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Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
Toda mulher tem direito ao atendimento na gravidez, no parto e 
após o parto, e pode contar com cuidados seguros, de qualidade e 
humanizados na Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami), ação 
de saúde do SUS que fortalece os direitos das mulheres e crianças. 
O MS elaborou a Caderneta da Gestante para os profissionais de 
saúde anotarem todos os dados do pré-natal e consultas, exames, 
vacinas e o que mais for importante para um bom 
acompanhamento pré-natal. 
Na Caderneta, a gestante encontra: 
❖ Direitos antes e depois do parto. 
❖ Cartão de consultas e exames, com espaço para anotar 
dúvidas. 
❖ Dicas para uma gravidez saudável e sinais de alerta. 
❖ Informações e orientações sobre a gestação e o 
desenvolvimento do bebê, alguns cuidados de saúde, o parto 
e pós-parto. 
❖ Informações e orientações sobre amamentação. 
❖ Como tirar a Certidão de Nascimento de seu filho. 
DIREITOS DAS GESTANTES 
Direitos Trabalhistas -> licença-maternidade. 
Direitos Sociais -> guichês e caixas especiais/prioridade nas filas 
para atendimento em instituições públicas e privadas (bancos, 
supermercados, lojas). Assento prioritário para gestantes e 
mulheres com crianças de colo em ônibus e metrô. 
Entrega em adoção -> a Lei nº 12.010/2009 garante à gestante o 
direito de receber atendimento psicossocial gratuito se desejar, 
precisar ou decidir entregar a criança em adoção. Deve procurar a 
Vara da Infância e Juventude da cidade. 
Estudantes -> a Lei nº 6.202/1975 garante à estudante grávida o 
direito à licença-maternidade sem prejuízo do período escolar. 
Direitos nos Serviços de Saúde -> ser atendida com respeito e 
dignidade pelas equipes de saúde, sem discriminação de cor, raça, 
orientação sexual, religião, idade ou condição social. 
Lei do Direito de Acompanhante no Parto 
Contra a Violência Obstétrica 
Portadoras do vírus HIV ou HTLV -> não devem amamentar seu 
bebê e tem o direito de receber leite em pó, gratuitamente, pelo 
SUS, até o bebê completar 6 meses ou mais. 
OBJETIVOS DO PRÉ-NATAL 
O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o 
desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um RN 
saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando 
aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. 
 
Segundo a OMS, o número ideal de consultas seria igual ou 
superior a 6. As consultas deverão ser mensais até a 28ª semana, 
quinzenais entre a 28ª e 36ª e semanais no termo. 
Segundo a FEBRASGO: 
 
! Não existe alta do pré-natal. 
Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário 
encaminhar a gestante para a avaliação do bem-estar fetal, 
incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e 
monitoramento cardíaco fetal. 
Logo, são objetivos do pré-natal: 
❖ Manter a integridade das condições de saúde materna e fetal. 
❖ Identificar e prevenir intercorrências clínicas, cirúrgicas e 
obstétricas. 
❖ Oferecer informações (orientação alimentar, atividade física, 
hábitos de vida, parto, aleitamento materno). 
! A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para o parto e 
nascimento humanizados. 
DIAGNÓSTICO NA GRAVIDEZ 
O diagnóstico é feito de forma rápida e simples, desconsiderando 
o exame físico e a anamnese; no entanto, devido à importância de 
o diagnóstico ser confirmado por um médico, inicialmente deve ser 
feito o diagnóstico clínico. Logo, o diagnóstico pode ser realizado 
por: 
PROPEDÊUTICA CLÍNICA 
Sintomas de presunção -> são sintomas que a paciente apresenta 
e que podem surgir em várias outras situações, sendo pouco 
específicos para utilizar como diagnóstico de gravidez. 
❖ Náuseas e vômitos. 
❖ Sialorreia. 
❖ Alterações do apetite. 
❖ Aversão a certos odores que provocam náuseas e vômitos. 
❖ Lipotimia e tonturas. 
❖ Polaciúria e nictúria. 
❖ Sonolência. 
❖ Alterações psíquicas variáveis na dependência de a gestação 
ser desejada ou não. 
Sinais de presunção: 
 
CADERNETA DA GESTANTE 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
❖ Melasma facial (coloração escura dos zigomáticos, fronte e 
nariz). 
❖ Linha nigra (aumento da produção de melanina durante a 
gestação). 
❖ Aumento do volume abdominal. 
 
Sintomas e sinais de probabilidade -> são os mais evidentes, no 
entanto, sem caracterizá-la com certeza. 
❖ Atraso menstrual (é o sintoma mais importante). 
❖ Aumento do volume uterino. 
❖ Alterações da forma em que o útero se torna globoso (sinal 
de Noblé-Budin). 
❖ Diminuição da consistência do istmo (sinal de Hegar). 
❖ Diminuição da consistência do colo (sinal de Goodel). 
❖ Aumento da vascularização da vagina, do colo e vestíbulo 
vulvar (sinal de Jacquemier-Kluge). 
❖ Aréola mamária secundária (sinal de Hunter). 
 
