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Síntese Referente Ao Artigo De Revisão A Comunicação Terapêutica Como Fator De Humanização Na Atenção Básica (Luciana Bertachini)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS 
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
Disciplina: Fundamentos de Assistência ao Paciente 
Docente: Prof. Dr. Manoel Luiz Neto 
Curso: Medicina 
Discente: Giovanna Beatriz André Lopes 
Matrícula: 2022020053 
 
SÍNTESE REFERENTE AO ARTIGO DE REVISÃO “A COMUNICAÇÃO 
TERAPÊUTICA COMO FATOR DE HUMANIZAÇÃO NA ATENÇÃO 
BÁSICA” (LUCIANA BERTACHINI) 
A comunicação trata-se de um processo social primário, que permite a troca de 
informações entre dois interlocutores. Na área da saúde, essa habilidade assume 
proporções imprescindíveis na relação entre profissional da saúde e paciente. 
A comunicação é conceituada como a troca de mensagens e a compreensão da mesma, 
tem o objetivo de transmitir informações, pensamentos e valores. É uma ação humana 
que envolve a transmissão e a recepção da informação. No que tange a transmissão da 
mensagem, utilizamos dois métodos, que é a forma verbal e não verbal de comunicação 
(OLIVEIRA et. al, 2005). 
Tendo isso em vista, a comunicação se transforma em um fator de humanização em 
relação à saúde por favorecer o entendimento do que é relatado e a reciprocidade dos 
conteúdos que envolvem a doença e as atitudes condizentes perante o tratamento e a 
promoção da saúde e da vida. Desse modo, se faz necessária a comunicação nas práticas 
de acolhimento na relação médico-paciente para a humanização do cuidado, e na 
eficiência da promoção da saúde. Segundo Haddad et. al (2011), a comunicação verbal e 
não-verbal é de grande relevância no momento de se estabelecer as relações interpessoais, 
principalmente entre o doente e o profissional que irá atende-lo. 
A Atenção Básica é a porta de entrada do usuário do SUS com a rede de serviços de 
saúde. Tudo que é realizado nesse âmbito refere-se ao individual e ao coletivo da 
assistência, abrangendo a promoção e proteção da saúde; a prevenção de agravos; o 
diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. A Atenção Primária fornece 
atenção sobre o paciente como um todo e todas as condições, não apenas relacionado à 
sua enfermidade. 
Portanto, a comunicação franca se faz essencial, onde o paciente se sentirá confortável 
em compartilhar espaços na comunicação que fortalecerão o diálogo sincero nas relações 
médico-paciente, sobretudo, diminuindo a vulnerabilidade humana no campo da saúde. 
A comunicação terapêutica visa valorizar a biografia, os valores e sentimentos do 
paciente, somado ao sigilo para protegê-lo, além de deixar o próprio optar por mudanças 
em seu comportamento a fim de melhorar sua qualidade de vida. 
 
 
A tecnologia também é discutida no âmbito hospitalar, mas ela não se mostra 100% 
benéfica. Um serviço de saúde pode ter tecnologia de ponta incluído nele e, mesmo assim, 
ser desumano no atendimento. Isso acontece quando os profissionais e o próprio sistema 
tratam os pacientes apenas como objetos para intervenção técnica e considera 
desnecessário ouvir suas angústias, temores e expectativas. Tal prática acarreta em 
dificuldades para estabelecer uma relação de confiança entre médico e enfermo. 
Isso também pode acontecer quando os pacientes nem sequer são informados sobre o que 
está sendo feito com eles. Quando redescobrimos a humanização em nós mesmos e nos 
colegas de profissão, através de uma relação de harmonia, essas barreiras de diálogo 
podem ser derrubadas. 
 
