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Revisão IESC 1 - N1 (Primeiro período medicina AFYA)

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Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
REVISÃO IESC N1
1 PERÍODO - FAMEG/AFYA
➔ Ética e moral:
são dois conceitos que dizem respeito ao comportamento humano em
sociedade, porém não são sinônimos, mas sim complementares.
● Moral:
- É um conjunto de normas que servem para orientar a maneira de
agir das pessoas dentro de um contexto específico.
- Por conta disso, estamos falando de um conceito de caráter
particular e que se baseia, sobretudo, em hábitos e costumes.
- “como devemos viver?”
- É mutável ao longo do tempo, e as mudanças ocorrem por influência
externa e interna, através de imposições governamentais ou
demandas populares, pluralidade de códigos morais hoje e no
passado..
● Ética:
- Conjunto de valores que compõem o modo particular de ser do
indivíduo, é a reflexão a respeito da moral vigente e das
interações humanas de modo geral.
- Os valores éticos são estruturantes ou desestruturantes da moral e
comumente chamados de “princípios”, um código de conduta
pessoal.
- É um conceito de caráter universal e que se fundamenta por
princípios teóricos.
- Acontece em nível individual e pode ocasionar uma mudança na
moral vigente.
- certo ou errado; justo e injusto …
- “por que devemos viver de determinada forma?”.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
➔Processo saúde-doença:
É uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que
envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que
ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.
● Modelo mágico-religioso ou xamanístico:
- Saúde: natural, sem necessidade de explicação.
- Doença: causa e efeito, castigo dos deuses.
- Presença de hábitos que protegem do adoecimento a partir da
observação da natureza.
● Modelo holístico:
- Medicinas hindu e chinesa
- Saúde: equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o
organismo humano.
- Doença: desequilíbrio desses elementos.
- A causa do desequilíbrio estava relacionada ao ambiente físico, tais
como: os astros, o clima, os insetos etc.
● Modelo empírico-racional (hipocrático):
- Hipócrates (século VI a.C.)
- Relação homem/meio.
- Teoria dos Humores: defendia que os elementos água, terra, fogo e ar
estavam subjacentes à explicação sobre a saúde e a doença.
- Saúde: é fruto do equilíbrio dos humores.
- Doença: é resultante do desequilíbrio dele.
- E o cuidado depende de uma compreensão desses desequilíbrios para
buscar atingir o equilíbrio.
● Idade média:
- Presença onipotente da igreja.
- Sem medidas para higiene e saneamento.
- Teoria dos Miasmas (miasmática): defendia que o que causava as
enfermidades e epidemias eram as más condições do ambiente.
Determinadas doenças se desenvolvem conforme suas adaptações a
condições ambientais específicas.
● Modelo de medicina científica ocidental (biomédico):
- Renascimento, a partir do século XVI.
- Globalização das doenças por conta das grandes navegações.
- Foco maior na explicação da doença e passou a tratar o corpo em
partes cada vez menores, reduzindo a saúde a um funcionamento
mecânico.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
- Modelo da teoria mecanicista: em que o homem é visto como
corpo-máquina; o médico, como mecânico; e a doença, o defeito da
máquina. A percepção do homem como máquina é datada
historicamente com o advento do capitalismo.
- Teoria dos miasmas (miasmática).
- Presença de códigos sanitários.
● Iluminismo:
- Revolução industrial.
- Início da medicina social, voltada a manutenção da força operária e
menos prejuízo aos donos de fábricas.
● Era bacteriológica:
- Século xx
- Associação dos germes a algumas doenças.
- Teoria Bacteriana: A doença tem como única causa a infecção,
desconsidera a influência de fatores psicossociais.
● Modelo sistêmico:
- Contraponto à visão unidimensional e fragmentária do modelo
biomédico.