! Os sinais de probabilidade são mais evidentes a partir de 8 
semanas de gestação. 
Sinais de certeza: 
❖ Ausculta fetal -> a presença de batimentos cardíacos fetais no 
abdome somente está presente na vigência de gestação. 
❖ Palpação de partes fetais no abdome materno é também 
exclusivo de gestação. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
É realizado pela identificação do hCG (hormônio 
coriogonadotrófico), um indicativo de gravidez. O tipo do exame a 
ser solicitado dependerá de ser realizado na urina/sangue, assim 
como do tempo de atraso menstrual. 
Pregnosticon-Planotest -> é um dos testes mais antigos de 
gravidez, que representam inibição da aglutinação. A sensibilidade 
do teste é de 1500 Ul de hCG (15 dias de atraso menstrual). 
Dosagem urinária da fração beta do hCG -> é outro teste realizado 
na urina, com sensibilidade de mµ/mL e se torna reagente com 
atrasos menstruais em torno de 5 dias. 
Dosagem plasmática da fração beta do hCG -> é realizado no 
sangue. A sensibilidade do exame é de 5 mµ/mL. Tem a vantagem 
de ser quantitativo e também útil no diagnóstico de gravidez 
ectópica e no acompanhamento de doença trofoblásticas 
gestacional, após esvaziamento uterino. 
❖ Pode estar presente antes mesmo do atraso menstrual, 
porém, é recomendado aguardar o atraso menstrual de 3-5 
dias para que sejam detectados valores mais altos que não 
deixem dúvidas. 
ULTRASSONOGRAFIA 
É frequentemente utilizado no diagnóstico de certeza, pois é de 
simples realização, não deixa dúvidas e fornece várias outras 
informações sobre a gestação, como: 
❖ IG embrionária e/ou fetal. 
❖ Identificar se a gestação é única/gemelar. 
❖ Identificar se a gestação é tópica/ectópica. 
❖ Auscultar batimentos cardíacos embrionários e fetais. 
 
