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Profª Enf. Patrícia Kelly PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI) PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO Imunização - inclui todo o processo, desde a produção, o transporte, o manuseio, a prescrição e a administração do imunobiológico. Vacinação - procedimento de administração de uma vacina. Criado em 1973 com o objetivo de padronizar a imunização em nível nacional, contribuindo assim, com a prevenção e o controle das doenças infectocontagiosas. É necessário manter os imunobiológicos constantemente refrigerados, utilizando instalações e equipamentos adequados em todas as instâncias: nacional, estadual, regional, municipal e local. Um manuseio inadequado, um equipamento com defeito, ou falta de energia elétrica podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e eficácia dos imunobiológicos. Os principais cuidados com os imunológicos são: • Prazo de validade • Conservação (Temperatura) • Transporte • Armazenamento • Dose • Coloração da Vacina • Diluição • Tempo de Validade após diluição Etapa final da Rede de Frio. É ideal dois vacinadores para cada turno de trabalho. Temperatura ideal das vacinas na sala de vacinação: entre +2ºC e +8ºC, sendo ideal +5ºC. As vacinas que podem ser congeladas (Febre amarela e VOP) ficam na temperatura de -25° C a -15° C. SALA DE VACINAÇÃO Em caso de necessidade os imunobiológicos devem ser transportados em caixa térmica e com termômetros de caixa externo e interno, a vacina não pode ser colocada direto em contato com o gelo ou gelox. É recomendada a climatização da sala: ar- condicionado (para clima quente) ou aquecedor (para clima frio) Na cadeia de frio, os equipamentos que devem indicados para armazenar os imunobiológicos são a câmara refrigerada e o freezer científico. Os freezers comuns são indicados na cadeia de frio para armazenar as bobinas reutilizáveis. Obs.: REFRIGERADOR de uso DOMÉSTICO NÃO É RECOMENDADO para o armazenamento de imunobiológicos. NÃO É PERMITIDO O USO DE REFRIGERADOR TIPO FRIGOBAR para o armazenamento de imunobiológicos. 2ª PRATELEIRA 3ª PRATELEIRA 1ª PRATELEIRA - NÃO É RECOMENDADO ACONDICIONAR IMUNOBIOLÓGICOS Refrigerador duplex - não é recomendado. Limpeza do refrigerador - a cada 15 dias ou com camada de gelo ≥ 0,5 cm. Falta de energia elétrica - na temperatura a partir de 7° C, os imunobiológicos passam para a caixa térmica ORIENTAÇÕES DO USO DO REFRIGERADOR Vacinas atenuadas - contém bactérias ou vírus vivos, mas extremamente enfraquecidos. Vacinas inativadas - compostas por bactérias ou vírus mortos ou apenas partículas deles. TIPOS DE IMUNIZANTES CONTRAINDICAÇÕES DOS IMUNOBIOLÓGICOS Ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; História de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos. Obs1.: A ocorrência de febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, NÃO constitui contraindicação à dose subsequente. Obs2.: O uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação NÃO deve ser indicado, para não interferir na imunogenicidade da vacina SITUAÇÕES PARA ADIAR A VACINAÇÃO Usuário de dose imunosupressora de corticoide - a vacinação deve ser feita 90 dias depois da suspensão ou do término do tratamento; Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados - não vacinar com Imunobiológicos de agentes vivos atenuados nas 4 semanas que antecedem e até 90 dias depois de usar esses produtos; Usuário que apresenta doença febril grave - não vacinar até a resolução do quadro, para que os sinais e os sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possívels eventos adversos relacionados à vacina. • Doença aguda benigna sem febre - quando a criança não apresenta histórico de doença grave ou infecção simples das vias respiratórias superiores; • Prematuridade ou baixo peso ao nascer - as vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, com exceção da vacina BCG, que deve ser administrada nas criança com peso de 2 kg: • Ocorrência de evento adverso em dose anterior de uma vacina, como a reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção); FALSAS CONTRAINDICAÇÕES DA VACINA • Diagnósticos