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Doença de Parkinson (DP) 1 � Doença de Parkinson (DP) Sumário Resumindo… Definição Causas de Síndrome parkinsoniana Epidemiologia Fatores de risco Idade Genética Fatores ambientais Fisiopatologia Aspectos fisiopatológicos do parkinsonismo Aspectos fisiopatológicos na DP Quadro clínico Diagnóstico Exames de neuroimagem Diagnóstico diferencial Tratamento Não farmacológico Farmacológico Sintomáticos Levodopa - padrão ouro Complicações motoras Cirúrgico Indicações Doença de Parkinson (DP) 2 Referências A neurologia que todo médico precisa saber - Ricardo Nitrini. Merrit - Tratado de neurologia. Neuroanatomia funcional - Angelo Machado. Neurologia - Cambier. Resumindo… Clínica Fisiopatologia Diagnóstico Tratamento 1. Tremor de repouso (”contar moedas”) 2. Bradicinesia 3. Rigidez em “roda denteada” (hipertonia plástica) 4. Instabilidade postural Tremor e rigidez tipicamente assimétricos Hipomimia - perde mímica facial Degeneração da substância negra mesencefálica → perda dos neurônios dopaminérgicos → hiperativação do sistema extrapiramidal. Sistema extrapiramidal → modulação dos movimentos e automatismos. Clínico. Necessário excluir causas de Parkinsonismo (cujos sinais e sintomas costumam ser simétricos). Reflexos, força muscular e sensibilidade não são afetados. Inicial → sintomáticos com agonistas dopaminérgicos (pramipexol) + levodopa/carbidopa. Se não melhorar com levodopa, pode não ser DP. Outras opções (pode associar): - Efeito neuroprotetor → selegilina (inibidor da MAO-B - reduz a degradação da dopamina) e amantadina. - Anticolinérgicos → Biperideno - bom para tremor sem resposta ao levodopa, mas evitar em pcts com > 65 anos. Tratamento cirúrgico → estimulação cerebral profunda crônica (DBS) com eletrodos implantados no cérebro. Principais diagnósticos diferenciais: Parkinsonismo por drogas → metoclopramida, neurolépticos, antipsicóticos atípicos, lítio, cinarizina, flunarizina. Alvos anatomofuncionais Estimulação Cerebral Profunda (ECP) ou Deep Brain Stimulation (DBS) Doença de Parkinson (DP) 3 Sintomas mais importantes são a bradicinesia e o tremor, que tem instalação mais abrupta e geralmente bilateral. Tendem a desaparecer dias ou semanas após a suspensão do fármaco. Tremor essencial → apenas tremor (sem outras manifestações da DP), não ocorre em repouso, sendo geralmente postural (precipitado ao manter o membro em determinada posição), bilateral e simétrico. Responde bem ao propranolol. Tremor cerebelar → geralmente unilateral (ipsilateral à lesão cerebelar) e precipitado pelo movimento (tremor de intenção). Há outras manifestações de ataxia cerebelar, como dismetria e disdiadococinesia. Definição Descrita pela primeira vez pelo médico inglês James Parkinson em 1817. 🩺 Um clínico geral que capturou a essência da DP apenas pela observação dos seus pacientes, sem nenhum exame formal. Um tipo de distúrbio do movimento, conceituado por disfunções neurológicas caracterizadas por pobreza ou lentidão dos movimentos na ausência de paralisia ou paresia, ou por atividade motora involuntária representada pelos diversos tipos de hipercinesia. Parkinsonismo (Síndrome parkinsoniana) → combinação das seis anormalidades clínicas principais - tremor de repouso, bradicinesia ou hipocinesia, rigidez, postura flexionada, abolição dos reflexos posturais e fenômeno de congelamento. Para diagnóstico, ter ao menos duas dessas manifestações clínicas, sendo uma tremor de repouso ou bradicinesia. É um tipo de síndrome hipocinética e extrapiramidal. Causas de Síndrome parkinsoniana 1. Primária ou idiopática A Doença de Parkinson (DP) é a principal causa. Doença de Parkinson (DP) 4 Ocorre redução da neurotransmissão dopaminérgica nos núcleos da base e na substância negra, o que resulta na perda acentuada do teor de dopamina estriatal. 