- A estrutura geral de um problema de saúde é entendida como uma
função sistêmica, na qual um sistema epidemiológico se constitui num
equilíbrio dinâmico. Ou seja, cada vez que um dos seus componentes
sofre alguma alteração, esta repercute e atinge as demais partes, num
processo em que o sistema busca novo equilíbrio.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● Modelo da História Natural das Doenças (modelo processual):
- Leavell e Clark, 1976.
- História natural da doença: conjunto de processos interativos que
cria o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro
lugar, passando da resposta do homem ao estímulo, até as alterações
que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.
- Considera a interação entre agentes, fatores do ambiente e do
indivíduo. O processo saúde-doença divide o adoecimento em duas
fases: Pré-patogênese (período anterior ao adoecimento) e
Patogênese ( momento a partir do qual a doença já está instalada no
ser vivo).
➔ Determinação social da doença:
Esse modelo integra vários componentes que interferem de forma negativa
ou positiva sobre o processo saúde-doença e propõe a modificação das
estruturas sociais, econômicas e polí ticas como parte fundamental para se
alcançar a saúde plena, por exemplo: melhores salário e transporte, acesso
igualitário aos serviços de saúde, cidades pensadas para pessoas e não para
carros, entre outras propostas.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● Determinante social de saúde:
- Fatores sociais, econômicos ou comportamentais que influenciam a
saúde, posi tiva ou negativamente, e que podem ser influenciados por
decisões políticas ou individuais, ao contrário da idade, sexo e fatores
genéticos, que também influenciam a saúde, mas não são
modificáveis por essas decisões.
- Fatores que influenciam a saúde e que podem ser alterados por
meio de decisões dos envolvidos ou externas a eles.
● Definições de determinantes Sociais da Saúde (DSS):
- Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS):
são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e
comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e
seus fatores de risco na população.
- Comissão da OMS: condições sociais em que as pessoas vivem e
trabalham.
- Documento Técnico da Conferência Mundial sobre DSS, realizada no
Rio de Janeiro em outubro de 2011: condições sociais nas quais os
indivíduos nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem, as quais são
responsáveis pelas enormes diferenças na situação de saúde entre países e
entre os grupos populacionais no interior deles, diferenças essas que, por
serem injustas e evitáveis, são denominadas iniquidades em saúde.
➔ Modelos que buscam representar graficamente os DSS:
● Modelo de Dahlgreen e Whitehead
- Permite identificar pontos para intervenções de políticas no sentido de
minimizar os diferenciais de DSS originados pela posição social dos
indivíduos e grupos.
- Os DSS estão dispostos em diferentes camadas, partindo de uma
camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada
mais distante, na qual se situam os macrodeterminantes (aquilo que
mais importa socialmente).
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● Modelo de Diderichsen e Hallqvist:
- Os comportamentos e estilos de vida são considerados como
determinantes proximais, por serem modificáveis pelos indivíduos.
- Estratificação social gerada pelo contexto social, que confere aos
indivíduos posições sociais distintas, as quais por sua vez provocam
diferenciais de saúde.
- Esse modelo integra vários componentes que interferem de forma
negativa ou positiva sobre o processo saúde-doença e propõe a
modificação das estruturas sociais, econômicas e polí ticas como parte
fundamental para se alcançar a saúde plena, por exemplo: melhores
salário e transporte, acesso igualitário aos serviços de saúde, cidades
pensadas para pessoas e não para carros, entre outras propostas.
➔ Conceito ampliado de saúde:
● OMS e ONU:
“saúde é o completo estado de bem-estarfísico, mental e social, e não
simplesmente a ausência de enfermidade”.
● 8º Conferência nacional de saúde:
Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso
e posse da terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é
princi palmente resultado das formas de organização social, de produção, as
quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.
● Constituição de 1988, na seção II, art. 196, cap. 1:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.
