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AV1 Processo Penal Aplicado

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AV 1 - DIREITO PROCESSUAL PENAL II
Objetivas de 1 a 8 - Discursivas de 9 a 10
1ª Questão (1,0 ponto): Tadeu figura como
acusado em ação penal em que se investiga a
prática do crime de tráfico de drogas, respondendo
ao processo na condição de preso. Entendendo
existir fundada suspeita de que Tadeu integre
organização criminosa e que haveria risco de fuga
em seu deslocamento, para prevenir a segurança
pública, o magistrado determinou, de ofício, a
realização do interrogatório do réu por
videoconferência. Tadeu, então, indaga seu
advogado sobre a validade da decisão. Com base
nas informações expostas, o advogado de Tadeu
deverá esclarecer que:
a) o interrogatório por videoconferência,
atualmente, é a regra no processo penal,
respeitando-se a garantia da ordem pública;
b) o interrogatório por videoconferência não é
admitido pela legislação penal, em respeito ao
direito de presença, mas tão só a oitiva de
testemunhas sem a presença do acusado;
c) o interrogatório por videoconferência poderia
ser determinado em decisão fundamentada do
juiz após requerimento das partes, mas não de
ofício;
d) as partes deverão ser intimadas da decisão que
determinar o interrogatório por videoconferência
com antecedência mínima de 10 dias;
e) a decisão que determinar a realização de
interrogatório por videoconferência poderá ser
impugnada através de recurso em sentido
estrito no prazo de 05 dias.
2ª Questão (1,0 ponto): Com relação à teoria geral
das provas, é correto afirmar que:
a) deve ser reconhecida a ilicitude da prova, desde
que não seja no caso de uma outra autoridade
descobri-la, independentemente;
b) uma prova é válida, não importando se a sua
origem observou as regras de legislação;
c) com relação a prova obtida de uma outra ilícita,
considera-se aquela lícita, pois se reconhece a
teoria dos “Frutos da Árvore Envenenada”;
d) não há na doutrina diferença entre ilicitude da
prova e ilegítima prova;
e) deve ser reconhecida a licitude da prova, desde
que não seja no caso de uma outra autoridade
descobri-la, independentemente;
3ª Questão (1,0 ponto): O Direito Processual
Penal brasileiro adota o princípio do livre
convencimento motivado. Um dos meios de prova
com maior destaque no processo penal é a prova
testemunhal. Sobre o tema, assinale a afirmativa
correta.
a) Ao juiz é permitido ouvir outras testemunhas
que não as indicadas pelas partes, porém, não
terão o compromisso de dizer a verdade, nem
poderá ser usada exclusivamente para
condenar o acusado.
b) O menor de 18 anos não poderá nunca ser
testemunha.
c) Ao juiz não é permitido ouvir outras
testemunhas que não as indicadas pelas partes.
d) Ao juiz é permitido ouvir outras testemunhas
que não as indicadas pelas partes.
4ª Questão (1,0 ponto): A prova no processo
penal pode-se dizer que:
a) é um direito subjetivo do acusado na ação penal
pública.
b) é uma forma de desenvolver ação penal pública
incondicionada.
c) é uma forma de desenvolver ação penal privada
personalíssima.
d) é um direito público subjetivo dado ao poder
público ou ao particular.
5ª Questão (1,0 ponto): Vige no Processo Penal o
princípio da liberdade dos meios de prova. Dessa
forma, qualquer meio de prova é admitido, desde
que não sejam ilícitas. Acerca do direito probatório,
assinale a afirmativa correta.
a) Deve ser desentranhada a prova derivada da
ilícita quando aquela (derivada) puder ser obtida
por uma fonte independente desta.
b) Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar
o reconhecimento de pessoas ou de objetos,
cada uma fará a prova em conjunto, não
evitando-se qualquer comunicação entre elas.
c) Em regra, não sendo possível o exame de
corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe
a falta.
d) O cônjuge do acusado, desquitado, não poderá
recusar-se a depor.
e) O depoimento será prestado oralmente, não
sendo permitido à testemunha trazê-lo por
escrito ou fazer breves consultas a
apontamentos.
6ª Questão (1,0 ponto): Durante audiência de
instrução e julgamento em processo em que é
imputada a José a prática de um crime de roubo
majorado pelo concurso de agentes, Laís e Lívia,
testemunhas de acusação, divergem em suas
declarações. Laís garante que presenciou o crime e
que dois eram os autores do delito; já Lívia também
diz que estava presente, mas afirma que José
estava sozinho quando o crime foi cometido. A
Vítima não foi localizada para prestar depoimento.
