Buscar

Padrões radiográficos no exame do tórax

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
Tórax 
2M2 – PADRÕES RADIOGRÁFICOS NO EXAME DO TÓRAX 
 
 
Sempre que você vê uma área de densidade 
aumentada dentro do pulmão, deve ser o resultado 
de um desses quatro padrões. 
 
 
Consolidação: 
Qualquer processo patológico que preencha os 
alvéolos com líquido, pus, sangue, células 
(incluindo células tumorais) ou outras substâncias 
resultando em opacidades mal definidas lobares, 
difusas ou multifocais. 
Densidade de contornos mal definidos, geralmente 
formando o broncograma aéreo, não reduz volume 
de pulmão – pq se inicia dentro dos alvéolos. 
Pneumonia – alvéolo cheio de pus. 
 
Intersticial: 
Envolvimento do tecido de sustentação do 
parênquima pulmonar resultando em opacidades 
reticulares finas ou grossas ou pequenos nódulos. 
Interstício – arcabouço que sustenta os alvéolos nos 
seus lugares, o que faz o pulmão tomar forma de 
pulmão. Impede o alvéolo de fechar, se não tem o 
interstício íntegro, o alvéolo se fecha/colaba. 
 
Nódulo ou massa: 
Qualquer lesão ocupando espaço, solitária ou 
múltipla. 
Nódulo é massa menor que 3 cm. 
 
Atelectasia: 
Colapso de uma parte do pulmão devido à 
diminuição da quantidade de ar nos alvéolos, 
resultando em perda de volume e aumento da 
densidade. 
Colapso quando há o fechamento/obstrução do 
brônquio. 
 
Padrões de consolidação pulmonar 
 
• Pneumonia restrita ao lobo é uma consolidação 
lobar – bordos mal definidos, não desvia o 
diafragma, tem broncogramas. Não reduz o 
volume do pulmão, está dentro do alvéolo. 
• Consolidação difusa: broncograma, contorno 
mal definido, formando sinal da silhueta – borra o 
contorno do hilo e do coração (diminui o 
contraste borrou o sinal da silhueta). 
• Multifocal: consolidações em vários locais. 
O tipo de doença muda conforme o padrão muda. 
Causas: hemorragia, edema pulmonar e ICC 
descompensada e pneumonia em organização. 
 
Padrões de densidades patológicas pulmonares: 
 
• Densidades nodulares finas – geralmente 
centrolobulares, imita as vezes TB miliar, 
sarcoidose. 
• Padrão reticular fino – pode ser sequela de ICC, o 
pulmão vai enchendo o espaço intersticial de 
líquido, esse exsudato vai aumentando e 
diminuindo e vai colabando os alvéolos – isso 
forma fibrose e cicatriz. Perde o contorno do 
diafragma. 
• Padrão reticular grosseiro – indica que é doença. 
Não tem broncograma, borra o contorno da 
pleura, está muito periférico. Pneumonias 
intersticiais. 
 
Padrões de densidades patológicas pulmonares 
 
• Atelectasia – as vezes parece um broncograma, 
mas no meio da opacidade não tem 
broncograma. Está desviando a traqueia e 
retraindo o hilo para cima. É uma atelectasia do 
lobo superior. Geralmente nessas imagens, o 
bordo da atelectasia faz um sinal de S – 
patognomônico da atelectasia. Atelectasia: 
 
2 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
fechou o brônquio, o pulmão se fechou ali em 
cima. 
• Nódulo pulmonar solitário: quando tem menos 
de 4 mm é considerado benigno; mas se tem 
acima de 2cm, mesmo que redondos, tem que 
considerar com alta chance de malignidade. 
• Múltiplas massas: pode ser metástases 
 
 
Você deve perceber que nem sempre é possível 
dividir as anormalidades pulmonares em um desses 
quatro padrões, mas isso não deve ser um problema. 
Às vezes você se depara com uma anormalidade que 
parece uma massa, mas também pode ser uma 
consolidação. Basta fazer o diagnóstico diferencial de 
massas e consolidações. Nesse caso, informações de 
dados clínicos, filmes antigos ou filmes de 
acompanhamento e tomografia computadorizada 
geralmente resolvem o problema. Finalmente, em 
alguns casos, apenas a biópsia fornecerá um 
diagnóstico. 
 
CONSOLIDAÇÃO: 
CONSOLIDAÇÃO é o resultado da substituição do ar 
nos alvéolos por transudato, pus, sangue, células ou 
outras substâncias. A pneumonia é de longe a causa 
mais comum de consolidação. A doença geralmente 
começa dentro dos alvéolos e se espalha de um 
alvéolo para outro. Quando atinge uma fissura, a 
propagação para aí. 
 
Os principais achados no raio-x são: 
• Opacidade homogênea mal definida 
obscurecendo os vasos 
• Sinal de silhueta: perda da interface 
pulmão/tecido mole 
• Broncograma aéreo 
• Extensão para a pleura ou fissura, mas sem 
atravessá-la 
• Sem perda de volume 
 
 
Opacidades com limites mal definidos, formando 
broncograma aéreo. Não reduz volume pulmonar. 
 
 
Sinal da seta: broncograma. 
Pulmão direito embaixo – lobo inferior, segmento 
basal posterior. 
Sinal da silhueta – borra hilo, silhueta cardíaca. 
A coluna dorsal: em cima é mais denso e em baixo 
tem que ser menos denso – pq é muito mais pulmão 
passando. Nessa imagem em baixo na coluna dorsal 
está branco pq tem consolidação – perdeu o 
gradiente dorsal. 
 
 
Processo em cima está começando e embaixo o 
broncograma está totalmente formado e está 
completamente consolidado. Padrão em visco fosco. 
Consolidação alveolar. 
 
3 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Opacidades em vidro fosco. As opacidades respeitam 
as cisuras pulmonares – o processo vai de alvéolo para 
alvéolo (através de poros). 
 
CONTEÚDO DA CONSOLIDAÇÃO: 
 
Edema pulmonar – Insuficiência cardíaca. 
PADRÃO DA CONSOLIDAÇÃO: 
 
Pneumonia pode aparecer de todo jeito – depende da 
clínica. 
 
TEMPO DE INSTALAÇÃO DA 
CONSOLIDAÇÃO: 
 
 
CONSOLIDAÇÃO LOBAR: 
 
 
Consolidação lobar: 
A consolidação lobar é o resultado da doença que 
começa na periferia e se espalha de um alvéolo para 
outro através dos poros de Kohn. Nas bordas da 
doença, alguns alvéolos estarão envolvidos, 
enquanto outros não, criando assim bordas mal 
definidas. 
À medida que a doença atinge uma fissura, isso 
resultará em um delineamento acentuado, pois a 
consolidação não cruzará uma fissura. À medida que 
os alvéolos que circundam os brônquios se tornam 
mais densos, os brônquios se tornam mais visíveis, 
resultando em um broncograma aéreo. 
Na consolidação não deve haver perda de volume ou 
apenas perda mínima, o que diferencia a 
consolidação de uma atelectasia. A expansão de um 
lobo consolidado não é tão comum e é observada em 
pneumonia por Klebsiella pneumoniae e às vezes em 
Streptococcus pneumoniae, TB e câncer de pulmão 
com pneumonia obstrutiva. 
 
Uma típica consolidação lobar: 
 
Achados: 
• Aumento da densidade com bordas mal definidas 
no pulmão esquerdo 
• A silhueta do coração ainda é visível, o que 
significa que a densidade está no lobo inferior 
• Broncograma aéreo (Seta vermelha) 
Provável pneumonia no segmento basal posterior do 
pulmão esquerdo. 
Opacidade está atrás do coração, determinando a 
perda do gradiente dorsal – tem que estar preto em 
baixo, está borrado. 
Broncograma na seta. 
Não tem borda bem definida e não reduz o volume 
do pulmão. 
 
