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Assistência de enfermagem no pré-natal de baixo risco PROF.ª NATHALIA R. BORCARI PROFª THAÍS MORENGUE DI LELLO BOYAMIAN DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Compreender a importância do Pré Natal e o impacto na saúde da gestante, puérpera e recém nascido. Compreender o papel do Enfermeiro na assistência ao Pré Natal. Conhecer o Protocolo de Assistência ao Pré Natal de baixo risco na Atenção Básica à Saúde. Aprender as etapas do exame físico obstétrico Assistência ao Pré-natal A gestação e determinada por um conjunto de alterações dinâmicas biopsicossociais, que devem ser interpretadas como um fenômeno biológico/fisiológico que requer um acompanhamento qualificado. Neste sentido, ressaltamos a importância da realização do Pré-Natal com papel fundamental na prevenção, detecção e intervenção das situações de risco tanto para a mãe quanto para o feto. Quanto melhor a qualidade dos serviços oferecidos, maior o impacto sobre a saúde materno-infantil e, portanto, menor a morbimortalidade nessas populações (ROCHA; ANDRADE, 2017; DOKU, NEUPANE, 2017). https://portal.coren-sp.gov.br/wp- content/uploads/2020/04/protocolo-de- enfermagem-na-atencao-primaria-a-saude- modulo-1-saude-da-mulher.pdf https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/04/protocolo-de-enfermagem-na-atencao-primaria-a-saude-modulo-1-saude-da-mulher.pdf Assistência ao Pré-natal Assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. O profissional enfermeiro pode acompanhar inteiramente o pré- natal de baixo risco na rede básica de saúde, de acordo com o Ministério de Saúde e conforme garantido pela Lei do Exercício Profissional nº7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87. Assistência ao pré-natal de baixo risco https://www.youtube.com/watch?v=sdcOM6tJIEA https://www.youtube.com/watch?v=sdcOM6tJIEA Confirmação da gravidez Importância do diagnóstico precoce da gravidez = Inicio do pré-natal o mais rápido possível Primeiras medidas do pré-natal Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá- se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal (Sistema de Acompanhamento da Gestante). As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na Ficha de Pré-Natal e no Cartão da Gestante. O SISPRENATAL WEB, inserido dentro da REDE CEGONHA, é um SISTEMA ONLINE que permite cadastrar a gestante, monitorar e avaliar a atenção ao pré-natal e ao puerpério prestadas pelos serviços de saúde a cada gestante e recém- nascido, desde o primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde até o atendimento hospitalar de alto risco. Rede Cegonha Em razão da alta taxa de morbimortalidade materno e infantil, o Ministério da Saúde instituiu, pela Portaria n° 1.459 de 2011, a Rede Cegonha, que engloba ações para estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil, assegurando o direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada na gravidez, parto, puerpério e ao nascimento seguro, assim como crescimento e desenvolvimento da criança (BRASIL, 2011). assegurar à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis até os 2 primeiros anos de vida. Objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. ➢ A Rede de Proteção à Mãe Paulistana é uma estratégia do SUS que tem como objetivo assistir a gestante durante o ciclo da gravidez, desde as consultas de pré-natal (no mínimo sete), o parto, o puerpério até o segundo ano de vida do bebê. ➢ Atendimento qualificado e humanizado ➢ Estimulo a presença do companheiro e outros familiares ➢ Precisa ter o cartão do SUS (pode fazer na hora da primeira consulta, deve apresentar RG e comprovante de residência) ➢ Todas as gestantes recebem um