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Relatório Estágio Saúde Mental

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CAMPUS SANTA INÊS 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO 
 
 
 
 
 
GABRYELLE MENEZIO DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA INÊS – MA 
2023 
 
GABRYELLE MENEZIO DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA 
 
Relatório Parcial de Estágio supervisionado apresentado 
à supervisão de estágio da Universidade Estadual da 
Maranhão-UEMA, campus Santa Inês, como pré-requisito 
para a aprovação da disciplina de Atividades 
supervisionadas I, do 9º período. 
 
Preceptor: Jildeglan Gomes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTA INÊS – MA 
2023 
IDENTIFICAÇÃO 
 
1.1 Identificação do estagiário: 
Nome: Gabryelle Menezio da Costa 
Código: 20190103050 
Curso: Enfermagem Bacharelado 
Endereço: Rua M. Deodoro da Fonseca, nº 491, Canecão, Santa Inês/MA 
 
1.2 Identificação do campo de estágio: 
Disciplina: Saúde Mental e Psiquiatria 
Local: CAPS II – Seba Salomão 
Endereço: Av. Luís Barros Elouf, s/n, Aeroporto 
Período: 20/03/2023 a 07/04/2023. 
Preceptor: Jildeglan Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5 
APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO – CAPS II – SEBA SALOMÃO ................. 7 
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CAPS II – SEBA SALOMÃO ................................. 10 
CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 12 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 13 
APÊNDICES ....................................................................................................................... 14 
APÊNDICE A- Fotos das atividades no CAPS II durante estágio supervisionado em Saúde 
Mental e Psiquiatria.......................................................................................................... 15 
APÊNDICE B- Estudo de Caso Clínico ........................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
Ao discutirmos sobre saúde mental, é necessário compreender o contexto 
histórico. A Reforma Psiquiatra iniciada no Brasil no final da década de 70 foi um 
marco importante para mudanças significativas no tratamento destinado aos 
portadores de transtornos mental, dando início as discussões acerca do fim dos 
manicômios e sua desinstitucionalização, visando não mais tratar esse paciente a 
regime fechado hospitalar, mas adaptá-lo na sociedade, conquistas estas decorrentes 
de diversos movimentos sociais e de trabalhadores de saúde (BRASIL, 2005). 
Desde então, os sanitaristas vêm lutando em busca de uma assistência 
humanizada, o que inclui a saúde mental. Este processo de movimentação da saúde 
para mudança deu origem à Lei 10.216, de 2001, que dispõe sobre a proteção e os 
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo 
assistencial em saúde mental, trazendo uma nova visão de assistência aos pacientes 
e reestruturando os serviços de saúde que já existiam com a criação de novas 
modalidades assistenciais para atender o paciente de forma integral (HIANNY et al, 
2018). 
A partir dessa lei, origina-se a Política de Saúde Mental, que tende garantir o 
cuidado ao paciente/usuário com transtorno mental em serviços substitutivos aos 
hospitais psiquiátricos, promovendo a redução programada de leitos psiquiátricos de 
longa duração, incentivando as internações psiquiátricas, somente quando 
necessárias, sem isolar o paciente do convívio familiar e da sociedade como um todo 
(BRASIL, 2005). 
Ademais, essa política permite a atenção ao portador de sofrimento mental no 
seu território, a desinstitucionalização de pacientes de longa duração em hospitais 
psiquiátricos e ainda as ações que permitem a reabilitação psicossocial por meio da 
inserção pelo trabalho, da cultura e do lazer (HIANNY et al, 2018). 
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi instituída em 2011 com a proposta 
de inserção da atenção psicossocial em diversos pontos, não apenas nos específicos 
de saúde mental, incluindo: atenção primária à saúde, atenção psicossocial 
especializada, atenção à urgência e emergência, atenção residencial de caráter 
transitório, atenção hospitalar, estratégias de desinstitucionalização e reabilitação 
psicossocial (PARANÁ, [2020?]). 
 
