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CARTILHA LEIGOS HAS

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HipertensãoHipertensão
ArterialArterial
CARTILHA - ORIENTAÇÕES PARA LEIGOS
AUTORES
Amanda Mafra Rodrigues¹
Ana Carolina Almeida Gonçalves¹
Beatriz Deloca Lima¹
Caroliny Suhet Xavier Ferreira¹
Dominique Furtado da Silva Conceição¹
Juliana Resende Corrêa Lima¹
Raquel Sangy da Costa Guimarães³
Regerliane Kamila da Silva²
Wesley Martins de Souza¹
Yasminn Benevides Adba¹
ARTE
Caroliny Suhet Xavier Ferreira¹
Dominique Furtado da Silva Conceição¹
¹ Acadêmico(a) de Enfermagem da UNIRIO.
² Acadêmica de Enfermagem da UVA
³Acadêmica de Enfermagem da UFF
 Docentes de Enfermagem da UNIRIO.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO - EEAP
LIGA ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA - LACAP
CARTILHA HIPERTENSÃO ARTERIAL: 
VERSÃO PARA LEIGOS
COORDENADORAS
Renata Flávia Abreu
Andressa Teoli Nunciaroni
ORGANIZADORES
4
4
4
4
@lacapunirio @lacapunirio lacapunirio@gmail.com
3.1 - Esquema de triagem e diagnóstico da HAS________07
7.1 - Medidas nutricionais________________________________16
7.2 - Exercício físico______________________________________17
9.1 - Acidente vascular encefálico______________________22
9.2 - Infarto agudo do miocárdio________________________24
9.3 - Doença renal crônica______________________________24
9.4 - Doença vascular periférica________________________25
1. HIPERTENSÃO ARTERIAL E EPIDEMIOLOGIA_____________04
2. O CORAÇÃO________________________________________________05
3. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS_______________________________06
4. FATORES DE RISCO________________________________________08
5. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO______________________________12
6. PREVENÇÃO________________________________________________14
7. TERAPIA NÃO MEDICAMENTOSA_________________________15
8. TERAPIA MEDICAMENTOSA______________________________19
9. CONSEQUÊNCIAS DA HAS________________________________21
10 . EQUIPE MULTIDISCIPLINAR_____________________________25
11. ADESÃO AO TRATAMENTO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE__29
A hipertensão arterial sistêmica (HAS),
conhecida popularmente como pressão alta,
é uma doença crônica caracterizada por níveis
elevados e sustentados da pressão sanguínea
nas artérias. Uma pessoa é considerada
hipertensa quando a sua pressão arterial
estiver maior ou igual a 140/90 mmHg em
várias medições seguidas, 
A pressão alta sem tratamento adequado pode
causar lesões no coração, cérebro, rins, vasos
sanguíneos e a morte prematura. 
HIPERTENSÃOHIPERTENSÃO
ARTERIALARTERIAL
Epidemiologia1.
Segundo a Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2019,
no Brasil o perfil de maior prevalência
está entre mulheres e pessoas adultas
com 65 anos ou mais, chegando a
acometer 59,3% dos adultos. 04
 Estes dois momentos, de saída e entrada do
sangue no coração, é o que mantém a pressão nas
artérias. 
Na fase sistólica o coração contrai e a pressão
sanguínea aumenta, enquanto na fase diastólica o
coração relaxa e a pressão sanguínea diminui. 
 O coração trabalha como uma bomba que projeta o
sangue para frente quando se contrai (sístole ou
máxima), esvaziando-o e levando ao enchimento das
artérias através da aorta. 
Em outro momento, o sangue volta através das veias
cavas para o coração, enchendo-o novamente e
fazendo-o relaxar (diástole ou mínima). 
2. O Coração
Sístole ou
Contração
Diástole ou
Relaxamento
Fonte: https://www.diferenca.com/sistole-e-diastole/
05
O diagnóstico deve ser traçado a partir da medida da
pressão arterial (PA) em consultas com médico e
enfermeiro, da obtenção de história pessoal e familiar,
da realização de exame físico e da investigação clínica
e laboratorial. Além da avaliação das possíveis lesões
de órgão-alvo (LOA) e o risco cardiovascular. (SBC,
2020) 
De acordo com a 8ª Diretriz Brasileira de HAS (2020),
pessoas saudáveis com PA ótima (<120/80 mmHg) ou
com PA normal (120-129 / 80-84 mmHg) devem ter a
PA medida anualmente e nas consultas médicas.
