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Leptospirose Verônica Crisci Síndrome Febril Ictero-HemorrágicaSíndrome Febril Ictero-Hemorrágica *Leptospira spp - bactéria, espiroqueta *Urina, água e lama contaminada *Atentar para profissionais de pet shop -> pele em contato com água e animais contaminados AgudaAguda RESERVATÓRIOS NATURAIS TRANSMISSÃO *Endêmica, todos os meses do ano *Surtos em áreas rurais e após desastres naturais LEPTOSPIROSE NO BRASIL MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS *Incubação: 1 a 30 dias (para surgimento de IgM: 5 a 14 dias) Fase Precoce *Início abrupto *Duração: 3 a 7 dias *Febre, cefaleia, anorexia, náuseas e vômitos *Mialgia (principalmente na panturrilha) *Hemorragia conjuntival *Exantema maculopapular (20%) *Hepatoespleno e adenomegalia pouco comuns *Artralgia, diarreia, dor ocular e tosse podem ocorrer DIAGNÓSTICO *Sorológico - ELISA - IgM *Microaglutinação (MAT) Malária Fase Tardia *10% dos pacientes *Após uma semana de início *Síndrome de Weil icterícia, insuficiência renal e hemorragias *Hemorragia pulmonar *Período que vai da cura até o desaparecimento total dos sintomas *Astenia e anemia *Desaparecimento gradual da icterícia *Uveíte até 18 semanas Fase de Convalescença EXAMES BIOQUÍMICOS *Elevação de Bilirrubina *Plaquetopenia *Leucocitose com desvio à esquerda (com predomínio de neutrófilos) *IRA com hipocalemia (na fase aguda da doença) *Lesão muscular (CPK e TGO) *Casos Leves - Doxiciclina (100mg): 12/12h por 7 dias (droga de primeira escolha) - Amoxicilina (500mg): 08/08h por 7 dias - Azitromicina (500mg): 2cps no primeiro dia + 1cp/dia por 2 dias TRATAMENTO *Casos Graves - Ceftriaxona IV: 2g/dia por 7 dias (escolha em caso de suspeita clínica) - Penicilina IV: 1,5 milhões UI 06/06h por 7 dias (escolha em caso de confirmação diagnóstica) - Doxiciclina (100mg): 1cp 12/12h por 7 dias MEDIDAS DE PREVENÇÃO *Cuidados com a água para consumo *Limpeza de lama residual de enchentes *Limpeza de reservatórios domésticos de água *Saneamento básico *P. falciparum - mais grave *Causada por protozoários (Plasmodium) *Espécies existentes no Brasil: *P. vivax - mais comum *Transmitida pelo mosquito Anopheles QUADRO CLÍNICO *Mal-estar *Calafrios *Sudorese *Febre terçã (a cada 48h) *Os sintomas acima devem ser correlacionados à presença ou não de área endêmica no caso do paciente 1) Picada do mosquito Anopheles transmite esporozoítos para o sangue humano 2) Os esporozoítos infectam as células hepáticas 3) Lá, esporozoítos amadurecem para esquizontes 4) Os esquizontes se rompem e liberam merozoítos 5) Os merozoítos infectam os eritrócitos e se reproduzem de forma assexuada 6) Merozoítos se tornam trofozoítos 7) Trofozoítos se diferenciam em gametócitos 8) Mosquito pica o indíviduo infectado e ingere gametócitos 9) Dentro do mosquito, os gametócitos se transformam em esporozoítos e o ciclo se reinicia OBS: no ciclo do P. vivax, existe uma etapa adicional no desenvolvimento do patógeno, denominada "hipnozoíto", que trata-se de uma forma latente capaz de causar recidivas da doença DIAGNÓSTICO *Método mais utilizado: microscopia de gota espessa de sangue (visualização do parasita) *Outro método: teste rápido para Plasmodium TRATAMENTO *Fármacos utilizados: - Primaquina e Cloroquina -> P. vivax - Artemeter Lumefantrina e Artesunato Mefloquina -> P. falciparum e casos graves de P. vivax *OBS: no 1° dia de tratamento contra o P. falciparum, é utilizada Primaquina para eliminação de gametócitos e interrupção da transmissão da doença VERIFICAÇÃO DE CURA *O exame deve ser repetido em: 3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após o início do tratamento *OBS: no caso de P. vivax, repetir também após 63 dias Febre Amarela *Objetivos do tratamento: - interrupção da esquizogonia sanguínea - destruição de formas latentes (P. vivax) - interrupção da transmissão do parasita *Atualmente, no Brasil, o ciclo da Febre Amarela é silvestre MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS *Pode ser assintomática *Formas leves: - febre alta - cefaleia - mal estar *Formas graves: - retorno da febre - cefaleia - icterícia - oligúria *Doença febril aguda *Vírus RNA, da família Flaviridae e gênero Flavivirus *Dois mosquitos transmissores: Aedes aegypti e Haemagogus MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA PICADAS DE INSETOS *Uso de medidas de barreira (telas nas portas e janelas) *Uso de roupas claras e com manga longa, durante atividades de exposição elevada *Uso de repelente à base de DEET - tontura - prostração - mialgia - hemorragia - choque - morte DIAGNÓSTICO *Direto (detecção do vírus): - PCR (até 5 dias do início dos sintomas) - isolamento viral - histologia (até 12 horas opós a morte) *Indireto (sorologia): - após 5 dias do início dos sintomas (repetir com 14 dias) TRATAMENTO *Não há tratamento específico para a doença PREVENÇÃO *Vacinação -> 1 dose após 9 meses de idade *Evitar regiões endêmicas *Medidas para proteção contra insetos *Evitar regiões de matas Febre Maculosa *Bactérias intracelulares obrigatórias *Principal agente etiológico: R. rickettsii *Principal vetor: Amblyomma sculptum (carrapato estrela) DIAGNÓSTICO *Reação de imunofluorescência indireta (RIFI) - diagnóstico padrão-ouro - anticorpos específicos para febre maculosa - 7° ao 10° dia de sintomas - coleta de 2 amostras (uma na fase aguda, e outra entre 14 a 21 dias depois) - requisito para confirmação diagnóstica: aumento de 4x no número de anticorpos, quando comparadas as amostras *Pesquisa direta da Riquétsia: - imuno-histoquímica (amostras de tecido para diagnóstico de vasculite) - biologia molecular (PCR) - isolamento da bactéria (amostra sanguínea) Erupção maculopapular com petéquias centrais MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS *Período de incubação: 2 a 14 dias *Sintomas: - febre - mal estar generalizado - hiperemia conjuntival - náuseas e vômitos - cefaleia - exantema - cefaleia - mialgia Erupção petequial purpúrica em estágio avançado COMPLICAÇÕES *Insuficiência renal *Gangrena de dedos e escroto *Trombocitopenia *Coagulação intravascular TRATAMENTO *Vasculhar toda a pele do paciente, em busca de carrapatos, e remover os encontrados *Uso de antibióticos até 3 dias após o desaparecimento da febre e melhora clínica: - Doxiciclina: 100mg IV, 12/12h (1° escolha) - Cloranfenicol: 200mg ataque + 100mg IV 12/12h *Pneumonite *Miocardite *Encefalite *Evitar contato com os carrapatos *Aplicar repelentes também à roupa e aos calçados *Não esmagar o carrapato com as unhas (risco de liberar as bactérias e infectar partes lesionadas do corpo) *Examinar o próprio corpo frequentemente MEDIDAS DE PREVENÇÃO FISIOPATOLOGIA DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS