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Exame Físico Geral

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Exame Físico Geral
 Keyti Cordeiro - Medicina UNC 
 Keyti Cordeiro - Medicina UNC				 
INTRODUÇÃO
⬝ Todo exame físico geral inicia-se com a lavagem das mãos.
⬝ Respeito e delicadeza durante a realização do exame: só expor o segmento do corpo em exame; informar o paciente sobre os passos do exame; ao examinar segmentos em que há queixa álgica, informar o paciente.
Ectoscopia
⬝ É a denominação que se dá à avaliação global do doente. É a primeira etapa do exame físico, devendo ser iniciada ao primeiro contato com o paciente. Seu objetivo é a obtenção de dados gerais (independe da queixa do paciente). A avaliação deve ser crânio-caudal
Exame Clínico Qualitativa
⬝ É uma análise subjetiva do paciente.
⬝ Geralmente graduamos as qualidades em graus, medidos de uma até quatro cruzes.
Ex: “desidratado +/4+”; isso significa que do máximo que uma pessoa pode ficar desidratada, 4 cruzes, o paciente se encontra com uma cruz.
AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL
⬝ Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente, em sua totalidade:
O paciente pode estar em bom estado geral (BEG), regular estado geral (REG) ou mau estado geral (MEG).
· Nível de consciência (lúcido, orientado, torporoso, agitado).
· Fácies.
· Fala.
· Postura.
· Mobilidade (marcha normal, marcha claudicante).
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Estado de consciência:
· (consciente/inconsciente)
⬝ Normal: Consciente, orientado no tempo e no espaço, colaborativo com o exame.
Lúcido, alerta - resposta coerente.
⬝ Alterações:
Letárgico, sonolento – resposta lenta coerente.
Obnubilado – precisa de estímulo –resposta lenta.
Torporoso – Desperta c/ estímulo doloroso resposta lenta. 
Comatoso – sem nenhum tipo de resposta.
⬝ É o estado de lucidez em que a pessoa se encontra, pode apresentar alterações que variam da consciência plena ao coma. Inclui o reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo em determinado momento e a
capacidade de responder a estímulos voluntária e conscientemente.
⬝ A avaliação do nível de consciência ocorre pelo contato com o paciente no decorrer da interação. O cliente está acordado e alerta?
⬝ Caso esteja na cama, avalie se ele é estimulável, balance gentilmente a cama (evite tocá-lo diretamente, sem consentimento prévio), avalie o contato visual e as expressões faciais (quando em repouso e também na interação com os outros).
⬝ Vigil: Apresenta abertura ocular espontânea, estado alerta e responsivo;
⬝ Sonolência: Lentificação dos processos ideacionais, fala pastosa, pouca movimentação;
⬝ Obnubilação/turvação da consciência: moderado comprometimento, compreensão dificultada;
⬝ Dissociação da consciência: o cliente apresenta perda da compreensão de si; o indivíduo "desliga-se" da realidade para parar de sofrer;
⬝ Transe/Catalepsia: espécie de sonho acordado com a presença de atividade motora automática, ou seja, perda de movimentos voluntários; comportamento estereotipado acompanhado de suspensão parcial dos movimentos voluntários.
⬝ Torpor: Está dormindo, exceto quando estimulado.
⬝ Coma: não pode ser acordado, apresentando profundo comprometimento da atividade voluntária consciente e ausência de qualquer indício de consciência.
ORIENTAÇÃO
⬝ Orientação autopsíquica: em relação à ao próprio cliente (pessoa): Pergunte a respeito de seus dados pessoais e investigue se reconhece familiares e as pessoas com as quais está em contato.
⬝ Orientação alopsíquica: orientação quanto ao Tempo e Espaço.
POSTURA
Postura Ativa: é aquela assumida espontaneamente. Boa Postura / Má postura.
Postura passiva: impossibilidade do paciente em mudar de posição sem auxílio de outra pessoa.
Postura antálgica: adotada para alívio da dor.
ATENÇÃO À OUTROS PONTOS
⬝ Higiene pessoal: Observar: Hálito do paciente; odor de secreções.
⬝ Dependência: Se veio à consulta sozinho; acompanhado; em cadeira de rodas; de muletas ou bengalas.
⬝ Fala e linguagem: Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se há distúrbios de articulação das palavras, de troca de letras ou se fala o nome dos objetos corretamente.
⬝ Alterações: Disfonia ou afonia; Dislalia; Disartria; Disfasia.
TIPOS DE MARCHA
MARCHA ATÁXICA (Cerebelar ou marcha do ébrio) 
O caminhar é realizado fazendo um semicírculo do quadril, com o membro inferior em extensão, o pé em inversão e o braço em flexão e rígido. Bastante comum nos pacientes hemiplégicos. 