● “conceito ampliado de saúde”:
Considera o processo a partir da avaliação de determinantes e
condicionantes diversos, e segundo o qual, para se alcançar saúde, é
necessário que haja integração entre os diferentes setores da sociedade:
política, educação, economia, trabalho, segurança, lazer e todos os demais, a
fim de que sejam articuladas políticas abrangentes, que não se limitem
apenas aos serviços de saúde, como hospitais e unidades básicas, por
exemplo.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● Declaração de Alma-Ata:
- Setembro de 1978, a Conferência Internacional sobre Cuidados
Primários de Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) em Alma-Ata, na República do Cazaquistão.
- “necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que
trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da
comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do
mundo”.
- Afirmava a partir de dez pontos que os cuidados primários de saúde
precisavam ser desenvolvidos e aplicados em todo o mundo com
urgência, particularmente nos países em desenvolvimento.
- “Saúde para todos no ano 2000”. Ações dos diferentes atores
internacionais no sentido de diminuir as diferenças no
desenvolvimento econômico e social dos países deveriam ser
estimuladas para que se atingisse a meta de saúde para todos no ano
2000, reduzindo-se a lacuna existente entre o estado de saúde dos
países em desenvolvimento e desenvolvidos.
- Nos afastou do modelo médico, reconhecendo a saúde como um
direito humano, os determinantes sociais da saúde e centralizando a
participação das pessoas e de suas comunidades.
- Naquela ocasião, chegou-se ao consenso de que a promoção e
proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo
desenvolvimento econômico e social e, consequentemente, condição
única para a melhoria da qualidade de vida dos homens e para a paz
mundial.
O apelo lançado em Alma-Ata foi um marco fundamental e representou o
ponto de partida para outras iniciativas.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● Principais Conferências Internacionais da OMS desde a década de 1970.
1977 − "Saúde Para Todos no Ano 2000". 30ª Assembleia Mundial da Saúde
1978 − Declaração de Alma-Ata (ex-URSS) − Saúde Para Todos no Ano 2000
(Conferência Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários)
1986 − Carta de Ottawa (Canadá) − Promoção da Saúde nos Países
Industrializados (1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde)
1988 − Declaração de Adelaide (Austrália) − Promoção da Saúde e Políticas
Públicas Saudáveis (2ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde)
1991 − Declaração de Sundsvall (Suécia) − Promoção da Saúde e Ambientes
Favoráveis à Saúde (3ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde)
1997 − Declaração de Jacarta (Indonésia) − Promoção da Saúde no Século XXI
(4ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde)
2000 − Declaração do México − Promoção da Saúde: Rumo a Maior Equidade (5ª
Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde)
2005 − Carta de Banguecoque (Tailândia) − Promoção da Saúde num Mundo
Globalizado (6ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde)
● Carta de Ottawa (1986):
- Elaborada na Conferência do Canadá, listou condições e recursos
fundamentais, identificando campos de ação na promoção da saúde e
ressaltando a importância da equidade.
- Define promoção da saúde como o processo de capacitação da comunidade
para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma
maior participação no controle deste processo.
➔ Promoção de saúde e prevenção de doenças:
Os cuidados integrais com a saúde implicam ações de promoção da saúde,
prevenção de doenças e fatores de risco e, depois de instalada a doença, o
tratamento adequado dos doentes.
● Promoção a Saúde:
- A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada
em Ottawa, no Canadá, em 1986 que estabeleceu uma série de
princípios éticos e políticos, definindo os campos de ação. De acordo
com o documento, promoção da saúde é o “processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua
qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no
controle desse processo”.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
- A promoção da saúde se refere às ações sobre os condicionantes e
determinantes sociais da saúde, dirigidas a impactar
favoravelmente a qualidade de vida.
- Caracterizam-se fundamentalmente por uma composição intersetorial
e, intra-setorialmente, pelas ações de ampliação da consciência
sanitária, direitos e deveres da cidadania, educação para a saúde,
estilos de vida e aspectos comportamentais etc.
● Leavell e Clark: modelo de História Natural da Doença:
- Eles também propuseram estratégias de prevenção voltadas para cada
fase da doença.
