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RELATORIO PARCIAL - ANA BEATRIZ -

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GRUPO SER EDUCACIONAL
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - LETRAS - PORTUGUÊS
ANA BEATRIZ ROCHA DA CUNHA 
RELATÓRIO PARCIAL
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I- LETRAS- PORTUGUÊS 
Maracaçumé-MA
2023
ANA BEATRIZ ROCHA DA CUNHA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO I- LETRAS- PORTUGUÊS 
Relatório Parcial apresentado ao Curso de Graduação em Letras - Português da UNAMA como requisito parcial para aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado I
Maracaçumé-MA
2023
sumário
INTRODUÇÃO...................................................................................................04
1 A ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS.................05
1.1 ANÁLISE DOCUMENTAL......................................................................... 06
1.2ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO................................................................ 07
2 OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 NA ESCOLA ...................................................................................................09
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 14
REFERÊNCIAS ..................................................................................................15
ANEXO .................................................................................................................16
INTRODUÇÃO 
O Estágio Supervisionado é um item proposto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n.9.394, de 20 de dezembro de 1996), ao qual define que todos os cursos na área de licenciatura necessitam oferecê-lo para a formação de docentes, que poderão atuar, dessa forma, na rede pública ou privada de ensino (BRASIL, 1996). Segundo Cury (2003, p. 55) educar é acreditar na vida, tendo esperança no futuro, semeando com sabedoria o conhecimento e colhendo-o com paciência, com isso, o estágio supervisionado assume o papel de colaborar para o conhecimento do estagiário porque indicará meios de uma educação melhor, que ainda é a esperança para uma sociedade desprovida de promessas não cumpridas para o setor educacional, trazendo uma luz no fim do túnel para essa realidade ser mudada. 
A realização do estágio do período de 06 de fevereiro de 2023 a 02 de junho de 2023 aconteceu na escola João Miranda, no município de Maracaçumé, nas turmas do 6º ao 9º ano. A escola João Miranda é uma das escolas mais antigas de Maracaçumé, sendo constituída nos anos 80 em homenagem ao pai do ex-prefeito de Godofredo Viana; a unidade de ensino está ligada à secretaria municipal de educação, constando do PPP (Projeto Político Pedagógico) desde os anos de 2000 que executa os projetos oriundos da SEMED. A escola é administrada pelo diretor Raimundo Orlando Costa Azevedo e supervisionada pela professora Nelcy de Jesus Froes Gomes. Conta com uma estrutura de: 8 salas, 1 diretoria, 2 banheiros, 1 sala de professor, 2 depósitos e 1 cozinha. 	
A escola funciona na parte da manhã e tarde, com as modalidades de ensino fundamental maior (6º ao 9º anos), havendo a participação de 40 funcionários, dos quais: 23 são professores, 1 é diretor, 1 supervisor, 5 secretários, 2 vigias e 8 zeladores. Além disso, a escola também apresenta a média de alunos de 8 a 17 anos, totalizando 187 matriculados. O fator socioeconômico varia, pois uma parte dos alunos se encaixa em cerca de 70%, tendo renda mínima e recebendo o auxílio governamental do Bolsa Família. Foi possível observar, ademais, a presença de 3 alunos portadores de necessidades especiais, embora a estrutura escolar necessite de uma reforma na pintura e piso, que possa vir a prejudicar a acessibilidade desses alunos. Vale destacar que a missão da instituição escolar, segundo o corpo de docente, é de promover a educação nos diferentes níveis, ao qual está comprometida com a melhoria das condições de vida da comunidade local/ regional, estando pautadas em conhecimentos científicos e técnicos, de caráter humanista, com inovação, criatividade e relações éticas entre os profissionais. Dos professores, cada um tem 2 folgas por semana, às vezes frequentam apenas 1 vez por semana (todos têm ensino superior completo); haja visto que a escola não possui e-mail ou contato próprios há a disponibilização do contato da diretoria Costaazevedoraimundo996@gmail.com; o CNPJ da instituição escolar está sob o registro 01984182-0001-45. Alguns dos professores da escola são Franciane (educação física), Maria (da área de letras), Rosa (matemática), Alzenira (matemática), Elizabeth (matemática), Edileuza (matemática) e Emerson (geografia), todos com sua formação de nível superior; fazem parte do corpo escolar no período matutino. 	
A escola tem a seguinte localização: localizada na cidade de Maracaçumé, no estado Maranhão, na rua Duque de Caxias, está situada no centro da cidade. Observou-se que a instituição também não estava com suporte de uma sala de informática e nem continha biblioteca disponível aos alunos. A escola, notoriamente, não tinha um cronograma de como funcionavam as aulas, mas o professor realizava o planejamento antes de ministrar as aulas.
1. ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS 
 Os professores foram os responsáveis em fazer a recepção dos alunos, que ocorreu por meio de uma reunião onde o corpo docente foi apresentado às turmas, e quais disciplinas ficaram responsáveis em ministrar. De certa forma o pátio escolar, ainda que seja um ambiente quase irrelevante, aparentemente, é usado pelos professores para promover reuniões também e apresentações em datas comemorativas com os alunos.
 Conta-se ainda os nomes dos referidos professores, e suas disciplinas de ministração:Franciane, com ensino religioso e educação física; Maria leciona arte e língua portuguesa; Rosa ministra matemática; Alzenira ensina inglês e matemática; Elizabet leciona matemática; Edileuza ministra ciências; Emerson leciona geografia, história e arte; Dalete estava responsável pelas disciplinas de ciências e geografia, por fim. Na análise de atuação do diretor e supervisora se nota que o diretor faz a observação das reuniões, quando acontecem, sem interferência; a supervisora também apenas observa, mas colabora promovendo reuniões em determinadas circunstâncias, enquanto que o professor ministra a disciplina por meio de aulas. A escola João Miranda oferta como centro educacional um ensino no qual o aluno possa adquirir algum conhecimento para seu futuro. Os recursos materiais usados pelos professores, basicamente eram impressões de atividades, sendo que a exposição de vídeos (material visual-digital) ocorria apenas em palestra; tais palestras eram feitas pelos seguintes profissionais: psicóloga, fonoaudióloga, professores, diretor e supervisor. No geral, essas palestras tinham como temas: Dia mundial de combate ao bullying e a violência na escola, Dia das mães, Dia nacional de combate ao abuso e à exploração sexual infantil.
1.1 ANÁLISE DOCUMENTAL
 Previamente, foi observado que o diretor não interfere no planejamento de aulas e o plano anual está em consonância com a Base Nacional Comum Curricular. Ademais, na instituição também não se encontra o documento PPP (Plano Político Pedagógico); mesmo sem esse plano pedagógico não havia muita influência negativa pela falta dessa documentação na ministração das aulas ou na organização dos planos pedagógicos, pois o professor realizava o planejamento antes de cada aula, de modo específico para cada uma dos anos. O docente propunha atividades de pesquisa e debate, de modo interativo, seja na sala de aula, ou no ambiente em torno da escola, na vizinhança, ou até mesmo na busca por pesquisas na internet. 
 Análise de textos e de diferentes tipologias textuais eram abordadas, com base em recortes de outros textos, ou até mesmo na análise, produção, reescrita e estudo de textos de cunho jornalístico, científico ou opinativo. A busca pelo empenho de incentivar o senso crítico dos alunos, a formulaçãode posições sobre os problemas vividos no âmbito social também assumem importância, pois o aluno entra em contato de forma direta com as dificuldades encontradas pelos moradores locais no dia a dia. Outro fator importante é a interconexão entre temas sociais com a disciplina, o que atesta a chamada transdisciplinaridade, quando os conteúdos ministrados em sala vão além do conteúdo abordado, além da transversalidade, pois assuntos de cunho sociais, como as fake news, também assumiram caráter de análise crítica. 
 O planejamento constava de atividades que deveriam ser trabalhadas, as fontes científicas analisadas para a sua produção também são especificadas, sendo no máximo duas ou três, em cada planejamento; os eixos temáticos e os objetivos de cada um, atividades extras, que ocorriam por meio de palestras e datas importantes no calendário escolar também são informados; os critérios de avaliação se mostravam justos pois levava em conta não só o conteúdo exposto, mas a interatividade dos alunos. Em suma, o planejamento de aula mostra muitos pontos positivos, pois como já foi abordado anteriormente considera a busca por outras fontes de informação, seja na internet, em diálogos ou palestras. 
