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Jamila Gomes de Oliveira Silva PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TREINAMENTO DE FORÇA Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 4 APARELHOS (EQUIPAMENTOS) VERSUS PESOS LIVRES ����������������������������������������������� 5 Pesos livres ��������������������������������������������������������������������������� 7 Equipamentos ����������������������������������������������������������������������� 9 EXERCÍCIOS MULTIARTICULARES VERSUS EXERCÍCIOS MONOARTICULARES ����������������������������������� 12 Exercícios Multiarticulares ������������������������������������������������� 14 Exercícios monoarticulares ������������������������������������������������ 16 GRANDES GRUPOS MUSCULARES X PEQUENOS GRUPOS MUSCULARES ����������� 18 QUANTIDADE DE EXERCÍCIOS POR GRUPO MUSCULAR ������������������������������������� 21 MONTAGEM DO PROGRAMA DE TREINO (ALTERNADA POR SEGMENTO, LOCALIZADA POR ARTICULAÇÃO, ASSOCIADA À ARTICULAÇÃO ADJACENTE, DIRECIONADA POR GRUPO MUSCULAR, MISTA) ����������������������� 23 Alternada por segmento ����������������������������������������������������� 24 Localizada por articulação ������������������������������������������������� 27 Associada à articulação adjacente ����������������������������������� 31 Direcionada por grupo muscular ��������������������������������������� 33 Mista ������������������������������������������������������������������������������������ 35 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������������� 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS �������������������������������������������� 39 3 INTRODUÇÃO Neste e-book serão explorados os princípios bási- cos relacionados ao treinamento resistido� Temas que estão relacionados à montagem de treinos em si, à periodização e aos elementos que permeiam essa temática, como os materiais e objetos que são utilizados, a organização dos exercícios e a manipulação das variáveis, entre outros fatores de importância� Esse tema é de extrema importância para que o profissional tenha pleno conhecimento das formas de estruturar um treinamento e uma periodização a fim de que os objetivos de seus alunos e clientes sejam alcançados e os benefícios do treinamento resistido sejam alcançados e percebidos� Ser capaz de estabelecer metas é importante, mas também é necessário conhecimento para manipular as variá- veis a fim de alcançar os objetivos programados. 4 APARELHOS (EQUIPAMENTOS) VERSUS PESOS LIVRES Os ambientes para a prática de exercícios de resistência são repletos de materiais disponíveis para auxiliar na execução dos treinos� De maneira geral, podemos dividi-los em equipamentos, ou aparelhos, e pesos livres. É bastante importante que o profissional de Educação Física tenha co- nhecimento na manipulação desses objetos para selecionar os exercícios e o modo de execução adequado para a prescrição de treinos (UCHIDA, 2009; TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016)� Os aparelhos são constituídos basicamente por polias, molas, cordas e apoios para mãos ou pés que vão guiar o indivíduo durante a execução do exercício, eliminando movimentos indesejáveis� Já no caso dos pesos livres, é necessário que o indivíduo tenha uma melhor propriocepção, pois é necessária a ativação da musculatura estabilizadora e, por vezes, o processo pode exigir coordenação motora um pouco mais refinada (UCHIDA, 2009). 5 Figura 1: Cadeira extensora de pernas� Fonte: GeorgeStepanek / Wikimedia� Um bom treino deve combinar o uso dos equipa- mentos e dos pesos livres, pois, conjuntamente, são fundamentais para o desenvolvimento da força muscular, uma vez que as máquinas, por guiarem a execução do movimento, dão mais segurança, permitindo o uso de cargas mais altas� Por outro lado, os pesos livres estimulam outros grupamentos musculares, trazendo mais benefícios� Portanto, é importante que o profissional faça uma análise minuciosa dos objetivos do aluno ou cliente a quem será prescrito o treino (UCHIDA, 2009; BOSSI, 2010)� 6 PESOS LIVRES Os pesos livres são os equipamentos mais antigos, ainda utilizados até hoje, para o treinamento de força� Eles servem para provocar ou aumentar a resistência. Os mais conhecidos são os halteres, anilhas, as barras e os dumbbles, além dos mais modernos usados no treinamento funcional e no Pilates, como a medicine ball, as bands, ou elásti- cos, os coletes de peso, as bags – que são sacos de areia – e o kettebell, entre outros (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016; BECKER, 2020)� Figura 2: Medicine ball� Fonte: Shutterstock. 