Até a 12ª semana de gestação é utilizada a técnica transvaginal, e, 
a partir dessa IG, a técnica transabdominal. 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
Os dados clínicos dos exames e resultados laboratoriais devem ser, 
em cada consulta, cuidadosamente anotados e arquivados em 
fichas na instituição ou consultório e repassado ao cartão da 
gestante. 
APÓS CONFIRMAÇÃO DA GRAVIDEZ 
Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de 
enfermagem, dá-se início do acompanhamento da gestante, com 
seu cadastramento no SisPreNatal, registrando-se os seguintes 
aspectos: 
❖ Nome, idade e endereço da gestante. 
❖ Data da última menstruação (DUM). 
❖ IG. 
❖ Trimestre da gravidez no momento em que se iniciou o pré-
natal (1º trimestre é até 13 semanas, 2º entre 14-27 semanas 
e 3º trimestre acima de 28 semanas). 
❖ Avaliação nutricional -> utiliza-se a curva de peso/IG e/ou 
medida do perímetro braquial. 
Deve ser oferecida à gestante as orientações necessárias: 
❖ Acompanhamento pré-natal. 
❖ Sequência de consultas, visitas domiciliares e reuniões 
educativas. 
❖ Fornecer o cartão da gestante, com identificação preenchida. 
❖ Calendário de vacinas e orientações. 
❖ Solicitação de exames de rotina. 
ANAMNESE 
É de extrema importância rastrear processos patológicos latentes: 
cardiopatia, endocrinopatias e erros posturais. 
Sabe-se que a presença do parceiro sexual na primeira consulta trazsignificativo diferencial qualitativo a esse atendimento. Não 
havendo possibilidade da presença do parceiro, um familiar 
também ajuda sobremaneira, dando confiança à gestante, a qual se 
sente amparada no cenário da consulta pré-natal. 
IDENTIFICAÇÃO 
Nome -> Deve ser salientada a importância do nome correto da 
paciente em toda a documentação do prontuário. 
No entanto, é importante verificar qual é a forma preferencial de 
identificação da gestante, utilizando-a durante os atendimentos. 
Idade -> é pesquisada neste item, considerando gestantes de risco 
gestacional: 
❖ <19 anos -> uso de drogas, maiores taxas de processos 
hipertensivos e prematuridade, bem como menor adesão ao 
pré-natal. 
❖ >35 anos -> aumento do risco de alterações fetais ligadas às 
alterações genéticas e cromossômicas, além da predisposição 
à HAS. 
Raça -> algumas complicações clínicas e gestacionais apresentam 
maior incidência de acordo com a cor da pele e descendência racial. 
❖ Negras -> pré-eclâmpsia e anemia falciforme. 
❖ Amarelas -> degeneração trofoblásticas. 
Atividades laborais -> precisam ser averiguadas, já que, algumas 
delas são consideradas de risco gestacional e fetal (ex.: manuseio 
de produtos tóxicos). 
Situação conjugal -> é importante saber o grau de segurança 
emocional que o relacionamento proporciona à mulher. Detectar o 
grau de conforto e segurança da gestante com o relacionamento 
atual, se há aceitação da gravidez, sustentabilidade financeira do 
casal e da família. 
❖ Neste item, questionar as condições de moradia e o número 
de dependentes que vivem no mesmo domicílio. 
Escolaridade -> espera-se maior entendimento das orientações 
pré-natais entre mulheres com mais anos de escolaridade. O risco 
de haver dificuldades no entendimento dessas orientações pode 
ser maior entre aquelas com menor escolaridade. 
Aspectos religiosos -> alguns líderes religiosos não acreditam em 
resultados positivos de algumas iniciativas médicas durante o pré-
natal, alegando que a fé pode substituir algumas delas. 
Naturalidade e procedência -> contém informações relevantes 
principalmente no que se refere às infecções e infestações. 
❖ Aqui, deve-se perguntar o eventual tipo de assistência pré-
natal recebida até o momento e as intervenções que já foram 
iniciadas. 
QUEIXAS ATUAIS OU MOTIVO DA CONSULTA 
História atual -> perguntar sobre a percepção da paciente a 
respeito de sua saúde atual, sua certeza de gravidez e buscar 
eventuais queixas. Havendo queixas, devem ser registradas e 
pesquisadas ao longo da consulta. 
❖ Grande parte das queixas da gestante está ligada às 
adaptações e modificações do organismo materno por causa 
da gravidez. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
Se houver queixas, é preciso caracterizá-las -> início, tempo de 
duração, intensidade, ciclicidade e fatores predisponentes. 
ANTECEDENTES MÓRBIDOS PESSOAIS E HÁBITOS 
É preciso averiguar condições de nascimento e infância, 
desenvolvimento puberal, doenças comuns da infância, 
vacinações, alergias, cirurgias (gerais e pélvicas), transfusões de 
sangue, anestesias, tratamentos clínicos prévios à gestação e no 
decorrer da gravidez atual, doenças infectocontagiosas, desvios 
nutricionais, alergias, reações medicamentosas, uso crônico de 
medicamentos prescritos e hábitos nocivos à saúde. 
O início tardio do pré-natal, as dificuldades para adesão ao 
seguimento e orientações pré-natais, o medo excessivo da 
gravidez e a insegurança podem indicar transtorno psiquiátrico. 
Aqui também se devem avaliar o nível de estresse do casal, a 
aceitação da gravidez e sinais indicativos de depressão. Identificar 
também o uso de drogas lícitas e ilícitas. 
ANTECEDENTES DE VIOLÊNCIA 
Reconhecer marcas de violência em seus mínimos detalhes: 
❖ Comportamentais -> o desvio do olhar quando é convidada 
a falar sobre violência e indecisão para responder às 
perguntas referentes à violência. 
❖ Físicos -> contusões, arranhões, sinais de defesa nos braços, 
entre outros. 
ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS 
Averiguar o passado ginecológico da gestante, que dará 
informações importantes sobre a possibilidade de caracterizar 
eventuais riscos ao processo gestacional. 
❖ Cirurgias prévias no útero -> atentar-se para cirurgias que 
deixam cicatriz uterina, fragilizando o útero para um novo 
processo gestacional (leiomioma, cesárea, rafia). 
❖ Insuficiência lútea. 
❖ Perdas gestacionais prévias. 
❖ Insuficiência cervical. 
❖ Trabalho de parto pré-termo. 
❖ Pré-eclâmpsia. 
Características do ciclo menstrual -> na dependência dessa 
informação é possível validar com elevada confiabilidade a DUM 
como marco balizador no cálculo da IG e DPP. 
Uso de métodos anticonceptivos e programação da gravidez -> 
também são importantes, pois podem indicar uma gravidez não 
programada. 
Parcerias sexuais -> pode ser um indicativo da necessidade de 
aprofundar os questionamentos sobre IST’s e os tratamentos 
realizados. Há necessidade de complementar esse item com a 
história de tratamento do parceiro sexual. 
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS 
Informações importantes sobre o passado obstétrico: 
❖ DUM. 
❖ Número de gestações e intervalo entre elas. 
❖ Evolução do pré-natal (aborto, DM, parto pré-termo, restrição 
de crescimento intrauterino ou baixo peso ao nascer, pré-
eclâmplsia/eclampsia, anomalias congênitas no RN, óbito fetal 
ou neonatal). 
❖ Via do parto (se cesárea, qual foi a indicação e quanto tempo 
foi realizada, tempo do trabalho de parto, condições do RN e 
evolução neonatal). 
❖ Aspectos psicológicos e sociais (gravidez programada ou não, 
medos e tabus). 
Nos casos de gestação repetida, questionar também sobre a 
evolução do puerpério, tentando identificar informações sobre 
depressão puerperal, infecções e a experiência com a 
amamentação. 
Considerando a gravidez atual, o interrogatório foca o 
desenvolvimento até o momento, se existiu alguma anormalidade 
e se esta já foi corrigida. Complementa-se questionando sobre o uso 
de medicamentos ou exposição a raios X. 
CÁLCULO DA IG E DPP 
Regra de Naegele -> considera que a gravidez tenha duração média 
de 280 dias, e baseia-se na informação fundamentada da DUM. 
❖ IG -> é calculada somando-se o número de dias decorridos 
entre a DUM e a data na qual se quer avaliar essa idade. 
Dividindo-se esse número por 7, obtém-se a IG em semanas. 
❖ DPP -> soma-se 7 ao dia da DUM e 9 ao número referente ao 
mês em que ela ocorreu. Quando a DUM ocorre entre abril e 
dezembro, para o cálculo do mês da data provável do parto, 
é preciso lembrar que o parto ocorrerá no ano seguinte. 
Quando a DUM ocorre de janeiro a março, fica mais fácil 
diminuir em 3 o número correspondente ao mês de sua 
ocorrência. 
Exemplos: 
DUM: 13/09/04 
❖ DPP: 20/06/05 (13 + 7 = 20/9 - 3 = 6) 
DUM: 10/02/04 
❖ DPP: 17/11/04 (10 + 7 = 17/2 + 9 = 11) 
DUM: 27/01/04 
❖ DPP: 03/11/04 (27 + 7 = 34/34 - 31 = 03/01 + 9 + 1 = 11) 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
Deve-se tentar identificar se existem familiares hipertensos, 
diabéticos, com doenças autoimunes, cardiopatas, parentes de 1º 
grau que apresentaram pré-eclâmpsia/eclampsia, gemelaridade, 
distócias no parto e doenças infectocontagiosas. 
❖ Algumas infecções apresentam claro potencial de transmissão 
vertical e, nesses casos, a gestante deve ser vista como 
potencial vítima dessa forma de disseminação da infecção. 
INFORMAÇÕES SOBRE OS DIVERSOS APARELHOS E 
SISTEMAS 
Questiona-se a gestante sobre o funcionamento de diversos 
aparelhos, relacionando queixas às modificações e adequações 
fisiológicas à gravidez. 
❖ Digestório -> azia, refluxo e obstipação intestinal. 
❖ Urinário -> nictúria, polaciúria. 
❖ Musculoesquelético -> dor lombar e câimbras. 
❖ Neurológicas -> cefaleia e distúrbios do sono. 
! Explicar à gestante que essas mudanças são fisiológicas a deixará 
mais tranquila. Porém, mesmo sendofisiológicas, elas precisam ser 
dimensionadas quanto à intensidade. 
Queixas respiratórias e cardíacas -> devem ser registradas e, se 
possível, avaliadas por um especialista. 
Queixas obstétricas -> as mais comuns são as perdas vaginais e as 
cólicas. É importante indagar sobre movimentação fetal. 
EXAME FÍSICO 
Na 1ª consulta do pré-natal, o exame físico tem 2 papéis básicos: 
❖ Buscar anormalidades não mencionadas durante a 
anamnese. 
❖ Conferir as alterações indicadas no interrogatório. 
Dividir o exame físico na 1ª consulta pré-natal em geral, especial e 
gineco-obstétrico deve nortear sua sistematização considerando 
seus aspectos práticos. 
Por ser invasivo para algumas mulheres, é prudente explicar os 
objetivos do exame físico e como serão realizados. 
Também é adequado contar com a presença de outro profissional 
de saúde e acompanhante da gestante. 
EXAME FÍSICO GERAL 
Avalia-se estado nutricional, peso e altura (IMC). Após o cálculo, o 
resultado deve ser transcrito para o gráfico na ficha de pré-natal -> 
esse cálculo é fundamental na 1ª consulta, pois será o valor de 
referência para os próximos exames de avaliação nutricional. 
 
