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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA 3

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30/05/2022 14:19 Terapêutica Medicamentosa
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=aSPTtAQZc3hw6Fit4BUkfQ%3d%3d&l=a9KAy9M%2bqWJ7RUFDOfwq0w%3d%3d&cd=m5… 1/27
TERAPÊUTICA	MEDICAMENTOSA
CAPI�TULO 3 - FARMACOLOGIA DOS SISTEMAS
Danielle Rachel dos Santos Carvalho
30/05/2022 14:19 Terapêutica Medicamentosa
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=aSPTtAQZc3hw6Fit4BUkfQ%3d%3d&l=a9KAy9M%2bqWJ7RUFDOfwq0w%3d%3d&cd=m5… 2/27
Introdução
Como pro�issionais da área da saúde, todos os dias estaremos em contato com pacientes e suas mais diversas
enfermidades. A observação clı́nica e o diagnóstico são fundamentais para identi�icar quais são as
intervenções mais indicadas para cada caso. Independente da severidade da doença, sabemos que a
Farmacoterapia estará presente, seja de forma contı́nua, nos casos de doenças crônicas, ou de forma
temporária, no caso de anestésicos e analgésicos usados quando o paciente necessita de uma cirurgia.
E como os fármacos são usados em benefı́cio da saúde humana? Como as substâncias quı́micas interagem
com os diversos sistemas biológicos? Suas ações e alvos são iguais ou diferentes quando pensamos em cada
sistema do organismo?
Saber responder a essas perguntas é fundamental para os pro�issionais da saúde, uma vez que a escolha da
terapia medicamentosa mais indicada para cada situação é feita com base nas caracterı́sticas dos fármacos e
como eles irão agir no paciente. Conhecendo tudo isso e sabendo dos benefı́cios que cada fármaco poderá
proporcionar, também é possı́vel avaliar os riscos que os fármacos podem causar.
Nesta unidade, será estudado o sistema nervoso periférico, sua organização, a junção neuromuscular e como
os mediadores e fármacos adrenérgicos e colinérgicos exercem controle sobre a função do sistema nervoso.
Também vamos estudar a farmacologia de importantes sistemas, como o sistema respiratório, o
cardiovascular, o renal e o digestório. 
Vamos começar? Bons estudos!
3.1 Organização do sistema nervoso 
O sistema nervoso humano é dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
O SNC é constituı́do de cérebro e medula espinhal, e o SNP é formado por nervos e gânglios nervosos.
30/05/2022 14:19 Terapêutica Medicamentosa
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A seguir, vamos conhecer mais sobre a organização do SNP.
Figura 1 - Na imagem é possı́vel visualizar o SNC, contemplando as áreas em vermelho (cérebro e medula
espinhal) e o SNP, contemplando as áreas em azul (nervos e gânglios).
Fonte: Systemoff, Shutterstock, 2020.
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3.1.1 Organização do sistema nervoso periférico (SNP)
O SNP é formado anatomicamente pelas vias	aferente e eferente. Nas vias	aferentes, os impulsos nervosos
são conduzidos para	 o	 SNC e nas vias	 eferentes, os impulsos nervosos oriundos	 do	 SNC são enviados
como “resposta”. O SNP inclui todos os nervos que conectam o SNC aos locais somáticos e viscerais.
Funcionalmente, é dividido em sistema	nervoso	autônomo (involuntário) e sistema	nervoso	sensorial	e
somático (voluntário). O sistema nervoso autônomo regula as respostas involuntárias do músculo liso e do
tecido glandular. Por exemplo, controla tônus vascular, frequência e contratilidade cardı́acas, constrição das
pupilas, entre outras. Está dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático. Já o sistema nervoso
periférico sensorial e somático transporta sinais sensoriais da periferia para o SNC e sinais motores do SNC
para o músculo estriado; esses sinais regulam o movimento voluntário” (GOLAN et	al., 2014).
Agora que você já sabe que o SNP se divide em dois tipos, o que acha de começarmos a conhecer melhor o
SNA? Vamos lá!
Figura 2 - Diagrama que conecta o sistema nervoso parassimpático e o sistema nervoso simpático com os
órgãos em que atuam e ações consequentes.
Fonte: Designua, Shutterstock, 2020.
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3.1.2 Sistema nervoso autônomo (SNA)
O SNA é responsável por levar todas as informações provenientes do SNC para o organismo, com exceção da
inervação motora dos músculos esqueléticos, que é de responsabilidade do sistema nervoso somático. Além
disso, o trato gastrintestinal também não é estimulado pelo SNA, uma vez que o sistema nervoso entérico
possui recursos integrativos que permitem sua independência do SNC. O SNA é responsável por regular,
principalmente, os seguintes processos: a contração e o relaxamento da musculatura lisa de vasos e vı́sceras,
todas as secreções exócrinas e algumas endócrinas, os batimentos cardı́acos e o metabolismo energético,
particularmente no fı́gado e nos músculos esqueléticos (RANG et	al., 2016).
O SNA é formado por dois tipos de neurônios, os pré-ganglionares, cujas �ibras são mielinizadas; e os pós-
ganglionares, cujas �ibras não possuem bainha de mielina. Usualmente, no sistema autônomo, os neurônios
pré-ganglionares emergem da medula e fazem sinapse com os neurônios pós-ganglionares. As �ibras desses
neurônios pós-ganglionares inervam os órgãos efetores e, assim, as informações transmitidas pelos
neurônios conseguem ser passadas adiante, até o órgão efetor, que no caso do SNA pode ser músculo liso,
cardı́aco e glândulas (DELUCIA et	al., 2014; RODRI�GUEZ; RODRI�GUEZ; CORREDERA, 2002).
