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BACTERIOLOGIA E DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS 
 
1 
 
SUMARIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
HISTÓRICO DA BACTERIOLOGIA ............................................................................ 5 
MORFOLOGIA E CITOLOGIA BACTERIANA ............................................................ 6 
TAXONOMIA BACTERIANA ....................................................................................... 8 
PRINCIPAIS MÉTODOS DE VISUALIZAÇÃO E COLORAÇÃO EM PRÁTICAS 
LABORATORIAIS ..................................................................................................... 10 
DIAGNOSTICOS LABORATORIAIS ......................................................................... 13 
CARACTERÍSTICAS CULTURAIS E BIOQUÍMICAS ............................................... 14 
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 42 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43 
 
 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criada a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
VÍDEOS DE APOIO 
Com o intuito de contribuir mais um pouco para a apreensão de conhecimento 
acadêmico, de forma didática e também prática, alguns links de vídeos serão 
disponibilizados no decorrer desta apostila. Assim, antes de iniciar a leitura deste 
material didático, será necessário acessar e assisti-los. 
Para tanto, tenha toda sua atenção voltada para esse momento e, se sentir 
necessidade, retome a leitura ou mesmo assista novamente ao vídeo. 
 
 Vídeo 1: UEG MICROBIOLOGIA AULA 02 Bacteriologia com Eude 
Campos 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=WDbwHKd7HpY > 
Sinopse: no vídeo produzido pelo professor Eudes Campos são abordados os pontos 
essenciais em bacteriologia, como por exemplo as características bacterianas, sua 
citologia, sua classificação, 
 
 Vídeo 2: MICROBIOLOGIA - DIAGNÓSTICOS MICROBIOLÓGICOS - 
PROF. ALEXANDRE FUNCK 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=ehDOGLhCGXo > 
Sinopse: Apesar do chamado "diagnóstico de certeza" em microbiologia ser realizado 
a partir da cultura bacteriana, outros métodos podem e devem ser realizados para um 
diagnóstico mais preciso, tais como: a demonstração das bactérias por exames 
realizados ao microscópio óptico comum; por meio dos métodos imunológicos; e 
através da pesquisa de genes específicos do agente microbiano. 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=WDbwHKd7HpY
https://www.youtube.com/watch?v=ehDOGLhCGXo
 
4 
INTRODUÇÃO 
A área de Microbiologia estuda dos organismos microscópicos e suas 
atividades. Sendo necessário ponderar que diversos microrganismos são capazes de 
ocasionar infecções, possuindo incalculáveis modos de diagnóstico e reconhecimento 
de agentes etiológicos. Para verificá-los, deve-se investigar sua morfologia, estrutura, 
reprodução, fisiologia e metabolismo. Assim como devem ser analisados os conceitos 
de distribuição natural, suas relações simbióticas e as alterações físicas e químicas 
que causam no meio ambiente. 
Nesta situação, os microrganismos possuem características comuns aos sistemas 
biológicos, como por exemplo, a habilidade de se reproduzir, a capacidade de ingerir e assimilar 
substâncias metabolizando-as para suas demandas energéticas e de crescimento, a capacidade 
de excreção de metabólitos, a habilidade de reação a alterações ambientais e a propensão a 
mutações. 
Esta área também serve de auxílio na expressão de fundamentos da Biologia, 
favorecendo o estudo de sistemas específicos para a averiguação das reações 
fisiológicas, genéticas e bioquímicas, que constituem a base da vida. Os 
microrganismos são meios perfeitos para os estudos de fenômenos biológicos, devido 
possuírem veloz crescimento e reprodução, com metabolismo similar a de outros 
organismos mais complexos, em tubos de ensaio ou frascos, exigindo menos espaço 
e cuidados para manutenção. 
 