 
A aferição do pulso, da PA e da presença de edema é item 
obrigatório nessa fase do exame -> para medir a PA, a paciente 
deve estar sentada há pelo menos 5min, com o antebraço direito 
apoiado na altura do precórdio, com o manguito colocado de 3-
5cm acima da prega cubital. 
❖ PAS corresponde ao 1º som de Korotkoff e PAD ao 5º som 
(desaparecimento das bulhas) -> se não houver 
desaparecimento, deve-se considerar a PAD um abafamento 
das bulhas ou 4º ruído. 
❖ Cifras tensionais iguais ou >140 mmHg na PAS e iguais ou >90 
mmHg na PAD exigem confirmação no final da consulta e 
após 30 minutos de repouso em decúbito lateral esquerdo. 
Caso se mantenha, afastando-se todas as causas emocionais, 
confirma-se que a paciente é hipertensa -> gestante de risco 
acrescido. 
EXAME FÍSICO ESPECIAL 
Sistema Tegumentar -> avalia-se a presença de alterações na pele. 
A maioria das alterações da pele durante a gravidez consiste em 
modificações funcionais decorrentes do processo gestacional. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
❖ Mesmo que essas alterações não ocorram, a gestante deve ser 
lembrada da possibilidade do surgimento. 
Em seguida, avalia-se mucosa ocular, presença de varizes nos MMII, 
ausculta cardíaca e ausculta pulmonar. 
! Não pode esquecer da palpação da tireoide e da avaliação do 
aparelho locomotor, com ênfase em coluna e joelhos. 
Sistema Digestivo -> a paciente pode deitar-se, procedendo-se a 
inspeção da cavidade oral e palpação abdominal. 
! Exame do ânus para verificar a presença de hemorroidas pode ser 
realizado no exame físico gineco-obstétrico. 
EXAME FÍSICO GINECO -OBSTÉTRICO 
EXAME DAS MAMAS 
 
