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1 Conjuntivite é o nome que damos à inflamação da conjuntiva, que é a fina membrana que recobre a parte frontal dos nossos olhos. A conjuntivite pode ter várias causas, como as infecções virais ou bacterianas, a irritação por corpo estranho, a irritação por produtos químicos e a alergia. CONJUNTIVA A conjuntiva é uma fina membrana transparente que recobre a esclera (parte branca dos nossos olhos) e região interna das pálpebras. A conjuntiva é altamente vascularizada; aqueles pequenos vasos sanguíneos que conseguimos ver na parte branca dos olhos e na parte de dentro das pálpebras não estão no globo ocular, mas sim na conjuntiva; Em condições normais, a esclera apresenta coloração branca e a região interna das pálpebras é rosada; Em ambas é possível identificar a presença de alguns microvasos sanguíneos; Quando a conjuntiva inflama-se, a situação muda bastante, os minúsculos vasos da conjuntiva tornam-se mais proeminentes, deixando tanto a esclera quanto as pálpebras bem avermelhadas, o que provoca o característico aspecto de olhos vermelhos da conjuntivite. TIPOS A conjuntivite alérgica é causada por alérgenos aéreos (substâncias presentes no ar que são capazes de causar alergia) que ao entrar em contato com os nossos olhos desencadeiam uma cascata de reações imunológicas que levam aos sintomas da alergia. A alergia ocular pode surgir de forma isolada, mas está frequentemente associada a outras doenças alérgicas, particularmente à rinite alérgica, asma e dermatite atópica; Esta forma de conjuntivite ocorre predominantemente em adultos jovens, com uma idade média de início de 20 anos; Os sintomas tendem a diminuir com o passar dos anos, mas não é incomum que adultos mais velhos continuem a ter sintomas relevantes. A conjuntivite alérgica pode ser dividida de três formas: CONJUNTIVITE ALÉRGICA AGUDA É uma conjuntivite alérgica que surge de forma súbita após a pessoa entrar em contato com algum alérgeno conhecido, tal como pelo de gato. Esse tipo de conjuntivite só acontece de forma pontual e o quadro se resolve dentro de 24 horas após o paciente deixar de ter contato com o alérgeno. conjuntivite alérgica IMUNOLOGIA o que é 2 CONJUNTIVITE ALÉRGICA SAZONAL É uma forma de alergia ocular que costuma provocar sintomas mais suaves, porém persistentes, e que surgem todos os anos numa mesma época, geralmente durante a primavera, período em que há mais pólen no ar. Em algumas regiões, há tipos de pólen que surgem em outras estações do ano, motivo pelo qual a conjuntivite alérgica sazonal não é obrigatoriamente um quadro que surge somente na primavera. CONJUNTIVITE ALÉRGICA PERENE É uma conjuntivite alérgica leve, crônica, que está presente de forma persistente e ao longo de todo ano. Essa forma de conjuntivite costuma estar relacionada a alérgenos ambientais comuns, tais como ácaros, poeira, pelo de animal (se o paciente for dono de um) ou mofo; Estima-se que, anualmente, 20% da população tenha pelo menos um dos 3 tipos descritos acima de alergia ocular; Existem ainda outras formas de conjuntivite alérgica, que são mais graves e mais raras, como: Ceratoconjuntivite atópica – é uma forma de conjuntivite que surge em cerca de 20 a 40% dos pacientes com dermatite atópica. Conjuntivite primaveril ou ceratoconjuntivite vernal – é uma conjuntivite mais grave, que geralmente afeta crianças do sexo masculino que vivem em climas quentes, secos e subtropicais. Conjuntivite papilar gigante – é uma forma de conjuntivite relacionada à intolerância a lentes de contato. SINTOMAS A coceira nos olhos é o sintoma mais proeminente da alergia ocular. O ato de coçar os olhos deve ser evitado, pois ele pode agravar os sintomas. Vermelhidão nos olhos (hiperemia ocular) é também um sinal quase universal; Na alergia ocular, a vermelhidão é difusa por toda a área coberta pela conjuntiva. Se a hiperemia estiver apenas ao redor da íris (parte colorida dos olhos), outros diagnósticos devem ser levados em conta; Inchaço na pálpebra associado à vermelhidão é bastante comum, assim como lacrimejamento e algum grau de fotofobia (intolerância à luz) também costumam estar presentes; Em casos extremos, a conjuntiva edemaciada pode ultrapassar os limites da pálpebra, tornando-se visível de forma espontânea; Apesar do olho poder ficar bem avermelhado, não costuma haver dor ocular na conjuntivite alérgica. No máximo, uma leve sensação de queimação; Os sintomas da conjuntivite alérgica são geralmente bilaterais; entretanto, um olho pode ser afetado mais do que o outro; Os pacientes podem relatar a presença de crostas (remelas secas) ao despertar, mas a secreção das conjuntivites alérgicas é caracteristicamente aquosa, ao contrário da conjuntivite bacteriana, que provoca uma secreção purulenta.
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