Pacientes com pré-hipertensão (130-139 / 85-89
mmHg) devem ter a PA medida anualmente ou antes
de completar um ano. 
3. Critérios Diagnósticos 
Quanto maior o estágio, maior deverá ser o
número de visitas ao consultório e menor será
o intervalo entre elas, como no caso do
estágio 2 e 3, que poderão ser de dias ou
semanas, enquanto no estágio 1 poderá
requerer visitas após alguns meses, ainda mais
quando não houver lesões de órgão-alvos e
risco cardiovascular baixo (SBC, 2020). 
06
3.1 Esquema de Triagem e
Diagnóstico da HAS
A aferição da pressão arterial pode ser realizada durante
as consultas ou através da Monitorização Ambulatorial da
Pressão Arterial (MAPA) ou da Monitorização Residencial
da Pressão Arterial (MRPA). 
MAPA MRPA 
 Possibilita o registro
da PA em 24 horas ou
mais, inclusive
durante os períodos
de vigília e sono.
Refere-se ao monitoramento
da PA fora do consultório,
deve ser obtido 3 medidas
pela manhã e 3 à noite,
durante 5 dias ou 2 medidas,
durante 7 dias.
PA: Pressão Arterial; MAPA: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial; MRPA: Monitorização
Residencial da Pressão Arterial; NV: Normotensão Verdadeira; HAB: Hipertensão do Avental Branco;
HM: Hipertensão Mascarada; HS – Hipertensão Sustentada
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020.
07
4. Fatores de Risco
No Brasil, cerca de 44,8% da população não pratica uma
quantidade suficiente de atividades físicas (menos de 150
minutos de exercícios por semana). A falta de exercícios
físicos causa outros problemas no corpo que podem
levar a HAS, como obesidade.
Responsável por 30% a 50% dos casos de hipertensão
arterial. Contudo, a população brasileira é muito
miscigenada, tornando difícil a identificação de dados
mais concretos.
À medida que envelhecemos, nossas artérias tornam-se
mais rígidas e menos resistentes, o que aumenta a
pressão que o sangue faz sobre a parede dessas
artérias, tornando o indivíduo mais propenso a ter HAS.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020),
os principais fatores de risco são:
GENÉTICA
IDADE
SEDENTARISMO
08
ETNIA
OBESIDADE
INGESTÃO DE SÓDIO E POTÁSSIO
O sedentarismo, somado a má alimentação causam um
excesso de peso significativo. Indivíduos com IMC igual
ou maior que 30kg/m² apresentam maior probabilidade
de ter uma pressão arterial mais alta.
Não há diferença na ocorrência de HAS entre negros e
brancos. Há uma confusão entre fatores de risco étnicos
e socioeconômicos. No Brasil, pessoas negras, na
maioria das vezes, apresentam uma situação
socioeconômica desfavorável e, por isso, acabam se
alimentando mal, trabalhando por mais tempo e se
exercitando menos, o que eleva as chances de ter HAS.
O sódio é um íon que, ao ser absorvido na corrente
sanguínea, carreia a água, aumentando o volume
sanguíneo e a pressão que o sangue faz na parede das
artérias, podendo levar ao desenvolvimento da HAS. De
forma contrária, o potássio é um íon que reduz a pressão
dentro dos vasos e que, se ingerido de forma
suplementar ao consumo de sódio, tem um efeito de
redução da HAS significativo.
09
ÁLCOOL
DROGAS
ALIMENTAÇÃO
O consumo excessivo de certos alimentos e bebidas
também provocam a elevação da pressão arterial e o
desenvolvimento de HAS. Os que possuem maior efeito
pressórico (de aumentar a pressão) no organismo são:
gorduras; carnes vermelhas; refrigerantes; doces;
embutidos; e alimentos processados e industrializados.