6 
 
Dentre os serviços de saúde mental disponíveis em âmbito nacional específicos 
para o cuidado estão os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), instituições 
destinadas a atender os pacientes com transtornos mentais, estimulando sua 
integração social e familiar, apoiando-os em suas iniciativas de busca da autonomia, 
proporcionar atendimento médico e psicológico (BRASIL, 2004). 
O CAPS realiza atendimentos às pessoas com transtornos mentais, e usuários 
de drogas em regime de tratamento que variam de intensivo, semi-intensivo e não 
intensivo, esse cuidado é desenvolvido por intermédio do projeto terapêutico individual 
priorizando adesão espontânea. Constituída por uma equipe multidisciplinar composta 
por psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, enfermeiro, auxiliar 
ou técnico de enfermagem e outros (BRASIL, 2004). 
Os CAPS são divididos em categorias de acordo com a necessidade ou a 
demanda populacional. O Ministério da saúde estabelece alguns parâmetros para a 
implantação dos CAPS e suas demandas de acordo com a Portaria nº336, de 19 de 
fevereiro de 2002: 
 CAPS 1 - são os centros de menor porte, que atendem municípios 
com população entre 20.000 e 50.000 habitantes. Atendendo 
pessoas de todas as faixas etárias, com transtornos mentais severos 
e persistentes e transtornos decorrentes do uso de álcool e outras 
drogas, neste centro o médico é especialista em saúde mental. 
 CAPS 2 - são serviços de médio porte, e dão cobertura a municípios 
com mais de 50.000 habitantes. A clientela típica destes serviços é 
de adultos com transtornos mentais severos e persistentes. Os 
CAPS II sendo exigido um psiquiatra para atendimento e 
preconizasse o acompanhamento de cerca de 360 usuários por mês. 
 CAPS 3 - Os CAPS III são os serviços de maior porte da rede CAPS. 
Previstos para dar cobertura aos municípios com mais de 200.000 
habitantes. Os CAPPS III funcionam durante 24 horas em todos os 
dias da semana e em feriados. O CAPS III realiza, quando 
necessário, acolhimento noturno (internações curtas, de algumas 
horas a no máximo 7 dias). 
 CAPIS I - Os CAPSi, especializados no atendimento de crianças e 
adolescentes com transtornos mentais, são equipamentos 
 
7 
 
geralmente necessários para dar resposta à demanda em saúde 
mental em municípios com mais de 200.000 habitantes. Funcionam 
durante os dias úteis da semana, e têm capacidade para atender 
cerca de 180 crianças e adolescentes por mês. 
 CAPS AD – São especializados no atendimento de pessoas que 
fazem uso descontrolado de álcool e outras drogas, são previstos 
para cidades com mais de 200.000 habitantes. Funcionam durante 
os cinco dias úteis da semana, e têm capacidade para realizar o 
acompanhamento de cerca de 240 pessoas por mês. 
Os Centros de Atenção Psicossocial oferecem diversos tipos de atividades 
terapêuticas, por exemplo: psicoterapia individual ou em grupo, oficinas terapêuticas, 
atividades comunitárias, atividades artísticas, orientação e acompanhamento do uso 
de medicação, atendimento domiciliar e aos familiares. Essas atividades podem ser 
feitas em grupos ou individualmente, também podem ser destinadas às famílias ou 
comunidade. 
No CAPS são preferencialmente atendidaspessoas com transtornos 
mentais severos e/ou persistentes, ou seja, pessoas com grave comprometimento 
psíquico, incluindo os transtornos relacionados às substâncias psicoativas (álcool e 
outras drogas), crianças e adolescentes com transtornos mentais (HIANNY, 2018). 
Dentre os principais transtornos atendidos, destacam-se: Esquizofrenia, 
Transtorno Afetivo Bipolar, Depressão, Transtorno pós psicoativos, Transtorno do 
Espectro Autista entre outros diversos. 
 
APRESENTAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO – CAPS II – SEBA SALOMÃO 
O Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Mental e Psiquiátrica tem 
carga horária de 90 horas e iniciou no dia 20 de março de 2023, mediante orientação 
e supervisão da preceptora e enfermeiro Jildeglan Gomes. As atividades foram 
desenvolvidas no Centro de Atenção Psicossocial II, localizado na Avenida Luiz 
Barros Elouf, s/n, bairro Aeroporto na cidade de Santa Inês– MA. 
O Centro de Atenção Psicossocial possui uma estrutura ampla de 3 
pavilhões e já possui projeto que se aprovado poderá se tornar um CAPS III. 
 