cartão da SPTrans, cujos créditos são liberados conforme a necessidade de utilização, após avaliação na consulta médica. Rede Mãe Paulistana Programa da Secretaria Municipal da Saúde Rede Mãe Paulistana Programa da Secretaria Municipal da Saúde Programa Alô Mãe Programa da Prefeitura de São Paulo que presta atendimento por telefone para gestantes, puérperas e mães de crianças de até 2 anos de idade. O número da central de atendimento às usuárias é 0800 200 0202 e funciona de segunda à sexta das 8 às 20h e sábado das 8 às 17h. Neste número podem ser esclarecidas dúvidas sobre a gestação, pós-parto, planejamento familiar e cuidados com o bebê. As informações inseridas na caderneta apoiam o profissional no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde, além de ajudar a gestante a registrar e esclarecer dúvidas, se preparar para o parto e a amamentação, conhecer sinais de alerta e seus direitos, entre outros. CONSULTA DE PRÉ-NATAL: Atribuições do Enfermeiro ✓ Lei nº7.498/86 – regulamentação do exercício profissional de enfermagem ✓ Portaria 2.436 / 2017 – Politica Nacional de Atenção Básica – revisão das diretrizes ✓ Acolher e orientar a gestante e a família sobre a importância do acompanhamento do Pré-Natal ✓ Intercalar consultas de enfermagem / consulta médica ✓ Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo assistencial ✓ Encaminhar para atendimento odontológico ✓ Atenção para arboviroses - orientação de prevenção (Ex: dengue, zika) Consultas de Pré- Natal O total de consultas deverá ser de, no mínimo seis, com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-puerperal deve ser iniciado o mais precocemente possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério, período em que a consulta de puerpério deverá ter sido realizada. HAVENDO SINAL DE TRABALHO DE PARTO E/OU 41 SEMANAS, ENCAMINHAR À MATERNIDADE - LEMBRAR QUE NÃO EXISTE ALTA DO PRÉ-NATAL Até 28ª semana Mensalmente Da 28ª à 36ª semana Quinzenalmente Da 36ª à 41ª semana Semanalmente ATENÇÃO ▪ A partir da 41ª semana, encaminhar a maternidade de referência para resolução do parto e já orientar a paciente que ela deverá voltar a UBS em até 7 dias após o parto para a consulta puerperal. ▪ Em nenhuma hipótese existe alta do pré-natal 1º Consulta do Pré-natal ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA Identificação, dados socioeconômicos, antecedentes familiares, antecedentes pessoais gerais, antecedentes ginecológicos, sexualidade, antecedentes obstétricos e gestação atual. ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA ANAMNESE HISTÓRIA CLÍNICA ATENÇÃO PARA AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE E RISCOS: Idade menor que 15 e maior que 35 anos Ocupação Situação familiar / Conjugal insegura Baixa escolaridade Condições ambientais desfavoráveis Altura menor que 1,45 m IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade Fatores relacionados a história reprodutiva anterior Fatores relacionados a gravidez atual NOMENCLATURA OBSTÉTRICA PRENHEZ, GESTAÇÃO, GRAVIDEZ: estado peculiar da mulher que concebe e desenvolve o produto conceptual ABORTO: é o produto de uma gravidez que não atingiu período de 22 semanas. (0A, IA, IIA...) GESTANTE: mulher que está grávida ✓ GESTA ou GRÁVIDA: termo utilizado para designar a mulher grávida • 0G = nuligesta: mulher que nunca gestou • IG = primigesta: mulher que está gestante (gestação atual) • IIG = secundigesta: mulher que já gestou uma vez e está gestante • IIIG = tercigesta: mulher que já gestou duas vezes e está gestante • Multigesta: mulher que gestou mais de uma vez e está gestante Sempre levar em consideração a gestação atual NOMENCLATURA OBSTÉTRICA PARTURIENTE: termo designado para a mulher