 
 
 
 
 
5 
HISTÓRICO DA BACTERIOLOGIA 
Um dos primeiros indícios, relativos à Bacteriologia, ocorreu em meados do 
século XIII, pelo cientista Roger Bacon, propondo que as doenças eram concebidas 
através de seres vivos invisíveis. Sendo esse pressuposto reforçado por Girolamo 
Fracastoro de Verona. No entanto, a primeira análise descrita e documentada de 
microrganismos bacterianos surgiu por meio de Antony Van Leeuwenhoek com o 
auxílio de um simples microscópio construído por este. Porém a área só foi 
estabelecida como ciência no século XIX. Embora houvessem das experimentos para 
associação das bactérias às doenças, por um longo período de tempo, acreditava-se 
que as bactérias eram construídas através da geração espontânea. 
Foi necessário o empenho de diversos estudiosos para comprovar que as 
bactérias, tal como os outros organismos vivos, surgem de organismos similares. Este 
feito só foi possível no ano de 1860, através de Louis Pasteur. Em 1840, após os 
estudos desse notável cientista, Friedrich Gustav Jacob Henle, em uma considerável 
publicação, conhecida como aos “Postulados de Henle”, manifestou as suas 
concepções, determinando circunstâncias básicas para que um microrganismo seja 
capaz de causar uma doença infecciosa ou infectocontagiosas. 
No ano de 1745 John Needham, declarou que o ar contém diversos 
microrganismos, e considerando que as fermentações e as putrefações ocorrem 
devido ação desses, o médico Oliver Wendell Holmes persistia que a febre ocorrente 
durante o puerpério era contagiosa e, possivelmente, causada por um agente 
propagado de uma puérpera para outra, através da infecção cruzada vinculadas a 
médicos e parteiras. Através de diversas pesquisas, em 1867, o médico demostrou 
ser possível impedir a ocorrência de infecções pós-operatórias, realizando a 
desinfecção de instrumentos cirúrgicos, o campo operatório e as mãos do cirurgião. 
De 1880 a 1900 foram descobertas diversas bactérias patogênicas. Robert Koch, 
elaborou meios de fixação e coloração, sendo utilizadas até os dias atuais. Devido o 
surgimento da Biologia Molecular nos últimos anos, a Microbiologia desenvolveu de 
forma extraordinária, mostrando-se gradativamente mais, uma ciência multidisciplinar. 
Atualmente, são associados antigos conhecimentos aos novos, tornando mais fácil o 
alcance de diagnósticos e tratamentos. 
 
 
 
6 
MORFOLOGIA E CITOLOGIA BACTERIANA 
A maioria das bactérias visualizadas em laboratórios de Microbiologia possuem 
cerca de 0,5 a 1,0 mm de diâmetro por 2,0 a 5,0 mm de comprimento. Estas possuem 
três tipos morfológicos fundamentais, sendo eles: Bastonetes ou bacilos; Espirilos e 
Cocos, exibidos na figura 1. 
 
Figura 1: Morfologia Bacteriana 
 
Os cocos podem produzir diversos arranjos,conforme sua divisão celular, 
sendo estes destacados abaixo: 
Diplococos- cocos agrupados de 2 em 2 (divisão em um plano). 
Estreptococos- vários cocos dispostos em cadeia, similar a um cordão de 
pérolas (divisão em um plano). 
Tétrades- grupos de 4 cocos unidos (divisão em 2 planos). 
 
