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OFICINA 4 - LINHA DO CUIDADO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 1. CONCEITUAR DRC E DISCUTIR A EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO NO BRASIL E NO MUNDO DA DRC. A Doença Renal Crônica (DRC) é definida como a diminuição do ritmo de filtração glomerular (RFG) abaixo de 60 ml/min/1,73m2 e/ou a presença de anormalidades na estrutura renal, com duração acima de 3 meses. Ao contrário do que se observa na maioria dos casos de Injúria Renal Aguda (IRA), na DRC não ocorre regeneração do parênquima renal, e por isso a perda de néfrons, por definição, é irreversível. Segundo a Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO), a DRC é subdividida em estágios (0, 1, 2, 3a, 3b, 4 e 5), com base no ritmo de filtração glomerular e em relação a proteinúria em A1, A2 e A3, antes, a doença era estadiada apenas pela TFG, porém, o risco de piora da função renal está intimamente ligado à quantidade de albuminúria, de modo que ela foi incorporada na classificação. Essas duas classificações diferentes unidas estagiam a doença, assim como dão seu prognóstico. Conforme mostra a tabela, pacientes na faixa verde dificilmente tem complicações graves e pacientes na vermelha geralmente estão em diálise, para evitar outras complicações. Resumindo Dynamed: A doença renal crônica é caracterizada por anormalidades da estrutura ou função renal presentes por > 3 meses. É definido como > 3 meses de taxa de filtração glomerular (GFR) < 60 mL/minuto/1,73 m 2 ou outra evidência de dano renal, como albuminúria ou estrutura renal anormal detectada por imagem. As causas mais comuns incluem diabetes, hipertensão e glomerulonefrite. As complicações da DRC podem incluir doença cardiovascular, hipertensão, anemia, doença óssea, anormalidades eletrolíticas e, nos estágios finais, uremia. EPIDEMIOLOGIA Em países desenvolvidos, o rastreamento estima prevalência de doença renal crônica entre 10 e 13% na população adulta, com mais de 4,5 milhões de adultos com a doença no mundo. No Brasil, a primeira causa de DRC é a hipertensão arterial sistêmica, a segunda é o diabetes, seguido pela glomerulonefrite crônica. Nos EUA, observa-se o diabetes como principal etiologia da DRC (45%), seguido pela HAS e glomerulopatias. No Brasil, estimativas da prevalência dessa enfermidade são incertas, contudo, de acordo com a caderneta de saúde coletiva de 2017 mais de 100 mil pacientes recebiam terapia dialítica no país, com uma taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e uma taxa de mortalidade 17% ao ano. O mesmo estudo detectou maior predominância no sexo masculino com taxa de crescimento anual de 2,2% e, de 2% para o sexo feminino, raça/cor predominante é a branca (39,6%) em relação às raças/cor amarela (1,2%), indígena (0,1%), parda (36,1%) e preta (11,4%). FATORES DE RISCO Fatores de risco para o desenvolvimento e progressão de doença renal crônica HAS DM Obesidade Dislipidemias Tabagismo Uropatia Obstrutiva Doença Cardiovascular Glomerulopatias Doença Renal Policística Neoplasias Vasculopatia Histórico familiar positivo para DRC No Brasil os principais fatores de risco são a HAS e o DM. https://kdigo.org/ https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DESCRIPTION https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#CAUSES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#COMPLICATIONS Principais orientações: Controle da pressão arterial, manejo do diabetes e dislipidemias, cessação do tabagismo, promoção de hábitos alimentares adequados e saudáveis, prática de atividade física regular. 2. ENTENDER A FISIOPATOLOGIA, QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E ESTÁGIOS DA DRC. FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia da DRC caracteriza-se por dois amplos grupos gerais de mecanismos lesivos: 1. mecanismos desencadeantes específicos da etiologia subjacente, por exemplo anormalidades do desenvolvimento ou da integridade renal determinadas geneticamente, deposição de imunocomplexos e inflamação em alguns tipos de glomerulonefrite, ou exposição a toxinas em algumas doenças dos túbulos e do interstício renais. 