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Aula 13 - 2022 1 Profa Thaís Assistência ao recém-nascido em sala de parto Exame Físico do recém-nascido

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ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO EM SALA 
DE PARTO. 
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO.
PROFª THAÍS M. DI LELLO BOYAMIAN
PROF.ª NATHALIA R. BORCARI
DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender como ocorre a recepção do recém-nascido na sala 
de parto
• Avaliar o recém-nascido ao nascimento
• Identificar a necessidade de cuidados ao recém-nascido (RN) e sua 
família na sala de parto
• Estabelecer plano de cuidados desde o nascimento até a 
transferência para o alojamento conjunto, Unidade de Terapia 
Intensiva Neonatal (UTIN) ou berçário.
Qual é a importância de uma boa 
assistência ao RN na sala de parto?
Esse momento pode impactar nos 
níveis de mortalidade e morbidade 
infantil?
“Assim, a TMI de 2019 do Brasil e a TMI média do triênio para o Brasil ficou em 13,3 
óbitos para cada mil NV. As Regiões Norte e Nordeste possuem as maiores médias 
de TMI, com 16,9 e 15,3 óbitos para cada mil NV, respectivamente para o período 
de 2017 a 2019. As menores médias da TMI são observadas nas Regiões Sudeste e 
Sul, com 11,7 e 10,1 óbitos para cada mil NV, respectivamente”
Leiam a sentença abaixo...
Com base no descrito acima, como podemos relacionar as diferentes regiões 
do país com os dados de mortalidade infantil? Quais são as questões que 
contribuem para essa diferença? 
https://www.gov.br/saude/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/boletins/boletinsepidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_37_v2.pdf
https://www.gov.br/saude/ptbr/centraisdeconteudo/publicacoes/boletins/boletinsepidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_37_v2.pdf
Mortalidade Infantil: até 1 ano de idade
Dados de 2017 
(IBGE): 12,8 a cada 
1000 nascidos vivos
Melhora na 
assistência pré-natal 
e cobertura vacinal
2015. Alta na 
mortalidade por 
casos de Zica vírus 
e baixa adesão às 
vacinas
Morte 
neonatal 60 
a 70% da 
mortalidade 
infantil. 
Principal 
causa de 
morte 
infantil 
acontece no 
período 
neonatal
SP 2020
9,88 óbitos 
por 1000 NV
Mortalidade neonatal: Prematuridade
Asfixia Perinatal
Anóxia Neonatal
Causas maternas
Infecções Perinatais
Importância 
do Programa 
Rede Cegonha
www.saude.gov.br/acoes-e-programas/rede-cegonha
O momento do nascimento: Período de transição da vida 
intrauterina para extrauterina. 
Quais fatores de risco podem levar à intercorrências com o RN na 
sala de parto?
• Prematuridade
• Diminuição de MF
• Placenta prévia
• DPP
• Mecônio 
• Diabetes materna
• Hipertensão materna
• Malformação fetal
• Mãe usuária de drogas
• Infecção materna
• Idade materna (extremos)
• Uso de medicações como opióides... 
• Prolapso de cordão
• Outros
Fatores de risco para o RN (MS):
• Baixo nível socioeconômico.
• História de morte de criança menor de 5 anos na família.
• Criança explicitamente indesejada.
• Mãe adolescente (<20 anos).
• RN pré-termo (<37 semanas).
• RN com baixo peso ao nascer (<2.500 g).
• Mãe com baixa instrução (<oito anos de estudo).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SALA DE PARTO
Adaptações
Circulatória Respiratória
Estresse no trabalho de parto
Perda de suporte metabólico
Nascimento: Momento que marca o início das transformações 
fisiológicas e metabólicas para adaptação da vida intra uterina para extra 
uterina. 