Outra típica consolidação lobar 
 
4 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Achados: 
• Aumento da densidade com bordas mal definidas 
no lobo superior do pulmão direito 
• Não há perda de volume e o hilo pulmonar segue 
na posição habitual 
• Broncograma aéreo 
Pulmão direito. Tem broncograma (Seta vermelha) – o 
processo começa no alvéolo, os brônquios estão 
desobstruídos, ar é menos denso fica preto no raio x; 
consolidação é muito densa, fica branca. Então fica 
branco envolta enquanto o brônquio que está 
desobstruído fica preto no meio. 
Tem que ter margem mal definida, não pode estar 
reduzindo volume do pulmão e desviando o 
mediastino. Pode ter áreas de consolidação com 
atelectasias e aí é diferente. 
Na radiografia de tórax há uma área mal definida de 
densidade aumentada no lobo superior direito sem 
perda de volume. O hilo direito está em posição 
normal. Observe o broncograma aéreo (seta 
vermelha). No cenário clínico adequado, é mais 
provável que seja uma pneumonia lobar ou 
segmentar. No entanto, se este paciente tivesse perda 
de peso ou sintomas de longa data, incluiríamos a lista 
de causas de consolidação crônica. Esta foi uma 
pneumonialobar aguda causada por Streptcoccus 
pneumoniae. 
 
Consolidação lobar pós-procedimento = 
HEMORRAGIA 
 
Achados: 
• Rx do lado esquerdo: nódulo pulmonar solitário 
no LSD 
• Após realização do procedimento: área de 
aumento mal definido da densidade pulmonar 
• Não há perda de volume e o hilo pulmonar segue 
na posição habitual 
• Broncograma aéreo 
• Concluímos que seja área de hemorragia 
pulmonar decorrente do procedimento 
Fios de histerorrafia. Nódulo pulmonar no lobo 
superior direito – local muito ruim, está muito perto do 
hilo e pode causar hemorragia. Entrou para fazer a 
biópsia e provocou a hemorragia (2ª imagem) – o 
sangue que saiu do vaso, caiu no interstício e foi 
preenchendo alvéolos. Percebe-se broncograma, 
opacidade alveolar que poderia ser pneumonia. Esse 
pct não tem febre, tem hemoptise – é TB? 
A hemorragia resolve sozinha. 
Neste caso havia um nódulo solitário no lobo superior 
direito e uma biópsia foi realizada. A consolidação 
lobar é decorrente de hemorragia como 
complicação do procedimento. 
A hemorragia é vista em: Contusão pulmonar; Infarto 
pulmonar; Distúrbios hemorrágicos: leucemia, terapia 
anticoagulante, coagulação intravascular diseminada; 
Vasculite: LES, Goodpasture, Wegener... 
 
Consolidação lobar por Tromboembolismo 
Pulmonar (TEP): 
 
Achados: 
• Rx em PA: área de opacidade triangular com base 
pleural no segmento basal lateral direito com 
consequente velamento do seio costofrênico 
• Não há perda de volume 
• Broncograma aéreo 
Infarto do pulmão se dá através das artérias 
pulmonares que levam o sangue venoso para ser 
oxigenado – um embolo/coagulo dentro das artérias 
pulmonares que circula e acaba parando em algum 
lugar do pulmão. Eventualmente conseguimos 
distinguir a consolidação do TEP de outras 
consolidações – ela faz uma pirâmide com o ápice 
voltado para o hilo. A ponta da pirâmide sempre o 
hilo e a base na pleura, pq os vasos saem do hilo – se 
esse local infartou e o vaso saiu do hilo, o local do 
infarto só pode estar direcionado para o hilo, pq o 
tronco veio de lá. 
Consolidação lobar segmento basal inferior do 
pulmão direito. 
Gradiente dorsal está comprometido tb – está branco 
embaixo. 
As características radiográficas do tromboembolismo 
pulmonar agudo são insensíveis e inespecíficas. 
Os achados radiográficos mais comuns no estudo de 
TEP pelo raio-x de tórax foram atelectasia e opacidade 
pulmonar irregular. Na maioria dos casos de embolia 
pulmonar, a radiografia de tórax é normal. Este 
 
5 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
paciente teve embolia pulmonar, que foi vista em uma 
TC de Tórax. A consolidação periférica é observada 
na região dos êmbolos e pode ser atribuída à 
hemorragia na área infartada. 
 
Consolidação lobar por Sequestro Pulmonar: 
 
Achados: 
• Rx em PA: área de opacidade ovalada com base 
pleural retrocardíaca no segmento basal medial 
esquerdo 
• TC de Tórax: corte axial pós-contraste no nível da 
base pulmonar mostra a artéria que irriga a área 
de sequestro (seta azul) 
Má formação. Um pedacinho do pulmão não é 
irrigado pelas artérias pulmonares – é irrigado pela 
aorta. Esse pedaço de pulmão acaba colabando pq 
não tem brônquio funcional e acaba infectando – pct 
faz pneumonia de repetição nessa área de sequestro 
pulmonar. 
Seta azul – pulmão colabado. 
É uma anomalia congênita rara. Uma parte não 
funcional do pulmão carece de comunicação com a 
árvore brônquica e recebe suprimento de sangue 
arterial da circulação sistêmica. Os pacientes 
apresentam infecção recorrente quando as bactérias 
migram pelos poros de Kohn. Observe a artéria que 
alimenta a área de sequestro se ramificando da aorta 
(seta azul). 
 
Consolidação lobar: diagnósticos diferenciais 
 
1 - Pneumonia lobar - em paciente com tosse e febre. 
2 - Hemorragia pulmonar - em um paciente com 
hemoptose. 
3 - Pneumonia criptogênica em organização (COP ou 
BOOP) - múltiplas consolidações crônicas. 
Consolidação não reduz o volume do pulmão, tem as 
margens mal definidas, tem broncograma aéreo. 
 
 
4- Infarto - consolidação periférica em paciente com 
falta de ar aguda com baixo nível de oxigênio e alto 
D-dímero. 
5- Edema cardiogênico pulmonar - enchimento dos 
alvéolos com transudato em paciente com 
insuficiência cardíaca congestiva. Isso seria mais óbvio 
se você visse a imagem inteira. 
6- Sarcoidose - à primeira vista parece consolidação, 
mas na verdade é doença pulmonar intersticial 
nodular, tão disseminada que parece consolidação. 
Sem história clínica do pct, é pneumonia. 
 
CONSOLIDAÇÃO DIFUSA: 
 
 
Consolidação difusa: 
A causa mais comum de consolidação difusa é o 
edema pulmonar devido à insuficiência cardíaca. Isso 
também é chamado de edema cardiogênico, para 
diferenciá-lo das várias causas de edema não 
cardiogênico. 
O aumento do tamanho do coração é geralmente o 
que distingue entre cardiogênico e não cardiogênico. 
Procure outros sinais de insuficiência cardíaca, como 
redistribuição do fluxo sanguíneo pulmonar, linhas B 
de Kerley e líquido pleural. 
No entanto, alguns pacientes com infarto agudo do 
miocárdio ainda podem ter um coração de tamanho 
normal, enquanto outros pacientes com coração 
grande devido a uma doença cardíaca crônica podem 
ter edema pulmonar não cardíaco devido a uma 
infecção pulmonar sobreposta, SARA, quase 
afogamento etc. 
 
Insuficiência cardíaca congestiva: 
 
6 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Achados: 
• Aumento da área cardíaca 
• Consolidação perihilar bilateral com 
broncogramas aéreos e bordas mal definidas 
• Estrias intersticiais sutis (linhas B de Kerley) 
• Engurgitamento dos pedículos vasculares / turgor 
vascular perihilar 
Todos esses achados indicam que estamos lidando 
com edema pulmonar devido à insuficiência cardíaca. 
É de extrema importância examinar os filmes antigos 
para ver se há alguma mudança. 
Pct senil que muitas vezes já infartou, ou tem doença 
de chagas ou é hipertenso crônico. 
Há borramento da silhueta. Hilo pouco engurgitado 
pq aparece um abaulamento. Turgor. É difícil para a 
artéria pulmonar mandar o sangue para o pulmão, 
mas é mais difícil as veias pulmonares voltarem com o 
sangue para o coração – o ventrículo esquerdo já está 
muito dilatado e cheio de sangue e por isso não 
consegue mandar todo sangue embora e esvaziar 
para encher novamente é mais difícil. O sangue vai 
acumulando dentro do alvéolo e espaço intersticial. 
As vezes infecta e faz uma pneumonia em cima do 
edema. 
Além da consolidação, as linhas de B de kerley – 
líquido acumulando no espaço intersticial. 
Edema pulmonar e um coração que está insuficiente. 
Verde: hilo engurgitados. 
Azul: VE dilatado. 
 