8 
 
O primeiro pavilhão, possui 1 recepção, 1 consultório médico e de 
enfermagem com 1 banheiro, 1 consultório da assistente social, 1 consultório de 
psicologia com banheiro, 1 sala de coordenação, 1 farmácia, 1 almoxarifado, 2 
banheiros sociais, um feminino e um masculino. 
No segundo pavilhão estão, 1 sala de procedimento, uma área multiuso, 2 
banheiros de funcionários, um feminino e um masculino, 1 copa para funcionários, 1 
cozinha, 1 refeitório social, e 1 despensa. 
O terceiro pavilhão possui, 1 sala de artesanato, 1 sala de psicopedagogia 
e 1 sala de música. 
O papel dos CAPS é o de articulação, assistência e regulação da rede de saúde 
e contam com uma equipe multidisciplinar com 1 psicóloga, 1 farmacêutica, 2 médicos, 
equipe de enfermagem (1 técnico de enfermagem e 1 enfermeiro), 1 assistente social, 
entre outras áreas como a administrativa e de serviços gerais a fim de trabalharem 
em conjunto e harmonia a fim de ajudar na reinserção social dos pacientes, assim 
como de ajudar a familiares. 
Abaixo temos o fluxograma de atendimento em Saúde Mental de Santa 
Inês (Imagem 1), cronograma geral do CAPS II (Imagem 2) e o cronograma das 
Oficinas Terapêuticas (Imagem 3). 
 
Imagem 1. Fluxograma de Atendimento em Saúde Mental 
 
Fonte: Secretaria de Saúde de Santa Inês, 2023. 
 
9 
 
 
 
Imagem 2. Cronograma Geral do CAPS II do mês de março de 2023 
Fonte: CAPS, 2023. 
 
 
Imagem 3. Cronograma das Oficinas Terapêuticas 
 
Fonte: CAPS, 2023. 
 
Tanto o fluxograma, quanto os cronogramas são muito utilizados para a 
organização dos atendimentos e atividades, procedimentos e outras ações a serem 
 
10 
 
ofertadas, sendo que o cronograma geral pode ser alterado a qualquer momento e 
modificado mensalmente acompanhando as datas comemorativas de cada mês. 
 
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS – CAPS II – SEBA SALOMÃO 
Abaixo temos a descrição das atividades exercidas durante o período de 
estágio de Saúde Mental e Psiquiatria: 
Quadro. 1: Atividades desenvolvidas no período de 20 de março a 07 de abril de 
2023 no CAPS II em Santa Inês. 
DATA HORÁRIO DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES 
 
20-03-23 
08:00 às 
12:00 Hrs 
Nosso grupo de estágio foi apresentado no 
CAPS, pelo preceptor juntamente com a 
coordenadora e logo em seguida participamos 
de uma reunião com a com a mesma, que 
apresentou toda estrutura, funcionamento e os 
profissionais da equipe multidisciplinar ali 
presentes. 
 
21-03-23 
8:00 às 
12:00 Hrs 
Realizamos a triagem dos pacientes, avaliando 
os sinais vitais e aferição de glicemia capilar 
dos pacientes diabéticos. Nesse dia 
acompanhamos o acolhimento dos pacientes 
realizado pela assistente social (Graça), e por 
fim acompanhamos os pacientes para sala de 
artesanato, auxiliando-os nas atividades 
propostas. 
 
 
 
22-03-23 
 
 
8:00 às 
12:00 Hrs 
Ajudamos na triagem dos pacientes, logo após, 
participamos do acolhimento, que foi conduzido 
pela a farmacêutica (Rosilda), onde foi feito 
uma roda de conversa, no qual os pacientes se 
apresentavam e contavam um pouco da sua 
história. A equipe foi dividida em duplas e 
fomos de forma alternada acompanhar a 
farmacêutica, que nos apresentou as 
 
11 
 
medicações presente no RENAME e as 
medicações da FEME, além de mostrar como é 
feita a dispensação das medicações e o 
protocolo de cadastro para o recebimento. 
 
 
23-03-23 
 
 
8:00 às 
12:00 Hrs 
Neste dia realizamos o acolhimento na área 
externa, foi feito uma roda e cada paciente tinha 
que falar duas qualidades da pessoa que 
estava ao seu lado (APÊNDICE A). Neste 
mesmo dia, a equipe dividiu-se em duplas e 
tivemos a oportunidade de acompanhar o 
enfermeiro na realização de um plano 
terapêutico do paciente. 
 