❖Adaptação para vida 
extrauterina
❖ Ar entra nos pulmões - Troca 
gasosa
❖ Fim da circulação placentária 
/ fetal
❖Ducto venoso, canal arterial e 
forame oval fecham nos 
primeiros dias ou semanas
❖O não fechamento dessas 
estruturas pode indicar 
cardiopatias
DUCTO VENOSO
FORAME OVAL
CANAL ARTERIAL
AVALIAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO
➢Classificação conforme IG:
• Menor que 37 semanas : pré-termo (RNPT)
• (36 a 37 semanas – pré-termo limítrofe)
• Entre 38 e 41 semanas: termo (RNT)
• Maior que 42 semanas: pós-termo (RN pós termo)
➢Classificação conforme o peso e idade idade gestacional:
• Grandes para idade gestacional (GIG)
• Adequados para idade gestacional (AIG)
• Pequenos para idade gestacional (PIG)
Quem é o recém-nascido?? Classificação
PIG
AIG
GIG
➢Classificação conforme o peso:
• Extremo baixo peso (EBP): Menor que 1.000g
• Muito baixo peso (MBP): Menor que 1.500g
• Baixo peso (BP): Menor que 2.500g
• Normal: Entre 2.501g e 4.000g
• Macrossômico: Maior que 4.001g
Quem é o recém-nascido?? Classificação
Qual é o papel do Enfermeiro na assistência 
ao RN na sala de parto?
• Planejar e prestar assistência ao RN, gestante/puérpera e família
• Realizar previamente a anamnese materna.
• Preencher a ficha de nascimento do RN.
• Providenciar previamente o material para assistência ao RN ( em qualquer 
circunstância)
• Manter a organização do setor, garantir a funcionalidade dos equipamentos 
e validade dos materiais e medicamentos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SALA 
DE PARTO
•Imediatamente após o nascimento, a necessidade de reanimação depende 
da avaliação rápida de quatro situações referentes à vitalidade do concepto, 
sendo feitas as seguintes perguntas:
Gestação a termo? Respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão?
•Se a resposta é SIM a todas as perguntas, considera-se que o RN está com boa 
vitalidade e não necessita de manobras de reanimação.
RNT Vigoroso
Procedimentos de rotina
Respirando ou chorando
Tônus muscular em flexão
Independente do liquido 
amniótico
Clampeamento do 
cordão tardio 1 a 3 
minutos
Prover calor
Secar
Mãe
Contato pele a pele
Aleitamento
Garantir vias aéreas 
pérvias
Clampeamento
imediato a qualquer 
anormalidade
Sem flexão ou 
hiperextensão do 
pescoço 
Compressas 
aquecidas
Retirar campos 
molhados
Utilizar campos de 
algodão
Avaliar: FC, tônus muscular, 
atividade,respiração/choro e 
apgar
Rotina: Vitamina k, vacina Hep B, peso, medidas 
antropométricas, carimbo dos pés, preenchimento 
da ficha, pulseiras 
Avaliação de APGAR 
Realizar no 1º, 5º e 10º minuto de vida
Atenção para 
temperatura da 
sala!!!
26°C
Avaliação de APGAR 
Avaliação de APGAR 
Se Apgar menor que 7 no 1º minuto, deve ser realizado o Apgar no 5º e 10º
minuto
• Significado dos valores de APGAR
- 7 a 10: boa vitalidade, boa adaptação à vida extrauterina
- 4 a 6: asfixia moderada
- 0 a 3: asfixia grave
• A avaliação deverá ser realizada no 1º e 5º minuto de vida
Escore de 
Apgar não é 
o parâmetro 
para definir a 
necessidade 
de 
reanimação
Garantindo vias aéreas pérvias
Garantindo vias aéreas pérvias
• Limpar as vias aéreas quando necessário
•A limpeza manual de secreções é suficiente e se elimina o risco de
bradicardia por reflexo vagal
•A aspiração ativa das vias aéreas está indicada unicamente nos casos de
aspiração de mecônio, sangue ou secreção com depressão respiratória
•Atenção para o posicionamento do RN – risco de apneia obstrutiva
Clampeamento tardio do cordão umbilical
Benefícios do clampeamento tardio do cordão umbilical
Benefícios do clampeamento tardio do cordão umbilical
Compreendendo a transfusão placentária a importância do 
clampeamento em tempo oportuno
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/cuidado-ao-recem-nascido-no-parto-e-nascimento/
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/cuidado-ao-recem-nascido-no-parto-e-nascimento/
Cuidados com o cordão umbilical 
•Fixar o clamp à distância de 2 a 3cm do anel umbilical,
envolvendo o coto com gaze embebida em álcool etílico 70% ou
clorexidina alcoólica 0,5%. Em RN de extremo baixo peso utiliza-
se soro fisiológico. (há controversa dessa rotina)
•Verificar a presença de duas artérias e de uma veia umbilical,
pois a existência de artéria umbilical única pode associar-se a
anomalias congênitas.