2. um conjunto de mecanismos progressivos que envolvem hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viáveis remanescentes, que são consequências comuns da redução prolongada da massa renal, independentemente da etiologia primária. As respostas à redução da quantidade de néfrons são mediadas por hormônios vasoativos, citocinas e fatores de crescimento. O aumento da atividade intrarrenal do sistema renina-angiotensina (SRA) parece contribuir para a hiperfiltração adaptativa inicial e, embora inicialmente benéfica, parece resultar em dano a longo prazo aos glomérulos dos néfrons remanescentes, que se manifesta por proteinúria e insuficiência renal progressiva. Este processo parece ser responsável pelo desenvolvimento de insuficiência renal entre aqueles nos quais a doença original é inativa ou curada. QUADRO CLÍNICO O declínio gradual da função em pacientes com DRC é inicialmente assintomático. No entanto, diferentes sinais e sintomas podem ser observados com insuficiência renal avançada, incluindo sobrecarga de volume, hipercalemia, acidose metabólica, hipertensão, anemia e distúrbios minerais e ósseos. As manifestações do estado urêmico incluem anorexia, náusea, vômito, pericardite, neuropatia periférica e anormalidades do sistema nervoso central (variando de perda de concentração e letargia a convulsões, coma e morte). Não existe correlação direta entre os níveis séricos absolutos de nitrogênio ureico no sangue ou creatinina e o desenvolvimento desses sintomas. O distúrbio ósseo e mineral decorrente da DRC inicia- se com a redução na produção de 1,25 dihidroxi- calciferol. O declínio progressivo do nível sérico de vitamina D é acompanhado por elevação de paratormônio (PTH) à medida que declina a filtração glomeruar. Assim, nos estágios 3 e 4 da DRC, a maioria dos pacientes já apresenta hiperparatireoidismo secundário. Há uma grande quantidade de evidências de que pacientes com DRC têm um aumento substancial no risco cardiovascular que pode ser explicado em parte por um aumento nos fatores de risco tradicionais, como hipertensão, diabetes e síndrome metabólica. A DRC sozinha também é um fator de risco independente para doenças cardiovasculares. DIAGNÓSTICO Diagnóstico da doença renal crônica é mais bem identificado com o ritmo de filtração glomerular. Essa é a melhor medida do funcionamento renal em indivíduos normais ou pacientes com doença renal. O nível da RFG varia com a idade, sexo, e massa muscular. A RFG menor que 60mL/min/1,73 m2 representa diminuição de cerca de 50% da função renal normal e, abaixo deste nível, aumenta a prevalência das complicações da DRC. Na prática clínica, a RFG pode ser determinada pela dosagem da creatinina sérica e/ou pela depuração desta pelo rim. Mais recentemente, as diretrizes preconizam que a FG pode ser estimada a partir da dosagem sérica da creatinina (Crs), aliada a variáveis demográficas, tais como: idade, sexo, raça e tamanho corporal. As duas equações mais frequentemente utilizadas encontram- se a seguir: Outros marcadores de lesão renal incluem anormalidades no sedimento urinário (principalmente hematúria e leucocitúria), alterações de parâmetros bioquímicos no sangue e na urina e alterações nos exames de imagem. A ocorrência de uma ou mais cruzes de proteinúria no sumário de urina determina a necessidade de quantificação, que pode ser feita em amostra urinária isolada relação proteína/creatinina) ou na urina de 24 horas. Indivíduos normais excretam pequena quantidade de proteína na urina diariamente, numa faixa consideradacomo fisiológica. No entanto, a excreção de quantidade aumentada de proteína na urina é um marcador sensível para DRC secundária a diabetes (doença renal diabética), glomerulopatias primárias e secundárias e hipertensão arterial. Já as proteínas de baixo peso molecular, quando em quantidade anormal na urina, sugerem a ocorrência de doenças túbulo-intersticiais. Pacientes com perda de função renal no início da doença podem apresentar nefropatia crônica à imagem do ultrassom, com perda da diferenciação córtico medular, redução do córtex renal e aumento da ecogenicidade do parênquima renal. Resumindo Dynamed: O estadiamento da doença renal crônica baseia-se na causa, nos níveis estimados da taxa de filtração glomerular (TFG) e na relação albumina: creatinina urinária. A creatinina sérica e a TFG estimada são necessárias para a avaliação inicial da DRC ( recomendação forte ). A TFG pode ser calculada a partir das informações do paciente, como idade, sexo, altura e valores laboratoriais, como creatinina sérica e cistatina C . As calculadoras de TFG para adultos incluem a Modificação da Dieta na Doença Renal (equação MDRD ) e/ou a Colaboração de Epidemiologia da Doença Renal Crônica ( equações CKD-EPI ). Outros exames indicados para pacientes com doença renal crônica incluem dosagem de proteínas na urina , urinálise com exame de sedimento urinário , eletrólitos séricos e albumina, além de exames de imagem dos rins , como a ultrassonografia. Se a TFG for < 60 mL/minuto/1,73 m 2 , teste para outras complicações da DRC, incluindo anemia e doença óssea metabólica. Determinar a necessidade de testes adicionais para determinar a etiologia e possível abordagem de tratamento ESTÁGIOS DA DOENÇA RENAL CRÔNICA Todos os pacientes devem ser classificados conforme o estágio da DRC para avaliação prognóstica e melhor definição de tratamento. 3. ABORDAR OS FATORES RELACIONADOS AO CÁLCULO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR. 4. EXPLANAR SOBRE A PREVENÇÃO DA DRC. Estratégias de prevenção para DRC incluem controle da hipertensão (incluindo ingestão reduzida de sódio na dieta) controle do diabetes mellitus (incluindo controle glicêmico melhorado e evitando o excesso de proteína na dieta) reduzir a obesidade reduzir doenças infecciosas (incluindo infecções por HIV, malária e Streptococcus ) evitar o uso desnecessário de drogas potencialmente nefrotóxicas, especialmente anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) reconhecimento precoce e manejo da lesão renal aguda, particularmente em áreas com maior prevalência; 5. ABORDAR A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NA ATENÇÃO AO PACIENTE COM DRC. https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DESCRIPTION__LI_AJ4_WR5_33B https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DESCRIPTION__LI_AJ4_WR5_33B https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_LHC_5R4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_NHC_5R4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TESTING_OVERVIEW__ANC_1122567539 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TESTING_OVERVIEW__ANC_1122567539 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TESTING_OVERVIEW__ANC_234149317 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_OHC_5R4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_QHC_5R4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_PPT_KS4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_PPT_KS4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_QPT_KS4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_QPT_KS4_DLB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#IMAGING_STUDIES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#IMAGING_STUDIES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TESTING_OVERVIEW__ANC_1322233697 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TESTING_OVERVIEW__ANC_1322233697 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#CAUSES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-B00C0D3D-6D04-42BF-8927-7D569E219767 6. DISCUTIR A LINHA DE CUIDADO DE ATENÇÃO AO PACIENTE COM DRC. (INDICAÇÃO DE QUANDO ENCAMINHAR AO NEFROLOGISTA) Os tratamentos dirigidos às causas específicas da DRC incluem, entre outros, o controle rigoroso da glicemia dos pacientes diabéticos, o uso de agentes imunossupressores na glomerulonefrite e a utilização das novas modalidades de tratamento específico para retardar a cistogênese na doença renal policística. Em geral, a ocasião ideal para iniciar o tratamento, específico e não específico, é muito antes que haja