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11-Ferida oncológica

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Caso
 
Anamnese
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Ferida oncológica
Paciente com história de câncer de mama e metástase óssea
Publicado em 27 de Julho de 2015

Autores: Patrícia Mirapalheta Pereira, Fernanda dos Santos, Celmira Lange
Editores: Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini
Editores Associados: Natália Sevilha Stofel, Rogério da Silva Linhares, Everton José Fantinel, Samanta
Bastos Maagh, Deisi Cardoso Soares, Daniela Habekost Cardoso
RECOMEÇAR
 M.H.F.
55 anos
Aposentada
...
...
...
Queixa principal
Mulher com dor em ferida oncológica na mama direita e desconforto devido ao odor
fétido e presença de secreção no local. Além do cansaço, apresenta náusea e
aumento da dispneia há dois dias.
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Histórico
Histórico do problema atual
Mulher com câncer de mama avançado recebe visita e acompanhamento da equipe
de EMAD (Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar) AD2, por solicitação da
ESF, devido à ferida oncológica de aspecto vegetativo e ulcerada na mama direita de
difícil manejo. Há um ano, durante uma consulta de acompanhamento na ESF, ao
exame clinico de mamas detectou-se nódulo em mama direita, sendo solicitado
mamografia diagnóstica, que apresentou resultado de BI-RADS® 4. Paciente foi
encaminhada ao ginecologista, que confirmou o diagnóstico e apresentou
estadiamento IV, T4b (edema, incluindo peau d'orange), ulceração da pele da mama,
nódulos cutâneos satélites na mesma mama N2a (Metástase para linfonodo(s)
axilar(es) homolateral (is) fixo(s) uns aos outros ou fixos à estruturas vizinhas M1
(metástase óssea arco costal à direita), realizou quimioterapia durante 6 meses e
radioterapia na metástase óssea.No momento está recebendo cuidados paliativos
em seu domicílio. Apresenta-se ansiosa, referindo dor torácica à direita e
desconforto devido ao odor fétido e presença de secreção no local da ferida,
cansaço, náusea, desconforto abdominal devido à constipação e há dois dias com
aumento da dispneia.
Antecedentes pessoais
Hipertensa há 16 anos, em tratamento; tabagista há 36 anos, fazendo uso
aproximadamente de 20 cigarros por dia e sedentária. Internação hospitalar prévia
por broncopneumonia há 2 anos e durante uma das sessões de quimioterapia fez
dispneia e hipotensão severa, necessitando de internação hospitalar. Dorme cerca
de 6 horas por dia, possui hábitos alimentares irregulares, com grande ingesta de
gordura. Não têm hábito de realizar exercícios físicos e apresenta cansaço aos
mínimos movimentos.
História social
M.H.F mora com o marido e a única filha de 19 anos em uma residência na área de
abrangência da Unidade Básica de Saúde que tem Estratégia de Saúde da Família,
em bairro periférico da cidade. A casa é de madeira, em bom estado, possui sala,
cozinha, dois quartos e um banheiro e apresenta bom aspecto de higiene. A renda
mensal da família é proveniente da aposentadoria da idosa e do serviço de
motorista do marido, a filha é a pessoa que presta os cuidados a Srª. M.H.F.
Medicações em uso
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Exame Físico
Morfina 10 mg VO de 4/4h.
Morfina 5 mg SC até de 20 em 20 minutos se dor intensa (dose de resgate).
Gabapentina 300 mg VO à noite
Bisacodil 5 mg VO de 8/8h
Metoclopramida 10mg VO 8/8h
Antecedentes familiares
Mãe faleceu por complicações do câncer de mama e pai por AVC (Acidente Vascular
Cerebral). Têm uma irmã hipertensa.
Sintomas gerais:
Lúcida, orientada e pouco comunicativa, astênica e emagrecida. Mucosas úmidas,
hipocoradas e hidratadas.
Tórax: ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares presentes em ápice e base
bilaterais, com presença de discretos ruídos adventícios- sibilos bilaterais.
Presença de ferida oncológica em mama direita com tamanho aproximado a 7cm,
apresentando aspecto vegetativo e ulcerado, tecido de coloração avermelhada,
porém o leito da ferida encontra-se predominantemente de coloração amarelada,
presença de secreção exsudativa com odor fétido, edema e nódulos satélites na
pele (T4), linfonodos axilares fixos e coalescentes (N2a).