7 As vantagens na utilização de pesos livres nas sessões de um treinamento de resistência são bem importantes para o desenvolvimento de força� Por serem mais complexos do que os exercícios executados nas máquinas, têm a capacidade de um maior recrutamento de fibras do músculo primário e musculatura auxiliar e permitem a realização de exercícios multiarticulares. Além disso, não há uma limitação externa à execução do exercício e, com isso, há uma maior liberdade para o movimento e possibilidade de maior amplitude de movimento e uso de diferentes planos (BOSSI, 2010; TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016; BECKER, 2020)� Justamente pelo fato de os exercícios com pesos livres permitirem uma maior amplitude de movimen- to, alguns cuidados devem ser considerados para que a postura durante o movimento se mantenha correta e estável e a execução do movimento em si respeite os limites saudáveis articulares, no sentido de se evitar lesões, pois, quando se utiliza os pesos livres, a força externa de resistência que é posta à contração será constante em todos os ângulos do movimento, com isso, o torque pro- duzido é variável, criando instabilidade (UCHIDA, 2009; TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016)� Portanto, os exercícios envolvendo o uso de pesos livres, em geral, são utilizados por praticantes in- termediários e avançados, com um pouco mais de 8 experiência, tanto em quantidade quanto em carga mais elevada, já que esses indivíduos tendem a apresentar uma melhor consciência corporal, co- ordenação motora e força� No entanto, com auxílio próximo de um profissional, o praticante iniciante também pode e deve se beneficiar do uso desses materiais (UCHIDA, 2009; BECKER, 2020)� EQUIPAMENTOS Para solucionar o obstáculo do torque variável e instabilidade, criam-se os equipamentos para treinamento de resistência com os sistemas de pesos, placas ou barras guiadas, polias, cabos e molas� Desse modo, a carga está sempre contra a gravidade, gerando resistência durante toda a execução do movimento� Em geral, um cabo se conecta a uma coluna de pesos e quando há o movimento do indivíduo o cabo e/ou máquina se movimenta junto, criando resistência� Nesse sentido, a função principal desse sistema é alte- rar a resistência sem alterar a carga, logo, quanto maior for a amplitude de movimento, maior será a resistência a essa carga (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016; BOSSI, 2010; BECKER, 2020)� 9 Em relação à amplitude de movimento podemos citar dois tipos de equipamentos com sistemas de polias para o treino de resistência, são eles os aparelhos que permitem movimentos em diferentes eixos e planos, como o crossover, e aparelhos que só permitem movimentos em determinado eixo ou plano, como o peck deck, em que só é possível executar movimentos no plano transverso� Além desses, existem equipamentos que limitam os movimentos, mas não utilizam o sistema de po- lias, como é o caso da máquina Smith (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016)� Além da sala de musculação, o método Pilates também dispõe de equipamentos para a realização de exercícios� Os básicos são: cadillac, reformer, ladder barrel e o step chair. Esses aparelhos foram criados pelo desenvolvedor do método e assim como os equipamentos da musculação têm como objetivo guiar o movimento do aluno, proporcionando maior segurança e estabilidade para o praticante� Os sistemas de molas, base desses equipamentos, podem facilitar o movimento ou dificultar, criando maior resistênciadependendo de como são em- pregados (BALDINI; ARRUDA, 2019)� 10 Figura 3: Aparelhos do método Pilates. Fonte: Shutterstock. As vantagens da utilização desses equipamentos guiados com trajetórias pré-definidas para os iniciantes é a possibilidade de aprender os movi- mentos, melhorando a coordenação motora. Para indivíduos intermediários e avançados que treinam sozinhos, a vantagem é a segurança de aumentar a carga e/ou a velocidade do movimento. Por fim, para todos, há a redução dos riscos de lesões, rápida adaptação à carga e conforto na execução dos exercícios (UCHIDA, 2009; BOSSI, 2010)� 11 EXERCÍCIOS MULTIARTICULARES VERSUS EXERCÍCIOS MONOARTICULARES Quando o profissional se concentra na montagem de uma sessão de treino de resistência e uma periodização, além das variáveis discutidas an- teriormente, é necessário também considerar os tipos de exercícios que serão selecionados para adequar o treino aos objetivos do indivíduo que irá realizá-lo� Já sabemos que a ordem dos exercícios terá influência nos resultados, logo, é importante ter uma estratégia para a manipulação dos mes- mos com intuito de otimizar as sessões de treino (UCHIDA, 2009; ANDRADE, 2021)� De modo geral, os exercícios podem ser classificados quanto ao movimento articular executado: podem ser multiarticulares ou monoarticulares� Andrade (2021) ressalta que essa divisão é simplória