1.2 ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO: 
 O livro da disciplina se intitula como “Se liga na língua" (leitura, produção de texto e linguagem). As seguintes características foram encontradas: possui como autores Wilton Ormundo e Cristiane Siniscalchi, da editora moderna, válido, segundo o Programa Nacional do Livro Didático, dos anos de 2020 a 2023. Dito isso, a ficha catalográfica do livro (Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP) didático ainda traz as seguintes ponderações: o ano de criação do livro data de 2018, em que a editora está localizada no estado de São Paulo (SP), obra em quatro volumes, destinado a alunos do sexto ao nono ano ( quinta, sexta, sétima e oitava séries do ensino fundamental), com especial destaque à capa e à contracapa do livro: em relação à capa nota-se uma percepção voltada à cultura, quando se é observado as imagens em conjunto (um rio, um monumento arquitetônico que remonta ao estilo barroco, um garoto praticando um movimento típico do esporte de futebol, observações aparentemente irrelevantes, mas que indicam algo a se confirmar na contra capa: a variação de nomes ou variação linguística); em relação à contracapa percebe-se o seguinte: os nomes abóbora/jerimum, aipim/macaxeira/mandioca ilustram ou exemplificam a variedade das palavras na língua portuguesa no Brasil. O livro, portanto, apresenta o código 0306P200120071L. Com 35 referências não digitais e 12 referências digitais, totalizando 47 referências bibliográficas, demonstra assim a vastidão de fontes científicas que foram consultadas para a formação ou compilado do livro didático, totalizando também cerca de 288 páginas. 
O livro didático se encontra dividido em oito capítulos, dos quais são:
Capítulo 1- Notícia: o registro do cotidiano; 
Capítulo 2- Entrevista: um bate-papo organizado; 
Capítulo 3- Conto fantástico: um mundo um tanto estranho; 
Capítulo 4- Poema narrativo: versos que contam;
Capítulo 5- Texto teatral: a arte de ser o outro;
Capítulo 6- Palestra e seminário: a arte de falar em público; 
Capítulo 7- Resenha crítica: uma opinião consistente; 
Capítulo 8- Relato de viagem: o registro das descobertas. 
 Alguns gêneros textuais presentes foram a notícia, entrevista, conto, poema, palestra, seminário, resenha crítica e relato; as atividades propostas no livro são de múltipla escolha, sem perguntas muito objetivas. O livro apresenta biografia de autores literários como Moacyr Scliar (capítulo 3), Konstantínos Kaváfis (capítulo 4), Maria Clara Machado (capítulo 5) e autores voltados para outras áreas de conhecimento, como Charles Darwin (capítulo 8). O livro didático não apresenta propostas de redação, portanto, a apresentação do livro didático traz uma breve contextualização de como eram os livros didáticos, que traziam questões não contextualizadas a respeito de alguns gêneros textuais, ou textos literários, assim como traziam questões sobre sujeito, predicado, e outros termos da oração sem uma correlação com o texto (a chamada contextualidade). A proposta, entretanto, do livro didático trabalhado na turma, concerne no fato de que ele traz gêneros pouco trabalhados, tais como seminário e entrevistas; além da busca de textos oriundos do mundo digital, ainda concerne dizer que o livro aborda outros gêneros pouco trabalhados ou conhecidos: blogs é um exemplo. Obras de arte, letras de canções são outros pontos que colaboram para os conhecimentos culturais dos alunos, trazendo uma breve dedicatória final aos próprios discentes.
 É interessante afirmar que a BNCC traz propostas sobre gêneros textuais em sala de aula, justamente um ponto em comum entre essa base comum e o livro trabalhado na sala de aula. Além do estudo, análise e contextualização dos gêneros, o livro também aborda questões sobre ortografia (emprego do J e G, x e ch, s/z e x, e/i/u, ); a significação das palavras é outro assunto abordado. Pronome, advérbio, paralelismo, predicado e elementos, adjunto adnominal e complemento nominal, processo de formação de palavras, hífen. Enfim, o livro didático não apresenta uma ordem, do grau menor para o maior, de dificuldade, o que pode deixar o aluno um pouco desconexo de como funciona a língua, que se inicia desdes os fonemas/grafemas até o texto em si (sua significação) - além de que nem todas as classes gramaticais são abordadas, nem mesmo os termos acessórios, essenciais, integrantes da oração. Por um lado, um ponto positivo, com a contextualização dos gêneros, por outro, um ponto negativo, a desordem nos graus de fases que a língua se divide e que exige do professor uma certa organização para explorar as nuances da língua, apresentando análise das figuras de linguagem de modo pouco detalhado ou estudado.
