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3 INTRODUÇÃO A Análise Experimental do Comportamento (AEC) é uma das subáreas da Análise do Comportamento, seu foco é a elaboração e a legitimação de dados empíricos acerca do comportamento. É fruto dos estudos científicos de Burrhus Frederic Skinner, seu objeto de estudo, logicamente, é o comportamento, aqui definido como: “(...) a interação entre um organismo fisiologicamente constituído como um equipamento anatomofisiológico, e seu mundo, histórico e imediato.” (Neto, 2002, p.13). A Análise Experimental do Comportamento é um campo de prolixos estudos na Psicologia, sobretudo na Psicologia Experimental, compreende desde o Behaviorismo clássico até os modernos estudos em laboratórios de condicionamento. O comportamento humano é construído, ele se organiza a partir de diversas experiências e processos que perpassam a trajetória de vida de um indivíduo; a aprendizagem, por exemplo, é um dentre os vários e pode ser entendida como “(...) o processo pelo qual o comportamento é adicionado ao repertório do organismo” (Teixeira, 2005, p.2). Por uma definição mais clara e completa (Gazzaniga e Heathernton 2005, p. 183), preconizam que: “(...) a aprendizagem é uma mudança relativamente duradoura de comportamento, resultante da experiência. Ela ocorre quando os organismos se beneficiam da experiência para que os seus futuros comportamentos sejam mais bem adaptados ao ambiente”. Esta definição pode ser naturalmente conectada a um conceito básico da Análise do Comportamento: o reflexo inato, esse tipo de reflexo é o produto de uma modificação no ambiente que acarreta, também, uma modificação no organismo. De acordo com Moreira e Medeiros (2007): “Todas as espécies animais apresentam comportamentos reflexos inatos. Esses reflexos são uma 4 ‘preparação mínima’ que os organismos tem para começar a interagir com o seu ambiente e para ter chances de sobreviver.” (p.17). A complexidade da tentativa de definir a aprendizagem é tão densa que alguns estudiosos se abstêm de, conforme Catania (1999): Este é um livro sobre a aprendizagem, mas devemos, de início, encarar o fato de que não seremos capazes de definir aprendizagem. Não há definições satisfatórias. Ainda assim, podemos estudar a aprendizagem. Fazemos isso sempre que observamos como os organismos vêm a se comportar de maneiras novas. Em nosso estudo da aprendizagem, vamos examinar dois tipos de questão: (1) qual a natureza dos eventos a que nos referimos como aprendizagem e (2) qual a melhor forma de falar deles? (p.22) A cada nova vivência experimentada por um organismo, seu repertório comportamental amplia-se. De acordo com Catania (1999): (...) um pombo descobre alimento ao longo de sua jornada e retorna àquele lugar, mais tarde, quando está novamente faminto. Uma criança se torna capaz de ler uma história ou de soletrar algumas palavras simples. Um cachorro é ensinado a sentar ou a deitar, sob comando. Um paciente que certa vez teve uma experiência ruim no consultório de um dentista sente-se desconfortável na sala de espera. Um filhote de gato, após suas primeiras expedições de caçada, passa a evitar gambás e porcos-espinho. Um consumidor vê um anúncio de uma liquidação que ainda não começou e, alguns dias depois, volta à loja e aproveita os preços baixos. Um autor que encontra uma palavra pouco familiar, mais tarde vem a empregá-la em um pequeno conto. Um estudante, depois de ler um capítulo de um livro de matemática, encontra a solução de um problema que, até então, parecia insolúvel. (p. 22) 5 De acordo com Rimm e Masters (1983) qualquer manipulação de contingência deve ser precedida da definição da frequência ou infrequência relativa dos comportamentos a serem avaliados ou modelados, por exemplo, no experimento de Skinner no qual um rato é condicionado a apertar a barra para ganhar comida, a quantidade de vezes que o rato pressiona a barra antes do condicionamento acontecer, é denominada linha de base. Ainda sobre o conceito de linha de base: “É a forma como o sujeito opera (age) sobre o ambiente antes de qualquer intervenção experimental, ou seja, é como os organismos comportam-se em um determinado ambiente antes que qualquer manipulação deliberada seja feita para modificar o seu comportamento.” (Moreira e Medeiros, 2007, p.169). Como exemplo pode-se citar - a apuração da altura na qual a cabeça de um pombo se mantém naturalmente em um experimento no qual irá se condicionar o comportamento de erguer a cabeça acima de uma determinada altura, em um pombo. Conforme Skinner (1976) o comportamento controlado por um agente externo, denominado estímulo, é chamado de resposta e juntos compreendem o reflexo. Por exemplo: um raio de luz sobre o olho produz a contração da pupila em uma pessoa normal; quando há certo aumento de temperatura os pequenos vasos sanguíneos da pele humana se dilatam e o sangue vem à superfície da pele ‘enrubescendo-a’; vomitamos ao introduzir o dedo na garganta. Ou ainda, o reflexo ‘é relação entre estimulo e