7 
Sarcinas- grupos de 8 cocos unidos (divisão em 3 planos). 
Estafilococos- cocos agrupados de forma aleatória, como um cacho de uva 
(divisão em muitos planos). 
Os bastonetes se dispõem de maneira isolada. No entanto em algumas 
situações podem se agrupar em pares, sendo chamados de diplobacilos, ou em 
cadeias, denominados como estreptobacilos. Além disso, de acordo com o gênero, 
fase de crescimento ou composição do meio de cultura, estes também podem se 
agrupar de forma diferente, como por exemplo, o crescimento em paliçada ou letras 
chinesas, conhecido como Corynebacterium/Difteria. 
Os espirilos, assim como os bastonetes, se dispõem em células isoladas. No 
entanto, possuem claras dissemelhanças relacionadas ao comprimento, largura, 
número e amplitude dos espirais. 
Em relação à Citologia bacteriana, destaca-se que estas são seres 
procarióticos, sendo mais simples em todos os níveis, menos no seu envoltório celular. 
A parede celular é responsável pela forma, rigidez, divisão celular e manutenção 
osmótica, possuindo espessura de cerca de 10 a 20 mm. Este elemento contém um 
complexo macromolecular, sendo que em bactérias Gram-negativas sua fração é 
menor do total da parede do que em Gram-positivas. 
A membrana plasmática é formada por fosfolipídiose proteínas, possuindo 
estrutura parecida com a de organismos eucariontes, entretanto, exceto os 
micoplasmas, não contém esteróis. Sendo esta, uma membrana semipermeável, 
seletiva, local com diversas enzimas, limitando o citoplasma. Sendo essencial no 
transporte de íons e metabólitos e na atuação em diversos processos biossintéticos. 
A célula bacteriana possui em seu citoplasma diversas áreas. A área citoplasmática, 
possui aparência granular e RNA, já a cromatínica ou nuclearrica contém DNA, e uma 
porção fluída, com nutrientes dissolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
TAXONOMIA BACTERIANA 
A taxonomia é considerada a ciência da classificação, necessitando de um 
sistema que auxilie na identificação dos seres. Levando em conta que todos os seres 
são capazes de pertencer a diversos tipos de classificação, todos necessitam possuir 
um nome para seu reconhecimento como integrante da categoria. Carolus Linnaeus 
elaborou um sistema binominal, pautado num plano de organização, que englobava 
todos os seres vivos, possuindo dois princípios básicos: Uso de palavras latinas, para 
nomear os grupos de organismos e utilização de categorias de classificação, 
instituindo uma hierarquia. 
De forma inicial, foram propostas por LInnaeus as categorias reino, classe, 
ordem, gênero e espécie. No entanto, em razão da evolução das técnicas 
taxonômicas e da grande quantidade de organismos relatados após suas propostas, 
foi preciso a realização de uma subdivisão das categorias. Sendo atualmente 
utilizadas: reino, filo, classe, ordem, família, tribo, gênero e espécie. A organização 
taxonômica foi elaborada com objetivo de realizar a classificação, ordenação e 
identificação dos microrganismos, passando a se dividir em classificação, 
nomenclatura e identificação 
A classificação dispõe os microrganismos em grupos, conforme as 
características artificiais ou naturais. Sendo as artificiais fundamentadas em 
características fenotípicas, especialmente morfológicas e fisiológicas e as 
classificações naturais, em relações filogenéticas moleculares das bactérias, por meio 
de comparações na sequência de diversas macromoléculas ou genes. 
A nomenclatura diz respeito a denominação do microrganismo, de acordo com 
o Código Internacional para Nomenclatura, o qual possui todos os princípios e 
recomendações para a descrição de uma diferente espécie, gênero ou família. Suas 
regras são baseadas no sistema binominal desenvolvido por Linnaeus: O nome de 
uma espécie bacteriana provém da junção, em latim, composta por duas partes, o 
nome do gênero e da espécie. Como, por exemplo: Helicobacter pylori, Helicobacter 
é o gênero, e pylori a espécie, 
Já a identificação possibilita a determinação das características do 
microrganismo, sua relação com outros, indicando, posteriormente seu nome, com 
bases nas informações determinadas. Geralmente o nome da espécie indica uma 
característica morfológica ou bioquímica, assim como pode ser uma homenagem a 
 