• Após o clampeamento do cordão, manter RN sobre o abdome
e/ou tórax materno provendo uma fonte de calor
Cuidados com o cordão umbilical 
Aleitamento materno na sala de parto 
Aleitamento materno da sala de parto
Dez passos para o sucesso do aleitamento materno 
Passo 4 - Ajudar as mães a iniciar o
aleitamento materno na primeira meia hora
após o nascimento; conforme nova
interpretação:colocar os bebês em contato
pele a pele com suas mães, imediatamente
após o parto, por pelo menos uma hora e
orientar a mãe a identificar se o bebê mostra
sinais de que está querendo ser amamentado,
oferecendo ajuda se necessário;
Melhor adaptação do RN, regulação 
glicêmica, cardiorrespiratória e 
térmica.
Aproveitar o 
primeiro período de 
reatividade do RN. 
Melhor estado de 
alerta.
IDENTIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO
IDENTIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO
•Fazer a identificação do RN e da mãe, usar
pulseiras de plástico no pulso ou tornozelo
(colocado na mãe e no filho, coleta-se a impressão
digital dos dedos da mãe e plantar do RN)
•Deve constar obrigatoriamente na identificação:
nome da mãe (“RN de”), sexo do RN, registro
hospitalar, data e hora do nascimento.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
• Comprimento cabeça-calcanhar (Estatura): 
48 a 53 cm
• Perímetro cefálico (PC): 32 a 38 cm
• Perímetro torácico (PT): PC > PT - 2cm ao
nascimento
• Perímetro abdominal (PA): 30,5 a 33 cm/
35cm
• Peso
Profilaxia da oftalmia gonocócica: Método Crede
MÉTODO DE CREDE
•O obstetra vienense Credé, em 1881, descobriu o uso do
nitrato de prata, hoje difundido mundialmente
•O colírio de nitrato de prata 1% promove a profilaxia da
oftalmia gonocócica (transmissão de gonococos da mãe para
o bebê no momento do parto), eliminando uma das causas
de cegueira no neonato
• O procedimento deve ser feito após o nascimento
•No final do frasco, o produto terá maior concentração de
nitrato de prata devido precipitação dos sais, podendo causar
conjuntivite química no recém-nascido
MÉTODO DE CREDE
• Técnica:
- Retirar excesso de vérnix na região ocular
-Afastar as pálpebras e instilar uma gota
nitrato de prata a 1% no fundo do saco
lacrimal de cada olho
- Massagear suavemente as pálpebras
deslizando-as sobre o globo ocular
-Se o nitrato cair fora do globo ocular ou
se houver dúvida, repetir o procedimento
-Deve ser feita na primeira hora após o
nascimento tanto no parto normal quanto
cesárea
ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA K e 
VACINA DA HEPATITE B
ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA K
•A função da vitamina K é catalisar a síntese
de protrombina no fígado, necessária para a
coagulação
•A vitamina K é sintetizada por bactérias da
microbiota intestinal, porém o intestino do RN é
estéril ao nascimento, e só será colonizado após
a amamentação, embora o leite materno,
contenha níveis baixos de vitamina K
•A administração de 0,1 ml de vitamina K
ajuda na prevenção da doença hemorrágica
do RN, causada por uma deficiência dos
fatores de coagulação.