27-03-23 
 
8:00 às 
11:20 Hrs 
Ajudamos na triagem dos pacientes, neste dia 
a aula pedagógica foi conduzida pelo nosso 
grupo, fizemos uma pequena abordagem sobre 
a história de Santa Inês, depois realizamos uma 
atividade de jogo da memória com as imagens 
do primeiro prefeito e os primeiros vereadores 
da cidade, com o objetivo de trabalharmos o 
cognitivo do paciente (APÊNDICE A). Neste 
mesmo dia escolhemos um prontuário de um 
paciente do CAPS, para debater as condutas 
com os profissionais da equipe multidisciplinar 
e realizar a análise para construção do caso 
clínico. 
28-03-23 
8:00 às 
12:00 Hrs 
O acolhimento seria realizado pela a psicóloga, 
mas pedimos para realizarmos, fizemos uma 
dinâmica (Batucada da Alegria), na qual 
passava um objeto entre as mãos dos 
pacientes enquanto tocava uma música, 
quando a mesma parava, a pessoa que 
estivesse com o objeto na mão tinha que se 
identificar e falar o que o deixava feliz 
 
12 
 
(APÊNDICE A). Em seguida fomos para a sala 
de arquivo para continuar as análises dos 
prontuários. Tivemos a oportunidade de 
acompanhar e preencher as RAAS, juntamente 
com o enfermeiro. 
29-03-23 
08:00 às 
12:00 hrs 
Elaboração de painel com fotos “acervo Santa 
Inês” para exposição no II Sarau Literário 
30-03-23 
08:00 às 
12:00 hrs 
Foi realizado o II Sarau Literário CAPS II. 
Auxiliamos na organização juntamente com a 
equipe profissional. (APÊNDICE A) 
04-04-23 
08:00 às 
12:00 hrs 
Neste dia realizamos o acolhimento de forma 
diferente, organizamos uma ação sobre a 
higiene pessoal, na oportunidade realizamos 
uma dinâmica na qual levamos uma caixa com 
objetos de higiene pessoal e de acordo como 
iriamos pegando o objeto dentro da caixa eles 
tinham que falar para qual tipo de higiene era 
utilizado. (APÊNDICE A) 
05-04-23 
08:00 às 
12:00 hrs 
Foi realizado uma celebração em 
comemoração à páscoa, onde estava presente 
um padre, além dos pacientes e responsáveis. 
Auxiliamos na organização da celebração 
juntamente com os profissionais da equipe. 
(APÊNDICE A). Neste mesmo dia discutimos o 
caso clínico com o preceptor. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O Estágio supervisionado em Saúde Mental e Psiquiatria foi de suma 
importância, o qual contribuiu de forma significativa para o processo de formação e 
desenvolvimento das minhas competências. Foi uma experiência que possibilitou 
enxergar a realidade sobre outra ótica, o que me conduziu a um olhar mais 
 
13 
 
contextualizado sobre o ambiente de atuação profissional de enfermagem no âmbito 
de saúde mental e psiquiatria. 
Poder conhecer a rotina do CAPS resultou em grandes conhecimentos e 
desmitificação quanto a saúde mental que de fato agregará muito a minha vida 
profissional, compreendendo que cada paciente vai além de um CID-10 e que há a 
necessidade de um atendimento singular para cada paciente, o qual necessita de 
cuidados específicos e que não deve ser marginalizado ou descriminado devido a sua 
situação. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, Ministério da Saúde. OS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL. Brasília, DF, 2004. 
BRASIL,Ministério da Saúde. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas 
Estratégicas. Brasília, DF, 2004. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Reforma Psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Brasília, 
DF, 2005. 
HIANY, Natália et al. perfil epidemiológico dos transtornos mentais na população adulta no Brasil: uma 
revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual in Derme, v. 86, n. 24, 2018. 
PARANÁ, Secretaria Estadual de Saúde. Saúde Mental e a Atenção Psicossocial – SMAPS. Curitiba, 
PR, [2020?]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
APÊNDICE A- Fotos das atividades no CAPS II durante estágio 
supervisionado em Saúde Mental e Psiquiatria. 
 
Dia 23/03/2023: Acolhimento – Dinâmica das qualidades. 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Próprio Autor, 2023. Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
 
 
Dia 27/03/2023: Aula Pedagógica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Próprio Autor, 2023. Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
16 
 
Dia 28/03/2023: Acolhimento – Dinâmica Batucada da Alegria. 
 
Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
Dia 30/03/2023: II Sarau Literário CAPS II. 
 
Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
 
17 
 
Dia 04/04/2023: Ação sobre Higiene Pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Próprio Autor, 2023. Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
Dia 05/04/2023: Celebração da Páscoa 
 
 Fonte: Próprio Autor, 2023. Fonte: Próprio Autor, 2023. 
Fonte: Próprio Autor, 2023. 
 
18 
 
APÊNDICE B- Estudo de Caso Clínico 
 
INTRODUÇÃO 
 
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), os 
transtornos mentais compreendem-se como doenças com manifestações 
psicológicas, as que causam comprometimento funcional devido a perturbações, 
sendo de causas: biológicas, sociais, psicológicas, genéticas, físicas ou químicas. 
Para diagnóstico pelo CID-10 o indivíduo deve apresentar pelo menos um 
sintoma, como inserção ou roubo do pensamento, delírios de controle, vozes 
alucinatórias, delírios persistentes, alucinações persistentes de qualquer modalidade, 
intercepção do curso do pensamento resultando em discurso incoerente, 
comportamento catatônico, sintomas negativos e alteração significativa do 
comportamento pessoal, como perda de interesse, falta de objetivos, inatividade e 
retraimento social (KAPLAN, 2003). 
 A delimitação da saúde mental muitas vezes é feita de forma imediatista, 
levando em conta somente a clínica e contexto adoecimento, porém está relacionada 
diretamente a forma como cada pessoa reage às exigências da vida e ao modo como 
harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções (PARANÁ, 
[2020?]). 
Atualmente a esquizofrenia tem sido considerada um dos principais problemas 
de saúde pública exigindo considerável investimento do sistema de saúde uma vez 
que, 95% das pessoas diagnosticadas permanecem com o transtorno, que é de 
caráter psicótico, durante toda a vida (STUART e LARAIA, 2001). 
A esquizofrenia é conhecida como uma das doenças psiquiátricas mais graves, 
desafiadoras e complexa, que causa as hospitalizações mais prolongadas e 
compreende manifestações psicopatológicas variadas de pensamento, percepção, 
emoção, movimento e comportamento (OLIVEIRA; FASCINA; SIQUEIRA, 2012). 
 A depressão é um dos transtornos afetivos mais conhecidos pela sociedade 
e requer um bom acompanhamento social, tornando-se uma condição médica comum, 
crônica e recorrente. Encontra-se associada a incapacitação funcional e 
comprometimento da saúde física (FLECK, 2009). 
 
19 
 
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta cerca 
de 340 milhões de pessoas e causa 850 mil suicídios por ano em todo o mundo. No 
Brasil, são cerca de 13 milhões de depressivos (MALDONATO, 2006). Estima que a 
depressão seja atualmente a doença psiquiátrica mais diagnosticada: ocupa o quarto 
lugar entre os maiores problemas de saúde do Ocidente e é a segunda causa de 
invalidez. 
Visando compreender mais sobre o transtorno citado acima, esse estudo teve 
como objetivo analisar o caso de uma paciente do CAPS II na cidade de Santa Inês 
no Maranhão, visando contribuir com intervenções de enfermagem para a melhora do 
seu prognostico ou contribuindo para os eu bem-estar. 
 
DESCRIÇÃO DO CASO 
 
Paciente C.S, sexo masculino, nascido em 19 de novembro de 1965, 57 anos, 
casado. Foi casado por 26 anos no primeiro casamento, relacionamento marcado por 
conflitos familiares com a sogra, o que resultou no divórcio, encontra-se sem familiares 
e ausência dos filhos em seu convívio. Relata sobre magia negra feita por sogra e 
associa seu transtorno ao fato. 
O paciente deu entrada no Caps em 12 de julho de 2016, com diagnóstico de 
Esquizofrenia (F20), fazendo uso de Olanzapina (Medicamento classificado como 
antipsicótico e que age no Sistema Nervoso Central, ocasionando a melhora dos 
sintomas em pacientes com esquizofrenia e outros transtornos mentais (psicoses)) e 
Clonazepan, iniciou o tratamento por motivos que ouvia vozes e vontade de suicidar-
se, e possui Diabetes Mellitus (DM) pregressa, suas principais queixas era 
alucinações e sonhos perturbadores. 
De acordo com informações encontradas em seu prontuário, paciente agora faz 
tratamento não apenas para esquizofrenia, mas também para depressão (F33.2), 
atualmente encontra se casado com S., também paciente da instituição e apresenta 
Transtorno Esquizoafetivo (F25). 
Apresenta em seu exame psíquico com o autocuidado preservado, sem 
alterações aparente, apresenta comportamento passivo, com comunicação vagarosa, 
humor com instabilidade afetiva (deprimido), pensamento acelerado, apresenta lapsos 
de amnésia, sensopercepção de alucinação e delírio. 
 