grávida, quese encontra em trabalho de parto ✓ PARA: termo utilizado para designar mulher parturiente quanto ao número de partos • 0P - Nulípara: mulher que nunca pariu (nunca deu luz a um feto vivo ou morto) • IP - Primípara: mulher que deu a luz apenas uma vez • IIP - Multípara: mulher que deu a luz duas ou mais vezes PUÉRPERA: mulher que já deu a luz NUTRIZ: mulher que está amamentando NOMENCLATURA OBSTÉTRICA Exemplos de como descrever a situação obstétrica das mulheres: • IVG IP IIA: mulher que ficou grávida 4 X (inclui a gestação atual), teve 1 parto e 2 abortos • IIIG 0P IIA: mulher que gestou 3 X (inclui a gestação atual), nunca pariu e teve 2 abortos Exercícios Joana – 2º gestação, 1 parto normal, nenhum aborto: Maria – primeira gestação, nenhum parto, nenhum aborto: Lívia – 3 gestações, 1 parto e 1 aborto: NOMENCLATURA OBSTÉTRICA Exemplos de como descrever a situação obstétrica das mulheres: • IVG IP IIA: mulher que ficou grávida 4 X (inclui a gestação atual), teve 1 parto e 2 abortos • IIIG 0P IIA: mulher que gestou 3 X (inclui a gestação atual), nunca pariu e teve 2 abortos Exercícios Joana – 2º gestação, 1 parto normal, nenhum aborto: Maria – primeira gestação, nenhum parto, nenhum aborto: Lívia – 3 gestações, 1 parto e 1 aborto: IIG IP 0A - Secundigesta/ Primípara IG 0P 0A – Primigesta / Nulípara IIIG IP IA – Tercigesta / Primípara CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG): soma-se os números de dias entre a DUM e a data da consulta, dividindo por 7 (nº de semanas → semanas) • DUM CONHECIDA E CERTA – ex: 18/08/2019 • DUM DESCONHECIDA OU INCERTA, MAS SABE-SE O PERÍODO DO MÊS: Início do mês: DUM no dia 05 – ex: 5/08/2019 No meio do mês: DUM no dia 15- ex: 15/08/2019 No final do mês: DUM no dia 25 – ex: 25/08/2019 • DUM DESCONHECIDA – IG provável será determinada por aproximação pela medida da AU → ex: AU de 26 cm – 26 semanas ULTRASSONOGRAFIA CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL ESTIMATIVA DA DPP: REGRA DE NAEGELE Considera-se uma gestação de 280 dias (40 semanas) 1) Saber da Data da Última Menstruação (DUM) 2) DUM: dd/mm/aaaa ➢ dd + 07 dias ➢ mm – 03 ou + 09 ➢ aaaa + 1 (se necessário) De janeiro à março – soma 9 De abril a dezembro – subtrai 3 Nas datas dos meses em que ao somar sete dias passem para o outro mês, acrescentar + 1 ao mês CÁLCULO DA DPP – DATA PROVÁVEL DO PARTO CÁLCULO DA DPP Exercícios: DUM: 08/05/2009 DUM:14/01/2014 DPP? CÁLCULO DA DPP Exercícios: DUM: 08/05/2009 DUM:14/01/2014 DPP? CÁLCULO DA DPP História Clínica: Estimativa da DPP 1. Colocar a seta azul o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação (DUM) 2. Observar a seta vermelha na data (dia e mês) indicada para a DPP EXAME FÍSICO GERAL E OBSTÉTRICO Avaliação nutricional e do ganho de peso gestacional A avaliação do estado nutricional da gestante consiste na tomada da medida do peso e da altura e o cálculo da semana gestacional, o que permite a classificação do índice de massa corporal (IMC) por semana gestacional. 1)Anote o peso e altura encontrados no prontuário e no Cartão da Gestante 2)Cálculo do IMC 3)Cálculo da IG AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO 4) Localize, na primeira coluna da tabela a seguir, a semana gestacional calculada e identifique, nas colunas seguintes, em que faixa está situado o IMC dagestante. 