Vacina Hepatite B: administrar 
preferencialmente até 12 horas de vida, IM, 
no vasto lateral da coxa
CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO EM 
ALOJAMENTO CONJUNTO
HISTÓRICO
NEONATAL
ANAMNESE
BANHO
•Realizado após o RN atingir estabilidade térmica (T= 36,8ºC para banho,
pois sabe-se que haverá queda de temperatura, sendo aceitável que o banho
inicie com 36,8 e termine com 36,0°C)
•Pode ser higienizado com água morna e sabão neutro
CURATIVO DO COTO UMBILICAL
•Aplicar álcool a 70% ao redor e
sobre o coto umbilical após o banho e
a cada troca de fralda.
Coto umbilical seca 
progressivamente, mumificando-
se perto do 3º ou 4º dia de vida, 
e costuma desprender-se do 
corpo em torno do 6º ao 15º dia.
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO
•O exame físico minucioso deverá ser feito após 2 a 6 horas de vida,
preferencialmente antes de o bebê completar 12 horas de vida.
• Sempre que possível, realiza-lo na presença dos pais.
•Inspeção, palpação, percussão e ausculta devem ser aplicadas nos
diversos segmentos examinados.
•Respeite os limites do RN no momento do exame físico
•O estresse é tóxico para o desenvolvimento neurológico do RN
SINAIS VITAIS
1. Temperatrura axilar: 36,5°C – 37,2 °C
2. Frequência cardíaca: 120 a 160 bpm
3. Frequência respiratória: 40 a 60 mrm
4. Pressão arterial: 65 mmHg x 41mmHg
ATIVIDADE: MAPA MENTAL 
SOBRE O EXAME FÍSICO DO 
RN 
UTILIZE SEUS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS NA DISCIPLINA 
DE SAÚDE DA CRIANÇA E O MATERIAL DISPONIBILIZADO NOS 
SLIDES A SEGUIR E FAÇA UM MAPA CONCEITUAL BEM 
DETALHADO. 
PELE
1. Textura e umidade
- RN pré-termo extremo: pele muito fina e
gelatinosa
- RN a termo: pele lisa, brilhante, úmida e fina
- RN pós- termo ou com insuficiência
placentária:
pele seca, enrugada, apergaminhada e com 
descamação acentuada.
RN pré-termo extremo
RN a termo
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
Pele apergaminhada Descamação da pele
Fo
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EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
2. Cor
- RN de cor branca são rosados e os filhos de pais negros nascem
avermelhados com maior quantidade de melanina nos mamilos, na borda do 
umbigo e na genitália
-Palidez acentuada: pode indicar anemia (aguda ou crônica), vasoconstrição 
periférica ou choque
-Cianose de extremidades (acrocianose) é comum. Cianose central é
preocupante e associa-se geralmente com doenças
cardiorrespiratórias.
- Na vigência de líquido amniótico meconiado, a pele e o coto umbilical podem
estar impregnados, apresentando cor esverdeada característica
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
Acrocianose
Cianose Central
Pele esverdeada - mecônio
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
3.Milium sebáceo: pequenos pontos
brancos (menor que 1mm),
localizados na base do nariz, queixo
e fronte, devido à distensão e
obstrução das glândulas sebáceas,
decorrentes da ação do estrógeno
materno; desaparecem em poucas
semanas.
4.Lanugo: pelos finos que costumam
recobrir a região do ombro e da
escápula, encontrados de forma
mais abundante nos RN prematuros;
desaparecem em alguns dias.
Milium Sebáceo Lanugo
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
5.Vérnix caseoso: material
gorduroso e esbranquiçado comum
em RN prematuros entre 34 e 36
semanas, cujas funções primordiais
são a proteção da pele e o
isolamento térmico. Nos RN a termo
a quantidade costuma ser menor
6.Manchas mongólicas: manchas
azul- acinzentadas localizadas
preferencialmente no dorso e nas
regiões glútea e lombossacra,
podendo ser disseminada; São mais
comuns nas raças negra e oriental e
regridem nos primeiros 4 anos de
idade. Vérnix Caseoso Mancha Mongólica
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
7. Eritema tóxico: lesões eritematosas
multiformes (pápulas, máculas e até
algumas vesículas) de causa desconhecida
e pode ser desencadeado por estímulos
mecânicos de atrito ou pressão na pele.
