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aula de 08-01-13 (fechamento disciplina)

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Formação Econômica do Brasil I
Final do Império e Primeira República
Christiane Senhorinha Soares Campos
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Síntese da Evoluçã0 Econômica do Império
- No final do Império o país vive um momento de grande expansão das forças produtivas;
- O capital externo (sobretudo o inglês) e o Estado são as forças motrizes desse processo de expansão;
- A guerra do Paraguai (1865-1870) impõe grandes prejuízos econômicos ao país;
- Indústria inicia um processo de expansão mais consolidado, baseado sobretudo na produção textil.
 
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Características da economia e da sociedade brasileira ao fim do Império:
Economia dependente do mercado externo: segundo Caio Prado Jr., o Brasil tem sua força e sua fraqueza na grande lavoura produtora de gêneros para exportação. Dela provém a riqueza, mas também é este tipo de produção que impede o desenvolvimento de um mercado interno, a expansão de outras atividades produtivas, entre as quais a indústria.
Dependência do crédito externo. Esse crédito era largamente usado para financiar a expansão da economia cafeeira neste período, mas a médio prazo torna-se o nosso “calcanhar de aquiles”, ampliando a vulnerabilidade econômica do país;
Concentração demográfica em determinadas regiões e vazios demográficos em outras.
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Brasil – Divisão política-administrativa - final do século XIX
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Economia cafeeira no Império
Durante o Império a economia cafeeira se beneficiou de política cambial favorável às exportações;
Na primeira década da República a economia cafeeira se expandiu enormemente apesar da instabilidade política interna devido a três fatores:
 	- Dificuldades de produção em países concorrentes levou o Brasil 	 a ter 
	controle da oferta mundial;
	- Descentralização republicana favoreceu expansão da imigração por meio dos 
	governos estaduais;
	- Abundância de crédito externo para abrir terras novas.
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Primeira República (1889-1930)
Contexto Internacional:
- Hegemonia Econômica Inglesa;
- Europa vivendo passagem do capitalismo concorrencial para a fase imperialista, intensificando as disputas entre as potencias econômicas por mercados fornecedores de matérias primas e consumidores. Esta disputa leva a primeira guerra mundial (1914-1918);
- Em várias partes do mundo se intensificam lutas sindicais e lutas políticas contestando benefícios do capitalismo, com o fortalecimento de partidos sociais democratas e comunistas. Em 1918 ocorre a primeira revolução socialista na Rússia, iniciando a divisão do mundo em blocos capitalista e socialista.
 
- Do ponto de vista da teoria econômica vigorava o pensamento liberal (escola classica e neoclássica).
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Transformações produzidas pela República (1889)
A primeira constituição da República do Brasil foi promulgada em 1891, inspirada pela constituição dos EUA e, entre outras coisas, assegurou:
- Separação Estado-Igreja = Estado laico;
- O sistema presidencial de governo;
- Federação de estados;
- Separação do poder em Executivo, Legislativo e Judiciário;
- Casamento civil;
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Poder político na primeira república
A primeira República ou República Velha costuma ser dividida pelos historiadores em duas fases:
- República da Espada (1889-1894) – em que o governo esteve nas mãos de militares: Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto;
República Oligárquica, ou República dos Bacharéis, ou República do Café com Leite (1895-1930) em que predominaram presidentes civis, formados em Direito, que fizeram carreiras políticas em MG ou SP e vinculados a maçonaria.
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Sociedade Brasileira na primeira República:
A maior parte da população vivia em áreas rurais ou pequenas localidades em que o poder político era exercido pelos “Coronéis”. Eram fazendeiros, em geral maçons, que comandava a ocupação de cargos no âmbito local (prefeito, delegados, vereadores). 
Não havia partidos políticos nacionais, os partidos eram estaduais. Os estados com maior peso econômico tinham maior influência na política nacional. 
Troca de presidente não implicava em mudança na política econômica nem no domínio dos coroneis. O poder deles só se reduziu com a urbanização e modernização do país.
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Economia da Primeira República:
- Dependente da exportação de gêneros alimentícios especialmente borracha e café;
- Consolidação do trabalho livre; 
- Dependência de crédito e investimentos externos;
- Industrialização insipiente;
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Evolução da produção de café no final do Império e início da primeira república
Anos 		Produção (em sacas de 60kg)
1880-81			 3,7 milhões
1890-91			 5,5 milhões
1901-02			16,3 milhões
- Conforme Celso Furtado a oferta de café crescia não devido ao aumento da demanda e sim devido a disponibilidade de mão de obra e de terras e por ser uma atividade com elevado retorno de investimento (câmbio favorável) o que garantia créditos. 
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A economia cafeeira na crise de 1929
Preços dos produtos primários, entre os quais o café, despencam a partir de 1929:
 - o valor médio da saca exportada em 1929 era de 4,71 libras. Em 1932 cai para 1,80 libra. Queda de 62%.
Brasil intensifica política de retenção de estoques e de depreciação cambial;
	- O valor médio da saca exportada em moeda 
	nacional cai de 192 mil réis em 1929 para 145 mil 
	réis em 1932. Queda de 45%.
Capitais internacionais fogem do país, inviabilizando manutenção de créditos fartos a economia cafeeira.
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Crise mundial viabiliza Mudanças políticas e econômicas no Brasil
Mercado interno se fortalece: câmbio favorável a exportação de café encarecia produtos importados, pressionando demanda por produtos nacionais;
Renda mantida com a política de defesa da economia cafeeira deixou de ser reinvestida somente neste setor devido a dificuldade de recuperação dos lucros;
Forças políticas vinculadas a outros setores da economia, particularmente ao setor industrial ganham cada vez mais espaço no Estado brasileiro.
 
A primeira República se encerra com a chegada de Getúlio Vargas ao poder em 1930. 
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Formação Econômica do Brasil
Caráter mercantil de nossa colonização marca a história econômica do Brasil, de modo que até hoje nossa economia e sociedade são marcadas por heranças que recebemos desta formação econômica. Entre essa heranças podemos destacar:
Grande concentração fundiária (muita terra em poucas mãos);
Concentração de riqueza e renda – por conseguinte enormes desigualdades socioeconômicas;
Economia de várias regiões voltada para exportação de produtos primários;
Mercado interno pouco desenvolvido;
Democracia frágil (grande articulação entre poder econômico e poder político).
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Prova 2
Ciclo do Ouro – decadência Brasil colonial;
Brasil Império – textos Furtado e Caio Prado lidos para elaboração de resenha.
Primeira República.
Data da prova: 15-01
Continuidade apresentação de seminários: 22-01
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