O sistema nervoso autônomo possui	 dois principais neurotransmissores.	 Clique no quadro a seguir e
descubra quais são. 
VOCÊ O CONHECE?
Henry Halett Dale é um �isiologista inglês, nascido em 1875 e vencedor do prêmio
Nobel em Fisiologia e Medicina em 1936. Dale �icou muito conhecido graças a suas
pesquisas sobre as descobertas na transmissão quıḿica de impulsos nervosos.
Principais	neurotransmissores
Acetilcolina Norepinefrina ou Noradrenalina 
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Você já sabe que o sistema nervoso autônomo é composto do sistema simpático e parassimpático. Agora
vamos entender melhor cada um deles. 
Para você poder lembrar se facilmente de cada um, deve fazer a associação com os seguintes jogos de
palavras. Clique nas abas a seguir e descubra. 
Os sistemas simpáticos e parassimpáticos são compostos por diferentes receptores. Clique nas abas a seguir
e descubra quais são. 
E� importante saber que essas diferenças de receptores existem, pois para que a �ibra nervosa exerça ação sobre
o órgão efetor é necessário a presença do neurotransmissor. No caso dos receptores	 colinérgicos, a
acetilcolina	é o neurotransmissor responsável por produzir os efeitos parassimpáticos e, para os receptores
adrenérgicos, a noradrenalina é o neurotransmissor responsável por produzir os efeitos simpáticos. A
adrenalina também pode agir nos receptores	adrenérgicos, a �im de aumentar os efeitos na noradrenalina,
quando necessário. 
“Luta ou fuga”= Isso porque em casos de emergência ou estresse é o sistema simpático que libera
noradrenalina e adrenalina. Ambos são neurotransmissores essenciais para que você possa tomar a
decisão de fugir rapidamente ou lutar. 
“Descanso/digestão” = Isso porque quando as situações de emergência, perigo ou estresse acabam
é o sistema parassimpático que normaliza o funcionamento dos órgãos internos. Esse sistema é
mediado pela acetilcolina. 
•
•
Sistema
simpático	
Receptores adrenérgicos = receptores α- e β-adrenérgicos e seus subtipos α , α , β ,
β E β
Sistema
Parassimp
ático	
Receptores colinérgicos = receptores nicotı́nicos e muscarı́nicose seus subtipos M ,
M , M , Nm E Nn
1 2 1
2 3
1
2 3
SIMPÁTICO	
PARASSIMPÁTICO	
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A seguir, você encontrará um resumo das principais caracterı́sticas dos receptores adrenérgicos e
colinérgicos.
VOCÊ SABIA?
A noradrenalina é um neurotransmissor endógeno que faz parte de um grupo
conhecido como catecolaminas. Além dela, a dopamina e a adrenalina também são
chamadas assim. Todas as três substâncias são sintetizadas a partir da tirosina,
um aminoácido não essencial, oriundo da dieta ou sintetizada a partir da
fenilalanina, um aminoácido essencial. 
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E� importante enfatizar que os sistemas simpático e parassimpático não são oponentes �isiológicos. Acreditar
que existe um estado em que o sistema parassimpático está ativo enquanto o simpático está inativo, ou vice e
versa, é uma supersimpli�icação. Na verdade, no dia a dia, o sistema nervoso autônomo age de modo contı́nuo
(RANG et	al., 2016).
Quadro 1 - Principais caracterı́sticas dos receptores adrenérgicos e colinérgicos.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em SCHELLACK, 2014.
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Dando sequência aos nossos estudos, vamos aos fármacos adrenérgicos e colinérgicos. 
3.1.3 Fármacos adrenérgicos e antiadrenégicos
O que signi�ica dizer que um fármaco é adrenérgico? E antiadrenérgico? 
Segundo DeLucia et	 al. (2014, p. 211), é um fármaco que “[…] imita total ou parcialmente os efeitos da
estimulação nervosa simpática sobre os órgãos efetores são denominados adrenérgicos ou
simpatomiméticos”. A ideia de chamar um fármaco de simpatomimético deve-se ao fato deste conseguir
mimetizar as ações do sistema nervoso simpático. O oposto, ou seja, os que reduzem ou eliminam os efeitos
da estimulação simpática, bem como de fármacos adrenérgicos, são chamados de antiadrenérgicos ou
simpatolı́ticos. 
Os fármacos simpaticomiméticos podem ser classi�icados em três tipos, de acordo com sua ação. Clique nas
abas a seguir e descubra quais são eles. 
Deve-se ressaltar que as catecolaminas são usadas com frequência como fármacos, contudo, a maioria dos
agonistas existentes são análogos estruturais dessas substâncias, que apresentam como uma grande vantagem
a especi�icidade por certos subtipos de receptores adrenérgicos, o que possibilita o aumento da ação
terapêutica do fármaco em questão.
VOCÊ QUER VER?
No vıd́eo Sistema	 Simpático	 e	 Parassimpático (2018), da série “Ciência da
Transformação”, você verá uma explicação de forma bem dinâmica e aplicada da ação
do sistema simpático e parassimpático no nosso organismo. Aproveite para reforçar os
conceitos estudados por você! Assista em: https://www.youtube.com/watch?
v=o9YGmXAaNNo (https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo).