Regride espontaneamente, muitas vezes
em poucas horas.
8. Máculas vasculares: manchas de cor
salmão que desaparecem à pressão, e
estão presentes principalmente na nuca,
pálpebra superior e fronte. Não possuem
importância clínica ou estética.
Máculas VascularesEritema tóxico
Fo
to
g
ra
fi
a
 d
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 G
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ta
vo
Ja
nu
á
ri
o
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
hiperbilirrubinemia. 98%
9.Hemangiomas: formas vasculares
mais extensas e elevadas que podem
ter significado patológico e devem ser
acompanhados.
10. Icterícia: um dos problemas mais
frequentes 
corresponde
no período
à expressão
neonatal e
clínica da
reflete a
adaptação neonatal ao
metabolismo da 
bilirrubina (fisiológica – imaturidade 
hepática)
IcteríciaHemangiomas
Fo
to
g
ra
fi
a
s 
d
e
 G
us
ta
vo
Ja
nu
á
ri
o
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO PELE
situada na face (máscara cianótica/equimótica),
Petéquias
Equimoses
11. Equimoses: manchas comuns nos RN, sobretudo os 
prematuros que sofrem tocotraumatismo. Equimose
geralmente sem relevância clínica.
12.Petéquias: localizadas, especialmente se restritas ao
rosto, não são motivo de preocupação, mas quando
generalizadas devem ser investigadas.
13. Cutis marmorata: quando exposta ao frio, a pele do
RN pode adquirir aspecto reticulado, marmóreo-
azulado. Esse fenômeno é resultante da imaturidade do
sistema nervoso em controlar a vasoconstrição e
vasodilatação de capilares e vênulas. Atenção: pode
indicar bacteremia / infecção
Cutis marmorataEXAME FÍSICO DO RECÉM-
NASCIDO CABEÇA
• Pode apresentar deformidades transitórias
dependentes da apresentação e do parto.
1. Perímetro cefálico: deve ser medido por fita métrica,
passando pela protuberância occipital e pela região mais
proeminente da fronte. Geralmente é 2 a 3 cm maior que
o perímetro torácico. Avaliar a presença de macrocefalia
ou microcefalia.
2.Fontanelas: tamanho é variável; a fontanela anterior
em forma de losango mede 2 cm nos dois sentidos; a
posterior é triangular e do tamanho de uma polpa digital.
3.Suturas: podem ser afastadas ou com cavalgamento.
Afastamento grande de sutura, associada ao perímetro
cefálico aumentado, ocorre na hidrocefalia
CABEÇA
edemaciada e equimótica, localizada ao nível da
4. *Bossaserossanguínea: massa mole, mal limitada,
apresentação que desaparece nos primeiros dias de vida.
5. *Cefalohematoma:derrame sanguíneo subperióstico, 
que aparece como uma coleção de consistência cística, de 
volume variável. Regressão espontânea, podendo 
demorar semanas ou meses para ser reabsorvido. Pode 
ser causa de hiperbilirrubinemia.
6. Alterações ósseas: o craniotabes é uma zona de tábua
óssea depressível, com consistência diminuída,
comparada à uma bola de pingue-pongue, encontrada
em RN normal, principalmente, no prematuro. Necessita
avaliação do Neurologista
*Pode ocorrer por trauma no parto
Bossa Serossanguínea
Cefalohematoma
Craniotabes
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 
OLHOS
1.Observar: sobrancelhas, cílios, movimentos palpebrais, edema, direção da
comissura palpebral (oblíqua, transversal), afastamento de pálpebras e epicanto.