Broncopneumonia difusa bilateral: 
 
Achados: 
• Consolidação difusa bilateral com bordas mal 
definidas 
• Broncograma aéreo 
• Área cardíaca está aumentada 
Este paciente chegou com febre e tosse, logo 
pensamos em uma broncopneumonia difusa. Ao 
contrário da pneumonia lobar, que começa nos 
alvéolos, a broncopneumonia começa nas vias aéreas 
como bronquite aguda. Levará a densidades 
multifocais mal definidas. Quando progride pode 
produzir consolidação difusa. A doença não atravessa 
as fissuras, mas geralmente começa em vários 
segmentos. A broncopneumonia pode ser causada 
por muitos microrganismos, nesse caso é uma 
pneumonia por Legionella. 
Se o pct não chega com tosse e febre, como 
diferencia? Consolidação pulmonar, broncograma 
aéreo, não reduziu o volume. 
Pct chegou com clínica (tosse e febre), é pus dentro 
do alvéolo, não é edema. Área cardíaca aumentada. 
Mas esse msm pct também poderia ter edema 
pulmonar. 
Se está cheio de pus dentro dos alvéolos, diminuiu a 
área de troca – o coração tem que fazer mais força 
para mandar sangue para dentro do pulmão pq ele 
não está conseguindo trocar, está hipoxemico, 
taquicardico e provavelmente séptico – pode fazer 
edema em cima da pneumonia. 
 
Carcinoma bronquioalveolar 
 
Achados: 
• Consolidação difusa bilateralcom broncogramas 
aéreos e bordas mal definidas 
• Velamento total do pulmão esquerdo 
• Derrame pleural à direita (e provavelmente 
bilateral) 
• Indefinição da silhueta cardíaca devido a 
densidade da consolidação 
Broncograma em azul. As células do câncer estão 
passando de saco alveolar a saco alveolar. Está 
migrando, não está invadindo brônquio, ainda tem 
exsudato pq é um tumor que provoca necrose 
pulmonar, derrame pleural. Pulmão esquerdo todo 
velado. Consolidações e infiltrados em todo pulmão 
direito. Outra coisa que pode desenvolver junto com 
o câncer: pneumonia – exsudato pode contaminar. 
A radiografia de tórax mostra consolidação difusa 
com velamento do pulmão esquerdo e formação de 
 
7 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
broncograma aéreo. Este paciente era portador de 
doença crônica com consolidação progressiva. A 
doença começou como uma consolidação persistente 
no pulmão esquerdo e finalmente se espalhou para o 
pulmão direito. Diagnóstico final: carcinoma 
broncoalveolar. 
 
 
Pneumonia – consolidação, borda mal definida. Dos 
dois lados. Esse caso é um linfoma não hodking e o 
diagnóstico só veio na biópsia pq nem na tomo deu 
para diferenciar. 
 
Consolidação ou massa? 
 
Com base apenas no raio-x, não há certeza de qual 
padrão estamos observando. A imagem de TC não é 
muito útil na diferenciação. Existem áreas hipodensas, 
que podem ser massas. Por outro lado, também 
podem ser áreas de consolidação com áreas 
hipodensas devido à necrose. O diagnóstico de 
Linfoma não Hodgkin foi feito com base na biópsia. 
 
Insuficiência cardíaca congestiva: 
 
Achados: 
• Aumento da área cardíaca 
• Consolidação perihilar bilateral com 
broncogramas aéreos e bordas mal definidas 
• Estrias intersticiais sutis (linhas B de Kerley) – em 
azul 
• Engurgitamento dos pedículos vasculares / turgor 
vascular perihilar 
Todos esses achados indicam que estamos lidando 
com edema pulmonar devido à insuficiência cardíaca. 
É de extrema importância examinar os filmes antigos 
para ver se há alguma mudança. 
 
Consolidação em asa de borboleta ou morcego: 
Uma consolidação de distribuição perihilar bilateral é 
chamada de distribuição em asa de morcego. A 
preservação da periferia do pulmão é atribuída a uma 
melhor drenagem linfática nesta área. É mais típico de 
edema pulmonar, tanto cardiogênico quanto não 
cardiogênico. Às vezes, é visto em pneumonias 
(broncopneumonia, pneumocistose, pneumonias 
virais). Opacidades difusas bilaterais do espaço aéreo 
poupando os ápices e as regiões basais. Os espaços 
pleurais e seios costofrênicos parecem claros. 
 
Pneumonia. Preserva subpleural. 
 
Consolidação em asa de borboleta ou morcego 
invertida: 
A consolidação de distribuição periférica ou 
subpleural é chamada de distribuição em asa de 
morcego reversa e são mais vistas na doença 
pulmonar crônica (CBA, Sarcoidose, Pn Eosinofílica, 
COP). Nesse exemplo uma pneumonia por 
coronavírus. 
 
 
8 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
Pode ser broncopneumonia. Nesse caso covid. 
 
CONSOLIDAÇÕES MULTIFOCAIS: 
 
Nem sempre são difusas, mas estão espalhadas pelo 
tórax. 
As principais causas são as broncopneumonias. 
 
Consolidações multi-focais: 
As consolidações multifocais também são descritas 
como opacidades ou densidades mal definidas 
multifocais. Na maioria dos casos, estes são o 
resultado de consolidações do espaço aéreo devido 
à broncopneumonia. 
Como mencionado anteriormente, a 
broncopneumonia começa nos brônquios e depois se 
espalha para o parênquima pulmonar. Isso pode levar 
a densidades mal definidas segmentares, difusas ou 
multifocais. 
Em alguns casos, entretanto, a patologia subjacente 
de múltiplas densidades mal definidas é a doença 
intersticial, como na forma alveolar da sarcoidose, na 
qual os granulomas são muito pequenos e 
preenchem os alvéolos. 
 
Pneumonia em organização (COP ou BOOP): 
 
Achados: 
• Múltiplas áreas de opacidade esparsas por ambos 
pulmões 
• As opacidades maiores tem bordos mal definidos 
• Broncograma aéreo na opacidade do lobo 
inferior direito 
• Apresentam distribuição predominantemente 
periférica 
Setas: opacidades diversas – não tem só 
consolidação, tem opacidades nodulares. Pneumonia 
criptogênica em organização. 
Provavelmente estamos tratando de consolidações 
multifocais, mas pode-se considerar também a 
possibilidade de múltiplas massas mal definidas. Este 
paciente tinha uma história de vários meses de tosse 
crônica não produtiva, que não respondia aos 
antibióticos. Portanto, estamos lidando com o 
diagnóstico diferencial de consolidação crônica. Os 
achados laboratoriais foram normais, o que torna o 
carcinoma broncoalveolar e o linfoma menos 
prováveis. Não houve eosinofilia, o que exclui 
pneumonia eosinofílica. A biópsia revelou o 
diagnóstico de pneumonia em organização (OP), 
também conhecida como BOOP. 
 
Granuloma de Wegener: 
 
Achados: 
• Rx do lado esquerdo: Múltiplos nódulos 
pulmonares de distribuição perihilar; 
• Rx do lado direito: Múltiplas áreas de opacidade 
esparsas por ambos pulmões, mais à direita; 
• Broncograma aéreo em ambos 
• Rx; Apresentam distribuição predominantemente 
central; 
Mesma doença, 2 padrões diferentes. 
1º massas pulmonares – granulomas podem ser muito 
grandes, podem gerar cavidades. 
2º pode ser pneumonia – padrão de consolidação 
difuso, mas mais a direita. 
A doença de Wegener é uma doença vascular do 
colágeno com vasculite envolvendo o pulmão, rim e 
seios da face. No pulmão, a vasculite causa infartos 
que se apresentam inicialmente como áreas mal 
definidas de consolidação. Numa fase posterior, estes 
enfartes tornam-se mais circunscritos e podem ser 
vistos como múltiplos nódulos ou massas, por vezes 
com cavitação. 
 
DOENÇA INTERSTICIAL: 
 
 
DOENÇA INTERSTICIAL: A maior parte do nosso 
conhecimento sobre os achados de imagem na 
doença pulmonar intersticial vem da TCAR 
(Tomografia Computadorizada de Tórax em Alta 
Resolução). Na TCAR existem quatro padrões: 
reticular, nodular, alta e baixa atenuação. Em uma 
radiografia de tórax, pode ser muito difícil determinar 
se há doença pulmonar intersticial e com que tipo de 
 
9 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
padrão estamos lidando. Em um RX, o padrão mais 
comum é reticular. O padrão em vidro fosco 
frequentemente não é detectado na radiografia de 
tórax. O padrão cístico também é difícil de avaliar em 
uma radiografia de tórax. Quando os cistos têm 
paredes espessas, como na histiocitose de células de 
Langerhans ou faveolamento, freqüentemente se 
apresenta como um padrão reticular em uma 
radiografia torácica. No entanto, às vezes, um padrão 
intersticial pode ser visto e, em muitos casos, pode-se 
suspeitar de PIU com base nos achados do raio-x. 
 