para fins didáticos, uma vez que, do ponto de vista da cinesiologia, alguns exercícios classificados como monoarticulares podem envolver mais de uma articulação� O autor, para demonstrar isso, usa como exemplo o exercício “voador” (movimento que consiste na flexão e adução horizontal dos ombros no aparelho peck deck), que para ser 12 executado solicita movimentação em conjunto das articulações glenoumeral, esternoclavicular e acromioclavicular� Figura 4: Exercício “voador” no equipamento peck deck� Fonte: https://i.pinimg.com/originals/9d/f2/37/9df237bb- f20c3b2e70468678dd2c35f8�png Em se tratando de exercícios visando à hipertrofia, há um consenso na literatura e na prática de que os multiarticulares são mais eficazes, por isso são considerados como base para um treinamento com esse objetivo e são amplamente prescritos para esse fim. No caso de treino objetivando ganho de força máxima, esses exercícios, em tese, não seriam tão eficientes, pois as adaptações de força são diretamente relacionadas às condições e aos padrões dos movimentos que se treina, ou seja, se 13 o objetivo é ganho de força máxima para um gesto específico de uma modalidade esportiva, a melhor opção seria treinar o gesto como será executado em competições (ANDRADE, 2021)� Essa é uma discussão frequente entre profis- sionais da área especializados em treinamento de resistência, porém, em casos mais gerais e abrangentes, recomenda-se que os dois tipos de exercícios, mono e multiarticular, sejam prescritos para todos os níveis, iniciantes, intermediários e avançados (PRESTES et al�, 2016)� EXERCÍCIOS MULTIARTICULARES Na literatura, é comum encontrar outros nomes como exercícios multissegmentares, estruturais ou biarticulares, mas a definição é a mesma, exer- cício multiarticular é todo exercício que mobiliza mais de uma articulação para ser executado� De modo geral, são exercícios com um grau de com- plexidade um pouco maior, envolvendo os grandes grupos musculares, além disso, relacionam-se com movimentos funcionais como os de puxar e empurrar (ANDRADE, 2021; TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016; BECKER, 2020)� Quando executamos um exercício multiarticular, como o agachamento, por exemplo, que envolve as articulações do quadril, joelho e tornozelos, estamos 14 dividindo a carga de trabalho entre todas essas ar- ticulações e, por consequência, na musculatura que as acompanha, o que leva a uma possibilidade de suportar cargas mais pesadas, maior intensidade de trabalho e também um maior gasto calórico. Nesse sentido, praticantes iniciantes poderiam se beneficiar da escolha desses exercícios por reduzir o risco de lesões (UCHIDA, 2009; BECKER, 2020)� No entanto, e justamente por mobilizar várias estruturas ao mesmo tempo, esses exercícios exigem uma coordenação motora mais refinada e o praticante deverá passar por um período de aprendizagem até a adaptação para a execução limpa do gesto� Nesse sentido, educativos são bastante importantes nas fases iniciais� Do ponto de vista das capacidades funcionais, es- ses exercícios são fundamentais, já que, além das atividades esportivas, assemelham-se às ativida- des praticadas no dia a dia. Como menciona Fleck (2017), são elas: subir escadas, levantar objetos, erguer e carregar sacolas, entre outras, por isso é tão importante que de um modo geral elas sejam incluídas em um programa de treinamento resistido� Teixeira e Guedes Jr� (2017) dão outro exemplo de exercício multiarticular comumente utilizado nas sessões de treino: o supino. Nesse movimento há a movimentação associada das articulações de 15 ombros e cotovelos e a ativação dos músculos deltoide anterior e peitoral maior, referente ao movimento dos ombros, e tríceps braquial, para a extensão dos cotovelos� Das vantagens, para além do ganho de força e hipertrofia, que esse tipo de exercício é capaz de proporcionar, os autores citam, ainda, a maior concentração de sérica de hormônios anabólicos e redução do tempo para trabalho dos principais e grandes grupos musculares� Andrade (2021) ainda observa a importância, e recomenda, de que haja variação na prescrição de exercícios multiarticulares para garantir a uni- formidade do ganho de força e massa muscular. Exemplificando: executar a mesma quantidade de séries e repetições dos exercícios da puxada pela frente, seguida pelo exercício remada� No entanto, ainda assim, cabe ao profissional levar em consideração as necessidades individuais e as características e objetivos do indivíduo que irá executar o seu plano de treinos� EXERCÍCIOS MONOARTICULARES Os exercícios monoarticulares, ou uniarticulares como mencionam alguns autores, são aqueles executados com a mobilização de uma única articulação� Como exemplo podemos citar, para membros superiores, a