resposta’. EX: o médico martelar o joelho e o paciente flexionar a perna. (Moreira e Medeiros, 2007, p. 18). O condicionamento clássico pode ser descrito como o processo pelo qual “um estímulo antes neutro, adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo. A mudança ocorre quando o estímulo neutro for seguido ou reforçado pelo estímulo efetivo.” (Skinner, 1976, p.37). Também pode ser definido como um processo de aprendizagem no qual o estímulo antes neutro é associado com um estímulo que produz resposta, através da repetida união entre esses estímulos. Por exemplo: platelmintos contraem 6 seus corpos quando submetidos a choques elétricos leves e, se esses choques são realizados repetidas vezes na presença da luz, os organismos passam a emitir a contração dos corpos apenas na presença da luz; pacientes com câncer depois de realizarem alguns tratamentos que envolvem aplicações de recursos terapêuticos que causam náuseas, passam a sentir o sintoma de se enjoar apenas por entrar na sala de tratamento. (Bem et al. ,2002). Outro exemplo interessante que exprime o condicionamento clássico é a associação que os indivíduos dependentes da heroína desenvolvem entre a seringa, o ato da injeção e o prazer proporcionado pela substância; muitas vezes, na ausência da substância, injeta-se água para diminuir os efeitos da abstinência (Gazzaniga, Heathernton, 2005). O condicionamento operante é definido como quando o organismo não simplesmente reage aos estímulos, mas comporta-se de modo a produzir certas mudanças em seu ambiente, ou seja: “algumas respostas são aprendidas porque operam ou afetam o ambiente”. Por exemplo, o bebê irá aprender a fazer birra se esse comportamento gerar a atenção dos pais. (Bem et al., 2002). Outros exemplos, citados por Moreira e Medeiros (2007), de condicionamentos operantes são: estender o braço e conseguir alcançar o copo, pressionar um botão e chegar o elevador, girar uma torneira e obter a água, fazer uma pergunta e obter uma resposta. O condicionamento operante ainda pode ser definido como: “o processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação determinam a probabilidade de ela ser realizada no futuro”. (Gazzaniga, Heathernton, 2005, pág. 191). A modelagem é um processo de aprendizagem e abarca o condicionamento operante que é de suma importância para a Psicologia, pois segundo Ugo Nicoletto, Luiz Rizzon, Paulo Bisi, Elaine Graghirolli (2000) é a partir dele que a maioria dos comportamentos humanos é adquirida. Assim, pode-se concluir que esse processo permite interpretar uma gama de 7 maneiras de se comportar. Além disso, Skinner (1976) afirma que é do comportamento operante que a maioria dos problemas práticos dos assuntos humanos tem origem. A modelagem é explicada como um processo de condicionamentooperante que inclui reforçar comportamentos cada vez mais similares ao comportamento desejado, através de aproximações sucessivas (Gazzaniga e Heathernton, 2005). Rimm e Masters (1983) definiram a modelagem como um processo criado para induzir a realização de novos comportamentos, através do reforço inicial de comportamentos do repertório do indivíduo, que tem alguma semelhança com o comportamento desejado. Posteriormente, o reforço seria retirado dos comportamentos menos semelhantes e concentrado nos que já sejam mais semelhantes, que gradativamente se tornam cada vez mais semelhantes ao comportamento desejado, até que se igualam. Neste mesmo livro é citado o exemplo de um garoto autista que foi condicionado a usar os seus óculos através da modelagem. Instituiu-se o momento do café da manhã como uma seção de modelagem, e o prosseguimento do café dependia das aproximações do uso dos óculos. Depois que o uso dos óculos foi instituído, ele pode ser mantido com um número cada vez menor de reforços manipuláveis. Também se pode citar o exemplo em que pombos foram modelados para encontrarem pessoas perdidas no mar, o pombo é condicionado a bicar uma tecla quando percebe a presença da cor laranja no oceano. (Bem et al.,2002). Para Bem et al. (2002) a modelagem se define como o reforçamento do comportamento desejado pelo experimentador, para que ele seja aprendido pelo sujeito experimental. A conceituação de extinção é muito importante para se entender o motivo pelo qual alguns comportamentos adquiridos durante a história de vida do indivíduo passam a não mais vigorar. Existe a extinção do comportamento adquirido a partir do condicionamento clássico e a extinção do comportamento adquirido através do condicionamento operante. 