Já existem estudos que comprovam que há maior
tendência de desenvolvimento de HAS em indivíduos que
ingerem mais de 30g de álcool por dia, o que equivale a
600 mL de cerveja ou 250 mL de vinho ou whisky. 
Os principais fármacos, substâncias químicas e
hormônios que provocam aumento da pressão arterial
são: fenilefrina, presente em muitos descongestionantes
nasais, como Rinosoro e Neosoro; antidepressivos;
hormônios tireoidianos; anticoncepcionais orais;
antiinflamatórios não esteroidais, como paracetamol,
dipirona; corticóides; eritropoietina;e drogas ilícitas como
cocaína, maconha, anfetamina e ecstasy.
10
TABAGISMO
DIABETES MELL ITUS
DISL IP IDEMIA
 O aumento da concentração de glicose no sangue causa
um aumento no volume sanguíneo, pois as moléculas de
glicose, ao entrarem na corrente sanguínea, carreiam a
água, elevando a pressão hidrostática.
Substâncias químicas presentes em cigarros provocam
elevação da pressão arterial.
 Indivíduos com colesterol (LDL, conhecido popularmente
como colesterol ruim) em concentrações sanguíneas
iguais ou superiores a 100 mg/dL tendem a desenvolver
HAS. 
Condições como estresse, ansiedade, depressão e
trabalho excessivo podem provocar aumento da pressão
arterial de forma sustentada.
FATORES AMBIENTAIS
11
 A estratificação tem como objetivo estimar o risco de
cada indivíduo sofrer uma doença cardiovascular nos
próximos dez anos. Essa estimativa se baseia na
presença de múltiplos fatores de risco e na classificação
inicial através da história clínica, exames físicos e
exames complementares. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
 A doença cardiovascular (DCV) é uma condição
multifatorial, que possui relação causal com a
hipertensão arterial (HA). Logo, "quantificar o risco do
paciente hipertenso, ou seja, a probabilidade de
determinado indivíduo desenvolver DCV em um
determinado período de tempo é parte essencial do
processo para nortear estratégias preventivas e de
tratamento” (SBC, 2020).
DCV: doença cardiovascular; TG: triglicerídeos; IMC: índice de massa corpórea. 
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020.
Tabela 2 - Fatores de risco coexistentes na Hipertensão ArterialTabela 2 - Fatores de risco coexistentes na Hipertensão Arterial
5. Estratificação de Risco
12
FRCV: fator de risco cardiovascular; HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; FR: fator de risco; PAS:
pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; LOA: lesão em órgão-alvo; DRC: doença renal
crônica; DM: diabetes mellitus; DCV: doença cardiovascular.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020.
 A estratificação de risco é classificada em risco
baixo, moderado e alto, e uma das formas de realizá-la
é considerando os valores da pressão arterial (PA), os
fatores de risco associados, a presença de lesões em
órgãos alvo (LOA) – que são lesões estruturais e/ou
funcionais decorrentes da HA em vasos, coração,
cérebro, rins e retina – e a existência de DCV ou doença
renal estabelecidas.
13
Prática de exercícios físicos na rotina;
Hábitos alimentares saudáveis, com consumo
de verduras, legumes, frutas, leguminosas,
carnes brancas e fibras;
Evitar consumir muito sal, carnes vermelhas,
gorduras, alimentos processados, doces e
embutidos;
Utilizar medicamentos apenas quando houver
indicação médica;
Realizar acompanhamento médico frequente
para avaliar o funcionamento de todos os
sistemas fisiológicos do organismo, com
destaque para o cardiovascular, o renal e o
endócrino;
Aferir a pressão arterial sempre que possível;
Buscar formas de relaxamento no dia a dia;
Controle de peso.
A HAS é uma doença de causas genéticas, sociais
e ambientais. As principais formas de prevenção,
segundo Vital (2019) são:
6. Prevenção
14
O tratamento não medicamentoso (TNM) da HAS tem
como principal objetivo a redução da mortalidade e
morbidade cardiovasculares por meio da mudança do
estilo de vida (MEV), que envolve: (LOPES; MORAES,
2012) (SBC, 2017)
 7. Terapia Não
Medicamentosa 
Controle ponderal (relação do gasto
energético com as calorias
ingeridas na dieta);
Medidas nutricionais 
(como redução de sal e de gorduras);
Prática de atividades físicas;
Suspensão do tabagismo;
Controle do estresse;
Consumo limitado de álcool.