rosca direta e o tríceps na polia, e para membros inferiores a cadeira ex- 16 tensora e a mesa flexora. O objetivo geral desse tipo de exercício é a ativação isolada e máxima de um músculo alvo (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016; BECKER, 2020; ANDRADE, 2021)� Importante salientar que, quando se define o exer- cício uniarticular como movimento que trabalha um músculo apenas isso é uma forma de auxiliar na compreensão didática e diferenciação entre os dois tipos de exercícios classificados de acordo com o movimento articular, já que se sabe que todo movimento, para ser executado, ativa cadeias musculares e não apenas um único isoladamente. Em geral, esses são exercícios com menor grau de complexidade e de fácil execução. Não há divisão de trabalho com outras estruturas articulares, o que reduz a intensidade total do exercício, mas eleva o estímulo àquela região (UCHIDA, 2009; TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016; BECKER, 2020)� Por ativarem musculaturas menores e isoladas, a aplicação desse tipo de exercício não permite altas cargas de trabalho, no entanto, tem suas vantagens� Exercícios monoarticulares podem ser empregados no desenvolvimento de múscu- los específicos, seja por estética ou por melhora da performance de gesto esportivo, correção de assimetrias ou ainda para equilíbrio de força e massa entre membros contralaterais (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016)� 17 GRANDES GRUPOS MUSCULARES X PEQUENOS GRUPOS MUSCULARES A sequência dos exercícios selecionados para uma sessão de treinamento se relaciona diretamente com o rendimento durante o treino, a capacidade da produção de força e a fadiga muscular� Há um forte consenso entre autores de que o mais indi- cado é se iniciar uma sessão aplicando exercícios para grandes grupos musculares e, na sequência, fazera ativação de pequenos grupos musculares (PRESTES et al., 2016; FLECK, 2017). A justificativa para ordenar uma sessão de trei- no dessa forma é que os exercícios que ativam grandes grupos musculares – exercícios mul- tiarticulares – vão claramente exigir a ativação de maior quantidade de fibras musculares e, por consequência, solicitar mais energia� Logo, esses exercícios propiciam maiores respostas hormonais e metabólicas quando comparados aos exercícios monoarticulares, ou seja, exercícios que ativem pequenos grupos musculares (PRESTES et al�, 2016; FLECK, 2017). Em outras palavras, a quantidade de massa muscular solicitada pode afetar diretamente as respostas e 18 adaptações fisiológicas ao treino. Além disso, a execução de exercícios com cargas mais pesadas vai promover também uma maior estimulação neural (PRESTES et al., 2016; FLECK, 2017). Diversos estudos apresentam resultados seme- lhantes no que diz respeito ao rendimento duran- te uma sessão de treino� Quando comparada a execução do exercício agachamento no início e no final de uma sessão, nota-se uma significativa diminuição na quantidade de repetições quando o exercício é executado por último. Outro ponto importante é que pequenos grupos musculares tendem a atingir a fadiga mais rápido do que os grandes grupos, justamente pelo menor tamanho e, logo, menor quantidade de fibras. Além disso, eles são peças importantes como auxiliadores na execução de exercícios multiarticulares, com ativação de grandes grupos musculares (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� Organizar o treino dessa maneira, grandes grupos musculares seguidos dos pequenos grupos, é uma boa metodologia para desenvolver força e massa muscular, pois o primeiro exercício será favorável à aplicação de altas cargas� Contudo, partindo do pressuposto de que mais repetições e cargas ele- vadas são mais favoráveis nos primeiros exercícios da sessão de treino, essa pode ser uma adaptação para um treino de potência ou de gesto esportivo 19 especifico. Portanto, como dito anteriormente, é necessário que o treino esteja sempre alinhado com as especificidades, objetivos e particulari- dades do indivíduo que irá executá-lo (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016)� 20 QUANTIDADE DE EXERCÍCIOS POR GRUPO MUSCULAR A quantidade de exercícios, seja para exercícios multiarticulares, ativando grandes grupos muscula- res, ou exercícios monoarticulares, para pequenos grupos musculares, precisa ser definida a partir do grau de dificuldade e em direção aos objetivos da periodização e do treinamento (PRESTES et al�, 2016)� Um fato do cotidiano atual é que as pessoas estão cada vez com menos tempo disponível, seja por afazeres do trabalho, da casa ou com estudos. Algumas pessoas podem dispor de mais tempo para se exercitar, outras já podem ter um curto espaço de tempo, cabe ao profissional conseguir conciliar as necessidades