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ATENDIMENTO HUMANIZADO NA ENFERMAGEM
PALESTRANTE: ACD. ENF. VITÓRIA WENCESLAU MOREIRA DA COSTA
MODERADORA: ENFª MS. IZA C. SANTOS
OBJETIVOS:
Apresentar os conceitos de humanização em saúde. 
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Discutir o contexto de construção da ideia de humanização em saúde.
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Caracterizar a humanização em saúde no cotidiano.
Analisar as implicações da humanização em saúde na prática em enfermagem.
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O QUE É HUMANIZAÇÃO? 
Para Artmann e Riviera (2006) humanizar significa dar visibilidade ao outro, reconhecendo as diferenças que existem na unidade. Assim, considera-se o paciente e sua condição de saúde como resultado de um processo contextualizado, para o qual contribuem seus hábitos, sua alimentação, sua cultura e suas práticas sociais. 
O QUE É HUMANIZAÇÃO? 
A humanização em saúde remete à ideia de que aspectos subjetivos da humanidade interferem em suas condições de saúde. Assim, as intervenções em saúde devem considerar as dimensões da subjetividade humana no desenvolvimento de políticas públicas, técnicas e procedimentos de intervenção. A eficiência da prestação de serviços e das políticas públicas em saúde estaria, nesse contexto, intrinsecamente associada à capacidade dos sistemas de saúde de humanizarem o atendimento e as práticas profissionais (OLIVEIRA; COLLET; VIEIRA, 2006).
No ano de 2000, o governo brasileiro, em adequação a decisões internacionais a respeito da necessidade de práticas humanizadas no âmbito da saúde, promulgou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH). 
O QUE É HUMANIZAÇÃO? 
A humanização é descrita, no campo da saúde, como uma aposta ético-estético-política. É uma aposta ética porque envolve a atitude de usuários, gestores e profissionais de saúde comprometidos e co-responsáveis. É estética porque se refere ao processo de produção da saúde e de subjetividades autônomas e protagonistas (REDE HUMANIZA SUS, 2020).
POR QUE A HUMANIZAÇÃO? 
É importante, ainda, reconhecer que os profissionais de saúde são afetados pela desumanização, que não alcança somente o atendimento, mas as políticas salariais praticadas, causa sobrecarga nos profissionais e adoecimento associado ao trabalho. Embora a humanização seja adotada como Política, ela ainda não é um princípio norteador de todas as políticas públicas em saúde. Trata-se de uma proposta que pode ou não ser orientadora de políticas e ações em saúde. Caso fosse um princípio, estaria presente em todas as ações em saúde e não precisaria ser descrita, como no caso de humanização do parto ou humanização do atendimento ao paciente com câncer (GOULART; CHIARI, 2010).
o que seria um atendimento humanizado?
A humanização na enfermagem tem sido um tema cada vez mais discutido dentro e fora dos hospitais. 
Em suma, o atendimento humanizado preconiza a visão do ser humano por trás da doença. Sendo assim, em vez de tratar ou prevenir tão somente a doença, mas a enfermagem passa a olhar e cuidar também do paciente com diálogo, compreensão e respeito (FERREIRA, 2022).
No primeiro momento de internação, as pessoas podem se sentir mais vulneráveis, com dúvidas em relação ao ocorrido, medo. 
Por esta razão, devemos recebê-los de forma acolhedora, para que se sintam apoiados, seguros e tranquilos. 
É importante que o paciente seja chamado pelo seu nome; que seja informado sua situação e sobre os procedimentos que serão realizados; que esteja em um ambiente acolhedor, limpo e confortável, com mínimo de barulho e sendo respeitada sua privacidade.
PORQUE HUMANIZAR?
PONTOS NEGATIVOS E POSITIVOS
Desvalorização profissional
Sobrecarga de trabalho
Baixos ganhos salariais 
Materiais inadequados para prestar um bom atendimento 
Vida Pessoal
Maior satisfação entre clientes e equipes enfermagem e a equipe multiprofissional;
Melhores resposta aos tratamentos propostos
Favorecimento de memória afetiva do paciente no local.
Mais harmonia no ambiente
Descasos em atendimento na saúde
"Os nossos pacientes tão tudo ali morrendo", diz uma das jovens, filmando a si mesma. Em seguida, aponta a câmera para as colegas e acrescenta: "tão tudo mexendo no celular".
A criança aguardava atendimento após ter sido atingida por um raio. Elas se perguntam quem vai fazer o atendimento e comparam a situação do paciente à de uma pessoa sendo exorcizada.
Descasos em atendimento na saúde
Descasos em atendimento na saúde