Ação
Direta	
Atuam diretamente nos receptores 
Ação
Indireta	
Atuam indiretamente, liberando noradrenalina da terminação nervosa 
Ação	Mista	 Atuam direta e indiretamente 
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
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Quando falamos que o fármaco sintético apresenta especi�icidade por certos subtipos de receptores
adrenérgicos, signi�ica dizer que ele pode ser um agonista nos receptores α, mas não nos receptores β, por
exemplo. Isto é, nesse casso, o fármaco seria chamado de agonista	 adrenérgico	α-seletivo. Ainda nesse
contexto, deve-se considerar se o fármaco em questão apresenta seletividade entre os subtipos de receptores
α, ou seja, se ele é seletivo para α ou α . Se, nesse caso, o fármaco não apresenta seletividade para α ou α
podemos dizer que ele é um α- agonista não seletivo.
Saiba que como os receptores adrenérgicos têm grande in�luência no tônus vascular, do músculo liso e da
contratilidade cardı́aca, as substâncias que agem como agonistas ou antagonistas desses receptores terão
grande importância na terapia da hipertensão, asma, cardiopatia isquêmica, insu�iciência cardı́aca, entre
outras patologias (RANG et	al., 2016).
A seguir, você encontrará os diferentes tipos de receptores adrenérgicos e exemplos de fármacos que agem em
cada um deles.
1 2 1 2 ,
VOCÊ SABIA?
A adrenalina é considerada um agonista adrenérgico não seletivo. Isso porque ela
pode se ligar tanto a receptores α e β. Além disso, não há restrição quanto aos
subtipos de receptores α e β, ou seja, ela é capaz de interagir com α e α , β , β e
β . Um exemplo disso é que quando administrada em altas doses, estimula α e β ,
com efeitos mais pronunciados em α , o que gera o aumento da pressão arterial.
Além disso, a adrenalina (via intramuscular ou endovenosa) é um fármaco de
escolha em situações clıńicas graves, como, por exemplo, na ana�ilaxia, reação
alérgica grave que pode provocar a morte. A ana�iliaxia causa broncoconstrição e
hipersecreção mucosa, o que resulta em obstrução das vias aéreas e as�ixia. Os
efeitos β- adrenérgicos da adrenalina são essenciais nesse caso. Ou seja, devido
aos efeitos vasoconstritores, diminui o edema da mucosa e a obstrução das vias
aéreas superiores. Além disso, promove efeitos broncodilatadores.
1 2 1 2
3 1 1
1
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Quadro 2 - Exemplos de fármacos e classi�icação dos agonistas e antagonistas adrenérgicos em função de
sua seletividade.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; RANG et al., 2016; DELUCIA et al., 2014;
RODRI�GUEZ; RODRI�GUEZ; CORREDERA, 2002.
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Agora que você já estudou os adrenérgicos e antiadrenégicos, já conhece alguns deles e seus principais usos,
vamos �inalizar as drogas que agem no sistema nervoso com os fármacos colinérgicos. 
3.1.4 Fármacos colinérgicos e anticolinérgicos
O que signi�ica falar que um fármaco é colinérgico? E antiacolinérgico? 
De acordo com DeLucia et	al. (2014), um fármaco	colinérgico é aquele que imita os efeitos da acetilcolina,
com ação no sistema nervoso parassimpático. E� por esse motivo que também podem ser chamados de
parassimpaticomiméticos. O oposto, ou seja, os que reduzem ou eliminam os efeitos da estimulação
parassimpática, são conhecidos como anticolinérgicos	ou parassimpaticolíticos.
Os fármacos parassimpaticomiméticos podem ser classi�icados em dois tipos, de acordo com sua ação.
Clique nas abas a seguir e descubra quais são eles.
Os fármacos	 agonistas	 colinérgicos	 muscarínicos produzem suas respostas ao ativar os receptores
muscarı́nicos e os fármacos	 agonistas	 colinérgicos	 nicotínicos	 produzem suas respostas ao ativar os
receptores nicotı́nicos. 
Clique nas abas a seguir e conheça como os agonistas colinérgicos muscarı́nicos são divididos. 
A seguir, você encontrará os principais agonistas colinérgicos muscarı́nicos e nicotı́nicos e sua indicação.
Ação
Direta	
Atuam diretamente nos receptores. 
Ação
Indireta	
Atuam indiretamente, inibindo a ação da enzima colinesterase, aumentando
acetilcolina nas sinapses parassimpáticas. 
Ésteres	de
colina	
Acetilcolina, metacolina e carbacol 
Alcalóides
naturais	
Pilocarpina, muscarina e arecolina 
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Já os antagonistas colinérgicos	 exercem sua ação através do bloqueio dos receptores muscarı́nicos ou
nicotı́nicos das células efetoras autonômicas, ligando-se diretamente ao sı́tio agonista, podendo assim serem
chamados de anticolinérgicos. De acordo com Golan et	al. (2014), a ação do antagonista pode ser produzida
pelo bloqueio competitivo do estı́mulo do receptor pela acetilcolina endógena ou pela administração exógena
de agonistas do receptor.
Clique nas abas a seguir e conheça como os antagonistas colinérgicos muscarı́nicos são divididos
(RODRI�GUEZ; RODRI�GUEZ; CORREDERA, 2002). 
Os fármacos antinicotı́nicos podem ser divididos em dois grupos. Clique nas abas a seguir e conheça esses
grupos (SCHELLACK, 2014).
Quadro 3 - Exemplos de fármacos e classi�icação dos agonistas colinérgicos em função de sua seletividade.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al.,2014; DELUCIA et al., 2014; RODRI�GUEZ;
RODRI�GUEZ; CORREDERA, 2002.