8 De acordo com Skinner (1976), extinção operante acontece quando o estímulo condicionado perde seu poder de evocar a resposta quando deixa de ser reforçado, isso ocorre quando se apresenta o estímulo condicionado e omite-se o estímulo reforçador responsável pelo seu efeito. Ou ainda, segundo Nicoletto et al. (2000) a extinção operante ocorre pela supressão do reforço. Para exemplificar o conceito: Martin e Pear (2009) contam sobre o caso de Luíza, que aos 13 anos começou a ser queixar de dores de cabeça e por causa disso ela recebeu atenção excessiva dos pais, de profissionais, e de seu meio social nos anos seguintes e, além disso, começou a ser privada de suas obrigações, como ir à escola, sempre que reclamava da enxaqueca. Com o passar do tempo, Luíza tinha dores de cabeça cada vez mais intensas e aos vinte e seis anos sentia dores debilitantes, com vários outros efeitos colaterais. Depois de passar por vários médicos, exames e tratamentos, todos em vão, consultou um terapeuta comportamental, que descobriu que suas dores de cabeça na verdade poderiam ter sido aprendidas e iniciou-se, então, um tratamento comportamental - um processo de extinção no qual Luísa deixou de tomar os remédios, de ter atenção excessiva, e começou a receber reforçadores e elogios de pessoas mais próximas para progredir em seu tratamento, essas eram apenas algumas das exigências terapêuticas. Ao longo do tratamento a frequência da dor de cabeça diminuiu a um nível muito baixo, então é possível considerar que a extinção foi bem- sucedida. Segundo Gazzaniga e Heathernton (2005) a extinção da resposta condicionada ocorre quando o estímulo condicionado deixa de ser apresentado previamente ao estímulo incondicionado. Já para Nicoletto et al (2000), a extinção “(...) de um comportamento aprendido por condicionamento simples se dá quando o estímulo condicionado for dissociado do estimulo incondicionado, isto é, quando for apresentado muitas vezes sem ser acompanhado do estímulo que provoca naturalmente a resposta” (p.122). 9 Finalmente, trata-se do fenômeno da recuperação espontânea, pelo qual, de acordo com Gazzaniga e Heathernton (2005), o estímulo condicionado extinto produz novamente uma resposta condicionada, é um fenômeno temporário e irá desaparecer rapidamente se o estímulo condicionado não for emparelhado novamente ao estímulo incondicionado. Segundo Moreira e Medeiros (2007): “(...) às vezes, após um comportamento ser extinto, a mera passagem do tempo pode aumentar a probabilidade do comportamento extinto voltar a ocorrer. Isso é conhecido como o fenômeno da recuperação espontânea.” (p.90). 10 MÉTODO O sujeito A atividade realizada em laboratório da disciplina de Psicologia Experimental II – Análise Experimental do Comportamento utilizou-se de um programa de computador chamado Sniffy the virtual rat Pro 2.0®, que simula um rato albino macho da raça Wistar, de idade não especificada, de trinta e nove centímetros de comprimento, incluindo o rabo. O rato é considerado ingênuo, não tendo passado por experimentos anteriores, e está sempre em estado de privação, independente de quanto alimento tenha ingerido. O sujeito encontrava-se em uma gaiola semelhante a uma caixa de Skinner, provida de alimento como elemento reforçador. 11 O ambiente, os materiais e os instrumentos O experimento ocorreu na Universidade Federal de Uberlândia, na sala quarenta e oito do bloco 2C, localizado no campus Umuarama. O ambiente contava com a presença dos participantes, cadeiras e mesas para os mesmos, um computador conectado a um projetor para exemplificação de uso do programa e demais computadores preparados para executar o software Sniffy the virtual rat Pro 2.0 ® - reservados aos experimentadores. Os materiais utilizados foram: a função cronômetro de um celular comum, lapiseira e borracha para as anotações, as folhas de registro fornecidas pelo monitor e padronizadas para cada etapa do experimento e um pen drive para salvar os dados obtidos. As folhas de registro se dividiam em: “Linha de Base” (Anexo 1), que tinha como objetivo mostrar o comportamento do rato antes do experimento começar, composta pelas ações de andar, levantar, girar, limpar, farejar e pressionar a barra, que o rato realizava e o tempo decorrido; “Treino ao Comedouro” (Anexo 2) que continha o tempo de reação em segundos que o rato precisava para identificar e comer o alimento no comedouro e o número de tentativas; “Modelagem da resposta de pressão à barra” (Anexo 3) composta pelo reforço dado pelo experimentador ao sujeito, a pressão a barra exercida pelo rato e o tempo decorrido, com objetivo de mostrar o processo de aprendizagem e fixação de um comportamento modelado pelo experimentador; “Extinção” (Anexo 4) com os mesmos componentes da “Linha de Base”, mas com o objetivo de ser útil para se examinar o fenômeno da extinção do comportamento aprendido; e a “Recuperação Espontânea” (Anexo 5) composta pelos mesmos itens que a Modelagem da resposta de pressão à barra, mas com objetivo de ser útil para a observação da recuperação espontânea do comportamento extinto. O instrumento utilizado, o programa Sniffy the virtual rat Pro 2.0 ® foi executado em computadores que possuíam o sistema operacional Windows XP ® com configurações compatíveis com o programa, reservados a dupla de experimentadores durante os dois dias do 12 experimento, o programa simula um rato em um ambiente virtual semelhante a uma caixa de Skinner, com os equipamentos anexados em sua parede norte, que continha um alto