse e taxas elevadas de colesterol (LDL) são fatores 
que favorecem a elevação da pressão arterial. 
O uso de anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais) também é um fator que 
predispõe mais as mulheres à hipertensão. 
O cigarro e níveis elevados de colesterol (LDL) também estão entre os elementos de 
risco: cerca de 70% do colesterol existente no homem é produzido pelo próprio 
organismo, no fígado. O restante provém da alimentação, dos produtos de origem animal. 
Por isso, o distúrbio pode ter origem externa, resultante principalmente de dietas erradas 
e vida sedentária, ou interna, de causa genética. A consequência direta é a aterosclerose, 
que dificulta ou, às vezes, impede o fluxo sanguíneo na região. 
O uso abusivo de descongestionantes nasais e medicamento em spray para asma 
também aumentam as chances de hipertensão. 
Pessoas diabéticas têm tendência a desenvolver hipertensão e outras doenças que 
atingem o coração. 
 
Prevenção: 
● Dieta hipossódica (com pouco sal) e hipocalórica (sem excesso de calorias); 
● Redução de peso; 
● Prática de exercícios físicos aeróbicos (de baixa intensidade e longa duração) ou 
isotônicos (com grande movimentação dos membros). Sedentários devem procurar um 
cardiologista antes de iniciar qualquer tipo de exercício; 
● Dieta balanceada rica em vegetais e frutas frescas e pobre em gorduras saturadas e 
colesterol; 
● Medir periodicamente (a cada seis meses) a pressão arterial e tratar o diabetes (quando 
for ocaso); 
● Eliminar ou reduzir o fumo e, nos casos de mulheres hipertensas, eliminar o uso de 
contraceptivos orais (são uma bomba para o coração quando associados ao cigarro); 
● Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas; 
● Consultar o médico regularmente 
VAMOS EXERCITAR 
1- Faça um resumo sobre o coração. 
2- Como é a divisão do coração? 
3- Explique a pequena e a grande circulação. 
4- Conceitue veias, artérias e capilares. 
5- Cite 3 artérias e 3 veias. 
34 
 
6- 6-Quais os componentes do sistema circulatório? 
7- Explique como ocorre o infarto agudo do miocárdio? 
8- O que é hipertensão? Quais as prevenções? 
 
CAPITULO VII - SISTEMA LINFÁTICO 
 
Você, por certo, já observou em algum paciente a saída de um líquido aquoso 
drenado de uma lesão - aquela famosa ―aguinha‖ que sai do machucado. Esta ―aguinha‖ é 
o que chamamos de linfa, principal elemento na formação da crosta ou ―casca‖ protetora 
das feridas, cuja função é auxiliar a cicatrização. 
Mas o que é a linfa e de onde vem? Quais são suas demais funções? Para 
responder a essas perguntas lembre-se do que aprendeu sobre circulação sanguínea, 
pois o papel da linfa é, de certo modo, complementar ao do sangue venoso, pois também 
drena as impurezas do corpo através da circulação. 
Recorde-se de que o sangue arterial, ao sair do ventrículo esquerdo pela artéria 
aorta, empreende uma fabulosa jornada por todo o corpo penetrando em artérias de 
calibres cada vez menores até chegar às arteríolas e iniciar seu retorno pelas vênulas. É 
nessa passagem das arteríolas para as vênulas que uma fração aquosa, denominada 
plasma, escapa dos vasos e circunda as células, fornecendo-lhes substâncias trazidas 
pelo sangue, ao mesmo tempo em que recolhe os resíduos do metabolismo celular. 
 
Quando fora dos vasos capilares, esse líquido permanece nos espaços entre as 
células (espaço intercelular ou espaço intersticial), ali ficando estagnado. Você imagina o 
que aconteceria se não houvesse a drenagem desse líquido? Saiba que todo ele é 
drenado por capilares linfáticos de calibre microscópico; ao atravessar suas paredes, o 
líquido intercelular passa a chamar-se linfa. 
35 
 
 
 Agora, você pode deduzir o que acontece, já que o processo é semelhante ao da 
circulação sanguínea. A linfa percorre a rede de vasos linfáticos, que se ampliam cada 
vez mais. Para realizar esse movimento ela não depende do coração, pois o mesmo 
ocorre por meio de compressões resultantes de movimentos incidentais, isto é, 
movimentos efetuados com outra finalidade, como as pulsações das artérias vizinhas, os 
movimentos respiratórios e as contrações musculares, principalmente durante a 
locomoção. 
Assim, a linfa percorre lentamente o corpo em vasos gradualmente mais calibrosos até 
desembocar na confluência das veias subclávia e jugular, retornando então à circulação 
sanguínea. 
Provavelmente, você pode estar pensando que o sistema linfático serve apenas para 
conduzir a linfa, o que não é verdade. Ao longo de todo o trajeto existem formações 
denominadas linfonodos ou nodos linfáticos, de tamanhos variados; responsáveis pela 
filtragem da linfa, dela retiram as partículas estranhas e, concomitantemente, destroem as 
bactérias. 
Portanto, os linfonodos exercem importante papel, retendo microrganismos ou células 
mortas, impedindo, assim, que um processo infeccioso no organismo se dissemine ou 
provoque perturbações em outros pontos. Entretanto, por vezes, o processo infeccioso é 
tão intenso que provoca acentuada proliferação das células dos linfonodos. Tal fato faz 
com que a filtragem da linfa ocorra de forma mais restrita em vista do grande número de 
células presentes, que acabam por reduzir sua passagem, resultando no chamado 
enfartamento ganglionar ou, como comumente chamado, íngua. A compreensão do 
funcionamento do sistema linfático propicia ao profissional de saúde conteúdos relevantes 
para a prevenção de doenças e de edemas - com suas consequências. 
 