5) Classifique o estado nutricional (EN) da gestante, segundo o IMC, por semana gestacional: baixo peso, adequado, sobrepeso, obesidade Baixo peso (BP): investigue a história alimentar, a hiperemese gravídica, infecções, parasitoses e anemias. Realizar orientação nutricional e remarcar consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Sobrepeso e obesidade (S e O): investigue a obesidade pré gestacional, casos de edema, polidrâmnio, macrossomia e gravidez múltipla. Realizar orientação nutricional à gestante. Remarque a consulta em intervalo menor do que o fixado no calendário habitual. Estimativa do ganho de peso durante a gestação AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO ECM Detectar anormalidades nas mamas e avaliar sintomas referidos pelas gestantes Educar as mulheres quanto: ✓ Ao câncer de mama, sintomas, fatores de risco e sua detecção precoce ✓ A composição e variabilidade da mama normal ✓ A importância do aleitamento materno para a criança, para a gestante, sua família e comunidade EXAME CLÍNICO DAS MAMAS PALPAÇÃO OBSTÉTRICA (TÉCNICA DE LEOPOLD) ✓ Identificar o crescimento fetal ✓ Identificar a situação, apresentação e posição fetal ✓ Deve iniciar-se pela delimitação do fundo uterino, bem como todo o contorno da superfície uterina (reduz risco de erro da medida da altura uterina) A Palpação Obstétrica deve ser realizada antes da medida da altura uterina (AU) PALPAÇÃO OBSTÉTRICA Cuidados para a realização da palpação obstétrica ✓ Paciente com bexiga vazia ✓ Decúbito dorsal horizontal com membros estendidos e relaxados ao lado do corpo ✓ Examinador ao lado direito da paciente ✓ Examinador com mãos aquecidas ✓ Usar de movimentos suaves e evitar movimentos bruscos PALPAÇÃO OBSTÉTRICA TÉCNICA DE LEOPOLD Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 tempos PALPAÇÃO OBSTÉTRICA 1º TEMPO – EXPLORAÇÃO DO FUNDO UTERINO Delimita-se o fundo uterino com as duas mãos, deprimindo a parede abdominal. Procura-se reconhecer o contorno do fundo uterino e a parte fetal que ocupa 2º TEMPO – EXPLORAÇÃO DO DORSO E PEQUENAS PARTES Sente-se o dorso fetal e as pequenas partes (membros) no lado esquerdo e direito do útero. PALPAÇÃO OBSTÉTRICA 3º TEMPO – EXPLORAÇÃO DA APRESENTAÇÃO E MOBILIDADE Explora-se a mobilidade da apresentação (polo) que se apresenta no estreito superior pélvico materno. Com as extremidades dos dedos procura-se penetrar na pelve materna 4º TEMPO – EXPLORAÇÃO DAS ESCAVAS Determina-se a situação fetal (longitudinal, transversa ou oblíqua), colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, delizando-as em direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal que se apresenta PALPAÇÃO OBSTÉTRICA Características dos segmentos fetais à palpação ✓ Cefálico: menor, liso, consistente, esferóide e irredutível ✓ Pélvico: maior, irregular, amolecido, volumoso e redutível ✓ Dorso: superfície plana, resistente, convexa e alongada ✓ Pequenas partes: pequenos cilindros angulosos e móveis PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: APRESENTAÇÃO. Obrigatório a partir de 36s É a parte do feto que está voltada para a pelve materna. É a região fetal que se apresenta primeiro no nascimento. Cefálica, Pélvica ou Córmica (Transversa) Frequência: 95% cefálica, 4% pélvica e 1% córmica PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: SITUAÇÃO Situação: é a relação entre o maior eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe. Longitudinal, Transversa/Córmica e Oblíqua Longitudinal Transversa Oblíqua Frequência: 99% das situações são longitudinais PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA: POSIÇÃO Posição: é a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe. Posição esquerda, quando o dorso fetal se acha voltado para o lado esquerdo da mãe. Posição direita, quando o dorso fetal se volta para o lado direito da mãe. Frequência: a posição esquerda é a mais comum PALPAÇÃO OBSTÉTRICA PALPAÇÃO OBSTÉTRICA MEDIDA DA ALTURA OBSTÉTRICA (AU – Altura uterina) ✓ Investigar as características uterinas: tamanho, forma, consistência, posição e regularidade de sua superfície ✓ Acompanhar o crescimento fetal e detectar precocemente as alterações ✓ Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade gestacional ✓ Realizada em toda consulta a partir da 16ª semana de gestação (avaliar possibilidade) ✓ Material: fita métrica flexível MEDIDA DA ALTURA UTERINA1. Posicione a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto 2. Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino 3. Fixe a extremidade inicial (0cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da sínfise púbica com uma das mãos, passando-a entre os dedos indicados e médio MEDIDA DA ALTURA UTERINA 4. Deslize a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até alcançar o fundo do útero com a margem cubital da mesma mão 5. Proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino. Anote a medida, em centímetros, na ficha e no cartão e marque o ponto na curva da altura uterina MEDIDA DA ALTURA UTERINA A AU serve para estimar a IG Medida não confiável após 36 sem por conta da descida (encaixe) do feto MEDIDA DA ALTURA UTERINA AUSCULTA DOS BATIMENTO CARDIOFETAIS ✓ Realizar em toda consulta a partir da 10ª a 12ª semana com sonar. Uso de Pinard a partir de 18ª a 20ª semana ✓ Verificar a vitalidade do feto ou sofrimento fetal e reconhecer gravidez múltipla ou única ✓ Confirmar o diagnóstico da apresentação e posição fetal através da localização do foco FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL É CONSIDERADA NORMAL ENTRE 120 A 160 BPM AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS - BCF Apresentações cefálicas: foco encontra-se no QIE ou QID, em função da localização do dorso fetal Apresentações pélvicas: foco encontra-se no QSE ou QSD, de acordo com o dorso fetal Situação transversa: foco na cicatriz umbilical Gestação gemelar: 2 focos – assíncronos, diferença de frequência ✓ Após uma contração uterina, a movimentação fetal ou o estímulo mecânico sobre o útero, um aumento transitório na frequência cardíaca fetal é sinal de BOA VITALIDADE. ✓ Por outro lado, uma desaceleração ou a não alteração da frequência cardíaca fetal, concomitantemente a esses eventos, é sinal de ALERTA, o que requer aplicação de metodologia para a avaliação da vitalidade fetal AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS - BCF Técnica de ausculta: ✓ Realizar a palpação para localizar o dorso fetal ✓ Neste local aplicar o aparelho ✓ Realizar a contagem dos BCFs. ✓ Permanecer auscultando por pelo menos 3 minutos, para observar o ritmo dos BCFs. ✓ Evitar expressões faciais de dúvida ou receio para não causar ansiedade na gestante. AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS - BCF Todos os resultados devem ser anotados na ficha obstétrica e no cartão da gestante A gestante precisa tomar conhecimento de todos os resultados e ser orientada quanto a isso CUIDADOS - PRESCRIÇÕES Resolução COFEN 195/1997 ➢ Dispõe sobre a permissão para Enfermeiros solicitarem exames de rotina e complementares ➢ Rotina de solicitação de exames pelo Enfermeiro está na Portaria do Ministério da Saúde nº 2.488/2011, a qual aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). EXAMES Algumas diferenças no município de São Paulo Exames laboratoriais no pré-natal na atenção básica https://www.youtube.com/watch?v=ig0ciBIC8Yo https://www.youtube.com/watch?v=ig0ciBIC8Yo EXAMES Hemograma completo - Hemoglobina (Hb) ✓ Hemoglobina > 11g/dl: Ausência de anemia ✓ Hemoglobina (Hb) entre 8g/dl e 11g/dl: Anemia levea moderada o Solicitar Parasitológico de fezes e tratar a parasitose, sepresente o Tratar anemia: 120 a 240mg de sulfato ferroso: recomendam-se 5 drágeas/dia, de 40mg cada, via oral (2 pelamanhã, 2 à tarde e 1 à noite), uma hora antes das refeições o Repita a dosagem de