falante no lado direito superior, uma luz sinalizadora na parte superior central, uma barra de pressão que quando pressionada liberava o alimento, localizada abaixo da luz sinalizadora, um comedouro pelo qual era liberado o alimento para o rato e ficava localizado abaixo da barra de pressão, um bebedouro que não foi utilizado no experimento, localizado no lado esquerdo inferior, grades na parte inferior e as laterais fechadas, o ângulode visão do experimentador ficava ao sul da caixa e a parte superior não era mostrada, o reforçador disponível era o alimento do rato. Ao lado da caixa virtual havia janelas utilitárias que informavam os registros cumulativos do rato, um gráfico mostrando o processo de pareamento entre o som e a comida e também entre a barra e o som, e um assistente de laboratório informando a situação do rato no experimento e verificando a realização dos objetivos. 13 Procedimentos O experimento foi realizado com a orientação do Professor Doutor Alexandre Vianna Montagnero, a supervisão do Monitor Bruno dos Santos Queiroz, estudante do 3º período de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia e que possui contato prévio com o experimento. Os alunos matriculados no curso formaram duplas com escolha livre e foram divididos em duas turmas, ‘A’ com inicio as 14:00 horas e ‘B’ com inicio as 15:30h, o experimento foi realizado em dois dias. Os experimentadores responsáveis por este relatório foram a dupla Marcelo Hayeck, 21 anos, gênero masculino, e Thais Barbosa Ribeiro, 21 anos, gênero feminino, ambos alunos do 2º período do curso de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, participantes da turma ‘B’ e portadores de nenhuma experiência prévia com o experimento, além do conteúdo teórico ministrado durante o curso. O experimento também foi realizado na presença de aproximadamente dezoito estudantes da mesma disciplina. A análise foi desenvolvida durante duas aulas, a primeira data foi cinco de junho de 2015 e a segunda data foi doze de junho de 2015. No dia cinco de junho de 2015 foram registrados os dados sobre a “Linha de base”, sobre o “Treino ao comedouro” e sobre o início da “Modelagem da resposta de pressão à barra”. No dia doze de junho de 2015 foram registrados os dados sobre a conclusão da “Modelagem da resposta de pressão à barra”, sobre a “Extinção do comportamento” e sobre a “Recuperação espontânea do comportamento”. No dia cinco de junho de 2015 foi executada a etapa que tratava da “Linha de base”, uma etapa essencial para o experimento, durante esta etapa o sujeito ingênuo foi somente observado pelos experimentadores, por um tempo total de dez minutos, e teve as suas ações acompanhadas – andar, levantar, girar, limpar, farejar, pressionar a barra; enquanto isso os experimentadores anotavam na folha de registro a quantidade de vezes em que o sujeito praticava determinada ação, a cada intervalo de sessenta segundos. Após este exercício de observação do sujeito, os experimentadores avançaram para a próxima etapa. 14 No momento seguinte, neste mesmo cinco de junho de 2015, deu-se segmento a etapa denominada “Treino ao comedouro”, nesta etapa o sujeito precisava aprender a associação entre o som emitido no ambiente da caixa quando a barra era pressionada e a liberação do alimento. Para isso, foi preciso que um dos experimentadores pressionasse a barra que liberava o alimento, concomitantemente a iniciação do aplicativo de cronômetro do celular e visualizasse o tempo de reação do sujeito (em segundos), ou seja, a quantidade de tempo que o sujeito levou para notar a presença do alimento e comê-lo. Após esta etapa encerrou-se a primeira parte da experimentação, a janela de status do software Sniffy Virtual Rat Pro ® exibiu a seguinte notificação: “Sniffy appears to have developed an association between the sound of the hopper and the food”, o que confirmou o condicionamento do sujeito à percepção do som do alimento obtido. Figura 1: Tela da interface do software Sniffy Virtual Rat Pro® 15 A etapa da modelagem foi começada no dia cinco de junho de 2015, em um primeiro momento o intuito era ensinar o sujeito a pressionar a barra e obter o alimento, sozinho. Considerou-se o fato de que o sujeito já possuía o conhecimento de que a emissão do som sinalizava a presença do alimento no comedouro e para prosseguir com a experimentação fez- se uso da tabela da “Modelagem da resposta de pressão à barra”, nesta tabela foi possível assinalar, em uma das colunas, a quantidade de reforço fornecido ao sujeito durante cada intervalo de sessenta segundos e em outra coluna pode-se registrar a quantidade de vezes que o sujeito pressionava a barra a cada intervalo de sessenta segundos. Prosseguiu-se da seguinte forma: primeiro um dos experimentadores liberava o reforço somente quando o sujeito olhava para a barra; depois, um dos experimentadores só liberava o reforço quando o sujeito se aproximava da barra; em seguida, um dos experimentadores só liberava o reforço quando o sujeito se levantava sobre o comedouro ou