declínio detectável da RFG e certamente antes que a DRC esteja bem estabelecida. O controle da hipertensão glomerular é importante para retardar a progressão da DRC. Além disso, a pressão arterial elevada agrava a proteinúria porque aumenta o fluxo através dos capilares glomerulares. Essa observação constitui a base das diretrizes terapêuticas que estabelecem o nível de 130/80 mmHg como meta de pressão arterial para pacientes com DRC e proteinúria. Os inibidores da ECA e os bloqueadores de receptores da angiotensina II (BRAs) inibem a vasoconstrição das arteríolas eferentes da microcirculação glomerular, que é induzida pela angiotensina, por isso são drogas de escolha para controle da PA. Já o manejo da nefropatia diabética consiste em prevenção por meio de controle da glicemia. O objetivo é manter a glicemia capilar pré-prandial entre 90 e 130 mg/ dL, pico pós-prandial < 180 e hemoglobina glicada < 7,0%. Pacientes com DRC devem ser encaminhados a um nefrologista quando a eTFG for <30 mL / min / 1,73 m 2 para discutir e, potencialmente, planejar uma terapia de substituição renal. As indicações clínicas para iniciar a diálise em pacientes com DRC incluem pericardite ou pleurite (indicação urgente); encefalopatia urêmica progressiva ou neuropatia, com sinais como confusão, asterixia, mioclonia, punho ou pé caído ou, em casos graves, convulsões; diátese hemorrágica clinicamente significativa atribuível à uremia; Sobrecarga de fluidos refratários a diuréticos; hipertensão pouco responsiva a medicamentos anti-hipertensivos; e distúrbios metabólicos persistentes que são refratários à terapia medicamentosa. CONSULTA COM NEFROLOGISTA A consulta com um nefrologista é apropriada para a maioria dos pacientes com DRC. Encaminhar pacientes com DRC e qualquer um dos seguintes ( recomendação forte ): lesão renal aguda ou queda sustentada abrupta na taxa de filtração glomerular (GFR) GFR < 30 mL/minuto/1,73 m 2 (categorias GFR G4 e G5) evidência consistente de albuminúria significativa (relação albumina/creatinina ≥ 300 mg/g [≥ 30 mg/mmol] ou taxa de excreção de albumina ≥ 300 mg/24 horas, aproximadamente equivalente à relação proteína/creatinina ≥ 500 mg/g [≥ 50 mg/ mmol] ou taxa de excreção de proteína ≥ 500 mg/24 horas) progressão da DRC Cilindros urinários de hemácias, glóbulos vermelhos > 20 por campo de alta potência sustentados e não prontamente explicados hipertensão refratária ao tratamento com ≥4 agentes anti-hipertensivos anormalidades persistentes de potássio; também considerar para anormalidades persistentes de sódio ou distúrbios ácido-base nefrolitíase recorrente ou extensa doença renal hereditária o O encaminhamento oportuno para planejamento de terapia renal substitutiva é recomendado para pacientes com DRC progressiva e risco de insuficiência renal em 1 ano ≥ 10%- 20% usando ferramentas de previsão de risco validadas ( recomendação forte ). Está associado a uma melhor sobrevida, menor tempo de internação, melhor estado nutricional e melhor controle de doenças cardiovasculares e outras comorbidades; consulte fatores de risco para DRC para obter detalhes. Para o controle da hipertensão em pacientes com DRC, os medicamentos incluem inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA). As diretrizes variam quanto à pressão arterial alvo para pacientes com DRC, mas usam uma meta de pelo menos ≤ 140/90 mm Hg e consideram uma meta de ≤ 130/80 mm Hg com base https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#CONSULTATION_AND_REFERRAL https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_GLT_CHD_Y3B__LI_T5K_RNL_Y3B https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#LIKELY_RISK_FACTORS__LI_RZ2_C5F_BJB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#LIKELY_RISK_FACTORS__LI_RZ2_C5F_BJB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/risk-factors-for-chronic-kidney-disease https://www.dynamed.com/condition/risk-factors-for-chronic-kidney-disease https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_MHC_211_L3B na excreção de albumina na urina, presença de nefropatia e/ou em pacientes que