hemoglobina entre 30 e 60 dias o Se os níveis estiverem subindo, manter tratamento até a Hb atingir 11g/dl e inicia-se a dose de suplementação (1drágea ao dia, com 40mg de ferro elementar). o Repita a dosagem no 3º trimestre - Se a Hb permanecer em níveis estacionários ou se diminuir, será necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. ✓ Hemoglobina < 8g/dl: Anemia grave → será necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. EXAMES Glicemia de Jejum: nível de glicose sanguínea após jejum de 8 a 12 horas ✓ < 92mg/dL: Realize TOTG (teste oral de de tolerância à glicose) de 24 a 28 semanas de gestação. ✓ > 92mg/dL e < 126mg/dL: Diabetes mellitus gestacional (DMG). ✓ ≥126mg/dL: Diabetes mellitus (DM) TTGO 75g (2h):a paciente recebe uma carga de 75 g de glicose em 250-300 ml de água, após um período de jejum entre 8 e 12horas; a glicemia é medida antes, com 60 minutos e 120 minutos após a ingestão ✓ Jejum < 92mg/dL, 1ª hora < 180mg/dL e 2ª hora < 153mg/dL: TESTE NEGATIVO ✓ Jejum ≥ 92mg/dL a 125mg/dL e/ou 1 horas pós ≥180mg/dl e/ou 2h pós ≥ 153mg/dl a 199mg/dl: DMG Tipagem sanguínea: rastreia a presença da proteína sanguínea Rh ✓ Rh materno positivo: anotar na ficha, no cartão da gestante e informar a gestante sobre o seu tipo sanguíneo ✓ Rh materno negativo e parceiro Rh negativo: anotar na ficha, no cartão da gestante e informar a gestante sobre o seu tipo sanguíneo ✓ Rh materno negativo e parceiro com Rh positivo e/ou desconhecido: solicitar teste de Coombs indireto (detecta anticorpos que atuam contra hemácias) - Coombs indireto for negativo, repeti-lo no 2º e 3º trimestre. - Coombs indireto for positivo, encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco: 300 mg de gamaglobulina anti-Rh (imunoglobulina anti-D: concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh) via intramuscular após 72 horas do parto do primeiro filho, após aborto ou gravidez ectópica → Desse modo, na gestação seguinte, o feto não desenvolverá eritroblastose. EXAMES ERITROBLASTOSE FETAL atualmente chamada de Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) • Doença hemolítica causada pela incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e fetal: mãe com fator Rh- e feto com Rh+ • Durante a passagem do feto pelo canal de parto a mãe entra em contato com o Rh+ do feto, produzindo anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh fetal (“intruso”). O primeiro filho, portanto, apresenta menos risco de desenvolver a doença porque a mãe Rh- ainda não foi sensibilizada pelos anticorpos antiRh. • Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe. Caso ela volte a engravidar de um bebê com Rh+ os anticorpos produzidos na gravidez anterior destroem as hemácias do feto. EXAMES EXAMES Triagem para sífilis (TR e VDRL): infecção bacteriana ✓ TR negativo → Realize sorologia no 3º trimestre, no momento do parto e em caso de abortamento. ✓ TR positivo → Colete amostra sanguínea para realização do VDRL e teste nos parceiros sexuais. ✓ VDRL positivo (TRATAR GESTANTE E PARCEIRO): Treponema pallidum presente • Sífilis primária (feridas) = penicilina benzatina, em dose única de 2.400.000 UI (1.200.000 em cada nádega). • Sífilis secundária (manchas) = penicilina benzatina, em 2 doses de 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega), com intervalo de uma semana. . Dose total de 4.800.000 UI. • Sífilis terciária (doenças neurológicas) = penicilina benzatina, em 3 doses de 2.400.000 UI (1.200.000 UI em cada nádega), com intervalo de uma semana. Dose total de 7.200.000 UI. • Realize exame mensal para controle decura ✓ VDRL negativo → Repita o exame no 3º trimestre EXAMES Urina tipo I e Urocultura: proteinúria, cultura positiva, hematúria, cilindrúria