CAPITULO VIII - SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Respirar é uma das funções básicas da vida, pois, ao inspirarmos, conduzimoso 
oxigênio presente no ar atmosférico, por meio de uma série de condutos, até os nossos 
pulmões. O oxigênio é, então, transportado pelo sangue para todas as células do nosso 
organismo, e em uma sequência de reações bioquímicas, é utilizado para oxidar a 
glicose, resultando em água, gás carbônico e energia. Parte do gás carbônico é 
transportado pelo sangue de volta aos pulmões, para ser eliminado na expiração, e a 
36 
 
energia liberada da oxidação é utilizada pelas células para que estas desempenhem suas 
funções. 
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários 
órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses 
órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os 
bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. 
 
FOSSAS NASAIS 
São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas 
são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em 
seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem 
um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também 
presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção 
inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, 
responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. 
 
FARINGE 
37 
 
É um conduto comum ao sistema respiratório e ao sistema digestório, que permite 
a passagem do alimento para o esôfago e do ar para laringe. Na faringe possuímos as 
tonsilas, cuja função é aprisionar e destruir microrganismos que, por acaso, penetrem do 
ar ou com alimentos. Elas devem ser extraídas cirurgicamente apenas quando causam 
problemas, pois são úteis para evitar infecções. 
 
LARINGE 
 É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte 
superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo - de- adão, saliência que aparece 
no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. 
 
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de ―lingueta‖ de 
cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a 
laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido 
penetre nas vias respiratórias. 
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de 
produzir sons durante a passagem de ar. 
38 
 
 
GLOTE 
No início da laringe temos a epiglote que protege quando deglutimos os alimentos, 
fechando-a. Por isso, quando engolimos não conseguimos respirar ao mesmo tempo. 
 
CORDAS VOCAIS 
São as responsáveis pela emissão de sons nos seres humanos. Essas estruturas, 
localizadas na laringe, vibram em virtude da pressão do ar vinda do pulmão, o que gera a 
produção de sons, que são modificados de acordo com a articulação feita pela boca e 
amplificados graças à chamada caixa de ressonância, que é formada pela laringe, faringe, 
boca e nariz. 
 
No momento da fonação, as pregas vocais ficam próximas umas das outras 
TRAQUÉIA 
É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de 
comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua 
região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de 
revestimento muco- ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão 
no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e 
engolidas ou expelidas. 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/laringe.htm
39 
 
 
BRÔNQUIO BRONQUÍOLO 
Cada brônquio penetra em um pulmão e lá se ramifica mais, formando canais mais finos, 
os bronquíolos. Os bronquíolos terminam em pequenos sacos, os alvéolos pulmonares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PULMÕES 
São estruturas esponjosas, geralmente róseas, e localizam –se sobre o músculo 
diafragma, ocupando a maior parte da caixa torácica. O pulmão esquerdo é subdividido 
em lobos (ou partes), enquanto o direito possui três lobos. 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO 
VENTILAÇÃO PULMONAR 
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela concentração 
da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as 
costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução 
da pressão interna (em relação á externa), forçando o ar entrar nos pulmões. 
 
Vamos exercitar! 
1-Quais as funções do sistema respiratório? 
1- Quem compõe o sistema respiratório? 
2- Como se dá o processo de respiração? 
CAPITULO IX - SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacita o organismo a 
perceber as variações do meio (interno e externo), a difundir as modificações que essas 
variações produzem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o 
equilíbrio interno do corpo (homeostase). São os sistemas envolvidos na coordenação e 
regulação das funções corporais. 
No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os neurônios e as 
células da glia (ou da neuróglia). Os neurônios são as células responsáveis pela recepção 
e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a 
execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem 
tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a irritabilidade (também 
denominada excitabilidade ou responsividade) e a condutibilidade. Irritabilidade é a 
capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, sejam eles internos ou 
externos. Portanto, irritabilidade não é uma resposta, mas a propriedade que torna a 
célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do 
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também 
diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma 
corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos 
estímulos, os neurônios transmitem essa onda de excitação - chamada de impulso 
41 
 
nervoso - por toda a sua extensão em grande velocidade e em um curto espaço de 
tempo. Esse fenômeno deve-se à propriedade de condutibilidade. 
 
Para compreendermos melhor as funções de coordenação e regulação exercidas pelo 
sistema nervoso, precisamos primeiro conhecer a estrutura básica de um neurônio e 
como a mensagem nervosa é transmitida. 
Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo, o 
citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, 
que podem ser subdivididos em dendritos e axônios. 
 
Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como 
receptores de estímulos, funcionando, portanto, como "antenas" para o neurônio. Os 
axônios são prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. 
Os axônios podem se ramificar e essas ramificações são chamados de colaterais. Todos 
os axônios têm um início (cone de implantação), um meio (o axônio propriamente dito) e 
um fim (terminal axonal ou botão terminal). O terminal axonal é o local onde o axônio 
entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a informação (impulso 
nervoso) para eles. A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a 
célula adjacente chama-se sinapse. Às vezes os axônios têm muitas ramificações em 
suas regiões terminais e cada ramificação forma uma sinapse com outros dendritos ou 
corpos celulares. Estas ramificações são chamadas coletivamente de arborização 
terminal. 
42 
 
 
Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do 
sistema nervoso, que formam o Sistema Nervoso Central (SNC), ou nos gânglios 
nervosos, localizados próximoda coluna vertebral. 
Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando 
feixes chamados nervos, que constituem o Sistema Nervoso Periférico (SNP). 
O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes: célula de Schwann 
(encontrada apenas no SNP) ou oligodendrócito (encontrado apenas no SNC). Em muitos 
axônios, esses tipos celulares determinam a formação da bainha de mielina - invólucro 
principalmente lipídico (também possui como constituinte a chamada proteína básica da 
mielina) que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso nervoso. Em 
axônios mielinizados existem regiões de descontinuidade da bainha de mielina, que 
acarretam a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de 
Ranvier. No caso dos axônios mielinizados envolvidos pelas células de Schwann, a parte 
celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo desta célula, constitui o 
chamado neurilema. 
 
43 
 
 
 
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO: 
O Sistema Nervoso Central 
O SNC divide-se em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios 
cerebrais), diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: 
BULBO, situado caudalmente; MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, situada entre 
ambos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzentas 
e brancas. A substância cinzenta é formada pelos corpos 
dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com 
exceção do bulbo e da medula, a substância cinzenta 
ocorre mais externamente e a substância branca, mais 
internamente. 
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas 
esqueléticas (caixa craniana, protegendo o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a 
medula - também denominada raque) e por membranas denominadas meninges, situadas 
sob a proteção esquelética: dura-máter (a externa), aracnóide (a do meio) e pia-máter 
(a interna). Entre a meninge aracnóide e pia-máter há um espaço preenchido por um 
líquido denominado líquido cefalorraquidiano ou líquor. 
Medula Espinhal 
Nossa medula espinhal tem a forma de um cordão com aproximadamente 40 cm de 
comprimento. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas - primeira vértebra - até o 
nível da segunda vértebra lombar. A medula funciona como centro nervoso de atos 
involuntários e, também, como veículo condutor de impulsos nervosos. 
 
Da medula partem 31 pares de nervos raquidianos que se ramificam. Por meio dessa 
rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo 
mensagens e vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do 
45 
 
cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo. A medula possui dois sistemas 
de neurônios: o sistema descendente controla funções motoras dos músculos, regula 
funções como pressão e temperatura e transporta sinais originados no cérebro até seu 
destino; o sistema ascendente transporta sinais sensoriais das extremidades do corpo até 
a medula e de lá para o cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os corpos celulares dos neurônios se concentram no cerne da medula – na massa 
cinzenta. Os axônios ascendentes e descendentes, na área adjacente – a massa branca. 
As duas regiões também abrigam células da Glia. Dessa forma, na medula espinhal a 
massa cinzenta localiza-se internamente e a massa branca, externamente (o contrário do 
que se observa no encéfalo). 
Durante uma fratura ou deslocamento da coluna, as vértebras que normalmente 
protegem a medula podem matar ou danificar as células teoricamente, se o dano for 
confinado à massa cinzenta, os distúrbios musculares e sensoriais poderão estar apenas 
46 
 
nos tecidos que recebem e mandam sinais aos neurônios ―residentes‖ no nível da fratura. 
Por exemplo, se a massa cinzenta do segmento da medula onde os nervos rotulados C8 
forem lesados, o paciente só sofrerá paralisia das mãos, sem perder a capacidade de 
andar ou o controle sobre as funções intestinais e urinárias. Nesse caso, os axônios 
levando sinais para ―cima e para baixo‖ através da área branca adjacente continuariam 
trabalhando. Em comparação, se a área branca for lesada, o trânsito dos sinais será 
interrompido até o ponto da fratura. 
 
Infelizmente, a lesão original é só o começo. Os danos mecânicos promovem 
rompimento de pequenos vasos sanguíneos, impedindo a entrega de oxigênio e 
nutrientes para as células não afetadas diretamente, que acabam morrendo; as células 
lesadas extravasam componentes citoplasmáticos e tóxicos, que afetam células vizinhas, 
antes intactas; células do sistema imunológico iniciam um quadro inflamatório no local da 
lesão; células da Glia proliferam criando grumos e uma espécie de cicatriz, que 
impedimos axônios lesados de crescerem e reconectarem. 
O vírus da poliomielite causa lesões na raiz ventral dos nervos espinhais, o que leva à 
paralisia e atrofia dos músculos. 
 
O Sistema Nervoso Periférico 
O sistema nervoso periférico é formado por nervos encarregados de fazer as ligações 
entre o sistema nervoso central e o corpo. NERVO é a reunião de várias fibras nervosas, 
que podem ser formadas de axônios ou de dendritos. As fibras nervosas, formadas
 pelos prolongamentos dos neurônios (dendritos ou axônios) e seus envoltórios, 
organizam-se em feixes. Cada feixe forma um nervo. Cada fibra nervosa é envolvida por 
uma camada conjuntiva denominada endoneuro. Cada feixe é envolvido por uma bainha 
conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um 
nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntiva chamada 
epineuro. Em nosso corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma 
a rede nervosa. 
 
 
 
 
47 
 
 
Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são os nervos 
sensoriais (nervos aferentes ou nervos sensitivos), que são formados por prolongamentos 
de neurônios sensoriais (centrípetos). Aqueles que transmitem impulsos do SNC para os 
músculos ou glândulas são nervos motores ou eferentes, feixe de axônios de neurônios 
motores (centrífugos). 
Existem ainda os nervos mistos, formados por axônios de neurônios sensoriais e por 
neurônios motores. 
 