com as possibilidades� De maneira geral, a quantidade de exercícios prescritos para um segmento corporal ou grupa- mento muscular deve considerar seu tamanho, sua anatomia� Desse modo, parece óbvio que para grandes músculos tem-se uma maior quantidade de exercícios, para menores músculos uma menor quantidade de exercícios� No entanto, dependendo do objetivo, essa máxima pode não ser verdadeira� É necessário que o profissional avalie caso a caso (TEIXEIRA; GUEDES JR, 2016)� 21 Ainda assim, alguns autores apresentam algumas possibilidades como um ponto de partida. Uchida (2009) relata sugestões de uma quantidade adequada de exercícios por sessão de treino, com base no nível de treinamento do indivíduo apresentados a seguir: y Iniciantes: um exercício por grupamento muscular; y Intermediários: dois exercícios por grupamento muscular; y Avançados: três exercícios para grandes gru- pos musculares e dois exercícios para pequenos grupos musculares� Há de se levar em consideração também, em conjunto, o número de séries, a quantidade de re- petições, o intervalo entre as séries, as frequências e todas as variáveis que permeiam a prescrição do treinamento� Entretanto, Teixeira e Guedes Jr� (2017) ressaltam a importância da prescrição de diferentes exercícios para o mesmo grupamento muscular, uma vez que essa ação poderia modi- ficar o padrão de ativação das fibras musculares, estimulando também as unidades motoras, sendo essa uma adaptação de extrema importância para o ganho de força e de massa muscular. 22 MONTAGEM DO PROGRAMA DE TREINO (ALTERNADA POR SEGMENTO, LOCALIZADA POR ARTICULAÇÃO, ASSOCIADA À ARTICULAÇÃO ADJACENTE, DIRECIONADA POR GRUPO MUSCULAR, MISTA) A montagem de um programa de treino diz res- peito às alternativas que o profissional tem para compor uma sessão de treinamento levando em consideração a ordem dos exercícios e os estímulos que se quer provocar� Esse item é essencial para alcançar os resultados esperados, em conjunto com as variáveis do treinamento. Ao profissional de Educação Física, cabe conhecer e selecionar as melhores opções para que os objetivos de seu cliente ou aluno sejam alcançados (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� Para isso, antes de iniciar de fato as sessões de treino, é necessária uma avaliação detalhada a fim de identificar o nível de condicionamento para que as variáveis combinadas na organização do programa não excedam aquela suportada pelo indivíduo (BOSSI, 2010)� 23 Nesse sentido, esse planejamento também tem função de preparar o indivíduo para os passos a seguir, ou seja, o que será feito após a adaptação� O planejamento da montagem dos treinos dará a base e a estrutura para o profissional por meio dos meios, métodos e controle para que se alcance os objetivos (BOSSI, 2010)� A seguir, há alguns modelos de divisões e monta- gens de treino� SAIBA MAIS QUEM PODE MONTAR UM PROGRAMA DE TREINO? O único profissional que tem permissão para prescre- ver treinamento resistido é o profissional de Educação Física. Com as facilidades da internet, como redes sociais, sites e aplicativos, pessoas não habilitadas estão executando essa função, o que é crime� O texto Perigo na internet: prescrever treinos sem habilitação é crime está disponível no site do Conselho Regional de Educação Física da 8° região. Acesse: https://www. cref8�org�br/perigo-na-internet-prescrever-treinos-sem- -habilitacao-e-crime/ ALTERNADA POR SEGMENTO Esse modelo de montagem de treino é organizado de modo que a sequência de exercícios dê alter- SAIBA MAIS 24 nância aos segmentos corporais� Geralmente são indicados para iniciantes no treinamento resistido, pois têm como intuito evitar a fadiga muscular� Por esse mesmo motivo, indica-se essa montagem para grupos especiais e indivíduos com baixo condicionamento físico� Também são indicados para trabalhos circuitados e quando se pretende reduzir o tempo de intervalo entre as séries (BOSSI, 2010; PRESTES et al�, 2016)� De maneira prática, a sequência de exercícios deve obedecer a divisão corporal em três segmentos, respeitando as características cinesiológicas (BOSSI, 2010; PRESTES et al�, 2016): y Segmento superior: musculatura responsável por movimentos dos membros superiores; y Tronco: musculatura responsável pela estabili- zação da postura e movimentos da coluna vertebral; y Segmento inferior: musculatura responsável por movimentos dos membros inferiores� A seguir, um exemplo de montagem para esse modelo de treino� Tabela 1: Sugestão de montagem de treino no modelo alternado segmento� Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Flexão horizon- tal de ombro Aparelho supino Supino reto 25 Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Quadríceps femoral Extensão de joelhos Leg press Leg press Reto