fizeram transplante renal; consulte Tratamento da Hipertensão em Pacientes com Doença Renal Crônica para obter detalhes. Para controle lipídico , verifique o perfil lipídico, incluindo colesterol total, colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) e triglicerídeos. As recomendações para a terapia de redução do colesterol variam de acordo com a TFG, idade e risco. Para o controle do diabetes em pacientes com DRC, almejar meta de hemoglobina glicada (HbA1c) de aproximadamente 7% (53 mmol/mol) para prevenir ou retardar a progressão de complicações microvasculares ( recomendação forte ). Outras intervenções devem incluir a redução da pressão arterial e do risco cardiovascular usando qualquer um dos inibidores da ECA ou ARAs, estatinas, terapia antiplaquetária e/ou inibidores de SGLT2, conforme indicado. Intervenções adicionais para retardar a perda da função renal incluem suplementação de bicarbonato ( recomendação fraca ), restrição de sódio ( recomendação forte ), restrição de fosfato ( recomendação fraca ), dieta pobre em proteínas e evitar medicamentos nefrotóxicos (como anti-inflamatórios não esteróides). Para o tratamento de pacientes com DRC avançada ou doença renal terminal, as opções incluem: Terapia de substituição renal ↳ considerar a diálise em caráter de emergência quando ocorrerem alterações com risco de vida no equilíbrio de fluidos, eletrólitos e ácido-base ↳ considerar iniciar a diálise geralmente quando a TFG estimada é de 5-10 mL/minuto/1,73 m 2 e na presença de sinais ou sintomas de insuficiência renal, incapacidade de controlar o estado do volume ou pressão arterial, desnutrição que não responde a intervenções dietéticas ou comprometimento cognitivo ( fraco recomendação O transplante renal é o tratamento de escolha para pacientes sem contraindicações para cirurgia de grande porte ou medicamentos imunossupressores em todos os pacientes com doença renal avançada ou em estágio terminal (recomendação forte). Os cuidados paliativos ou de suporte para pacientes com doença renal em estágio terminal são focados na melhoria da qualidade de vida; veja tambémCuidados Paliativos em Pacientes com Doença Renal em Estágio Terminal e Abandono e Suspensão da Diálise. A frequência do monitoramento é baseada na taxa de filtração glomerular e nos níveis de albuminúria. Considere o monitoramento regular de anemia e distúrbios minerais e ósseos em pacientes com DRC ≥ grau 3. LINHAS DE CUIDADO – UNIDADE PRIMÁRIA A Linha de Cuidado foi desenvolvida prioritariamente para profissionais de saúde. A implantação da Linha de Cuidado deve ter a Atenção Primária em Saúde como gestora dos fluxos assistenciais, sendo responsável pela coordenação do cuidado e ordenamento das Redes de Atenção à Saúde. Deve-se garantir que a continuidade do cuidado ao paciente seja mantida, entre os pontos de atenção à saúde, dentro do seu percurso nas redes de atenção à saúde (RAS). As diferentes densidades tecnológicas integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão deverão garantir o acesso e a integralidade do cuidado. A APS, ordenadora da rede e coordenadora do cuidado, deve ser a principal porta de entrada do usuário. É de responsabilidade da Atenção Primária prestar cuidado às urgências e emergências até a transferência ou encaminhamento dos pacientes com complicações agudas da DRC ou da TRS a outros pontos de atenção. https://www.dynamed.com/management/hypertension-treatment-in-patients-with-chronic-kidney-disease-21 https://www.dynamed.com/management/hypertension-treatment-in-patients-with-chronic-kidney-disease-21 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#LIPID_MANAGEMENT https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#RECOMMENDATIONS https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#RECOMMENDATIONS https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GLYCEMIC_CONTROL_IN_PATIENTS_WITH_CKD_AND_DIABETES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#FLUID_AND_ELECTROLYTES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#FLUID_AND_ELECTROLYTES