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PTR MATERIA COMPLETA PUC MINAS 2019

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PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO EM 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL 
O profissional que se propõe a 
ter como pacientes indivíduos que per-
deram os dentes deve estar consciente 
de dois pré requisitos: extrema empatia 
pelo problema alheio e conhecimento 
pleno do alcance e limitações das técni-
cas que podem ser utilizadas para reabi-
litar indivíduos e devolver-lhes a quali-
dade de vida. 
O diagnóstico em PTR é um pro-
cedimento contínuo e não é realizado 
em pouco tempo. 
 O planejamento é uma conside-
ração de todos os detalhes sistêmicos e 
locais que influenciam a preparação da 
boca: moldagem, as relações intermaxi-
lares, a oclusão a ser criada, a forma e o 
material dos dentes, o material da base 
da prótese, instruções de uso e cuida-
dos posteriores. 
 A habilidade de desempenho 
mecânico é apenas um dos detalhes na 
construção de PTR. O profissional deve 
conhecer anatomia, fisiologia e psicolo-
gia para que possa avaliar: 
o A atitude mental do paciente 
(fator psicológico); 
o O estado sistêmico do paciente 
(fatores sistêmicos); 
o A condição bucal (fator local). 
FATORES PSICOLÓGICOS 
1. Motivação: o que levou o paci-
ente a fazer a prótese? Dor, es-
tética, prevenção, razões eco-
nômicas... 
2. Homeostase: para manter o e-
quilíbrio do corpo. A mastigação 
é muito importante; 
3. Neuroses; 
4. Bruxismo; 
5. Transferência: querer ter um 
dente igual ao de um jovem. 
FATORES SISTÊMICOS 
Importância da anamnese: 
o Consulta inicial; 
o Exame e avaliação geral 
do paciente; 
o Moléstias sistêmicas e 
locais mais comuns. 
PRINCIPAIS DOENÇAS SISTÊMICAS QUE 
ACOMETEM IDOSOS 
o Anemia perniciosa: secura na 
boca, maior susceptibilidade a 
trauma, comprometimento da 
retenção da prótese; 
o Deficiência vitamínica ou nutri-
cional: boca seca, fragilidade ca-
pilar, debilidade geral, suscepti-
bilidade a trauma e infecções; 
o Hipertensão: dores de cabeça e 
tonturas, cansaço, incômodo 
maior ao tratamento (não atra-
palha o desempenho da prótese 
em si, mas atrapalha no proces-
so de confecção); 
o Osteoporose: densidade óssea 
diminuída, severa reabsorção 
óssea alveolar, estreitamento da 
crista óssea, possibilidade de 
fratura; 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
o Diabetes: secura na boca, sus-
ceptibilidade ao trauma, redu-
ção da tolerância dos tecidos à 
prótese, perda óssea rápida, fa-
cilidade à infecções; 
o Outras doenças: doenças derma-
tológicas, infecção por fungos, 
terapia por radiações, climaté-
rio, doença pulmonar crônica, 
desordens neurológicas, parkin-
son, etc. 
OBS: não existe retenção de prótese 
sem a presença de saliva. 
FATORES LOCAIS 
 São muitas as condições da boca 
edentada que devem ser analisadas, 
corrigidas e tratadas previamente, para 
criar condições à construção da PTR. 
o Mucosa bucal; 
o Área basal; 
o Forma do palato; 
o Tórus palatino ou mandibular; 
o Tuberosidades; 
o Processos genianos; 
o Glândulas; 
o Assoalho da boca, língua, saliva; 
o ATM. 
MUCOSA BUCAL 
1. Mucosa mastigatória: 
o Crista do rebordo residual, 
incluindo a gengiva, aderida 
firmemente ao osso de su-
porte; 
o Palato duro. 
2. Mucosa de revestimento: 
o Lábios; 
o Bochecha; 
o Palato mole; 
o Assoalho da boca; 
o Gengiva livre das vertentes 
do rebordo residual. 
3. Mucosa especializada: superfície 
dorsal da língua. 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS 
o Fóveas palatinas; 
o Freio labial; 
o Sulco hamular: atrás das tubero-
sidades; 
o Coxim retromolar; 
o Linha oblíqua externa e linha mi-
lohióidea: é onde fica a área 
chapeável da prótese inferior; 
o Papila incisiva: em paciente den-
tado, ela encontra-se a cerca de 
9mm da vestibular do incisivo 
central superior. Em paciente 
edêntulo, ela está em cima da 
crista do rebordo. 
ÁREA BASAL 
É a base protética em que se a-
dapta a prótese total. Ela é composta de 
osso recoberto por membrana mucosa, 
mucosa e submucosa (nela se encontra 
vasos sanguíneos que irrigam a superfí-
cie da fibromucosa gengival e as termi-
nações nervosas). 
Deve-se avaliar o arco (rebordo): 
reabsorvido, raso ou volumoso. 
OBS: rebordos planos são difíceis de se 
conseguir estabilidade e retenção para 
a PTR. 
 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
FORMA DO PALATO 
o Plano; 
o Arqueado (forma de V): é a pior, 
é difícil de moldar e de reter a 
prótese; 
o Arredondado (forma de U). 
TÓRUS PALATINO OU MANDIBULAR 
 É recoberto por um tecido fino e 
que é facilmente lesado. Interfere muito 
na adaptação da PTR e normalmente há 
a necessidade de remoção cirúrgica. 
A necessidade de remoção ci-
rúrgica depende de vários fatores (ida-
de, condições sistêmicas e financeiras). 
TUBEROSIDADES 
o Devem ser examinadas cuidado-
samente; 
o As tuberosidades normalmente 
proporcionam uma boa superfí-
cie de suporte; 
o Se forem muito grandes podem 
ocasionar instabilidade da PTR, 
sendo necessária a remoção ci-
rúrgica. 
Elas interferem no espaço inte-
rarcos. Deve-se descobrir se a tuberosi-
dade é formada de muita mucosa, mui-
to osso ou se é expansão do seio maxi-
lar. 
TUBÉRCULOS GENIANOS 
o Dois pontos próximos ao freio 
lingual, onde a musculatura do 
assoalho da boca se insere; 
o Com a reabsorção do rebordo, o 
tubérculo fica muito proeminen-
te, afilado e coberto por uma 
mucosa muito fina – chegam até 
a crista do rebordo (perda de 
vedamento periférico); 
o Necessidade de redução cirúrgi-
ca. 
GLÂNDULAS 
 Caso haja hipertrofia das glându-
las sublinguais, o assoalho é forçado 
para cima, comprometendo a retenção 
e estabilidade da PTR inferior. Nesse 
caso deve se feita remoção cirúrgica de 
parte das glândulas. 
OBS: às vezes a glândula não está hiper-
trofiada, mas se o rebordo reabsorver 
muito, ela pode ficar exposta. 
ASSOALHO DA BOCA, LÍNGUA E SALIVA 
o Assoalho: apresenta variações 
de forma, elasticidade e posição 
em relação à crista do rebordo, 
que podem comprometer a re-
tenção e estabilidade da próte-
se; 
o Língua: anormalidade de tama-
nho e forma, função e posição 
facilita ou compromete a PTR; 
o Saliva: apresenta variações em 
quantidade (xerostomia), e qua-
lidade (espessa, flúida), que 
comprometem a PTR. 
No assoalho tem muitos múscu-
los e as glândulas salivares. Com a reab-
sorção do rebordo, a musculatura toca 
na base da prótese e a desloca. 
OBS: observar onde está a carúncula da 
parótida, pois normalmente o rebordo 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
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desdentado está nesse mesmo nível, 
assim, tem espaço para os dentes. Se o 
rebordo estiver muito abaixo da carúcu-
la o espaço interarco está comprometi-
do, pois a oclusal do segundo molar 
superior está 6mm abaixo da carúncula. 
ATM 
o Deve ser examinada cuidadosa-
mente; 
o Indagar casos de luxações, artri-
te ou qualquer outra patologia 
que venha comprometer o bom 
uso da PTR. 
OBS: os dentes da prótese desgastam 
com o tempo e levam a perda da DVO, 
que gera problemas na ATM. 
EXAME EXTRAORAL 
 Observar: 
o Presença de assimetria facial; 
o Limitação e/ou desvios de aber-
tura e fechamento; 
o Estética: terço inferior da face, 
projeção do mento. 
A diminuição da DVO e o maior 
fechamento da boca causam rugas e 
queilite angular. 
EXAME RADIOGRÁFICO 
O diagnóstico será incompleto e 
inexato sem um exame radiográfico 
completo: 
o Avaliação do suporte ósseo; 
o Densidade da mucosa ao longo 
da crista; 
o Raízes retidas e dentes impacta-
dos; 
o Espículas ósseas; 
o Enfermidades do osso e outras 
anomalias. 
MODELO DE ESTUDO 
o Permite a visão do conjunto da 
área chapeável; 
o Auxilia no diagnóstico e plane-
jamento; 
o Facilita a comunicação em casos 
de cirurgia pré-protética; 
o Pode ser utilizado para a confec-
ção de PTR provisóriae moldei-
ras individuais. 
PLANO DE TRATAMENTO 
Sequência de condutas clínicas: 
o Resolução dos problemas sistê-
micos do paciente (relação mul-
tidisciplinar); 
o Avaliação das possibilidades psi-
cológicas, anatômicas e financei-
ras do paciente: prótese total 
convencional ou sobre implante; 
o Cirurgias pré-protéticas necessá-
rias; 
o Confecção e incorporação das 
PTR. 
MOLDAGEM DUPLA COM ALGINATO 
Moldeiras HDR – são moldeiras nume-
radas: superior 52 (maior), 54 (média), 
56 (menor); inferior 51 (maior), 53 (mé-
dia), 55 (menor). 
Preparo das moldeiras: para fazer a 
moldagem dupla, as perfurações devem 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
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ser maiores, para que o alginato passe, 
pois ele é mais denso. Deve ser feito um 
furo central na moldeira superior. 
1. Stops de cera: região de canino 
e molar – feitos para criar espa-
ço para o alginato; 
2. Plastificar a cera com lamparina, 
levar em boca e pressionar; 
3. Retirar os excessos de cera com 
bisturi procurando deixar as per-
furações livres; 
4. Primeira moldagem: fazer um al-
ginato “mais grosso”, com me-
nos água. Carregar a moldeira, 
passar um pouco de alginato so-
bre o fundo de saco de vestíbulo 
e sobre a abóboda do palato do 
paciente e levar a moldeira em 
boca por 3 minutos e meio até 
que a geleificação esteja com-
pleta; 
OBS: 2,5 de água/3 de alginato para 
moldeira 52 e para todas as outras usar 
1,5 de água/2 de alginato. 
5. Marcar a área de fundo de saco 
de vestíbulo no molde; 
6. Retirar os excessos externos de 
alginato com uma lâmina de bis-
turi (11); 
7. Colocar o molde em um grau 
com água por 10 minutos (em-
bebição); 
8. Retirar os excessos internos; 
9. Prender uma navalha em forma 
de U em uma porta agulha; 
10. Criar um alívio (3 a 4mm) com a 
navalha sobre toda a superfície 
do molde; 
11. Deixar um furo central no molde 
para escoamento da segunda 
moldagem; 
12. Segunda moldagem: fazer um al-
ginato com proporções normais 
(1/1), carregar a moldeira e pas-
sar um pouco de alginato sobre 
o fundo de saco de vestíbulo e 
abóboda do palato do paciente; 
OBS: 2/2 para a moldeira 52 e 1/1 para 
as outras moldeiras. 
13. Levar a moldeira em boca e a-
guardar 3 minutos e meio; 
14. Marcar a área de fundo de saco 
de vestíbulo no molde; 
15. Retirar os excessos de alginato; 
16. Delimitar o limite posterior da 
prótese total com lápis cópia na 
boca do paciente: linha anterior 
(representa a junção do palato 
duro com o palato mole) e linha 
posterior (representa a linha de 
vibração do palato mole ou a li-
nha do “ah”); 
17. Marcar com o lápis cópia o sulco 
hamular do paciente; 
18. Levar o molde em boca para que 
o limite passe para ele; 
19. Vazar 150 gramas de gesso tipo 
III, procurando deixar a base do 
modelo lisa. 
20. Aguardar em torno de 40 minu-
tos para desinformar o gesso. 
OBS: se a moldagem secundária ficar 
inadequada, ela pode ser removida sem 
prejuízos à moldagem primária. 
O QUE MUDA NO ARCO INFERIOR 
 Ao moldar, passar com o dedo 
um pouco de alginato no fundo de saco 
do vestíbulo e na região retromilohiói-
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
dea (afastar a língua com um dedo e 
passar com o outro). 
 Fazer uma língua de alginato 
antes de vazar o gesso: 
o Colocar um pedaço de algodão 
seco um pouco abaixo da altura 
do molde; 
o Espirrar um pouco de água no 
algodão; 
o Manipular 1/1 de alginato e co-
locar sobre o algodão; 
o Molhar o dedo e ajeitar o algina-
to sobre o algodão de forma que 
fique liso e aguardar a presa. 
BOXING OU ENCAIXOTAMENTO DO 
MOLDE 
o Cortar uma tira de atadura ges-
sada; 
o Passar fita crepe na metade; 
o Na outra metade fazer picotes 
de 2 em 2cm; 
 