do abdome Flexão de colu- na a 45° Colchonete Abdominal Latíssimo do dorso Extensão de ombro Polia baixa Remada baixa Posteriores da coxa Flexão de joelhos Mesa flexora Mesa romanaOblíquos internos / externo (lado oposto) Flexão de colu- na com rotação Colchonete Abdominal com rotação Deltoides (parte clavicu- lar e acromial) Abdução de ombro Aparelho de desenvolvi- mento Desenvolvi- mento Adutores de quadril Adução de quadril Cadeira adutora Cadeira adutora Oblíquos (quadrado lombar) Flexão lateral de coluna Polia baixa Flexão lateral Tríceps braquial Extensão de cotovelo Polia alta Tríceps pulley Glúteo médio Abdução de quadril Cadeira abdutora Cadeira abdutora Grupo eretor da coluna Extensão de coluna Cadeira inversora Hiperexten- sor Bíceps braquial Flexão de cotovelo Halter peso fixo Rosca simultânea Tríceps sural Flexão plantar Pressão de sóleo Panturrilha Fonte: Adaptado de Uchida (2009). 26 LOCALIZADA POR ARTICULAÇÃO A proposta desse modelo de montagem de treino é que se deve realizar todos os exercícios de um grupo muscular específico em sequência. O objetivo com esse modelo é aumentar o fluxo sanguíneo no grupamento muscular que está sendo exercitado e assim provocar mais rapidamente a fadiga mus- cular� Esse modelo pode ser subdivido em dois: o localizado por articulação agonista/antagonista e o localizado por articulação completa (UCHIDA, 2009; BOSSI, 2010; PRESTES et al�, 2016)� No modelo agonista/antagonista sugere-se que após a aplicação de um exercício para um determinado músculo ou grupamento muscular, o exercício seguinte deve ser aplicado para a musculatura antagonista na mesma estrutura articular. Exemplificando, após aplicar um exercício de adução horizontal de ombros, o seguinte seria abdução horizontal de ombros. Feito isso, deve-se alternar o segmento corporal a ser trabalhado. Uma vez que o complexo articular de ombros foi movimentado, o exercício seguinte deve visar a outra estrutura articular e grupamento muscular, por exemplo, para membros inferiores (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� Já no modelo por articulação completa, todos os movimentos de uma estrutura articular devem ser executados� Determinado o grupo muscular e a 27 articulação que será exercitada, deve-se executar todos os possíveis movimentos. Uma vez finalizado, outro segmento corporal deve ser ativado (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� Importante considerar que, pelo trabalho ficar concentrado em uma única região específica, au- mentando o fluxo sanguíneo e os fluídos celulares, e consequentemente a fadiga, haverá dificuldade em manter as cargas, repetições ou séries� Com isso, essas variáveis devem ter total atenção para que o indivíduo seja capaz de completar seu treino satisfatoriamente� A seguir, dois exemplos de montagem para o modelo localizada por articulação agonista/antagonista e localizada por articulação completa� Tabela 2: Sugestão de montagem de treino no modelo localizada por articulação agonista/antagonista� Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Flexão horizontal de ombro Aparelho supino Supino reto Latíssimo do dorso Extensão de ombro Polia baixa Remada baixa Quadríceps femoral Extensão de joelho Leg press Leg press Posteriores da coxa Flexão de joelho Mesa flexora Mesa romana 28 Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Latíssimo do dorso Redondo maior Adução de ombro Polia alta Pulley frente Deltoides (par- tes clavicular e acromial) Abdução de ombro Aparelho de desenvolvi- mento Desenvolvi- mento Adutores do quadril Adução de quadril Cadeira adutora Cadeira adutora Glúteo médio Abdução de quadril Cadeira abdutora Cadeira abdutora Tríceps braquial Extensão de cotovelo Polia alta Tríceps pulley Bíceps braquial Flexão de cotovelo Halter com peso fixo Rosca simultânea Tríceps sural Flexão plantar Pressão de sóleo Panturrilha Tibial anterior / Fibular terceiro Dorsiflexão Polia baixa Dorsiflexão Reto do abdome Flexão de coluna a 45° Colchonete Abdominal grupo eretor da coluna Extensão de coluna Cadeira inversora Hiperexten- sor Oblíquos/Qua- drado lombar Flexão lateral de coluna à direita Polia baixa Flexão late- ral à direita Oblíquos/Qua- drado lombar Flexão lateral de coluna à esquerda Polia baixa Flexão lateral à esquerda Fonte: Adaptado de Uchida (2009). 