15
IMC: índice de massa corporal; CA: circunferência abdominal; PAS: pressão arterial
sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *Uma dose contém cerca de 14g de etanol e equivale
a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho e 45 ml de bebida destilada.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017.
7.1 Medidas Nutricionais
16
 Durante a execução do exercício físico há aumento
da PA, mas, no período de recuperação pós-exercício,
é possível evidenciar redução da PA e, principalmente,
após um período de treinamento físico crônico, pode
haver diminuição da PA. Apesar desses efeitos serem
conhecidos, sua magnitude e mecanismos dependem
do tipo de exercício executado e de suas
características (AZEVÊDO; SILVA; FECCHIO; BRITO;
FORJAZ, 2019).
PRÁTICA DE ATIVIDADE F ÍS ICA
Fazer, no mínimo, 30 minutos/dia de atividade física
moderada, de forma contínua (1 x 30 minutos) ou
acumulada (2 x 15 minutos ou 3 x 10 minutos) em 5 a
7 dias da semana.
7.2 Exercício Físico
Para todos os hipertensos -
recomendação populacional
TREINAMENTO RESISTIDO
2 a 3 vezes/semana, 8 a 10 exercícios para os
principais grupos musculares, dando prioridade
para execução unilateral, quando possível. 
1 a 3 séries com 10 a 15 repetições até a fadiga
moderada (redução da velocidade de movimento e
tendência a apneia)
17
TREINAMENTO AERÓBICO 
- Pelo menos 3 vezes/semana (ideal 5 vezes/semana);
- Pelo menos 30 minutos (ideal entre 40 e 50 minutos). 
Modalidades diversas: andar, correr, dançar, pedalar,
nadar, entre outras. 
Intensidade moderada definida por: maior intensidade
conseguindo conversar (sem ficar ofegante) e sentir-se
entre ligeiramente cansado e cansado; 
A fórmula geral da Frequência cardíaca máxima (FCM)
é: 220 - idade, ou seja, a FCM de uma pessoa de 30
anos será de 190 batimentos por min (220-30 = 190).
Durante uma atividade física, a FC deve ficar entre 50%
e 70% do valor máximo da FC, de acordo com a idade.
Logo, uma pessoa de 30 anos deve manter seus
batimentos cardíacos entre 95 e 133 bpm. 
18
8. Terapia
Medicamentosa
 O tratamento medicamentoso para a hipertensão
arterial é realizado com monoterapia (apenas um
fármaco) ou com combinação de fármacos, que é a
estratégia terapêutica preferencial para a maioria dos
casos. Geralmente, o tratamento inicia-se com
monoterapia e, caso a meta não seja alcançada,
outros medicamentos vão sendo combinados até que
a pressão arterial seja controlada.
19
8. Terapia Medicamentosa
20
consequênciasconsequências
da Hipertensãoda Hipertensão
ARTERIALARTERIAL
não-tratadanão-tratada
Acidente vascular
encefálico
Infarto agudo
do miocárdio
Doença
renal crônica
Doença arterial
periférica
21
Ter o controle da pressão arterial é essencial para a
prevenção de lesões em órgãos. Além da dificuldade
do controle, muitos pacientes apresentam a doença
de forma assintomática, fazendo com que ela seja
subdiagnosticada e não tratada. (MOURA, 2020)
Porém, a não adesão ao tratamento adequado e
contínuo levam os pacientes a procurarem serviços de
urgência e emergência, podendo, muitas vezes,
estarem sendo vítimas de um AVE, IAM, doença renal
crônica ou doença arterial periférica, que são as
principais consequências sofridas por hipertensos
descompensados. (SOUSA, et.al, 2019)
9. Consequências da HAS
22
O Acidente vascular encefálico (AVE) pode ser
isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH). Estas são as
manifestações mais comuns da lesão vascular
causada pela HAS, sendo a principal causa de mortes
e incapacidade nesses pacientes. A prevenção de
todos os tipos de AVE pode ser obtida mantendo-se a
PA dentro das metas com os tratamentos
estabelecidos (BARROSO et al).