2.Pesquisar: microftalmia (microcórnea), catarata (reflexo esbranquiçado da
pupila), colobomairidiano (persistência de uma fenda inferior de íris), tamanho da
pupila (midríase e miose), Igualdade (isocoria ou anisocoria), glaucoma congênito
e reação à luz. Teste do olhinho
3. Hemorragias conjuntivais: comuns.
4. Estrabismo: não tem significado nessa idade e pode persistir por 3 a 6 meses.
5. Nistagmo lateral: oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias de um ou ambos
os
olhos frequente.
Catarata
Coloboma iridiano
Glaucoma Congênito
Estrabismo
Microftalmia
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 
ORELHAS
1. Observar: implantação da orelha
2. Anomalias do pavilhão auricular:
podem estar associadas a 
malformação do trato urinário e a
anomalias cromossômicas. Pesquisar a 
acuidade auditiva
NARIZ
1. Pesquisar: forma, permeabilidade de
coanas e presença de secreção (coriza
intensa – uso de reserpina pela mae e
muco-sanguinolenta – sífilis congênita).
Anomalias do pavilhão auricular Implantação baixa
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 
BOCA
1.Pérolas de Epstein: pequenas
formações esbranquiçadas no
palato e, às vezes, na gengiva
sem repercussão clínica.
2. Aftas de Bednar: lesões
erosivas na
mucosa decorrente de
aspiração ou
limpeza agressiva logo após o
parto.
3. Salivação: saliva excessiva, 
pensar em atresia de esôfago.
Pérolas de Epstein Aftas de Bednar
BOCA
dentes, conformação 
palato (ogival), presença
leporino), desvio da
4. Observar: Presença de
do 
de
fenda palatina, fissura labial 
(lábio
comissura labial (paralisia
facial) micrognatia (mandíbula
inferior menor do que o
normal) e retrognatia (posição 
mais posterior da mandíbula).
5. Visualizar: a úvula e avaliar
tamanho da língua e do freio
lingual.
Lábio leporinoFenda palatina
Paralisia facial
Micrognatia
Retrognatia
Úvula
Freio lingual
PESCOÇO
1. Detectar a presença:
fístulas, cistos, restos de
branquiais, contratura
bócio, 
arcos
do
esternocleidomastoídeo (torcicolo
congênito), presença 
redundante na nuca
de pele 
pode estar
associada à síndrome de Down, e
na parte lateral (o chamado
pescoço alado) à síndrome de 
Turner
Contratura muscular
Pele redundante na
nuca - DownPele redundante na lateral
- Turner
TÓRAX
1.Formato: cilíndrico. No RN a termo seu
perímetro (passando pelos mamilos) é cerca
de 2 cm menor que o cefálico.
2.Assimetria: pode estar associada à
malformação cardíaca, pulmonar, da coluna e
do arcabouço costal. O apêndice xifóide é
frequentemente saliente.
3.Mamilos e as glândulas mamárias: crescem
com a idade gestacional.
4. Hipertrofia bilateral das glândulas
mamárias:
decorrente de estímulo estrogênico
materno.
Observar a presença de glândulas
supranumerárias.
Assimetria de tórax
Hipertrofia bilateral das glândulas mamárias
APARELHO RESPIRATÓRIO
1. Respiração do RN: tipo costoabdominal.
2.FR normal: varia de 40 a 60 mpm com pausas
respiratórias curtas (cerca de 5 segundos) nos RN
prematuros. Configura-se apneia quando parada
respiratória é maior que 20 segundos ou menor, mas
associada à cianose ou bradicardia.
3.Verificar: presença de retração, estertores e
diminuição do murmúrio vesicular.
APARELHO CARDIOVASCULAR
1. FC normal: varia de 120 a 160 bpm.
2. Batimentos cardíacos: melhor audíveis no bordo
esquerdo do esterno.
3. Presença de sopros: nos primeiros dias é comum,
porém, se persistirem por algumas semanas, é provável
que haja manifestações de cardiopatia congênita.
4.Palpação dos pulsos: é obrigatória nos quatro membros.
Ausência dos pulsos femorais, deve-se pensar em
coarctação da aorta e pulso amplo sugere PCA.