29 Tabela 3: sugestão de montagem de treino no modelo lo- calizada por articulação completa visando às articulações de ombro, quadril e coluna� Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Flexão horizontal de ombro Aparelho supino Supino reto Latíssimo do dorso / redondo maior Adução de ombro Polia alta Pulley frente Latíssimo do dorso Extensão de ombro Polia baixa Remada baixa Deltoide (parte clavicular e acromial) Abdução de ombroq Aparelho de desenvolvi- mento Desenvolvi- mento Ilípsoas / Retor femoral Flexão de quadril Polia baixa Flexão de quadril Adutores do quadril Adução de quadril Cadeira adutora Cadeira adutora Glúteo máximo / posteriores de coxa Extensão de quadril Aparelho glúteo Aparelho glúteo Glúteo médio Abdução de quadril Cadeira abdutora Cadeira abdutora Reto do abdome Flexão de coluna a 45° Colchonete Abdominal Oblíquos / Qua- drado lombar Flexão lateral de coluna Polia baixa Flexão late- ral direita/ esquerda Grupo eretor de coluna Extensão de coluna Cadeira inversora Hiperexten- sor 30 Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Oblíquos inter- no / externo – lado oposto Flexão de coluna com rotação Colchonete Abdominal oblíquo Fonte: Adaptado de Uchida (2009). ASSOCIADA À ARTICULAÇÃO ADJACENTE O modelo de montagem associada à articulação adjacente combina exercícios monoarticulares e multiarticulares em sequência� A quantidade de exercícios por estrutura articular é definida a par- tir do grau de dificuldade que se objetiva atingir. Esse modelo de montagem de treino promove a pré-exaustão do grupamento muscular trabalhado logo de início, por meio dos estímulos específicos (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� A seguir, um exemplo de montagem de treino para o modelo associado à articulação adjacente� Tabela 4: Sugestão de montagem de treino no modelo associada por articulação adjacente para cinco grupos musculares� Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Flexão horizontal de ombro Halter com peso fixo banco Crucifixo 31 Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Tríceps braquial Flexão horizontal de ombro / Extensão de cotovelo Aparelho supino Supino reto Quadríceps femoral Extensão de joelho Cadeira extensora Cadeira extensora Quadríceps Glúteo máximo Extensão de joelho e quadril Leg press Leg press Deltoide (partes clavicular e acromial) Tríceps braquial Abdução de ombro Extensão de cotovelo Aparelho de desenvolvi- mento Desenvolvi- mento Adutores do quadril Adução de quadril Cadeira adutora Cadeira adutora Adutores do quadril Quadríceps Adução de quadril Extensão de joelho Gaiola de agachamento Agacha- mento com os pés afastados Bíceps braquial Flexão de cotovelo Halter com peso fixo Rosca simultânea Bíceps braquial Latíssimo do dorso Flexão de cotovelo Extensão de ombro Barra fixa Barra fechada Fonte: Adaptado de Uchida (2009). 32 DIRECIONADA POR GRUPO MUSCULAR O modelo direcionado por grupamento muscular pode ser considerado o modelo mais intenso de programação em treinamento resistido, por esse motivo, a indicação para a execução desse método é para indivíduo já bem treinado, em nível interme- diário ou avançado� Essa montagem tem como objetivo estressar um grupo muscular levando ao maior grau de exaustão possível e, para isso, os exercícios selecionados devem trabalhar o mes- mo grupamento muscular, ofertandodiferentes estímulos à mesma região, até a fadiga� Uma vez finalizada a sequência de exercícios, outro segmento corporal ou grupo muscular deve ser excitado, e o anterior não retoma o trabalho na mesma sessão (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� A seguir um exemplo de montagem de treino para o modelo direcionado por grupo muscular� 33 Tabela 5: Sugestão de montagem de treino no modelo direcionado por grupo muscular para cinco grupos muscu- lares com três exercícios para cada grupo� Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Flexão horizontal de ombro Barra longa Banco Supino reto Flexão horizontal de ombro Barra longa Banco 45° Supino inclinado Adução de ombro Polia dupla (alta) Cross over Posteriores da coxa Extensão de quadril Halter Barra longa Stiff Flexão de joelho Mesa flexora Mesa romana Flexão de joelho Cadeira flexora Cadeira flexora Deltoides (parte clavicular e acromial) Abdução de ombro Aparelho de desenvolvi- mento Desenvolvi- mento Abdução de ombro Halter com peso fixo Elevação lateral Flexão de ombro Halter com peso fixo Elevação frontal Tríceps sural Flexão plantar Hack machine Gêmeos em pé Flexão plantar Pressão de sóleo Panturrilha lateral Flexão plantar Pressão de sóleo Panturrilha média 34 Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Tríceps braquial Extensão de cotovelo Polia alta Tríceps pulley Extensão de cotovelo Dois bancos Tríceps banco Extensão de cotovelo Barra longa Banco Tríceps testa Fonte: adaptado de Uchida (2009). MISTA Pode acontecer de um indivíduo ter objetivos dife- rentes para cada segmento corporal, por exemplo, o público feminino, em geral, por costume, busca hipertrofia de membros inferiores e ganho de força e definição para membros superiores, mas não o aumento da massa� Para esses casos sugere-se o modelo de treinamento misto que consiste na junção