https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DIETARY_ELECTROLYTE_RESTRICTION https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DIETARY_ELECTROLYTE_RESTRICTION https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DIETARY_ELECTROLYTE_RESTRICTION__LI_JMJ_TWC_VHB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#DIETARY_ELECTROLYTE_RESTRICTION__LI_JMJ_TWC_VHB https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#PROTEIN_RESTRICTION https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#PROTEIN_RESTRICTIONhttps://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_S45_ZR4_53B https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#RENAL_TRANSPLANTATION https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#GUID-AB58B260-1753-4538-BF37-4EAF1FF7B5BF https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#TOPIC_LX5_Z5F_BJB https://www.dynamed.com/management/palliative-care-in-patients-with-end-stage-renal-disease-21 https://www.dynamed.com/management/palliative-care-in-patients-with-end-stage-renal-disease-21 https://www.dynamed.com/management/palliative-care-in-patients-with-end-stage-renal-disease-21 https://www.dynamed.com/management/forgoing-and-withdrawing-dialysis-16 https://www.dynamed.com/condition/overview-of-chronic-kidney-disease-ckd-in-adults#FOLLOW_UP 1- avaliação clínica: A avaliação e acompanhamento clínico da DRC deve ser realizada por equipe multidisciplinar, se necessário de forma integrada entre a Atenção Primária à Saúde e a Atenção Especializada. Os objetivos da avaliação clínica e laboratorial são identificar/avaliar: Fatores de risco para DRC Anamnese e exame clínico; Identificação precoce da disfunção renal e de doenças associadas Diagnóstico Estágios da doença renal crônica com detecção e correção de causas reversíveis da doença renal Estratificação do risco Acompanhamento em conjunto com especialista para prevenção das complicações crônicas da doença e comorbidades em comum Se estágio 1 e 2: planejamento terapêutico com: Acompanhamento na APS com tratamento dos fatores de risco modificáveis da DRC (DM, HAS, dislipidemia, obesidade, tabagismo) Avaliação da TFG e albuminúria anuais Se estágio 3: planejamento terapêutico com: Acompanhamento na APS + matriciamento na Atenção Especializada (nefrologia) Se estágio 4 e 5: encaminhamento para atenção especializada E4: Encaminhamento para AE em DRC - consultas trimestrais; Manter vínculo com APS E5: Encaminhamento para AE em DRC - consultas mensais; Manter vínculo com APS 2- vigilância em saúde: A Atenção Primária à Saúde (APS) tem papel central no reconhecimento dos indivíduos sob risco de desenvolver a doença renal crônica (DRC). O objetivo é realizar o diagnóstico precoce, identificação precoce da disfunção renal e os fatores de pior prognóstico (progressão para perda de função renal) para tratamento e encaminhamento à Atenção Especializada se aplicável. Prevenção: Tratamento e controle dos fatores de risco Principais orientações: Controle da pressão arterial, manejo do diabetes e dislipidemias, cessação do tabagismo, promoção de hábitos alimentares adequados e saudáveis, prática de atividade física regular Rastreamento: O rastreamento com exames complementares em pacientes com fatores de risco vai depender das condições de risco individuais. ↳ Pacientes com DM e HAS: Recomenda- se realizar anualmente exame de creatinina sérica para cálculo da taxa de filtração glomerular (TFG). ↳ Para avaliação da albuminúria, recomenda-se: o Para pacientes com DM: Relação Albuminúria/Creatinúria (RAC) ou relação proteinúria/creatininúria (RPC) anualmente o Para pacientes com HAS: Exame sumário de urina (EAS) anualmente 3- sinais de alerta de agudização/complicação: O encaminhamento deve ser EMERGENCIAL se o paciente apresentar: Sinais e sintomas de lesão renal aguda (perda de função renal dentro de horas a dias - redução da taxa de filtração glomerular (TFG) e/ou do débito urinário (< 400 mL/dia no adulto) o Sintomas de uremia Gastrointestinais: Anorexia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, sangramento digestivo Cardiovasculares: Arritmia