2. A OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DA SALA DE AULA
Os alunos são estimulados a perguntas do seguinte modo: após a aula e a explicação da disciplina, a professora abre um momento para as dúvidas, perguntas e questionamentos que surgiram por parte dos educandos, e deixa espaço para acrescentar algum novo assunto que o aluno achou interessante e que possa, dessa forma, contribuir para a aula. Além do mais, foram observados momentos de interação como a apresentação de trabalhos, por exemplo; quando acontece a apresentação de trabalho, a metodologia proposta é que essas atividades funcionem por meio dos grupos, no qual a apresentação começará do 1° ao último grupo.
O horário-aula da disciplina ocorre cerca de 12 vezes em cada turma (do 6º ao 9º ano), durante a semana, por cinco dias letivos. Com isso, as aulas de língua portuguesa nas turmas ocorrem três vezes em cada semana. Notado como se distribui a quantidade de aulas de língua portuguesa, observa-se que o professor sempre encontra dificuldades na realização das atividades, afinal, elas sempre vão existir, porém o professor está na sala de aula para ajudar naquilo que for necessário e tentando dar o melhor de si mesmo para um bom desempenho dos alunos. 
Não ocorre momentos de exposição de conteúdos da disciplina em slides ou na sala de informática, entretanto, o professor estimula o discente a realizar pesquisa em outras fontes científicas, tais como internet, ou mesmo em outros livros. As atividades feitas em casa ou na sala de aula possuem critérios avaliativos, obviamente todas valendo pontos, e cada ponto contribui para a nota final, o que estimula ainda mais o desempenho de realização das atividades de classe, ou de casa. 
O professor realiza avaliação a cada encerramento de bimestre, que ocorre de três em três meses, usando, basicamente, como fonte dessas avaliações, a própria web. Porém, nem sempre apresentam resultados satisfatórios, mas com proeminência de bons resultados, no geral. Por sua vez, a estrutura da sala de aula se dá assim: com uma estrutura simples, com cadeiras, quadro, mesas e um ar condicionado- todos esses elementos ajudam, de certa forma, a colaborar para se obter resultados positivos nas atividades, especialmente o clima do ambiente, que favorece o aprendizado, consideravelmente. O educador também demonstra didática eficaz na medida que transmite o melhor de si para os alunos, com o intuito de que possam aprender ao máximo, de forma significativa.
2.1 UM RELATO DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS
Durante o estágio no 6º/7º ano do ensino fundamental, foi possível identificar dois casos de forma específica, que podem servir de base para um planejamento de aula mais eficaz, a saber: uma determinada aluna, de nome Maria Eduarda, com a faixa etária de 12 anos de idade, que estava no sexto ano, passou para o sétimo ano, sem ter adquirido um ensino-aprendizagem de modo significativo, entretanto, ela apresentou dificuldades durante o processo de leitura, conseguindo apenas ler as atividades com o processo de soletração, que, com muito esforço pessoal, conseguia ler. Essa situação foi destacada e levantada a hipótese de que poderia ser algum problema familiar ou no relacionamento com os pais, que estaria, de certo modo, prejudicando a eficiência do processo de aprendizagem, e, consequentemente, o desempenho dela nas atividades propostas.
Com essa situação relatada acima, a professora responsável entrou em contato com a mãe da discente, e relatou-se que não havia problemas de relação mãe e filha, descartando a hipótese inicial, de problemas no círculo familiar. Entretanto, a aluna demonstrou a falta de interesse no processo de aprendizagem, o que dificulta o objetivo a ser alcançado: a aprendizagem significativa da língua portuguesa. Resolvido esse possível questionamento foi feita outra proposta de intervenção: a instituição escolar propôs outras atividades conforme os conhecimentos que ela adquiriu. 
Outras situações mais típicas se referem ao fato de determinados alunos saberem ler, mas não conseguem escrever corretamente as palavras, ou não sabem ler e nem escrever corretamente, ou até mesmo que sabem escrever, mas não sabem ler de modo adequado, confirmando o resultado adquirido por meio da avaliação diagnóstica, de que tinha alunos que precisavam de uma atenção especial. 