O caminhar é com a base alargada, onde as pernas são projetadas para frente e para os lados e os movimentos são largos e imprecisos. 
Apresentam desequilíbrios e o olhar voltados para os membros inferiores. É uma marcha típica das lesões cerebelares.
MARCHA ESCARVANTE (Parética ou marcha do polineurítico): 
"marcha do pé caído". 
MARCHA TABÉTICA (TALONANTE): 
A marcha é realizada com a base alargada, com o olhar para o solo, e a perda da noção da proximidade do solo em relação aos pés, faz com que ele arremesse o pé para diante e bata com força no solo. Essa marcha foi descrita primeiramente nos pacientes com neurossífilis (Tabes Dorsalis).
MARCHA DE PASSOS MIÚDOS (Marcha dos pequenos passos): 
É a marcha da doença de Parkinson e na aterosclerose avançada.
MARCHA ANSERINA (marcha de pato, marcha de Trendelenburg ou miopática).
MARCHA EM TESOURA (Marcha espástica): 
(paralisia cerebral, doença de little).
MARCHA APRÁXICA: 
andar semelhante ao de uma criança dando os seus primeiros passos com dificuldade na iniciação da marcha e no movimento de virada para dar a volta; hidrocefalia de pressão normal e demência vascular.
FACE
⬝ Observar o tipo de rosto do pacientes (fácies). Existem alguns muito famosos e que o padrão pode levar a suspeita de algumas doenças.
⬝ Além da fácies, notar se há edema, paralisia muscular, movimentos involuntários, nódulos/tumores e outras lesões e deformidades.
⬝ Além do edema e das alterações de pilificação, podemos observar queda da pálpebra superior (blefaroptose ou ptose palpebral), alteração do globo ocular (exoftalmia: protrusão, microftalmia: globo pequeno, hipertelorismo: afastamento das cavidades orbitárias, estrabismo, nistagmo: movimentação involuntária.
GRAU DE PALIDEZ
⬝ Observar mucosa palpebral da conjuntiva, mucosa oral, leito ungueal e palma das mãos.
⬝ O paciente pode estar corado (mais avermelhado) ou descorado. Caso se encontre descorado, classificar o grau (em cruzes).
GRAU DE HIDRATAÇÃO
⬝ Observar umidificação da mucosa oral, globo ocular e turgor da pele. O paciente pode estar hidratado ou desidratado. 
⬝ Caso se encontre desidratado, classificar o grau (em cruzes).
FÂNEROS
a) Pêlos: Distribuição, quantidade cor, brilho.
b) Unhas: Forma, espessura, consistência, brilho, coloração.
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ICTERÍCIA
⬝ Observar coloração da palma da mão, esclera e freio da língua. A icterícia se caracteriza por um tom amarelado nessas regiões.
· O excesso de betacaroteno pode se assemelhar à icterícia.
· A esclera de pacientes idosos e negros pode ter um tom amarronzado, devido a uma hiperpigmentação normal observada neles.
⬝ O paciente pode estar ictérico ou anictérico.
⬝ Caso se encontre ictérico, classificar o grau (em cruzes).
AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CIANOSE
⬝ Observar uma coloração mais azulada no lábio, leito ungueal, e outras extremidades (cianose) que é indicativa de redução da oxigenação do sangue ou redução da perfusão sanguínea.
⬝ Cuidado com extremidades frias.
⬝ A cianose pode ser localizada (problema local) ou generalizada.
⬝ O paciente pode estar cianótico ou acianótico. Graduar em cruzes.
EDEMA
⬝ O edema é o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial (entre os tecidos). Ele é constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja composição é variável.
SINAL DE GODET OU CACIFO
⬝ Edema mole: facilmente depressível, retenção hídrica de curta duração.
⬝ Edema duro: resistência na formação da fóvea; retenção hídrica de longa duração.
Exame Clínico Quantitativo
⬝ Nessa etapa iremos avaliar aspectos mensuráveisdo paciente. Como medidas de temperatura, pressão arterial, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, frequência cardíaca, pulsação e frequência respiratória.
 ⬝ Todos esses parâmetros têm medidas objetivas.
SINAIS VITAIS
▸ Os sinais vitais do corpo humano são constituídos por: 
· temperatura
· pulso
· pressão arterial
· respiração
· dor (5° sinal vital)
TEMPERATURA 
⬝ A temperatura é a medida do calor do corpo: é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido; tempo para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos;
▸ Valores da temperatura:
é considerado normal 36° C a 37° C
estado subfebril: 37,2° C a 37,8° C
febre: acima de 37,8° C
febre alta: acima de 39° C
PULSO
⬝ Para aferição do pulso, normalmente se palpa a artéria radial com o 2° e 3° dedos, contando os batimentos em 1 minuto.