Diante da morte da paciente, a médica publicou em uma rede social “Faltando 10 min para minha hora de dormir, chega mulher infartando e com edema agudo no pulmão e agora já passou 1h30 da minha hora de dormir. Tô p". Logo em seguida, comentou: "Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi".... - Leia mais em https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/morte-ironizada-por-estudante-de-medicina-filha-de-idosa-se-revolta.phtml?utm_source=site&utm_medium=txt&utm_campaign=copypaste
Através da Política Nacional de Humanização (PNH), que existe desde 2003, o Sistema Único de Saúde (SUS) vem desenvolvendo e apoiando ações que possam melhorar os processos na relação com os usuários, garantindo um tratamento digno para todos.
A humanização vai muito além de cobrar sorrisos condescendentes de quem trabalha na recepção. Envolve valorizar e respeitar cada pessoa, inserindo essa política em toda a cultura organizacional — e isso vale tanto para pacientes quanto para os profissionais que atuam nos hospitais e postos de atendimento. Quem ganha é a população, que tem o acesso e o acolhimento como valores a serem alcançados.
O tratamento precisa ser personalizado, o que só é possível através da comunicação direta com o paciente. Mesmo que duas pessoas tenham a mesma doença, cada uma irá precisar de tipos diferentes de atenção e atendimento para que o tratamento tenha a maior eficiência possível.
https://summitsaude.estadao.com.br/saude-humanizada/atendimento-humanizado-do-sus-e-ampliado-por-meio-de-iniciativas-inovadoras/, acessado em 08/03/2023 as 16h46min.
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
(PNH)
COMO REALIZAR UM atendimento humanizado?
É importante ser cordial e próximo no dia a dia, estabelecendo um relacionamento de confiança com os pacientes. 
É fundamental considerar todas as variáveis que possam estar interferindo no prognóstico do paciente, sejam clínicas, sociais ou emocionais. 
Deve-se priorizar a organização de horários e a gestão do tempo, para que o profissional de enfermagem possa dedicar a atenção necessária a cada paciente. 
É preciso conhecer bem os pacientes, suas particularidades e necessidades. 
Também é fundamental trabalhar com o acolhimento, oferecendo um ambiente acolhedor e confortável para os pacientes. 
É importante saber respeitar as diferenças, culturais e de gênero, por exemplo, para garantir que o paciente se sinta respeitado e seguro. 
conclusão
O cuidar tornou-se mecanizado, fragmentado e tanto as pessoas que cuidam com as que recebem cuidado, parecem ter esquecido que esta habilidade/qualidade, além de constituir uma ação é um valor, um comportamento. Os enfermeiros devem ser atuantes não só na administração das atividades, mas sim estar em constante interação com o meio de cuidar/cuidado para através do seu conhecimento, desenvolver a humanização. Isso nos confere, tanto mais responsabilidades, quanto desafios. 
Percebendo esta carência na área da saúde de um modo geral, ficou claro através do nosso estudo a necessidade de profissionais cada vez mais dedicados e que estejam sempre em um processo de educação continuada já que a enfermagem é uma profissão que exige desdobramento constante do profissional. Então a humanização não tem que ser vista com uma opção e sim o dever de quemescolheu cuidar de pessoas como legado. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, Janaína Marques de et al. Violência institucional, direitos humanos e autoridade tecno-científica: a complexa situação de parto para as mulheres. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [online]. v. 24 [Acessado 27 Outubro 2022] , e200231. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/Interface.200231>. ISSN 1807-5762. https://doi.org/10.1590/Interface.200231.
ARTMANN, E., and RIVERA, F.J.U. Humanização no Atendimento em Saúde e Gestão Comunicativa. In: DESLANDES, S.F., comp. Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas [online]. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006, pp. 205-231. 
 
AZEREDO, Yuri Nishijima e SCHRAIBER, Lilia Blima. Violência institucional e humanização em saúde: apontamentos para o debate. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2017, v. 22, n. 9 [Acessado 27 Outubro 2022], pp. 3013-3022. 
 
DESLANDES, S.F., comp. Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas [online]. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006, 414 p.
 
FERREIRA, Emile Ramalho et al. A humanização do atendimento na atenção primária à saúde. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.5, n.1, p.1680-1693 jan./fev. 2022.
 
OLIVEIRA, Beatriz Rosana Gonçalves de, COLLET, Neusa e VIERA, Cláudia Silveira. A humanização na assistência à saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem [online]. 2006, v. 14, n. 2 [Acessado em 27 outubro 2022], pp. 277-284.