o Enrolar a moldeira com a faixa 
deixando a área com fita crepe 
virado para cima (é a área onde 
vai entrar em contato com o 
gesso). 
 
 
o Molhar as franjinhas e grudar 
na área inferior da moldeira; 
 
o Vazar o gesso. 
 
PLANEJAMENTO DAS REABILITAÇÕES 
PROTÉTICAS NOS PACIENTES TOTAL-
MENTE DESDENTADOS 
Hayakawa, 2001 
 Deve-se ter em mente um paci-
ente dentado, para formar uma imagem 
e chegar numa dentadura (base acrílica 
com dentes inseridos nessa base). 
 As formas das PTR são quase 
que semelhantes. Devemos compreen-
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
der o significado da anatomia e fisiolo-
gia das estruturas que circundam as 
PTRs. Devemos ouvir dos pacientes suas 
reclamações e anseios sobre as PTRs. 
1. Anamnese; 
2. Exame extra-oral: 
Assimetria facial, harmoni-
a/estética facial, palpação da muscula-
tura e ATM. 
3. Exame intra-oral: 
 Palpação e observação dos 
rebordos (conhecer o que vo-
cê vai moldar); 
 Identificação de áreas trau-
matizadas; 
 Identificação de áreas reten-
tivas; 
 Identificação de áreas de hi-
perplasias; 
 Exame do fluxo salivar (idade 
do paciente, estado emocio-
nal, estado sistêmico); 
 Adequação da prótese (re-
embasamento com resina a-
crílica) – caráter emergernci-
al, até que a nova prótese fi-
que pronta. 
Durante o exame podem ser i-
dentificadas estruturas que necessitam 
ser removidas. 
As hiperplasias podem ser reti-
radas de forma não cirúrgica: preen-
chendo a câmara de sucção com resina 
acrílica – vai comprimindo até que a 
hiperplasia suma. 
 
4. Exame complementar: 
Em PT o exame mais solicitado é 
o radiográfico, em geral uma radiografia 
panorâmica e/ou oclusal. 
OBS: a conversa com o paciente é es-
sencial, ouvir suas queixas e tentar solu-
ciona-las, sendo as principais a mastiga-
ção, estética, fonética, dor ou incômo-
dos. 
OS FATORES FÍSICOS DE RENTEÇÃO EM 
PTR 
Pressão atmosférica: força que atua 
permanentemente sobre nós, é direta-
mente proporcional a área recoberta 
pela base da prótese. O vedamento pe-
riférico é imprescindível (no assoalho da 
boca, fundo de saco de vestíbulo e sela-
do palatino posterior). 
Adesão: atração física entre moléculas 
diferentes entre si – moléculas do acríli-
co e da mucosa (corpos diferentes em 
contato íntimo). 
Coesão: atração física entre moléculas 
do mesmo tipo (moléculas do mesmo 
corpo) – coesão entre as partículas de 
saliva. Quanto menor o filme de saliva, 
mais próximas estão suas moléculas, 
sendo assim, a separação fica mais difí-
cil (retenção). 
Tensão superficial ou energia de superfí-
cie: é a capacidade de atração intermo-
lecular na superfície de um corpo sólido 
ou líquido. É como se as moléculas den-
tro do corpo já estivessem ligadas entre 
si (coesão) e na superfície essas molécu-
las se ligam em parte entre si e em par-
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
99654-2337 
 
