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MD014- CASO PRÁTICO DE DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO

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1
Aluno: Ildenes Alves de Oliveira - BRDEMDER5154646 
 MD014 - DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO
CASO PRÁTICO: CONFLITO ENTRE A ARMÊNIA E O
AZERBAIJÃO
O caso expõe, adaptado ao caso, parte do conflito entre Armênia e Azerbaijão, que deve
ser resolvido em uma extensão de 5 a 15 páginas.
A Armênia e o Azerbaijão são duas repúblicas que faziam parte da URSS, cujo conflito
provém de uma parte do território que ambas historicamente consideram seu próprio, e
dentro do conflito armado ambas as repúblicas acusaram-se mutuamente de atacar alvos
e populações civis. Por um lado, a Armênia acusou o Azerbaijão de atacar a população
civil no território e alvos não militares, tais como estabelecimentos comerciais em geral,
incluindo o comércio de alimentos, hospitais devidamente identificados, médicos e
pacientes em tratamento nos referidos hospitais civis foram atacados. Por outro lado, o
Azerbaijão acusa a Armênia de matar famílias azerbaijanesas nos altos de Nagorno-
Karadaj, uma situação que levou ao deslocamento da população para outros lugares.
Com base nas investigações da Anistia Internacional expressas no site, foi denunciado
que: bombas de fragmentação são usadas em bombardeios contra alvos e a população
civil; decapitação e mutilação perpetradas pelo exército do Azerbaijão.
Também estão circulando vídeos, nos quais se pode ver: pessoas com insígnias da cruz
vermelha do pessoal de saúde capturando e assassinando um guarda de fronteira
azerbaijanês; em outro vídeo, soldados armênios cortam a orelha de um soldado
azerbaijanês e arrastam outro soldado pelas ruas amarrado pelos pés a um veículo
militar, ambos os soldados são presumivelmente mortos, sem terem sido examinados por
um médico. Os corpos dos soldados acima mencionados são cremados sem
identificação. Também são exibidos vídeos mostrando soldados azerbaijaneses
chutando, espancando e torturando presos armênios amarrados e vendados.
Em relação ao caso acima, por favor, responda:
O que o DIH diz sobre a situação dos mortos de uma parte no conflito nas 
mãos da outra parte?
R: De acordo com o Direito Internacional Humanitário - DIH, as partes em
conflito devem tomar todas as medidas possíveis para procurar, recolher e
evacuar os corpos de pessoas que morreram nas mãos do outro lado e tomar
medidas para evitar sua destruição. Ambas as partes devem se esforçar para
facilitar a devolução dos restos mortais se a outra parte ou a família do falecido
assim o solicitarem. Os mortos devem ser tratados com dignidade e seus
túmulos devem ser tratados com o devido respeito e cuidado. É necessário
registrar todas as informações disponíveis e indicar a localização do local do
tratamento antes do tratamento final dos enterros para facilitar a identificação.
Portando,o DIH exige que todas as partes em um conflito armado internacional
tomem todas as medidas possíveis para prestar contas das pessoas
desaparecidas. Também prevê o direito dos familiares de saber o paradeiro de
seus entes queridos.
2
Os soldados capturados são prisioneiros de guerra? Qual é o fundamento?
R: Num conflito armado não internacional, os inimigos capturados não têm o status de
prisioneiros de guerra. Porém, no caso prático observado, em que há claramente um
conflito armado internacional, os soldados capturados são prisioneiros de guerra.
Sendo o status de prisioneiro de guerra é regulamentado pela III Convenção de
Genebra e pelo Protocolo Adicional I.
Sendo assim, o status de prisioneiro de guerra é legalmente reconhecido apenas em
casos de conflitos armados internacionais, ou seja, conflitos entre Estados. O status de
prisioneiro de guerra não existe no caso de um conflito armado não internacional,às
vezes chamado de "guerra civil".
 É proibido o uso de emblemas pelo pessoal militar? Proporcione o fundamento.