e demais elementos Proteinúria ✓ “Traços”: repita em 15 dias; caso se mantenha, encaminhe a gestante ao pré-natal de alto risco. ✓ “Traços” e hipertensão e/ou edema: é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. ✓ “Maciça”: é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Bacteriúria/ leucocitúria - Cultura positiva (> 105 col/ml) Tratar infecção do trato urinário (ITU) empiricamente, até o resultado do antibiograma. Em caso de ITU de repetição é necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco. Caso haja suspeita de pielonefrite, é necessário referir a gestante ao hospital de referência para intercorrências obstétrica EXAMES Urina tipo I e Urocultura: proteinúria, culturapositiva, hematúria, cilindrúria e demais elementos Hematúria ✓ Se for piúria (pus na urina) associada, considere ITU. ✓ Se for isolada, uma vez que tenha sido excluído sangramento genital, é necessário referir a gestante para consulta especializada Cilindrúria (condensação de proteínas) → É necessário referir a gestante ao pré- natal de alto risco. EXAMES Teste rápido diagnóstico anti-HIV e sorologia para HIV TR/ Sorologia: positivo → Realize o aconselhamento pós-teste e encaminhe a gestante para o seguimento ao pré-natal no serviço de atenção especializada em DST/Aids de referência TR/ Negativo: negativo → Realize o aconselhamento pós-teste e repita a sorologia no 3º trimestre EXAMES Sorologia para Hepatite B (HbsAg) Positivo → Encaminhar a gestante para o seguimento ao pré-natal no serviço de atenção especializada em hepatites de referência. Negativo → Realizar vacina a gestante caso ela não tenha sido vacinada anteriormente. Em seguida, repita a sorologia no 3º semestre. EXAMES Toxoplasmose IgM e IgG Sorologia Negativa (IgG e IgM negativas): Suscetível ✓ Orientação higiênico-dietética ✓ Repetição da sorologia 2/2 meses Sorologia Positiva (IgG positiva IgM negativa): Imune ✓ Seguimento pré-natal rotineiro Sorologia Positiva (IgG negativa ou positiva IgM positiva): Infecção recente ✓ Proceder diagnóstico da transmissão vertical ✓ Encaminhar para Medicina Fetal IgM EXAMES Colpocitologia Oncótica ✓ Deve ser realizada em qualquer trimestre, a partir de uma amostra da ectocérvice. ✓ A coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser realizada nas gestantes. ✓ Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa do colo por meio de uma espátula de madeira (espátula de Ayres) ✓ A conduta obstétrica, em princípio, para resolução da gravidez, não deve ser modificada em decorrência dos resultados citopatológicos, exceto nos casos de franca invasão ou obstrução do canal do parto. ✓ Após o parto, as reavaliações citopatológica deverão ser realizadas, entre seis e oito semanas, em um centro de referência regional. EXAMES Ultrassonografia Obstétrica Determinar a IG, detectar gestações múltiplas e malformações fetais. Idealmente, o exame deve ser realizado entre 10 e 13 semanas. De acordo com a OMS, preconiza-se a realização de 3 exames ultrassonográficos: ✓ 1º trimestre: entre 11 e 14 semanas – translucência nucal ✓ 2º trimestre: entre 20 e 24 semanas ✓ 3º trimestre: entre 32 e 36 semanas EXAMES Teste para estreptococo B ✓ Cultura específica com coleta anovaginal do estreptococo do grupo B entre 35-37 semanas, quando possível ✓ Transmissão durante a passagem do pelo canal de parto ✓ Presença de estreptococo B positivo: antibioticoterapia profilática intraparto EXAMES Infecção pelo estreptococo do grupo B = doenças respiratórias, sépsis ou meningite na 1ª semana de vida Muitos hospitais mantêm protocolos institucionais de antibioticoterapia como profilaxia para infecção fetal pelo Estreptococo B materno e controle de qualidade sobre esse