te com a saliva ou a mucosa do pacien-
te. 
ÁREAS RETENTIVAS 
São quaisquer áreas do contorno 
anatômico da maxila ou mandíbula que 
podem ser aproveitadas para auxiliar na 
retenção das próteses, como por exem-
plo: tuberosidades, região retromilohi-
oidea, depressões e/ou proeminências 
ósseas. 
MOLDAGENS EM PRÓTESE TOTAL RE-
MOVÍVEL 
o Observar a anatomia; 
o Escolha correta da moldeira. 
OBJETIVOS DAS MOLDAGENS 
o Mínima deformação dos tecidos 
de suporte; 
o Extensão correta da base da 
prótese; 
o Vedamento periférico funcional 
(espessura e contorno das bor-
das da prótese); 
o Contato adequado da base da 
prótese com o rebordo. 
É possível moldar com vários ti-
pos de materiais, mas ao final do traba-
lho deve-se ter obtido o contorno mais 
adequado possível. Não importa muito 
qual é o tipo de material, porque você 
está moldando tecido mole. 
TEORIA DAS MOLDAGENS 
o Com compressão: 
Feito com godiva. Fazia uma bo-
la com a godiva e adaptava-a na moldei-
ra. Levava em boca forçava, levando a 
compressão da mucosa e acaba defor-
mando o arco que se vai moldar 
o Com compressão mínima (muco-estática): 
Usada para não distorcer os tecidos. É a 
que fazemos. 
o Com compressão seletiva: 
Molda-se tudo com compressão, 
depois alivia-se na linha de sutura me-
diana, papila incisiva e linha do rebordo 
inferior e depois molda novamente com 
pasta de óxido de zinco e eugenol. 
o Moldagem única: 
Moldagem com apenas um ma-
terial – molda, obtém o molde e já faz o 
vazamento do gesso. 
o Moldagem dupla: 
Pode ser feito com godiva com 
pasta lisanda, com alginato e alginato 
ou com silicone. Molda, faz alívio e mol-
da novamente. 
o Moldagem anatômica: 
Molda com qualquer material 
(registro da área chapeável), vaza o ges-
so e faz um modelo para confecção da 
moldeira individual. 
o Moldagem funcional: 
Constrói-se uma moldeira em 
cima do modelo obtido através da mol-
dagem anatômica. 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
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Cobre-se o modelo com duas 
lâminas de cera 7 e coloca acrílico. Reti-
ra a cera de dentro do acrílico, assim 
terá uma moldeira individual. 
Por fim, faz a moldagem com a 
moldeirinha de acrílico. 
OBS: a moldagem funcional é com a 
moldeirinha de acrílico. A moldagem 
anatômica é a que faz pra fazer a mol-
deirinha. 
SÍNDROME DA COMBINAÇÃO OU SÍN-
DROME DE KELLY 
Não é possível fazer moldagem 
dupla de alginato, porque esse tipo de 
paciente tem um tecido flácido na regi-
ão anterior que acaba distorcendo mui-
to. Geralmente são pacientes com PT 
superior e classe I de Kennedy inferior. 
Esse tipo de paciente tem den-
tes artificiais posteriores, tanto no arco 
superior quanto no arco inferior – esses 
dentes se desgastam com o tempo, e os 
dentes anteriores inferiores começam a 
bater na dentadura superior. 
1. Os dentes anteriores inferiores 
anteriores batem na dentadura 
superior: acontece perda óssea 
na região anterior do rebordo 
maxilar; 
2. Como os dentes naturais inferio-
res estão batendo na dentadura, 
ela fica se movimentando e por 
sucção a tuberosidade cresce; 
3. Devido a esse movimento da 
prótese, ocorre hiperplasia papi-
lar; 
4. Extrusão dos dentes anteriores 
inferiores em forma de leque; 
5. Embaixo da PPR na região poste-
rior, ocorre uma reabsorção ós-
sea extensa. 
Nesse caso, é utilizada a molda-
gem com janela: 
o Molda com alginato; 
o Faz um modelo; 
o Cobre com cera; 
o Faz uma moldeirinha com acríli-
co; 
o Molda com godiva toda a perife-
ria do modelo junto da moldeiri-
nha; 
o Faz uma “janela” na região ante-
rior, onde o tecido é flácido; 
o Molda com pasta de óxido de 
zinco e eugenol; 
o Volta com a moldeirinha pra bo-
ca e passa alginato na janela. 
SELADO PALATINO POSTERIOR 
São tecidos moles que se encon-
tram na área de transição dos palatos 
duro e mole, sobre os quais uma PTR 
deve exercer pressão, dentro dos limites 
fisiológicos, para ajudar na retenção da 
mesma. 
Algumas estruturas devem ser 
observadas e ajudam na localização das 
linhas, por exemplo, as tuberosidades, o 
sulco hamular e as fóveas palatinas 
(sempre estão no palato duro). 
OBS: a dentadura deve sempre terminar 
no palato mole. 
FÓVEAS 
As fóveas são duas aberturas 
glandulares dentro dos tecidos da por-
ção posterior do palato duro situadas 
PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL – PUC MINAS 2019 
Michele 
Carvalho 
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em casa lado da linha média. Encon-
tram-se, em média, a 1,3mm anteriores 
à linha de vibração anterior. 
Elas não representam a união 
dos palatos duro e mole, apenas orien-
tam o dentista para a colocação do se-
lado palatino posterior. 
CLASSIFICAÇÃO DOS PALATOS MOLES 
CLASSE I 
o Horizontal, com mínima ativida-
de muscular; 
o Permite um selado palatino mais 
amplo – prótese mais retentiva; 
o As dentaduras são mais retenti-
vas; 
o Abóboda palatina em forma de 
U. 
Nos palatos classe I, o término 
da prótese fica a 5mm da junção dos 
palatos duro e mole, ou seja, tem bas-
tante área de compressão. Melhor ve-
damento. 
CLASSE II 
 O término da prótese fica de 2 a 
5mm da junção dos palatos. Disponibili-
za uma área de compressão menor, 
porém razoavelmente extensa para se 
conseguir um vedamento. 
CLASSE III 
o Mais vertical; 
o Abóboda palatina em forma de 
V; 
o Maior atividade muscular; 
o Selado palatino mais estreito – 
menos retenção. 
O término da prótese fica locali-
zado a menos de 1mm da junção dos 
palatos duro e mole. Pouca área de 
compressão. 
OBTENÇÃO DO SELADO PALATINO POS-
TERIOR 
o Linha de vibração posterior: é 
uma linha imaginária localizada 
por observação quando o paci-
ente pronuncia a palavra “AH”. 
A linha de vibração corresponde 
à parte mais distal da dentadura 
superior. Ela está localizada no 
palato mole. 
o Linha de vibração anterior: é 
uma linha imaginária localizada 
na união dos tecidos inseridos 
que se encontram cobrindo o 
palato duro e os tecidos móveis 
do palato mole adjacente. Pode 
ser localizada através da mano-
bra de Valsalva. 
Essas linhas devem ser localiza-
das em boca, marcadas com lápis cópia 
e transferidas para o molde de alginato. 
TÉCNICA PARA A LOCALIZAÇÃO DO SE-
LADO PALATINO POSTERIOR 
 Após a obtenção do molde defi-
nitivo de alginato, seguem-se os seguin-
tes passos: 
1. Enxaguar a boca; 
2. Secar a região palatina posterior 
com gaze; 
3. Penetrar com espelho bucal no 
sulco hamular (depressão atrás 
da tuberosidade); 
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4. Marcar com lápis cópia a de-
pressão dos dois lados; 
5. Pedir ao paciente para pronun-
ciar AH e observar o movimento 
do palato mole. Marca-se a linha 
de vibração posterior; 
6. Unir as linhas dos sulcos hamu-
lares com a linha de vibração 
posterior; 
7. Delimitar a linha de vibração an-
terior pela palpação dos tecidos 
com o espelho clínico, brunidor 
ou manobra de valsalva; 
8. Após a delimitação da área do 
selado palatino com lápis cópia, 
levar o molde de alginato à boca 
do paciente; 
9. As linhas limites da área do sela-
do palatino estarão transferidas 
para o molde de alginato. Refor-
çar essas linhas com lápis cópia; 
10. Vazar o gesso transferindo as li-
nhas do molde para o modelo 
de gesso; 
11. Reforçar as linhas no modelo de 
gesso com lápis comum; 
12. Marcar no modelo de gesso a 
área chapeável da prótese e re-
cortá-lo (depois vai desgastar a 
linha de vibração posterior). 
Demarcação da linha de vibração 
anterior: compressão dos tecidos moles 
com brunidor ou manobra de valsalva. 
TÉCNICA DO DESGASTE DO MODELO 
 Deve-se desgastar no modelo de 
gesso a região do selado palatino poste-
rior, que vai da linha de vibração anteri-
or até a posterior na profundidade de 
0,5 a 1,5mm. 
Se desgastar mais e ultrapassar 
o limite fisiológico, vai pressionar de-
mais a mucosa e causará uma úlcera no 
palato do paciente. 
Se isso acontecer, tem que des-
gastar na prótese tanto em altura, 
quanto em extensão – pode ser que 
perca o selado. 
FUNÇÕES DO SELO PALATINO 
o Aumentar a retenção da PTR su-
perior; 
o Evitar passagem de alimento e 
ar; 
o Eliminar o reflexo de náusea; 
o Compensar a contração da resi-
na polimerização. 
RELAÇÕES INTERMAXILARES 
 O registro das relações interma-
xilares é um procedimento muito im-
portante na confecção de uma prótese 
total removível. Qualquer erro nesta 
etapa pode resultar em uma prótese 
desconfortável e inviável de ser usada, 
podendo causar danos ao sistema es-
tomatognático. 
 Fatores observados no estabele-
cimento das relações intermaxilares: 
1. Plano vertical: DVO (grau de se-
paração maxilomandibular); 
2. Plano horizontal: relação ante-
roposterior – reposicionar a 
mandíbula em RC; 
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3. Plano lateral: movimento lateral 
da mandíbula. 
BASES DE PROVA 
o Rígidas; 
o Estáveis; 
o Retentivas; 
o Bem adaptadas ao rebordo resi-
dual; 
o Resina acrílicaauto, termo ou 
fotopolimerizável. 
PASSOS 
1. Modelo de trabalho obtido com 
moldagem funcional recortado 
corretamente; 
2. Avaliação das áreas retentivas; 
3. Aplicar cera nas áreas retentivas; 
4. Confeccionar base de prova em 
resina acrílica; 
OBS: o plano de cera pode ser feito com 
uma mistura de cera 7, 9 e cera utilida-
de ou apenas com cera 7. 
5. Marcação com grafite da crista 
do rebordo para auxiliar a colo-
cação do plano de cera sobre a 
crista do rebordo; 
6. Conformação do plano de cera 
sobre a crista demarcada (plano 
de cera deve ficar metade para a 
V e metade para a L/P). 
O plano de cera reestabelece as 
partes perdidas. A porção vestibular do 
plano de cera deve ser posicionada à 
frente do rebordo residual, a 12mm da 
borda posterior da papila incisiva (que é 
onde normalmente a face vestibular dos 
incisivos estão). Isso ajuda a fazer o re-
posicionamento labial. 
 
Medidas médias do plano de cera 
superior: A (10-12mm), B (20-22mm), C 
(5-7mm). 
 
No arco inferior, deve ser feita a 
demarcação da papila piriforme na face 
lingual da chapa de prova, dividindo-a 
em 3 partes de comprimentos iguais. A 
altura do plano de cera na região poste-
rior deve corresponder a ½ do trígono. 
 
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Medidas médias do plano de cera 
inferior: A (6-8mm), B (16-17mm), C (3-
6mm). 
 
INDIVIDUALIZAÇÃO DOS PLANOS DE O-
RIENTAÇÃO ARTICULAR 
 Objetivo: recuperar, com os pla-
nos de orientação, a sustentação dos 
tecidos da face, perdida com as extra-
ções dos dentes naturais. 
PLANO DE ORIENTAÇÃO SUPERIOR 
1. Suporte labial: 
Observar o ângulo nasolabial 
sem a chapa de prova. Depois, levar o 
plano superior em boca e observar no-
vamente o ângulo nasolabial, ele deve 
ficar próximo ou menor que 90 graus. 
Se estiver faltando, deve-se pre-
encher com mais cera a região vestibu-
lar da chapa de prova. 
OBS: a classificação do paciente (classe 
I, II ou III) influencia na escolha dos den-
tes. 
2. Altura incisal: 
É a determinação da porção visí-
vel dos dentes com os lábios em repou-
so. 
Em indivíduos dentados, o tubér-
culo do lábio superior pode ficar acima 
(20%), no nível (43,3%) ou abaixo do 
bordo incisal. Normalmente, em pesso-
as mais velhas o tubérculo está abaixo. 
O tipo do lábio (arqueado, reto 
ou caído) determina diferença no posi-
cionamento e até na escolha dos dentes 
artificiais. 
OBS: os homens apresentam uma média 
de 1,9 mm de exposição, as mulheres 
3,4 mm. 
Em pacientes idosos, o plano 
pode ficar um pouco mais alto, repro-
duzindo o desgaste natural dos dentes 
com a idade, acompanhando a flacidez 
dos lábios. 
O plano de cera deve ser recor-
tado de forma a mostrar, com os lábios 
em repouso, a quantidade exata do 
dente que deve aparecer nessa mesma 
condição, na prótese final. 
 
3. Linha do sorriso: 
Curva suavemente ascendente 
que acompanha a borda superior do 
lábio inferior. 
No plano sagital, o plano oclusal 
é paralelo ao plano de Camper, que pas-
sa bilateralmente do tragus à asa do 
nariz. No plano frontal o plano oclusal é 
paralelo à linha bipupilar. 
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OBS: o plano oclusal está a 6mm abaixo 
do ducto parotídeo. 
Marca-se no plano de cera exa-
tamente onde a carúncula está. Depois, 
fora de boca, marca-se 6mm abaixo e 
une esta marcação com a linha marcada 
do bordo incisal. 
Remove-se tudo o que está a-
baixo do que você marcou e planifica na 
régua de fox. 
Depois certifica-se se o plano o-
clusal está paralelo ao plano de Camper 
e ao plano bipupilar. 
Ao final do ajuste o plano de cera 
deve acompanhar o lábio inferior do 
paciente. 
 
4. Corredor bucal: 
É o espaço existente entre a su-
perfície vestibular dos dentes posterio-
res e a mucosa interna da bochecha. 
Observar, com a chapa de prova 
em boca, se existe esse espaço. Se esti-
ver faltando espaço deve-se remover um 
pouco de cera a partir da comissura para 
trás. 
5. Linha média: 
Ponto de apoio visual que coin-
cide com o contato proximal entre as 
faces mesiais dos incisivos centrais su-
periores. Marcar a linha média sobre o 
plano de cera. 
A linha média demarcada serve 
como referencial estético, tendo pouca 
influência funcional. 
PLANO DE ORIENTAÇÃO INFERIOR 
 Reestabelecimento da posição 
mandibular. 
o Consiste no restabelecimento da 
posição da mandíbula em rela-
ção à maxila nos planos vertical 
e horizontal; 
o É a posição mandibular de um 
indivíduo edentado determinada 
por parâmetros estéticos e fun-
cionais; 
o Posição restabelecida pela asso-
ciação de várias técnicas. 
O plano oclusal deve terminar na 
metade do trígono retromolar e deve 
facear o lábio inferior. Deve-se desgas-
tar ou acrescentar cera na vestibular 
para alinhar os lábios superior e inferior. 
 