Alcalóides
naturais	
Atropina e escopolamina 
Composto
s	de
amônio
sintéticos	
Ciclopentolato e Ipatrópio 
Bloqueado
res	de
gânglios	
Trimetafano 
30/05/2022 14:19 Terapêutica Medicamentosa
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A seguir, você encontrará os principais antagonistas colinérgicos muscarı́nicos e nicotı́nicos e sua indicação.
Relaxante
s	da
musculatu
ra
esquelétic
a	de	ação
periférica	
Suxametônio 
Quadro 4 - Exemplos de fármacos e classi�icação dos antagonistas colinérgicos em função de sua
seletividade.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOLAN et al., 2014; DELUCIA et al., 2014; RODRI�GUEZ;
RODRI�GUEZ; CORREDERA, 2002.
30/05/2022 14:19 Terapêutica Medicamentosa
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Depois de estudar o SNA e todas as suas peculiaridades, vamos conhecer mais sobre o sistema nervoso
somático. Acompanhe!
3.1.5 Sistema nervoso somático
As inervações do músculo esquelético não estão relacionadas ao SNA, mas sim ao sistema nervoso somático
eferente, que inervam diretamente os músculos estriados, sem a mediação de gânglios, com os corpos neurais
localizados dentro do SNC. Uma das principais diferenças do SNA para o sistema nervoso somático é que este
último está sob controle voluntário. 
Os neurônios motores ligam-se aos músculos esqueléticos na junção neuromuscular (JNM), de forma que
ocorra a sinapse entre ambos. Na JNM, a membrana da �ibra muscular do tecido que está em contato com cada
neurônio motor é chamada de placa motora. O neurotransmissor desse sistema, que é liberado para estimular
a �ibra muscular, é a acetilcolina e os receptores presentes na região da placa motora são os nicotı́nicos,
subtipo N . 
Quando esses receptores são estimulados, ou seja, quando o impulso nervoso é transmitido para a �ibra
muscular, ocorre a despolarização da placa motora terminal e a contração da musculatura esquelética
acontece.
A atividade desse sistema é modulada por fármacos que atuam na JNM, afetando os receptores nicotı́nicos da
acetilcolina. Clique nas abas a seguir e conheça os tipos (GOLAN et	al., 2014).
Agora que �inalizamos com os fármacos do SNP, vamos conhecer são quais os fármacos que atuam no sistema
respiratório.
m
Agonistas
dos
receptore
s
nicotínico
s	
Um exemplo é o fármaco succinilcolina, que ao se ligar aos receptores nicotı́nicos da
Acetilcolina, produzem um bloqueio despolarizante. E� usado clinicamente para
induzir paralisia durante a cirurgia.
Antagonis
tas	dos
receptore
s
nicotínico
s	
Um exemplo é o fármaco tubocurarina, que ao se ligar aos receptores nicotı́nicos da
Acetilcolina, produzem um bloqueio não despolarizante ou competitivo. Ou seja, ao
antagonizar tais receptores, bloqueiam a ligação da Acetilcolina endógena e a
despolarização das células musculares. E� usado clinicamente em anestesias para
limitar os movimentos durante as cirurgias.
3.2 Fármacos do sistema respiratório
Sabemos que o sistema respiratório é composto por: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquı́olos,
alvéolos e pulmões. 
Vamos estudar agora os principais fármacos que atuam no sistema respiratório, considerando os seguintes
grupos farmacológicos: broncodilatadores, expectorantes e mucolı́ticos.
Clique nas abas a seguir e conheça cada um deles. 
•
Broncodilatadores	
30/05/2022 14:19 Terapêutica Medicamentosa
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Os broncodilatadores são grupos de fármacos muito utilizados no tratamento da asma, no que diz respeito ao
alı́vio da dispneia e sibilos. Os fármacos que podem ser usados para essa �inalidade são as metilxantinas, os
agonistas dos receptores β e os antagonistas dos receptores muscarı́nicos M e M . Vale ressaltar que a
administração desses medicamentos pode ocorrer pelas vias inalatória, oral ou intravenosa. 
Veja a seguir exemplos de fármacos pertencentes a classe dos expectorantes e mucolı́ticos. 
Os expectorantes e mucolı́ticos são grupos de fármacos muito utilizados em casos clı́nicos em que ocorre o
acúmulo de muco, como nas enfermidades respiratórias conhecidas como asma e doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC). Os expectorantes produzem sua ação farmacológica através de diferentes formas
de estimular mecanismos de expulsão do muco, como estı́mulo das terminações nervosas parassimpáticas, o
que também estimula o re�lexo da tosse e aumenta o volume das secreções. Já os mucolı́ticos produzem sua
ação farmacológica ao modi�icar as caracterı́sticas fı́sico-quı́micas do muco, através de enzimas
lisossômicas, diminuindo sua viscosidade. 
Grupo de fármacos que promove relaxamento da musculatura lisa brônquica, promovendo a
broncodilatação, que favorece o aumento do �luxo de ar e as trocas gasosas. 
Grupo de fármacos que facilita a eliminação de secreções, o chamado muco, da mucosa
traqueobrônquica. 
Grupo de fármacos que facilita a eliminação de secreções, o chamado muco, da mucosa
traqueobrônquica, ao modi�icar as caracterı́sticas fı́sico-quı́micas do muco, diminuindo sua
viscosidade. 
•
•
2 1 3
Quadro 5 - Exemplos de fármacos broncodilatadores.