⬝ É importante também comparar a frequência cardíaca e o pulso.
⬝ Na palpação do pulso, dentre outras coisas, o mais importante é verificar o ritmo (em alguns dos nossos pacientes é possível ver alterações).
⬝ A unidade de medida utilizada é: batimentos por minuto (bpm).
FREQUÊNCIA CARDÍACA
⬝ Nem sempre as medidas serão equivalentes. Para a aferição da FC, pode-se auscultar o coração e contar os batimentos cardíacos em 1 minuto.
PRESSÃO ARTERIAL
⬝ A aferição da PA requer preparação do paciente e escolha do material adequado.
⬝ Antes de aferir a PA, deve-se perguntar ao paciente se:
· Fumou ou bebeu café ou outros estimulantes há menos de 30 minutos;
· Está sentindo dor;
· Está com a bexiga cheia;
· Está em repouso há menos de 3 minutos.
· Sons de Korotkoff:
Os sons de Korotkoff possuem várias fases, mas
o importante para vocês é saber que:
· Fase I (aparecimento do som, o primeiro “TUM”): momento em que a pressão no manguito se iguala à maior pressão na artéria braquial, que corresponde à pressão sistólica.
· Fase V (desaparecimento dos sons): a pressão no manguito se iguala à menor pressão na artéria, que corresponde à pressão diastólica.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR)
⬝ Contar a quantidade de inspirações em 1 minuto, observando movimentos da caixa torácica ou parede abdominal.
⬝ Não se deve contar ao paciente que sua frequência respiratória está sendo verificada, pois inconscientemente mudamos nosso padrão respiratório.
⬝ Observar o ritmo da respiração.
⬝A unidade de medida utilizada é: incursões respiratórias por minuto (irpm). 
PADRÃO RESPIRATÓRIO
⬝ O paciente pode estar eupneico ou dispneico (com dificuldades de respirar). 
Observar a frequência respiratória:
☘ bradipneico – “poucas inspirações” -
☘ taquipneico – “muitas inspirações”
Exemplo: um paciente com esforço para respirar e com frequência respiratória aumentada está taquipneico ou taquidispneico.
SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO
Oximetria de pulso:
⬝ Oximetria de pulso transcutânea estima a saturação de oxigênio (SpO2) dos capilares sanguíneos, com base na absorção da luz de diodos que emitem luz, posicionados em um clipe de dedo ou em uma sonda fixada com fita adesiva. Geralmente, as estimativas são bastante precisas, correlacionando-se dentro de 5% da saturação arterial de oxigênio (SaO2) medida.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
(ALTURA E PESO)
⬝ Para a aferição da altura, o paciente deve estar com os pés descalços, em postura ereta e olhar no horizonte.
⬝ O peso preferencialmente deve ser aferido em balança analítica, pois pode ser calibrada conforme o ambiente em que está situada.
Altura e peso:
⬝ Além de doenças do desenvolvimento, o peso e a altura são importantes para determinar o IMC (Índice de Massa Corpórea):
IMC = peso/altura2 (kg/m2):
⬝ Conforme o IMC, categoriza-se o paciente em magreza, eutrofia, sobrepeso e graus de obesidade.
BIOTIPOS
⬝ Longilíneo, Mediolíneo e Brevilíneo;
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL
⬝ A circunferência abdominal é medida logo acima da crista ilíaca, na altura da cicatriz umbilical.
⬝ A circunferência de quadril é medida na linha do trocânter maior do fêmur; já a circunferência de cintura, no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela, ao nível das espinhas ilíacas ântero superiores.
⬝ Com essas duas últimas medidas, pode-se
calcular a relação cintura-quadril.
 Mulher: acima de 80cm 
Homem: acima de 95 cm 
⬝ A relação cintura-quadril (RCQ) é um cálculo que permite avaliar, a partir das medidas da cintura e do quadril, o risco que uma pessoa tem de desenvolver uma doença cardiovascular, como diabetes ou pressão alta, e até situações mais graves como AVC ou infarto, por exemplo.
LINFONODOS
⬝ A palpação de linfonodos deve ser feita fazendo movimentos circulares com os dedos, movendo a pele sobre os linfonodos das principais cadeias.
⬝ Se perceber algum, note sua consistência, seu tamanho e verifique se está aderido a planos profundos, se há fístula e confluências e se dói.
☛▸⬝❖↬➺⤷❧☘

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