 
 
 
 
 
Dimensão vertical de oclusão (DVO): é a 
relação espacial da mandíbula em rela-
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ção à maxila no plano vertical, quando 
os dentes estão em contato (MIH). 
Dimensão vertical de repouso (DVR): é a 
altura do perfil facial do paciente medi-
da através de dois pontos, quando a 
mandíbula estiver em posição fisiológica 
de repouso em relação à maxila. 
Espaço funcional livre (EFL): é o espaço 
existente entre os dentes quando a 
mandíbula se encontra em posição de 
repouso, na qual o tônus muscular está 
em estado de equilíbrio. Espaço entre o 
plano oclusal do arco inferior e superior. 
Varia de 3 a 12mm (consideramos 3mm 
para aplicar na fórmula). 
DVR > DVO 
DVR = DVO + EFL 
DVO = DVR – EFL 
EFL = DVR – DVO 
MÉTODOS PARA DETERMINAR A DVO 
1. Método métrico; 
2. Método fisiológico; 
3. Método fonético. 
Para determinar a DVO utiliza-
mos dois métodos, assim tem-se a cer-
teza de que o valor obtido está correto. 
MÉTODO MÉTRICO (Willis) 
o Fundamenta-se na observação 
de pacientes dentados; 
o Utilização do compasso de Wil-
lis; 
o A distância do canto externo do 
olho até a comissura labial é igual 
à distância do mento à base do 
nariz. Nesta situação o paciente 
estaria em DVR, então deve-se 
diminuir cerca de 3 a 4mm (EFL) 
para obter a DVO; 
OBS: depois desse método, realiza-se o 
método fonético para checar se o valor 
encontrado está correto. 
MÉTODO FISIOLÓGICO 
o A posição fisiológica de repouso 
da mandíbula fornece uma boa 
referência para a determinação 
da DVR; 
o Faz-se o registro do terço inferi-
or da face com a mandíbula em 
repouso com o compasso de 
Willis; 
o Diminuir 3 a 4mm relativos ao 
EFL para chegar-se a DVO, por 
acréscimo ou subtração no pla-
no de cera. 
MÉTODO FONÉTICO 
o É um método para aferir a fun-
cionalidade da DVO previamente 
estabelecida; 
o Consiste em solicitar ao paciente 
que pronuncie palavras com sons 
sibilantes (sessenta e seis, Mis-
sissipi), e observar o movimento 
da mandíbula, formando um es-
paço interoclusal denominado 
espaço funcional de pronúncia 
(a mandíbula aproxima, mas não 
pode tocar); 
o Por se basear em um parâmetro 
fisiológico, o espaço funcional de 
pronúncia é mais confiável como 
método de avaliação que o EFL. 
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Se o plano de cera estiver encos-
tando um no outro deve ser feito o des-
gaste, pois eles não podem se tocar – 
desgasta o plano inferior. 
RELAÇÃO CÊNTRICA 
 Relação mais posterior da man-
díbula em relação à maxila no plano 
horizontal, estando os côndilos anterio-
rizados na cavidade glenóide. No caso 
do desdentado, ele perdeu essa refe-
rência, mas ela pode ser reproduzida, 
pois ela não depende de dentes. 
MÉTODOS 
1. Método da manipulação; 
2. Método fisiológico. 
Aplicam-se os dois simultanea-
mente. 
MÉTODO DA MANIPULAÇÃO 
o Leva-se a mandíbula para a posi-
ção maisretruída com o auxílio 
de uma ou duas mãos do opera-
dor; 
o Manter a chapa de prova inferi-
or apoiada sobre o rebordo para 
não comprometer a precisão do 
registro; 
o Demarcação de linhas para con-
ferir RC – linhas paralelas no 
plano superior e inferior; 
o Depois, fazer o registro da rela-
ção cêntrica (check-bite): 
 Confecção de canaletas 
em forma de V no plano 
superior (lado esquerdo 
e direito); 
 Confecção de rampas no 
modelo inferior; 
 Vaselinar as canaletas do 
modelo superior; 
 Colocação de godiva no 
espaço obtido pelos re-
cortes em V (deixar com 
sobrecontorno) – primei-
ro de um lado só; 
 Conjunto é levado em 
boca (vai encaixar na 
rampa do modelo inferi-
or) – observar se as li-
nhas estão paralelas; 
 Repetir o mesmo proce-
dimento do lado oposto. 
 
 
 
 
 
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LINHAS DE REFERÊNCIA 
o Linha média: nos instrui no posi-
cionamento dos incisivos cen-
trais; 
o Linha alta do sorriso: vai deter-
minar o comprimento dos cen-
trais; 
o Linha dos seis dentes: para saber 
onde estarão os dentes de cani-
no a canino – linha de comissura 
a comissura ou distância inter-
alar (é uma linha que passa pela 
asa do nariz e coincide com a 
ponta do canino no dentado). 
OBS: caso tinha sido marcada a linha 
inter-alar, deve-se acrescentar 2mm 
para cada lado, porque você quer que 
coincida com a distal do canino e não 
com a ponta dele. 
MONTAGEM EM ARTICULADOR 
MODELO SUPERIOR 
Nos casos de PTR o plano oclusal 
é determinado com o ajuste do plano 
de referência superior, permitindo que 
o modelo superior seja montado no 
articulador utilizando a mesa de monta-
gem. Facilita e torna mais preciso o pro-
cedimento. 
1. Confecção de split-cast: em for-
mato de V e com paredes expul-
sivas – para conseguir remover 
do articulador; 
2. Acerto de irregularidades (bo-
lhas) com cera 7; 
3. Vaselina toda a base e faz um 
box com fita crepe; 
4. Gesso tipo IV (preencher com 
cuidado toda a superfície do 
modelo – primeiro os picotes); 
5. O pino incisal deve estar em ze-
ro e tocar a mesa incisal; 
MODELO INFERIOR 
1. Fixação da chapa de prova ao 
modelo com cera pegajosa; 
2. Split-cast; 
3. Vaselina; 
4. Fixa o inferior no superior com 
palitos e godiva; 
5. Vira o articulador; 
6. Fixa com gesso. 
Após essa fase, o modelo irá pa-
ra laboratório para a montagem dos 
dentes. 
MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS 
NA PTR 
Podemos usar a prótese anterior 
do paciente como forma de modelo 
para realização da nova. Devemos ser 
bastante cuidadosos durante a prova da 
chapa de prova – mostrar ao paciente 
como ficarão os dentes artificiais e do-
cumentar a aprovação do paciente. 
DENTIÇÃO NATURAL — EXAME DO 
SORRISO 
As condições naturais devem ser 
reproduzidas na prótese. 
Aspectos da dentição natural são 
utilizados como referência para a mon-
tagem dos dentes (referência para a 
estética) na PTR. 
 
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MONTAGEM DE DENTES ANTERIORES 
LINHAS FACIAIS E DENTAIS DE REFE-
RÊNCIA 
Algumas linhas devem ser exa-
minadas: linhas de referência do sorriso 
e linhas de referências faciais. 
1. Linha interpupilar (horizontal); 
2. Linha de comissura (horizontal); 
3. Linha mediana da face (vertical) 
– essa linha geralmente coincide 
com a mesial dos incisivos cen-
trais superiores. 
OBS: capacidade de triturar alimentos 
com PT convencional é só de 10%. Você 
perde 90% da capacidade de mastiga-
ção. 
O contorno da gengiva e a incisal 
dos dentes anteriores superiores e infe-
riores devem ser paralelos à linha inter-
pupilar. 
 Deve-se definir também a quan-
tidade de gengiva que irá aparecer ao 
sorrir (no máximo 3mm de gengiva ex-
posta). 
 É importante que a borda incisal 
dos dentes anteriores termine na borda 
interior do lábio inferior (inclinação dos 
centrais – não devem ser muito vestibu-
larizados). É importante – pedir ao paci-
ente para falar palavra com sons de F 
(fafá, fubá) para observar se existem 
interferências. 
 Em vista lateral, o plano de 
Camper deve estar paralelo ao plano 
oclusal. 
REQUISITOS PARA UM SORRISO HAR-
MÔNICO 
1. Linha média dos incisivos cen-
trais coincidente com linha mé-
dia da face; 
2. Proporção correta de gengiva 
exposta durante o sorriso (no 
máximo 3mm); 
3. Contorno gengival paralelo à li-
nha interpupilar; 
4. Plano incisal paralelo à linha in-
terpupilar; 
5. Simetria na linha média dentá-
ria; 
6. Inclinação dos dentes anteriores 
para dentro do lábio inferior. 
OBS: os centrais devem ser espelhados 
(idênticos entre si), os laterais podem 
ser um pouco diferentes, não interfe-
rem tanto na estética quanto os cen-
trais. 
TEORIA DE SELEÇÃO DOS DENTES 
o O contorno da face corresponde 
às formas geométricas em 64% 
dos casos; 
» Quadrado: faces proxi-
mais paralelas; 
» Triangular: faces laterais 
convergentes; 
» Ovóide: faces arredon-
dadas. 
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Após a escolha do tipo do dente 
de acordo com o formato do rosto, de-
termina-se a altura e largura. 
Altura do dente: vai da linha do sorriso 
alto até a borda do plano de cera supe-
rior. 
Largura do dente: distância entre as 
comissuras labiais (distal de canino à 
distal de canino). 
Borda incisal: a borda incisal do ICS em 
relação com a linha labial de repouso. 
o Mulher jovem: 3mm abaixo; 
o Homem jovem: 2mm abaixo; 
o Meia idade: 1 a 1,5mm abaixo; 
o Idoso: na altura da linha labial 
ou até 2mm acima. 
OUTROS AUXILIARES PARA A ESCOLHA 
DOS DENTES ARTIFICIAIS 
o Registros pré-extração; 
o Fotografias; 
o Radiografias; 
o Semelhança com parentes pró-
ximos; 
o Dentes extraídos. 
ARRANJO DOS DENTES PARA ESTÉTICA 
o Suporte lábio: obtido pela corre-
ta localização dos dentes anteri-
ores superiores (terço médio 
vestibular) e não pelo flanco do 
paciente; 
o O corredor bucal deve permitir a 
visualização: 
» Do canto da boca; 
» Da zona do corredor bu-
cal; 
» Faces vestibulares de 
molares e pré-molares; 
» Zonas mais claras e escu-
ras. 
A oclusão dos dentes anteriores 
pode ocorrer de 3 formas: 
1. Com overbite; 
2. Com overbite e overjet; 
3. Topo a topo. 
 
OBS: deixar o overjet e o overbite na 
média de 1 a 1,5 mm para evitar movi-
mentos de báscula da PTR. 
Os trespasses horizontal e verti-
cal não podem ser fundos, para dar 
mais estabilidade à PTR. 
MONTAGEM DOS DENTES POSTERIORES 
Uma vez montado os dentes an-
teriores, passa-se para a montagem dos 
posteriores. 
Se o paciente for parcialmente 
edêntulo no arco antagonista, deve-se 
observar bem o posicionamento dos 
dentes remanescentes e o plano oclu-
sal, pois caso o paciente deseje serão 
feitas correções, por exemplo, extração 
nos dentes antagonistas e confecção 
também de uma PTR ou de implantes, 
para que o prognóstico seja melhor. 
 
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FORMA DOS DENTES POSTERIORES 
1. Dentes anatômicos: 33 graus; 
2. Dentes semi-anatômicos: 22 
graus (o mais usado para PTR); 
3. Dentes não anatômicos: 0 graus. 
Os dentes anatômicos não são 
usados. Usamos preferencialmente os 
com inclinação de 22 ou 0 graus, para 
não ter contato nas vertentes e instabi-
lidade da prótese. 
DENTES ANATÔMICOS – 33o 
 Suas fossas são profundas e cús-
pides afiladas. 
o Melhor eficiência na mastigação; 
o Melhor estética; 
o Necessitam de registros inter-
maxilares precisos; 
o Maior dificuldade na montagem 
dos dentes; 
o Exercem maior força horizontal 
sobre a prótese (tendência a 
deslocar a prótese). 
 