supraventricular, pericardite, hipervolemia, edema pulmonar ou cerebral, tamponamento pericárdico, hipertensão arterial sistêmica. Neurológicos: Letargia, confusão mental, convulsão, coma, agitação, tremor Urogenitais: Anúria, oligúria, hematúria, dor lombar Sinais e sintomas de infecção em pacientes em terapia renal substitutiva (TRS) Sangramento na fístula arteriovenosa Manejo Inicial Acomodar o paciente em local calmo e tranquilo Avaliar sinais vitais Questionar sobre potenciais fatores desencadeantes de lesão renal aguda Se sangramento na fístula arteriovenosa: Realizar compressão local seguida de curativo compressivo quando cessar o sangramento Atenção: Avaliar a repercussão do quadro no paciente. Realize contato com a Regulação Médica / Serviço de atendimento móvel/SAMU, para discutir a situação clínica e orientações do encaminhamento para unidade de emergência de referência, de acordo com a Rede de Atenção à Saúde local. LINHAS DE CUIDADO – UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO Manejo inicial/conduta: O paciente realiza o manejo inicial e a conduta na UPA, ou é encaminhado para outro ponto de atenção de acordo com a gravidade do caso. LINHAS DE CUIDADO – Serviço de Atendimento Móvel / SAMU (192) Manejo inicial: O paciente realiza o manejo inicial e é encaminhado para outro ponto de atenção de acordo com a gravidade do caso. LINHAS DE CUIDADO – UNIDADE ESPECIALIZADA Unidade Especializada em DCR: A Unidade Especializada em DRC, responsável pela Atenção de Média Complexidade, realizará o acompanhamento multiprofissional das pessoas com DRC nos estágios clínicos 4 e 5 (pré diálise) ou nas demais situações previstas no documento das Diretrizes Clínicas para o cuidado à pessoa com DRC no SUS (exceto TRS - diálise). Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Nefrologia: A Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Nefrologia, é responsável pela Atenção de Alta Complexidade e deve realizar pelo menos uma modalidade de TRS-diálise para tratamento da pessoa com DRC. Unidade Especializada em DRC com TRS-Diálise: A Unidade Especializada em DRC com TRS-Diálise, é responsável pela Atenção de Média e Alta complexidade e tem como responsabilidade realizar o acompanhamento multiprofissional das pessoas com DRC nos estágios 4 e 5 (pré diálise) ou nas demais situações previstas no documento das Diretrizes Clínicas para o Cuidado à Pessoa com DRC no âmbito do SUS e ofertar, pelo menos, uma modalidade de TRS- diálise para tratamento da pessoa com DRC 1- vigilância em saúde 2- sinais de alerta de agudização/complicação Manejo inicial Chamar o Serviço de Atendimento Móvel/SAMU (192) 3- avaliação clínica: Estágios 1 e 2: encaminhamento para Unidade de Atenção Primária Estágio 3: matriciamento na Unidade de Atenção Primária Estágios 4 e 5: planejamento terapêutico e encaminhamento para unidade primaria - Os pacientes em estágios 4 e 5 devem ter acompanhamento por equipe multidisciplinar na Atenção Especializada (AE) mantendo o vínculo na Atenção Primária à Saúde (APS). Estágio 4 ↳ Tratamento de fatores de risco para progressão da DRC ↳ Avaliação nefrológica: Trimestral ou conforme avaliação clínica. ↳ Hemodiálise Se TFG < 20 mL/min, avaliar condição vascular e encaminhar o paciente para realização de fístula arteriovenosa em serviço de referência ↳ Medidas de promoção da saúde: alimentação, atividade física, controle do peso, cessação do tabagismo, etc) Estágio 5 ↳ Tratamento de fatores de risco para progressão da DRC ↳ SEM terapia renal substitutiva (TRS): A equipe da AE deve realizar treinamento e preparo do paciente e família/cuidador para a modalidade de TRS escolhida. A participação da assistência social (se disponível na instituição) tem papel importante no acompanhamento dos pacientes e familiares/cuidadoresdurante a TRS ↳ COM terapia renal substitutiva: Deve ser indicada a pacientes com TFG inferior a 10 mL/min/1,73 m². Se DM e idade < 18 anos, pode-se indicar o início da TRS quando a TFG for < 15 mL/min/1,73 m² ↳ Avaliação nefrológica: Mensal.
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