- Para eles, a doença acontece em duas fases:
» Pré-patogênese:
- Essa fase precede a instalação da doença no organismo. Nela, acontece a
interação entre os agentes patogênicos, o ambiente e o suscetível, no nosso
caso, o ser humano, que gera o estímulo para o aparecimento da doença.
- Os agentes patogênicos podem ser: físicos (calor, radiação> frio etc.);
químicos (substâncias psicoativas, substâncias tóxicas); biopatógenos (vírus,
fungos, bactérias, príons etc.); nutricionais (tipo de alimentação); e genéticos
(alterações de genes).
- É importante lembrar que nenhum agente sozinho é capaz de desencadear
doenças. O ambiente contribui de formas variadas e é considerado de modo
amplo, desde o meio natural até o meio cultural.
» Patogênese:
- Período no qual a doença já está instalada e as alterações no organismo são
iniciadas, podendo esse processo patológico resultar em cura, cronificação
da doença, sequelas/invalidez e morte.
- É dividido em: Interação, alteração dos tecidos, sinais e sintomas, desfecho.
Com base nessa lógica de desenvolvimento da doença, Leavell e Clark propuseram
a classificação das ações preventivas, que devem ser voltadas para cada uma
das fases descritas anteriormente. Essa classificação perdura até hoje e nos guia no
planejamento das ações preventivas.
São três os níveis de prevenção:
- Primária: ações voltadas para atuar no controle dos fatores pré-patogênicos,
evitando o aparecimento do estímulo e, consequentemente, da doença.
- Secundária: o foco é o indivíduo que já adquiriu a doença e precisa de ações
que evitem o agravo ou a morte, como diagnóstico, tratamento precoce e
limitação da invalidez.
- Terciária: consiste na prevenção ou melhora da incapacidade, sendo a
atividade de reabilitação seu principal trabalho.
Posteriormente foram adicionados mais dois:
- Quaternária: evitar intervenções invasivas desnecessárias
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
- Quinquenária: medidas preventivas que visam a melhoria da qualidade dos
cuidados prestados ao paciente.
➔ Níveis de atenção à saúde:
- Trata-se da divisão dos serviços de saúde com base em suas características
e complexidade tecnológica.
- No Brasil, temos três níveis de atenção:
– A atenção básica, com os serviços de vigilância em saúde e as Unidades
Básicas de Saúde (UBS);
– A atenção secundária ou média complexidade, com os hospitais gerais
e os ambulatórios;
– A atenção terciária ou alta complexidade,com os hospitais e os serviços
especializados (caso daqueles voltados para tratamento de doenças
específicas, como o câncer).
– A atenção quaternária, especialização da especialização, como a
medicina nuclear.
● Atenção primária em saúde:
- estratégia que se caracteriza por ser o primeiro contato da população
com os profissionais de saúde, com foco em proteção, recuperação,
reabilitação e promoção da saúde.
- Também prevê a participação ativa das comunidades no processo de
cuidado e na organização dos serviços.
- Pode ser o primeiro nível de atenção em um sistema de saúde.
● Atenção básica: é a denominação usada no Brasil, equivalente à Atenção
Primária em Saúde.
➔ Políticas públicas de saúde no Brasil:
● Brasil colônia (1500-1822):
- Doença: castigo ou provação, pajé, curandeirismo, padres jesuítas…
- Chegada da família Real - 1808
- política médica
- intervenções nas condições de vida e de saúde da população.
- higienização urbana, vigiar e controlar epidemias.
- teoria miasmática.
- criação do lazareto para quarentena.
- visto sanitário para a autorização de entrada.
● Brasil Império (1822-1889):
- Ações de combate a doenças transmissíveis.
- Era bacteriológica.
- Teoria da unicausalidade: superação da teoria miasmática; a doença
baseava-se em apenas uma causa(agente)para um agravo ou doença.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● República Velha (1889-1930):
- Avanço da bacteriologia.
- Medicina Higienista.