Presença de queimadura pela radioterapia em região do arco costal acometido.
Sistema gastrointestinal: eliminações fisiológicas intestinais ausentes há 4 dias.
Abdômen dolorido à palpação e distendido, Ruídos hidroaéreos (RHA) diminuídos.
Coluna vertebral e extremidades: extremidades aquecidas, perfusão satisfatória,
pulsos periféricos cheios e simétricos.
Frequência cardíaca: 94 bpm
Frequência respiratória: 28mrpm
Sat O2: 95%
Pressão arterial: 150/80 mmHg
Temperatura: 37ºC
Peso: 54kg
Estatura: 1.64 cm
IMC: 20,1 kg/m2
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Saiba Mais
Mamografia
Os resultados do exame mamográfico são classificados de acordo com o Breast
Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®), publicado pelo Colégio Americano
de Radiologia (ACR) e traduzido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. Esse sistema
utiliza categorias de 0 a 6 para descrever os achados do exame e prevê
recomendações de conduta. A Tabela 1 sintetiza os resultados do exame
mamográfico e as principais condutas.
Tabela 1 – Categorias BI-RADS® no exame mamográfico, interpretação e
recomendação de conduta.
Categoria Interpretação Recomendação de coduta
0 Exame incompleto Avaliação adicional com incidências e manobras;
correlação com outros métodos de imagem;
comparação com mamografia feita no ano anterior.
1 Exame negativo Rotina de rastreamento conforme a faixa etária ou
prosseguimento da investigação, se o ECM for
alterado.
2 Exame com achado
tipicamente benigno
Rotina de rastreamento conforme a faixa etária.
3 Exame com achado
benigno
Controle radiológico.*
4 Exame com achado
suspeito
Avaliação por exame de cito ou histopatológico.
5 Exame com achado
altamente suspeito
Terapêutica específica em Unidade de Tratamento
de Câncer.
6 Exame com achados
cuja malignidade
já está comprovada
Fonte: Ministério da Saúde, 2013, p. 99
“*O estudo histopatológico está indicado nas lesões Categoria 3 quando houver
impossibilidade de realizar o controle; quando a lesão for encontrada em
concomitância com lesão suspeita ou altamente suspeita homo ou contralateral; ou
em mulheres com indicação precisa para terapia de reposição hormonal.”
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Escolha múltiplaQuestão 1
Diante do caso da Sra M.H.F quais os problemas
levantados pela equipe durante a visita domiciliar?
100 / 100 acerto
São problemas levantados pela equipe, dor em ferida oncológica, desconforto
devido ao odor fétido e presença de secreção na ferida oncológica. Ansiedade,
dispneia e astenia em decorrência do câncer de mama avançado. Náusea e
constipação intestinal, provavelmente, pelo uso de opioides. Esses sintomas,
também levam a pessoa ao isolamento social e prejuízo emocional,
desenvolvendo alterações psicológicas, como a depressão (BRASIL, 2009, 44
p.).
Saiba mais
 Constipação intestinal
 Ansiedade e dispneia
 Boa interação social
 Desconforto devido ao odor fétido e presença de secreção na ferida
oncológica
 Astenia e náusea
 Dor em ferida oncológica e região de arco costal direita.

O uso de opiácios pode levar a constipação, o que infelizmente é notório e inevitável.
Isso ocorre por uma ação no sistema nervoso central e local. A motilidade
estomacal e a secreção de ácido clorídrico pode estar diminuída, porém o tônus
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Escolha múltiplaQuestão 2
O que deve ser avaliado pela equipe ou cuidador na
ferida oncológica?
100 / 100 acerto
O intervalo na realização do curativo deverá ser determinado de acordo com a
avaliação prévia do profissional, não havendo uma conduta única. A ferida
oncológica deve ser avaliada quanto à localização, tamanho, configuração,
área de envolvimento, cor, extensão (fístula ao redor), odor, exsudato,
sangramento, dor, prurido, descamação, sinais de infecção, acometimento ou
deve aumentar. Já no no intestino delgado ocorre a diminuição do peristaltismo o
que retarda a passagem do bolo fecal. Este fato fazcom que ocorra uma maior
absorção de água, levando a constipação. No paciente com câncer avançado além
da motilidade gastrointestinal anômala, desenvolvem falência autonômica, a qual
está associada a síndrome anorexia-caquexia.
