Prévia do material em texto
Tipos de Suturas POSIÇÃO NO CENTRO CIRÚRGICO · mesogástrio e abdome inferior é feito do lado esquerdo, para auxiliar a mão dominante CONCEITOS ⬝ Sutura é aproximar estruturas com a utilização de instrumentos cirúrgico, historicamente com a confecção de pontos (fios e nós). ⬝ A sutura é a manobra na qual tecidos seccionados são aproximados de forma a reduzir o tamanho da lesão, favorecendo uma melhor cicatrização. ⬝ A sutura deve objetivar sempre a melhor cicatrização e o melhor resultado estético. ⬝ Efeitos: · Síntese; · Recobrimento; · Hemostasia Condições para uma boa síntese: • Antissepsia (minimizar contaminação) • Apresentação das bordas • Hemostasia prévia • Ausência de tensão • Evitar “espaços mortos”, corpos estranhos ou tecidos desvitalizados • Material (fios e agulhas menos calibrosos) • Mínimo de pontos necessários RELEMBRANDO: normas para uma boa sutura • Assepsia e antissepsia • Lavagem da ferida e desbridamento se necessário • Regularização das bordas • Evitar deixar “espaço morto” o que é espaço morto? Como evitar espaço morto? • A velocidade de cicatrização tá associado ao tamanho do fio ⬝ O fio menos traumático deve ser escolhido, que da menos reação tecidual. ⬝ Se o sitio operatório é muito contaminado, não pode colocar um fio absorvível, que será um alimento para a bactéria. TIPOS DE SUTURA • Agulha posicionada em 90° em relação ao porta-agulhas; • Ponta orientada para a palma da mão do cirurgião. SENTIDO (DIREÇÃO) DA SUTURA: • Da mão dominante para a não dominante do cirurgião • Direita para esquerda ou de cima para baixo • Posicionar o nó final em posição proximal ao cirurgião • Para diminuição da tensão, pode ser realizada de forma alternada POSIÇÃO DA AGULHA • Transfixação dos tecidos: ponta da agulha em 90o com a superfície; • Menor área de contato da agulha/superfície; • Mão não dominante ativa e auxiliar . A agulha deve transfixar os tecidos em ângulo de 90° TAMANHO DO COTO Qual o tamanho ideal do coto/sobras do fio ? Considerar tipo de fio e o tecido suturado • Fio monofilamentar (memória) tende a desfazer os nós – cotos maiores • Suturas internas (diminuir reação de corpo estranho com a resposta inflamatória) – coto menor possível · Adequação da secção do coto – maior ou menor angulação da tesoura após esta tocar o nó. CLASSIFICAÇÃO DAS SUTURAS ⬝ fios absorvíveis: laqueadura; pele subcutânea ⬝ fios absorvíveis: cirurgias ortopédicas ⬝ sutura em bolsa do tipo eversão é feito em apendicectomia; TÉCNICAS DE SUTURAS • Contínuas(mais comuns) · Chuleio simples · Chuleio ancorado · Intradérmico · Sutura em bolsa • Descontínuas (mais utilizadas) · Ponto simples · Ponto simples invertido · U horizontal · U vertical ou Donatti · Ponto em X · Ponto em X interno SUTURAS BÁSICAS PONTO SIMPLES COMUM E INVERTIDO: A distância entre a borda e a entrada ou saída do fio deve ser a mesma (incluir a epiderme e derme). No ponto simples, a derme deve ser transposta pela agulha em sua totalidade. A agulha penetra a pele a 90° e, na outra derme em sua totalidade, sai através da pele. PONTO DONATTI (U EM VERTICAL) Na sutura de Donatti, procede-se a primeira parte como no ponto simples. Porém, deve ocorrer o retorno da agulha para a borda inicial, em plano intradérmico e à frente do passo inicial. Sutura Donatti (“longe-longe”, “perto-perto”): o início da sutura não difere do ponto simples; após isso, antes do nó, o fio retorna à borda inicial em plano superficial e à frente do anterior. PONTO EM “U” HORIZONTAL (COLCHOEIRO) A sutura em U horizontal, ou ponto de Gillies, a agulha penetra a pele de forma intradérmica na fase inicial, em uma das bordas. Na borda contralateral a passagem do fio é totalmente intradérmica, de forma horizontal, em U. O fio não é exteriorizado nesta borda. Após a confecção do U horizontal intradérmico, a agulha retorna verticalmente e ao lado de sua entrada, também intradérmica. (Colchoeiro) – hemostasia e tensão. Essa suta pode ser exposta ou intradérmica. Sutura de Gillies: primeira borda é transpassada de forma vertical e a oposta de forma horizontal. O fio só é aparente em uma das bordas (para realização do nó). PONTO EM “X” (CRUZADO OU DE REFORÇO) – COMPONENTE DE FORÇA DE TENSÃO E HEMOSTASIA A sutura em X, com componente de força de tensão e hemostasia, o fio é passado em um lado da incisão e, após, a um nível abaixo nas duas bordas, iniciando pela borda contrária à inicial. Ao final, para finalizar a sutura, o fio é passado em mesmo nível ao inicial, em borda oposta. Usado em couro cabeludo por exemplo, lugares onde não se preocupa com a estética. O X pode ser exposto ou intradérmico. Ponto em “x”: (cruzado ou de reforço) – componente de força de tensão e hemostasia. SUTURA CONTÍNUAS • Ponto contínuo simples – pontos simples, seriados e sem interrupção (chuleio) Confecção de pontos simples, seriados e sem interrupção. O nó é realizado no início e no final da sutura. Ponto simples, seriados e sem interrupção (chuleio). • Ponto contínuo ancorado – sutura simples contínua, com cruzamento do fio entre os nós. Barra grega (pode ser subcutâneo ou não) Sutura em bolsa – nada mais é que um chuleio realizado em círculo. • Atenção: não se amarra a primeira laçada do fio, pois a sutura em bolsa é amarrada apenas em seu final, permitindo-se a invaginação do tecido localizado na região central do círculo, ou seja, a inversão de bordas e de seu conteúdo. • Exemplo: ao término da apendicectomia ou cerclagem uterina. Ponto em “U” horizontal interno (intradérmico)