Modificações importantes -> proliferação das glândulas, aumento 
do volume, edema, vasodilatação (rede venosa de Haller), 
aumento da pigmentação da aréola primária, aparecimento da 
aréola secundária e hipertrofia dos tubérculos de Montgomery. 
❖ Avaliar se os mamilos estão invertidos ou não, pois vai ditar 
as orientações sobre cuidados com as mamas e 
amamentação. 
Deve-se verificar cicatrizes e fazer associação com as informações 
da anamnese. 
O exame das mamas inicia-se com inspeção estática, seguida da 
inspeção dinâmica. A palpação das glândulas mamárias e do 
segmento axilar é fundamental. Em seguida, procede-se a 
expressão mamária. 
EXAME PÉLVICO 
Inspeção -> verifica-se detalhes da anatomia genital 
(malformações, rupturas, cicatrizes), alterações de coloração, 
lesões vegetantes e ulcerações. Deve ser ampliada, avaliando 
também o períneo e a região anal. 
Exame com espéculo vaginal -> permite avaliar as paredes vaginais, 
características físicas do conteúdo vaginal e o colo uterino, 
verificando a eventual presença de lesões. 
Na sequência, orienta-se a coleta de exames, de acordo com os 
protocolos de cada serviço. Nesse caso, é necessário saber quais 
exames estão acordados com o gestor local. O único exame 
laboratorial cérvico-vaginal orientado pelo MS é o colpocitológico 
(Papanicolaou), para o qual não há restrição de coleta durante a 
gravidez. 
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO 
Faz parte do exame físico obstétrico o exame do abdome -> 
inspeção, palpação, mensuração da altura uterina e ausculta dos 
batimentos cardíacos fetais (BCF). 
Inspeção -> buscam-se alterações de coloração (linha nigrans), de 
estrias, cicatrizes, tensão (polidrâmnio) e outras alterações. 
Palpação -> completa-se o exame do aparelho digestivo tentando a 
palpação do fígado, do baço e de possíveis massas abdominais 
intestinais. 
MENSURAÇÃO DA ALTURA UTERINA 
Visa o acompanhamento do crescimento fetal e a detecção precoce 
de alterações. Reflete com relativa exatidão o desenvolvimento 
fetal intraútero após a 16ª-18ª semana. 
 