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Expectorantes	
Mucolíticos	
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https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=aSPTtAQZc3hw6Fit4BUkfQ%3d%3d&l=a9KAy9M%2bqWJ7RUFDOfwq0w%3d%3d&cd=m… 17/27
Veja a seguir você c exemplos de fármacos pertencentes a classe dos Expectorantes e Mucolı́ticos. 
Vamos continuar nossos estudos com os fármacos que atuam no sistema cardiovascular. Acompanhe!
VOCÊ QUER VER?
Assista ao vıd́eo do Dr. Dráuzio Varella chamado Tratamento	da	asma	(2015). Nele, o
médico explica como os medicamentos são usados nos casos de asma e como os
broncodilatadores são úteis no tratamento. Assista em:
https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8 (https://www.youtube.com/watch?
v=CbKOgj-2fL8).
Quadro 6 - Exemplos de fármacos expectorantes e mucolı́ticos
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
3.3 Fármacos do sistema cardiovascular
Você sabe que o sistema cardiovascular é composto pelo coração, vasos sanguı́neos e sangue e que todos
sofrem in�luência do SNC. O coração e os vasos sanguı́neos sofrem com a in�luência tanto do sistema nervoso
simpático quanto do parassimpático.
A Farmacoterapia do sistema cardiovascular é extensa e nesta unidade vamos estudar os seguintes grupos
farmacológicos: digitálicos, antiarrı́tmicos e anti-hipertensivos.
Vamos começar pelos digitálicos. Para que eles servem? Digitálicos também podem ser chamados de
cardiotônicos e são fármacos usados para aumentar a força da contração do miocárdio. 
https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8
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O aumento da contração do miocárdio só acontece quando ocorre um aumento da concentração de ı́ons cálcio
intracelular. Isso ocorre através da inibição da bomba Na+/k+ ATPase das membranas das células dos
miócitos cardı́acos, que aumenta o sódio intracelular e, consequentemente, o cálcio. Logo, o cálcio se liga à
troponina T, impedindo o relaxamento cardı́aco e, consequentemente, contraindo a musculatura (SCHELLACK,
2014). 
Quando isso é útil clinicamente? Eles são muito utilizados em casos de insu�iciência cardı́aca, em que o
coração não está bombeando sangue su�iciente para o corpo.
Clique a seguir e conheça os principais fármacos do tipo digitálicos.
Digoxina
Metildigoxina
Digitoxina
Os digitálicos costumam causar uma série de efeitos adversos, como: náusea, vômito, diarreia, confusão
mental, entre outras. 
Dando continuidade aos fármacos do sistema cardiovascular, vamos falar agora sobre os antiarrítmicos.
Primeiro, vamos começar respondendo à seguinte pergunta: para que eles servem?
•
•
•
VOCÊ QUER LER?
O artigo “Digitálicos: os resultados do DIG no século XXI”, dos autores Izo Helber e
Paulo Tucci (2009) aborda quais são as opiniões atuais a respeito do uso dessa classe
de medicamentos no tratamento da insu�iciência cardıáca. Você pode ler o artigo
disponıv́el em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf ).
http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
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Os fármacos antiarrı́tmicos são usados para tratar ou prevenir arritmias cardı́acas, que são responsáveis por
alterar o ritmo normal do coração, aumentando ou diminuindo.
Existem quatro classes diferentes, pois apresentam diferentes mecanismos de ação. São elas: 
Classe I: bloqueiam os canais de Na nas membranas das células
musculares cardíacas. 
Classe II: agem como antagonistas dos receptores β-adrenérgicos
cardíacos.
Classe III: bloqueiam os canais de K nas membranas das células
musculares cardíacas.
Classe IV: bloqueiam os canais de Ca nas membranas das
células musculares cardíacas.
 
Clique nas abas a seguir e conheça alguns fármacos representantes de cada classe.
Agora, vamos estudar os fármacos anti-hipertensivos. Os fármacos anti-hipertensivos são usados no
tratamento da hipertensão arterial, pois agem regulando a pressão arterial.
Antes de trazer como os fármacos agem, é importante lembrar que os dois principais fatores que interferem na
pressão arterial são o débito cardı́aco (DC) e a resistência vascular periférica (RVP). Por esse motivo, os
fármacos anti-hipertensivos irão atuar sob esses dois fatores, reduzindo o DC e/ou a RVP, o que,
consequentemente, diminui a pressão arterial. 
Existem 6 classes diferentes de anti-hipertensivos. Vamos conhecê-las. 
Diuréticos: reduzem o volume de líquidos do corpo, eliminado
sódio e água, e reduzem ainda a RVP. As classes de diuréticos mais
utilizados são: tiazídicos, de alça e os poupadores de potássio. 
Inibidores adrenérgicos: antagonizam os efeitos do sistema
nervoso autônomo simpático, ou seja, promovem vasodilatação e
redução do DC.
Vasodilatadores de ação direta: agem diretamente na
musculatura lisa vascular, promovendo a vasodilatação, e,
consequentemente, reduzindo a RVP. 
Bloqueadores dos canais de cálcio: agem bloqueando os canais
de cálcio, o que, consequentemente, impede a vasoconstrição,
• +
•
• +
• 2+
Classe	I	 Quinidina, Procainamida,	lidocaı́na, mexiletina, fenitoı́na, �lecainida e propafenona.
Classe	II	 Propanolol, atenolol, metoprolol e acebutolol.
Classe	III	 Dofetilida, sotalol e amiodarona. 
Classe	IV	 Verapamil e diltiazem 
•
•
•
•
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diminuindo a RVP.
