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Aula 1 Rev��ão Átomos> moléculas> células> tecidos> órgãos> sistemas> organismo> população> comunidade> ecossistemas> biosfera ● Meio biótico. Indivíduos ❖ Morfologia: tamanho corporal, alometria, morfologia interna, morfologia externa. ❖ Fisiologia: taxa metabólica, termorregulação, eficiência digestiva, resposta a infecções. ❖ História de vida: taxa de crescimento, longevidade, maturação sexual, frequência reprodutiva, modo de reprodução, etc. Populações ● Abundância, biomassa, estrutura etária, razão sexual, taxa de natalidade, mortalidade, imigração e distribuição de tempo e espaço. Comunidades ➔ Espécies, riqueza de espécies, abundâncias/biomassa relativa, estrutura trófica. Ecossistemas ● Movimentos de matéria e energia. Defin�ções de Com����ad� ➔ Definição teórica: são conjuntos de organismos de várias espécies que ocorrem juntos em um mesmo espaço e tempo e interagem entre si direta ou indiretamente. ➔ Definição prática: taxonômico (taxocenoses) — plantas, animais, ictiofauna, anuros; redes mutualísticas — polinizadores; guildas tróficas — predadores, nectarívoros, detritívoros. ◆ Guilda: grupo de espécies “não necessariamente relacionadas” que “exploram os recursos de forma similar” (grupo funcional). ◆ Depende do interesse do pesquisador. ➔ Comunidades de qualquer ambiente (fauna florestal ou mesmo intestinal), é um conceito elástico, sendo local, regional e global. Principais preocupações da Ecologia de Comunidades 1) Por que algumas comunidades têm mais espécies do que outras? 2) Por que diferentes comunidades apresentam conjuntos de espécies diferentes? 3) Por que as mesmas espécies em diferentes comunidades têm tamanhos populacionais diferentes? Padrão x Processo ➔ Os padrões nas comunidades biológicas. ◆ Ordem, arranjo, regularidade, efeito de borda. ➔ Os processos que criam esses padrões. ◆ Seleção e dispersão. Abordagens Escola Clementsiana ➢ A comunidade vegetal é um superorganismo: as diversas espécies contribuem para o todo. ➢ O clima determina diferentes tipos de comunidade. ➢ Desenvolvimento ordenado e previsível. ➢ A comunidade clímax é invariável no tempo → noção de equilíbrio. Escola Gleasoniana ➢ A comunidade vegetal é um conjunto de plantas de diferentes espécies, que podem, ou não, interagir entre si. ➢ A comunidade é meramente fruto do acaso. ➢ A sucessão é o resultado de processos aleatórios de migração de sementes e estabelecimento de plântulas. ➢ Comunidades não estão em equilíbrio devido aos distúrbios. Comunidades fechadas ou abertas ❖ Comunidades fechadas: fronteiras limitam o espaço, mudanças abruptas, ecótonos (regiões de transição com maior quantidade de espécies, mas poucos indivíduos). ❖ Comunidades abertas: fronteiras invisíveis entre os ambientes. Diferentes visões em Ecologia de Comunidades ★ Determinística — comunidades como resultado de interações locais (ex.: competição, facilitação, filtros ecológicos). Processo primordial: seleção. Lotka (1925), Gause (1934), Hutchinson (1959), MacArthur (1969), Tilman (1982). ★ Ecologia histórica/regional — comunidades como resultado de processos evolutivo-biogeográficos. Processo primordial: especiação. Ricklefs (1987) e Brown (1995). ★ Teoria neutra — comunidades como resultado de processos estocásticos (aleatórios). Processo primordial: deriva ecológica. Hubbell (2001). ★ Metacomunidades — comunidades como resultado de movimentos de indivíduos entre comunidades locais. Processo primordial: dispersão. Holyoak et al. (2005). Mark Vellend reuniu todos esses conceitos em seu livro “Teoria geral da Ecologia de Comunidades (2010)”. Comunidades ganham espécies por especiação e dispersão, enquanto as abundâncias relativas de suas espécies são modificadas por seleção e deriva. Parâme���s de co����da��� Abundância Quantidade de indivíduos de todas as espécies. ★ Abundância relativa (pi) Porcentagem de indivíduos de uma espécie em comparação ao número total de indivíduos de todas as espécies, ou seja, indivíduos de uma espécie tal dividida pela abundância total. ● Matriz de composição/presença e ausência: relata apenas se há presença e ausência de determinada espécie, usado quando os dados de pi (abundância relativa) não são confiáveis ou não podem ser usados (animais diferentes). Deve ser evidenciado que é um dado de composição e não abundância. Riqueza de espécies Quantidade de espécies ● Dependente da área amostrada e do método utilizado (esforço amostral). ● Número acumulado de espécies: representa o número de espécies que surgem de inéditas em cada coleta. ● Não tem relação linear com o tamanho da amostra, atinge um platô, chamado assíntota. ● Curva do coletor: número acumulado (apenas somando) de espécies, até a assíntota. (Verificar se realmente é a assíntota ou apenas uma estabilização). Para suavizar a curva do coletor, é nescessário aleatorizar os resultados de coletas. ● Rarefação: permite comparar o número de espécies entre comunidades quando o tamanho da amostra, o esforço amostral ou o número de indivíduos não são iguais. A rarefação calcula o número esperado de espécies em cada comunidade tendo como base comparativa um valor em que todas as amostras atinjam um tamanho padrão. ○ Todos os indivíduos devem pertencer ao mesmo grupo taxonômico; ○ Amostras com as mesmas técnicas de coleta; ○ Tipos de hábitat onde as amostras são obtidas devem ser semelhantes; ○ Estima a riqueza de espécies em uma amostra menor — não pode ser usado para extrapolar a riqueza para amostras maiores. ● Estimadores de riqueza: são utilizados com base no número e frequência de espécies raras. Chao 1 ○ F1 = número de espécies representadas por apenas um indivíduo = singletons. ○ F2 = número de espécies representado por dois indivíduos = doubletons. ○ S obs = número de espécies observado na amostra. Chao 2 ○ Q1 = espécies que ocorrem em uma amostra = uniques ○ Q2 = espécies que ocorrem em duas amostras = duplicates Diversidade Relacionada com a riqueza de espécies, abundância e distribuição. ● Equabilidade ou uniformidade ● Curvas de distribuição de abundância das espécies SAD ○ Série geométrica (Motomura, 1943): possui baixa equabilidade, e alta abundância para apenas uma espécie (dominância), diminuído abrupta e constantemente nas demais. ○ Lognormal (Preston, 1948): poucas dominantes, muitas intermediárias e poucas raras. ○ Logseries (Fisher et al., 1943): maior proporção de espécies raras do que no lognormal. ○ Broken stick (MacArthur, 1960): mais achatada que a lognormal; muitas espécies com abundância semelhante, alta equabilidade.
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