Para sua realização, a gestante deve permanecer em decúbito 
dorsal, com o útero na linha média e a bexiga vazia. A fita métrica 
deverá ser estendida do bordo superior da sínfise púbica até o 
fundo uterino, delimitado pela borda cubital da mão esquerda 
durante a 1ª manobra de Leopold-Zweifel (sem comprimir o fundo 
uterino). 
❖ Durante esse tempo, é preciso cuidado para definir com 
exatidão o fundo uterino antes de sua mensuração. 
❖ A anotação das medidas da AU em gráfico específico no cartão 
pré-natal proporciona uma visão do desenvolvimento fetal nas 
curvas dos percentis 10, 50 e 90. 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a IG e a 
DPP serão inicialmente determinadas por aproximação, 
basicamente, pela medida da altura do fundo do útero e do toque 
vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos 
fetais. 
Pode-se utilizar a altura uterina + toque vaginal, considerando os 
seguintes parâmetros: 
❖ Até a 6ª semana -> não ocorre alteração do tamanho uterino. 
❖ Na 8ª semana -> o útero corresponde ao dobro do tamanho 
normal. 
❖ Na 10ª semana -> o útero corresponde a 3x o tamanho 
habitual. 
❖ Na 12ª semana -> enche a pelve de modo que é palpável na 
sínfise púbica. 
❖ Na 16ª semana -> o fundo uterino encontra-se entre a sínfise 
púbica e a cicatriz umbilical. 
❖ Na 20ª semana -> o fundo do útero encontra-se na altura da 
cicatriz umbilical. 
❖ A partir da 20ª semana -> existe uma relação aproximada 
entre as semanas da gestação e a medida de AU. Porém, esse 
parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana. 
Consideram-se normais variações dos BCF entre 110-160 bpm, os 
quais não guardam nenhuma sincronia com os batimentos 
cardíacos maternos -> essas variações podem ser aferidas utilizando 
o sonar Doppler, que detecta BCF a partir da 12ª semana, exceto em 
obesas. 
❖ Para aferição dos BCF em IG mais precoces, o exame 
ecográfico é o melhor recurso. 
Complementa-se o exame físico obstétrico com o toque vaginal (na 
maioria das vezes, bidigital), combinado com a palpação uterina. No 
início da gravidez ele permite detectar eventual encurtamento 
cervical e dilatação não detectada no exame com espéculo vaginal. 
REGISTRO DOS MOVIMENTOS FETAIS 
Objetivo -> avaliação clínica do bem-estar fetal na gravidez a partir 
da 34ª semana gestacional. 
Métodos: 
❖ Método de registro diário de movimentos fetais (RDMF). 
❖ Teste do estímulo sonoro simplificado (TESS). 
AVALIAÇÃO DO RISCO GESTACIONAL 
Para implementar as atividades do controle pré-natal, é necessário 
identificar os riscos a que cada gestante está exposta. A avaliação 
do risco gestacional deve ser feita na 1ª consulta pré-natal e em 
todos os retornos, na tentativa de detectar precocemente alguma 
anormalidade clínica ou obstétrica. 
 
BAIXO RISCO 
❖ <15 anos e >35 anos. 
❖ Ocupação -> esforço físico excessivo, carga horária extensa, 
rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos 
e biológicos,estresse. 
❖ Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, 
principalmente se tratando de adolescente. 
❖ Situação conjugal insegura. 
❖ Baixa escolaridade (<5 anos de estudo regular). 
❖ Condições ambientais desfavoráveis. 
❖ Altura <1,45m. 
❖ IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. 
FATORES RELACIONADOS À HISTÓRIA REPRODUTIVA 
❖ RN com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado. 
❖ Macrossomia fetal. 
❖ Síndromes hemorrágicas/hipertensivas. 
❖ Intervalo interpartal <2 anos ou >5 anos. 
❖ Nuliparidade e multiparidade (>5). 
❖ Cirurgia uterina anterior. 
❖ 3 ou mais cesarianas. 
FATORES RELACIONADOS À GRAVIDEZ ATUAL 
❖ Ganho ponderal inadequado. 
❖ ITU. 
❖ Anemia. 
VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE EDEMAS 
Objetivo: detectar precocemente a ocorrência de edema 
patológico. 
Nos MMII: 
❖ Posicione a gestante em decúbito dorsal ou sentada, sem 
meias; pressione a pele na altura do tornozelo (região 
perimaleolar) e na perna, no nível do terço médio, face 
anterior (região pré-tibial). 
❖ O edema fica evidente mediante presença de depressão 
duradoura no local pressionado. 
 
Na região sacra: 
❖ Posicione a gestante em decúbito lateral ou sentada; 
pressione a pele, por alguns segundos, na região sacra, com o 
dedo polegar. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
 
 
MANOBRAS DE LEOPOLD 
Consistem em uma das partes mais importantes do exame físico. 
Possuem objetivo de determinar a posição do feto no abdome 
gravídico (estática fetal) através da palpação. São divididas em 4 
tempos. 
PRIMEIRO TEMPO 
Tem objetivo de identificar o polo fetal presente no fundo uterino 
e assim determinar qual a situação do feto. Para isso, o examinador 
deve utilizar ambas as mãos encurvadas de forma a comprimir a 
parede abdominal com as bordas cubitais para delimitar o fundo 
uterino. 
 
Após delimitar o fundo uterino, deve-se determinar qual a parte 
do feto que está localizada no fundo uterino. 
Geralmente a parte fetal a ser palpada é o polo pélvico, identificado 
por ser mais volumoso, esferoide, de superfície irregular e 
amolecido. Agora, se for palpado o polo cefálico, a sensação é de 
um corpo de superfície regular, resistente e endurecido. 
A partir dessa manobra, já dá para prever qual é a apresentação 
fetal, uma vez que essa é a situação. Assim, se for palpado o polo 
pélvico, a apresentação é cefálica, assim como, se for palpado o 
polo cefálico, a apresentação será pélvica. 
Quanto à situação, o feto pode estar em situação longitudinal 
(vertical), transversal ou córmica, ou oblíqua, em relação ao eixo 
materno. 
SEGUNDO TEMPO 
Após o 1º tempo, o examinador desliza as mãos para o polo inferior 
do órgão, regiões laterais no abdome, para tentar identificar o 
dorso fetal de um lado e as pequenas partes ou membros do outro 
lado. 
❖ O dorso fetal é sentido como uma superfície resistente, lisa, 
regular e contínua. 
Essa manobra tem como objetivo determinar a posição fetal e pode 
até ajudar a identificar o melhor foco de ausculta dos batimentos 
cardíacos do feto (dorso). 
 