Ao avaliar um paciente com quadro de constipação intestinal deve-se levar em
consideração a história da frequência e da dificuldade de defecação, a história de
dor ou tenesmo, os sintomas relacionados à constipação e exames físico e retal
para verificar a presença de sangramentos. (SANTOS, 2002; HATANAKA, 2008).
 Odor e exsudato
 Dor e prurido
 Localização e área de envolvimento
 Sinais de infecção e sangramento
 A realização do curativo de 2/2 h
 Tamanho e extensão (fístula ao redor)
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invasão de órgãos e sistemas, avaliar a progressão ou mudança na ferida,
definir os produtos necessários/apropriados para o curativo. (BRASIL, 2009, p.
15).
Saiba Mais
“As feridas tumorais são formadas pela infiltração das células malignas do tumor
nas estruturas da pele. “Com o crescimento anormal e desorganizado, tem-se a
formação, no sítio da ferida, de verdadeiros agregados de massa tumoral necrótica,
onde ocorrerá contaminação por micro-organismos aeróbicos (por exemplo:
Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus) e anaeróbicos (bacteroides). O
produto final do metabolismo desses micro-organismos são os ácidos graxos
voláteis (ácido acético, caproico), além dos gases putrescina e cadaverina, que
provocam odor fétido às feridas tumorais.” (BRASIL, 2009 p.11).
Podem ser classificadas quanto ao: Aspecto, Estadiamento e Grau de odor.
Classificação da ferida quanto ao aspecto:
Feridas ulcerativas malignas: Quando estão ulceradas e formam crateras rasas;
Feridas fungosas malignas:Quando são semelhantes à couve-flor;
Feridas fungosas malignas ulceradas:União do aspecto vegetativo e partes ulceradas.
(BRASIL, 2009, p.11)
Quadro 1 - Classificação da Ferida Oncológica por Estadiamento
EstadiamentoFeridas
1
Pele íntegra. Tecido de coloração avermelhada ou violácea. Nódulo visível e
delimitado. Assintomático.
1N
Ferida fechada ou com abertura superficial por orifício de drenagem de exsudato
límpido, de coloração amarelada ou de aspecto purulento. Tecido avermelhado ou
violáceo, ferida seca ou úmida. Dor ou prurido ocasionais. Sem odor.
2
Ferida aberta envolvendo derme e epiderme. Ulcerações superficiais. Por vezes,
friáveis e sensíveis à manipulação. Exsudato ausente ou em pouca quantidade
(lesões secas ou úmidas). Intenso processo inflamatório ao redor da ferida. Dor e
odor ocasionais.
3
Ferida espessa envolvendo o tecido subcutâneo. Profundidade regular, com
saliência e formação irregular. Características: friável, ulcerada ou vegetativa,
podendo apresentar tecido necrótico liquefeito ou sólido e aderido, odor fétido,
exsudato. Lesões satélites em risco de ruptura. Tecido de coloração avermelhada
ou violácea, porém o leito da ferida encontra-se predominantemente de coloração
amarelada.
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Escolha múltiplaQuestão 3
Quais as orientações a serem dadas ao
paciente/cuidador quanto ao curativo dessa ferida?
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Os cuidados com a ferida oncológica consistem em limpar a lesão para
remoção superficial de bactérias e debris, conter/absorver exsudato, eliminar o
espaço morto (preenchê-lo com curativo), eliminar a adesão de gaze às
bordas/superfície da ferida, promover os curativos simétricos com a aparência
do paciente, empregar técnica cautelosa visando a analgesia, retirar as gazes
anteriores com irrigação abundante, irrigar o leito da ferida com jato de seringa
4
Ferida invadindo profundas estruturas anatômicas. Profundidade expressiva. Por
vezes, não se visualiza seu limite. Em alguns casos, com exsudato abundante,
odor fétido e dor. Tecido de coloração avermelhada ou violácea, porém o leito da
ferida encontra-se predominantemente de coloração amarelada.