 
 
 
 
 
 
Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos; quando partem da 
medula espinhal denominam-se raquidianos. Do encéfalo partem doze pares de nervos 
cranianos. Três deles são exclusivamente sensoriais, cinco são motores e os quatro 
restantes são mistos. 
Os 31 pares de nervos raquidianos que saem da medula relacionam-se como 
músculos esqueléticos. Eles se formam a partir de duas raízes que saem lateralmente da 
medula: a raiz posterior ou dorsal, que é sensitiva, e a raiz anterior ou ventral, que é 
motora. Essas raízes se unem logo após saírem da medula. Desse modo, os nervos 
raquidianos são todos mistos. Os corpos dos neurônios que formam as fibras sensitivas 
dos nervos sensitivos situam-se próximo à medula, porém fora dela, reunindo-se em 
estruturas especiais chamadas gânglios espinhais. Os corpos celulares dos neurônios 
que formam as fibras motoras localizam-se na medula. De acordo comas regiões da 
coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos distribuem-se da seguinte forma: 
48 
 
● Oito pares de nervos cervicais; 
● Doze pares de nervos dorsais; 
● Cinco pares de nervos lombares; 
● Seis pares de nervos sagrados ou sacrais. 
 
 
O conjunto de nervos cranianos e raquidianos forma o sistema nervoso periférico. 
Com base na sua estrutura e função, o sistema nervoso periférico pode ainda subdividir-
se em duas partes: o sistema nervoso somático e o sistema nervoso autônomo ou de vida 
vegetativa. 
 
 
49 
 
As ações voluntárias resultam da contração de músculos estriados esqueléticos, que 
estão sob o controle do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Jáas ações 
involuntárias resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca, controladas pelo 
sistema nervoso periférico autônomo, também chamado involuntário ou visceral. 
 
O sistema nervoso autônomo compõe-se de três partes: 
● Dois ramos nervosos situados ao lado da coluna vertebral. Esses ramos são formados por 
pequenas dilatações denominadas gânglios, num total de 23pares. 
● Um conjunto de nervos que liga os gânglios nervosos aos diversos órgãos de nutrição, 
como o estômago, o coração e os pulmões. 
● Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos raquidianos, 
fazendo com que o sistema autônomo não seja totalmente independente do sistema 
nervoso cefalorraquidiano. 
 
O sistema nervoso autônomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso 
parassimpático. De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias 
(antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático 
acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, 
diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e 
dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses 
órgãos. 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
O SNP autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, 
permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o sistema 
simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da 
pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo 
geral do corpo. 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO 
Já o SNP autônomo parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como 
50 
 
as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras. 
Uma das principais diferenças entre os nervos simpáticos e parassimpáticos é que as 
fibras pós-ganglionares dos dois sistemas normalmente secretam diferentes hormônios. O 
hormônio secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático 
é a acetilcolina, razão pela qual esses neurônios são chamados colinérgicos. 
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam 
principalmente noradrenalina, 
razão por que a maioria deles 
é chamada neurônios 
adrenérgicos. As fibras 
adrenérgicas ligam o sistema 
nervoso central à glândula 
supra- renal, promovendo 
aumento da secreção de 
adrenalina, hormônio que 
produz a resposta de "luta ou 
fuga" em situações de stress. 
A acetilcolina e a 
noradrenalina têm a 
capacidade de excitar alguns 
órgãos e inibir outros, de 
maneira antagônica. 
 
 
 
51 
 
VAMOS EXERCITAR! 
1-O que é neurônio. E como está dividido? 
2-Qual a divisão do sistema nervoso? 
3- Como está dividido o encéfalo? 
4- Quais as meninges do SNC? 
5- Como estão distribuídos os 31 pares de nervos raquidianos? 
6- Com está composto o sistema nervoso autônomo? 
CAPITULO X - SITEMA DIGESTIVO 
Para desenvolver-se e manter suas atividades vitais, o organismo humano 
necessita de energia, obtida a partir da metabolização de alimentos. Essa energia é gasta 
até mesmo quando o organismo está em repouso, consumida pelos movimentos de 
contração do músculo cardíaco e pelos músculos respiratórios, mantendo, também nossa 
temperatura estável, além de muitas outras funções essenciais para nossa vida. 
Um alimento, ao ser introduzido em nossa boca, é submetido a uma série de 
processos mecânicos, como a mastigação, a deglutição e os movimentos peristálticos, e 
químicos, como a salivação, a quimificação e a quilificação. Tais processos transformarão 
o alimento em substâncias possíveis de serem assimiladas pelo nosso organismo, 
nutrindo-o. As substâncias pelo organismo intervêm nos números processos químicos que 
se desenvolvem no nível celular. Somente uma parte da energia é liberada é aproveitada, 
ao passo que as outras se dissipam com o calor a oxidação das substâncias alimentícias 
é a fonte de energia metabólica. 
O sistema digestório é constituído pelo tubo digestivo, formando em disposição 
contínua da boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e 
ânus. Suas funções são digestão dos alimentos, absorção dos nutrientes e excreção dos 
resíduos. As principais glândulas que se ligam a esse sistema são as salivares, o fígado e 
o pâncreas. 
52 
 
O TRÂNSITO ALIMENTAR 
BOCA 
Na boca são mastigados - cortados, rasgados e moídos - pelos dentes, estrutura 
calcárias esbranquiçadas, duras e resistentes, implantados nos alvéolos dentários e 
recobertas pela gengiva. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, 
misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. 
 