5. Aferir pressão arterial.
INSPEÇÃO ABDOMINAL
1.Abdome do RN: semigloboso, com perímetro abdominal cerca de 2 a 3cm menor que o
cefálico. Distensão abdominal indica a presença de líquido, visceromegalia, obstrução e
perfuração intestinal.
2. Abdome escavado: indica hérnia diafragmática.
3. Presença de diástese de reto: observação frequente e sem significado clínico.
4.Observar: hérnia inguinal e umbilical, onfalocele (órgãos ficam fora do abdome), cisto e
hemorragia do cordão.
5.Coto umbilical: inspecionar condições. Secreção, edema e hiperemia periumbilical 
indicam onfalite.
6. Visualizar o orifício anal.
7. Eliminação de mecônio: costuma ocorrer nas primeiras 24 a 36 horas de vida.
INSPEÇÃO ABDOMINAL
Abdome semigloboso
Distensão abdominal
Hérnia inguinal
Hérnia umbilical
INSPEÇÃO ABDOMINAL
Onfalocele
Onfalite
Hiperemia Periumbilical
Mecônio
PALPAÇÃO ABDOMINAL
1. Fígado: palpável até 2cm do rebordo
costal.
2. Ponta do baço: pode ser palpável na
primeira semana, sendo que o aumento
deve ser investigado.
3. Detectar a presença: massas abdominais
TECIDO SUBCUTÂNEO
1.Prega cutânea: costuma ter cerca de 1 cm nos RN a termo e ser
uniformemente distribuída
2.Turgor da pele firme: associado ao bom estado nutricional. Turgor
frouxo em crianças emagrecidas e turgor pastoso em RN está mais
associado à desnutrição (insuficiência placentária)
3.Edema: pode ser observado em locais relacionados à
apresentação fetal, especialmente nas pálpebras. Edema duro
(linfedema) em MMII e região genitália de RN prematuros regride 
em alguns dias.
4. Gânglios: pode apresentar raros pequenos gânglios em torno de 3
mm. Lembrar que nas infecções congênitas pode haver hipertrofia
ganglionar
Linfedema
EXAME FÍSICO DO RECÉM-
NASCIDO MUCOSAS
1. Avaliar: cor, umidade e presença de
lesões. Mais apropriado quando feito
durante o choro da criança.
MUSCULATURA
1. Hipertonia em flexão dos membros:
esperado em RN normal a termo.
2. Em decúbito dorsal: MMSS fletidos MMII
semifletidos, cabeça lateralizada e mãos
cerradas.
3. Tonicidade: depende da IG; quanto mais 
próximo do termo, maior o tônus flexor. Avaliação de mucosa
ESQUELETO E EXTREMIDADES
1.Avaliar: presença de deformidades ósseas, inadequações de mobilidade e dor à 
palpação de todos os ossos e articulações do RN.
2. Avaliar presença de anomalias: polidactilia (dedo extranumerário),
sindactilia (dedos
unidos), aracnodactilia (dedos muito longos), clinodactilia
(dedos desviados do eixo),
agenesias (de rádio, fêmur, tíbia, úmero, etc.).
3.Pé torto: diferenciar o pé torto posicional, decorrente da posição intraútero, do
pé torto congênito.
4.Examinar a coluna vertebral: especialmente a área sacrolombar, percorrendo
com os dedos a linha média em busca de espinha bífida,mielomeningocele e
outros defeitos (hemangiomas capilares ou acúmulo anormal de gordura que
sugerem espinha bífida oculta).
ESQUELETO E EXTREMIDADES
Polidactilia
Aracnodactilia
Clinodactilia
Pé torto
ESQUELETO E EXTREMIDADES
Mielomeningocele
Espinha Bífida
Exposição das meninges, 
medula e nervos
Exposição das meninges 
Assintomática
ARTICULAÇÕES COXO-FEMURAIS
1.Realizar manobras de Ortolani: abdução
da coxa, tendo as pernas fletidas. Quando
positiva, indica displasia coxo-femural;
2.Pesquisar: Barlow (flexão da coxa) e
assimetria das pregas da face posterior das
coxas e subglúteas;
APARELHO GENITURINÁRIO
1.Diurese: a primeira costuma ocorrer na
sala de parto ou nas primeiras 48h.