Fonte: Ministério da Saúde, 2009, p. 12-14
Classificação quanto ao grau do odor:
Odor grau I:Sentido ao abrir o curativo;
Odor grau II:Sentido ao se aproximar do paciente, sem abrir o curativo;
Odor grau III:Sentido no ambiente, sem abrir o curativo. É caracteristicamente forte e/ou
nauseante.
(BRASIL, 2009, p.14)
 Eliminar o espaço morto (preenchê-lo com curativo)
 Limpar a ferida para remoção superficial de bactérias e debris
 Manter seco o leito da ferida
 Retirar as gazes anteriores com irrigação abundante
 Conter/absorver exsudato
 Promover os curativos simétricos com a aparência do paciente
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20 ml/agulha 40x12 mm, proteger o curativo com saco plástico durante o
banho de aspersão e abri-lo para troca somente no leito, evitando a dispersão
de exsudato e microorganismos no ambiente. Deve-se manter úmido o leito da
ferida, pois ajuda no processo de cicatrização. (BRASIL, 2009, p. 15-16).
Saiba Mais
Cuidados Específicos Durante o Curativo da Ferida Oncológica.
(BRASIL, 2009, p.16-18)
Monitorar o nível de dor pela Escala Visual Analógica (EVA).
Figura 01 – Escala Visual Analógica (EVA)
Fonte: Ministério da Saúde, 2002, p. 64.
Considerar o uso de gelo (vasoconstrição/sangramento), medicação analgésica de
resgate (conforme a prescrição).
Iniciar o curativo após 30 minutos para analgesia via oral, 5 minutos para analgesia
subcutânea ou endovenosa, e início imediato para a via tópica.
Retirar os adesivos cuidadosamente.
Adequar o horário de troca de curativos após o paciente já estar medicado.
Avaliar a necessidade de analgesia tópica com lidocaína gel a 2% (aplicar sobre a ferida
tumoral e ao redor, cobrindo cerca de 2 cm de tecido saudável).
Empregar técnica cautelosa, evitar friccionar o leito da ferida.
Irrigar o leito da ferida com água destilada ou soro fisiológico 0,9% e aplicar óxido de
zinco (pomada) nas bordas e ao redor da ferida (a camada de pomada age evitando o
contato direto entre a pele do paciente e o exsudato, o que causa desconforto, por vezes,
referido pelo paciente como sensação de dor em queimação ou ardência).
Observar a necessidade de analgesia após a realização do curativo.
Reavaliar a necessidade de alteração do esquema analgésico prescrito.
Considerar a necessidade, junto à equipe médica, de antiinflamatórios, radioterapia
antiálgica ou cirurgia.
Registrar a avaliação da dor pela EVA e a analgesia empregada antes e após o curativo.
Avaliar os casos de sofrimento álgico que fogem ao controle da conduta preconizada.
Controle de exsudato
Curativos absortivos: carvão ativado/alginato de cálcio e compressa/gaze como
cobertura secundária.
Atentar para a proteção da pele ao redor (empregar óxido de zinco na pele macerada e
nas bordas da ferida antes da utilização de antissépticos).
Avaliar os benefícios de coleta de material para cultura (aspirado ou em swab).
Controle do prurido
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Escolha múltiplaQuestão 4
Investigar a causa do prurido:
Por uso de adesivos: considerar a utilização de adesivos hipoalergênicos. Por exsudato:
considerar a redução do intervalo de realização dos curativos e relacionado à própria
ferida tumoral, nestes casos é indicado utilizar dexametasona creme a 0,1% nas áreas
com prurido e em caso de persistência do sintoma, considerar com a equipe médica a
introdução de terapia sistêmica. Se existirem áreas de hiperemia ao redor da ferida
associada à pápulas esbranquiçadas, deve-se suspeitar de Candidíase cutânea que pode
ser tratada com sulfadiazina de prata a 1%.
Abordagem da necrose
Avaliar as necessidades de desbridamento, de acordo com a capacidade funcional do
paciente.
Eleger forma de desbridamento (mecânico, químico, autolítico).
Abordagem das fístulas cutâneas
Aplicar óxido de zinco na pele ao redor da fístula.