Características dos dentes 
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, 
cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação 
das linguagens. Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente 
estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância 
mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma 
camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela 
polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido 
duro chamado cementose para a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o 
dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao 
osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um 
orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido 
conjuntivo. 
 
R
E
G
I
Õ
E
S 
Coroa 
Colo 
Raiz 
Esmalte 
Polpa do dente 
Dentina 
Canal da raiz 
Cemento 
Osso alveolar 
Forame apical 
53 
 
As Glândulas Salivares 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimula as 
glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, 
além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros 
polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose 
(dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade 
bucal: parótida, submandibular e sublingual. 
Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na 
parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha. 
Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz. 
Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca. 
 
LÍNGUA 
A língua, órgão muscular recoberto pelas papilas gustativas, responsáveis pela 
sensação de sabor, também participa da mastigação, ajudando a misturar os alimentos á 
saliva para umedecê-los e lubrificá-los. A saliva é produzida por três pares de glândulas 
salivares: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. Após a mastigação, os 
alimentos são convertidos em uma massa pastosa denominada bolo alimentar, que a 
língua empurra para faringe iniciando o processo de deglutição. 
 
FARINGE E ESÔFAGO 
54 
 
A faringe é um conduto mucoso-muscular que serve ao sistema digestório e ao 
respiratório, comunicando-se com aboca e as cavidades nasais, permitindo a passagem 
de o bolo alimentar por um lado, do ar para a respiração. 
Depois de passar pela faringe, o bolo alimentar chega ao esôfago, um tubo 
formado por músculo esquelético e músculo liso, o qual por contrações rítmicas, os 
movimentos peristálticos, empurram o bolo alimentar em direção ao estômago. 
 
ESTÔMAGO 
É uma região dilatada do tubo digestório, com um formato semelhante á letra J, 
que atua mecânica e quimicamente sobre o bolo alimentar. Sua parte inicial liga-se ao 
esôfago denomina-sezona cardíaca, enquanto a outra extremidade é o piloro, um anel 
muscular que controla a passagem para o intestinodelgado. O alimento permanece no 
estômago de uma a cinco horas, dependendo de sua natureza. Alimentos gordurosos e 
mal mastigados tendem a permanecer mais tempos no estômago, dando-nos a sensação 
de estômago pesado. 
 
INTESTINO DELGADO e INTESTINO GROSSO 
O intestino é um tubo musculomembranoso cilíndrico subdividido em duas partes: 
intestino delgado e grosso. O intestino inteiro tem cerca de nove metros de comprimento, 
dos quais sete metros, aproximadamente, correspondem ao intestino delgado. Pode ser 
dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca 
de 1,5 cm). 
Fundo 
Corpo 
Cárdia 
55 
 
 
O intestino grosso alcança até 7 cm de diâmetro tem aproximadamente 1,5 m de 
comprimento. O ceco é a primeira parte do intestino grosso e possui, bem no limite com o 
intestino delgado, uma expansão denominada apêndice. A parte média do intestino 
grosso é denominada colo e, em decorrência das variações de sua direção, subdivide-se 
em colo ascendente, transverso, descendente e sigmóide. 
 
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. 
Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de 
água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que 
lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 
 
RETO 
É a parte do intestino grosso, e mede de 12 a 14 cm. 
Nessa região são armazenadas as fezes, até sua 
eliminação pelo canal anal, porção terminal do intestino 
grosso. 
-GLÂNDULAS ANEXAS 
 1.1-PÂNCREAS 
Uma glândula anexa do sistema digestório, com seu 
formato alongado, o pâncreas produz suco pancreático, que contém enzimas 
responsáveis pela digestão de proteínas, carboidratos e gorduras. Além de participar na 
digestão, o pâncreas desempenha várias funções, como produção de insulina, que ajuda 
a regular a taxa de glicose no sangue. 
56 
 
 
1.2-FÍGADO 
O fígado outra glândula anexa do sistema digestório, é a glândula de maior volume 
do corpo chegando a pesar, em um indivíduo adulto, cerca de 1,5 Kg. Bastante 
vascularizado fígado localiza-se logo abaixo do diafragma e tem, em sua parte inferior, a 
vesícula biliar, uma pequena bolsa que armazena e concentra a bile. A bile, um líquido 
verde- amarelado continuamente produzido pelo fígado, cujos componentes mais 
importantes são os sais biliares, neutraliza a acidez do quimo do duodeno. Depois de agir, 
grande parte dos sais biliares é reabsorvida pelo intestino, regressando ao fígado e 
estimulando a secreção de mais bile. 
FUNÇÕES DO FÍGADO 
● Produção de bile. 
● Neutralizar a maior parte das substâncias tóxicas que nosso corpo produz ou ingere. 
● Armazenar glicogênio e transformá-lo em glicose. 
57 
 
