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@veterinariando_ PARTE II Blefarite • Caracterizada como inflamação das pálpebras, normalmente associada à quadros de dermatopatias (alérgicas, autoimunes, infecciosas e parasitárias) • A anamnese é um passo importante para diferenciar afecções oculares de dermatológicas • É uma condição comum em Poodles, Shih-tzus, Golden Retriever, Lhasa Apso, Cocker Spaniel • Pode levar à baixa produção lacrimal devido inflamação da glândula tarsal • Importante identificar doenças primárias que possam causas a blefarite Prurido nas pálpebras Vermelhidão Secreção e seborreia Alopecia Secreção ocular mucoide ou mucopurulenta Hiperemia conjuntival Úlceras de córnea secundárias ao prurido Sinais clínicos + anamnese = identificar causa base Raspado de pele ou exame parasitológico com fita adesiva Cultura bacteriana ou fúngica e antibiograma Histopatológico Tratamento suporte Antibiótico tópico – (preferência por pomadas) – ciprofloxacina, cloranfenicol, tobramicina, gentamicina Antibióticos sistêmicos – cefalosporinas, amoxicilina, enrofloxacino Anti-inflamatórios tópicos e sistêmicos Antifúngicos somente após resultado da cultura Sempre tratar a causa base da blefarite Ceratoconjuntivite seca • Caracterizada como inflamação crônica das glândulas lacrimais, córnea e conjuntivite • Ocorre alterações qualitativas e quantitativas no filmes lacrimal • Bastante comum no cão e menos comum em gatos • Raças predisponentes – raças braquicefálicas (pug, buldogue francês e inglês, Shih-tzu, lhasa) e raças pequenas (Yorkshire, poodle) e cocker spaniel • Condição bastante confundida com conjuntivite, tratada com antibióticos com recidiva Síndromes autoimunes associado a outras alterações cutâneas Infecciosas: cinomose Toxicidade: uso prolongado de atropina tópica, sulfonamidas, messalazina entre outros Congênitas: agenesia ou hipoplasia de glândula Iatrogênicas: excisão ou lesão à glândula na cirurgia reposicionamento da glândula da 3ª pálpebra Secreção mucoide Hiperemia conjuntival Vascularização corneal superficial Infiltrados celulares corneais Ceratite pigmentar (cegueira) Sinais clínicos + predisposiç~çao racial Quantitativa – teste lacrimal de Schirmmer (15 a 25mm/min) Qualitativa – tempo de ruptura do filme lacrimal (Break up time) – 15 a 20seg Tratamento suporte – antimicrobianos e anti-inflamatórios Lacrimomiméticos – polivinilpirrolidona, álcool polivinilico, metilcelulose, ácido poliacrílico, ácido hialurônico ou sulftato de crondroitina Lacrimoestimulantes – ciclosporina 0,2%, 0,5%, 1% ou 2%, Tacrolimus 0,03% ou 0,05%, pimecrolimus 0,5% a 1% (em forma de pomada o colírio) Melhor prognóstico quando o diagnóstico e o tratamento é precoce Conjuntivite • Condição incomum em cães e mais frequente em gatos • Normalmente é uma condição infecciosa, causada por herpesvírus tipo I (HFV-1), Calicivírus e Clamídias • Em infecções por HVF-1 80% dos expostos se tornam portadores e 45% recidivam • Conjuntivite associada à ceratite proliferativa, sequestro corneano • Remissão espontânea em 4 semanas Descarga serosa mucopurulenta Hiperemia conjuntival Quemose Protrusão da 3ª pálpebra Úlceras de córnea Alterações respiratórias (tosse, espirros, secreção nasal, apatia e hipertermia) Sinais clínicos Sorologia e PCR de clamídia e HFV-1 (desaconselhado) A maioria é positivo e não identifica o agente causador da doença Suporte com uso de antibiótico tópico HFV-1 – Idoxuridina ou Fanciclovir Clamídia – tetraciclina ou cloranfenicol tópico ou doxiciclina Restrição com uso de corticoides – gatos são mais resistentes Úlcera de córnea • Solução de continuidade sobre a superfície corneal que não tem tendência a cicatrizar • Maior incidência em cães braquicefálicos • A córnea possui 4 camadas: epitélio → membrana de Descemet → endotélio Tipos de úlceras o Úlcera de córnea estromal superficial – exposição do estroma o Úlcera de córnea estromal profunda – depressão na córnea o Exposição da membrana de Descemet o Descemetocele – acometimento de epitélio e estroma, com exposição da membrana de Descemet com tumefação o Perfuração – rompimento de todas as camadas o Prolapso de íris Mecânicas o Traumáticas o Alterações de pálpebras o Alterações de cílio o Corpos estranhos o Pregas nasais Infecciosas o Bacterianas e fúngicas Outras o Ceratoconjuntivite seca o Alterações histológicas Dor (blefarospasmo) – estimulações das terminações nervosas do estroma o Quanto mais superficial mais dolorida Secreção serosa, mucosa ou purulenta geralmente por infecções secundárias Perda de transparência (edema de córnea e infiltrado celular) Vascularização corneana (0,5mm/dia) Depressão na superfície da córnea Teste de tingimento pela fluoresceína Identificar a causa Eliminar a causa base Auxilia a cicatrização Proteção corneana Antibioticoterapia após cultura e antibiograma– ofloxacina, tobramicina, gatifloxacina o Enrofloxacina, amoxicilina, cefalosporina Antibióticos tópicos devem ser utilizados de 4 a 8x por dia Inibidores de colagenase – enzima liberada por algumas bactérias que atrapalham o processo de cicatrização normal Lubrificantes Controle da dor – analgésicos e ciclopégicos (exceto atropina) Técnicas cirúrgicas de recobrimento – a partir de úlceras estromais profundas – usar colar protetor Não fazer uso de anti-inflamatórios tópicos (retardam a cicatrização) Sempre usar o colar (cone) Uveíte • Caracterizada como inflamação que afetam toda a úvea ou parte dela • Pode ter causa bacteriana, viral, parasitária, micóticas, traumáticas, neoplásicas ou imunomediadas Principalmente dor e vermelhidão em conjuntiva e episcleral Fotofobia Lacrimejamento Vascularização ciliar Edema de córnea Perda da transparência do segmento anterior Flare e fibrinas Identificar e eliminar o fator etiológico Eliminação da dor – analgésico (uso de atropina com cautela) Combate da inflamação o Anti-inflamatório tópico – Acetato de prednisolona ou Trometamol cetoralaco Glaucoma • Caracterizada como aumento da pressão intraocular (>20mmHg), associada com baixa visão • Pode ter causa primária ou secundária Olhos vermelhos, buftalmia, cegueira, blefaroespasmo e edema de córnea Mensuração da pressão intraocular + achados clínicos Inibidores das anidrases carbônicas Derivados das prostaglandinas (aumentam o ângulo de drenagem) Agentes hiperosmóticos – manitol 20% Cegueira é bastante provável Grandes chances de evoluir para enucleação Prevenir o estabelecimento do glaucoma no olho contralateral Identificar a causa base e iniciar o tratamento Catarata • Condição que gera opacidade lenticular • É uma causa frequente de perda de visão em cães pode ser causas por Diabetes melitus • Diferencial: esclerose de cristalino O tratamento é cirúrgico O diagnóstico pode ser confirmado com USG ocular e eletrorretinografia Complicações – uveítes, glaucoma, luxações lenticulares
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