Adaptar, quando possível, uso de bolsas coletoras nas fístulas de alta drenagem, com
placas de hidrocoloide ao redor da pele.
Realizar curativo absortivo com carvão ativado e/ou alginato de cálcio, com
compressa/gaze como cobertura secundária.
Abordagem do sangramento
Aplicar pressão diretamente sobre sangramento comamparo de gaze, compressa ou
toalha.
Considerar aplicação de soro fisiológico a 0,9% gelado; curativo hemostático à base de
gelatina suína; alginato de cálcio; adrenalina (solução injetável) topicamente sobre os
pontos sangrantes.
Manter o meio úmido evitando aderência de gaze no sítio da ferida.
Verificar, junto à equipe, a possibilidade de tratamento com:
- Coagulante sistêmico como o ácido aminocaproico.
- Sedação paliativa para os casos de sangramento intenso acompanhado de agitação,
desespero e angústia do paciente.
Controle do odor
Odor grau I: Proceder a limpeza com soro fisiológico a 0,9% + antissepsia com clorexidina
degermante; Retirar antisséptico com jato de soro fisiológico a 0,9% e manter gazes
embebidas em hidróxido de alumínio no leito da ferida; Outras opções: sulfadiazina de
prata e/ou carvão ativado envolto em gaze umedecida com soro fisiológico a 0,9%. Ocluir
com gaze embebida em vaselina líquida. Se as medidas acima forem ineficazes,
considerar o uso de metronidazol tópico (gel a 0,8%).
Odor grau II: Proceder a limpeza da ferida + antissepsia conforme descrito acima; Aplicar
gel de metronidazol a 0,8% em gaze embebida em vaselina e aplicar no leito da ferida. Se
houver necessidade, fazer escarotomia em tecido necrótico endurecido e aplicar gel de
metronidazol.
Odor grau III: Considerar emergência dermatológica. Seguir passos acima e considerar,
junto à equipe médica, a possibilidade de associação do metronidazol sistêmico
(endovenoso ou via oral) ao uso tópico.
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Sra. M.H.F apresenta algumas complicações
oncológicas, quais orientações devem ser dadas ao
cuidador?
100 / 100 acerto
Para a fadiga, quando leve, é recomendado estimular pequenas atividades
físicas para preservar força muscular. (BRASIL, 2001, p. 38). Para náusea,
quando possível reverter a causa base (fármacos, constipação ou obstrução
intestinal, alteração metabólica, tosse, uremia, quimioterapia e radioterapia,
medo ou ansiedade, dentre outras. (BRASIL, 2001, p. 45) Na dispneia do
câncer avançado é preconizado o uso de nebulização com morfina, com
avaliação da equipe EMAD (BRASIL, 2001, p. 32). Já para a astenia deve-se
evitar atividades que demandam gasto energético considerável ou
desnecessário; oferecer alimentos de consistência pastosa ou macia, para não
exigir mais esforço do paciente, porém alguns não toleram este tipo de
consistência, então se deve adequar a dieta de acordo com a aceitação do
mesmo (BRASIL, 2012, p. 30).
Saiba Mais
 Para a dispneia deve-se elevar o decúbito da cama e chamar a EMAD para
avaliar o uso de nebulização com morfina.
 Para náusea, se possível reverter à causa base (fármacos, ansiedade e
constipação intestinal).
 Para a fadiga, quando é leve, estimular pequenas atividades físicas para
preservar força muscular.
 Para a astenia o manejo é encorajar a atividade física.
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Sintomas de maior frequência dos pacientes com câncer de mama
avançado (BRASIL, 2004, p. 32-33):
Astenia: Sintoma mais comum em pacientes com câncer avançado. Seu manejo se dá
através do tratamento das causas reversíveis (anemia, infecção, distúrbio hidroeletrolítico,
entre outros).
Síndrome de anorexia/caquexia: É o segundo sintoma mais comum em cuidados
paliativos, ocorrendo em 65-85% dos casos. Seu manejo tem como objetivo a
manutenção da integridade física e não a melhora do estado nutricional do paciente.