9 
uma pessoa ou lugar. No caso de espécies não identificadas, mas em que sabe-se o 
gênero, utiliza-se uso da abreviatura “sp”. Nos dias atuais, a taxonomia e a 
nomenclatura são feitas por meio da homologia do DNA, da análise de sequência do 
DNA, e da análise do RNA 16S ribossômico, o que possibilita sistemas taxonômicos 
mais imutáveis. Nos últimos anos, a classificação taxonômica ganhou apoio da 
Biologia computacional e da bioinformática, empregando o método das árvores 
filogenéticas para facilitar a taxonomia dos seres vivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
PRINCIPAIS MÉTODOS DE VISUALIZAÇÃO E COLORAÇÃO EM PRÁTICAS 
LABORATORIAIS 
De uma maneira geral, as bactérias podem ser visualizadas de duas maneiras, 
sendo a primeira a fresco, por meio da análise de suspensão bacteriana entre lâmina 
e lamínula, ou pela gota pendente, e a segunda com uso de um esfregaço fixado e 
corado. Normalmente, o primeiro caso é usado para verificar a mobilidade e 
morfologia de bactérias espiraladas, ou em outras bactérias, para observar 
modificações na divisão celular e formação de esporos. As bactérias em microscópio 
de campo claro geralmente apresentam-se transparentes, sendo preciso, em diversas 
situações, utilizar filtros de densidade neutra para reduzir a intensidade luminosa, 
facilitando assim a visualização. 
Ao utilizar material fixado e corado, são alcançadas diversos benefícios, como 
por exemplo: as células ficam mais visíveis após a coloração, as lâminas podem ser 
transportadas sem risco, além da diferenciação das células de afinidades distintas aos 
corantes e de morfologia variada. O esfregaço do material deve ser pouco espesso e 
homogêneo, sendo realizado em área de segurança biológica, através de um caldo 
ou do material diluído em salina, espalhado com alça bacteriológica em lâmina de 
vidro limpa, desengordurada e seca. Em seguida, a lâmina deve ser secada ao ar, 
após esse procedimento, o material necessita ser fixado à lâmina, por fonte de calor 
ou química. 
O maior número de bactérias possui afinidade por corantes, especialmente 
aqueles derivados básicos da anilina. Ao realizar uma coloração com corante para 
observação da morfologia, esta é chamada de coloração simples. Já ao se utilizar dois 
ou mais corantes ou reagentes para destacar dissemelhanças entre células 
bacterianas, denomina-se coloração diferencial ou seletiva. 
Por meio do estudo das bactérias e de seu comportamento perante diversos 
corantes, nota-se a ocorrência de distintas reações particulares de certos grupos 
bacterianos, o que favorecem, desse modo, o reconhecimento destes, apoiada na 
resposta da amostra a certo método de coloração. Em relação aos métodos 
diferenciais existentes, aqueles que possuem maior relevância em um Laboratório são 
o método de Gram, o método de Ziehl-Neelsen e o método de Albert-Laybourn. 
Aseguir. 
 
11 
Coloração de Gram 
Possui como princípio o fato de que as bactérias, ao serem coradas por 
derivados próximos da rosanilina, como a violeta genciana, e após tratamento pelo 
iodo, originam um composto de coloração escura, denominado iodopararosanilina. 
Este em bactérias Gram-positivas, torna-se bastante retido, não podendo ser 
removido com facilidade através do uso de álcool, o que já é notado contrariamente 
em Gram-negativas,nas quais o composto descora facilmente ao se utilizar álcool. 
Após a ação do álcool, é executada uma segunda coloração com a safranina ou 
fucsina de Ziehl, diluída na proporção 1/10. Neste caso, as bactérias Gram-negativa 
irão adquirir tonalidade vermelha, em razão da cor do corante de fundo, e as Gram-
positivas possuíram tonalidade roxa, conservando a cor do corante inicial. Esta 
diferenciação é essencial na sistemática bacteriana e acontece devido as distinções 
presentes na parede celular das bactérias Gram-positivas e Gram negativas, no 
entanto, é necessário a todo momento fazer o uso de culturas jovens para não 
ocorrerem resultados errôneos. 
 
Coloração de Ziehl-Neelsen 
Esse método é baseado na propriedade dos gêneros bacterianos 
Micobacterium e Nocardia resistirem ao descoramento com uma solução de álcool-
ácido, posteriormente ao tratamento pela fucsina fenicada aquecida mantendo-se em 
tonalidade vermelha, enquanto outras bactérias, adquirem a cor do corante de fundo, 
geralmente realizada com azul demetileno ou ácido pícrico saturado. A álcool-ácido-
resistência deve-se à existência na parede celular destas bactérias de lipídeos 
fortemente ligados, que causam hidrofobicidade, atrapalhando a penetração de 
corantes aquosos, a ação dos mordentes e dos diferenciadores, fato que não 
acontece em outros gêneros de bactérias. 
Coloração de Albert-Laybourn 
Possui como princípio o fato de determinadas bactérias possuírem corpúsculos 
citoplasmáticos em regiões polares, que se coram através do Lugol forte, de 
tonalidade marrom, revelando-se em contraste com o corpo bacilar, que adquire 
 
