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Restrição do Crescimento Fetal ● Conceito: ○ A restrição de crescimento intrauterina ocorre quando o feto não atinge o tamanho esperado ou determinado pelo seu potencial genético. ○ Peso fetal está abaixo do percentil 10 para a idade gestacional (American college of obstetrics and gynecology) ○ peso fetal está menor que percentil 3 para IG segundo a OMS ● Importância da idade gestacional correta: ○ genoma: ■ fatores hormonais, imunológicos, vasculares, nutricionais e ambientais. ● Como calcular idade gestacional? ○ 1- USG com embrião visível - CCN ■ até 12 semanas: 7 dias de diferença ■ 13 - 20 semanas: 10 dias de diferença ■ acima de 20 semanas: 14 dias de diferença ○ 2- Curva de crescimento ● Curvas de crescimento: ○ OMS: cada população deveria ter uma curva ○ mais utilizada: Hadlock ○ São Paulo - HCFMUSP - Curva de Martinelli ○ fetos adequados para idade gestacional ● UP DATE: ○ ajuste por variabilidades como: tabela de medidas de acordo com variedades ■ peso e altura materna ■ idade ■ raridade ■ etnia ■ sexo fetal ● IMPORTANTE: ○ RCF X PIG: ■ RCF: ■ PIG: ● Restrição do crescimento fetal: ○ Mortalidade: ■ P < 10: 8 vezes maior ■ P >10: 20 vezes maior ○ Morbidade: ■ hipóxia ao nascer ■ aspiração de mecônio ■ Hipoglicemia: ● hipocalcemia ■ Policitemia: ● hipotermia ● hemorragia pulmonar ■ Prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor ● Morbidade pós-natal: ○ HAS ○ Diabetes ○ Hipercolesterolemia ○ Coronariopatias ● Crescimento celular fetal: ● Tipo 1 - Simétrico: ○ agente agressor precoce ○ prejuízo na multiplicação celular (hiperplasia) ○ redução proporcional das medidas corporais ○ Fatores: ■ genéticos ■ infecções congênitas ■ drogas ■ radiação ionizante ○ Prognóstico ruim ● Tipo 2 - Assimétrico: ○ agente agressor tardio: 3º trimestre ○ ação na fase de hipertrofia ○ redução desproporcional das medidas corporais ○ polo cefálico e ossos longos normais, circunferência abdominal reduzida ○ Fatores: ■ insuficiência placentária - 70% ○ Prognóstico melhor ● Tipo 3 - Intermediário: ○ agente agressor 2º trimestre da gestação ○ fase hiperplasia e hipertrofia ○ comprometimento cefálico e de ossos longos mais leve ○ Fatores: ■ tabagismo ■ etilismo ■ desnutrição ● Tipos de RCF: ● Etiologias: ○ Causas fetais: ■ cromossomopatias / síndrome gênicas ■ malformações congênitas ○ Causas maternas: ■ infecções congênitas: ● rubéola, CMV, HIV, herpes ■ bacterianas: ● tuberculose ■ protozoários: ● toxoplasmose ■ drogas: ● dicumarínicos ● BB ○ Fatores ambientais: ■ tabagismo ■ etilismo ■ radiação ionizante ■ estresse ■ ansiedade ■ depressão ■ desnutrição materna: fase hiperplasia x fase hipertrofia ○ Causas maternas: ■ doenças crônicas: ● anemia ● cardiopatias ● DM ● doenças autoimunes ● trombofilias ● pneumopatias ○ Causas placentárias: ■ placenta prév ia ■ inserção velamentosa de cordão ■ aa. umbilical única ■ corioangioma ■ trombose placentária ■ aterosclerose ■ insuficiência placentária ● O papel do pré-natal: ○ Anamnese: ■ Avaliar fatores de risco e ficar alerta! ■ idade / escolaridade ■ relacionamento (união) ■ nível socioeconômico ■ tabagismo / etilismo / drogas ■ histórico prévio de RCF - 25% chance de repetição ■ HAS ■ diabetes prévia a gestação ■ hemoglobinopatias ■ cardiopatias ● Continuação - Restrição crescimento fetal: ○ Ganho de peso: A gestante deverá engordar em torno de 12 kg para mulheres sem obesidade. ● Exame físico: ○ medida da altura uterina - abaixo do P10 ○ Sensibilidade e especificidade acima de 80% ○ Curva de AU x Idade gestacional ● Na real: ○ Técnica medida de altura uterina: ■ DHH - paciente deitada em decúbito ortostático ■ bexiga vazia ■ retificar útero ■ 20 - 34 semanas a medida é similar a IG ● Exames subsidiários: ○ USG obstétrica: ■ circunferência cefálica ■ diâmetro biparietal ■ circunferência abdominal ■ comprimento do fêmur ○ ILA ○ dopplervelocimetria ○ USG morfológico ● IMPORTANTE: ○ USG obstétrica com Doppler: ■ diferenciar → pequeno para idade gestacional x restrição de crescimento fetal - tipo 2. ● Insuficiência placentária: ○ Analisaremos a aa. umbilicais: ■ diminuição da perfusão uteroplacentária ■ invasão inadequada trofoblasto intravascular impede as mudanças fisiológicas principalmente das aa. miometriais (espiraladas) ■ 1 onda de invasão placentária - até 16 semanas ■ 2 onda de invasão placentária - de 16 a 20/22 semanas ■ tipo 2 ou assimétrica ■ dopplervelocimetria ○ com doppler avaliamos a aa. umbilicais, e é nela que devemos ver alterações para dizer que é uma restrição de crescimento fetal. ○ elevação da resistência de perfusão com queda no fluxo diastólico ● Como vamos analisar atráves do doppler o feto: ○ artéria