DENTES SEIMI-ANATÔMICOS – 22o 
o Cortam menos que os dentes 
anatômicos; 
o Direcionamento de forças mais 
axial do que os dentes anatômi-
cos. 
 
DENTES NÃO-ANATÔMICOS – 0o 
o Não são tão eficientesna masti-
gação; 
o Mais fáceis de montar; 
o Transmissão vertical das forças 
(mais estável); 
o Permite o fechamento da boca 
em mais de uma posição; 
o Proporciona ao paciente uma 
acomodação mais fácil quando 
existe mudança da relação in-
termaxilar. 
 
OBS: não deixar overbite profundo, dá 
menos estabilidade. 
 
 
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» Por que usar dentes posteriores 
não anatômicos? 
1. Técnica e instrumentação sim-
ples; 
2. Adaptação mais fácil às relações 
mandibulares incomuns; 
3. Acomodação mais fácil do paci-
ente às alterações no suporte da 
prótese. 
BALANCEAMENTO OCLUSAL 
PLANO BUCOLINGUAL 
1. As fossas dos dentes inferiores 
devem coincidir com a linha que 
passa pela distal do canino até 
metade da altura do trígono re-
tromolar – o sulco central deve 
ficar em cima da crista do re-
bordo; 
 
 
 
 
2. Os dentes inferiores podem ser 
deslocados levemente para bu-
cal, mas não devem ser coloca-
dos lingualmente; 
 
 
 
 
3. Os dentes posteriores inferiores 
deverão ter seus sulcos mésio-
distais posicionados sobre a cris-
ta do rebordo; 
 
Os dentes posteriores superiores 
são montados de acordo com o relacio-
namento das cristas maxilomandibula-
res (2mm de sobreposição horizontal). 
OBS: se for topo a topo – arredondar as 
cúspides vestibulares inferiores para 
haver dissipação de forças. 
OBS: largura e força da língua — algu-
mas vezes a língua do desdentado total 
possui um maior volume e força muscu-
lar. 
REABSORÇÃO DO REBORDO ÓSSEO 
Altura do rebordo e espaço entre os ar-
cos: o ideal seria ter a maior parte do 
rebordo presente e um espaço em ca-
racterísticas normais. Pois, cada vez que 
há mais reabsorção, aumenta a instabi-
lidade. Quanto maior a distancia entre 
os arcos e quanto menor o rebordo, 
mais instabilidade tem a PTR. 
OBS: o ideal seria ter 1/3 de dente para 
2/3 de rebordo alveolar. Normalmente 
não se consegue isso, porque antes de 
se ter um PTR, provavelmente havia 
uma PPR em extremo distal livre, onde a 
sela acrílica ficou batendo e causou uma 
reabsorção óssea. 
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OCLUSÃO EM PTR 
o Promover uma boa eficiência 
mastigatória, além de uma co-
modidade e fonética adequadas; 
o Manutenção da estabilidade das 
próteses; 
o Preservação das estruturas que 
as sustentam (mucosa e osso) – 
diminui a velocidade da reabsor-
ção. 
Para se ter uma oclusão balance-
ada deve haver presença de contato no 
lado de balanço durante a lateralidade. 
 
SELEÇÃO DOS DENTES QUANTO AO MA-
TERIAL 
PORCELANA OU CERÂMICA 
o Estão em desuso – muito dura e 
faz barulho durante a oclusão; 
o São muito difíceis de serem tra-
balhadas; 
o Grande estabilidade de cor e 
forma; 
OBS: não adere quimicamente ao acríli-
co da prótese. 
RESINA ACRÍLICA 
o Grande versatilidade de cores e 
formas; 
o Maior facilidade de trabalho; 
o Quando se faz o dente acrílico 
tem uma boa união com a base 
acrílica da PTR, pois os dois são 
o mesmo material. 
REMONTAGEM E AJUSTE EM ARTICULA-
DOR 
 A remontagem consiste na reco-
locação da prótese no articulador, após 
a prensagem devido à alteração da DVO 
e de modificações na posição dos den-
tes, durante o processo de polimerização 
da resina acrílica. 
A primeira montagem que faze-
mos no articulador deve permitir uma 
remontagem, ou seja, o modelo tem 
que sair do articulador para o laborató-
rio fazer a prensagem e deve voltar para 
o articulador para o ajuste oclusal. 
Para isso, a base do modelo de-
ve ficar plana e devem ser feitas reen-
trâncias expulsivas com ângulos vivos = 
split cast, para que assim o modelo pos-
sa ser retirado e recolocado no articula-
dor. 
VANTAGENS 
o Reduz a participação do pacien-
te; 
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o Permite ao dentista avaliar me-
lhor os procedimentos: em to-
dos os ângulos; 
o Trabalha-se sobre uma base só-
lida: a prótese não se movimen-
ta sobre tecido resiliente; 
o Ausência de saliva facilita a mar-
cação do carbono; 
o Correções podem ser feitas sem 
a interferência do paciente. 
OBS: fazer os ajustes em boca é mais 
difícil, pois a prótese se movimenta por 
causa do tecido mole. 
CAUSAS DA REMONTAGEM E AJUSTE 
o Alteração dimensional dos ma-
teriais de inclusão; 
o Técnicas de prensagem: pode 
ter algum erro na técnica; 
o Comportamento dimensional da 
resina acrílica que ao se polime-
rizar sofre contração volumétri-
ca de 7% o que refletirá em uma 
contração linear de 0,2 a 0,5%; 
o Tensões internas na massa da 
resina e modificações na posição 
relativa dos dentes, afetando a 
oclusão; 
o Película de resina que fica entre 
as duas partes da mufla aumen-
tando a DVO; 
o Prensagem da resina na fase 
borrachoide: necessidade de 
maior pressão para que as par-
tes da mufla se adaptem  for-
ça excessiva pode movimentar 
os dentes na massa da resina; 
o Prensagem feita rapidamente  
movimentação dos dentes; 
o A camada de gesso de revesti-
mento pode ceder devido à po-
rosidade  proporção incorreta 
de gesso e água e espessura de 
gesso inadequada entre a den-
tadura e a tampa da mufla (fra-
tura do gesso e movimento dos 
dentes); 
o Pressão na mufla diminuída ou 
afrouxada durante o ciclo de po-
limerização  afastamento das 
duas partes da mufla  aumen-
to da altura da PTR; 
o As duas partes da mufla podem 
ser afastadas se a camada ex-
cessiva de resina não tiver sido 
removida durante a prensagem 
de prova  aumento da DVO. 
TÉCNICA DE REMONTAGEM 
1. Técnica com registros anterio-
res: 
o É a mais usada; 
o Mais rápida; 
o Demanda menor tempo. 
2. Técnica com novos registros. 
REGISTROS ANTERIORES 
o Técnica do “split-cast”: o modelo 
de gesso com a respectiva pró-
tese retorna ao articulador en-
caixando-se o modelo entalhado 
na base de gesso corresponden-
te ao split-cast; 
o A união do modelo à base é feita 
com cera pegajosa, godiva ou 
superbonder. 
 
 
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REGISTROS NOVOS 
A dentadura é levada na boca do 
paciente e são feitos registros com cera 
(lateralidade, protrusão, cêntrica), leva 
novamente ao articulador e faz a re-
montagem. O paciente precisa estar 
presente. 
o As próteses já liberadas e pron-
tas retornam à boca do paciente 
e novos registros são tomados; 
o As alterações seriam muito mai-
ores, dificultando o ajuste. 
AJUSTE OCLUSAL 
 É o procedimento pelo qual, 
através de desgastes planejados em á-
reas oclusais específicas reajustando a 
oclusão, recuperamos a DVO original. 
OBS: recuperar a DVO que foi obtida em 
boca durante o ajuste da chapa de pro-
va. 
FINALIDADES 
o Máxima distribuição dos esfor-
ços em cêntrica; 
o Harmonia das vertentes guias, 
para distribuir os esforços oclu-
sais em movimentos excêntri-
cos; 
o Manutenção da DVO; 
o Redução das vertentes para diri-
gir os esforços aos tecidos de 
suporte; 
o Aumento da área de saída dos 
alimentos; 
o Redução das superfícies de con-
tato: para os contatos ficarem 
mais próximos da crista do re-
bordo; 
o Manutenção da agudeza das 
cúspides: deixar as cúspides a-
gudas, para conseguirem triturar 
os alimentos. 
OCLUSÃO EM PTR 
o Oclusão balanceada bilateral: 
contatos simultâneos nos lados 
direito, esquerdo e na região an-
terior e posterior dos arcos. 
É a presença de um contato an-
terior e dois posteriores, um de cada 
lado, formando um tripé – com esse 
tripé tem-se o equilíbrio oclusal. 
 Pelo equilíbrio oclusal as próte-
ses não sofrem rotação nem desloca-
mento, as forças são bem orientadas 
pela área basal das dentaduras preve-
nindo traumas nos tecidos de suporte. 
IMPORTÂNCIA DA OCLUSÃO BALANCE-
ADA 
o Para a mastigação e principal-
mente para os movimentos pa-
rafuncionais;o Quanto maior o equilíbrio oclusal 
maior será a retenção ativa da 
PTR e educação funcional dos 
músculos. 
FINALIDAFES DA OCLUSÃO BALANCEA-
DA 
o Permitir movimentos livres; 
o Distribuição racional das forças 
pela área chapeável da prótese: 
essa distribuição na PT superior 
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é melhor, pois a área chapeável 
é grande; 
o Evitar rotações e deslocamentos 
das próteses; 
o Permitir a estabilidade da man-
díbula na deglutição: ao final da 
deglutição há toque de dentes. 
Se a PTR não estiver com a oclu-
são balanceada, com contatos 
bilaterais, ao deglutir e haver 
toque de um só lado, ela se des-
loca; 
o Evitar traumas nos tecidos de 
suporte; 
o Favorecer a eficácia mastigató-
ria; 
o Prevenir danos aos músculos e 
ATM; 
o Favorecer a retenção, estabili-
dade e conforto da PTR. 
A oclusão está equilibrada em 
cêntrica quando há contatos bilaterais e 
simultâneos estando os côndilos em 
relação central. Ao término do fecha-
mento bucal as relações dentais não 
conflitam com a posição dos côndilos. 
 Para a oclusão equilibrada em 
excêntrica, tanto na protrusão e latera-
lidade, há necessidade de pelo menos 
três pontos de contato entre os dentes 
antagonistas, formando um eliquíbrio 
de um tripóide. 
» Na lateralidade: dois pontos de 
contato no lado de trabalho (um 
no canino e outro nos últimos 
molares) e no lado de balanceio 
no último molar entre as cúspi-
des vestibulares inferiores e pa-
latinas superiores; 
» Na protrusão: um na região de 
incisivos e dois na região poste-
rior, no último molar, um em 
cada lado. 
TÉCNICA DE AJUSTE OCLUSAL 
MATERIAL NECESSÁRIO 
o Pontas montadas esféricas; 
o Pontas montadas cilíndicas; 
o Pontas montadas cilíndrico-
cônicos; 
o Papel carbono dupla cor; 
o Tiras de celofane bem fino. 
AJUSTE OCLUSAL EM CÊNTRICA 
 Geralmente observamos antes 
do ajuste um levantamento do pino 
incisal, sendo normal um afastamento 
de até 1mm (ou seja, houve aumento 
da DVO). 
Coloca-se o papel carbono entre 
os dentes e fecha-se o articulador para 
detectar os contatos prematuros. 
 Prestar atenção no pino incisal e 
nas esferas condilares as quais não po-
derão perder contato com as paredes 
superior e posterior da caixa guia. 
 Os contatos prematuros apare-
cem como marcas circulares com o cen-
tro mais claro  somente estas marcas 
serão desgastadas. 
o Contato prematuro entre cúspi-
de e fossa: desgastar fossa; 
o Cúspide e vertente: desgastar 
vertente; 
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o Entre vertentes: desgastar a ver-
tente mais inclinada ou aquela 
cujo contato prematuro esteja 
mais próxima da cúspide de con-
tenção cêntrica (VIPS). 
Deve-se desgastar sempre um 
contato de cada vez e nunca as duas 
marcas correspondentes, pois podere-
mos retirar a cúspide de sua oclusão. 
Se necessário, repetir o processo 
até que o pino incisal toque a mesa, e 
que os contatos estejam igualmente 
distribuídos. 
AJUSTE NA REGIÃO ANTERIOR 
 Embora os dentes anteriores 
não devam ocluir, pode surgir algum 
contato prematuro. 
 Deve-se desgastar a face palati-
na dos dentes superiores, sem mutilá-
lo. 
 Se decidirmos desgastar a borda 
incisal ou do dente canino inferior de-
vemos antes observar os contatos den-
tes em protrusão e lateralidade. 
» Quando parar de desgastar? 
Cessar quando obtiver o máximo 
de pontos de contatos simultâneos e 
bilaterais das CCC com as respectivas 
fossas centrais e proximais. As CCC não 
se desgastam a menos que interfiram 
no movimento de lateralidade. Também 
quando pino incisal volta a tocar a mesa 
incisal. 
 