dos modelos de programa de treinamen- to� No entanto, esse modelo não é indicado para iniciantes, mas sim para indivíduos que estão buscando variações de treino avançado (UCHIDA, 2009; PRESTES et al�, 2016)� A seguir, temos um exemplo de montagem do pro- grama de treino misto com objetivo de hipertrofia para membros superiores com modelo direcionado por grupamento muscular; resistência muscular localizada para membros inferiores, com modelo 35 localizado por articulação (agonista/antagonista) e resistência muscular localizada para a coluna, com modelo localizado por articulação completa� Tabela 6: Sugestão de montagem de treino no modelo misto� Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Peitoral maior Flexão horizontal de ombro Barra longa Banco Supino reto Flexão horizontal de ombro Barra longa Banco 45° Supino inclinado Adução de ombro Polia dupla (alta) Cross over Deltoides (parte clavicular e acromial) Abdução de ombro Aparelho de desenvolvi- mento Desenvolvi- mento Abdução de ombro Halter com peso fixo Elevação lateral Flexão de ombro Halter com peso fixo Elevação frontal Tríceps braquial Extensão de cotovelo Polia alta Tríceps pulley Extensão de cotovelo Dois bancos Tríceps banco Extensão de cotovelo Barra longa Banco Tríceps testa Quadríceps femoral Extensão de joelho Leg press Leg press Posteriores de coxa Flexão de joelho Mesa flexora Mesa romana 36 Músculos priorizados Movimento articular Material utilizado Nome popular Tríceps sural Flexão plantar Pressão de sóleo Panturrilha Tibial anterior Fibular 3° Dorsiflexão Polia baixa Tibial no puxador Reto do abdome Flexão de coluna a 45° Colchonete Abdominal Grupo eretor da coluna Extensão de coluna Cadeira inversora Hiperexten- sor Fonte: Adaptado de Uchida (2009). SAIBA MAIS Além da prescrição de treinamento adequada para cada indivíduo executada por um profissional habilitado, é de extrema importância que o aluno esteja sempre acompanhado por esse profissional durante a execução de sua sessão para garantir não só a boa prática dos exercícios, mas também sua segurança� Conheça o caso de Maria Eugênia Bispo, na reportagem feita pelo Jornal O Globo, disponível no YouTube� Ela ficou paraplégica por um período e ainda segue com algumas sequelas após ter sofrido um acidente durante a execução de um exercício que copiou de um perfil de rede social� Assista: https://www.youtube.com/watch?v=CBbNtEBZPLo SAIBA MAIS 37 CONSIDERAÇÕES FINAIS Antes mesmo da montagem em si de um treino de resistência, o profissional deve conhecer seu aluno, mas também as ferramentas disponíveis� É necessário que se saiba manipular os objetos e equipamentos para se instruir o aluno de modo que o treino possa se dar em segurança do início ao final. Além disso, deve-se levar em consideração a quantidade de possibilidades de manipulação e estruturação das sessões de treino para alcançar os objetivos de cada indivíduo. O bom profissional deve ser capaz de analisar cuidadosamente as necessidades básicas e avaliar inicialmente as capacidades de seu aluno para que com essas informações estude minuciosamente o melhor caminho a ser tomado. 38 Referências Bibliográficas & Consultadas ANDRADE, S. L. F. Musculação: revendo conceitos, métodos e práticas para hipertrofia e força� 1� ed� Curitiba: Intersaberes, 2021� [Biblioteca Virtual]� BALDINI, L.; ARRUDA, M. F. Método Pilates do Clássico ao Contemporâneo: vantagens do uso� Revista InterCiência-IMES Catanduva, v� 1, n� 2, p� 66-66, 2019� BECKER, L� A� Musculação� 1� ed� Curitiba: Contentus, 2020� [Biblioteca Virtual]� BOSSI, L� C� Periodização na musculação� São Paulo: Phorte Editora LTDA, 2010. D´ELIA, L� Guia completo de treinamento funcional. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2016. [Biblioteca Virtual]� FLECK, S. J. Fundamentos do treinamento de força muscular� 4� ed� Porto Alegre: Artmed, 2017. [Minha Biblioteca]. PEREIRA, B�; SOUSA JUNIOR, T� P� Fadiga e exercício físico: aspectos metabólicos, bioenergéticos e moleculares� 1� ed� São Paulo: Phorte Editora LTDA, 2019. [Biblioteca Virtual]. PRESTES, J� et al. Prescrição e periodização do treinamento de força em academias� 2� ed� Barueri: Manole, 2016. [Minha Biblioteca]. TEIXEIRA, C� V� S�; GUEDES JR�, D� P� Musculação funcional: ampliando os limites da prescrição tradicional. 2. ed. São Paulo: Phorte Editora LTDA, 2016� [Biblioteca Virtual]� TEIXEIRA, C� V� S�; GUEDES JR�, D� P� Musculação time-efficient: otimizando o tempo e maximizando os resultados� 2� ed� São Paulo: Phorte Editora LTDA, 2016. [Biblioteca Virtual]. UCHIDA, M� C�; CHARRO, M� A�; BACURAU, R� F. P. Manual de musculação: uma abordagem teórico-prática do treinamento de força� São Paulo: Phorte Editora LTDA, 2009.
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