Diante dessa situação:
a) a acareação pode ser negada pelo acusado.
b) não poderá ser negada ao acusado.
c) é inconstitucional em nosso ordenamento
jurídico.
d) a acareação pode obrigar o acusado a
participar, desde que não cause prejuízo ao
acusado.
7ª Questão (1,0 ponto): O processo penal admite:
a) a intervenção corporal, especificamente como
prova invasiva, independente da aceitação do
acusado.
b) a intervenção corporal, especificamente como
prova não invasiva, dependente da aceitação
do acusado.
c) a intervenção corporal, especificamente como
prova invasiva, dependente da aceitação do
acusado.
d) a intervenção corporal, especificamente como
prova que admite a cooperação ativa do
acusado, independente da aceitação do
acusado.
8ª Questão (1,0 ponto): É correto afirmar que:
a) O sistema de livre apreciação da prova é
adotado no Brasil no sentido de que o
magistrado não precisa fundamentar sua
decisão.
b) O sistema de tarifação da prova é adotado no
Brasil no sentido de que o magistrado não
precisa fundamentar sua decisão.
c) O sistema de livre apreciação da prova é
adotado no Brasil incondicionalmente.
d) O sistema de livre convencimento motivado da
prova é adotado no Brasil no sentido de que o
magistrado precisa fundamentar sua decisão.
9ª Questão (1,0 ponto): Se, após o roubo, foi
constatado que a arma de fogo estava
desmuniciada no momento do crime, incide mesmo
assim a majorante? A quem cabe e como prova o
quê?
10ª Questão (1,0 ponto): Cabe a inversão do ônus
da prova no processo penal? Explique e
fundamente eventuais controvérsias.
GABARITO
1 - D 2 - A 3 - D 4 - D 5 - C 6 - B 7 - C 8 - D
9) Quando o indivíduo alega que praticou o crime com uma arma de brinquedo e esta arma não foi apreendida
pela polícia, a jurisprudência entende que passa a ser ônus da prova da defesa.
Quando a arma é apreendida e periciada e se constata que é uma arma de brinquedo (inapta a efetuar
disparos), a majorante não se aplica.
O entendimento da jurisprudência é no sentido de que é desnecessária a apreensão da arma e outros meios de
provas podem ser utilizados. Mas uma vez que essa arma é apreendida, ela obrigatoriamente será periciada. E
na perícia será constatado o potencial lesivo dessa arma.
Se esta arma tinha potencial lesivo, ainda que um potencial lesivo relativo, incide a majorante. Porém, se a
perícia constata que aquela arma estava com o mecanismo de percussão quebrado, gatilho quebrado, a arma
não disparava em hipótese alguma, era uma arma verdadeira, mas uma arma quebrada, que mesmo com a
munição adequada não efetuava nenhum disparo em hipótese alguma. Nesta situação, em que se constata a
absoluta inaptidão da arma para efetuar disparos a majorante será afastada.
Não há entendimento consolidado sobre o tema.
Para o STJ: NÃO. O emprego de arma de fogo desmuniciada tem o condão de configurar a grave ameaça e
tipificar o crime de roubo, no entanto NÃO é suficiente para caracterizar a majorante do emprego de arma, pela
ausência de potencialidade lesiva no momento da prática do crime (HC 449.697/SP, REsp 1536939/SC).
Para o STF: SIM. É irrelevante o fato de estar ou não municiada para que se configure a majorante do roubo
(RHC 115077).
10) Em princípio não, pois temos o Art. 156 do CPP que traz: a prova da alegação incubirá a quem o fizer.
Portanto, nos parece claro que a carga probatória está inteiramente sob a responsabilidade de quem acusa. O
juiz, como mero expectador, deve exercer sua função de julgamento, com base no que foi ou não produzido nos
autos. Por essa razão, quando diante uma instrução probatória frágil, deve aplicar a presunçãode não
culpabilidade em detrimento da realização de diligências para dirimir dúvidas sobre ponto relevante do processo,
conforme pressupõe o inciso II do artigo citado ou aplicar a inversão do ônus da prova ao fundamento de que a
defesa tem a obrigação de provar o contrário. Isso porque, a dúvida também é favorável ao réu, se há dúvida,
absolve. Ou seja, é admitido na hora em que o réu alega os excludentes de ilicitude, culpabilidade, elementos de
mitigação da pena e causas extintivas da punibilidade. O sistema brasileiro não autoriza a inversão de ônus da
prova em prejuízo do agente acusado no processo penal.

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