- Planejamento das cidades.
- Limpeza da cidade para atrair os estrangeiros, limpar a imagem do
Brasil.
- Medidas judiciais impostas: notificação de doenças, vacinação
obrigatória, vigilância sanitária.
- Oswaldo Cruz, Carlos Chagas
- Modelo campanhista
- Ações de educação em saúde
- Laboratórios para auxiliar no diagnóstico.
- Lei Eloy Chaves - marco inicial da previdência social no Brasil e a
criação das caixas de aposentadorias e pensões (CAP).
● Era vargas (1930-1964):
- 1933- Criação do ministério da educação e saúde (MESP) - ampliação
da assistência à saúde.
- 1953- Instituto de aposentadoria e pensões (IAP)- organização dos
trabalhadores em categorias profissionais.
- 1953: Criação do ministério da saúde.
● Autoritarismo (1964-1985):
- Saúde pública de baixa qualidade e limitada.
- 1966- fusão dos IAPs, criação do instituto nacional de previdência
social (INPS).
- Assistência médica previdenciária era restrita aos trabalhadores que
exerciam atividade remunerada e aos seus dependentes e atenção à
saúde era centrada na doença e em procedimentos.
- 1970 - REFORMA SANITÁRIA - surgiu da indignação de setores da
sociedade sobre o dramático quadro do setor da saúde. Essas
mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde,
em busca da melhoria das condições de vida da população. As
propostas da Reforma Sanitária resultaram na universalidade do
direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a
criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
- 1978- Conferência de Alma- Ata - Importância da atenção primária à saúde
e impulsionou um novo modelo de saúde no Brasil.
- 1981 - Plano CONASP ( Conselho consultivo de administração da saúde
previdenciária) e AIS (ações integradas de Saúde) - promovendo saúde mais
integrada e organizada.
● Nova república (1985-1988):
- Fortalecimento do Movimento da Reforma Sanitária.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
- 8º Conferência Nacional de Saúde.
- Início do processo de descentralização das ações de saúde para
estados e municípios.
- Criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), em
1987 e do SUS em 1988.
8ºconferencia Nacional de Saúde(1986):
- Realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos
momentos mais importantes na definição do Sistema Único de
Saúde (SUS) e debateu três temas principais: ‘A saúde como
dever do Estado e direito do cidadão’, ‘A reformulação do
Sistema Nacional de Saúde’ e ‘O financiamento setorial’.
- Foi a primeira conferência que contou com a participação de
usuários. Antes dela, os debates se restringiam à presença de
deputados, senadores e autoridades do setor.
- Foi base para a elaboração do capítulo da Saúde para a
construção da Constituição Federal de 1988 e para a
construção do Sistema Único de Saúde (SUS), foi um grande
marco para a saúde.
● Pós- constituinte:
- Adoção dos princípios e das diretrizes do SUS.
- Universalização da saúde: “saúde um direito de todos e dever do
estado”
- Problemas para a implementação do SUS.
- Extinção do INAMPS por meio da Lei nº8.689/93.
- Enfrentamento de grupos corporativos e empresariais que são
contrários ao SUS, por questões econômicas e financeiras.
- Entraves na consolidação do SUS, gestão ineficaz, hegemonia do
modelo biomédico.
➔ Evolução da Medicina Previdenciária:
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
➔ Modelos de atenção à saúde:
Modelos assistenciais no Brasil: Hegemônicos (Biomédico e tecnicista; Sanitarista) e
Alternativos.
● Modelo Biomédico:
- Ênfase à atenção médica individual.
- Organização da assistência médica em especialidades.
- valorização do ambiente hospitalar.
- Diagnóstico e terapêutica.
● Modelos Sanitaristas:
- Campanhas e programas de saúde ambulatoriais verticais e
fragmentados(ex.: pré-natal).
- Atendimento por demanda espontânea.