 
VAMOS EXERCITAR 
1- Quem constitui o S.Digestório? 
2- Quais as funções do S.Digestório? 
3- Quais as glândulas salivares? 
4- Como está dividido o I.Delgado e I.Grosso? 
5- Quais as glândulas anexas? 
6- Quais as funções do fígado e do pâncreas? 
CAPITULO XI – SISTEMA URINÁRIO 
Os resíduos do metabolismo são eliminados pelo sistema excretor, pois, se 
permanecerem, irão nos intoxicar. A excreção de substâncias residuais ocorre no mesmo 
ritmo com que se formam oi ingressam no organismo. Além dos resíduos metabólicos, 
algumas substâncias que se encontram em excesso e que podem causar algum 
desequilíbrio na saúde, tais como água e sais minerais, são eliminados por meio de 
excreção. 
Para o bom funcionamento do organismo, quantidade total de água deve ser 
mantida constante. Esse controle é efetuado graças a existência de mecanismos 
adequados, que mantêm o equilíbrio entre a água que ingressa e a que é eliminada. A 
ingestão de água é regulada pela sede, e o controle da eliminação é exercido pelas vias 
renais. 
Por meio de excreção, podemos eliminar tanto substâncias sólidas (fezes), como 
gasosas (gás carbônico) e líquidas (urina). O aparelho urinário é responsável pela 
produção e excreção da urina. O sistema urinário é formado pelos órgãos urinários (rins, 
ureteres, bexiga e uretra). 
58 
 
 
RINS 
Possuímos dois rins, que lembram a forma de feijão, situam-se na parte posterior 
do abdome, um de cada lado da coluna vertebral, logo abaixo do músculo diafragma. 
Além de filtrar o sangue, eliminando substâncias derivadas do metabolismo celular, 
regulam a quantidade de água e sais minerais, mantendo a pressão a pressão osmótica, 
e controlam a concentração d uréia e outros elementos no organismo. 
Internamente, os rins possuem estruturas microscópicas denominadas néfrons 
(temos aproximadamente 2 milhões em cada rim). Os néfrons são os responsáveis pela 
depuração do plasma sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URETERES 
Os ureteres (um em cada rim) realizam movimentos peristálticos e conduza urina 
dos rins para a bexiga. O peristaltismo dos ureteres permite que a entrada da urina na 
bexiga deixe de ser contínua, de forma que a urina se dirija a bexiga em que intervalos de 
3 a 6 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
BEXIGA URINÁRIA 
É um bolsa de mucosa e músculo liso em que a urina é armazenada até o 
momento da micção (ato de urinar). A capacidade de acomodação da bexiga é de 250 ml, 
porém chega a 400-500 ml, quando começa a pressão. 
 
 
URETRA 
A uretra possuí dois esfíncteres, um na região do colo da bexiga, de músculo liso, 
involuntário, e outro mais distante de músculo esquelético, involuntário. O relaxamento 
deste esfíncter permite que a urina seja excretada pela uretra, o último segmento das vias 
urinárias. Nas mulheres, a uretra mede cerca de 4 cm, abre-se para o exterior no 
vestíbulo, entre o clitóris e o óstio da vagina. Já nos homens, é uma via comum para 
eliminação da urina e do líquido seminal, mede cerca de 20 cm, ingressa no pênis e abre-
se na glande para o exterior. 
 
VAMOS EXERCITAR 
1- Qual a função do S.Urinário? 
2- Quais os componentes do S.Urinário? 
3- Quais as funções dos rins? 
60 
 
4- Diferencie a uretra masculina da uretra feminina. 
 
CAPITULO XII - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
O sistema reprodutor feminino é formado pela vulva, vagina, útero e ovários. As 
glândulas mamárias também são consideradas partes do sistema genital feminino. Os 
órgãos genitais femininos são incumbidos de produção dos óvulos, e depois da 
fecundação destes pelos espermatozoides, oferecem condições para o desenvolvimento 
até o nascimento do novo ser. Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo de 
órgãos externos e órgãos internos. 
 
Os órgãos Internos estão no interior da pelve e consistem em ovários, tubas 
uterinas, útero e vagina. 
 
 Os órgãos externos são superficiais ao diafragma urogenital e acham – se abaixo do 
arco púbico. Compreendem o monte do púbis, os lábios maiores e menores do pudendo, 
o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores. Estas estruturas 
formam a vulva ou pudendo feminino. 
OVÁRIO 
Estão localizados na parte inferior do abdome, um 
de cada lado. Os ovários produzem óvulos e 
secretam hormônios estrógenos e progesterona. O 
estrogênio é responsável pelo desenvolvimento dos 
caracteres sexuais secundários (crescimento da 
mama, alargamento dos quadris, aparecimento de 
pêlos pubianos). 
 
61 
 
 
 
TUBAS UTERINAS 
É um tubo par que se implanta de cada lado no respectivo ângulo latero-superior do útero 
esse tubo é irregular quanto ao calibre, apresentando aproximadamente 10 cm de 
comprimento. A tuba uterina divide-se em 4 regiões, que no sentido médio-lateral 
são: Parte Uterina, Istmo, Ampola e Infundíbulo. 
 
ÚTERO 
É útero é um órgão muscular e elástico, situado entre 
o intestino grosso e a bexiga, tem formato de pêra e o 
tamanho aproximado de um punho adulto fechado. 
Durante a gravidez ele chega a distender-se mais de 
mil vezes, retornando o seu tamanho inicial algum 
tempo depois do parto. A regiãoinferior (colo do útero) 
comunica-se com a vagina. Por ocasião do parto, o 
colo do útero dilata-se em movimentos rítmicos, 
permitindo a passagem da criança. 
 
VAGINA 
É um canal muscular, elástico, que liga o útero ao exterior do corpo e está 
localizada entre a uretra e o reto. Ela serve de canal para eliminação do fluxo menstrual e, 
ao longo do processo normal do parto, é o canal pelo qual passa a criança. Durante a 
relação sexual, é o órgão em que o pênis penetra. 
 