20 
 
20 de julho de 2018, Sr C. S relata conflitos existentes com a esposa, o que 
acarreta na intensificação dos seus sintomas depressivos. 
Em 16 de agosto de 2018, o paciente foi agredido por outro usuário do Caps 
com socos, ferimento no supercílio e tentativa de enforcamento, o mesmo recebeu 
atendimento no local pela equipe técnica presente e levado a emergência do Hospital 
Municipal Tomáz Martins, este episódio agravou significativamente seu quadro 
depressivo. 
02 de dezembro de 2020, se queixa de alucinações auditivas, continua fazendo uso 
de olanzapina 10mg 2 comprimidos 1x ao dia, período noturno e Clonazepam 20mg 
1x ao dia, período noturno. 
 16 de março de 2021, paciente vem sem queixas e fazendo uso de 
olanzapina 10 mg, 2 comprimidos 1x ao dia, pela noite. Foi suspenso seu 
medicamento Clonazepam. 
 09 de agosto de 2022, paciente afirmar não está fazendo uso de 
olanzapina e vem com queixas de insônia, faz uso apenas de escitalopram 
(Medicamento indicado para tratamento e prevenção de recorrência de depressão), 
 Em 13 de setembro de 2022, paciente comparece ao caps com queixas 
de vozes de comando mandando se matar, está sem escitalopram, faz uso de 
olanzapina 10 mg, 1x ao dia pela noite e Fluoxetina 20 mg, 1x ao dia pela manhã 
(Medicamento antidepressivo da classe dos inibidores seletivos de captação de 
serotonina); 
 17 de janeiro de 2023, paciente vem sem queixas e com Diabetes 
Mellitus descontrolada, não mostra interesse no controle da DM e não deseja ser 
encaminhado ao endócrino, se mantem fazendo uso de Olanzapina e Fluoxetina. 
Desde então, paciente vem melhorando, está estável, sem queixas alucinóticas, 
apenas episódios depressivos quando há conflito com a esposa. 
 
DIAGNÓSTICOCLÍNICO 
 
Paciente diagnosticado com CID-10: F20 (Esquizofrenia) e CID-10 associado F33.2 
(Transtorno Depressivo Decorrente) 
 
 
 
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FISIOPATOLOGIA DA(S) DOENÇA(S) 
 
Ao analisar todo o histórico da paciente observa-se que no início da sua chegada na 
instituição em 2016 enfrentou diversas crises e surtos, como alucinações, vozes de 
comando e surtos depressivos. Mas agora, o mesmo vem se mantendo estável a 
algum tempo, compreende-se então, que o paciente vem seguindo o tratamento de 
forma correta. 
Quanto ao diagnóstico de depressão recorrente, as diretrizes que coordenam a prática 
clínica preconizam que a duração mínima para tratamento com antidepressivo deve 
ser de 6 a 12 meses, e ainda afirmam que quando realizado corretamente por 6 meses 
tem o risco maior para redução de recaídas. Porém, aproximadamente 30% dos 
pacientes descontinuam os medicamentos em 30 dias e mais de 40% em 90 dias 
(FLERK et al, 2009). 
Diante disso, é imprescindível que os pacientes se mantenham ativos no CAPS, para 
que exista um controle e estimulo para que os pacientes continuem no tratamento, 
observando de perto as reações e alterações do paciente. Neste caso clínico foi 
destacado a importância da observação das alterações de humor da paciente, para 
que sejam evitadas as crises e os possíveis surto, além do mais a literatura científica 
demonstra que o tratamento medicamentoso combinado com intervenções 
psicossociais tem demonstrado ter mais eficácia, do que realizado individualmente. 
 