Lesões tumorais de pele: Infiltração da pele pelo tumor primário ou metastático com
consequente desenvolvimento de ulcerações ou lesões “fungoides”, causando muitas
vezes isolamento social e prejuízo emocional. A terapêutica compreende o tratamento
oncológico paliativo (radioterapia e quimioterapia) e tratamento sintomático,
possibilitando a regressão da lesão, controle de sangramento, da dor e de infecções
secundárias.
Dor: Sintoma dos mais estudados em cuidados paliativos. Constitui o quinto sinal vital,
ocorrendo em 60% - 90% dos pacientes com câncer avançado. Entre as principais causas
da dor encontram-se: complicações do próprio tratamento curativo (cirurgia, radioterapia
e quimioterapia), metástases ósseas, linfedema e compressão radicular pela doença.
Atualmente, dispõe-se de grande arsenal terapêutico incluindo tratamento
medicamentoso, quando se segue a Escada Analgésica da OMS, guiando o uso
sequencial de drogas (incluindo os opióides), radioterapia, procedimentos invasivos
(bloqueios, cateteres, alcoolização de plexo, cirurgia de Drez (dorsal root entry - destruição
do corno posterior da medula), acupuntura, psicoterapia, fisioterapia.
Dispneia: Ocorre em 70% dos pacientes em cuidados paliativos, sendo que em 24% dos
casos não há causas identificáveis. As causas podem ser relacionadas ao câncer como
restrição por invasão da parede torácica, metástases pulmonares, derrame pleural
neoplásico, linfangite carcinomatosa e outras causas como fibrose pulmonar por drogas
ou radioterapia, comorbidades como doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência
cardíaca congestiva, infecções e tromboembolia pulmonar. Como medidas de tratamento
têm-se a fisioterapia e o tratamento medicamentoso específico.
Alterações neurológicas/psiquiátricas: A avaliação inicial das pacientes com câncer de
mama avançado e alteração cognitiva inclui exame físico completo e exames
laboratoriais. Não esquecer que desidratação é a causa mais comum de confusão mental
e alteração de comportamento. A realização de exames de imagem é importante quando
existe a suspeita de progressão de doença para Sistema Nervoso Central ou a
necessidade de exclusão de outras possíveis etiologias dos sintomas. A radioterapia deve
ser realizada na possibilidade de benefício.
Depressão maior: Os quadros de depressão maior, presente em 20% dos pacientes em
Cuidados Paliativos e de ansiedade generalizada, devem ser tratados com terapia
medicamentosa, psicoterapia, estímulo à atividade física e terapia comportamental.
Delírio: Manifestação neuropsiquiátrica encontrada com frequência em pacientes com
câncer avançado sendo inclusive descrito na literatura médica mundial como uma das
principais indicações de sedação. Entre as possíveis causas destacamos a progressão da
doença, incluindo metástases, associação medicamentosa, alterações metabólicas,
comorbidades descompensadas. A abordagem deve ser feita visando também o
cuidador, que na maioria dos casos encontra-se angustiado e impotente diante da
situação.
(BRASIL, 2004, p. 32-33)
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Escolha múltiplaQuestão 5
Os cuidados paliativos visam manter a qualidade de
vida dos pacientes, sendo assim quais as ações
devem ser realizadas?
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Os Cuidados Paliativos visam garantir melhor qualidade de vida, controle da
dor e demais sintomas, além de, dispensar medicamentos ao paciente em seu
domicílio e acompanhamento do mesmo por uma equipe interdisciplinar. Ao
contrário do exposto na questão os cuidados paliativos visam facilitar a
deshospitalização. (BRASIL, 2004, p.19)
Saiba Mais
 Controlar a dor
 Controlar os sintomas oncológicos
 Acompanhamento de uma equipe interdisciplinar
 Dispensar medicamentos ao paciente em seu domicílio
 Facilitar a hospitalização
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Cuidados Paliativos
Outro objetivo dos cuidados paliativos é colaborar para a diminuição de exames
complementares, nos casos em que estes não vão modificar a conduta, além de
impedir o uso de terapias ineficazes que possam ser prejudiciais aos pacientes.
