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1 Introdução à Contabilidade Prof. MSc Jader de Amorim Aula 08 – Balanço Patrimonial Introdução à Contabilidade Objetivo da aula: Discutir o conceito dos atos e dos fatos contábeis. Introdução à Contabilidade Competências a serem desenvolvidas no curso: I - ANALISAR E RESOLVER PROBLEMAS III – ATINGIR OBJETIVOS VIII- Raciocínio lógico-matemático - Usar raciocínio lógico-matemático na resolução de problemas. (HECSA) XI- Empreendedorismo - Propor formas criativas e inovadoras para resolver problemas e/ou criar novos negócios, produtos ou serviços. (HECSA) XII. Ética e responsabilidade socioambiental - Atuar com ética e em conformidade com os aspectos socioambientais, com ações pautadas na sustentabilidade e na adoção de tecnologias limpas. (STEAM) Introdução à Contabilidade Competências (continuação): XIII. Administração e gerenciamento - Gerenciar recursos, tempo e processos visando a tomada de decisão e a otimização dos resultados. (STEAM) XXIII - Engenharia da sustentabilidade - Planejar a utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos, bem como implantar sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. (Engenharia de Produção) AGENDA 1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2. Conceito do Balanço Patrimonial 3. Estrutura do Balanço Patrimonial 4. Estrutura e classificação das contas 5. Ativo 6. Passivo 7. Patrimônio Líquido 8. Capital Social 9. Reservas de Capital 10.Ajustes de Avaliação Patrimonial 11.Ações em Tesouraria 12.Reservas de Lucros 13.Lucros ou Prejuízos Acumulados 14.METODOLOGIA ATIVA: TESTES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS De acordo com a Lei 6.404/76, ao fim de cada exercício social a diretoria deve elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: ✓ Balanço Patrimonial (BP); ✓ Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA); ✓ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); ✓ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); ✓ Demonstração do Valor Adicionado (DVA). DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Porém, i. A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja elaborada a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): ii. A DVA somente é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto; iii. A companhia fechada com património líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), está dispensada da elaboração da DFC. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Segundo o CPC 26, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: a) balanço patrimonial ao final do período; b) demonstração do resultado do período; i. demonstração do resultado abrangente do período; c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; d) demonstração dos fluxos de caixa do período; i. demonstração do valor adicionado do período; e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; i. informações comparativas com o período anterior; f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Lei 6.404/76: As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. ➢ Comparabilidade das informações (demonstrações comparativas). Ao publicar o balanço do ano X2 a companhia deve apresentar os valores do balanço do ano X1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Lei 6.404/76: Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas correntes”. ➢ Limite = 0,1, ou seja 10%. ➢ Exemplo de contas semelhantes: Financiamentos e Empréstimos ➢ Exemplo de pequenos saldos agregados: Disponibilidades (agregando-se as contas Caixa e Bancos, observando-se o limite de 10% do ativo circulante). DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Lei 6.404/76: As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. ➢ Quem decide sobre a destinação dos lucros é a Assembleia Geral Ordinária (AGO). ➢ Ela ocorre após a elaboração das demonstrações. ➢ Devem registrar a destinação dos lucros de acordo com a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela AGO. METODOLOGIA ATIVA TESTE 1 O conjunto completo das demonstrações contábeis exigidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade inclui: a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas. b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a todos os tipos de entidade. c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e de Resultado Abrangente, se instituição financeira. d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido do período. e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de Impacto Ambiental. METODOLOGIA ATIVA TESTE 1 Explicação: Reveja as demonstrações elencadas pelo CPC 26. A opção "b " está errada, especialmente, porque afirma que a DVA é obrigatória para todas as empresas. O trecho "o resumo das políticas Contábeis " também não está completo. O mais correto seria se o item tratasse de: "notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas". Conceito do Balanço Patrimonial Demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data. O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada data. Estrutura do Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Não Circulante Não Circulante Patrimônio Líquido Estrutura e classificação das contas Segundo a Lei 6.404/76: "(...) as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia". Estrutura e classificação das contas ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Bens e Direitos (curto prazo) Obrigações (curto prazo) (-) contas retificadoras (-) contas retificadoras Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante Obrigações de Longo Prazo Ativo Realizável a Longo Prazo (-) contas retificadoras Bens e Direitos (longo prazo) (-) contas retificadoras Patrimônio Líquido Investimentos Capital Social Bens (-) Capital a Integralizar (-) contas retificadoras (-) Gastos com Emissão de Ações Reservas de Capital Imobilizado (+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial Bens tangíveis Reservas de Lucros (-) contas retificadoras (-) Ações em Tesouraria (-) Lucros/Prejuízos Acumulados Intangível Bens Intangíveis (-) contas retificadoras Total Total Estrutura e classificação das contas Lei 6.404/76: No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I - ativo circulante; e II - ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. Estrutura e classificação das contas Lei 6.404/76: No passivo , as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I - passivo circulante; II - passivo não circulante; e III - património líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Estrutura e classificação das contas No passivo as contas serão dispostas em ordem decrescentede grau de exigibilidade dos elementos nela registrados. ➢ As obrigações vincendas até o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Circulante. ➢ As obrigações vincendas após o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Não Circulante. Estrutura e classificação das contas "Grau de Liquidez“: • Associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser transformados em dinheiro. • Portanto, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa. "Grau de Exigibilidade“: • Associado ao prazo no qual as obrigações devem ser pagas. • Portanto, quanto menor o prazo maior o grau de exigibilidade e vice-versa. Ativo Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados. O direito de propriedade não é essencial à existência do ativo. Ativo Circulante (AC) Composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim considerados aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a data do Balanço Patrimonial. Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois representa os bens e direitos em constante circulação. Ativo Circulante (AC) No AC serão classificados: ✓ As disponibilidades; ✓ Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente; ✓ As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. As disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e equivalentes de caixa*, bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata, numerários em trânsito, entre outras contas. Observação: os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. Ativo Circulante (AC) Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente representam os créditos da empresa com terceiros (direitos realizáveis pessoais) e os bens da empresa (direitos realizáveis reais). Exemplos: Direitos realizáveis pessoais: Duplicatas a Receber, Tributos a Recuperar. Direitos realizáveis Reais: Estoques. Ativo Circulante (AC) As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte compreendem as despesas do exercício seguinte pagas no exercício atual, também denominadas de despesas antecipadas. Exemplos: Contratação de um seguro com cobertura no exercício seguinte (Prêmios de Seguros a Vencer); Encargos Financeiros Antecipados. Ativo Circulante (AC) Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante terá por base o prazo desse ciclo. O ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria- prima (no caso de indústria) ou mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção (indústria), vende e recebe o valor correspondente à venda. Exemplo: • Se o ciclo operacional da empresa for de 14 meses (maior que o exercício social), a classificação em circulante ou não circulante obedecerá esse prazo de 14 meses e não os 12 meses convencionais. • Mas, se for de 8 meses, por exemplo, o ciclo operacional, a empresa segue o padrão de 12 meses. Ativo Não Circulante- Realizável a Longo Prazo (ARLP) Lei 6.404/76: As contas serão classificadas do seguinte modo: - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas , adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores , acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; Ativo Não Circulante- Realizável a Longo Prazo (ARLP) No ARLP serão classificados: ✓ Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; ✓ Direitos com pessoas ligadas, de negócio não usual. Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte são os direitos cujos prazos esperados para realização se situem após o término do exercício social seguinte: Exemplo: Títulos a Receber (pelo prazo de realização do direito) Ativo Não Circulante- Realizável a Longo Prazo (ARLP) Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual, representam os direitos que, independentemente do prazo de vencimento, a lei assim o determine. Exemplo: Empréstimos a Coligadas, Diretores ou Acionistas (por força da lei). Para que um direito seja classificado no ARLP, independentemente do prazo, deve atender três requisitos cumulativamente, quais sejam: ▪ 1.o) Os direitos devem ser decorrentes de vendas, adiantamentos ou empréstimos; ▪ 2.o) Os direitos devem estar relacionados com controladas, coligadas, diretores, acionistas ou participantes no lucro; ▪ 3.o) A operação deve ser não usual. Ativo Não Circulante- Realizável a Longo Prazo (ARLP) Para o ARLP vale o mesmo destaque que vimos no Ativo Circulante: Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no Realizável a Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo Exemplo: • Se o ciclo operacional de determinada empresa for de 18 meses, todos os bens e direitos que estiverem dentro do prazo de 18 meses serão classificados no AC. Os demais que excederem esse prazo serão classificados no ARLP. Os empréstimos a controladas, coligadas, diretores, acionistas e participantes no lucro, independente do prazo, serão classificados no ARLP. • Se o ciclo operacional for menor que o exercício social, 10 meses, por exemplo, classificamos como circulante com base no exercício social (12 meses). Ativo Não Circulante- Realizável a Longo Prazo (ARLP) No ARLP, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as demais contas representativas das aplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das despesas pagas antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo de realização superior a 12 meses ou superior à duração do ciclo operacional. Assim, teremos a conta "Estoques - LP", "Clientes - LP", etc. Ativo Não Circulante – Investimentos Lei 6.404/76: As contas serão classificadas do seguinte modo: III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; Ativo Não Circulante – Investimentos Exemplo de contas classificáveis nesse subgrupo: • Participações em Outras Empresas; • Ações de empresas Coligadas; • Ações de empresas Controladas; • Terrenos para Utilização Futura (terrenos não utilizados); • Imóvel para Aluguel*. Ativo Não Circulante – Investimentos Observação: Imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a depender da finalidade desse aluguel. ➢ Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver relacionado às atividades fins da empresa. ➢ Será classificado como investimentos quando o aluguel não estiver relacionado com as atividades da empresa (propriedade para investimento). METODOLOGIA ATIVA TESTE 2 Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua fábrica, por R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da entidade que são originalmente, de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade, os apartamentos devem ser evidenciados no subgrupo. a) Ativo circulante b) ativo realizável a longo prazo c) investimentos d) Imobilizado; e) Patrimônio líquido METODOLOGIA ATIVA TESTE 2 Explicação: Como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa, devem ser classificados como ativo imobilizado. Os funcionários são de fora do Estado e, portanto, trata-se de uma política da empresa necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os apartamentos são bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou exercidos com essa finalidade. Ativo Não Circulante - Imobilizado Lei 6.404/76: As contas serão classificadas do seguinte modo:IV- no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; Segundo o CPC 27, Ativo imobilizado é o item tangível que: a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e b) se espera utilizar por mais de um período. Ativo Não Circulante - Imobilizado Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: • Veículos; • Móveis e Utensílios; • Máquinas e Motores; • Imóveis; • Veículos adquiridos por meio de arrendamento. Ativo Não Circulante - Imobilizado Bens "decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens" Referidos bens não são de propriedade da empresa, porém são classificados no ativo imobilizado. O principal exemplo desses bens são os objetos de leasing (arrendamento mercantil). Os arrendamentos podem ser de dois tipos: • operacional e • financeiro. Ativo Não Circulante - Imobilizado Bens "decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens" A diferença fundamental entre eles reside na transferência de riscos: ➢ Caso exista a transferência de riscos teremos um arrendamento financeiro (ou seja, riscos e benefícios ficam com o arrendatário). ➢ Caso contrário, teremos um arrendamento operacional (ou seja, riscos e benefícios ficam com o arrendador). (recebe bem) (entrega bem) Ativo Não Circulante - Imobilizado Bens "decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens" As principais características inerentes aos arrendamentos financeiros são: • Há transferência da propriedade ao final do contrato; • O valor residual é mais baixo que o valor justo; • O período do arrendamento compreende a maior parte da