12 
tonalidade verde-azulada pela solução de Laybourn. Estas características são 
verificadas em corinebactérias, sendo sua presença é relacionada aos sintomas 
clínicos pertinentes na difteria, possibilitando um diagnóstico presumível da doença, 
através da microscopia ótica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
DIAGNOSTICOS LABORATORIAIS 
O diagnóstico de doenças bacterianas pode ser alcançado através de por 
vários métodos. O diagnóstico definitivo é atingido por meio do isolamento e definição 
do agente bacteriano desde materiais clínicos coletados de maneira adequada do sítio 
de infecção, sendo denominado como exame bacteriológico ou cultura. 
 Um histórico clínico íntegro contento a idade, o sexo, a espécie, o número de 
animais acometidos e tratamento executado necessitam acompanhar os casos, 
juntamente com a hipótese de diagnóstico clínico. Na inexistência desses dados, 
procedimentos significativos para descoberta de patógenos podem não ser 
executados. 
A precisão e a validade dos resultados de exames laboratoriais sofrem grandes 
influências nos cuidados da seleção, colheita e no envio das amostras para o 
laboratório. As amostras necessitam, preferencialmente, ser alcançadas de animais 
vivos anteriormente à administração de antibióticos, no caso de animais mortos devem 
ser coletadas o mais rápido possível, sem variações autolíticas ou putrefativas. Na 
presença de locais onde possivelmente possua contaminação por vários patógenos, 
os espécimes precisam ser coletados através de métodos que reduzam a 
contaminação e em dias quentes, é essencial a refrigeração. 
 O diagnóstico bacteriano de forma rápida e eficiente é essencial, devido as 
doenças infecciosas dos animais, e principalmente as zoonoses que apresentam 
casos de epizootia, estarem alcançando uma relevância econômica e social 
gradativamente maior em sistemas agrícolas e comerciais de países industrializados 
e em desenvolvimento. Determinadas patologias infecciosas emergentes são 
capazes de ultrapassar de forma rápida a esfera local, passando de animais à 
humanos. 
São estimados cerca de 33 milhões de casos de Salmonella em seres humanos 
todos os anos. A ocorrência de surtos de Salmonella enteritidis vem se ampliando 
nos últimos anos em países como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Inglaterra, 
sendo a carne aviária causadora desses casos, No Brasil, os surtos em humanos 
sofreu aumento desde 1993, sendo a maior parte dos caos relacionado ao consumo 
de ovos ou prato preparados com estres, de forma inadequada. 
 
 
 
14 
CARACTERÍSTICAS CULTURAIS E BIOQUÍMICAS 
 A seleção de meios de cultura, de condições atmosféricas e de outros aspectos 
necessários para o isolamento são estabelecidos através da hipótese de um patógeno 
bacteriano. O isolamento de rotina de diversos microrganismos patogênicos engloba 
a introdução em placas de ágar sangue e ágar MacConkey, e posteriormente incubá-
los num período de 24 a 48 horas, sendo a temperatura e a atmosfera (atm) de 
incubação agentes essenciais para o sucesso do isolamento e reconhecimento do 
microrganismo. Normalmente a temperatura de incubação empregada na maior 
parcela de microrganismos é por volta de 36 a 37 º C, já a atm, determinadas bactérias 
demandam 5 ou 10% de gás carbônico (CO2) no ar, sendo outras microaerófilas ou 
anaeróbias estritas. 
Ágar nutriente é um meio básico que fornece os nutrientes necessários para o 
crescimento bacteriano não-fastidioso. No entanto, não é recomendado para o 
isolamento primário de bactérias patogênicas fastidiosas. O ágar-sangue, que propicia 
o desenvolvimento de diversos microrganismos patogênicos, é pertinente para o 
isolamento primário de rotina. Os meios seletivos podem ser empregados em 
microrganismos específicos. 
Os meios de culturas seletivos e enriquecidos amplamente usados são o ágar-
sangue, ágar chocolate, ágar MacConkey, ágar SS (Salmonella-shigella), ágar 
Hektoen, caldos BHI (Brain Heart Infusion e outros. Há pouco tempo foram 
incorporados meios de cultura cromogênicos, formados por substratos enzimáticos 
sintéticos, chamados reagentes cromogênicos, que se unem aos açúcares usados 
pelas bactérias no decorrer do seu desenvolvimento. Em situações que a bactéria faz 
uso de carboidrato, os reagentes cromogênicos são dispensados e se ativam no meio 
de cultura, possibilitando uma coloração distinta. São empregados de forma ampla em 
análises clínicas, de alimentos e ambiental, devido a possibilidade de distinção entre 
espécies de Candida, Listeria, assim como diferenciação entre colônias bacterianas 
como por exemplo Staphylococcus aureus e Enterococcus. 
NASCIMENTO et al. (2000) notaram a ausência de diferenças estatísticas no 
reconhecimento da Salmonella em carcaças de frango ao se utilizar os caldos de 
enriquecimento Rapapport-novobiocina (RVN), selenito-cistinanovobiocina (SCN) e 
tetrationato-novobiocina (TN) e os meios de plaqueamento ágar Hektoen (HE), ágar 
Salmonella-Shigella (SS), ágar verde brilhante (VB) e ágar xilose lisina desoxicolato 
 