2. Secundária Drogas Neurolépticos (fenotiazídicos, butirofenonas, tioxantenos, reserpina, tetrabenazina), antieméticos (metoclopramida), bloqueadores do canal de cálcio (cinarizina, flunarizina), amiodarona, lítio. Intoxicações exógenas Manganês, monóxido de carbono, dissulfeto de carbono, metilfenil- tetrahidroperidina (MPTP), metanol, organofosforados, herbicidas. Infecções Encefalites virais, neurocisticercose e AIDS. Outras → doença vascular cerebral, TCE, processos expansivos do SNC, hidrocefalia, distúrbios metabólicos como hipoparatireoidismo. 3. Atípica - Síndrome parkinson-plus Quadros neurológicos em que uma síndrome parkinsoniana, geralmente expressa por acinesia e rigidez (sem tremor), associa-se a distúrbios autonômicos, cerebelares, piramidais, de neurônio motor inferior ou de motilidade ocular extrínseca. Exemplos → atrofia de múltiplos sistemas, paralisia supranuclear progressiva, degeneração corticobasal, demência por corpos de Lewy. 4. Doença heterodegenerativas 5. Parkinsonismo por deficiência de enzimas envolvidas na síntese dos neurotransmissores Epidemiologia Doença neurodegenerativa mais frequente depois da doença de Alzheimer. Cerca de 80% dos casos de parkinsonismo. Sua prevalência e incidência aumenta com a idade. Idade média de início é de cerca de 60 anos. Risco maior para homens (2%) do que para mulheres (1,3%). Associação com mutações genéticas. Parkinsonismo juvenil DP antes dos 20 anos de idade Doença de Parkinson (DP) 5 DP com início precoce entre 20-40 anos Fatores de risco Idade Genética Relacionada a genes que codificam enzimas desintoxicantes, para a MAO B e a COMT. Forma hereditária (familiar) Mutações nos genes Park 1, que codifica a alfa-sinucleína são responsáveis pela forma autossômica dominante. A degradação da alfa-sinucleína é assegurada pela via ubiquitina- proteassoma - este processo é mais lento nas formas mutantes de alfa- sinucleína, levando ao acúmulo de uma forma beta pregueada e em corpos de Lewy. Há outras ligações genéticas com os genes Park 2 → que codificam a parkina → relação com as formas autossômicas recessivas juvenis. Fatores ambientais Pesticidas, herbicidas ou substâncias utilizadas na indústria (suspeita, em pesquisas não se mostraram muito relacionados). Tabagismo; 💡 Atenção para a síndrome parkinsoniana induzida pelo MPTP (metil-fenil tetra-hidropiridina). É um produto obtido durante a síntese de drogas ilícitas. Pode induzir uma síndrome parkinsoniana grave, sensível à L-dopa. O histopatológico também mostra perda de neurônios dopaminérgicos da SNpc e corpúsculos de Lewy. Residência em ambiente rural, trabalhar em fazenda, beber água de poço. Doença de Parkinson (DP) 6 Mecanismos protetores estão sendo estudados, mas ainda não estão bem estabelecidos. Fisiopatologia Aspectos fisiopatológicos do parkinsonismo Consequência da disfunção da alça dopaminérgica nigroestriatal, com redução da atividade inibitória sobre a via indireta e da atividade excitatória sobre a direta. Aspectos fisiopatológicos na DP Degeneração dos neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra (SNpc), redução da dopamina estriatal e inclusões proteináceas intraneuronais, conhecidas como corpos de Lewy e neuritos de Lewy (inclusões citoplasmáticas eosinofílicas), que contém principalmente a alfa-sinucleína. Pode afetar os neurônios colinérgicos do núcleo basal de Meynert (NBM), os neurônios noradrenérgicos do locus ceruleus (LC), os neurônios serotoninérgicos dos núcleos da rafe do tronco encefálico e neurônios do sistema olfatório, hemisférios cerebrais, medula espinal e sistema nervoso autônomo periférico. Doença de Parkinson (DP) 7 Amostras patológicas de um paciente com doença de Parkinson (DP) em comparação com um controle normal mostrando (A) a redução do pigmento na SNpc na DP (à direita) versus controle (à esquerda), (B) o número reduzido de células na SNpc na DP (à direita) em comparação com o controle (à esquerda), e (C) os corpos de Lewy (setas) dentro dos neurônios dopaminérgicos melanizados na DP. SNpc, parte compacta