Os benefícios da
redução da PA no AVEI
são menos claros,
porém uma
consideração deve ser
feita para os pacientes
candidatos à
trombólise, pois, nesse
caso, se a PA estiver
com valores maiores do
que 180/105 mmHg,
poderá ter maior
chance de hemorragia
(BARROSO et al).
9.1 Acidente Vascular
Encefálico
AVE-H
 Se houver aumento da PA,
pode ocorrer maior
probabilidade de expansão
do hematoma, aumento do
risco de morte e pior
prognóstico. 
AVE-I 
23
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome clínica
cardiovascular, as alterações provocadas pela doença
hipertensiva facilitam a formação de aterosclerose nasartérias coronárias, elevando a predisposição do paciente
hipertenso ao IAM. (ANDRADE, et al, 2013)
9.2 Infarto Agudo
do Miocárdio
A Doença Renal Crônica (DRC) possui muitos fatores
associados, porém, a hipertensão arterial é uma das mais
comuns. Quando associado hipertensão, as complicações
cardiovasculares aumentam de forma significativa, já que
são as principais causas de internações e morte nos
indivíduos (ALMEIDA, et.al, 2018).
9.3 Doença Renal Crônica
24
A doença arterial periférica
(DAP) é classicamente definida
como uma condição que afeta
artérias não cardíacas e não
cranianas, principalmente devido
à aterosclerose, levando à
obstrução parcial de artérias
periféricas, reduzindo a
perfusão para os tecidos
irrigados por essas artérias.
(ALVIM, et al, 2018)
9.4 Doença Arterial
Periférica
10. Equipe
Multiprofissional
A equipe multiprofissional tem o papel de ajudar o
paciente no processo de adaptação que envolve o
paciente aceitar fazer o tratamento prescrito e ofertar
meios que possibilitem realizar de maneira adequada. 
 (DALLACOSTA et al, 2019).
25
EQUIPE MÉDICA
 Avalia os sintomas, os hábitos de vida, as medicações
em uso, realizar o exame físico completo, interpretar os
exames complementares realizados e estabelecer o que
deve ser feito. Tal conduta inclui a prescrição de
medicações e de medidas não medicamentosas, a
solicitação de exames complementares e o
agendamento das consultas de retorno, com a definição
do intervalo e para qual profissional será feito o retorno.
Além disso, em caso de mudanças nos padrões normais
de saúde identificados na consulta médica, ocorre
encaminhamento para atendimento em pronto-socorro ou
internação (JARDIM et al, 2019).
 Durante as consultas, as dúvidas devem ser
respondidas, e o cuidado ao paciente deve ser
prioridade e colocado em ação de modo a atingir o
melhor resultado possível para cada caso. Assim, as
dificuldades de adaptação ao tratamento são foco de
intervenção pela equipe, tal como auxiliar de maneira
rápida e eficiente, a compreensão acerca da sua
condição crônica por parte dos hipertensos
(DALLACOSTA et al, 2019).
E QUAL A FUNÇÃO DE 
CADA EQUIPE?
26
EQUIPE DE ENFERMAGEM
 Realiza a avaliação dos sintomas, sinais vitais (pressão
arterial, batimentos cardíacos, temperatura, frequência
respiratória), medicações em uso e hábitos de vida.
Orienta em relação ao comprometimento do paciente ao
tratamento tanto nos aspectos medicamentosos quanto
não medicamentosos. Define o intervalo de retorno nas
consultas de enfermagem e encaminha os pacientes
para o atendimento médico quando necessário ou em
casos de intervalos superiores a seis meses desde a
última consulta médica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
EQUIPE DE NUTRICIONISTAS
 Realiza um atendimento com destaque em aspectos
não medicamentosos, especificamente na parte
alimentar. Realiza-se uma avaliação alimentar e analisa
medidas do corpo humano e sinais vitais. A conduta visa à
orientação alimentar com grande foco na restrição de sal
e prescrição de dietas nos casos necessários (JARDIM et.
al, 2019).