Além do supracitado, é sabido que a avaliação diagnóstica tem como função (uma das) colaborar para que o processo de leitura e de interpretação sejam um modo de aprimoramento dos conhecimentos de níveis social e cultural dos alunos, conforme explicita o site Evolucional (2021). Em outros termos, é compreensível que essa avaliação contribui para que o professor tenha conhecimento do nível de sabedoria que o aluno traz consigo; sabedoria de como identificar a língua portuguesa no dia a dia. Além disso, o diagnóstico propunha identificar quais dificuldades de aprendizagem se encontravam nos alunos, bem como o nível de aprendizado deles; é importante dizer também que essa avaliação se destinava a alunos/alunas com dificuldades no processo de leitura, escrita, ou em ambos, em que são ministradas aulas diferenciadas, destinadas a esse público de forma mais específica, com atividades pedagógicas próprias a esses casos. 
 2.1 UMA ANÁLISE DOS PLANEJAMENTOS DE AULA, SEUS EIXOS E OBJETIVOS
Inicialmente, foi constatado que o planejamento das aulas foram formulados pela coordenadora. Os dados do item 2.1 e 2.2 foram baseados no planejamento de aula, no resultado final da avaliação diagnóstica e na identificação dos níveis de leitura ou escrita, disponibilizados para análise pessoal durante o estágio. Dado isso, afirmamos que os planejamentos de aula estão divididos em 4, dos quais foram analisados, sendo, respectivamente, do sexto, sétimo, oitavo e nono anos. Iniciando pela análise do planejamento notou-se: está relativo ao primeiro bimestre, de 17 de março a 12 de maio do presente ano, com os eixos de análise linguística, oralidade e leitura (a vida pública, as mídias, a pesquisa e o campo literário são as unidades temáticas do planejamento). Quanto aos objetivos foram usados verbos de ação tais como, reconstruir, apreciar e aprender, basicamente. De forma mais detalhada, os objetivos almejados foram descritos de forma sucinta abaixo (dos períodos do sexto ao nono anos). 
No planejamento do sexto ano houve:
a) Apreciação e réplica da relação entre gêneros e suas mídias; 
b) Apreender os sentidos globais do texto;
c) Relação verbal com outras semioses; procedimentos e gêneros; de apoio à compreensão. (apreciação e réplica); 
d) Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção; 
e) Adesão às práticas de leitura;
f) Participação em discussões orais de temas controversos; 
g) Discussão oral; 
h) Produção de textos orais, ou a oralização, bem como a produção desses tipos de textos; 
i) Recursos linguísticos e semióticos pertencentes aos gêneros do campo literário;
j) Variação da língua, fono-ortografia, elementos da escrita, léxico e/ou morfologia. 
Analisando o planejamento de aula do sétimo ano, foi visto que os objetivos foram, principalmente: 
a) Relação entre os gêneros textuais e as mídias; 
b) Apreensão dos sentidos do texto;
c) reconstrução do contexto de produção e recepção textual;
d) caracterização dos textos jornalísticos, bem como as práticas da cultura digital; 
e) Correlação entre textos; 
f) Distinção entre o que é um fato e o que é uma opinião; 
g) Identificação de teses e de argumentos na leitura; 
h) Efeitos de sentido;
i) Relação dos verbos com outras semioses, além de compreensão de gêneros de apoio à leitura;
j) Curadoria e informação; 
k) Reconstrução das condições de produção, recepção e circulação de textos no campo literário; 
l) Produção de textos jornalísticos de forma oralizada; 
m) Apresentação oral; 
n) Estratégia de produção, conversação espontânea, morfossintaxe. 
Analisado o planejamento de aula do oitavo ano, foi observado esses pontos principais: 
a) Relação do texto com o contexto de produção; 
b) textualização, revisão de textos informativo e opinativo;
c) planejamento de textos voltados à publicidade e planejamento de textos; informativos, bem como a textualização dessa tipologia textual; 
d) planejamento de texto dissertativo, argumentativo, apreciativo e textos jornalísticos-orais; 
e) construção composicional, estilo, efeito de sentido, modalização; 
f) figuras de linguagem, semântica, coesão;
g) gêneros literários. 