da substância negra. Doença de Parkinson (DP) 8 Há evidênciaque os corpos de Lewy comecem no sistema nervoso autônomo periférico, no sistema olfatório e no núcleo motor dorsal do nervo vago na parte inferior do tronco encefálico. Disseminando para afetar a parte superior do tronco encefálico e os hemisférios cerebrais (estadiamento de Braak). Doença de Parkinson (DP) 9 Doença de Parkinson (DP) 10 Os sintomas clínicos refletem o comprometimento precoce de neurônios não dopaminérgicos (como constipação, anosmia, distúrbio comportamental do sono REM e desnervação cardíaca). Doença de Parkinson (DP) 11 Na DP, a desnervação dopaminérgica com perda do tônus dopaminérgico leva a um aumento da descarga de neurônios no NST e GPi, inibição excessiva do tálamo, redução da ativação dos sistemas motores corticais e desenvolvimento das manifestações parkinsonianas. O papel atual da cirurgia no tratamento da DP baseia-se nesse modelo, que previu que as lesões ou a estimulação de alta frequência do NST ou do GPi podem Doença de Parkinson (DP) 12 reduzir essa atividade neuronal excessiva e melhorar as manifestações da DP. Quadro clínico Características motoras essenciais Outras características motoras Características não motoras Bradicinesia Micrografia Anosmia Tremor de repouso Fácies em máscara (hipomimia) Distúrbios sensitivos (por exemplo, dor) Rigidez Diminuição do piscar dos olhos Transtornos do humor (como a depressão) Instabilidade postural Salivação Distúrbios do sono Voz baixa (hipofonia) Distúrbios autonômicos: - Hipotensão ortostática; - Distúrbios gastrointestinais; - Distúrbios genitourinários; - Disfunção sexual. Disfagia Comprometimento cognitivo/demência Freezing Síndrome acinética-hipertônica Acinesia → pobreza de movimentos e lentidão da iniciação e execução de atos motores voluntários e automáticos, associada à dificuldade na mudança de padrões motores e na ausência de paralisia. Bradicinesia ou oligocinesia → mais especificamente à lentidão na execução de movimentos. Hipocinesia → pobreza de movimentos manifestada por redução da expressão facial (hipomimia), diminuição gestual corporal, incluindo a diminuição ou ausência dos movimentos associados dos membros superiores durante a marcha (marcha em bloco) e redução da deglutição automática da saliva, levando a um acúmulo e à perda pela comissura labial (sialorreia). Acinesia súbita ou congelamento (freezing) → caracterizado pela perda abrupta da capacidade de iniciar ou sustentar uma atividade motora específica, mantendo as demais inalteradas. Pode acontecer durante a marcha ou ao visualizar obstáculos, real ou apenas visual. Doença de Parkinson (DP) 13 Micrografia → modificações precoces na escrita (letras cada vez menores). Marcha parkinsoniana, em bloco → com pequenos passos, arrastando os pés, perda dos movimentos dos membros superiores, aceleração involuntária (festinação da marcha). Disartria hipocinética → comprometimento da fonação e da articulação das palavras, com redução do volume da fala, perda da capacidade de inflexão da voz, que se torna monótona e distúrbios do ritmo, com episódios de hesitação inicial e cadência lenta, pontuada por pausas inadequadas, hesitações ou acelerações involuntárias. Rigidez (hipertonia plástica) → resistência à movimentação passiva é uniforme ao longo de toda excursão do segmento mobilizado. Pode ser contínua ou intermitente → sinal da roda denteada. Sem tendência de retorno à posição inicial, como na espástica. Acometimento preferencial de musculatura flexora, determinando alterações típicas de postura, com anteroflexão do tronco e semiflexão dos membros (postura simiesca). Exacerbação dos reflexos tônicos segmentares (reação paradoxal de Westphal ou reflexo local de postura de Foix-Thévenard). Esse fenômeno pode ser observado quando o examinador faz a flexão dorsal do pé, tendo uma contração prolongada dos músculos envolvidos. Tremor parkinsoniano → de repouso, aumenta durante