Padrão cístico X padrão reticular: 
 
Achados: 
• O Rx é de um paciente com histiocitose de 
células de Langerhans; 
• Na radiografia, é difícil ver se é um padrão cístico 
ou reticular; 
• Na TCAR é possível identificar múltiplas lesões 
císticas de paredes espessas e distribuição 
esparsa bilateralmente; 
Poderia ser tuberculose, mas nesse caso é uma 
histiocitose que é comum em pcts fumantes, 
formando diversos cistos pulmonares de paredes 
finas, menores que 4mm e espalhados por todo 
pulmão. O diagnóstico é na tomografia. 
Pode ser difícil determinar se estamos lidando com 
um padrão reticular ou um padrão cístico. Histiocitose 
de células de Langerhans é reconhecida como uma 
doença cística. Em muitos desses casos, uma TCAR 
fornecerá mais informações. Esse problema também 
é observado em pacientes com PIU (Pneumonia 
Intersticial Usual). Uma das descobertas 
proeminentes na PIU é o faveolamento. Isso cria um 
padrão reticular na radiografia de tórax, porque os 
cistos em faveolamento têm paredes espessas. 
 
Padrão reticular na insuficiência cardíaca 
congestiva: 
 
Achados: 
• Filme antigo normal à esquerda; 
• Padrão reticular especialmente nas partesbasais 
do pulmão; 
• Algumas linhas Kerley B são vistas; 
• Aumento do tamanho do coração; 
• Líquido pleural visto no lado esquerdo; 
Pct que fez edema pulmonar, tratou, fez edema, tratou 
– é padrão de aspecto crônico da doença. Vai 
enchendo o interstício de exsudato e vai esvaziando, 
enche e esvazia. Só que as vezes os alvéolos 
murcham/colabam e formam áreas de fibrose 
reticular – pequenas estrias parenquimatosas 
subpleurais, peridiafragmaticas espalhadas 
principalmente na base do pulmão pq é para onde o 
edema escorre mais facilmente. 
Derrame pleural pequeno do lado esquerdo. 
Os vasos pulmonares são um pouco mais 
proeminentes em comparação com o filme antigo. 
Com base nesses achados, podemos concluir que 
estamos lidando com insuficiência cardíaca 
congestiva. Este é o padrão intersticial mais comum 
em um RX de tórax. 
 
Padrão reticular na insuficiência cardíaca 
congestiva: 
 
Achados: 
• Filme antigo normal à esquerda; 
• Padrão reticular próximos à pleura lateral nas 
partes basais do pulmão direito; 
• Linhas Kerley B (seta vermelha) 
Sinal da silhueta no diafragma. Padrão agudo, mas já 
está borrando. Pct está em insuficiência, e já tem 
insuficiência há algum tempo – tem cicatriz desse 
processo e ele está ativo. 
Só tem essas linhas na ICC por conta do tipo de 
exsudato que forma. 
O edema intersticial geralmente se apresenta como 
reticulação. As vezes, as linhas Kerley B são visíveis. As 
linhas B de Kerley são linhas horizontais de 1 a 2 cm 
de comprimento perto da pleura lateral. 
O principal diagnóstico diferencial das linhas Kerley B 
é: 
1- Edema intersticial na insuficiência cardíaca; 
2- Linfangite carcinomatosa. 
 
Padrão reticular na insuficiência cardíaca 
congestiva: 
 
10 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Achados: 
• Padrão reticular próximos à pleura lateral nas 
partes basais do pulmão direito; 
• Linhas Kerley B (seta vermelha) 
• TCAR mostrando espessamento septal liso. 
Não é lóbulo que está infiltrado, não é centro lobular. 
Reticular, meio geométrico – está fora do lobo, está na 
parede, no septo. É o edema acumulando, e as cicatriz 
são as linhas de kerley. 
 
Padrão reticular na insuficiência cardíaca 
congestiva: 
 
• Padrão reticular pode ser espesso como 
observado nesse caso. 
• Padrão reticular pleura lateral bilateral; 
• Linhas Kerley B; 
• Área cardíaca aumentada. 
Padrão é reticular. Formando bandas/estrias 
parenquimatosas – se tem essas estrias ou é pq o pct 
já teve ou está tendo algum padrão de edema 
pulmonar. Nesse caso, está mais predominante nas 
bases. 
 
Padrão reticular na linfangite carcinomatosa: 
 
Achados: 
• Padrão reticular com espessamento septal 
A linfangite carcinomatose também produz um 
padrão reticular. 
É melhor apreciado em imagens de TCAR. 
De forma geométrica se espalhando pelos septos. 
Mas nesse caso, o pct tem um câncer que está se 
espalhando pelos vasos linfáticos dos pulmões. 
 
Padrão reticular na linfangite carcinomatosa 
 
Imagem localizada de radiografia frontal do tórax 
mostra linhas B de Kerley na periferia da base 
pulmonar direita em paciente com edema pulmonar 
cardiogênico (delimitado pelo quadrado vermelho). 
Em corte de TCAR há espessamento de septos 
interlobulares (setas vermelhas) relacionados a 
linfangite carcinomatosa por carcinoma de mama. 
Não preserva bases nem cisuras. Cisuras espessadas. 
Espessamento dos septos e artéria no meio – 
linfangite. 
 
Padrão reticular na sarcoidose: 
 
Achados: 
• Padrão reticular fino e sutil bilateral; 
• Discreto espessamento da cissura reta. 
Pode aparecer de toda forma, qualquer padrão de 
imagem. Um achado típico é o espessamento da 
cissura reta do pulmão direito – pode ser um sinal de 
sarcoidose. Parece TB. 
Nesse caso, a radiografia de tórax mostra achados 
sutis que podem ser descritos como reticulação fina. 
Em muitos casos, uma TCAR é necessária para 
determinar a natureza exata dos achados. A TCAR - 
não demonstrada - demonstrou aspecto nodular fino 
decorrente de sarcoidose. Observe o sutil 
espessamento irregular da fissura menor. Isso é 
bastante específico para a sarcoidose. 
 
Padrão reticular na sarcoidose: 
 
11 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Achados: 
• Padrão reticular espesso e irregular bilateral; 
• Intensa fibrose pulmonar com desarranjo 
arquitetural; 
• Retração dos hilos pulmonares. 
Paciente com sarcoidose de longa duração. Há 
fibrose nas zonas superiores. O diagnóstico 
diferencial inclui tuberculose e pneumonite de 
hipersensibilidade crônica, que também resultam em 
fibrose com predomínio no lobo superior. 
TB aparece dessa forma – geralmente nos ápices; a 
sarcoidose mais perihilar. 
Áreas reticulares extensas e fibrose intensa até 
traciona os hilos pulmonares – várias áreas de fibrose 
desarranjando o pulmão. 
 
Padrão reticular na sarcoidose crônica: 
 
A TCAR demonstra densidades em ambos os lobos 
superiores. Estes são chamados de massas 
conglomeradas, que são o resultado de 
conglomerados de nódulos. Nota-se ainda 
espessamento intersticial e pleural, bem como, 
bronquiectasias de tração. 
Doença granulomatosa: o organismo agindo contra o 
próprio organismo, provocando o aparecimento 
dessas massas que são áreas de cicatriz aglomeradas 
no meio do pulmão. 
 
Padrão reticular na sarcoidose: 
 
Achados: 
• Padrão reticular espesso e irregular nos ápices 
bilateral; 
• Fibrose pulmonar com desarranjo arquitetural; 
• Rx de controle: Permanece a fibrose e há retração 
dos hilos pulmonares. 
Trata com corticoide e melhora bastante o padrão de 
consolidação, infiltrado. 
Hilo desviado para cima. 
O granuloma formado se desfaz com a medicação. 
O granuloma formado se desfaz com o tratamento, 
mas o hilo permanece retraído. 
É a perda de volume nos lobos superiores como 
resultado da fibrose. A imagem à esquerda também 
mostra densidades no pulmão. Na TCAR foram 
observados nódulos finos. Uma radiografia de 
acompanhamento mostra reabsorção da maioria das 
anormalidades pulmonares. A fibrose persiste. 
 