2.Manchas avermelhadas: eventualmente
são observadas nas fraldas, devem à
presença de uratos (cristais) na urina e não
tem repercussão clínica.
SISTEMA NERVOSO
moro, sucção, busca, preensão
palmar e plantar, tônus do
pescoço, extensão cruzada dos
membros inferiores,
endireitamento do tronco e
marcha reflexa.
1. Observar: atitude, reatividade, choro,
tônus, movimentos e reflexos.
2. Pesquisar os reflexos primitivos: Babinski,
SISTEMA NERVOSO
Reflexo de Babinski
Reflexo de Moro
Reflexo de Busca
Reflexo de Sucção
SISTEMA NERVOSO
Preensão palmar e plantar
Reflexo de Esgrima
Reflexo da Marcha
Reflexo de Galant
Genitália: SEXO MASCULINO
1. Pênis normal do RN: mede de 2 a 3 cm.
2.Bolsa escrotal: palpar e verificar a presença de testículos que podem encontrar-
se também nos canais inguinais (comum em RN prematuro extremo). Distopia
testicular (criptoquirdia): ausência de testículos na bolsa escrotal ou canal inguinal.
3. Hidrocele não comunicante: frequente e se reabsorverá com o tempo
(acúmulo de
líquido).
4. Fimose: fisiológica ao nascimento. (correção cirúrgica – postectomia)
5. Meato urinário: observar localização - terminal (normal), ventral (hipospádia)
ou dorsal
(epispádia).
6. Hipospádia associada a criptoquirdia: solicitar cromatina sexual e cariótipo.
Criptorquidia
Hidrocele
Fimose
Hipospádia e Epispádia
Genitália:SEXO FEMININO
1. Pequenos lábios e clitóris: estão 
proeminentes.
2. Secreção: nos primeiros dias, pode
aparecer uma secreção esbranquiçada mais
ou menos abundante e, às vezes, hemorrágica.
3.Pesquisar: imperfuração himenal,
hidrocolpos (dilatação cística da vagina devida
a obstrução) e aderência de pequenos lábios.
4.Fusão posterior de grandes lábios e
hipertrofia clitoriana: indicam a pesquisa de
cromatina sexual e cariótipo.
Imperfuração Himenal
Atresia vaginal e hidrocolpos
Fusão
REFERÊNCIAS
•ALMEIDA, F. de A.; SABATES, A. L. Enfermagem Pediátrica: a criança, o adolescente e sua família no hospital. Barueri, SP: 
Manole: São Paulo, 2008.
•MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual AIDPI NEONATAL. 3ª edição, Brasília – DF, 2012. Disponível em: 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/03/Manual-Aidpi-corrigido-.pdf
•MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à Saúde do Recém-nascido - guia para os profissionais de saúde - cuidados gerais, vol. 1. 
Ed. Ministério da Saúde: Brasília, 2011. Vol 1, Brasília – DF, 2011. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf
• HOCKENBERRY, W. WONG. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 8. ed. Elservier: São Paulo, 2011.
•SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. CADERNO DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA RECÉM-NASCIDO DE RISCO. Disponível 
em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/opdf1.pdf
• SOUZA, A.B.G. e Col. Enfermagem neonatal. 1. ed. Ed. Martinari: São Paulo, 2011.
•MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para profissionais da saúde – cuidados gerais. Vol 1. 
Brasília, 2011. Disponível: https://digitalis-
dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/43130/1/Problemas%20dermatologicos%20mais%20comuns%20em%20pediatria.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/03/Manual-Aidpi-corrigido-.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/opdf1.pdf
https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/43130/1/Problemas%20dermatologicos%20mais%20comuns%20em%20pediatria.pdf

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