a marcha, no esforço mental e em situações Doença de Parkinson (DP) 14 Diagnóstico Doença de Parkinson (DP) 15 Exames de neuroimagem Doença de Parkinson (DP) 16 Doença de Parkinson (DP) 17 Tomografia por emissão de pósitrons com [11C]di-hidrotetrabenazina (um marcador de VMAT2) em controle saudável (A) e em paciente com doença de Parkinson (B). Observe a captação reduzida do marcador pelo estriado, que tende a ser mais pronunciada no putamen posterior e tende a ser assimétrica. (Cortesia do Dr. Jon Stoessl.) Diagnóstico diferencial Demência por corpos de Lewy; Parkinsonismo atípico: Atrofia de múltiplos sistemas (AMS): Tipo cerebelar; Tipo parkinsonismo; Paralisia supranuclear progressiva (PSP); Síndrome corticobasal (SCB). Há comprometimento precoce da fala e da marcha, ausência de tremor de repouso, ausência de assimetria motora, resposta precária ou ausente à levodopa e evolução clínicas mais agressiva. Características que sugerem uma causa atípica ou secundária de parkinsonismo: Sinais e sintomas Diagnóstico alternativo Comprometimento precoce da fala e da marcha (ausência de tremor e de assimetria motora) Parkinsonismo atípico Exposição à neurolépticos Parkinsonismo farmaco-induzido Início antes dos 40 Forma genética de DP Doença hepática Doença de Wilson, degeneração hepatolenticular não wilsoniana Alucinações precoces e demência com desenvolvimento tardio de características da DP Demência por corpos de Lewy Diplopia, comprometimento do olhar para baixo PSP Resposta ineficiente ou ausente a uma tentativa adequada de levodopa Parkinsonismo atípico ou secundário Doença de Parkinson (DP) 18 Sinais e sintomas Diagnóstico alternativo Demência como manifestação inicial ou precoce Demência por corpos de Lewy Hipotensão ortostática proeminente AMS-p Sinais cerebelares proeminentes AMS-C Tremor postural simétrico de alta frequência (6 a 10 Hz), com componente cinético proeminente Tremor essencial Paralisia supranuclear progressiva: Parkinsonismo; Variante de Richardson. Síndrome corticobasal; Demência frontotemporal. Parkinsonismo secundário: Induzido por fármacos; Tumor; Infecção do sistema nervoso; Vascular; Hidrocefalia de pressão normal; Traumatismo; Insuficiência hepática; Toxinas (ex. monóxido de carbono, manganês, MPTP, cianeto, hexano, metanol, dissulfeto de carbono). Distúrbios neurodegenerativos e ou outras formas de parkinsonismo: Doença de Wilson; Doença de Huntington; Neurodegeneração com acúmulo de ferro no cérebro; SCA 3 (ataxia espinocerebelar) Ataxia-tremor parsonismo associado ao X frágil Doença priônica Distonia-parkinsonismo ligado ao X; Doença de Parkinson (DP) 19 Doença de Alzheimer com parkinsonismo; Distonia responsiva à dopa. Tratamento Doença de Parkinson (DP) 20 Não farmacológico Fono, fisio, exercícios físicos. Farmacológico Não é preciso instituir um tratamento medicamentosos quando não há prejuízo funcional notável; Se há repercussões funcionais: Pct com menos de 70 anos: Recomenda-se iniciar com um agonista dopaminérgico, para retardar o aparecimento de complicações motoras. Em casos de alterações mínimas, usar selegilina ou um anticolinégico na predominância de tremores. Indivíduos mais idosos: L-dopa como primeira escolha. Sintomáticos Drogas que aumentam a atividade dopaminérgica: Precursores da dopamina Levodopa Efeitos colaterais do TGI e hipotensão ortostática. Doença de Parkinson (DP) 21 Bloqueadores da degradação da dopamina Selegilina, tolcapone, entacapone Bloqueadores da recaptação da dopamina Amantadina Agonistas dopaminérgicos Bromocriptina, apomorfina, cabergolina, ropinirol, pramipexol Efeitos colaterais de náuseas, vômitos e hipotensão ortostática. Drogas que reduzem a atividade colinérgica: Anticolinérgicos Biperideno, triexifenidil Levodopa - padrão ouro A dopamina não atravessa a BHE, assim, foi visto que a precursora da dopamina, a L-dopa, atravessava e era convertida em dopamina no cérebro pela dopadescarboxilase. O aumento