Padrão reticular na pneumonia intersticial usual: 
 
Achados: 
• Padrão reticular difuso com predomínio nas bases 
bilateralmente. 
A PIU é um padrão histológico de fibrose pulmonar. 
Em uma radiografia de tórax, a PIU se manifesta como 
um padrão reticular particularmente nas bases 
pulmonares. Em muitos casos, você pode suspeitar de 
PIU no Rx do Tórax. Uma TCAR é necessária para 
confirmar o diagnóstico, demonstrando 
faveolamento. Aqui, uma radiografia torácica com 
padrão reticular nas bases pulmonares. Este padrão 
foi atribuído pela primeira vez à insuficiência cardíaca 
congestiva crônica, mas persistiu nas radiografias de 
acompanhamento, apesar da terapia. A TCAR 
demonstrou faveolamento. 
Muito parecido com TB miliar. A alteração de imagem 
só tem diferencial na TC pq esse padrão é o padrão 
de faveolamento – vários cistos colados um no outro 
como se tivesse fazendo favo de mel. 
 
Padrão reticular na pneumonia intersticial usual: 
 
Uma TCAR demonstrando faveolamento. 
TC isso não é padrão miliar pq não está dentro do 
lobo, aqui está tudo estragado, a parede dos lobos 
está espessada, formando cistos pulmonares, 
 
12 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
bronquiectasias (dilatação do brônquio). Se tem uma 
área de cicatriz, que é exatamente o faveolamento – 
fibrose pulmonar. 
Fibrose pulmonar faz faveolamento e bronquiectasia. 
 
NÓDULOS E MASSAS: 
 
Granulomas – todos respiram poeira, se fizer TCAR é 
bem comum achar granulomas, são achados 
incidentais, não leva em consideração principalmente 
quando são menores que 4mm. 
 
Nódulo pulmonar solitário: 
Um nódulo pulmonar solitário ou NPS é definido 
como uma opacidade discreta, bem delimitada e 
arredondada menor ou igual a 3 cm de diâmetro. 
Deve ser completamente circundado por parênquima 
pulmonar, não tocar o hilo ou o mediastino e não estar 
associado a adenopatia, atelectasia ou derrame 
pleural. O diagnósticodiferencial de NPS é 
basicamente o mesmo de uma massa, exceto que a 
chance de malignidade aumenta com o tamanho da 
lesão. Lesões menores que 3 cm, ou seja, NPS são 
granulomas benignos mais comumente, enquanto 
lesões maiores que 3 cm são tratadas como 
malignidades até que se prove o contrário e são 
chamadas de massas. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO – CALCIFICAÇÃO 
 
Calcificações difusas, centrais, laminadas ou em 
pipoca são padrões benignos de calcificação. Esses 
tipos de calcificação são observados na doença 
granulomatosa e nos hamartomas. Todos os outros 
padrões de calcificação não devem ser considerados 
como um sinal de benignidade. A exceção à regra 
acima é quando se sabe que os pacientes têm um 
tumor primário. Por exemplo, o padrão de 
calcificação difusa pode ser observado em pacientes 
com osteossarcoma ou condrossarcoma. Da mesma 
forma, o padrão central e em pipoca pode ser 
observado em pacientes com tumores 
gastrointestinais e pacientes que fizeram 
quimioterapia anteriormente. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO – TAMANHO 
 
Um nódulo pulmonar solitário (NPS) é definido como 
uma lesão intraparenquimatosa única com menos de 
3 cm de tamanho e não associada a atelectasia ou 
linfadenopatia. Uma lesão maior que 3 cm de 
diâmetro é chamada de massa. Essa distinção é feita, 
pois lesões maiores que 3 cm geralmente são 
malignas, enquanto lesões menores podem ser 
benignas ou malignas. Swensen et al estudaram a 
relação entre o tamanho de um NPS e a chance de 
malignidade em uma coorte de alto risco para câncer 
de pulmão. Suas descobertas estão listadas na tabela 
à esquerda. Eles concluíram que a taxa de detecção 
de nódulos benignos é alta, especialmente se as 
lesões forem pequenas. Dos mais de 2.000 nódulos 
com menos de 4 mm de tamanho, nenhum era 
maligno. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO – FORMATO 
 
Estudos de triagem japoneses mostraram que uma 
forma poligonal era um sinal de benignidade. Uma 
forma poligonal significa que a lesão tem múltiplas 
facetas (multilaterais). Uma localização subpleural 
periférica também foi um sinal de benignidade neste 
estudo. A relação tridimensional é medida obtendo-
se a dimensão transversal máxima e dividindo-a pela 
dimensão vertical máxima. Uma relação 
tridimensional grande indica que a lesão é 
relativamente plana, o que é um sinal benigno. 
 
Nódulo benigno ou maligno: 
Primeira coisa é se tem calcificação – se tem já pensa 
que é benigno – processo que está cicatrizado. 
Tamanho importa. 
Formato importa – nódulo irregular, que não seja 
poligonal, se tem espiculas, esse nódulo tem que 
prestar atenção. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - MARGENS E 
CRESCIMENTO 
 
13 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Sinal da corona radiata - altamente associado com 
malignidade (figura); Margens lobuladas ou 
recortadas - probabilidade intermediária; Margens 
suaves - mais provavelmente benignas, a menos que 
tenham origem metastática. 
A comparação com estudos de imagem anteriores 
costuma ser o procedimento mais útil para determinar 
a importância do achado de um NPS, uma vez que a 
estabilidade em 2 anos está altamente associada à 
benignidade. 
Contornos irregulares, espiculados, desarranjando o 
parênquima envolta – malignidade 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - SINAL DO 
BRONCOGRAMA AÉREO 
 
Estudos recentes mostraram que um broncograma 
aéreo é mais comumente visto em nódulos 
pulmonares malignos. É mais comumente visto em 
BAC (carcinoma de células broncoalveolares) e 
adenocarcinoma. O caso da foto mostra um 
broncograma aéreo visto como lucidez linear (seta 
larga) e como lucidez mais cística (seta pequena) 
devido ao fato de o brônquio ser visto de frente. 
Não pode ter gás dentro de nódulo – é necrose e 
formou-se bolha de gás. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - SINAL DO 
BRONCOGRAMA AÉREO 
 
A lesão da esquerda tem uma margem espiculada e 
tem lucências dentro dela. A lesão da direita tem 
contorno lobulado e algumas espículas irradiando 
para a pleura, no entanto, é homogêneo em 
atenuação. Com base nesses achados, devemos estar 
mais preocupados com o fato de a lesão a esquerda 
ser maligna. Provou ser um adenocarninoma, 
enquanto o outro era uma infecção fúngica. As 
lucências e broncogramas aéreos francos não devem 
induzi-lo a pensar que provavelmente é uma infecção. 
Do pulmão direito é um nódulo maligno, grande, 
maior que 3cm, irregulares, espiculado com gás no 
meio. 
No esquerdo, não dá diagnóstico de benignidade por 
algumas características: tem contornos não regulares, 
parece ter uma área de vidro fosco em volta – pode 
ser carcinoma. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - VIDRO FOSCO 
 
Outro resultado de estudos de triagem é que os 
nódulos contendo um componente de vidro fosco 
têm maior probabilidade de serem malignos. Lesões 
parcialmente sólidas com componentes de vidro 
fosco tiveram uma taxa de malignidade de 63%. 
Lesões não sólidas - apenas em vidro fosco tiveram 
uma taxa de malignidade de 18%. Apenas as lesões 
sólidas tiveram uma taxa de malignidade de apenas 
7%. 
Nódulo em vidro fosco não dá para dizer com certeza 
que é carcinoma. Em uma imagem como essa, a 
primeira coisa a se pensar é que é infeccioso – muito 
comum no covid. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - VIDRO FOSCO 
 
14 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
À esquerda, uma lesão que tem apenas aparência de 
vidro fosco e, a direita, uma lesão com componentes 
sólidos e em vidro fosco. A probabilidade de 
malignidade é de 1:5 para a lesão mais à esquerda e 
2:3 para a lesão com componentes sólidos e em vidro 
fosco. 
Nódulo em vidro fosco não dá para dizer que é 
carcinoma. Suspeita de covid, faz TC e aparece esse 
nódulo é covid. Mas se faz e volta depois 1 ano com 
esse mesmo nódulo, ai tem que fazer biopsia. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - REALCE PÓS-
CONTRASTE 
 
O realce de contraste inferior a 15 UH (Unidades 
Hounsfield) tem um valor preditivo muito alto para 
benignidade (99%). Após uma varredura de linha de 
base, são realizadas 4 varreduras consecutivas em um 
intervalo de 1 minuto. Isso se aplica apenas a nódulos 
com os seguintes critérios de seleção: Nódulo > 5mm; 
Relativamente esférico; Homogêneo, sem necrose, 
gordura ou calcificação; Nenhum movimento ou 
artefatos de endurecimento do feixe. 
Padrão de realce do nódulo – mede a densidade das 
estruturas na tomografia. Cinza é uma densidade 
intermediaria – de partes moles. Se injeta contraste e 
o nódulo muda a densidade (acima de 15) é muito 
sangue chegando no nódulo e ele é muito ativo. 
 
