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CIVIL V - CASAMENTO

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Invalidade do casamento 
Art 1548/1564
1) Casamento válido
Dispõe o artigo 226, da Lei Maior que a família é a base da sociedade, motivo por que, não há que se negar a importância do casamento, ato originário da família matrimonial.
1.1 Diversidades de sexo - caíram por terra
O casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido no Brasil desde 2013, por meio da Resolução nº 175, do Conselho Nacional de Justiça, que determinou que é vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.
1.2 Manifestações de vontade
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.      
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I – recusar a solene afirmação da sua vontade;
II – declarar que esta não é livre e espontânea;
III – manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
1.3 Celebrações na forma da lei - autoridade competente (juiz de paz, mas também o juiz de direito (ex: Bahia). 
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1º Quando o casamento for a edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.
§ 2º Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
2) Conceito de casamento 
É a união entre duas pessoas, que estabelecem comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres.
3) Teorias sobre a invalidade
Em situações devidamente elencadas na lei, o casamento poderá ser declarado nulo (nulidade absoluta) ou anulável (nulidade relativa).
3.1 Casamentos inexistentes. Um nada no mundo jurídico.
3.2 Casamentos Nulos. Preceitos de ordem pública, cogentes, imperativas, obrigatórias. Fulmina o casamento com nulidade absoluta. Impossível de corrigir o defeito. Imprescritível. Retroage á data da celebração do casamento, mesmo nulo, do casamento, têm-se efeitos a proteger (ex: ex tunc) infringiu normas de direito público, e uma vez que é considerado nulo vale desde a celebração e volta ao seu estado civil anterior (solteiro, viúvo, divorciado). Não há como o indivíduo escapar dos direitos da lei. É impossível corrigir o efeito/erro (art 1521). 
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Poderá ser requerida a qualquer tempo, por qualquer interessado, inclusive pelo MP, pois se trata de ordem pública.
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CASAMENTO 
 A ação é imprescritível, eis que a nulidade não convalesce pelo decurso do tempo;
Pode ser proposta por qualquer interessado ou mesmo pelo MP mediante ação direta; 
 Não pode ser reconhecida de oficio em razão do Princípio da não intervenção, mas apenas o impedimento matrimonial, segundo doutrina majoritária; 
 Os efeitos da ação são retroativos à celebração do casamento
3.3 Casamentos anuláveis. Nulidade relativa pode-se corrigir o defeito. Prazo prescritível, dependendo do vício. Anulabilidade depois do STJ (ex tunc). 
Deverão ser alegados a tempo, sob pena de validação do ato. O interesse violado é privado, portanto, pode ser convalidado
Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
· I - de quem não completou a idade mínima para casar;
· II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
· III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 ;
· IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
· V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
CASAMENTO ANULÁVEL
1) Introdução 
2) Casamento anulável (art 1550)
Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
· I - de quem não completou a idade mínima para casar;
· II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
· III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 ;
· IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
· V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
É anulável o casamento 
I - Idade (mínima de 16 anos)
II - Sem autorização (representante legal : pais/tutores)
III - Vício
IV - Incapaz
V - Revogação do mandato 
VI - Incompetência
3) Em caso de gravidez (art 1551)
Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez. 
4) Anulação (menor de 16 anos) legitimidade (art 1552)
Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:
I - pelo próprio cônjuge menor;
II - por seus representantes legais;
III - por seus ascendentes.
O menor entre 16 e 18 anos não necessita de autorização judicial para se casar, mas de autorização especial dos pais ou outros representantes se for o caso. O prazo para alegar a anulabilidade também é de 180 dias, podendo ser arguido pelo próprio incapaz, seus representantes legais ou herdeiros necessários, no caso de morte do incapaz. O prazo da propositura poderá ser contado: 
a) se for proposta pelo menor quando ele completar 18 anos; 
b) se for pelo representante legal, o prazo será contado a partir da celebração do casamento; c) se for proposta pelo herdeiro, será contada a partir da data do óbito do menor. A autorização poderá ser suprida se em qualquer momento os representantes legais tenham manifestado posição favorável ao matrimonio.
Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários.
§ 1o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, da morte do incapaz.
§ 2o Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação.
5)Confirmação do casamento do menor (art 1553)
Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessário, ou com suprimento judicial.
6) Prazo (180 dias)
O menor entre 16 e 18 anos não necessita de autorização judicial para se casar, mas de autorizaçãoespecial dos pais ou outros representantes se for o caso. O prazo para alegar a anulabilidade também é de 180 dias, podendo ser arguido pelo próprio incapaz, seus representantes legais ou herdeiros necessários, no caso de morte do incapaz. O prazo da propositura poderá ser contado:
 a) se for proposta pelo menor quando ele completar 18 anos; 
b) se for pelo representante legal, o prazo será contado a partir da celebração do casamento; c) se for proposta pelo herdeiro, será contada a partir da data do óbito do menor. A autorização poderá ser suprida se em qualquer momento os representantes legais tenham manifestado posição favorável ao matrimonio.
7) Anulação por vício de vontade (art 1556)
Prazo de três anos a partir da celebração no caso de erro e de quatro anos no caso de coação a partir da celebração do casamento. No entanto, há divergência doutrinária nessa questão haja vista que nas questões de vício de consentimento o prazo da coação começa a partir da cessação das ameaças/temor. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557 .
8) Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge (art 1557)
O artigo 236 do Código Penal descreve o delito de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento, que consiste no ato de enganar o cônjuge para se casar, escondendo fatos que possam inviabilizar a vida conjugal, ou omitir situações que são impedimentos ao casamento. A pena prevista é de 6 meses a 2 anos de detenção e multa.