15 
(XLD). Enquanto no exame de fezes, o caldo TN manifestou-se excedente aos outros, 
não existindo diferenças de resultado para os meios de plaqueamento. Os resultados 
indicam que o uso de dois ou mais meios de enriquecimento e de plaqueamento seria 
capaz de elevar a probabilidade de isolamento das bactérias. 
As placas necessitam ser inoculadas utilizando-se a técnica de esgotamento 
por estrias que propicia o desenvolvimento de colônias isoladas. Esse é um passo 
fundamental na identificação de microrganismos patogênicos em amostras clínicas 
que podem abrigar espécimes infecciosas. As características morfológicas e os testes 
bioquímicos possibilitam o reconhecimento presuntivo de um patógeno bacteriano. 
Testes adicionais podem ser utilizados para auxiliar na identificação de 
microrganismos específicos. 
O teste ELISA (Enzyme-linked Immunosorbent Assay) é o método imunológico 
de suporte sólido com grande sensibilidade mais utilizado Caso o agente bacteriano 
encontre-se na amostra, ele une-se ao anticorpo específico, sendo capaz de 
identificado através de um anticorpo marcado por uma enzima. Técnicas que utilizam 
reações imunes podem ser reunidas com outros métodos, possibilitandouma melhora 
na descoberta de microrganismos patogênicos. Essa técnica pode ser usada para 
detecção de bactérias como a Escherichia coli e outras da mesma família 
Enterobacteriaceae como Listeria monocytogenes, Pasteurella multocida e 
Actinobacillus pleuropneumoniae. 
O PCR (Reação em Cadeia Polimerase) é um método de amplificação in vitro 
que consegue em horas, realizar a amplificação de sequências específicas de DNA. 
Através de uma simples reação química em tubo de ensaio, foi possível clonar 
sequências de tamanhos variados entre 500 e 2000 pares de base (bp) de modo 
rápido e sem a demanda de uma célula viva. A PCR se fundamenta em um ciclo 
repetitivo de três reações que acontecem em distintas temperaturas de incubação, em 
um mesmo tubo com reagente termoestáveis. Em adição à sequência específica de 
DNA a ser amplificada, os reagentes são dois pequenos oligonucleotídeos iniciadores, 
denominados primers, sintetizados para serem complementares as seqüências 
conhecidas do DNA-alvo, grande quantidade dos quatro desoxirribonucleosídeos 
trifosfatados (dATP, dCTP, dGTP, dTTP) e a enzima termo-estável Taq DNA-
polimerase, isolada de bactéria termofílica. 
O método multiplex PCR foi elaborado para detecção simultânea da Salmonella 
spp., Listeria monocytogenes, e Escherichia coli O157:H7 em espécimes de carne. A 
 
