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Reprodução em equinos RJ, 25 de novembro de 2021.2 (aula 14) – Zootecnia avançada – Rafaella Olivieri Página 4 de 4 Métodos de acasalamento Monta natural/cobertura à piquete · Animais experientes e pouco agressivos; · Soltar os animais dentro de um piquete pequeno e, separa-los depois que a cobertura for efetuada; · Certificar-se de que a égua está aceitando a monta para evitar brigas; · Cobertura Cavalo x Égua: Levar o garanhão no piquete após a chegada da égua, nunca deve ser ao contrário; · Cruzamento Égua x Jumento: Leva o jumento no piquete da égua · Cruzamento Cavalo x Jumenta: Leva a jumenta no piquete do cavalo · Cobertura entre Asininos: Levar a Jumenta no piquete do Jumento; Equídeos (gênero): espécies > equinos (cavalos e éguas), asininos (jumentos e jumentas), muares (burros e mulas), silvestres (zebras). O que difere essas espécies? Numero de cromossomos que essas espécies tem. · Equinos: 64c | 32p · Asininos: 62c | 31p · Muares: 63c | 31p + 1c (esterilidade) C(64c) x E(64c) = C/E (64c) Ex: 64 + 64 = 120/2 = 64c Jo(62c) x Ja(62c) = Ja/Jo (62c) * E(64c) x Jo(62c) = B/M (63c) 64 + 62 = 126/2 = 63c *C (64c) + Ja (62c) = bardoto (muar com 63c e também será estéril) Então quando tem cruzamento de uma égua com um jumento, tem o nascimento de um nascimento de um burro ou uma mula (muares). Burros e mulas são estéreis por conta desse cromossomo sozinho Legenda C: cavalo E: égua Jo: jumento Ja: jumenta B: burro M: mula c: cromossomo p: pares · Zebra: 44c | 22p · Treinamento de garanhões jovens → Utilizar fêmeas experientes e com cio bem pronunciado; Treinar esses animais a montar e identificar cio. Em equídeos algumas fêmeas não apresentam cio bem pronunciado *Tem que treinar, porque as vezes o cavalo monta e não consegue direcionar o pênis na vagina da égua, e para alguns animais, isso pode gerar uma certa frustração, e alguns deles, por conta dessa frustração, se negam a querer montar outros animais. · Interferência humana deve ser reduzida quando possível. Número de coberturas – monta natural · Garanhão deveria cobrir a égua a cada dois dias; · Uma cobertura diária; · Se cobrir uma égua de manhã outra à tarde → Indicado não utilizar o garanhão no dia seguinte; · Se fizer controle folicular → Cobrir cinquenta ou sessenta éguas com um único garanhão; · Em caso de muitas éguas → Utilizar reprodutor adicional; · Se tiver de cobrir três ou mais éguas por dia → Utilizar a IA 1 ejaculado: chega de 50 a 60 fêmeas, depende da concentração de espermatozoide Cobertura · Folículos com dimensões de 3 cm e flutuantes; · Repetir a cobertura de 48 em 48 hs; · Até a fêmea não aceitar mais a monta; · Detecção de ovulação Sêmen pode ser utilizado: · Fresco · Resfriado: 24h a 48h · Congelado: -196ºC ( validade eterna) Sêmen congelado em equinos: ejaculado de equinos não é muito concentrado, então no processo de congelamento ocorre ruptura da membrana de alguns espermatozoides, a dose para congelamento tem que ser o dobro, pensando na perda que vai ter durante o congelamento. Diagnostico de gestação em éguas · Ultrassonografia; · Palpação trans-retal; Só consegue palpar de 60 a 90 dias em média · Análise hormonal; · Mensuração de PMSG (Gonadotrofina do soro da égua gestante) → Aponta se as éguas gestantes podem correr risco de perder o potro Gestação em éguas · Duração da gestação: 11 meses (de 350 a 360 dias, média de 336 dias); · 1/3 Final: Potro cresce 70% de seu tamanho de nascimento · Maiores exigências nutricionais; · Maiores exigências de minerais, principalmente cálcio. Parto de éguas · Agitação (cólica uterina); · Deita e levanta; · Suor; · Parição em pé ou deitada (esterno-abdominal); · Observar o parto à distância; · 1ª Bolsa para lubrificar o canal obstétrico; · 2ª Bolsa com líquidos fetais; · Saída do feto (membros dianteiros); · Duração: 10 a 30 minutos; · Expulsão das secundinas: Dobro do tempo de parto Se não houver, pode causar endometriose ou endometrite. Cuidados com o recém-nascido Cordão umbilical: · Não se rompe no ato da égua levantar; · Cortá-lo a uma altura de 2 cm do umbigo; · Tratar com tintura de iodo, de 5 a 6 dias. Reflexo de mamar: · O recém-nascido deve mamar pelo menos 2 horas ou mais após o nascimento Com o passar do tempo o colostro vai perdendo suas propriedades, vai ficando mais pobre em imunoglobulinas, diminuindo concentração de proteínas, lipídeos e cálcios e além disso a absorção do colostro pelo trato intestinal do filhote vai diminuindo a capacidade com o passar das horas após o nascimento. · Mínimo: 2h · Máximo: máximo possível · Auxiliar para garantir ingestão do colostro; Liberação do mecônio: · Colostro é responsável pela liberação do mecônio · Se não defecar dentro de 4 a 5 hs → Sinal de retenção do mecônio Cio do potro · Primeiro estro após o parto; · 5º a 12º dia pós-parto; · Duração: 8 a 14 dias; · Primíparas podem não apresentar sinais; · Idade e ausência de líquido uterino – Influenciam na fertilidade do cio do potro; · 20% menos fértil do que o cio normal; Manejo com o potro – aleitamento · Durante os 1ºs 60 dias os potros dobram de peso; · Ensaio de ingestão de diferentes alimentos; · 4 meses → Alimentação suplementar; · Atingem cerca de 35% do crescimento total; · % de aumento mensal de potros: · 1º mês: 67% · 2º mês: 36% · 3º mês: 33% · 4º mês: 17% · 5º mês: 16% · 6º mês: 13% Desmame dos potros · Em sistemas extensivos > tardio e progressivo · Inicio: 2 a 3 meses · Desmama definitiva: 7 meses · Em sistemas confinados ou semi > cerca de 4 meses; · Sempre que possível deve ser feita de maneira lenta e progressiva, devendo 1 mês (inicio ao término) · Não é recomendado a desmama precoce Crescer muito em um curto espaço de tempo para equinos não é interessante, mas ficar muito tempo mamando pode atrapalhar a reprodução. FALHAS NA DETECÇÃO DO CIO PODEM OCASIONAR GRANDES PERDAS NA PRODUÇÃO Entendendo o Intervalo de Partos Fatores que alteram o OS e IP · Alimentação · Sanidade (infecção urinária) · Falha na detecção do cio · Atraso no período de desmama Parâmetros de fertilidade Eficiência reprodutiva É a habilidade de fazer a fêmea ficar gestante o mais rápido possível, após o período involução uterina. Biotecnologia da reprodução · Inseminação Artificial; · IATF ( inseminação artificial de tempo físico) · Transferência de embrião; · Fertilização in vitro. Manejo sanitário necessário à reprodução · Controle de endo e ectoparasitas; Não utilizar organofosforados e organoclorados em éguas gestantes → Toxidez ao feto Manejo sanitário necessário à reprodução · Trocar os fármacos para evitar resistência Vacinação