cerebral média ■ redistribuição do fluxo sanguíneo para territórios mais nobres (centralização) ■ hipóxia ■ índice de pulsatilidade reduzido ■ vasodilatação do território ● Relação cerebroplacentária - RCP: ○ IP ACM/ IP aa. umbilicais ○ se p < 5 → alterada ● Ducto venoso: ○ quando alterado é preditor de acidose fetal ○ índice de pulsatilidade do DV ○ < 1,0 - conduta conservadora ○ entre 1 - 1,5 ■ medidas para prematuridade e parto após ■ corticoterapia / neuroproteção ○ > 1,5 → parto ○ pulsação de veia umbilical: sofrimento fetal gravíssimo ou ICC fetal → parto ● UP DATE: ○ As aa. umbilicais não alteram necessariamente em todas as RCF. Logo, precisamos analisar outros parâmetros como PESO DO BEBÊ e CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL. ○ Nova classificação: → Evolução do RCF precoce: → Evolução do RCF tardio: ● Parto: ○ via obstétrica ○ se condições para parto normal ○ monitorização rigorosa de vitalidade fetal: CTB ○ CUIDADO: Sofrimento fetal! ● Avaliação e manejo da RCF: ● Algoritmo final ministério da saúde: ● Critérios diagnósticos - RCIU: ● Diagnóstico definitivo: ○ pós natal ○ peso para idade gestacional ■ curvas específicas ○ parâmetros antropométricos ■ espessura de prega ou tríceps ou subescapular ■ índice ponderal ■ circunferência de antebraço ■ circunferência occipitofrontal ● Tratamento: ○ não há tratamento específico que melhore as condições do feto em RCF ● O que fazer então? ○ individualizar, acompanhar, questionar, investigar e tratar fatores de riscos. ○ Individualizar: ■ etiologia ■ nível da restrição de crescimento ■ tipo de restrição de crescimento ■ vitalidade fetal ■ maturidade ■ viabilidade ■ momento ideal para nascimento ○ Acima de 26 semanas: ■ avaliar vitalidade fetal ■ cardiotocografia ■ perfil biofísico fetal ■ dopplervelocimetria ■ semanal ou diariamente ● UP DATE: ○ Protocolo MS 2022: ■ Fetos pequenos para IG: ● fetos com peso estimado entre o percentil 3 e 10, sem alterações do doppler maternofetal ● a avaliação da vitalidade e do crescimento fetal pode ser realizada quinzenalmente ● parto pode ser induzido com 40 semanas ■ Estágio 1: ● peso fetal estimado p < 3 sem alterações do doppler maternofetal, ou peso fetal estimado entre o percentil 3 e 10 com doppler de aa. uterinas alterado ● a avaliação do crescimento fetal e da vitalidade (doppler e perfil biofísico fetal) pode ser realizada quinzenalmente até 34 semanas ● 34 - 38: semanalmente ● parto no máximo com 38 semanas → pode induzir ● se p < 1, parto com 37 semanas ■ Estágio 2: ● restrição do crescimento fetal com insuficiência placentária moderada (com alterações do doppler fetal) ● presença das seguintes alterações do doppler: IP das aa. umbilicais > p > 95, IP da aa. cerebral média < p <5 ou RCP < 1 ● vitalidade fetal semanal, mas de preferência 2 a 3 vezes por semana, até 34 semanas ● após 34 semanas, vitalidade diária ● parto com 37 semanas, sendo a indução aceitável ● maior risco de sofrimento fetal intraparto ■ Estágio 3: ● RCF com insuficiência placentária severa (doppler da aa. umbilical com diástole zero) ● a monitorização fetal a cada dois dias é aceitável, porém idealmente deveriam ser avaliadas diariamente (doppler, perfil biofísico fetal e CTG) ● o parto é recomendado com 34 semanas por cesárea eletiva, pois o risco de sofrimento fetal na indução de partoexcede 50% ■ Estágio 4: ● RCF com deteriorização fetal avançada (doppler da aa. umbilical com diástole reversa ou ducto venoso com IP > p>95) ● alto risco de óbito fetal e de prejuízo no desenvolvimento neurológico ● internação e monitorização da vitalidade fetal diariamente (doppler, perfil biofísico fetal e CTG) ● parto por cesárea eletiva, a partir da viabilidade da UTI neonatal ● perfil biofísico fetal: ótimo preditor de sofrimento fetal agudo; se menor ou igual a 6 → parto ■ Estágio 5: ● RCF com grande probabilidade de acidose fetal e alto risco de óbito fetal, doppler do ducto venoso com onda A reversa ● cardiotocografia > 3 ms ● desacelerações da FC fetal ● parto por cesárea eletiva no momento do diagnóstico, a depender da viabilidade da UTI neonatal ● nas idades gestacionais mais precoces, os pais devem ser aconselhados sobre os riscos de sequelas, e a opinião deles deve ser levada em conta na decisão do parto ● Seguimento e conduta: ○ feto PIG acima do percentil 3 e sem alterações do doppler ■ doppler a cada 2 semanas e parto com 40 semanas (pode indução) ■ feto PIG abaixo do percentil 3, ou doppler de aa. uterinas, ou umbilical, ou ACM, ou RCP alterado → doppler semanal e parto com 37 semanas (pode indução) ■ feto PIG com diástole zero → doppler 2x/semana e parto com 34 semanas (cesárea)
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