indicador. VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO Proteção da gestante e feto Não há evidências de que, em gestantes, a administração de vacinas de vírus inativados, bactérias mortas e de vacinas constituídas por componentes de agentes infecciosos acarrete qualquer risco para o feto De acordo as recomendações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde: ✓ Vacina dupla do tipo adulto – dT/dTpa (difteria, tétano e coqueluche) ✓ Vacina contra influenza (fragmentada) ✓ Vacinação contra hepatite B (recombinante) ✓ EM SITUAÇO ̃ES ESPECIAIS : Vacina contra febre amarela (atenuada) e raiva humana dT/dTpa: prenvine difteria, tétano e coqueluche - 2 doses da vacina dupla adulto (dT) e 1 dose da dTpa a partir da 20ª semana de gestação Influenza: previne gripe - Dose única no período da campanha, em qualquer idade gestacional Hepatite B: previne contra Hepatite B - Realizada após o primeiro trimestre de gestação – 3 doses (0, 1 e 6 meses) ATIVIDADES EDUCATIVAS NA GESTAÇÃO Atividades educativas/preventivas (multiprofissional) ✓ Oficinas, palestras, reuniões, rodas de conversas ✓ Visitas Domiciliares – ACS ✓ Planejamento familiar, amamentação, direitos da gestante, autoexame, cuidados ao RN em casa VÍDEO PARA ASSISTIR: Exame clínico obstétrico na consulta de Enfermagem https://www.youtube.com/watch?v=9SnVrUddVSk https://www.youtube.com/watch?v=9SnVrUddVSk REFERÊNCIAS • BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012. 318 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n° 32). Disponível em: file:///F:/2019.1%20FMU/Disciplina%20Sa%C3%BAde%20da%20Mulher/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf • FERNANDES, R.A.Q.; NARCHI, N.Z. Enfermagem e Saúde da Mulher. 2. ed. rev. ampl.- Barueri, SP: Manole. 2013 • OHLSSON A; SHAH VS. Antibióticos intraparto para mães colonizadas por Estreptococos B. Cochrane, 2014. Disponível em: https://www.cochrane.org/pt/CD007467/antibioticos-intraparto-para-maes-colonizadas-por-estreptococos-b • SECRETARIA DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré natal e puerpério. São Paulo: SES/SP, 2010. Disponível em: file:///F:/2019.1%20FMU/Disciplina%20Sa%C3%BAde%20da%20Mulher/Manual%20t%C3%A9cnico%20do%20pre%20natal %20e%20puerpeio%202010.pdf • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao prénatal de baixo risco. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf file:///F:/2019.1 FMU/Disciplina Saúde da Mulher/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf https://www.cochrane.org/pt/CD007467/antibioticos-intraparto-para-maes-colonizadas-por-estreptococos-b http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf REFERÊNCIAS • LOWDERMILK, D.L. et al. Saúde da Mulher e Enfermagem Obstétrica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. • Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SSESP). Pré-natal e puerpério: manual técnico – manual de consulta rápida para os profissionais de saúde. São Paulo: 2017. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/programa-de-fortalecimento-da-gestao- dasaude-no- estado-de-sao-paulo/consultas-publicas-manuais-da-linha-de-cuidado-da-gestante-parturiente- epuerpera/manual_de_consulta_rapida.pdf • Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré natal e puerpério. SES/SP: 2010. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e- apuerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e- puerperio/manual_tecnicoii.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/programa-de-fortalecimento-da-gestao-dasaude-no- http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/atencao-a-gestante-e-apuerpera-no-sus-sp/manual-tecnico-do-pre-natal-e-
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