VULVA 
É a abertura vertical da parte inferior da pelve e apresenta duas dobras de pelo, 
denominadas lábios maiores e menores. Além disso, apresenta uma região extremamente 
sensível e erétil, o clitóris. Os lábios maiores encontram-se em volta da abertura vaginal 
sob os pelos (monte do púbis). Os lábios menores também são dobras externas a região 
vaginal, que vestem e protegem a região anterior da vagina e possuem glândulas 
mucosas e sebáceas. 
62 
 
 
VAMOS EXERCITAR 
1- Qual a composição do sistema reprodutor feminino? 
2- Quais os órgãos internos e externos do sistema reprodutor feminino? 
3- Qual a função do ovário? 
4- Qual a função da vagina? 
5- Esquematize o sistema reprodutor feminino? Cite a função. 
CAPITULO XIII-SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Os espermatozoides (células reprodutoras) e testosterona (hormônio sexual 
masculino) são produzidos por ação dos testículos, as duas glândulas sexuais que se 
alojam no escroto. A testosterona aparece em abundância na puberdade e provoca o 
crescimento dos órgãos sexuais, o fortalecimento de ossos e músculos, o alargamento 
das cordas vocais, provoca o engrossamento da voz e o surgimento dos pelos no corpo. 
São três as principais funções do sistema reprodutor masculino: 
● Produção e transporte do gameta masculino. 
● Produção do hormônio responsável pelos caracteres sexuais masculinos: a 
testosterona. 
● Secreção de fluídos para formar o esperma (ou sêmen). 
TESTÍSCULOS E EPIDÍDIMO 
Os testículos e epidídimo ficam abrigados no escroto, localizado fora da cavidade 
abdominal, pois a temperatura vital ótima dos espermatozoides é inferior a temperatura 
corporal. Ambos os testículos são compostos por milhares de ductos seminíferos que, por 
sua vez, são formados pelas células de Sertoli e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a 
formação dos espermatozoides. 
Cada epidídimo localiza-se trás e acima de cada testículo e é formado por longos 
túbulos enovelados entre si mesmos. De cada epidídimo parte um ducto deferente, que 
penetra no abdome, conduzindo os espermatozoides, e desemboca no ducto ejaculatório, 
no qual recebe secreções da vesícula seminal e da próstata. O escroto é uma bolsa de 
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pele áspera e escura, coberta de pêlos. Internamente, subdivide-se em dois 
compartimentos, cada um contendo e protegendo um testículo. 
 
CANAIS DEFERENTES 
Estruturas (dois tubos) altamente musculares, 
constituída por fibras musculares lisas, que 
partem dos testículos, envolvem a bexiga 
urinária e unem-se ao ducto ejaculatório. 
Possuem a função de transportar os 
espermatozoides em direção à uretra, além de 
serem responsáveis pela reabsorção daqueles 
que não foram expelidos. 
 
VESÍCULAS SEMINAIS 
São glândulas responsáveis pela produção de 
um fluido que será liberado no ducto ejaculatório. 
Junto com o líquido prostático e 
espermatozoides, esse fluido entrará na 
composição do sêmen. O fluido alcalino e 
viscoso das vesículas seminais contém 
principalmente frutose, além de 
prostaglandinas e proteínas de coagulação 
(que são diferentes das encontradas no sangue). 
A natureza alcalina desse líquido ajuda a 
neutralizar a acidez da uretra masculina e 
da vagina, evitando, assim, a 
neutralização dos espermatozoides. 
 
PRÓSTATAS 
A Próstata possui o formato de uma noz e também se situa na cavidade abdominal, 
suas secreções aparentam um líquido leitoso, que contém espermina, com odor 
característico. Ao conjunto das células sexuais, mais as secreções da vesícula seminal e 
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da próstata, cuja função é nutrir e proteger os espermatozoides, denominado sêmen ou 
esperma. 
 
PÊNIS 
O pênis é considerado o principal órgão do sistema reprodutor masculino. O órgão 
cilíndrico é formado por dois tipos de tecidos: dois corpos cavernosos e um corpo 
esponjoso, que envolve e protege a uretra. Na extremidade do pênis encontra-se a 
glande, onde é possível visualizar a abertura da uretra. 
 
URETRA 
É um canal localizado no interior do pênis e que conduz tanto os espermatozoides 
como na urina, no entanto, nunca os dois saem ao mesmo tempo, por causa da existência 
de anel muscular que atua como uma válvula, impedindo a saída de um deles enquanto o 
outro utiliza esse caminho. 
 