NPS: BENIGNO X MALIGNO - FOLLOW UP 
 
Radiografias de tórax anteriores devem ser revisadas 
para determinar se a lesão permaneceu estável por 2 
anos. Nesse caso, nenhum acompanhamento 
adicional é necessário, com exceção de lesões em 
vidro fosco puro em tomografias computadorizadas, 
que podem ser de crescimento mais lento. Para 
lesões com padrão benigno de calcificação, testes 
adicionais não são necessários. O manejo de lesões 
indeterminadas maiores que 8-10 mm depende da 
probabilidade clínica de malignidade, como segue: 
Baixa probabilidade: TC seriada aos 3, 6, 12 e 24 
meses; Probabilidade intermediária: PET-CT, TC com 
contraste, aspiração transtorácica com agulha e/ou 
aspiração transbrônquica com agulha (TBNA); 
Alta probabilidade: ressecção cirúrgica. Qualquer 
crescimento inequívoco observado durante o 
acompanhamento significa que é necessário um 
diagnóstico tecidual definitivo. 
Alto risco: pct com ca de rim, de intestino, de tireoide, 
de mama e tem nódulo pulmonar. 
Baixo risco: pct com achado acidental. 
 
MÚLTIPLAS MASSAS: 
 
 
Metástase pulmonar. 
 
MÚLTIPLOS NÓDULOS: METÁSTASES 
PULMONARES 
 
Achados: 
• Múltiplas lesões nodulares arredondadas de 
distribuição esparsa bilateral; 
• TC de Abdome com contraste mostrando 
processo expansivo do rim direito invadindo a 
veia cava inferior (seta azul). 
Tc – lesão no rim, rx metástase. Nefrocarcinoma com 
metástase pulmonar. O segmento desse pct é uma tc 
de tórax pq no raio x não mostra linfonodos e tem queavaliar a linfonodomegalia. 
As metástases são a causa mais comum de massas 
pulmonares múltiplas. Geralmente variam em 
tamanho e são bem definidos. Predominam nos lobos 
inferiores e na região subpleural. A TCAR 
demonstrará a distribuição aleatória ao contrário de 
outras doenças que têm distribuição perilinfática ou 
centrolobular. As imagens mostram um carcinoma de 
 
15 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
células renais que invadiu a veia cava inferior com 
subsequente disseminação da doença para os 
pulmões. 
 
MÚLTIPLOS NÓDULOS: METÁSTASES 
PULMONARES 
 
Achados: 
• Múltiplas lesões nodulares arredondadas de 
distribuição esparsa bilateral; 
• TC de Torax mostrando múltiplos nódulos de 
contornos lobulados e distribuição esparsa 
bilateral. 
Paciente com metástases pulmonares disseminadas 
de um câncer localizado na língua. 
Pct tem câncer de faringe, língua boca são malignos. 
Câncer de língua com 1cm quase sempre já tem 
metástase pulmonar. 
 
MÚLTIPLOS NÓDULOS: IMPACTAÇÃO DE MUCO 
 
Achados: 
• Múltiplas lesões nodulares alongadas, com 
aspecto em "dedo de luva", de distribuição 
esparsa bilateral; 
• TC de Torax mostrando múltiplas 
bronquiectasias, com espessamento parietal e 
atelectasia pacial do segmento medial do lobo 
médio. 
Impactação de muco pq pode provocar pneumonia – 
quase sempre deficiência de alfa1tripsina provoca 
fibrose cística. Bronquiectasias não têm formação 
ciliar anatômica dos brônquios, o muco não é 
expelido facilmente, impacta e faz pneumonia. 
Bronquiectasias com pneumonias – muito comum na 
fibrose cística. 
Tampões de muco ou compactação mucóide podem 
simular a aparência de nódulos pulmonares ou uma 
massa. Às vezes, diferenciar a compactação de muco 
de um câncer de pulmão pode ser difícil. A 
impactação mucoide é comumente observada em 
pacientes com bronquiectasia, como na fibrose cística 
(FC) e na aspergilose broncopulmonar alérgica 
(ABPA). ABPA é um distúrbio de hipersensibilidade 
induzida por Aspergillus, que ocorre em pacientes 
com asma ou FC. Também é observada na obstrução 
brônquica causada por um tumor obstrutivo ou 
atresia brônquica. Neste caso, existem algumas 
estruturas semelhantes a massas no pulmão direito. A 
TC demonstrou bronquiectasia com impactação 
mucóide. 
 
MÚLTIPLOS NÓDULOS: IMPACTAÇÃO DE MUCO 
 
Achados: 
• Múltiplas lesões nodulares alongadas, com 
aspecto em "dedo de luva", no ápice esquerdo 
(seta azul). 
Uma apresentação mais comum de impactação 
mucóide é vista aqui. 
Esta é a aparência típica de "dedo de luva" da 
compactação mucóide. 
O muco nos brônquios dilatados parece dedos em 
uma luva. 
 
MÚLTIPLOS NÓDULOS: IMPACTAÇÃO DE MUCO 
 
A atresia brônquica é uma anormalidade congênita 
resultante da interrupção de um brônquio com 
impactação de muco periférico associada e 
hiperinsuflação associada do pulmão obstruído. A 
hiperinsuflação do segmento pulmonar acometido é 
causada pela ventilação colateral pelos poros de 
Kohn. O achado característico é uma área 
hiperlucente do pulmão envolvendo uma opacidade 
ramificada ou nodular que se estende a partir do hilo. 
Observe a massa central circundada pelo pulmão 
hipertransparente (seta azul). 
A impactação de muco pode provocar uma imagem 
preta no raio e não é pneumotórax. O muco oclui o 
brônquio, o ar passa e não volta – faz hiperinsuflação 
e os vasos diminuem de tamanho – vê menos vasos. 
 
REDUÇÃO DA DENSIDADE OU LUCÊNCIA: 
 
 
16 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Tudo que diminui a transparência do pulmão. 
Cavidades se formam muito comumente em 
infecções. 
PIU faz faveolamento. 
 
CAVIDADE X CISTO X ENFISEMA: 
Os radiologistas usam muitos termos para descrever 
áreas de densidade diminuída ou lucências dentro do 
pulmão, como cisto, cavidade, pneumatocele, 
enfisema, bolha, faveolamento, bolha etc. Muitos 
desses termos são baseados na patogênese da 
anormalidade. 
Isso dificulta o uso desses termos, pois em muitos 
casos, quando descrevemos uma radiografia de tórax, 
estamos tentando descobrir qual poderia ser a 
patologia. 
Uma abordagem mais prática é descrever áreas de 
densidade diminuída no pulmão como: 
• Cavidade - lucidez com parede espessa; 
• Cisto - lucidez com uma parede fina; 
• Enfisema - transparência sem parede visível. 
 
 
Honeycombing – faveolamento, cisto empilhado em 
cima de cisto na base pleural. 
Bronquiectasias de tração 
Sinal do anel em sinet – bronquiectasia cortada de 
brônquio, o brônquio dilatado e a artéria. 
Cistos pulmonares ou pneumatoceles – nas 
pneumonias por Staphylo. 
Enfisema – diferente dos cistos, da carcinomatose, não 
tem parede, a artéria está no meio e está tudo preto 
envolta – é um enfisema centrolobular. 
 