clinicos prévios de doença, como tuberculose, coqueluche, tétano, difteria, poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola; • Doença neurológica estável ou pregressa, com sequela presente; • Antecedente familiar de convulsão ou morte súbita; • Alergias, exceto as graves, a algum componente de determinada vacina (anafilaxia comprovada); • História de alergia não especifica, individual ou familiar; • Uso de antibiótico, profilático ou terapêutico e antiviral; • Tratamento com corticosteroides em dias alternados em dose não imunosupressora; • Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos ou com dose de manutenção fisiológica; • Quando o usuário é contato domiciliar de gestante, uma vez que os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo, da caxumba ou da rubéola; • Internação hospitalar; • Mulheres no período de amamentação (considerar as situações de adiamento para a vacina contra a febre amarela). VACINAÇÃO SIMULTÂNEA Consiste na administração de duas ou mais vacinas no mesmo momento em diferentes regiões anatômicas e vias de administração. De um modo geral, as vacinas dos calendários de vacinação podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica. Obs: Febre Amarela deve ter intervalo de 30 dias para administrar tríplice viral ou tetra viral em menores de dois anos. Se maior que 2 anos, pode administrar simultaneamente ou deve esperar 30 dias. CALENDÁRIO VACINAL - 2023 PARTICULARIDADES DE CADA VACINA Previne contra as formas graves da tuberculose BCG Bactéria atenuada do Mycobacterium bovis. Ao nascer, até os 5 anos incompletos Via: Intradérmica Contraindicação: Pessoas imunodeprimidas e gestantes Dose única - 0,05 ou 0,1 ml RN ≥ 2kg Ausência de cicatriz - NÃO revacinar Obs. 1: Ao administrar dose adicional em contato prolongado de paciente de hanseníase, deve-se respeitar o intervalo de 6 meses da dose anterior. A administração deve ser realizada um pouco acima (± 1 cm) da cicatriz existente. Obs. 2: Em crianças nascidas com peso inferior a 2 kg, recomenda-se adiar a vacinação até que atinjam esse peso. Obs. 3: Em pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado geral, a vacinação deve ser adiada até que o quadro clínico seja resolvido Comprovação da vacinação com BCG Palpação de nódulo no deltoide direito Registro de vacinação no cartão ou na caderneta de vacinação Identificação da cicatriz vacinal Evolução da lesão vacinal Formação da pápula (aspecto esbranquiçado e poroso - tipo casca de laranja, com bordas bem nítidas e delimitadas): IMEDIATAMENTE Surgimento do nódulo (caroço)DE 3 A 4 SEMANAS Evolução para pústula (ferida com pus)ENTRE 4 A 5SEMANAS Evolução para úlcera (ferida aberta de 4 a 10 mm de diâmetroEM SEGUIDA Formação da crosta (ferida com casca em processo de cicatrização). ENTRE 6 A 12 SEMANAS BCG nos contatos de hanseníase < 1 ano ≥ 1 ano Não vacinados - administrar 1 dose Vacinados com cicatriz - não faz Vacinados sem cicatriz - 1 dose depois de 6 meses da última Sem cicatriz - administrar 1 dose Vacinados com 1 dose - administrar 1 dose depois de 6 meses da última Vacinados com 2 doses - não faz BCG em indivíduos expostos ao HIV < 5 anos ainda não vacinados (se assintomáticos e sem sinais de imunodepressão) Poderão receber a BCG ≥ 5 anos, HIV+ (mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodepressão) Não devem ser vacinados Hepatite B Via: Intramuscular 3 doses napentavalente Até 19 anos: 0,5ml ≥ 20 anos: 1ml Ao nascer, até 30 dias (preferencialmente nas primeiras 12h). Obs. 1: Se a criança perder a oportunidade de recebê-la até 1 mês de idade, não deve ser administrada. Receber esseimunológico nas 3 doses da pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Obs. 2: Em grupos de risco (renais crônicos, hemofílicos, entre outros): recomenda-se o dobro da dose Vacina contra hepatite B Crianças > 1 mês, < 7anos 3 doses na pentavalente ≥ 7 anos; Gestantes; 3 doses (0, 1 6 meses) Hepatite A Dose única Uma dose aos 15 meses ou até 5 anos incompletos 0,5 ml - IM Pentavalente, DTP, dT Difteria Infecções pelo Haemophilus influenzae tipo B Hepatite BTétano Coqueluche As vacinas DTP e dT (dupla adulto) são reforços