Quando o usuário é tratado com desumanidade, este se recusa a aderir as indicações 
médicas e os profissionais não conseguem informar o paciente de maneira eficiente. 
Assim, orientações e esclarecimentos por meio de um diálogo natural e espontâneo podem 
favorecer a adesão do usuário no segmento da assistência. Cada integrante da equipe de 
Atenção Primária deve apresentar-se como uma pessoa que pode amparar e acompanhar 
o paciente que chega fragilizado à unidade, observando sua singularidade, identificando 
seus recursos e buscando, com ele, a via de ação que faça sentido em sua realidade a qual 
está inserido. Não há como garantir a saúde sem considerar o ambiente e situação 
socioeconômica na qual o sujeito está inserido. 
 
A humanização depende da nossa capacidade de falar e de ouvir. A valorização desses 
dois termos desde o momento inicial da ajuda ao paciente aponta para uma ampliação da 
intervenção multidisciplinar pautado nas competências da comunicação terapêutica. 
 
O ato de acolhimento é ouvir a queixa, tentar qualificar e identificar as necessidades da 
pessoa, dar alguma resposta ou orientação que não é sempre o saber médico. É de suma 
importância que o profissional da saúde consiga exercer uma visão geral e ampla além da 
queixa ou doença relatada pelo usuário, não utilizando como começo somente a visão 
limitada da especialidade de determinada área. Assim como o conceito de saúde definido 
pelo Ministério da Saúde sugere, “o profissional acolhedor deve considerar todas as áreas 
da saúde – médica, odontológica, fonoaudiológica, psicológica, fisioterapêutica, assim 
por diante –, além de questões de habitação, alimentação, lazer, segurança, entre outros 
fatores que constituem e afetam o indivíduo como um todo.” 
 
Além disso, é válido ressaltar que a falta da habilidade comunicativa de alguns 
profissionais causa impactos negativos nas relações com seus pacientes e familiares, 
podendo causar mal-entendidos que abalam a confiança e a segurança do paciente para 
com a equipe multiprofissional de saúde. Portanto, podemos afirmar a partir do 
pressuposto que a comunicação adequada ajuda o paciente a confiar em seu médico e lhe 
passar todas as informações apropriadas ao atendimento, nas consultas e nas internações. 
Isso facilita o trabalho do médico e possibilita o diagnóstico do paciente mais certeiro 
possível. 
Como bem foi definido acima como conceito de comunicação não-verbal, vale ressaltar 
que apenas uma ínfima parte da comunicação ocorre por meio de palavras, o restante 
ocorre por meio da linguagem corporal e facial. 
Por fim, o aprendizado que se tira do artigo é sobre a importância de encarar a 
comunicação no âmbito da saúde pública não como uma mera habilidade opcional, mas 
como um componente vital, visto que a humanização do cuidado passa pelos alicerces 
éticos de cada profissional, por aspectos culturais, sociais e de comunicação. 
 
 
 
SÍNTESE REFERENTE À “CARTA DE DIREITOS DOS USUÁRIOS DA 
SAÚDE” (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) 
De acordo com o Ministério da Saúde em um artigo atualizado em 2021, a Carta de 
Direitos dos Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) traz informações para que os 
cidadãos conheçam seus direitos na hora de procurar atendimento de saúde. Ela reúne os 
6 principais pilares básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro e a qualquer 
indivíduo o ingresso digno nos serviços de saúde, seja ele público ou privado. 
Esse documento foi aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em sua 198ª 
Reunião Ordinária, realizada no dia 17 de junho de 2009. O documento, que tem como 
base seis princípios básicos de cidadania, caracteriza que “todo cidadão tem direito ao 
acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde; tem direito a tratamento adequado 
e efetivo para seu problema; tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre 
de qualquer discriminação; tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus 
valores e seus direitos; tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma 
adequada; tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios 
anteriores sejam cumpridos.” 
Sendo assim, o acesso dos indivíduos será preferencialmente nos serviços de Atenção 
Básica, podendo buscar por centros de saúde, postos de saúde, unidades de saúde 
da família e unidades básicas de saúde ou similares mais próximos de sua casa. 
Em situações de urgência/emergência, qualquer serviço de saúde deve receber e 
encaminhá-la para outro serviço em caso de necessidade. 
 