vida útil do ativo; • O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor justo do ativo; • O ativo arrendado, por ser de alta especialização, apenas o arrendatário pode usá-lo sem grandes modificações. (transferem riscos) Ativo Não Circulante - Imobilizado Bens "decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens" Após a última revisão do CPC 06, o entendimento é que o arrendatário contabilize ambos os tipos de arrendamentos no ativo. Ativo Não Circulante – Intangível Lei 6.404/76: As contas serão classificadas do seguinte modo: VI- no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. O CPC 04 define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário, identificável, sem substância física. O Intangível abrange as contas representativas dos recursos aplicados em bens imateriais (incorpóreos). Ativo Não Circulante – Intangível Algumas contas que são classificadas nesse subgrupo: • Direitos Autorais; • Marcas e patentes; • Fundo de Comércio (Goodwill); • Sistemas Aplicativos (Software). Conforme exigência prevista no CPC 04, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de intangível quando cumulativamente: ✓ seja identificável; ✓ seja controlável; e ✓ seja gerador de benefícios futuros. Ativo Não Circulante – Intangível Exemplo: A empresa “Alunos da UAM S.A." objetivando ampliar suas operações resolve adquirir a microempresa “Móveis Jader Ltda.", avaliada pelo valor de mercado em R$ 150.000,00. Porém, os administradores da "Alunos da UAM S.A.", após sólida análise de mercado e tendo em vista outros interessados no negócio, resolvem comprar a promissora "Móveis Jader Ltda." pelo valor de R$ 200.000,00. Nesse caso, temos um goodwill de R$ 50.000,00. METODOLOGIA ATIVA TESTE 3 São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível: a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização económica limitada. e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. METODOLOGIA ATIVA TESTE 3 Explicação: Um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de intangível quando cumulativamente: ✓ seja identificável; ✓ seja controlável; e ✓ seja gerador de benefícios futuros. Passivo Passivo Circulante Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram durante o exercício seguinte. Algumas contas classificadas nesse grupo: • Fornecedores (duplicatas a pagar); • Impostos a Recolher (geralmente as contas vêm discriminadas, por exemplo, "ICMS a Recolher") • Salários a Pagar; • Dividendos a pagar. Passivo Não Circulante Nesse subgrupo podem aparecer as mesmas contas representativas de obrigações classificadas no Passivo Circulante, porém vencíveis após o término do exercício social seguinte. No Passivo Não Circulante são classificadas as Receitas Diferidas (receitas recebidas antecipadamente, por exemplo, aluguéis antecipados). As receitas diferidas se classificam, independente do prazo, no não circulante, pois não são obrigações exigíveis da empresa. ➢ São valores recebidos antecipadamente que somente se tornarão receita propriamente dita quando ocorrer o fato gerador (aplicação do regime de competência). Patrimônio Líquido Nesse grupo estão incluídas as contas representativas aos capitais próprios da entidade. São recursos: ✓ advindos dos proprietários (titular, sócios, acionistas) ou ✓ decorrentes da gestão do patrimônio (lucros/prejuízos apurados). Patrimônio Líquido Lei 6.404/76: No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. III - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Patrimônio Líquido São classificadas no PL as seguintes contas: • Capital Social; • Reservas de Capital; • Ajustes de Avaliação Patrimonial; • Ações em Tesouraria; • Reservas de Lucros; • Prejuízos Acumulados. Capital Social Lei 6.404/76: A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. O montante subscrito dá origem: • à conta capital social integralizado e • a parcela ainda não realizada comporá a conta capital social a integralizar (a realizar), redutora da conta capital social integralizado. O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. Capital Social Observação: O gasto na emissão de ações não é tratado como despesa do período, mas como redução do capital social. Reservas de Capital As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não transitam pelo resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL. ficando acumuladas para utilização posterior. São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; Reservas de Capital As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos negociáveis) emitidospor sociedades anônimas de capital fechado sem valor nominal, com a finalidade de captar recursos por um prazo máximo de 10 anos. As partes beneficiárias dão ao seu titular o direito de participação no máximo em 10% dos lucros da empresa emissora. Os bônus de subscrição são valores mobiliários emitidos no limite do capital social autorizado no estatuto por sociedades anônimas que conferem aos seus titulares o direito de preferência na subscrição das ações da empresa, dentro de um prazo preestabelecido e por um preço prefixado. Reservas de