AJUSTE OCLUSAL EM LATERALIDADE 
 Marcam-se novamente todas as 
cúspides de apoio e respectivas fossas 
com papel carbono. 
 Inverte-se o papel carbono, fe-
chando-se o articulador, movimentan-
do-se lateralmente. 
 Os contatos prematuros aconte-
cerão de cor diferente daquela usada 
para as cúspides de apoio. 
 Desgastam-se apenas estas mar-
cas, não incluindo no desgaste nenhu-
ma marca referente a cúspide de apoio. 
 Os contatos prematuros em la-
teralidade são causados pela inclinação 
das vertentes e não pelas cúspides cên-
tricas. 
No lado de trabalho os desgastes 
serão realizados nas vertentes palatinas 
das cúspides vestibulares superiores ou 
nas vertentes vestibulares das cúspides 
linguais inferiores (regral de BULL). 
 Os movimentos devem ser repe-
tidos até que sejam observados conta-
tos uniformes nos lados de trabalho e 
não trabalho. 
OBS: os contatos de trabalho e não tra-
balho são marcados simultaneamente. 
No lado de balanceio os contatos 
poderão aparecer nas vertentes vesti-
bulares das cúspides palatinas superior 
ou nas vertentes linguais da cúspide 
vestibular inferior. 
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Desgastar preferencialmente os 
contatos prematuros nas vertentes da 
cúspide palatina. 
Ajustada a oclusão de um lado 
repete-se a manobra para o lado oposto 
e realiza-se os desgastes se o caso exi-
gir. 
AJUSTE OCLUSAL EM PROTRUSÃO 
 Marcam-se as cúspides de apoio 
com papel carbono em cêntrica, depois 
inverte-se o papel carbono, fecha-se o 
articulador e move-se o ramo superior, 
simulando a protrusão. 
As áreas com interferências o-
clusais sairão em cor diferente da cor 
das cúspides de relação cêntrica. 
O desgaste deve ser feito nas 
vertentes palatinas distais das cúspides 
vestibulares superiores e nas vertentes 
vestibulares mesiais das cúspides lin-
guais inferiores, pois não são cúspides 
cêntricas. 
 Na região anterior o desgaste 
dos contatos prematuros será na borda 
incisal ou canino dos dentes inferiores. 
 O ajuste estará completo quan-
do se obtém no mínimo 3 pontos de 
contato, um na região anterior e dois na 
região posterior, um de cada lado no 
último molar. O pino incisal voltará a 
manter contato com a mesa incisal. 
AJUSTE OCLUSAL EM DENTES NÃO-
ANATÔMICOS 
 Quando dentes sem cúspides 
são usados, as superfícies oclusais dos 
dentes posteriores superiores são des-
gastadas para tornar o contato harmo-
nioso do lado direito e esquerdo quan-
do em relação de oclusão cêntrica. 
 Para este ajuste, deve-se: 
o Assegurar que os elementos 
condilares estejam corretamen-
te alojados no articulador; 
o Colocar carbono articular sobre 
as superfícies oclusais e bordas 
incisais de todos os dentes infe-
riores; 
o Bater os dentes juntos para re-
gistrar as áreas de contato; 
o Com uma broca para acrílico, 
desgastar as superfícies oclusais 
dos dentes até se conseguir á-
reas de contato simultâneas e 
uniformes dos lados direito e 
esquerdo; 
o Os dentes anteriores deverão 
estar levemente fora de contato 
na posição de RC. 
MÉTODO DE GRONAS (1970) 
o Método mais simples: utilização 
de tiras de lixa d’água; 
o Já que o objetivo principal do 
uso de dentes não anatômicos é 
eliminar as interferências cuspí-
deas, é necessário que o es-
quema oclusal seja mantido du-
rante o desgaste; 
o O uso de um instrumento rota-
tório normalmente causa irregu-
laridades na superfície oclusal; 
o As tiras de lixa são o melhor ins-
trumento para o desgaste. 
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As tiras devem ser cortadas de 
larguras diferentes para permitir a re-
dução individual dos dentes ou do qua-
drante a ser trabalhado. Deve ser locali-
zado os contatos prematuros com papel 
carbono e a tira deve ser colocada do 
lado abrasivo sobre os dentes que de-
vem ser reduzidos (superiores) e fechar 
com cuidado o articulador. 
Uma pressão deve ser aplicada 
no ramo superior do articulador e a lixa 
deve ser puxada. 
OBS: puxar a lixa no mesmo plano que a 
superfície plana dos dentes para evitar 
arredondar o ângulo vestíbulo-oclusal 
dos dentes. 
 Avaliar a DVO cuidadosamentedurante o procedimento, para evitar 
desgaste excessivo e consequentemen-
te perda da DVO. 
 A redução deve ser feita quantas 
vezes for necessária até se obter conta-
tos bilaterais simultâneos nos dentes 
posteriores. O ajuste deve ser termina-
do com uma lixa bem fina para conse-
guir uma superfície plana e lisa. 
INCORPORAÇÃO DA PRÓTESE 
 A incorporação é uma etapa 
crítica em que existe um duplo relacio-
namento entre o CD que terá a oportu-
nidade de verificar a exatidão do traba-
lho, e o paciente, que espera ansiosa-
mente pela prótese. 
ETAPAS 
1. Avaliação inicial da PTR; 
2. Avaliação de freios, bridas e 
bordas; 
3. Avaliação das áreas de compres-
são; 
4. Avaliação da estética e da foné-
tica; 
5. Realização de testes de reten-
ção, estabiliade e suporte; 
6. Avaliação da oclusão; 
7. Instruções ao paciente; 
8. Controle posterior. 
1. AVALIAÇÃO INICIAL 
o Observar se tem presença de 
bolhas positivas; 
o Superfícies irregulares ou bordas 
cortantes que possam lesionar a 
mucosa; 
o Resquícios de gesso ou outros 
materiais estranhos nas superfí-
cies internas e externas da PTR. 
Com o auxílio de um algodão, 
passar por toda a área da prótese para 
verificar a presença de áreas cortantes. 
2. AVALIAÇÃO DE FREIOS, BRIDAS E 
BORDAS 
o Tracionar e levantar a muscula-
tura do paciente para ver se o 
acrílico está acompanhando ou 
não a anatomia do paciente; 
o Avaliar a presença de sobrexten-
ção (impede o correto assenta-
mento da base da PTR sobre o 
rebordo) – isquemia; 
O desgaste é feito para uma cor-
reta acomodação dos freios e bridas, a 
fim de que as bordas da prótese tam-
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bém se adaptem ao fundo do sulco ori-
ginalmente moldado. 
A acomodação é importante pa-
ra evitar traumatismos, ulcerações e 
hiperplasias, além de proporcionar mais 
estabilidade para a prótese, porque se 
houver interferência a musculatura po-
de ficar movimentando a prótese. 
 No arco inferior: observar o freio 
lingual, inserção do músculo genioglos-
so, masseter, glândula sublingual e es-
paço retromilohioideo. 
 No arco superior: observar o 
espaço corono-maxilar. 
3. AVALIAÇÃO DAS ÁREAS DE COM-
PRESSÃO 
 A detecção e o alívio das áreas 
de compressão que ocorrem entre a 
base da prótese e a fibromucosa de 
suporte são necessárias, pois a boa a-
daptação das próteses aos tecidos pro-
move um maior conforto físico, psicoló-
gico e eficiência funcional para o paci-
ente. 
 As áreas compressivas são res-
ponsáveis por desconforto, dor, reab-
sorções ósseas e lesões na fibromucosa. 
 Elas podem ser detectadas com 
pastas evidenciadoras e são eliminadas 
com o auxílio de brocas do tipo minicut 
ou diamantada para não aumentar a 
rugosidade interna da base protética. 
» Secar; 
» Aplicar uma camada fina 
de pasta; 
» Leva a prótese em boca; 
» Observar as áreas onde a 
pasta foi removida: essa 
é a área de compressão e 
deve ser aliviada. 
Após os ajustes deverá ser feito 
o polimento das superfícies desgasta-
das, com as borrachas. 
4. AVALIAÇÃO DA ESTÉTICA E FONÉTICA 
 A avaliação da estética abrange 
três dimensões: 
o Do paciente; 
o Dos observadores; 
o Do cirurgião-dentista. 
 A avaliação da fonética onsiste 
em exercitar o paciente na pronúncia, 
orientando-o quanto às corretas movi-
mentações e localização da língua e dos 
lábios. O exercício fonético consta da 
pronúncia de palavras com fonemas 
dentais (T, D, N), labiais (F, V), linguais 
(R, S, Z, L), guturais (C, Q, G) e com fo-
nemas palatias (J, LH, NH, X). 
 F e V: as bordas dos incisivos 
superiores devem tocar o terço posteri-
or do lábio inferior. 
5. TESTES DE RETENÇÃO, ESTABILIDADE 
E SUPORTE 
 Alguns testes são realizados du-
rante o ato de incorporação para que a 
retenção, estabilidade e suporte sejam 
avaliados. 
o Teste de retenção posterior: de-
do indicador é posicionado na 
região palatina dos incisivos e 
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um movimento ântero-posterior 
é realizado contra essa região – 
para verificar o selado palatino 
posterior. 
o Teste de estabilidade: é testada 
por meio de pressões digitais na 
superfície oclusal dos dentes 
posteriores e sobre as bordas in-
cisais dos dentes anteriores, ou 
por meio de movimentos da 
prótese no sentido horizontal; 
o Teste de suporte: aplica-se uma 
força de intrusão contra a área 
basal de assentamento. O supor-
te seria, então, verificado pelo 
grau de intrusão da base proté-
tica na mucosa alveolar de reco-
brimento. 
6. AVALIAÇÃO DA OCLUSÃO 
 Harmonia dos contatos oclusais: 
fator bastante significativo na integra-
ção das próteses totais ao sistema es-
tomatognático. 
 Negligências no ajuste oclusal, 
como um contato prematuro ou desli-
zante, podem refletir na estabilidade e 
retenção da prótese, no desempenho 
da função mastigatória, no conforto e 
na preservação do rebordo residual. 
 A verificação dos contatos oclu-
sais no momento da instalação das pró-
teses por meio de marcações com car-
bono entre as superfícies oclusais. 
 O ajuste é realizado tanto em 
oclusão cêntrica quanto em excêntrica. 
A oclusão balanceada será caracterizada 
quando as próteses totais mantiverem 
pelo menos três pontos de contato en-
tre os arcos. 
7. INSTRUÇÕES AO PACIENTE 
 O paciente deve ser orientado e 
motivado quanto ao uso e higienização 
das próteses e dos tecidos da cavidade 
bucal. 
 Estabelecimento de uma boa 
comunicação entre o profissional e o 
paciente desde o início do tratamento 
auxiliará na fase de incorporação das 
próteses. 
 Além de instruções verbais, é 
importante que o profissional as reforce 
de maneira escrita. 
o Responsabilidade na utilização 
das novas próteses; 
o Evitar a exibição das novas pró-
teses para amigos curiosos (para 
evitar que caiam); 
o Sensação desagradável de au-
mento do volume dos lábios e 
bochecha é normal; 
o As próteses novas irão se tornar 
mais naturais com o passar do 
tempo (costume); 
o Comer alimentos macios, corta-
dos em pedaços pequenos e 
mastigá-los bilateralmente; 
o Alimentos duros podem fazer 
com que o paciente realize mo-
vimentos inadequados, gerando 
sobrecarga nos rebordos e feri-
mentos; 
o Para aprender a mastigar satis-
fatoriamente com as novas pró-
teses, o paciente leva, geralmen-
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te, 6 a 8 semanas, para que os 
músculos faciais da mastigação 
estabeleçam novos padrões de 
memória; 
o No início do uso das próteses, o 
excesso de saliva também pode 
dificultar o processo mastigató-
rio; 
o Após um curto período de tem-
po, as glândulas salivares se a-
daptam à presença das novas 
próteses e passam a produzir 
uma quantidade menor de sali-
va; 
o Posicionamento da língua tam-
bém exerce um papel na estabi-
lização da PTR; 
o Falar com as novas próteses não 
é difícil; 
o Para uma fonética adequada, é 
necessário, muitas vezes, que o 
paciente leia em voz alta e repita 
palavras e frases que são de difí-
cil pronúncia; 
o Importância de uma boa higiene 
bucal, pois a falta leva ao acú-
mulo de placa, cálculo e man-
chas; 
o A higienização das próteses deve 
ser realizada sempre após as re-
feições; 
o Importante que o paciente higi-
enize não só as próteses, mas a 
mucosa e a língua; 
o Utilizar escova dental macia e 
pastas de baixa abrasividade, já 
que os abrasivos podem acarre-
tar ranhuras e perda do brilho 
da prótese, favorecendo o acú-
mulo de placa; 
o Procedimento de limpeza da lín-
gua e mucosa, além de remover 
a placa, favorecerá a circulação 
sanguínea desses locais; 
Método de higienização: mecânico e 
químicos. 
MÉTODO MECÂNICO 
o Escovação com água e sabão 
neutro ou dentifrício com baixa 
abrasividade; 
o Escova adequada para dentadu-
ra. 
OBS: apasta abrasiva pode levar a des-
gastes nos dentes. 
 A escova para a limpeza da pró-
tese deve: 
o Ter cabo menor (plano ou cilín-
drico); 
o O conjunto de tufos de fibras 
deve seguir a mesma direção do 
cabo; 
o As fibras centrais do tufo devem 
ser mais longas que as demais, 
com aproximadamente 2mm de 
comprimento. As fibras devem 
ser mais grossas, mais rígidas e 
mais longas que aquelas das es-
covas para dentes naturais. 
O ultrassom é outro método 
mecânico que pode ser usado, mas ele 
por si só não é eficiente na remoção do 
biofilme. É indicado para pacientes com 
destreza prejudicada e dificuldade mo-
tora. 
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Sua eficácia é observada quando 
associado a soluções desinfetantes, em 
que não há desgaste da superfície da 
prótese. 
MÉTODOS QUÍMICOS 
 São classificados de acordo com 
a composição química: 
1. Peróxidos alcalinos; 
2. Hipocloritos alcalinos; 
3. Ácidos; 
4. Desinfetantes. 
PERÓXIDOS ALCALINOS 
o São os mais utilizados; 
o Fornecidos na forma de tabletes, 
pastilhas ou pós que se trans-
formam em soluções alcalinas 
quando dissolvidos em água; 
o Não possuem o pH tão baixo 
quanto os ácidos e nem a alcali-
nidade dos hipocloritos; 
o A efervescência criada pela libe-
ração de oxigênio realiza uma 
limpeza mecânica da prótese; 
o A presença de agentes oxidantes 
ajuda a remover manchas e pos-
suem ação antimicrobiana; 
o São removedores efetivos de 
manchas, mas não mais que a 
escovação com o sabão; 
o São efetivos quando as próteses 
ficam imersas por várias horas 
durante a noite; 
o Não são efetivas quando imersas 
por 15 a 30 minutos; 
o O uso rotineiro pode afetar a re-
sina acrílica e os condicionado-
res de tecido. 
HIPOCLORITOS ALCALINOS 
o Têm propriedade bactericida e 
fungicida; 
o São efetivos na remoção de 
manchas, dissolvem a mucina e 
inibem a formação de cálculo, 
pois dissolve a matriz orgânica 
da placa; 
o Também tendem a afetar a resi-
na acrílica, dependendo de sua 
concentração e tempo de imer-
são; 
o É recomendado que a prótese 
seja imersa numa solução de 
15mL de hipoclorito de sódio 
com concentração de 2-3%, dilu-
ído em 300mL de água, durante 
15 a 20 minutos diários; 
o Decorrido esse tempo, as próte-
ses devem ser enxaguadas e i-
mersas em água fria durante to-
da a noite a fim de tirar gosto e 
odor desagradável. 
OBS: se o paciente não tiver acesso a 
nenhum agente químico, a recomenda-
ção é que a prótese fique imersa em 
água durante toda a noite, a fim de im-
pedir que a resina acrílica perca água 
para o ambiente (pode sofrer alteração 
dimensional). 
ÁCIDOS 
o São usados o ácido hidroclorídri-
co e fosfórico; 
o Esses compostos como base de 
óxidos diluentes causam corro-
são e são raramente usados. 
 