paredes da caixa que fossem próximas ao comedouro; mais adiante, um dos experimentadores só liberava o reforço quando o sujeito estava com o corpo abaixado e passava próximo à barra. Então, quando o rato começou a pressionar a barra com mais frequência, sem necessitar da aplicação do reforço, a janela de notificações do software Sniff – The Virtual Rat ® indicou que o sujeito havia aprendido o comportamento que se objetivou ensinar, ou seja, o sujeito foi modelado. No dia doze de junho de 2015 foi iniciada a etapa da extinção do comportamento, desta vez o objetivo almejado era contrário ao objetivo do experimento anterior, em outras palavras: o desejo era retirar do sujeito o comportamento que fora modelado (a obtenção do alimento por si só, através do pressionamento da barra). Assim, o alimento que era liberado após a pressão da barra foi suspenso, e a modelagem outrora aprendida, foi desaprendida. Os comportamentos de pressionar a barra, andar, farejar, levantar, limpar-se e girar, foram novamente observados e analisados; à medida que o tempo de experimentação aumentava a 16 quantidade de vezes em que o sujeito pressionava a barra, diminuiu progressivamente; após nove minutos a janela de notificações do software sinalizou que o comportamento havia sido totalmente extinto do organismo, o sujeito pressionou a barra por trinta vezes até atingir essa total extinção. Já quase no fim da experimentação, deu-se segmento a etapa da “Recuperação espontânea do comportamento do sujeito”. O propósito desta etapa era o de recuperar o comportamento que foi aprendido pelo sujeito durante o processo de “Modelagem” e desaprendido durante o processo de “Extinção do comportamento”, dessa forma o sujeito recebia novamente o reforço (alimento) quando se aproximava da barra, para que novamente aprendesse a pressioná-la por si só e então, independentemente, obter a sua refeição. Considerando-se que o comportamento a ser aprendido pelo sujeito nesta etapa, já havia sido apreendido pelo seu organismo anteriormente e o objetivo era somente o de recuperá-lo, a quantidade de minutos e de reforços necessários foi significativamente reduzida. 17 RESULTADOS Por meio da observação do sujeito virtual na etapa da análise e pela observação da linha de base, pode-se constatar a frequência com que ocorriam os diversos comportamentos, antes de ser feita a intervenção experimental. Estas frequências foram registradas na folha de registro destinada a este fim, a análise destes registros revela que algumas frequências são maiores e outras frequências são menores, segue: Comportamento de andar: taxa de resposta = 55/10 = 5,5 Rs/min. Comportamento de levantar: taxa de resposta = 72/10 = 7,2 Rs/min. Comportamento de girar: taxa de resposta = 8/10 = 0,8 Rs/min. Comporta de limpar: taxa de resposta = 63/10 = 6,3 Rs/min. Comportamento de farejar: taxa de resposta = 40/10 = 4 Rs/min. Comportamento de pressionar a barra: taxa de resposta = 2/10 = 0,2 Rs/min. 18 Figura 2: Gráfico da etapa “Linha de base” Fonte: Imagem elaborada pelos autores No gráfico acima apresentado,pode-se perceber que o eixo “X” representa os comportamentos expressados pelo sujeito, e o eixo “Y” representa a frequência com que estes comportamentos ocorreram, nota-se que existem comportamentos que ocorreram mais vezes, como, por exemplo, o comportamento de levantar e o de limpar. Há comportamentos que tem menor incidência, como o de pressionar a barra, que foi manifestado apenas duas vezes. O fato de alguns comportamentos aparecerem mais vezes e outros menos pode ser interpretado considerando-se que o rato (sujeito) utilizado no experimento é ingênuo, ou seja, ainda não aprendeu a pressionar a barra para obter o alimento, falta-lhe o condicionamento. 55 72 8 63 40 2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Andar Levantar Girar Limpar Farejar Pressionar a barra Fr e q u ê n ci a Comportamento LINHA DE BASE 19 Figura 3: Gráfico da etapa “Treino ao comedouro” Fonte: Imagem elaborada pelos autores Pode-se observar o gráfico representativo da etapa experimental de “Treino ao comedouro”, o eixo “X” aponta o número de tentativas, ou seja, indica a quantidade de vezes em que o experimentador forneceu o reforço ao sujeito; o eixo “Y” representa o tempo de reação do sujeito (em segundos), as tentativas foram listadas na tabela, de acordo com o intervalo numérico contado de cinco em cinco. Ao analisar o gráfico, percebe-se que o tempo de reação do sujeito experimental é bastante diverso, porém, fica cada vez menor, de acordo com a quantidade de tentativas. Essa redução do tempo de reação comprova o processo de aprendizagem do sujeito. O processo de aprendizagem só ocorrerá integralmente quando o sujeito for capaz de associar o som gerado pelo pressionamento da barra à oferta do alimento. O experimento foi finalizado quando ao escutar o som emitido pela barra o rato manifestou uma resposta automática (comer o alimento); então foi possível prosseguir com o experimento para a etapa da “Modelagem”. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1° 11° 21° 31° 41° 51° 61° 71° 81° 91° Te m p o d e r e aç ão e m s e gu n d o s Tentativas Treino ao comedouro Tempo de reação em segundos 20 Figura 4: Gráfico da etapa “Modelagem da resposta de pressão a barra” Fonte: Imagem elaborada pelos autores O gráfico quatro, no qual o eixo “X” representa o tempo (em minutos) da etapa da experiência, que foi agrupado de dois em dois intervalos para uma melhor visualização, e o eixo “Y” que demonstra a frequência de ocorrência do reforço e da pressão à barra. Pode-se notar no gráfico que no começo do experimento o sujeito é reforçado e pressiona a barra por poucas vezes, mas de acordo com o tempo, a quantidade de reforço diminui, até chegar a zero, fazendo com que o sujeito pressione a barra e busque o alimento por si próprio. 0 20 40 60 80 100 120 1 3 5 7 9 11 13 Fr e q u ê n ci a Tempo em minutos Modelagem da resposta de pressão a barra Reforço Pressão à barra (RPB) 21 Figura 5: Gráfico da etapa “Extinção” Fonte: Imagem elaborada pelos autores Neste gráfico, o eixo “X” representa os comportamentos que foram aprendidos pelo sujeito e que precisaram ser desaprendidos, neste estágio do experimento. O eixo “Y” representa a frequência com que estes comportamentos de andar, levantar, girar, limpar, farejar e pressionar a barra foram extintos, percebe-se que alguns comportamentos foram extintos com maiores frequências e outros comportamentos com menores frequências. Quando o comportamento de pressionar a barra foi extinto, concluiu-se a etapa da “Extinção”, ou seja, o sujeito já não mais associava a pressão da barra com a liberação do alimento. 29 64 7 57 38 30 0 10 20 30 40 50 60 70 Fr e q u ê n ci a Comportamento EXTINÇÃO 22 Figura 6: Gráfico da etapa “Pressão da barra” Fonte: Imagem elaborada pelos autores Neste gráfico da figura 6, o eixo “X” representa o tempo (em minutos) do experimento, e o eixo “Y” representa a resposta de pressão à barra. Durante a “Extinção” não se oferece mais o alimento, e assim o gráfico mostra a pressão à barra por minuto, até que o sujeito pare de pressionar a barra e o comportamento seja realmente extinto. Pode-se notar que a quantidade de pressões à barra diminui com o tempo, pois o rato percebe que não será mais reforçado. O comportamento foi extinto após nove minutos. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 1 3 5 7 9 R e sp o st a d e p re ss ão a b ar ra Tempo em minutos Pressionar a barra Pressionar a barra 23 Figura 7: Gráfico da etapa “Linha de base- Extinção” Fonte: Imagem elaborada pelos autores O gráfico da figura 7 traça um paralelo entre os comportamentos apresentados durante os procedimentos de “Linha de Base” e de “Extinção”, o eixo “X” representa os comportamentos e o eixo “Y” representa a frequência com que os comportamentos ocorreram. Como o sujeito experimental foi submetido a um processo de modelagem, incitando o aprendizado do comportamento de pressionar a barra; na tentativa de extinguir esse comportamento o sujeito experimental passou a realizar diversas pressões na barra, as quais não resultaram em reforço – liberação do alimento - então o rato desconectou o comportamento de pressionar a barra da obtenção de alimento e à medida que essa operação foi repetida, ele parou de se comportar. 55 72 8 63 40 2 29 64 7 57 38 30 0 10 20 30 40 50 60 70 80 LINHA DE BASE- EXTINÇÃO linha de base extinção 24 Figura 8: Gráfico da etapa “Recuperação espontânea” Fonte: Imagem elaborada pelos autores O gráfico apresentado pela figura 8 mostra que o eixo “X” apresenta o tempo do experimento, em minutos e o eixo “Y” apresenta a frequência do comportamento do sujeito. A “Recuperação espontânea” tem como intuito, oferecer reforços ao sujeito experimental para que ele recupere o comportamento de pressionar a barra, extinto anteriormente; isso acontece quando o sujeito é capaz de religar a liberação do alimento ao ato de pressionar a barra. É importante lembrar que nesta etapa o sujeito precisa de menos tempo para aprender, pois é apenas uma recordação do aprendizado anterior. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 1 3 5 7 9 11 13 15 Fr e q u ê n ci a Tempo em minutos Recuperação espontânea REFORÇO RPB 25 DISCUSSÃO O objetivo do experimento foi aplicar teorias psicológicas comportamentais em um organismo vivo, ingênuo e observar, comparar, discutir e expor em um relatório científico os resultados obtidos. As teorias aplicadas foram o condicionamento clássico, a modelagem de um comportamento através de aproximações sucessivas, criando-se então um condicionamento operante, a extinção e a recuperação espontânea. Inicialmente observou-se “Linha de base” (Anexo 1) a nível operante dos comportamentos do sujeito durante 10 minutos, ou seja, registrou-se os comportamentos antes de nenhuma interferência do experimentador (Moreira e Medeiros, 2007), foi observado o comportamento de pressionar a barra por 2 vezes e quando comparado aos demais comportamentos como o limpar que ocorreu 40 vezes ou o levantar que