Capital As reservas de capital ficarão acumuladas no PL para utilização posterior. Lei 6.404/76: As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: I. absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros; II. resgate, reembolso ou compra de ações; III. resgate de partes beneficiárias; IV. incorporação ao capital social; V. pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos. Ajustes de Avaliação Patrimonial Lei 6.404/76: serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. Os ajustes de avaliação patrimonial têm como contrapartida o ajuste de determinados instrumentos financeiros e os valores de mercado dos ativos e passivos nas reorganizações societárias (incorporação, fusão e cisão). Os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados (baixados). METODOLOGIA ATIVA TESTE 5 De acordo com a lei a conta ajustes de avaliação patrimonial pertence ao patrimônio líquido e recebe as contrapartidas de: a) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em decorrência da sua avaliação pela equivalência patrimonial. b) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação pelo valor de mercado. c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. d) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em decorrência da precificação dos derivativos a valor de mercado. e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda estrangeira, em decorrência da variação cambial conjuntural. METODOLOGIA ATIVA TESTE 5 Explicação: Segundo a lei, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. Ações em Tesouraria Conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas nas mãos de um grande número de acionistas. Na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social. Ações em Tesouraria Lei 6.404/76: as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. Ações em Tesouraria é uma conta redutora do PL. O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros acumulados e reservas, exceto a reserva legal. Ações em Tesouraria A alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para a empresa, não representando receitas ou despesas. ➢ No caso de lucro a empresa deverá creditá-lo em reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). ➢ Se houver prejuízo, deverá debitá-lo em reservas de capital. Reservas de Lucros As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o património líquido. Lei n. 6.404/76: serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. Reservas de Lucros As reservas de lucros previstas em lei são: • Reserva Legal; • Reservas Estatutárias; • Reservas para Contingências; • Reserva de Incentivos Fiscais; • Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão); • Reserva de Lucros a Realizar; • Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; • Reserva Específica de Prêmio de Debêntures. Lucros ou Prejuízos Acumulados Manual FIPECAFI: • Foi extinta a manutenção e apresentação de saldos na conta Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial no caso das sociedades por ações. • No entanto, a conta Lucros Acumulados não deverá ser eliminada dos planos de contas dessas entidades. A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados continuará sendo utilizada nos planos de contas. Lucros ou Prejuízos Acumulados A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados continuará a ser usada para: ✓ Receber o resultado do exercício, ✓ Receber as reversões de determinadas reservas, ✓ Receber os ajustes de exercícios anteriores, ✓ Distribuir os resultados nas suas várias formas e ✓ Destinar valores para reservas de lucros. No entanto, no balanço patrimonial, a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados só poderá aparecer quando tiver saldo negativo, e será denominada de Prejuízos Acumulados. Lucros ou Prejuízos Acumulados A obrigação da conta Lucros Acumulados não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais. Assim, saldos nessa conta precisam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral ordinária. A lei: ✓ determina que "o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem", ✓ explicita que as reservas de capital poderão ser utilizadas para absorver prejuízos quando as reservas de lucros não forem suficientes. Lucros ou Prejuízos Acumulados Portanto, a apresentação da conta Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido das companhias só deverá ocorrer se as empresas não mais possuírem reservas de lucros que possam ser utilizadas para absorver tais prejuízos, podendo ainda serem utilizadas para a absorção, as reservas de capital. Gastos na emissão de ações Manual FIPECAFI: "Os gastos incorridos no processo de emissão de ações e outros valores mobiliários patrimoniais não mais poderão ser tratados como despesas do período da emissão, mas sim como uma redução dos valores efetivamente obtidos na captação junto aos sócios". Gastos na emissão de ações Portanto: ✓ Gastos na emissão de ações: não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim como acréscimo do custo de emissão em conta retificadora do capital social.
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