TERCEIRO TEMPO 
Tem como objetivo avaliar a mobilidade do polo fetal inferior em 
relação ao estreito superior da bacia materna, determinando a 
apresentação fetal. 
O examinador precisa apreender o polo entre o polegar e o dedo 
médio da mão direita, realizando movimentos de lateralidade para 
indicar o grau de penetração da apresentação na bacia. 
Quando o polo fetal está alto e móvel durante o exame, o polo 
balança facilmente de um lado para outro. Agora, se o polo estiver 
mais insinuado, se encontrará fixo. 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
A apresentação fetal pode ser classificada quanto ao polo inferior 
em cefálica, quando o polo inferior é o polo cefálico, pélvica, 
quando o polo inferior é o polo pélvico, e córmica, quando o feto 
encontra-se em situação transversal. 
 
QUARTO TEMPO 
É responsável por determinar a insinuação fetal. É a única manobra 
realizada com o examinador de costas para a cabeça do paciente. 
Nesse tempo, o examinador precisa posicionar suas mãos sobre as 
fossas ilíacas, aprofundando-as na pelve como se estivesse 
“escavando”, indo em direção ao hipogástrio, à procura do polo 
fetal inferior. 
 
Assim como no 1º tempo, ao achar o polo inferior, é necessário 
determinar através das características qual é a parte fetal 
localizada. 
❖ O polo cefálico é menor, com uma superfície regular, lisa e 
endurecida (apresentação cefálica). 
❖ O polo pélvico é maior, com uma superfície irregular e 
amolecida (apresentação pélvica). 
❖ Na apresentação córmica, no qual o feto está em situação 
transversa e, durante o quarto tempo, o polo inferior 
encontrará vazio. 
CITOPATOLOGIA ONCÓTICA NAS GESTANTES 
O exame citopatológico (Papanicolaou) é o exame para diagnóstico 
e rastreamento de lesões precursoras do câncer do colo do 
útero. Deve ser realizado 1x/ano e, após 2 exames anuais 
consecutivos negativos, a cada 3 anos. 
O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres 
que já tiveram atividade sexual, até os 64 anos. 
O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de 
periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, 
devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao 
serviço de saúde para realização de pré-natal. 
EXAMES LABORATORIAIS NO PRIMEIRO TRIMESTRE 
❖ Hemograma. 
❖ Tipagem sanguínea e Fator Rh. 
❖ Coombs indireto (se for Rh negativo). 
❖ Glicemia em jejum. 
❖ Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR. 
❖ Teste rápido diagnóstico Anti-HIV. 
❖ Toxoplasmose IgM e IgG. 
❖ Sorologia para hepatite B (HBsAg). 
❖ Urocultura + urina tipo I (sumário de urina/SU/EQU). 
❖ US obstétrica. 
❖ Citopatológico de colo de útero (quando necessário). 
❖ Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica). 
❖ Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica). 
 
Hemograma: 
❖ Hb >11G/DL -> ausência de anemia (administrar sulfato 
ferroso a partir da 20ª semana). 
❖ Hb >8 e <11G/DL -> anemia leve/moderada (tratar e repetir 
Hb e HT após 4 ou 8 semanas – se mantiver/diminuir, referir 
ao pré-natal de alto risco). 
❖ Hb <8G/DL -> anemia grave (referir ao pré-natal de alto risco). 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
 