Somado a isto, deve priorizar o tratamento domiciliar em detrimento ao hospitalar,
capacitar os cuidadores para que no próprio domicilio consigam realizar o cuidado
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Objetivos do Caso
Referências
1. BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Saúde. Prevenção e Controle do Câncer de
Mama: protocolos de Atenção à Saúde da Mulher. Belo Horizonte, MG: Secretaria
Municipal de Saúde, 2008. 21p. Disponível em: <http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/pr
otocolos/protocolocancerdemama.pdf> (http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolo
s/protocolocancerdemama.pdf#). Cópialocal
(/static/bib/protocolocancerdemama.pdf) Acesso em 2015.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Controle do Câncer de Mama:
documento de Consenso. Rio de Janeiro: INCA, 2004. 33p.:il. Abril de 2004. Disponível em:
Acesso em 2015.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados Paliativos
Oncológicos: controle de sintomas. Rio de Janeiro: INCA, 2001. 61p.: il. (Série Manuais
Técnicos). Disponível em: Acesso em 2015.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Tratamento e Controle de
Feridas Tumorais e Úlceras por Pressão no Câncer Avançado. Rio de Janeiro: INCA,
2009. 44p.: il. (Série Cuidados Paliativos). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/p
ublicacoes/inca/Feridas_Tumorais.pdf> (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/F
eridas_Tumorais.pdf#). Cópia local (/static/bib/Feridas_Tumorais.pdf) Acesso em 2015.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Caderno de Atenção Domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. 205 p.
(Melhor em casa: a segurança do hospital no conforto do seu lar, v. 2). Disponível em: <htt
p://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf> (http://189.28.128.100/
dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf#). Cópia local (/static/bib/cad_vol2.pdf)
Acesso em 2015.
�. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Controle dos Cânceres do Colo de Útero e da Mama. 2. ed. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 2013. 122 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 13). Disponível em: <http://189.
antes executado somente por profissionais e em ambientes próprios a este fim.
Para isso é impressindível estruturar o acesso à distribuição e à dispensação de
insumos e medicamentos necessários ao paciente no domicilio.
No que se refere a prática clínica, a abordagem é interdisciplinar e a equipe deve ser
formada por médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo,
nutricionista e terapeuta ocupacional. Cada profissional atua dentro de sua área de
competência, mas devem discutir os casos com todos os membros da equipe,
priorizando a ética e o respeito à autonomia do paciente. (BRASIL, 2004, p.19)
Aprimoramento em cuidados com feridas oncológicas e suas classificações, bem como nos
resultados de mamografias.
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http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolos/protocolocancerdemama.pdf#
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/protocolocancerdemama.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Feridas_Tumorais.pdf#
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/Feridas_Tumorais.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf#
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cad_vol2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf#
28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf> (http://189.28.128.100/dab/docs/
portaldab/publicacoes/cab13.pdf#). Cópia local (/static/bib/cab13.pdf) Acesso em
2015.
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer.
Cuidados Paliativos Oncológicos: controle da dor. Rio de Janeiro: INCA, 2002. 120p.
(Série Manuais Técnicos, n. 328). Disponível em: Acesso em 2015.
�. SANTOS, Helimar Senna dos Santos. Terapêutica Nutricional para Constipação Intestinal
em Pacientes Oncológicos com Doença Avançada em uso de Opiáceos: revisão. Revista
Brasileira de Cancerologia, [Rio de Janeiro], v. 48, n. 2, p. 263-269, 2002. Disponível em:
Acesso em 2015.
9. HATANAKA, Veruska Menegatti Anastácio Constipação e Diarréia. In: CUIDADO Paliativo.
Cadernos Cremesp, São Paulo, SP: CREMESP, 2008, p. 429. Disponível em: <http://www.cr
emesp.org.br/library/modulos/publicacoes/pdf/livro_cuidado%...> (http://www.cremesp.org.
br/library/modulos/publicacoes/pdf/livro_cuidado%20paliativo.pdf#). Cópia local
(/static/bib/livro_cuidado_paliativo.pdf) Acesso em 2015.
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Coordenação: Anaclaudia Gastal Fassa e Luiz Augusto Facchini
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http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cab13.pdf#
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/cab13.pdf
http://www.cremesp.org.br/library/modulos/publicacoes/pdf/livro_cuidado%20paliativo.pdf#
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/livro_cuidado_paliativo.pdf

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