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DESINFETANTES 
o Gluconato de clorexidina, salici-
lato, etanol, formalina, ácido a-
cético e clorofórmio; 
o A imersão por alguns minutos 
em solução de clorexidina causa 
uma redução significativa da 
placa bacteriana e uma melhora 
na mucosa de suporte em paci-
entes com estomatite; 
o A imersão noturna das próteses 
em clorexidina previne a recor-
rência da infecção, porém causa 
descoloração, então é desacon-
selhado seu uso rotineiro. 
RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS 
O paciente necessita ser orien-
tado quanto à remoção da prótese du-
rante o sono, já que o uso contínuo nes-
se período está associado com a pre-
sença e a prevalência de estomatite; 
Além disso, em caso de injúrias 
teciduais, o paciente deve procurar o 
profissional para que os ajustes neces-
sários possam ser realizados. 
8. CONTROLE POSTERIOR 
 É de responsabilidade do profis-
sional o cuidado com o paciente duran-
te todo o período de adaptação que 
pode requerer certo número de retor-
nos. 
 Inicialmente, o paciente deve 
retornar ao consultório de 6 em 6 me-
ses para uma avaliação do estado da 
prótese e da cavidade bucal, e os de-
mais retornos podem ser anuais. 
 Com o controle regular, o CD 
atende às necessidades específicas de 
cada paciente e, se necessário, promo-
ve modificações no método de higieni-
zação, enfatizando os benefícios da cor-
reta higiene. 
 O reembasamento não deve ser 
indicado logo após a incorporação em 
caso de retenção insuficiente da próte-
se, devendo-se aguardar mais alguns 
dias, já que a retenção pode retornar 
normalmente. 
 É importante que o profissional 
se conscientize e advirta seu paciente 
sobre a importância dos controles pós-
incorporação, pois a ausência de acom-
panhamento e reavaliação profissional 
das próteses contribui significativamen-
te para a ineficiência a longo prazo. 
REEMBASAMENTO DE PRÓTESES TOTAIS 
REMOVÍVEIS 
 Reembasamento é todo proce-
dimento que permite ajustar a base de 
uma prótese aos tecidos que lhe dão 
suporte, mediante a interposição de um 
material que passa a fazer parte da ba-
se. 
Podem ser do tipo imediato, 
quando feitos no consultório na presen-
ça do paciente ou mediato, quando fei-
tos no laboratório. 
INDICAÇÕES PARA O REEMBASAMENTO 
o Instabilidade; 
o Ausência de selamento periféri-
co; 
o Bases inadequadas; 
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o Rachaduras; 
o Fraturas da base ou dos dentes; 
o Desarmonia oclusal. 
CLASSIFICAÇÃO 
o Temporários – direto ou indire-
to; 
o De longa duração – direto ou in-
direto. 
REEMBASAMENTOS TEMPORÁRIOS DI-
RETOS - IMEDIATO 
INDICAÇÕES 
o Necessidade de sucessivos re-
embasamentos; 
o Casos de urgência; 
o Reembasamento parcial e locali-
zado; 
o Reajuste de prótese recém ter-
minada; 
o Casos de PTR imediatas. 
VANTAGENS 
o Paciente não fica sem a prótese; 
o O reembasamento é feito em 
sessão única; 
o Procedimento de menor custo; 
o Não há procedimento laborato-
rial (mais rápido e barato). 
DESVANTAGENS 
o Ação irritante do material; 
o Reação exotérmica; 
o Sabor desagradável; 
o Relação oclusal correta é difícil; 
o Porosidades: cria um nicho para 
proliferação de fungos e bacté-
rias; 
o Instabilidade de cor; 
o Defeitos de superfície. 
Podem ser feitos com resinas 
condicionadoras ou resinas acrílicas 
quimicamente ativadas. 
RESINAS CONDICIONADORAS 
As resinas condicionadoras são 
elastômeros macios e funcionam como 
material de reembasamento rápido 
para retenção das PTR. 
o Macios e elásticos; 
o Fluidos sobre pressão; 
o São rapidamente adaptados às 
superfícies basais e à mucosa, 
formando uma almofada absor-
vente de forças; 
o Enquanto macio, o elástico terá 
um efeito condicionador e reabi-
litador sobre a mucosa traumati-
zada, deformada ou machucada. 
OBS: são mais confortáveis que a resina 
acrílica. 
o Espessura mínima de 1,5mm; 
o Efetividade no alívio dos tecidos 
limitada a 3 ou 4 dias; 
o A porção líquida da mistura con-
tém um plastificante que dá 
fluidez à mistura, mas esse plas-
tificante é afetado pela saliva 
(perda de elasticidade); 
o Durante a limpeza, a camada do 
condicionador não deve ser es-
covada, mas lavada com água 
morna; 
o O material deverá ser removido 
e substituído entre 3 a 4 sema-
nas – controle do paciente. 
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Devemos ter o controle desse 
paciente, pois se trata de um reemba-
samento temporário e se torna deterio-
rado com o passar do tempo – se fica 
muito tempo pode gerar outros pro-
blemas para o paciente (presença de 
placa, pode gerar inflamação tecidual). 
TÉCNICA (em consultório) 
1. Desgaste do interior da prótese: 
para não alterar a DVO; 
2. Isolar a superfície externa da 
prótese para não aderir material 
nela; 
3. Colocação do material no interi-
or; 
4. Inserção em boca: pedir para o 
paciente ocluir (deixar entre 3 a 
4 minutos); 
5. Imersão em água morna parafi-
nalizar o processo de polimeri-
zação; 
6. Remoção dos excessos com bro-
cas. 
RESINA ACRÍLICA QUIMICAMENTE ATI-
VADA 
 Material mais utilizado para re-
embasamento. 
o Vantagem: tempo de polimeri-
zação rápido, diminuição do 
tempo de trabalho, mais barato; 
o Desvantagem: ardor e calor, gos-
to desagradável, maior quanti-
dade de monômero residual, po-
rosidade. 
OBS: apesar das desvantagens é mais 
duradouro para o paciente, mas não é 
definitivo. A resina condicionadora está 
bem indicada quando tem a presença 
das espículas ósseas. 
TÉCNICA 
1. Asperização interna da PTR com 
maxicut; 
2. Proporcionamento e manipula-
ção do acrílico; 
3. Preenchimento uniforme de to-
da a porção interna da PTR na 
fase arenosa da resina, para que 
ela flua por toda a superfície; 
4. Inserção em boca: pedir para o 
paciente ocluir; 
5. Controle da reação exotérmica 
da resina para não queimar o 
paciente (inserção e remoção); 
6. Remoção de excesso; 
7. Polimento. 
REEMBASAMENTO MEDIATO – DE LON-
GA DURAÇÃO OU INDIRETO 
VANTAGENS 
o Permite uma moldagem com 
material mais facilmente contro-
lável; 
o Melhor acabamento pelo uso da 
técnica laboratorial; 
o Substituição total da base se ne-
cessário e mudança da cor; 
o Maior durabilidade e menor po-
rosidade. 
DESVANTAGEM 
o O paciente deve ficar sem a pró-
tese; 
o Alterações oclusais são inevitá-
veis; 
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o Dependendo do ciclo de polime-
rização utilizado, a prótese pode 
sofrer deformação; 
o Maior tempo clínico pelo uso a-
dicional do laboratório. 
OBS: o ajuste é feito em boca. 
 Deve ser feita uma moldagem 
com materiais de alta fluência, como 
pasta zincoeugenólica, poliéteres e sili-
cones. 
1. Deve ser feito um desgaste ex-
pulsivo na parte interna da pró-
tese; 
2. Inserção do material de molda-
gem; 
3. Colocação em boca; 
4. Box com cera ao redor da próte-
se e vazamento de cera; 
5. Envio para o laboratório. 
OBS: é o melhor método, pois é definiti-
vo. Não tem porosidade e tem mais 
durabilidade. 
PRÓTESE TOTAL IMEDIATA 
 É uma prótese removível fabri-
cada para substituir imediatamente 
dente ou dentes extraídos. 
OBS: na PTR convencional o paciente se 
apresenta sem os dentes e na PT imedi-
ata, o paciente ainda tem alguns den-
tes, mas eles serão perdidos. Porém o 
paciente não deseja ficar sem os den-
tes, por isso é feita uma PT imediata. 
 É uma opção para amenizar a 
abrupta transição do estado de dentado 
para o de edentado. 
o Pode ser única (sup ou inf) ou 
substituir ambos os arcos; 
o São mais complicadas para se 
confeccionar do que as tradicio-
nais: 
» A prova em cera antes da 
extração não é possível; 
» Pode não satisfazer à ex-
pectativa do paciente; 
» Adaptação pode não ser 
satisfatória por ocasião 
da incorporação. 
OBS: após as exodontias devemos reali-
zar alveoloplastias para evitar traumas 
da PTR com a mucosa. 
TIPOS 
o PTR imediata convencional: uso 
prolongado (fase de cicatrização 
cirúrgica, vários reembasamen-
tos); 
o PTR imediata transicional: usada 
por um tempo limitado, sendo 
depois substituída por outro tipo 
de prótese. 
VANTAGENS 
1. Anatômicas: 
o Impede a perda imediata 
da DVO; 
o Minimiza as alterações 
na ATM; 
o Evita o espraiamento lin-
gual; 
o Impede o colapso labial e 
o afundamento das bo-
chechas. 
 