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA): agem
no sistema renina angiotensina impedindo a conversão da
angiotensina I em II. Esta última é responsável pela vasoconstrição
periférica, pela reabsorção de sódio e água, ou seja, fatores que
aumentam a pressão arterial. 
Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II: agem
bloqueando os receptores da angiotensina II, o que,
consequentemente, impede os efeitos da angiotensina II (citados
acima) na pressão arterial.
 
Clique nas abas a seguir e conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
Muito bem! Finalizamos os estudos a respeito dos fármacos que agem sob o sistema cardiovascular. Agora,
vamos seguir com os fármacos que agem sob o sistema renal. 
•
•
Diuréticos	 Hidroclorotiazida, Furosemida e Espironolactona
Inibidores
adrenérgi
cos	
Nebivolol, Atenolol, Prazosina e Propanolol 
Bloqueado
res	dos
canais	de
cálcio	
Verapamil, Nifedipina e Diltiazem
Inibidores
da	enzima
conversor
a	da
angiotensi
na	(ECA)	
Captopril e Enalapril 
Antagonis
tas	do
receptor
AT1	da
angiotensi
na	II	
Losartana e Valsartana
3.4 Fármacos do sistema renal: diuréticos e inibidores da
ECA 
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Você sabe que os rins desempenham funções essenciais no nosso corpo. Como, por exemplo, são
responsáveis pela regulação de lı́quidos, por meio dos processos de �iltração, excreção e reabsorção de
lı́quidos no nosso organismo. Além disso, são fundamentais para a homeostase do nosso corpo, participando
da regulação de ı́ons, do pH e da pressão arterial (envolvidos na produção de renina).
Para compreender a farmacoterapia do sistema renal, vamos estudar os diuréticos. Diuréticos são fármacos
que aumentam o volume urinário, uma vez que alteram os processos normais de reabsorção e secreção
tubular de água e sal, principalmente o Na e o Cl , principal responsável pelo volume de lı́quido extracelular. 
Como os fármacos diuréticos conseguem produzir seu efeito? Para exercer sua ação farmacológica, as
diferentes classes de diuréticos agem através de diferentes mecanismos de ação, de acordo com o seu local de
ação, estrutura quı́mica, entre outros. 
Baseado nessas diferenças, existem 5 classes de diuréticos (RANG et	al., 2016; KATZUNG; TREVOR, 2017;
GOLAN et	al., 2014). 
Osmóticos: sua ação ocorre em maior parte na região do túbulo
proximal, aumentando a osmolaridade do líquido tubular e,
consequentemente, limitando a reabsorção de água pelos néfrons.
Além disso, promove a diminuição da reabsorção tubular de Na .
De alça: sua ação ocorre no ramo ascendente espesso da alça de
Henle, inibindo o transportador Na /K /2Cl presente na
membrana das células renais. Isso resulta em um aumento da
excreção de Na e Cl , indiretamente de Ca e Mg , o que gera
redução da reabsorção de água no túbulo coletor, aumentando a
sua eliminação. Eles são considerados os diuréticos mais potentes.
Tiazídicos: agem no túbulo contorcido distal, inibindo a ação do
íon cotransportador Na Cl presente na membrana dos néfrons, o
que resulta em um aumento da eliminação de Na , Cl ,
consequentemente, de água.
Poupadores de potássio: agem aumentando a reabsorção de
potássio no néfron e interrompendo a reabsorção de Na na região
do ducto coletor, por meio da inibição da biossíntese de novos
canais de Na nas células, ao se ligar aos receptores da
aldosterona (antagonistas da aldosterona) ou pelo bloqueio da
atividade dos canais de Na na membrana das células (inibidores
dos canais de sódio regulados por aldosterona). 
Anidrase carbônica: agem bloqueando a reabsorção de
bicarbonato de sódio na região do túbulo proximal dos néfrons, o
que causa diurese de bicarbonato de sódio e, consequentemente,
diminuição de suas reservas corporais totais. Vale lembrar que a
+ -
•
+
•
+ + -
+ - 2+ 2+
•
+ - 
+ -
•
+
+
+
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reabsorção de bicarbonato está relacionada com a reabsorção de
sódio.
 
O uso do diurético é indicado quando há necessidade de diminuir o volume sanguı́neo, no tratamento da
hipertensão arterial, em casos de edema decorrentes principalmente da insu�iciência cardı́aca, cirrose
hepática, entre outros.
Clique nas abas a seguir e conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
Os inibidores	da	ECA	 também podem ser usados com essa �inalidade. Isso porque como já mencionado,
esses fármacos interrompem o eixo da renina-angiotensina, ao reduzir a conversão de angiotensina I em
angiotensina II, o que resulta em vasodilatação arteriolar, diminuição da sı́ntese de aldosterona, redução da
reabsorção de NaCl, entre outros. Esses efeitos citados resultam em diminuição da pressão arterial e aumento
da excreção urinária de sódio (GOLAN et	al., 2014). Há também a possibilidade de combinar alguns diuréticos
com inibidores da ECA, a �im de aumentar o efeito anti-hipertensivo sinérgico. Os diuréticos tiazı́dicos são
exemplos de diuréticos que promovem bons resultados quando associados aos inibidores da ECA.
Osmóticos	 Manitol e Glicerol 
De	alça	 Fusosemida e Torasemida 
Tiazídicos	 Hidroclorotiazida e Clortalidona 
Poupador
es	de
potássio	
Espironolactona e Amilorida
Anidrase
carbônica	
Acetazolamida e Dorzolamida
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Finalizamos os estudos a respeito dos fármacos que agem sob o sistema renal. Agora, para �inalizar esta
unidade, vamos aos fármacos que agem sob o sistema digestório. 