16 
sensibilidade na detecção de DNA desse método foi de 103 UFC/mL para cada 
microrganismo patogênico. Ao ser usado para detectar cada uma das bactérias 
patogênicas em amostras de suíno "spiked", uma célula/25g de amostra inoculada foi 
verificada em um período de 30 horas. Nas amostras de carne contaminadas, 
Salmonella spp., L. monocytogenes, e E. coli O157:H7, foram visualizadas ao mesmo 
tempo. 
CORTEZ et al. (2006) detectaram salmonelas em frangos abatidos através do 
método multiplex PCR utilizando três primers invA, pefA e sefA sequências de gene 
para identificarem Salmonella spp, S.Typhimurium e S. Enteritidis. Sendo verificado 
Salmonella spp em 10% (29/288) das amostras, no entanto os sorotipos Enteritidis e 
Typhimurium foram visualizados em 62% dos espécimes Os resultados indicaram a 
precisão de melhora da higiene e dos padrões sanitários em locais de abate de 
frangos, assim como educação em alimentação. 
No método NESTED PCR duas amplificações são executas, a primeira fase de 
amplificação é feita com um par de iniciadores, por 20 a 30 ciclos, tendo como molde 
o DNA amplificado, e o produto desta reação é deslocado para outro tubo, sendo a 
segunda amplificação realizada nele, neste caso os iniciadores empregados irão 
anelar-se em uma área mais interna do fragmento amplificado, possibilitando desse 
modo, uma maior especificidade da reação. 
O método PCR em tempo real engloba uma amplificação convencional de DNA, 
no entanto, a detecção do resultado é realizada ao longo de ciclos de amplificações. 
Para ocorrência disto, é incluso na reação o brometo de etídio ou outra substância 
fluorescente, como o SYBR Green, que a medida que o DNA vai sendo amplificado, 
vai-se intercalando na dupla fita, ocasionando um aumento da fluorescência, que é 
vista através de uma luz UV acoplada ao termociclador. Atualmente, esta técnica vem 
sendo utilizada para diagnóstico da salmonelose e campilobacteriose em produtos e 
subprodutos aviários. 
A soroaglutinação rápida (SAR) é uma técnica utilizada no reconhecimento de 
anticorpos contra Salmonella Pullorum (SP) e Salmonella Gallinarum (SG) e 
determinadas espécies de micoplasma, no entanto não identifica anticorpos contra as 
salmonelas paratifóides. Mesmo para SP, a sorologia não é um meio eficaz para o 
diagnóstico da doença, devido e, casos em que a infecção acontece de forma precoce, 
os anticorpos circulantes não surgem em 20 a 40 dias após a infecção e, até em um 
período de 100 dias pós-infecção é possível não se identificar a produção de 
 
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anticorpos. Desse modo, para alcance de um diagnóstico correto, é necessária a 
realização do isolamento da bactéria, sua identificação e classificação em espécies. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
A bacteriologia é uma área da microbiologia que estuda os microrganismos 
bacterianos, visando identifica-los, classifica-los e caracterizá-los quanto aos seus 
aspectos. O estudo das bactérias é de extrema importância para os seres humanos, 
devido a capacidade destas provocarem grande quantidade de infecções, doenças e 
mortes, assim como possuem relevância ecológica e na indústria alimentícia. 
De uma maneira geral, as bactérias podem ser visualizadas de duas 
maneiras, sendo a primeira a fresco, por meio da análise de suspensão bacteriana 
entre lâmina e lamínula, ou pela gota pendente, e a segunda com uso de um 
esfregaço fixado e corado 
Por meio do estudo das bactérias e de seu comportamento perante diversos 
corantes, nota-se a ocorrência de distintas reações particulares de certos grupos 
bacterianos, o que favorecem, desse modo, o reconhecimento destes, apoiada na 
resposta da amostra a certo método de coloração. 
Em relação aos métodos diferenciais existentes, aqueles que possuem maior 
relevância em um Laboratório são o método de Gram, o método de Ziehl-Neelsen e o 
método de Albert-Laybourn. Aseguir. Idependente do método escolhido, este será 
imprescindível para o eficiente diagnóstico, controle, prevenção e tratamento das 
enfermidades ocasionadas por microorganismos patogênicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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