ocorreu 72 vezes, fica demonstrado que não há aprendizagem prévia do comportamento do sujeito de pressionar a barra para receber a consequência reforçadora. Catania (1999) exemplifica a importância de uma linha de base ao descrever uma situação onde macacos aprendiam novos comportamos e estes se tornavam estáveis, já integrados ao seu repertório comportamental, então formavam a linha de base, assim era possível realizar futuros experimentos observando alterações na linha de base, quando o experimentador inseria alguma variável no ambiente. No próximo passo foi realizado um pareamento entreo som realizado pela pressão à barra e a inserção do reforço no ambiente (Anexo 2), ou seja, um condicionamento clássico acontece quando um estímulo neutro passa a ser pareado a um estímulo incondicionado, se transformando em um estimulo condicionado e a partir de diversas vezes pareado, se torna um estímulo incondicionado e começa eliciar a mesma resposta no organismo (Skinner, 1976, 26 p.37). O sujeito estabeleceu o condicionamento após 96 tentativas, comparando-se o tempo de reação em segundos das 10 primeiras tentativas onde não havia um pareamento obtém-se uma média de 6,8 segundos; quando observadas as 10 últimas tentativas obtém-se uma média de 2,1 segundos. Interpretando os valores e observando a grande discrepância entre os dados nas primeiras 10 tentativas e nas 10 últimas tentativas é possível verificar a realização de um condicionamento clássico. O condicionamento clássico é de grande importância para a Psicologia, a sua definição aborda e explica diversos fenômenos da vida humana, como Catania (1999) exemplifica o emparelhamento de objetos ou avisos como “proibido” ou “perigo” a um choque elétrico, através dos quais o indivíduo habitua-se a generalizar e evitar o contato com os objetos. Moreira e Medeiros (2007) também demonstram o emparelhamento de palavras com situações punitivas, nas quais um pai pune um filho com um castigo físico e o chama de “inútil”, e caso ocorra um condicionamento da palavra ao castigo físico, a simples menção da palavra “inútil” pode eliciar sensações semelhantes à própria punição física. O condicionamento clássico pode ocorrer de maneira benéfica ao sujeito, ajudando na sobrevivência do mesmo, e também pode ocorrer de forma prejudicial, quando aplicado de forma indevida, como no exemplo citado sobre o emparelhamento em situações aversivas ao sujeito, por isso é de grande importância para a Psicologia e para a sociedade conhecer o seu funcionamento da forma mais específica possível. A próxima etapa foi a “Modelagem do comportamento de pressionar a barra” (Anexo 3), com a utilização da técnica de aproximações sucessivas, processo necessário para a aprendizagem de comportamentos complexos, pelos quais o comportamento final é dividido em diversos processos menores, e o organismo é reforçado sempre que se aproxima do seu objetivo final (Gazzaniga e Heathernton, 2005). O processo de modelagem do comportamento aconteceu em 13 minutos e os experimentadores se utilizaram de 10 reforços na realização 27 das aproximações sucessivas para se alcançar o objetivo final, no minuto 5 ocorreu o último reforço por parte dos experimentadores, depois o próprio sujeito conseguiu o seu reforço por meio de sua ação sobre o ambiente, ao todo a barra foi pressionada 107 vezes. O sucesso da atividade pôde ser observado, comparando os dados registrados na “Linha de base” e durante a “Modelagem do comportamento”, enquanto na “Linha de base” a barra foi pressionada 2 vezes durante 10 minutos no final do registro, na “Modelagem do comportamento” foi observado a pressão da barra por 8 vezes em 1 minuto. O sujeito aprendeu que a ação de apertar a barra liberava o alimento, ou seja, o comportamento de apertar a barra altera o ambiente e possui uma consequência reforçadora para o sujeito, a inserção do alimento, então ocorre um condicionamento operante (Gazzaniga, Heathernton, 2005). A literatura possui exemplos pertinentes para a discussão sobre a modelagem, as aproximações sucessivas e o condicionamento operante. Moreira e Medeiros (2007) dão um exemplo prático, comum e útil - se trata da aprendizagem do ato de falar por bebês: desde que nascem os seres humanos já emitem diversos sons de forma aleatória, em um determinado momento em que o bebê emite um som que desperta o interesse dos pais ou responsáveis, o mesmo é reforçado imediatamente, então, com o passar do tempo o mesmo som não é mais reforçado e o bebê começa a agrupar os sons, variar a forma do comportamento, e a formar palavras inteiras, sendo novamente reforçado, ou seja, uma mãe pode reforçar o filho quando o mesmo emitir o som “ma”, depois reforçá-lo quando ele disser “mama” e finalmente reforçá-lo quando ele disser “mamãe”. Nesse exemplo a técnica de aproximação sucessiva e a modelagem do comportamento são encontradas na presença dos reforços, à medida que a criança se aproxima do objetivo final e o comportamento operante reside no fato da criança alterar o ambiente com um