 
US obstétrica: 
❖ 1º trimestre -> determinar a IG, avaliar transluscência bucal, 
determinar número de fetos. 
❖ 2º trimestre -> avaliar morfologia fetal, crescimento fetal e 
localização placentária. 
❖ 3º trimestre -> avaliar crescimento fetal e volume de líquido 
amniótico, Doppler (se fatores de risco para CIUR, DHEG, DM). 
Cultura Cervical: 
Pesquisa para Estreptococcus do grupo B -> toda gestante deve ser 
submetida ao rastreamento na 35ª-37ª semana. 
SUPLEMENTAÇÃO 
Ácido Fólico -> deve ser suplementado desde o período em que se 
está planejando a gravidez, por volta de 3 ou 4 meses antes, ou com 
início imediato assim que se descobre a gestação. 
❖ Mulheres com epilepsia, em uso de medicação 
anticonvulsionante, que devem manter o folato por toda a 
gestação. 
Ferro -> deve ser suplementado, pois a gravidez, por si só, leva à 
uma anemia (chamada anemia fisiológica) que pode ser 
compensada com a reposição do ferro, a partir da 20ª semana até 
3 meses pós parto. 
Cálcio -> deve ser prescrito quando ele é insuficiente na 
alimentação, condição frequente na alimentação dos brasileiros. é 
importante prescrever o cálcio como rotina para gestantes 
adolescentes, grávidas de gêmeos e mulheres com risco para pré-
eclâmpsia. 
❖ Atenção redobrada, por exemplo, as mulheres portadoras de 
doenças autoimunes, que frequentemente usam 
corticosteroides e que devem ter suplementação de cálcio 
durante toda gestação. 
❖ Mulheres com hipertensão arterial crônica também devem 
repor o cálcio por serem do grupo de risco para desenvolver 
pré-eclâmpsia. E mulheres com epilepsia, em uso de 
medicação anticonvulsionante,que devem manter o folato 
por toda a gestação. 
! Atenção maior com as gestantes veganas e com os nutrientes que 
são encontrados principalmente em alimentos de fonte animal 
como a vitamina B12, ferro, cálcio, colina, vitamina D e ômega-3. 
VACINAÇÃO 
❖ DTPa. 
❖ Hepatite B. 
❖ Influenza. 
❖ Febre amarela. 
❖ Covid. 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
RESUMO DA ROTINA PRÉ -NATAL 
ATÉ 12 SEMANAS 
❖ Identificar as gestantes que precisam de cuidados especiais. 
❖ Solicitar os exames de rotina. 
❖ Dar informações sobre alimentação, prática de atividade 
física, benefícios do pré-natal e amamentação. 
❖ Anamnese e Exame Físico. 
❖ Benefícios do ácido fólico. 
16 SEMANAS 
❖ Avaliar resultados dos exames. 
❖ Medidas de AU, PA, BCF, peso e presença de edemas. 
20 SEMANAS 
❖ Prescrever sulfato ferroso. 
❖ Avaliar AU, PA, BCF, peso e presença de edemas. 
24 SEMANAS 
❖ TTGO. 
❖ US morfológica. 
❖ Avaliar AU, PA, BCF, e presença de edemas. 
28 SEMANAS 
❖ Repetir hemograma, urocultura, VDRL e sorologias. 
32 SEMANAS 
❖ Oferecer o rastreamento do SGB. 
❖ Avaliar peso, AU, PA, BCF e presença de edemas. 
40 SEMANAS 
❖ Verificar a vitalidade fetal. 
EXAME ESPECULAR 
Selecione um espéculo de tamanho e formato adequados e 
umedeça com água morna. Avise a paciente que irá introduzir o 
espéculo e aplicar pressão para baixo. 
! USAR LUVAS 
 
 
Com a outra mão, introduza o espéculo fechado além de seus 
dedos, com inclinação para baixo. Tome cuidado para não puxar os 
pelos pubianos e nem beliscar os lábios. 
 
O espéculo deve ser introduzido de forma inclinada, para causar 
menos desconforto para a paciente. Nunca em pé e nem deitado. 
Também deve estar lubrificado. 
Depois que introduzir o espéculo, remova seus dedos de sua outra 
mão do introito, gire o espéculo para uma posição horizontal, 
mantendo a pressão no sentido posterior, e introduza-o 
completamente. Não abra prematuramente as lâminas do 
espéculo. 
 
Abra cuidadosamente o espéculo, gire e ajuste para que ele esteja 
voltado para o colo do útero e possibilite visualização completa. Fixe 
o espéculo em sua posição aberta, apertando o parafuso. 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
Observe a coloração do útero, sua posição e as características da 
superfície e quaisquer ulcerações, nódulos, massas, sangramentos 
ou secreção. Inspecione o óstio do colo do útero à procura de 
secreção. 
COLETA DO PREVENTIVO DE CÂNCER (PAPANICOLAU) 
Para obter resultados melhores, a paciente não deve estar 
menstruada. Deve evitar relações sexuais 48h anteriores ao exame. 
O exame pode ser feito com a 
ESCOVA CERVICAL. Gire a ponta da 
escova no óstio do colo do útero, 
totalmente no sentido horário e, em 
seguida, coloque a amostra 
diretamente na lâmina. 
Também pode ser realizado a partir 
da RASPAGEM CERVICAL. (Espátula 
de Ayre). Coloque a extremidade 
mais longa do raspador no óstio do 
colo do útero. Pressione, gire e raspe 
em um círculo completo. Faça um 
esfregaço dessa amostra na lâmina. 
Pode ser utilizado também a ESCOVA 
ENDOCERVICAL. Coloque-a no óstio 
do colo do útero, gire-a entre seus 
dedos polegar e indicador em 
sentido horário e depois anti-horário. 
Remova a escova e esfregue-a na 
lâmina de vidro.

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