27
EQUIPE DE F IS IOTERAPEUTAS E
PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO F ÍS ICA
 Atuam demonstrando a importância da prática regular
de atividade física e medidas de prevenção e reabilitação
de possíveis problemas como consequência da
hipertensão, além de promoverem atividades físicas em
grupo para os pacientes (JARDIM et al, 2017).
 As perspectivas de investigação e de intervenções
multiprofissionais em hipertensos são inúmeras e
extremamente favoráveis. Estudos comprovam que
os pacientes hipertensos se beneficiam de uma
estratégia de tratamento realizada por diversos
profissionais de saúde em conjunto, e que valoriza
os diversos aspectos da doença e do ser humano,
oferecendo a mais completa e efetiva terapia
possível (JARDIM et al, 2017).
VOCÊ SABIA?
28
11. Adesão ao
Tratamento &
Educação em Saúde
 A adesão ao tratamento de pacientes hipertensos
pode ser entendido como a adoção das prescrições,
sendo elas medicamentosas ou não. Diversos
estudos fortalecem a associação entre tal adesão
pelos hipertensos com a sua qualidade de vida,
embora ainda seja um grande desafio em muitos
casos (SOUZA, 2016). 
 Em razão de ser uma doença crônica com nenhum
ou mínimos sintomas, muitos pacientes apresentam
dificuldades em aderir ao tratamento, uma vez que as
mudanças adotadas devem ser constantes, exigem
iniciativas e esforço do paciente e ocorrem a médio e
longo prazo (MACHADO et. al, 2016). 
29
 Em relação ao tratamento medicamentoso, os
principais obstáculos são: efeitos colaterais, ingestão
da dose correta no horário prescrito, condições
financeiras para adquirir os remédios e seguir
orientações adicionais. Isso pode ser evidenciado por
pacientes que utilizam mais de uma droga e/ou dose e
aderem menos ao tratamento pelo esquecimento
quanto ao horário e esquema prescrito. Acerca das
medidas não medicamentosas, os desafios de adesão
incluem principalmente abandono do tabagismo,
adoção de hábitos alimentares saudáveis e inserir a
atividade física como parte de sua rotina (DALLACOSTA
et. al, 2019).
 Nesse sentido, é fundamental que a educação em
saúde direcionada aos hipertensos enfatize a
possibilidade de controle da pressão arterial, melhora
da qualidade de vida e redução significativa do
surgimento de complicações provenientes da HAS por
meio da adoção das medidas terapêuticas
recomendadas (SILVA et. al, 2020).
30
ALMEIDA, F. A. et. al. Agregação familiar da doença renal crônica secundária à
hipertensão arterial ou diabetes mellitus: estudo caso-controle. Temas livres
free themes, Ciência & Saúde Coletiva, 20(2): 471-478, 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/Tfq3y6MjdgfynpSLxyDvCFG/abstract/?lang=pt
Acesso em: 20 Mar. 2021
ALVIM, R. O. et al. Prevalência de doença arterial periférica e fatores de risco
associado em uma população rural brasileira: estudo Corações de Baependi.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 31(4): 405-413, jul.-ago. 2018. tab. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/ijcs/v31n4/pt_2359-4802-ijcs-20180031.pdf. Acesso
em: 20 Mar. 2021.
ANDRADE, Jadelson Pinheiro de et al . Programa nacional de qualificação de
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Bras. Cardiol., São Paulo , v. 100, n. 3, p. 203-211, Mar. 2013 . Disponível em:
<http://www.arquivosonline.com.br/2013/10003/pdf/10003001.pdf>. Acesso em:
20 Mar. 2021.
AZEVÊDO, Luan Morais et. al. Exercício físico e pressão arterial: efeitos,
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Cardiol. Estado de São Paulo., 2019. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1047339. Acesso em: 20
mar. 2021.
BARROSO et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras
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2d.pdf. Acesso em: 03 Abr. 2021
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde. 
CONDE, T. et. al. Position Statement on Ambulatory Blood Pressure Monitoring
(ABPM) by the Spanish Society of Hypertension. Hipertens Riesgo Vasc, 2019,
36(4):199-212. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1889183719300315?
via%3Dihub. Acesso em: 20 de março de 2021.
Referências 
31
https://www.scielo.br/pdf/ijcs/v31n4/pt_2359-4802-ijcs-20180031.pdf
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