 
Cavidade tem que ter parede espessa ou dentro de 
uma massa – pneumonia, tumor, TB. 
Paredes finas – cistos – pneumatose etc. 
Enfisema – artériola no meio do lóbulo, no ápice do 
pulmonar é mais comum, espalhado por todo 
pulmão. 
 
CAVIDADE X CISTO X ENFISEMA: 
Cavidades freqüentemente surgem dentro de uma 
massa ou área de consolidação como resultado de 
necrose. Vamos discuti-los aqui, porque a 
característica de destaque é a lucidez. No diagnóstico 
diferencial há sobreposição entre cavidades e cistos. 
As cavidades podem cicatrizar e acabar como cistos 
pulmonares e os cistos pulmonares podem ser 
infectados e se transformar em cavidades de paredes 
espessas. 
Às vezes, as bolhas enfisematosas têm paredes 
visíveis que medem menos de 1 mm. Para diferenciá-
los dos cistos, é preciso observar o parênquima 
pulmonar circundante. Os cistos ocorrem sem 
enfisema pulmonar associado. Os cistos geralmente 
contêm ar, mas ocasionalmente contêm fluido ou 
material sólido. O termo cisto é usado principalmente 
para descrever espaços aéreos aumentados de 
paredes finas em pacientes com 
linfangioleiomiomatose ou histiocitose de células de 
Langerhans. Cistos em forma de favo de mel com 
paredes mais espessas são observados em pacientes 
com fibrose em estágio terminal. 
 
CAVIDADES: 
CAVIDADES: PNEUMONIA 
 
Pneumonia cavitada. Após tratar. 
Em infecções piogênicas virulentas, um abscesso 
pode se formar dentro do pulmão consolidado como 
resultado de necrose devido a vasculite e trombose. 
Quando parte do pus é expelido, uma cavidade pode 
ser vista no exame de tórax. Esses pacientes 
geralmente estão muito doentes. 
Na infecção granulomatosa, como a tuberculose, 
podem ocorrer cáries, mas esses pacientes 
geralmente não estão tão doentes. Cavitação não é 
observada em pneumonia viral, micoplasma e 
raramente em streptococcus pneumoniae. Estas 
imagens são de um paciente jovem com pneumonia. 
Nenhum microrganismo pôde ser isolado. Dentro de 
um mês após o tratamento com antibióticos, houve 
 
17 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
resolução quase completa da consolidação e da 
cavidade. 
 
 CAVIDADES: PNEUMONIA 
Outro exemplo de pneumonia com cavidade 
 
Consolidação respeitando lobo (lobar), cavidade 
dentro da área de consolidação (não é broncograma). 
 
CAVIDADES: TUBERCULOSE 
 
Achados: 
• Paciente com tuberculose pósprimária com 
formação de cavidade no lobo superior 
esquerdo. 
Formações reticulares, área de opacidade mal 
definida, espessamento da pleura. Cavidades e hilo 
deslocado lá em cima – pneumonia não faria isso. 
A tuberculose primária geralmente é clinicamente 
silenciosa. Em 5% dos indivíduos infectados a 
imunidade é inadequada e desenvolve-se doença 
clinicamente ativa, conhecida como doença primária 
progressiva. A tuberculose pós-primária é a 
reativação da infecção latente e ocorre em 5% dos 
pacientes infectados. No Rx do tórax é visto como 
consolidação com cavitação nos segmentos apicais 
dos lobos superiores e inferiores. A tuberculose miliar 
é o resultado da disseminação hematogênica. 
 
CAVIDADES: TUBERCULOSE 
 
Achados: 
• Densidades mal definidas generalizadas; 
• Cavidade no lobo superior direito; 
• No Rx de controle: Atlectasia do LSD com desvioda traquéia para direita; 
• Cicatrização e cavitação dos remanescentes do 
lobo superior; 
• Fibrose e cavitação mínimas no lobo superior 
esquerdo. 
Cicatriz da TB. Tratou, mas faz fibrose – colabou o 
pulmão é uma atelectasia. O granuloma da TB mesmo 
após tratado acaba formando uma atelectasia – desvio 
da traqueia. 
Este paciente apresentou primeiro com o Rx de Tórax 
à esquerda. Podemos supor que se trata de reativação 
de uma tuberculose latente. A cultura foi positiva para 
TB. Isso é melhor apreciado em uma TC. 
 
CAVIDADES: TUBERCULOSE 
 
Mesmo paciente: Observe a cavitação especialmente 
à direita. No lobo superior esquerdo provavelmente 
há alguma bronquiectasia de tração devido à fibrose. 
Massa cavitada. Estrias consolidações, desarranjo, 
fibrose intensa. Bronquiectasias. Contração do 
parênquima pulmonar – nos ápices geralmente é TB. 
 
CAVIDADES: MICOBACTÉRIA NÃO TUBERCULOSA 
 
As micobactérias não tuberculosas, também 
conhecidas como micobactérias atípicas, são todas as 
 
18 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
outras micobactérias que podem causar doenças 
pulmonares semelhantes à tuberculose. Aqui, um 
paciente com doença ativa em ambos os lobos 
superiores devido a infecção por micobactéria atípica. 
Observe o nível hidroaéreo indicando pus dentro da 
cavidade (seta). 
Sem a história clínica, pode ser TB. Apical, 
opacidades, espessamento da pleura, cavitações. 
 
CAVIDADES: MICOBACTÉRIA NÃO TUBERCULOSA 
 
Mesmo paciente: infecção por micobactéria não 
tuberculosa. Múltiplas pequenas cavidades são vistas. 
 
CAVIDADES: EMBOLO SÉPTICO 
 
Achados: 
• duas densidades mal definidas no pulmão 
esquerdo, provavelmente consolidações (setas 
vermelhas); 
• Na TC observa-se cavitação e outra densidade 
com cavitação no pulmão direito (seta azul). 
Poderia ser um câncer. O achado é: área de 
consolidação, centro preto pq já tem necrose. 
Vidro fosco envolta pq tem inflamação. Consolidação 
pq já consolidou todos alvéolos envolta e necrose no 
meio. 
Os êmbolos sépticos geralmente se apresentam 
como múltiplos nódulos mal definidos. Em cerca de 
50% a cavitação é vista. A TC demonstra mais lesões 
do que o filme torácico e pode sugerir o diagnóstico 
no contexto clínico adequado, demonstrando lesões 
periféricas em forma de cunha confinando a pleura, 
broncogramas aéreos dentro dos nódulos mal 
definidos e um sinal do vaso nutridor. Alguns 
argumentam se realmente existe algo como um sinal 
de vaso de alimentação. Aqui um paciente com 
embolia séptica. A radiografia do tórax mostra. Na TC 
observa-se cavitação e outra densidade com 
cavitação no pulmão direito. 
 
CAVIDADES: CÂNCER DE PULMÃO 
 
Achados: 
• Grande câncer de pulmão cavitado no ápice 
direito, que começou como uma pequena massa. 
10% dos cânceres de pulmão cavitam, mais 
comumente o carcinoma de células escamosas. O 
câncer de pulmão de pequenas células não cavita. O 
carcinoma broncoalveolar, ou agora denominado 
adenocarcinoma in situ, pode ocasionalmente 
apresentar cavitação e, às vezes, apresentar-se como 
lesões múltiplas. Aqui, uma radiografia de tórax de 
um 
Consolidação com área de necrose central fez 
cavidade. É CA de pulmão. Mas a história do pct que 
manda, tratou TB não melhorou, pensa em outra 
coisa. 
 
CAVIDADES: PÓS-INFARTO PULMONAR (TEP) 
 
Achados: 
• Rx de Tórax antigo é normal; 
• A embolia pulmonar causou uma densidade 
triangular no filme torácico (seta); 
• Na TC podemos ver que é uma consolidação 
segmentar; 
• No detalhe o vaso do segmento apicoposterior 
com falha de enchimento. 
TEP no ápice - Triangulo com o ápice voltado para o 
hilo. 
Na embolia pulmonar não é comum a consolidação. 
A consolidação é resultado de infarto pulmonar e 
 
19 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
sangramento para dentro dos alvéolos. Neste caso, 
formou-se um cisto pulmonar na área infartada. 
 
CAVIDADES: PÓS-INFARTO PULMONAR (TEP) 
 
Mesmo paciente: Nos filmes de acompanhamento, 
primeiro um cisto é visto. Um ano depois, há uma 
parede espessa, provavelmente como resultado de 
infecção secundária. 
Evolução do pct. O TEP pode involuir 100%, as vezes 
não fica sequela. 
Pode ficar cicatriz – cavidade, não é cisto. 
 