O conceito de erro essencial é dado pelo artigo 1.557 do Código Civil, que considera como sendo erro essencial em relação à pessoa o engano sobre sua identidade, honra e boa fama; ignorância de crime anterior ao casamento; ou ignorância quanto a defeito físico irremediável, ou doença grave e transmissível.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;  
9) Da coação (art 1558)
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.
10) Prazos para a anulação (art 1560)
I - 80
II - 2
III - 3
IV – 4
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1 o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2 o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
Art. 1.550. É anulável o casamento:
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
Casamento válido
- Req. Legais
O casamento válido promoverá efeitos, gerando direitos e obrigações entre os cônjuges.
- Eficácia (art 1565)	
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.
Culturalmente era comum a esposa adquirir o sobrenome do marido, e por vezes até o excluir o patronímico familiar. Atualmente não só não é possível a exclusão, como qualquer um dos cônjuges adquirirem o sobrenome do outro. Mesmo depois da celebração do casamento, desde que por ação judicial (Enunciado n. 503, STJ).
§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.
Princípio da Não-Intervenção do Estado e Livre Planejamento Familiar
CASAMENTO ANULÁVEL
1) Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjugue (art 1557)
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência
2)Identidade, honra...
Este erro pode ser quanto à identidade física, ou seja, João se casa com Josefina ao invés de se casar com Joaquina, sua irmã gêmea. Também poderá ser erro quanto à identidade civil, que seria o conjunto de atributos e qualidades com que a pessoa aparece na sociedade, como por exemplo, erro quanto o estado civil do nubente.
3) Ignorância de crime... 
Ignorância de Crime inafiançável anterior ao casamento: Deverá ter sentença transitada em julgado, o que poderá tornar insuportável a vida em comum
4)" defeito físico irremediável
O defeito físico irremediável entende a doutrina, é aquele capaz de tornar inatingível um dos fins do casamento. Portanto, trata-se da impotência coeundi, quer do homem, quer da mulher, impedindo o coito. A impotência generandi (para a fecundação) e a concipiendi (para a concepção) não autoriza a anulação do casamento. 
5)" de doença mental grave 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.
§ 1º A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição.
§ 2º O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.
§ 3º No caso do parágrafo 2º, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotados o permitirem, a meação dos adquiridos na constância da sociedade conjugal.
Segundo a ministra Isabel Gallotti, a separaçãoé uma modalidade de extinção da sociedade conjugal que põe fim aos deveres de coabitação, fidelidade e ao regime de bens. Já o divórcio extingue o casamento e reflete diretamente sobre o estado civil da pessoa.
“A separação é uma medida temporária e de escolha pessoal dos envolvidos, que podem optar, a qualquer tempo, por restabelecer a sociedade conjugal ou pela sua conversão definitiva em divórcio para dissolução do casamento”, disse a ministra. 
Segundo a ministra, o estado não pode intervir na liberdade de escolha de cônjuges que queiram formalizar a separação a fim de resguardar legalmente seus direitos patrimoniais e da personalidade, preservando a possibilidade de um futuro entendimento entre o casal.
6) Coação. Temor e iminente risco a vida (art 1558)
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.
7) Legitimação (art 1559)
Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvada as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557
8) Prazos (1560)
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
9) Casamento Putativo (art 1561) Boa fé e Má-fé 
Considera-se putativo o casamento nulo ou anulável, mas contraído de boa-fé, ou seja, celebrado com a convicção de se tratar de um casamento plenamente válido. De fato, o termo “putativo” deriva do latim putativus, que significa “reputado ser o que não é” (no caso, reputado ser válido, embora seja nulo ou anulável).
A boa-fé a que se refere o Código Civil ao disciplinar o casamento putativo (art. 1561) é a boa-fé subjetiva, isto é, a boa-fé de conhecimento. Em outras palavras, considera-se de boa-fé o nubente que efetivamente desconhecia a causa de nulidade ou anulabilidade, e que, se a conhecesse, não teria se casado.
Verificada a putatividade, o casamento produzirá todos os seus efeitos até a data da sentença anulatória, tanto em relação aos filhos quanto em relação aos nubentes (ou em relação a um deles, se somente um estava de boa-fé ao celebrar o casamento). Se ambos os nubentes estavam de má-fé, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão (art. 1561 do Código Civil).
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
10) Separação de corpos (art 1562)
Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.
11) Anulação com culpa (art 1564)
Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:
I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;
II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.
DA EFICÁCIA DO CASAMENTO (ART 1565)
1) Introdução
2) Consortes e companheiros (art 1565)
3) Planejamento familiar (art 1565)
4) Sobrenome do cônjuge 
5) São deveres de ambos os cônjuges (art 1566)
 Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.
§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.
EFICÁCIA DO CASAMENTO 
Art 1565/1570
1) Introdução 
2) Planejamento familiar
3) Poder familiar 
4) Vida em comum 
5) Nome do cônjuge
6) Deveres (art 1566)
7) Direção da sociedade conjugal
8) Divergências
9) Sustento da família (proporcional/casa)
10) Exclusividade na direção da família
DO REGIME DE BENS 
Art 1639/1688
1) Introdução sociedade de pessoas e sociedade econômica 
Pessoas >
Patrimônio >
2) Bens 
Particulares 
Comuns 
3) Regimes de bens. Disposições gerais / todos os regimes 
4) Liberdade de escolha (art 1639) 
5) Vigência do regime 
6) Alteração do regime 
7) Regime legal . RCPB
8) Obrigatoriedade do RSOB (art 1641) 
Mutabilidade Motivada : Autorização judicial redido motivado apuração dos prazos proteção de direitos de terceiros 
RCPB/RCUB/RPFA/RSOB/RSCB

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