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2. Funcionais: 
o Permite aos músculos 
afetados seguirem fun-
cionando em suas posi-
ções normais; 
o Reduz a maior parte dos 
transtornos e reajustes 
fonéticos; 
o Facilita a mastigação, re-
duzindo reajustes dieté-
ticos e digestivos. 
3. Estéticos: 
o Impede o colapso facial, 
evitando o arqueamento 
da linha de selamento 
dos lábios e comissura, 
condição que dá aspecto 
de envelhecimento e 
tristeza; 
o Com frequência permite 
melhorar o aspecto esté-
tico do paciente. 
4. Psicológicas: 
o Elimina a humilhação 
que os pacientes sofrem 
ao se apresentarem sem 
dentes; 
o Equilíbrio emocional; 
o Facilita a decisão de sa-
crificar os dentes natu-
rais quando necessário; 
o Reduz os transtornos pe-
los quais o paciente pas-
sa com o uso de uma no-
va PTR: ficar sem a pró-
tese por um tempo causa 
problemas na DVO que, 
ao ser reestabelecida, o 
paciente pode não a-
guentar, sendo necessá-
rio adaptar aos poucos. 
DESVANTAGENS 
o Maior quantidade de sessões 
pela complexidade dos proce-
dimentos; 
o Maior custo para o paciente; 
o Velocidade de reabsorção óssea 
e contração da ferida cirúrgica 
exigem reembasamentos suces-
sivos; 
o Estética pode ficar comprometi-
da; 
o Dentes remanescentes podem 
comprometer a correta molda-
gem; 
o A adaptação pode não ficar ade-
quada, dificultando a fala e a 
mastigação. 
MOLDAGEM 
A moldagem normalmente é fei-
ta com moldeiras para dentados (o ma-
terial pode ser por exemplo, alginato, 
mercaptanas) e depois é construída 
uma moldeira individual. 
O tipo de moldagem depende do 
número e localização de dentes rema-
nescentes. Ela deve ser o mais possível 
semelhante à moldagem de uma PTR 
convencional. 
 Geralmente usa-se uma técnica 
mista: dentado/edentado – objetivando 
moldar rebordo e dentes simultanea-
mente. 
Fazemos a moldagem com uma 
moldeira de estoque, e obtemos um 
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modelo. Aliviamos os elementos dentais 
que estão presentes e aplica-se uma 
camada de cera para dar espaço para o 
material moldador. Prepara-se o acrílico 
como fizemos para a chapa de prova, 
porém com maior espessura, e adapta 
no modelo, fazendo um cabo na região 
anterior – obtenção de uma MOLDEIRA 
PERSONALIZADA OU INDIVIDUAL. 
Molda novamente com essa 
moldeira individual, obtém-se um novo 
modelo, com o selado palatino, e con-
fecciona a chapa de prova. Essa chapa 
de prova tem abertura para a passagem 
dos dentes presentes. Levamos em bo-
ca e fixamos a chapa de prova com Co-
rega, pois ela não tem retenção em bo-
ca, devido à presença de furos que le-
vam a passagem de ar. Registramos a 
DVO com o instrumento de Willis, por 
exemplo. Depois faz a montagem em 
articulador com o arco facial ou com a 
mesa de montagem. 
Antes de recortar os dentes que 
serão extraídos do modelo, levamos os 
dentes que já estão montados em cera 
para a prova em boca. 
Ao remover os dentes do mode-
lo, já devemos fazer a alveoloplastia no 
gesso, pois isso influenciará na coloca-
ção do guia cirúrgico. Cada dente deve 
ser removido de cada vez, para não se 
perder o posicionamento deles. 
 
 
 
ESTÉTICA 
 O padrão estético deve ser ava-
liado e as correções necessárias devem 
ser registradas. 
 A presença de alguns dentes 
permite estabelecer referências de in-
clinação axial, linha média e suporte dos 
lábios. 
A impossibilidade de provas difi-
culta a previsibilidade, podendo com-
prometer o resultado final do tratamen-
to. 
FASES DA PTR IMEDIATA 
A prótese imediata requer dois 
procedimentos: 
1. Cirúrgico; 
2. Protético. 
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO 
 Há a necessidade de um guia 
cirúrgico para os casos de alveoloplastia 
ou redução das tuberosidades para me-
lhor assentamento da prótese e diminu-
ição das chances de discrepância oclusal 
e desconforto pós-operatório. 
 O guia é uma réplica transparen-
te da base da prótese, feita de resina 
acrílica. Ele deve ser esterilizado em 
meio químico (glutaraldeído). 
PROCEDIMENTO PROTÉTICO 
1. Fase clínica; 
2. Fase laboratorial: confecção da 
prótese propriamente dita. 
 
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FASE CLÍNICA 
o Extrair os dentes; 
» Usar o guia cirúrgico para con-
formação do rebordo: observar 
se há formação de isquemia ao 
colocar o guia e, se houver, deve 
ser feita a alveoloplastia

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