comportamento e gerar uma consequência atrelada ao seu comportamento. O conhecimento é pertinente para o desenvolvimento da Psicologia e 28 também dos seres humanos, por possibilitar interferências em todas as formas de aprendizado dos indivíduos. A “Extinção” (Anexo 4), processo pelo qual o sujeito para de emitir o comportamento aprendido pela ausência da consequência reforçadora (Skinner, 1976), foi o próximo processo experimentado, para isso foi retirado o reforçador do ambiente, quando o sujeito pressionava a barra o alimento não era liberado. O processo durou 9 minutos, no primeiro minuto a barra foi pressionada 18 vezes e no último foi pressionada 0 vezes, no último minuto da modelagem a barra foi pressionada 8 vezes. Comparando com a “Linha de base” observa-se um retorno ao nível operante (anterior ao experimento), durante a “Extinção” também se observa o aumento da frequência e uma variabilidade no comportamento. Moreira e Medeiros (2007) exemplificaram a extinção através do comportamento, antes reforçado, de uma criança, quando ela fazia “birra” para conseguir o que desejava, a “birra” foi um comportamento aprendido pela criança quando ela percebeu que seus pais o reforçavam, quando os pais pararam de reforçar o comportamento da “birra” ela varia a forma de apresentar o seu comportamento e pode finalmente extingui-lo por completo. A última etapa foi a observação da “Recuperação espontânea” (Anexo 5), o alimento como reforçador positivo foi novamente inserido no ambiente e o processo de “Modelagem” foi refeito (Gazzaniga e Heathernton, 2005), dessa vez foram necessários 4 reforçadores liberados pelos experimentadores para a aproximação sucessiva e isso ocorreu em 15 minutos. Comparando com os dados obtidos na “Modelagem”, em que foram necessários 6 reforçadores a menos por parte dos experimentadores, sendo que esta etapa demorou 2 minutos a mais para ocorrer. A pequena diferença no tempo e a grande diferença na quantidade de reforçadores utilizados pelos experimentadores demonstra que a “Recuperação espontânea” foi mais fácil de ser realizada do que a “Modelagem” do próprio comportamento, confirmando assim a afirmação de que a aprendizagem do comportamento ocorreu de modo 29 efetivo, e que novas aprendizagens produzem mudanças comportamentais permanentes no sujeito. Ao término do experimento todas as teorias experimentadas foram comprovadas. 30 REFERÊNCIAS Catania, A.C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. (4° Ed.). Porto Alegre: Artmed. Gazzaniga & Heatherton (2005). Ciência Psicológica: mente cérebro e comportamento. (2° Ed.). Porto Alegre: Artmed. Martin, G. & Pear, J. (2009). Modificação de Comportamento (8ª Ed.). O que é e como fazer. Editora: Roca. Moreira, M. B.; Medeiros, C. A. (2007). Princípios Básicos do Comportamento, (1°. Ed.). Porto Alegre: Artmed. Rimm, D. C. e Masters J. C. (1983). Teoria Comportamental: técnicas e resultados experimentais. Nashville: Manole Ltda. Skinner, B. F. (1998). Ciência e comportamento humano. (10a Ed.). São Paulo: Martins Fontes.(Obra original publicada em 1953). NETO, M.. B. C. Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, v. 6, n.1, p. 13-18, jan./jun. 2002. TEIXEIRA, R. R.; SOUZA, M.A.O.;DIAS, M.F. Vocabulário de análise do comportamento. Universidade Federal de Minas Gerais; Universidade Federal do Pará. http://minhateca.com.br/PabloStuart/Documentos/An*c3*a1lise+do+Comportamento/Martin*2c+G.+*26+Pear*2c+J.+(2009).+Modifica*c3*a7*c3*a3o+de+Comportamento+-+o+que+*c3*a9+e+como+fazer,1989030.pdf 31 ANEXOS 32 ANEXO I LINHA DE BASE MINUTOS ANDAR LEVANTAR GIRAR LIMPAR FAREJAR PRESSIONAR A BARRA 1 5 10 2 5 1 2 5 7 4 3 3 4 7 1 6 2 4 8 9 1 10 9 5 3 8 5 4 1 6 6 6 6 3 7 5 7 4 7 5 8 4 6 7 6 9 7 5 8 4 10 8 7 5 3 1 TOTAL 55 72 8 63 40 2 33 ANEXO II TREINO AO COMEDOURO MINUTOS TEMPO DE REAÇÃO (EM SEGUNDOS) MINUTOS TEMPO DE REAÇÃO (EM SEGUNDOS) 1 3 25 2 2 9 26 2 3 4 27 1 4 3 28 16 5 4 29 2 6 4 30 4 7 4 31 2 8 5 32 2 9 24 33 1 10 8 34 2 11 2 35 2 12 2 36 2 13 2 37 2 14 2 38 3 15 2 39 2 34 16 2 40 2 17 3 41 4 18 8 42 7 19 40 43 5 20 9 44 2 21 8 45 2 22 3 46 4 23 4 47 6 24 2 48 4 49 3 73 1 50 4 74 2 51 3 75 4 52 2 76 2 53 1 77 1 54 3 78 2 55 5 79 1 56 2 80 1 57 1 81 1 35 58 5 82 1 59 1 83 2 60 1 84 1 61 1 85 3 62 1 86 3 63 3 87 3 64 2 88 3 65 2 89 2 66 3 90 2 67 1 91 1 68 2 92 1 69 3 93 1 70 1 94 1 71 2 95 2 72 3 96 2 TOTAL GERAL 336 36 ANEXO III MODELAGEM DA RESPOSTA DE PRESSAO A BARRA MINUTOS REFORÇO PRESSÃO À BARRA 1 4 4 2 1 4 3 4 0 4 0 3 5 1 6 6 0 8 7 0 16 8 0 14 9 0 10 10 0 10 11 0 6 12 0 18 13 0 8 37 ANEXO IV EXTINÇÃO DE COMPORTAMENTO PRESSIONAR MINUTOS ANDAR LEVANTAR GIRAR LIMPAR FAREJAR A BARRA 1 3 5 0 1 6 18 2 3 9 2 5 3 1 3 1 9 0 9 4 1 4 1 3 0 7 5 0 5 4 14 1 10 5 6 6 2 8 0 8 5 2 7 7 10 2 10 4 2 8 2 2 0 1 2 0 9 6 4 2 6 4 0 TOTAL 29 64 7 57 38 30 38 ANEXO V RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA MINUTOS REFORÇO REPOSTA DE PRESSÃO À BARRA 1 1 1 2 1 4 3 0 6 4 0 0 5 1 2 6 0 8 7 0 0 8 1 0 9 1 6 10 0 13 11 0 19 12 0 8 13 0 12 14 0 17 15 0 15 TOTAL 4 111