Por último, no nono ano, o planejamento propunha, em termos gerais, um amálgama dos 3 planejamentos anteriores, do sexto ao sétimo ano. Para tais documentos, foram usadas outras fontes científicas, como outros livros de língua portuguesa e documentos curriculares do município, teoricamente. A seguir, segue uma breve lista de alguns assuntos vistos nas atividades: pesquisas sobre fake news, entrevistas, rodas de conversa, rodas de leitura e debate, ditado, seleção de palavras, correção coletiva dos ditados, atividades com ortografia, produção de frases a partir de imagens, jogos, tipologias textuais, elaboração de resenhas, de textos opinativos, de propagandas, de cartazes, dramatizações, análise e reescrita de textos, produção de jornais impressos ou digitais, produção e divulgação de pesquisas com análise crítica do aluno, relatos sobre problemas sociais dos entornos e leitura de obras literárias. 
2.2 UMA BREVE OBSERVAÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ADQUIRIDA PELO DIAGNÓSTICO
Os níveis de leitura organizaram-se em 5, de ordem numérica se iniciando do 0: 
	escala 0
	aluno não sabe ler 
	escala 1
	aluno lê o alfabeto 
	escala 2
	aluno ler sílabas 
	escala 3
	o aluno ler pequenas palavras 
	escala 4
	o aluno ler frases ou textos pequenos 
	escala 5
	o aluno ler com fluência 
De um total de 25 alunos, foram identificados que no nível 0 de escrita e de leitura não havia nenhum, já nos outros níveis se constatou, no nível de escrita: 7 estavam no nível 2, 16 no nível 3, nos níveis 4 e 5 não tinham nenhum aluno em defasagem. Partindo para os níveis de leitura obteve-se 2 no nível 2, 5 no nível 3, 16 no nível 4 e 1 no nível 5. 
Com base nessa avaliação diagnóstica foramos seguintes resultados, no campo da linguagem escrita: 
1) No nível 1 os alunos pensavam que se escrevia com desenhos, sendo que as letras não tinham nenhuma importância;
2) No nível 2, os alunos já sabiam que não se escrevia com desenho, mas usavam letras, e caso não conheça usa rabiscos; 
3) No nível 3, os alunos descobriram que a letras grafadas podem representar os sons da fala;
4) No último nível, os alunos compreenderam que para ocorrer a escrita, é preciso utilizar o alfabeto. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
O estágio é um momento único onde se é colocado em prática todo o conhecimento adquirido ao longo do curso de letras, ao mesmo tempo, é um momento de frustração causado pelo reconhecimento das falhas do ensino público do Brasil. Ainda que tenhamos o desejo de mudar essa realidade, não conseguimos alcançá-la de fato, portanto. 
Viver o dia a dia na instituição como estagiário é proporcionar uma nova visão de mundo como forma de intervenção para a escola, que não esteja pautada apenas em teorias, mas na praticidade e aplicação desses conhecimentos pedagógicos. Entretanto, faltam muitos pontos a serem cumpridos para que essa realidade se torne efetiva na sociedade, como a estrutura da instituição. Ainda assim, é notório a percepção das diferenças entre o setor público e o setor privado. 
Mesmo com a triste realidade relatada acima, nota-se que os docentes possuem o desejo/estima de que isso mude. Além do informado, foi possível perceber que essa experiência adquirida na escola João Miranda contribuiu para a fixação dos conhecimentos adquiridos no período de 4 anos do curso na instituição universitária, e que a tarefa de proporcionar a divulgação dos conhecimentos aos alunos ainda está apenas iniciando, devido às metodologias que necessitam ser aplicadas de fato. Seguindo esse ideal, as escolas terão desafios enfrentados e solucionados, promovendo o avanço do sistema educacional. 
REFERÊNCIAS 
BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário oficial da União, Brasília. 1996.
Evolucional. O que é avaliação diagnóstica? 08 de março de 2021. Disponível em:<https://blog.evolucional.com.br/o-que-e-avaliacao-diagnostica/>.Acesso em 23 março de 2023
ORMUNDO, W. e SINISCALCHI C. Se liga na língua - leitura, produção de texto e linguagem. São Paulo: Moderna, 2018
EVANGELISTA, Josiane. Planejamento bimestral do 6º ao 9º. Componente curricular: Língua Portuguesa. Período 1º bimestre: 14/03/23 a 12/05/23. 
ANEXO
FONTE: autor, 2023
FONTE: autor, 2023
Fonte: autor (2023)
Fonte: autor (2023)
Fonte: autor (2023)

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