CISTOS 
 
Os cistos pulmonares são definidos como áreas 
radiolúcidas com espessura de parede inferior a 4 
mm. As cavidades são definidas como áreas 
radiolúcidas com espessura de parede superior a 4 
mm e são observadas em infecções (TB, Staph, 
fúngica, hidática), embolia séptica, carcinoma de 
células escamosas e doença de Wegener. 
Paredes finas. Cavidades maiores e múltiplas. 
 
CISTOS: HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE 
LANGERHANS 
 
Achados: 
• À esquerda, um caso com múltiplos cistos 
arredondados e de formato bizarro. 
• Há predominância do lobo superior. 
• O paciente tinha uma longa história de 
tabagismo. 
• Essa combinação de achados é típica da 
histiocitose de células de Langerhans. 
Histiocitose destrói o pulmão e acaba rompendo a 
pleura pulmonar fazendo pneumotórax. 
 
CISTOS: HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE 
LANGERHANS 
 
A histiocitose de células de Langerhans é uma doença 
idiopática caracterizada em seus estágios iniciais por 
nódulos granulomatosos contendo histiócitos e 
eosinófilos de Langerhans. Em seus estágios 
posteriores, os granulomas são substituídos por 
fibrose e formação de cistos. É uma condição 
incomum. 
A maioria dos pacientes são adultos jovens ou de 
meia-idade apresentando sintomas inespecíficos de 
tosse e dispneia. Até 20% dos pacientes apresentam 
pneumotórax e mais de 90% dos pacientes são 
fumantes. A maioria dos cistos aparece redonda, mas 
também pode ter formas bizarras (bilobadas ou em 
forma de trevo). Uma predominância do lobo superior 
no tamanho e número de cistos é comum. 
 
CISTOS: LINFANGIOLEIOMIOMATOSE 
 
Achados: 
• À esquerda, um caso com múltiplos cistos 
distribuídos uniformemente por todo o pulmão 
(em contraste com HCL). 
• Observe o pneumotórax. Não havia história de 
tabagismo e esta era uma mulher de 40 anos. 
• Essa combinação de achados é típica para 
Linfangiomiomatose (LLM). 
 
20 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
Doença de mulher. Cistos pulmonares pct chega com 
pneumotórax – ar na cavidade pleural causa dor e 
tosse. 
A linfangiomiomatose é uma doença rara 
caracterizada pela proliferação progressiva de células 
fusiformes, assemelhando-se ao músculo liso. A 
proliferação dessas células ao longo dos bronquíolos 
leva ao aprisionamento de ar e ao desenvolvimento 
de cistos pulmonares de paredes finas. A ruptura 
desses cistos pode resultar em pneumotórax. Outras 
características da LLM incluem adenopatia e derrame 
pleural. 
 
C I S T O S : B R O N Q U I E C T A S I A S 
 
Broncograma nas setas. Brônquio dilatado. 
Bronquiectasia é definida como dilatação brônquica 
localizada. O diagnóstico de bronquiectasia é 
geralmente baseado em uma combinação dos 
seguintes achados: 
• Dilatação brônquica (sinal do anel de sinete) 
• Espessamento da parede brônquica 
• Falta de afunilamento normal com visibilidade das 
vias aéreas no pulmão periférico 
• Retenção de muco no lúmen brônquico 
• Atelectasia associada 
• As vezes aprisionamento de ar 
Um sinal de anel de sinete representa um corte axial 
de um brônquio dilatado (anel) com sua pequena 
artéria acompanhante (sinete). 
A causa mais comum de bronquiectasia é a infecção 
prévia, geralmente viral, em idade precoce. 
Também ocorre em pacientes com bronquite crônica, 
DPOC e fibrose cística. 
 
CISTOS: BRONQUIECTASIAS 
 
Achados: 
Dilatações brônquicas esparsas com formação de 
sinal de anel de sinete representado por um corte 
axial de um brônquio dilatado (anel) com sua 
pequena artéria acompanhante (sinete) - setas 
brancas. 
Sinal do anel de sinete. Provavelmente tem fibrose 
cística. 
A bronquiectasia pode simular doença pulmonar 
cística e enfisema bolhoso. A bronquiectasia causada 
por doença primária das vias aéreas deve ser 
diferenciada da bronquiectasiade tração como 
resultado de fibrose. 
 
ENFISEMAS 
O enfisema geralmente se apresenta como áreas de 
baixa atenuação sem paredes visíveis como resultado 
da destruição do parênquima. 
 
Achados: 
• À esquerda, um Rx de tórax com aumento difuso 
da transparência pulmonar; 
• Retificação das cúpulas diafragmáticas. 
• Aumento do espaço retroesternal; 
 
21 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
• Havia história de tabagismo; 
• Essa combinação de achados é típica para 
Enfisema Pulmonar. 
Raio x de tórax em pa e perfil. 
Imagens do lado direito estão alteradas e do lado 
esquerdo estão normais. 
Pct que fumou a vida inteira e fez enfisema pulmonar. 
As curvas diafragmáticas estão retificadas – não estão 
convexas. 
Primeiro sinal de DPOC – diafragma retificado. 
Os campos pulmonares estão mais pretos pq tem 
muito mais ar – no enfisema ocorre destruição dos 
lobos, os alvéolos foram destruídos e formaram uma 
única cavidade no centro do lobo, geralmente ocorre 
mais nos ápices. 
Aumenta o tamanho do pulmão – aumento do tórax 
anteroposterior chama-se de tórax em tonel. 
 
 
Parasseptal – na periferia. 
Panlobular – centro e periferia. 
 
ENFISEMA: CENTROLOBULAR 
 
Achados: 
• Enfisema centrolobular devido ao tabagismo; 
• A periferia do pulmão é poupada (setas azuis); 
• A artéria centrolobular (setas amarelas) é vista no 
centro da área hipodensa. 
Seta mostra artéria dentro do lobo que está destruído. 
Enfisema centrolobular é o tipo mais comum. Há 
destruição irreversível das paredes alveolares na 
porção centrolobular do lóbulo, com predominância 
nos lobos superiores e distribuição desigual. Está 
fortemente associado ao tabagismo. 
 
ENFISEMA: PARASEPTAL 
 
Achados: 
• Adjacente à pleura e fissuras interlobares; 
• Pode ser fenômeno isolado em adultos jovens ou 
em pacientes idosos com enfisema centrolobular; 
• Em adultos jovens, está associado a pneumotórax 
espontâneo. 
O enfisema parasseptal localiza-se próximo a fissuras 
e pleuras e frequentemente está associado à 
formação de bolhas (área de enfisema maior que 1 cm 
de diâmetro). Bolhas apicais podem levar a 
pneumotórax espontâneo. Bolhas gigantes 
ocasionalmente causam compressão severa do tecido 
pulmonar adjacente. 
 
ENFISEMA: PANLOBULAR 
 
Achados: 
• Afeta todo o lóbulo secundário; 
• Predominância do lobo inferior; 
• Na deficiência de alfa-1- antitripsina, mas também 
observada em fumantes com enfisema avançado. 
Destruiu o pulmão inteiro, formou bolhas gigantes. 
À esquerda, um caso típico de enfisema panlobular. 
Há destruição uniforme da arquitetura subjacente dos 
lóbulos pulmonares secundários, levando a áreas 
disseminadas de atenuação anormalmente baixa. Os 
vasos pulmonares no pulmão afetado aparecem em 
menor número e menores do que o normal. O 
enfisema panlobular é difuso e mais grave nos lobos 
inferiores. 
 
ENFISEMA: PANLOBULAR 
 
22 Laís Flauzino | DIAGNÓSTICO POR IMAGEM | 7°P MEDICINA 
 
Achados: 
• Afeta todo o lóbulo secundário; 
• Predominância do lobo inferior; 
• Na deficiência de alfa-1- antitripsina, mas também 
observada em fumantes com enfisema avançado. 
No enfisema panlobular grave, a aparência 
característica de extensa destruição pulmonar e a 
escassez associada de marcações vasculares são 
facilmente distinguíveis do parênquima pulmonar 
normal. Por outro lado, o enfisema panlobular leve e 
até moderadamente grave pode ser muito sutil e 
difícil de detectar na TCAR.

Outros materiais