da pentavalente. Pentavalente dT DTP 2, 4, 6 meses 15 meses e 4 anos ≥ 7 anos Até 7 anos Até 7 anos A cada 10 anos 0,5 ml - IM No mínimo 6 meses depois da penta e do 1º reforço 5 anos se houver ferimento; 3 doses entre 30 e 60 dias. Obs. 1: Crianças até 7 anos incompletos sem comprovação ou com esquema vacinal incompleto, deve-se iniciar ou complementar o esquema com penta. Obs. 2: As vacinas DTP e dT são contraindicadas para crianças a partir de 7 anos. Obs. 3: As 3 doses para maiores de 7 anos são indicadas para pessoas não vacinadas ou sem registro de comprovação Obs. 4: Na criança com 6 anos sem nenhuma dose de reforço, deve-se administrar o 1º reforço (DTP). Se não for possível manter o intervalo de 6 meses entre as doses de reforço, agendar a dT para os 10 anos. Obs. 5: Na gestante não vacinada previamente, administrar 2 doses de vacina dT em qualquer momento da gestação e 1 dose dTpa a partir da 20ª semana de gestação, com intervaço de 60 dias entre as doses. dTpa Proteger a criança contra coqueluche A partir da 20ª semana de gestação ou no puerpério 0,5 ml - IM Gestante vacinada com 1 dose de dT Gestante vacinada com 2 doses de dT Gestante vacinada com 3 dose de dT Administrar 1 dose de dT e uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação, com intervalo de 60 dias, mínimo 30. Administrar 1 dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação. Administrar 1 dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação. Rotavírus humano 2 e 4 meses Não repetir se vomitar, regurgitar ou cuspir 1,5 ml - VO 1ª Dose (2 meses): Mínimo - 1 mês e 15 dias Máximo - 3 meses e 15 dias 2ª Dose (4 meses): Mínimo - 3 meses e 15 dias Máximo - 7 meses e 29 dias Crianças com histórico de invaginação intestinal ou malformação congênita do trato gastrintestinal não corrigida; Crianças com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas mediante prescrição médica; Crianças com quadro agudo de gastroenterite (vômitos, diarreia, febre), recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro Contraindicações VORH Pneumocócica 10v 2 e 4 meses, reforço aos 12 meses 0,5 ml - IM Entre 12 meses e 5 anos incompletos sem comprovação, administrar uma dose de reforço Crianças que iniciaram o esquema primário depois de 4 meses de idade, devem completá-lo até 12 meses; Crianças entre 1 e 4 anos com esquema completo de 2 doses, sem a dose de reforço, administrar o reforço; Pneumocócica 13v Dose única 0,5 ml - IM Indicada para pacientes de alto risco > 5 anos: – Paciente com HIV/Aids; – Pacientes oncológicos; – Pacientes transplantados de medula óssea e órgão sólido. Deve ser administrada nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) Meningocócica C 3 e 5 meses, reforço aos 12 meses 0,5 ml - IM Entre 12 meses e 5 anos incompletos sem comprovação, administrar uma dose de reforço Não é indicada para gestantes e lactantes Meningocócica ACWY 11 e 12 anos 0,5 ml - IM Dose única Previne meningites causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y Influenza Via IM ou SC 6 meses a 2 anos - 0,25ml; A partir de 3 anos - 0,5ml Gestantes devem tomar em qualquer idade; Puérperas até 45 dias depois do parto. 6 meses até 9 anos incompletos: Administrar 2 doses com intervalo de 30 dias, e reforço anual. A partir de 9 anos: Dose única Tríplice viral: Sarampo, caxumba e rubéola - 2 doses entre 12 meses e 29 anos. 1ª dose: 12 meses; 2ª dose: 15 meses (tetra viral ou tríplice viral+varicela) 0,5 ml - SC Tetra viral: Sarampo, caxumba, rubéola e varicela 1ª dose: 15 meses Varicela 2ª dose: 4 anos Tetra viral, tríplice viral e varicela Obs. 1: Administrar 1 dose da tetra aos 15 meses em crianças que já tenham recebido a 1ª dose da tríplice viral. Quando não houver vacina da tríplice, iniciar o esquema até os 5 anos incompletos. Obs. 2: Administrar vacina contra varicela até 7 anos incompletos. Obs.3: Pessoas com idade entre 5 e 29 anos não vacinadas ou com esquema incompleto, devem receber ou completar o esquema de 2 doses de tríplice viral com intervalo de 30 dias entre as doses. Obs. 4: Entre 30 a 59 anos sem comprovação vacinal, administrar 1 dose que contenha o componente sarampo. Obs. 5: Não deve ser administrada com febre amarela em crianças menores de 2 anos. deve ter um intervalo de 30 dias entre elas (exceto em caso de risco epidemiológico). Obs. 6: Caso a tríplice não seja administrada simultaneamente com a varicela, deve haver um intervalo de 30 dias entre as doses. Obs. 7: A tríplice é contraindicada para gestantes e crianças com menos de 6 meses, mesmo em situações de surto. Obs. 8: Mulheres devem evitar gravidez por pelo menos 1 mês depois de vacinar com tríplice ou tetra. Obs. 9: Profissionais da saúde devem ter 2 doses da tríplice, independente da idade. VIP e VOP VIP VOP 3 doses (2, 4 e 6 meses); Deve completar o esquema até os 5 anos incompletos, com intervalo de 60 dias entre as doses (mínimo 30) 0,5 ml - IM reforço aos 15 meses e 4 anos e em campanhas; O 1º e 2º reforço deve ter intervalo de 6 meses. 2 gotas - via oral Obs. 1: As pessoas com 5 anos ou mais, sem comprovação vacinal ou com esquema incompleto deverão receber a VOP, excepcionalmente, se residentes no Brasil e estiverem viajando para áreas em que se recomenda a vacina. Obs. 2: Não repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar depois da administração da vacina. Obs. 3: Essa vacina é contraindicada para pessoas imunodeprimidas, contatos de pessoa HIV positiva ou com imunodeficiência, bem como as que têm histórico de paralisia flácida associada à dose anterior da VOP HPV Meninos e meninas de 9 a 14 anos Vacina quadrivalente, protege contra os tipos 6 e 11 (não oncogênico) e 16 e 18 (oncogênico) 2 doses com intervalo de 6 meses 0,5 ml - IM Pessoas de 9 a 45 anos: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea. 3 doses: 0, 2 e 6 meses Obs. 1: Os adolescentes que receberam a 1ª dose e não completaram o esquema vacinal depois de 6 meses, devem receber a 2ª dose. Obs. 2: os adolescentes que receberam a 2ª dose com menos de 6 meses da 1ª dose, devem receber uma 3ª dose para completar o esquema, pois a resposta imune está comprometida pelo pouco tempo de intervalo. Obs. 3: a vacina é contraindicada na gestação. Caso a mulher engravide depois da 1ª dose ou receba a dose durante a gravidez, deve esperar até 45 dias depois do parto para tomar a 2ª dose. Obs. 4: As lactante podem ser vacinadas. Febre amarela Pelo menos 10 dias antes de viagens para áreas de risco. Não simultânea com tríplice ou tetra viral em < 2 anos. 0,5 ml - SC Contraindicada para gestantes e lactantes (exceto em situações de emergência epidemiológica). Se a mulher tiver amamentando, interromper a amamentação por 28 dias. Crianças de 9 meses a 5 anos incompletos 1 dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos ≥ 5 anos que receberam uma dose antes dessa idade 1 dose de reforço, independente da idade, com no mínimo 30 dias entre as doses 5 a 59 anos que nunca foram vacinados ou não tem comprovação de vacina 1 dose > 5 anos que receberam 1 dose acima dos 5 anos Considerar vacinado, não administrar nenhuma dose Precauções da vacina contra febre amarela Casos de doenças agudas febris moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadroclinico, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. Indivíduos com doenças de etiologia potencialmente autoimune: devem ser avaliados cada caso, pois há indicações de maior risco de eventos adversos nesse grupo. Pacientes com histórico pessoal de doença neurológica de natureza desmielinizante (ex. sindrome de Guillain-Barré, encefalomielite aguda disseminada e esclerose múltipla): avalar caso a caso anteriormente à vacinação. Indivíduos com história de reação anafilática grave relacionada a substâncias presentes vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras): avaliar caso a caso anteriormente à vacinação. • Crianças com menos de 6 meses de idade; • Pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos. • Pacientes com imunodeficiências primárias graves. • Pacientes que recebem corticosteroides em doses imunosupressoras (prednisona 2 mg/kg por dia, nas crianças com até 10 kg, por mais de 14 dias, ou 20 mg por dia, por mais de 14 dias em adultos). Contraindicações da vacina contra febre amarela
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