TERAPÊUTICA ADOTADA 
 
Faz uso de Olanzapina 10mg, 3 comprimidos uma vez ao dia, no período 
noturno e Fluoxetina 20mg 1x ao dia pela manhã (medicamento antidepressivo da 
classe dos inibidores seletivos de captação de serotonina) 
 
 
DIAGNÓSTICO(S) DE ENFERMAGEM 
 
A partir das informações obtidas no prontuário da paciente no Centro de 
Atenção Psicossocial Seba Salomão – CAPS II, baseado no exame físico, exame das 
funções psíquicas e após estudo das patologias e medicações envolvidas foi realizado 
 
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o levantamento de problemas e os diagnósticos de enfermagem com base em NANDA 
(2009/2011) e elaborado o plano de cuidados e as intervenções de enfermagem frente 
ao paciente e familiares. Os diagnósticos elencados foram: 
 Risco de Suicídio: Devido ao diagnóstico de depressão recorrente e as 
alucinações e vozes de comando para cometer suicídio, é necessário atentar-
se com maior cuidado para essa paciente. 
 Isolamento Social: Paciente apresentou por diversas vezes desejo de estar 
sozinho. 
 Risco de Glicemia Instável: Possui a suscetibilidade à variação dos níveis 
séricos de glicose em relação à faixa normal que pode comprometer a saúde. 
 Insônia: Apresentou dificuldade para iniciar e manter o sono, sendo o mesmo 
uma das suas queixas, o que prejudica o desempenho normal das funções da 
vida diária e insatisfação com o sono, apresentando sonolência durante período 
de permanência na instituição. 
 
 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
 
O plano de cuidados e assistência de enfermagem foi elaborado com objetivo 
de incluir no cuidado, tanto equipe profissional, paciente quanto familiares. Dentre as 
orientações e prescrições, podemos destacar a importância 
 Realizar exame das funções psíquicas: essencial e deve ser feito em 
todas as consultas, visto que a paciente pode apresentar crise e surtos 
recorrentes. 
 Monitorar ingestão de medicamentos para evitar o uso indevido. 
 Observar, notificar e registrar mudanças de humor. 
 Monitorar os níveis de glicose sanguínea, conforme indicado e 
fazer aconselhamento nutricional; 
 Orientar quanto a redução de ruído, luminosidades e não ingerir 
alimentos e bebidas que prejudiquem a qualidade do sono. 
 Aconselhamento, promoção da socialização: estimular a participação 
de grupos de socialização. 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Reconhece-se que para obter um tratamento eficaz dentro do contexto da 
saúde mental é necessário não somente o uso das medicações, mas de um 
acompanhamento multiprofissional, somando ao cuidado familiar, ou do responsável, 
a fim de poder proporcionar uma melhor qualidade de vida e sociabilidade ao paciente 
e sua família. 
A realização do estudo de caso e a sistematização do mesmo foram 
importantes, permitindo uma visão mais abrangente da saúde mental possibilitando 
ações e cuidados mais efetivos com pacientes e familiares, contribuindo de forma 
significativa para o conhecimento, e assim, despertar curiosidades e interesses no 
campo da saúde mental e perder o receio frente à pacientes psiquiátricos. 
Entendemos que esse campo profissional tem muito ainda a ser estudado, pesquisado 
e avaliado. Além, de evidenciar a atuação da enfermagem nesse cenário, aonde sua 
função vai além de educador em saúde e prestação de cuidado, sendo também um 
subsidiador dos atendimentos, gerando uma comunicação eficaz, e proporcionando 
ao paciente acesso a todos os profissionais, e aos outros atendimentos de saúde. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
FLECK, Marcelo P. et al. Revisão das diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da 
depressão (Versão integral). Brazilian journal of psychiatry, v. 31, p. S7-S17, 2009. 
KAPLAN, HAROLD I.; SADOCK B. J.; GREBB J. A. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do 
comportamento e psiquiatria clínica. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. 1169 p. 
MALDONATO, M. Os aposentos vazios da depressão. Rev Viver mente & cérebro, ano XIV, n.160, 
maio 2006. p.38-45. 
OLIVEIRA, Renata Marques; FACINA, Priscila Cristina Bim Rodrigues; SIQUEIRA JÚNIOR, Antônio 
Carlos. A realidade do viver com esquizofrenia. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 65, p. 309-316, 
2012. 
PARANÁ, Secretaria Estadual de Saúde. Saúde Mental e a Atenção Psicossocial – SMAPS. 
Curitiba, PR, [2020?]. 
STUART G. W.; LARAIA M. T. Enfermagem Psiquiátrica: Princípios e Prática. 6ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2001. 958 p.

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