CASO
Quando os inibidores da ECA são administrados a um paciente, devido à hipertensão
arterial, já se sabe que um dos principais efeitos colaterais que podem aparecer é a
tosse seca persistente, possivelmente decorrente de acúmulo de bradicinina. Os
medicamentos mais conhecidos dessa classe farmacológica são captopril, enalapril,
ramipril e lisinopril, ou seja, medicamentos largamente utilizados e de e�icácia
reconhecida no controle da hipertensão arterial. De acordo com a literatura, essa
tosse é observada em até 20% dos pacientes que fazem uso de captopril, por
exemplo, mas não produzem nenhum efeito �isiológico grave, mas sim desconforto,
comprometimento da qualidade da voz e até mesmo limitar a adesão do paciente ao
tratamento (GOLAN et	al., 2014). 
Estudo feito com 279 pacientes com diagnóstico de HAS, atendidos pelo programa
HIPERDIA do Programa Saúde da Famıĺia (PSF), em Alagoas, buscou identi�icar a
presença de efeitos colaterais decorrentes da associação de um fármaco inibidor da
ECA com um diurético. Após a pesquisa, os resultados encontrados mostraram que
tosse seca foi o efeito colateral mais presente. Houve também relatos de alteração do
paladar, outro efeito colateral de inibidores da ECA (GOMES; PAZ JU� NIOR; LIMA,
2009). 
3.5 Fármacos do sistema digestório
Sabemos que o sistema digestório tem como principal função digestão e absorção de alimentos. Contudo, é
importante saber que o trato gastrointestinal (TGI) é um dos principais sistemas endócrinos do corpo e tem
sua própria rede neuronal integradora, o sistema nervoso entérico. Este faz parte do SNA e se estende ao longo
do TGI, controlando a motilidade, secreção, absorção, �luxo sanguı́neo e processos in�lamatórios, que
envolvem muitos neuropeptı́deos e outros transmissores, como acetilcolina e norepinefrina, 5-
hidroxitriptamina (5-HT), purinas, óxido nı́trico e inúmeros peptı́deos farmacologicamente ativos (RANG et
al., 2016). 
Para compreender a farmacoterapia do sistema digestório, vamos estudar antissecretores, antieméticos,
laxantes e antidiarreicos. Vamos começar com os antissecretores. 
Esses fármacos são utilizados com a �inalidade de reduzir a secreção de ácido gástrico. 
Para exercer sua ação farmacológica, os antissecretores podem ter diferentes mecanismos de ação. Baseado
nisso, podemos dizer que eles podem ser antagonistas dos receptores histamı́nicos H ou inibidores de
bombas de prótons. 
2
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Os receptores histamı́nicos H são responsáveis por facilitar a secreção de ácido gástrico no estômago, por
esse motivo os antagonistas competem por esses receptores, diminuindo a secreção de ácido basal e a
estimulada por alimentos. Já os inibidores de bombas de prótons agem inibindo essa bomba de forma
irreversı́vel, por meio da inibição da enzima H /K -ATPase, o que bloqueia a secreção ácida no estômago
(SCHELLACK, 2014; RANG et	al., 2016).
Isso é útil clinicamente quando deseja-se tratar úlcera péptica e em casos de re�luxo gastroesofagiano. 
Conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe:
Antagonistas dos receptores histamínicos H :Ranitidina e
Cimetidina
Inibidores de bombas de prótons: Omeprazol e Pantoprazol
 
Agora, vamos estudar os fármacos antieméticos. A primeira pergunta que vamos responder é: para que eles
servem? São fármacos utilizados para reduzir a náusea ou o vômito. 
Para exercer sua ação farmacológica, os antieméticos podem ter diferentes mecanismos de ação. Baseado
nisso, podemos dizer que eles podem ser antagonistas dos receptores H (presentes na musculatura lisa do
TGI), dos muscarı́nicos, dos receptores 5-HT (presentes na zona gatilho quı́mico-emético), dos receptores
D , da neurocinina-1 e os canabinoı́des (SCHELLACK, 2014; RANG et	al., 2016). 
Conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe. 
antagonistas dos receptores de histamina H : cinarizina e
prometazina
 antagonistas muscarínicos: hioscina e escopolamida
antagonistas dos receptores serotoninérgicos 5-HT3:
ondansetrona e Granisetrona
antagonistas dos receptores dopaminérgicos D2: metoclopramida
e domperidona
antagonistas da neurocinina-1: aprepitanto
canabinoídes: nabilona e dronabiol. 
 
E quanto aos laxantes? Para que servem? Os laxantes também podem ser chamados de fármacos purgativos e
são úteis para estimular (aumentar) a eliminação de fezes, muito usados em casos de constipação intestinal.
Esses fármacos alteram a motilidade do TGI, fazendo com que o trânsito de alimentos pelo intestino aconteça
de forma mais rápida. Eles podem ser: laxativos formadores de volume, laxativos osmóticos, emolientes
fecais e laxativos estimulantes (RANG et	al., 2016).
Os formadores	de	volume conseguem promover a retenção de água, aumentando a massa fecal, distendendo
as paredes do intestino, o que aumenta o peristaltismo. Os laxativos	osmóticos produzem um aumento de
água no intestino, o que aumenta o peristaltismo. Com relação aos emolientes	 fecais agem como um
detergente, facilitando a agregação das fezes com água e gordura, o que gera um amolecimento das fezes. Por
último, os estimulantes são responsáveis por gerar uma pequena resposta in�lamatória na mucosa intestinal,
levando a secreção de eletrólitos e água, o que aumenta a motilidade do intestino.