● Modelos de Saúde Alternativos:
- Valorização dos princípios e diretrizes do SUS( Hierarquização e
regionalização do serviços de saúde, atendimento universal e integral,
territorialização, humanização…).
- Atender o indivíduo, a família e a comunidade, levando em conta os
aspectos socioeconômicos, ambientais, culturais e políticos.
- articulação das ações de demanda espontânea e programada.
SUS:
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
● Legislação:
Constituição Federal 1988:
Art.195 e Art.196: “A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.”
Lei 8080/90: regulamenta o SUS e as ações e serviços de saúde com base na
recuperação, promoção e prevenção da saúde, possuindo um conceito ampliado do
mesmo. Enfatiza sobre a descentralização político-administrativa na forma de
municipalização dos serviços e ações de saúde. O dever do Estado de garantir a
saúde não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Lei 8142/90: dispõe sobre a participação da comunidade (mediante conferências e
conselhos) e o recebimento de recursos financeiros.
NOB e NOAS: Norma Operacional Básica e Norma Operacional de Atenção à
Saúde – caracterizam um conjunto de normas e várias portarias que regulamentam
como os municípios podem se habilitar e gerir a saúde de seu território.
● Principais Competências de cada esfera na Lei Orgânica da Saúde:
Segundo os Art. 16, 17 e 18 da Lei Orgânica da Saúde 8080, temos resumidamente
as seguintes atribuições por esfera:
- Municipal: planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de
saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde; participar do
planejamento, programação e organização da rede regionalizada e
hierarquizada do SUS, em articulação com sua direção estadual; executar
serviços diversos de vigilância em saúde; formar consórcios administrativos
intermunicipais; gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros, controlar
e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde, entre outros.
- Estadual: promover a descentralização para os Municípios dos serviços e
das ações de saúde; acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas
do SUS; prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar
supletivamente ações e serviços de saúde; coordenar e, em caráter
complementar,executar ações e serviços; em caráter suplementar, formular,
https://gestaoemsaude.net/controle-social-e-conselhos-de-saude/
https://gestaoemsaude.net/controle-social-e-conselhos-de-saude/
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a
saúde; identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir
sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional;
- Federal: participar na formulação e na implementação de diversas políticas;
definir e coordenar os sistemasde redes integradas de assistência de alta
complexidade; rede de laboratórios de saúde pública; de vigilância
epidemiológica e sanitária; promover articulação com os órgãos educacionais
e de fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades
representativas de formação de recursos humanos na área de saúde; restar
cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional entre outras
providências.
● Outros conceitos importantes SUS
- Plano Municipal de Saúde: base das atividades de cada nível de
gestão do SUS; é um documento de intenções, de prioridades e metas
para a saúde. O Conselho Municipal de Saúde deve apreciá-lo e
propor alterações que julgar necessárias.
- Sistema de referência e contra referência: se um serviço não
apresentar soluções para um determinado problema de saúde, deverá
remeter a uma outra unidade (referenciada) com capacidade de
resolução do problema e o retorno à unidade de origem (contra
referência)
- Fora do Domicílio (TFD): encaminhamento de pacientes fora de seu
local de domicílio, podendo ser intra ou interestadual, normalmente
pedidos de alta complexidade ambulatorial e hospitalar.
- Conferência de Saúde: de acordo com a Lei 8142, tem caráter
consultivo com reunião a cada 4 anos e representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde;
- Conselhos de saúde: caráter deliberativo e permanente devendo ser
composto por 50% de usuários, 25% profissionais e 25%
representantes da gestão. As Conferências e os Conselhos de Saúde
terão sua organização e normas de funcionamento definidas em
regimento próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
- Conass: Conselho Nacional de Secretários da Saúde e Conasems –
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde.
● Diretrizes do SUS (CF/88, art. 198):
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo.
- Integralidade, prioridade para atividades preventivas.
- participação da comunidade.
- Regionalização.
- Hierarquização.