de dopaminaperiférica causa efeitos secundários, assim, para evitar esta conversão periférica, associa-se a L-dopa a um inibidor da descarboxilase que não atravessa a BHE. Esse inibidor é a benzerazida no Modopar (Prolopa) e a carbidopa no Sinemet. Efeitos colaterais → hipotensão ortostática, e ao início do tratamento podem ter transtornos digestivos, como náuseas e vômitos. Pode-se associar com a domperidona (Motilium), que é um inibidor dopaminégico periférico. “Lua de mel” Muito eficaz no início, com melhora funcional nítida. Em poucos anos, aparecem pequenos transtornos, corrigidos por adaptações terapêuticas menores. Pode aparecer alguns movimentos anormais semelhantes à coreia, ou de algumas alucinações visuais, sugerindo overdose e deve-se reduzir a Doença de Parkinson (DP) 22 medicação. Complicações motoras Acinesias do término da dose → reaparecimento dos sintomas cada vez mais precoce após cada tomada da medicação. Acinesias pós-prandiais ou com início da tarde → absorção ineficiente da L- dopa por competir com proteínas alimentares. Cirúrgico Intervenções estereotáticas visando estabelecer um novo equilíbrio funcional nos núcleos cinzentos centrais. Indicações Formas graves e incapacitantes da DP, resistentes ao tratamento clínico. Alvos anatomofuncionais 1. As primeiras lesões induzidas para a DP foram no córtex motor, melhoraram o tremor mas foram associadas a déficits motores. 2. Mais tarde, abordaram o núcleo ventral intermédio (VIM) do tálamo, reduzindo o tremor contralateral sem induzir hemiparesias, mas não houve melhora de outras manifestações. 3. Na década de 1990, lesões na porção posteroventral do GPi (território motor) melhoravam a rigidez e a bradicinesia, bem como o tremor. Doença de Parkinson (DP) 23 a. A palidotomia também foi associada a uma melhora da discinesia contralateral. b. Mas lesões bilaterais foram associadas a efeitos colaterais de disfagia, disartria e comprometimento da cognição. 4. Lesões no núcleo subtalâmico foram associadas a um benefício e redução da necessidade de L-dopa, mas houveram outras alterações como o hemibalismo. Alvos principais são o pálido interno (GPi) e o núcleo subtalâmico (NST). A redução da inervação dopaminérgica do estriado decorrente da perda de neurônios na pars compacta da substância negra (SNc) tem como consequência a hiperatividade do do GPi e da pars reticulada da SN. A hiperatividade dessas estruturas podem ser reduzidas pela realização de uma lesão (palidotomia) ou por estimulação crônica à alta frequência. Estimulação Cerebral Profunda (ECP) ou Deep Brain Stimulation (DBS) Indicado para pacientes com tremor grave ou complicações motoras induzidas pela levodopa que não são controlados satisfatoriamente com a farmacoterapia. Um eletrodo é implantado na área-alvo (principalmente NST e GPi) e conectado a um estimulador inserido no subcutâneo da parede torácica. Simula o efeito de uma lesão, sem existir uma lesão. Ou seja, atua rompendo a sinalização anormal associada com a DP e suas complicações motoras, sem lesionar. Doença de Parkinson (DP) 24 Os ajustes da configuração do eletrodo, voltagem, frequência e duração dos pulsos é adequado para cada paciente, para maximizar os benefícios e minimizar os efeitos colaterais. Nos casos com efeitos colaterais intoleráveis, a estimulação pode ser interrompida e o sistema removido. 💡 Os sintomas de freezing, quedas e a demência não respondem ao DBS. EFEITOS COLATERAIS / COMPLICAÇÕES Relacionados com o procedimento cirúrgico (hemorragias, infarto, infecção); Relacionados com o sistema de DSB (infecção, ruptura do fio, deslocamento do fio, ulceração na pele). Doença de Parkinson (DP) 25 Relacionados com a própria estimulação (anormalidades oculares e da fala, contrações musculares, parestesias, depressão e raramente o suicídio). GOODMAN - Vídeos Reflexo mentual da mão Amor e outras drogas - parkinson precoce
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