Clique nas abas a seguir e conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe.
2 
+ +
• 2
•
1 
3
2
• 1
•
•
•
•
•
Formador
es	de
volume	
Psyllium
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Agora, para �inalizar, vamos estudar os fármacos antidiarreicos. Primeiro, você sabe para que eles servem? 
E� um medicamento usado para o controle da diarreia, estado em que as fezes perdem sua consistência,
tornando-se mais aquosas. A diarreia pode surgir em decorrênciade uma intoxicação, de uma doença latente,
efeito colateral de um medicamento, entre outros. 
Os fármacos conhecidos como antimotilidade agem diminuindo a motilidade do intestino, conhecidos como
opioides e anticolinérgicos muscarı́nicos, ambos inibem a liberação de acetilcolina, o que reduz o
peristaltismo. Os adsorventes agem adsorvendo micro-organismos e toxinas, alterando a microbiota
intestinal ou revestindo e protegendo a mucosa intestinal. Já os antiespasmódicos diminuem os espasmos,
por meio do bloqueio de receptores muscarı́nicos (RANG et	al., 2016). 
Conheça alguns dos principais fármacos representantes de cada classe:
Antimotilidade: Lorepamida e Tintura de ópio
Adsorvente: Carvão ativado e pectina
Antiespasmódico: Escopolamina e papaverina. 
 
E� importante lembrar que quando uma pessoa apresenta diarreia, ocorre a perda de eletrólitos e água. Por
isso, é necessário beber muito lı́quido, como água ou até soro (contendo água, açúcares e sais) para pessoas já
desidratadas.
Osmóticos	 Lactulose, Sulfato de magnésio e Glicerina
Emoliente
s	fecais	
Docusato de sódio
Estimulan
tes	
Bisacodil e O� leo de ricino
•
•
•
Conclusão
Ao �inalizar os estudos, pudemos conhecer como o sistema nervoso está organizado, sendo que o enfoque foi
para o sistema nervoso periférico. Foi possı́vel conhecer suas subdivisões, receptores, neurotransmissores e
os principais fármacos que atuam neste sistema. Além disso, relembramos um pouco dos sistemas
respiratório, cardiovascular, renal e digestório, o que foi essencial para abordar como e porque os fármacos
agem nesses sistemas.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
recordar o sistema nervoso central e periférico;
conhecer o sistema nervoso somático e autônomo, seus
receptores e neurotransmissores;
identificar os fármacos adrenérgicos e antiadrenégicos e suas
funções; 
identificar os fármacos colinérgicos e anticolinérgicos e suas
funções; 
•
•
•
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recordar os sistemas respiratório, cardiovascular, renal e
digestório;
identificar os fármacos que agem no sistema respiratório, suas
classes e funções; 
identificar os fármacos que agem no sistema cardiovascular, suas
classes e funções; 
identificar os fármacos que agem no sistema renal, suas classes e
funções; 
identificar os fármacos que agem no sistema digestórios, suas
classes e funções. 
•
•
•
•
•
Bibliografia
DELUCIA, R. et	al. Farmacologia	integrada: uso racional de medicamentos. 5. ed. Joinville: Clube de Autores,
2014. 
GOLAN, D. E. et	 al. Princípios	 de	 farmacologia: a base �isiopatológica da farmacoterapia. 3. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
GOMES, M. A. M.; PAZ JU� NIOR, J. D.; LIMA, P. D. A. Efeitos colaterais relatados por pacientes referentes ao uso
da associação captopril-hidroclorotiazida. Revista	SOCERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 5, p. 303-308, 2009. 
HELBER, I.; TUCCI, P. J. F. Digitálicos: os resultados do DIG no século XX.	 Arquivos	 Brasileiros	 de
Cardiologia, São Paulo, v. 95, n. 4, p. e108-e111, 2010. Disponı́vel em:
(http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf)http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
(http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf). Acesso em: 26 jan. 2020. 
KATZUNG, B.; TREVOR, A. Farmacologia	básica	e	clínica. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.
RANG, H. P. et	al. Rang	&	Dale	Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 
RODRI�GUEZ, F. J. M.; RODRI�GUEZ, M. L.; CORREDERA, M. A. Farmacología	general. Plaza de la Revolución:
Editorial Ciencias Médicas, Habana, 2002. 
SHELLACK, G. Farmacologia: uma abordagem didática. 2. ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2014. 
SISTEMA Simpático e Parassimpático [Série "Ciência da Transformação" - Ep. 7]. 2018. 1 vı́deo (5 min 20s).
Publicado no canal: Gabriel Menezes Mindfulness. Disponı́vel em: (https://www.youtube.com/watch?
v=o9YGmXAaNNo)https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo (https://www.youtube.com/watch?
v=o9YGmXAaNNo). Acesso em: 26 jan. 2020. 
TRATAMENTO da asma | Dicas de Saúde. 2015. 1 vı́deo (1 min 34 s). Publicado no canal: Drauzio Varella.
Disponı́vel em: (https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8)https://www.youtube.com/watch?
v=CbKOgj-2fL8 (https://www.youtube.com/watch?v=CbKOgj-2fL8). Acesso em: 26 jan. 2020. 
http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abc/v95n4/28.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
https://www.youtube.com/watch?v=o9YGmXAaNNo
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