Princípios doutrinários do SUS
Universalidade: todo cidadão tem direito à saúde e o Estado tem o dever de prover
assistência à saúde igualitária para todos.
Integralidade: todas as pessoas devem ser atendidas, desde as necessidades
básicas, de forma integral.
Participação Popular e Controle Social: satisfazer a necessidade do cidadão
como indivíduo, ou como grupo, organização ou associação.
Equidade: todas as pessoas são iguais perante o SUS e merecem ser atendidas de
acordo com suas necessidades individuais.
Princípios Organizativos do SUS
- resolutividade: o serviço de saúde deve estar capacitado para
enfrentar o problema e resolver até o nível de sua complexidade.
- descentralização: redistribuição das responsabilidades às ações e
serviços de saúde entre os vários níveis de governo.
- regionalização e hierarquização: níveis de atenção segundo cada
necessidade (nível primário, secundário e terciário).
- controle social: garantia constitucional de que a população através de
suas entidades representativas, poderá participar do processo de
formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução.
- complementariedade do setor privado: poderá haver a contratação
de serviços privados, desde que estes estejam de acordo com os
princípios do SUS.
Princípios: universalidade, equidade e integralidade;
Diretrizes: regionalização, hierarquização, cuidado centrado na pessoa,
territorialização, resolutividade, ordenação da rede, população adscrita,
longitudinalidade do cuidado, participação da comunidade.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
Universalidade: É um princípio doutrinário garantido na constituição, que
visa assegurar a acessibilidade e o acolhimento das pessoas nos serviços de
atenção à saúde.
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
Equidade: Define que os indivíduos são diferentes, possuindo características
biológicas, psíquicas, culturais e sociais diversas. “De forma resumida, define
tratar de forma desigual os desiguais”. Logo, grupos vulneráveis devem
receber uma maior atenção, diminuindo assim a desigualdade.
Integralidade : É um princípio doutrinário que visa enxergar o ser humano
como um todo, incluindo seus aspectos biopsicossociais, com ações em
todos os níveis de prevenção e serviços dos mais variados níveis de atenção.
Ou seja, é um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, em todos os níveis de
complexidade do sistema, com prioridade em ações preventivas.
Descentralização e comando único: Com o processo de descentralização,
ocorreu uma redistribuição dos poderes e das responsabilidades de saúde
entre as três esferas do governo, com ênfase para os municípios. Entretanto,
cada esfera do governo possui autonomia e soberania em suas decisões e
atividades desde que respeitados os princípios e as diretrizes do SUS e a
participação da sociedade.
Regionalização: São ações e serviços públicos integrados em uma rede
regionalizada, com serviços organizados e circunscritos considerando uma
área geográfica delimitada para atender às características de determinada
região. Seu principal objetivo é facilitar o acesso da população à rede por
organizá-la em regiões de saúde.
Hierarquização: A atenção primária é considerada o primeiro nível de
atenção à saúde, logo deve funcionar como porta de entrada de todo o
sistema de saúde. Atenção primária: menor densidade tecnológica. Ex:
unidade básica de saúde; Atenção secundária: densidade tecnológica
intermediária. Ex: serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar;
e Atenção terciária: alta densidade tecnológica. Ex: hospitais de grande porte.
Participação da comunidade: Efetivada em 1988, no artigo 198 da
Constituição Federal, e regulamentada pela Lei nº 8142, de 1990, no qual o
controle social do SUS é garantido por meio dos Conselhos e Conferências
de Saúde. Por meio dessas instituições representativas, a comunidade
participa na formulação de estratégias e no controle da execução da política
Agda Renata Barros Santos - 1 período - Medicina - FAMEG
de saúde, podendo assim cobrar melhorias nos serviços, sugerir ações de
promoção à saúde etc.
Atributos da atenção primária à saúde
- Atributos essenciais: acesso de primeiro contato, integralidade,
longitudinalidade e coordenação da atenção.
- Atributos derivados: orientação familiar, comunitária e competência
cultural.

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