Também é bastante ressaltado na Carta que toda pessoa tem direito ao atendimento 
humanizado e acolhedor, realizadopor profissionais qualificados, em ambiente 
limpo e acessível. O paciente de receber um atendimento humanizado, acolhedor e livre 
de qualquer discriminação. Mas além de direitos, os pacientes também possuem deveres. 
Assim, toda pessoa tem responsabilidade para que seu tratamento e recuperação sejam 
adequados e sem interrupção, assumindo tal dever com comprometimento. O usuário 
deve garantir que entendeu as orientações recebidas, seguir o tratamento proposto pelo 
profissional de saúde e ter um comportamento respeitoso e cordial com todos no ambiente 
onde se encontra. 
 
Além disso, é de extrema sensatez assegurar que as pessoas atendidas nas unidades de 
saúde tenham seus valores, cultura e direitos respeitados durante o atendimento, a fim de 
certificar a autonomia do paciente quanto a escolha do tipo de plano de saúde, solicitar 
sigilo sobre sua condição, acesso a atestado médico, seu consentimento quanto a 
procedimentos e intervenções necessárias, bem como à recusa de algum exame 
desnecessário. 
Somado a isso, mantém-se a assertiva de que todos os usuários do SUS têm direito ao 
tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde, com 
qualidade e agilidade. Eles também podem decidir se seus familiares precisarão ser 
informados de suas condições de saúde. Também é direito do paciente que receba suas 
prescrições médicas de maneira legível e completa, além de poder receber as medicações 
prescritas diretamente da farmácia dos postos de saúde, uma vez disponíveis no sistema. 
 
 
 
Vale salientar que o documento assegura que todos têm direito à informação sobre os 
serviços de saúde e aos diversos mecanismos de participação. É de suma importância 
que os usuários saibam que possuem o direito a participar dos conselhos e conferências 
de saúde e de exigir que os gestores cumpram os princípios anteriores. Exercer esse 
direito pode significar grande serventia e eficiência para os serviços prestados à 
comunidade. Sobre isso, os gestores do SUS devem se comprometer a promover o 
respeito e o cumprimento dos direitos e deveres supracitados; incentivar e implementar 
formas de participação dos trabalhadores e usuários nos cargos, e participação de 
controle social do SUS; adotar estratégias para o cumprimento efetivo da legislação e 
das normatizações do SUS; promover melhorias contínuas na rede SUS, como a 
informatização. 
 
Portanto, é notória a importância da preservação dos diretos aos usuários da saúde pública 
ou privada para garantir um atendimento humanizado, efetivo e acolhedor por parte dos 
profissionais de saúde, a fim de contribuir para o bem-estar geral da população brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BERTACHINI, Luciana. A comunicação terapêutica como fator de humanização na 
Atenção Primária. O Mundo da Saúde, São Paulo, 2012;36(3):507-520, p.517-520, 
junho, 2012. Disponível em: http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/95/14.pdf. 
Acesso em: 02/02/2022 
BRASIL. Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Saúde. Carta dos Direitos dos 
Usuários da Saúde. Brasília/DF. 2011. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_direitos_usuarios_saude_3ed.pdf . 
Acesso em: 02/02/2022 
PONTES, Alexandra Carvalho. Comunicação terapêutica em Enfermagem: instrumento 
essencial do cuidado. Revista Brasileira de Enfermagem, p. 312-328, Brasília, 61(3) 
312-8., maio-junho, 2008. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/reben/a/pfJgqD8hM7CNH6XLtjMk8Yh/?format=pdf&lang=pt. 
Acesso em: 02/02/2022 
SILVA, Rodrigo Cardoso da. Comunicação Terapêutica relacionada ao Cuidado 
Humanizado e a Segurança do Paciente em Unidade Hospitalar. Saúde & Ciência em 
Ação – Revista Acadêmica do Instituto de Ciências da Saúde, v.1, n.01, p. 13-25, 
julho-dezembro, 2015. Disponível em: file:///C:/Users/giova/Downloads/110-344-1-
PB.pdf . Acesso em: 02/02/2022

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