R: É proibido o uso de emblemas, insígnias ou insígnias tratadas e estabelecidas
pelo direito internacional humanitário, como a cruz vermelha, o crescente ou o
cristal vermelho. Da mesma forma, o uso indevido de outros emblemas, insígnias
ou sinais que impliquem proteção internacional, como bandeiras parlamentares,
sinais de bens culturais, sinais de defesa civil ou identificadores de mercadorias
que contenham forças perigosas, ou o sinal da ONU, segunda as normas DIHC 59
a 61, 2007. O uso de bandeiras, emblemas, insígnias e uniformes de Estados
neutros ou não beligerantes também é proibido em conflito armado, entretanto, o
uso de uniformes, insígnias, bandeiras ou insígnias da parte contrária está de
acordo com os artigos 62 e 63 da DIHC 2007, embora em relação à oposição é
vedado, mas não proibido, o uso de subterfúgios, no contato direto com forças
hostis, ou com a finalidade de promover, proteger ou obstruir operações militares.
O que se expressa sobre projéteis de fragmentação que impactam alvos e a 
população civil.
R: Segundo o Protocolo III da Convenção de 1980 sobre Certas Armas
Convencionais proíbe o uso de tais armas quando destinadas a serem lançadas
contra alvos militares em áreas habitadas por civis, como cidades e vilas.
Também restringe o uso dessas armas quando os alvos militares estão
distantes dos civis e todas as precauções foram tomadas para evitar danos
colaterais e proteger os civis.
E quanto ao ataque a hospitais civis e profissionais da saúde?
R: Todos os que ficam doentes ou feridos em conflitos armados têm direito a
cuidados de saúde. Ataques a instalações médicas há muito são considerados
crimes de guerra. O Direito Internacional Humanitário proíbe expressamente
ataques a hospitais, sejam direcionados ou indiscriminados.
Embora as Convenções de Genebra proíbam ataques a instalações médicas,
há um cenário em que um hospital pode perder seu status protegido como
objeto civil: se a instalação for usada para fins militares.
Segundo o art. 8°, IX do Estatuto de Roma: Para os efeitos do presente
Estatuto, entende-se por "crimes de guerra": ix) Dirigir intencionalmente ataques
a edifícios consagrados ao culto religioso, à educação, às artes, às ciências ou
à beneficência, monumentos históricos, hospitais e lugares onde se agrupem
doentes e feridos, sempre que não se trate de objetivos militares; 
3
Referências bibliográficas. 
AUBERT, Maurice: El CICR y Ia cuestión de Ias armas que causan males superfluos
o dañan sin discriminación (Separata de la Revista Internacional de Ia Cruz Roja, 
Nov.-Dic. 1990).
BACCINO-ASTRADA, Alma: Derechos y Deberes del Personal Sanitario en los 
Conflitos Armados (Ginebra/1982).
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Gentes (in Studies in honour of jean Pictet, ICRC-M. Nijhoff/1984).
BLONDEL, jean-Luc: La Assistencia a Ias Personas Protegidas (Separata de Ia 
Revista Internacional de Ia Cruz Roja, Sep.-Oct. 1987).
BORY, Françoise: Gênese e Desenvolvimento do Direito Internacional Humanitário 
(CICR-Cenebra/1980).
BOUVIER, Antoine: La Protección del Medio Ambiente en Período de Conflicto 
Armado (Separata de Ia Revista Internacional de Ia Cruz Roja. Nov-Dic. 1991).
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto: Direitos Humanos e Direito Humanitário: 
Convergências e Ampla Dimensão da Proteção Internacional (in Boletim da 
Sociedade Brasileira de Direito Internacional Abr.-Jun. 1992).
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto: A Proteção Internacional dos Direitos 
Humanos – Fundamentos Jurídicos e Instrumentos Básicos (São Paulo/1991).
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto: A Proteção dos Direitos Humanos nos 
Planos Nacional e Internacional: Perspectivas Brasileiras (IIDH-San José/Brasília 
1992).
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto: Princípios do Direito Internacional 
Contemporâneo (Brasília/1981).
CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto: A Evolução do Direito Internacional 
Humanitário e as Posições do Brasíl (in Boletim da Sociedade Brasileira de Direito 
Internacional, nº 69/71, 1987-1989).
CICR: Golfo 1990~1991, de Ia Crisisal Conflicto, Ia Acción Humanitária del CICR 
(Genebra/1991).
CICR: La Agencia Central de Búsqueda del CICR (Genebra).
CICR-LIGA: Compilación de Textos de Reférencia Relativos al Movimiento 
Internacional de Ia Cruz Roia y de Ia Media Luna Roja (Ginebra/1990).
CICV: Regras para o comportamento em combate (Genebra/1985).
CICV: Normas Fundamentais das Convenções de Genebra e de seus Protocolos 
Adicionais (Brasília/1992).

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