VAMOS EXERCITAR 
1-Qual a composição do Sistema reprodutor masculino? 
2-Quais as funções do sistema reprodutor masculino? 
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4- Esquematize o sistema reprodutor masculino? E cite suas funções. 
CAPITULO XIV- SISTEMA TEGUMENTAR 
 
1-ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA TEGUMENTAR 
• A Pele e suas Camadas 
• Anexos da Pele (Unhas, Pelos e Glândulas) 
• A Pele e seu Receptores Sensoriais 
• 
2- A PELE E SUAS CAMADAS 
● EPIDERME 
● DERME 
● HIPODERME (TELA SUBCUTÂNEA) 
 
 
A epiderme, por sua vez, é constituída por cinco camadas, sendo que a quinta, a 
camada córnea rica em queratina, só existe nas palmas das mãos e plantas dos pés. A 
camada mais interna, situada logo acima da derme, é a responsável pelo surgimento das 
células epiteliais, sendo por isso chamada de germinativa ou basal. 
Conforme as células vão surgindo na camada basal, as demais vão amadurecendo 
e sendo empurradas para camadas superiores pelas células mais jovens. Sofrem um 
processo de queratinização que as torna mais resistentes e impermeáveis, até se 
depositarem na camada superior da epiderme, quando, então, já estão mortas e são 
eliminadas por descamação. Nesta camada também se localiza a melanina, responsável 
pela coloração da pele, que apresenta maior concentração nas pessoas da raça negra. 
A epiderme é responsável pela impermeabilidade da pele, o que dificulta a 
evaporação da água pela superfície corporal. A derme, localizada logo abaixo da 
epiderme, é um tipo de tecido conjuntivo que também possui fibras elásticas. Nesta 
camada, que é bem vascularizada, encontram-se as terminações nervosas, vasos 
linfáticos, glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos. Nela se desenvolvem as defesas 
contra agentes nocivos que tenham vencido a primeira barreira, ou seja, a epiderme. Em 
sua atividade profissional, você perceberá que é na derme que se realizam a maioria dos 
testes cutâneos e administração de vacinas - como a BCG, por exemplo. 
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A derme mantém a pele sob constante tensão elástica e forma a impressão digital pela 
projeção das papilas dérmicas para a epiderme, com formato de cristas separadas por 
sulcos. 
 
O tecido celular subcutâneo ou hipoderme encontra-se logo abaixo da derme. É um 
tecido conjuntivo gorduroso (tecido adiposo), representando importante reserva calórica 
para o organismo, além de funcionar em algumas partes do corpo como um coxim 
(almofada) - denominado panículo adiposo -, evitando traumas. É nele que encontramos, 
em pessoas obesas, os ―detestados‖ excessos de gordura. No entanto, o panículo 
adiposo proporciona proteção contra o frio. Distribui-se por toda a superfície do corpo e 
varia de acordo com a idade, sexo, estado nutricional e taxa de hormônios. Por ser mais 
vascularizada que a derme essa camada da pele é capaz de absorver com maior rapidez 
as substâncias nela injetadas – motivo pelo qual recebe a administração de certas 
medicações, como a insulina para pacientes diabéticos, por exemplo. 
Os anexos da pele 
Se a pele tem importância para a saúde das pessoas, seus anexos não podem ser 
esquecidos: os pêlos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e unhas. 
Aparentemente, pode parecer que os pêlos são superficiais,mas se você depilar a 
sobrancelha, por exemplo, verificará que eles têm uma inserção profunda, pois se situam 
em invaginações (saliências) na epiderme. Os pêlos são constituídos por células 
queratinizadas produzidas por folículos pilosos, localizados na derme ou hipoderme, onde 
se abrem as glândulas sebáceas. Têm por função proteger áreas de orifícios e olhos, 
possuindo rica inervação que lhes confere, ainda, o papel de aparelho sensorial cutâneo. 
A cor dos pêlos, tamanho e disposição variam de acordo com a raça e a região do 
corpo. Estão presentes em quase toda a superfície da pele, exceto em algumas regiões 
bem delimitadas. 
As glândulas sebáceas situam-se na derme e, como já dito, formam-se junto aos 
pêlos, podendo existir várias para cada folículo piloso. Em certas regiões, como lábio, 
glande e pequenos lábios da vagina, os ductos das glândulas sebáceas abrem-se 
diretamente na pele. São responsáveis pela secreção de gorduras que lubrificam e 
protegem a superfície da pele e estão presentes em todo o corpo, exceto nas palmas das 
mãos e plantas dos pés. 
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As glândulas sudoríparas são encontradas em toda a pele, exceto em certas regiões, 
como a glande. Secretam o suor – solução extremamente diluída, que contém 
pouquíssima proteína -, além de sódio, potássio, cloreto, amônia e ácido úrico. 
 
Nas palmas das mãos e plantas dos pés se abrem diretamente na superfície 
cutânea, sendo mais numerosas nessas áreas. Ao atingir a superfície da pele o suor se 
evapora, baixando a temperatura corporal. Dessa forma, exercem importante papel no 
controle da temperatura corporal – motivo pelo qual suamos mais no calor e menos no 
frio. A presença de catabólitos no suor sugere que as glândulas sudoríparas também têm 
função excretora. Quando desembocam nos folículos pilosos são chamadas de glândulas 
sudoríparas apócrinas e localizam-se apenas nas regiões axilares, perianal e pubiana. 
Podem ser estimuladas pela tensão emocional e sua secreção é ligeiramente viscosa e 
sem cheiro, mas adquire odor desagradável e característico pela ação de bactérias na 
pele. 
As unhas recobrem a última falange dos dedos e são formadas por queratina dura 
e fixadas sobre a epiderme nos denominados leitos ungueais. Crescem apenas 
longitudinalmente, não para os lados. Protegem as pontas dos dedos, evitando 
traumatismos e possuem em seu contorno uma espécie de selo chamado cutícula, que 
impede a entrada de agentes infecciosos, como bactérias. Para o profissional de saúde, a 
pele deve ser objeto de atenção especial, pois sua coloração, textura e aparência podem 
ser indicativas de alterações no organismo. Por outro lado, os cuidados básicos de 
higiene e hidratação são essenciais para a manutenção da saúde em geral.

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