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Gabarito do caderno de exercicios

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
REVISÃO PARA A AV1.
SEMANA 1:
Caso1:
Governador de estado editou decreto para regulamentar texto legal. Entretanto o decreto continha dispositivos que inquestionavelmente extrapolavam a competência regulamentar do Chefe do Poder Executivo estadual. Diante desse decreto a Presidência da Assembleia Legislativa o consultou sobre a existência de alguma medida que no exercício de sua competência exclusiva pudesse ser tomada pela Casa Legislativa contra o ato do Poder Executivo.
Resposta: A solução exige a aplicação do art. 49, X que trata sobre a competência de Casa Legislativa para sustar atos do Executivo que exorbitam do poder regulamentar, Como no caso do decreto editado pelo Governador. (CF/88 Art. 49, V, sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;)
QUESTÃO 
(Questão 40 – Exame 04 OAB/RJ) No que concerne ao Poder Legislativo:
a) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, segundo o sistema majoritário;
b) As comissões parlamentares de inquérito, instituídas pelas Casas do Congresso Nacional, terão poderes de julgamento próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos respectivos regimentos;
c) Os Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício e fora do exercício do mandato;
d) Compete ao Senado Federal processar e julgar o Presidente da República nos Crimes de responsabilidade.
OBS.: compete ao Senado Federal processar e julgar o Presidente da República nos Crimes de responsabilidade. (CF/88 Art. 52.)
Semana 2:
Caso 1:
“João Boca”, Congressista e candidato a mais um mandato de Deputado Federal, ofende mediante pronunciamento de campanha eleitoral a honra de seu adversário político “Zé da Ficha” que é também candidato à Câmara dos Deputados. Considerando-se o instituto da imunidade parlamentar em sentido material, responda com apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
a) a garantia da imunidade material tem natureza absoluta ?
b) qual a finalidade da imunidade parlamentar ?
c) o pronunciamento de “João Boca” estaria abrangido pela imunidade material ?
Resposta: a) Segundo a jurisprudência do STF a imunidade material tem limites, ou seja, não é absoluta. Assim é porque a imunidade material do parlamentar visa garantir sua independência no exercício de seu mandato e não se estende ao congressista candidato que exerce atividade de candidato. Portanto, a conduta de “João Boca” por não guardar conexão com o exercício de suas funções de congressista não se
encontra no círculo de proteção da referida imunidade, conforme a jurisprudência do STF: "A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material (CF, art. 53, caput) – destinada a viabilizar a prática independente, pelo membro do Congresso Nacional, do mandato legislativo de que é titular – não se estende ao congressista, quando, na condição de candidato a qualquer cargo eletivo, vem a
ofender, moralmente, a honra de terceira pessoa, inclusive a de outros candidatos, em pronunciamento motivado por finalidade exclusivamente eleitoral, que não guarda qualquer conexão com o exercício das funções congressuais." (Inq 1.400QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 4122002, Plenário, DJ de 10102003.) No mesmo sentido: Pet 4.444, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 21102008, DJE de 28102008. Page 4 / 41
QUESTÃO
(Questão 08 – Exame 125 – Tipo 1 OABSP) A imunidade material do Deputado Federal:
a) difere da imunidade material do Vereador, porque a responsabilização dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos, restringe-se à circunscrição do respectivo Município. 
b) é idêntica à imunidade material do Vereador, não permitindo que sejam responsabilizados, civil e penalmente, por suas opiniões, palavras e votos, em todo o território nacional.
c) difere da imunidade material do Vereador, porque a licença para processamento é assegurada somente aos Vereadores de Municípios com mais de duzentos mil habitantes.
d) é idêntica à imunidade material do Vereador, não permitindo que sejam processados sem a licença prévia das respectivas Casas.
OBS.: imunidade material do Vereador restringe-se à circunscrição do respectivo Município. ( CF/88 Art. 29. VIII inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.)
Semana 3:
Caso 1:
Um grupo composto por estudiosos Alunos se reuniu para estudar Direito Constitucional no fim de semana. Decidiram aprofundar seus estudos acerca do Poder Executivo. Durante o encontro, José disse aos demais colegas que hoje não há Territórios Federais, entretanto se um dia vier a ser criado o seu Governador não seria eleito pelo povo, mas nomeado pelo Presidente da República após aprovação do Congresso Nacional. Antonio e Flávia que acompanhavam atentamente a explanação de José ficaram surpresos e questionaram a nomeação no lugar da eleição, bem como o de aprovação pelo Poder Legislativo e não pelo povo. Com apoio na norma da Constituição de 1988 como você enfrentaria a questão acerca da afirmativa de José e os questionamentos de seus colegas formulados abaixo:
a) Os governadores dos Territórios são nomeados pelo Presidente da República ?
b) O Congresso Nacional aprova a indicação do Presidente ?
RESPOSTA: Os Governadores dos Territórios Federais são nomeados e não eleitos como o são os Governadores dos Estados. O Território Federal não tem autonomia e a Constituição dispõe que a nomeação presidencial do Governador pelo Presidente ocorrerá após aprovação de seu nome pelo Senado Federal e não pelo Congresso. (CF/88 Art. 33. § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além
do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. CF/88 Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: III aprovar
previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: c) Governador de Território; CF/88 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XIV nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o ProcuradorGeral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei.)
QUESTÃO:
(Questão 01 Exame 122 – Tipo 1 OABSP) São aquinhoados com o atributo da intangibilidade, compondo o chamado cerne fixo da Constituição:
a) o princípio da separação dos poderes e a forma federativa de Estado.
b) os direitos individuais e o voto direto, secreto, obrigatório e periódico.
c) o processo legislativo e as normas de participação social.
d) a dignidade da pessoa humana e a prestação de serviço público.
OBS.: Trata-se de matéria submetida a proteção pétrea. (CF/88 Art. 60. § 4º, Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I a forma federativa de Estado; (...) III a separação dos poderes.)
Semana 4:
Caso 1:
Após a renúncia do Vice-Presidente da República, o Presidente veio a sofrer grave acidente aéreo que o levou à morte no décimo quinto mês do início de seu mandato. O Presidente da Câmara dos Deputados passou a exercer a Presidência da República. Neste contexto, foi defendida por alguns políticos a posição no sentido de que a escolha dos novos titulares da Presidência e Vice-Presidência se daria por eleição indireta. Assim, nos termos da Constituição em vigor, responda: 
a) Há previsão de eleição indireta para a Chefia do Poder Executivo ? 
b) Na hipótese de "dupla vacância", como se daria a escolha do novo Presidente e Vice Presidente da República?
Resposta: Sim, há previsão de eleição indireta para a Chefia do Poder Executivo no caso de "dupla vacância". Tal eleição se daria pelo Congresso Nacionalnos termos do previsto na Constituição, desde que as vagas sejam abertas nos dois últimos anos do período presidencial. (CF/88 Art. 81. § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.)
b) Apesar da ocorrência da "dupla vacância" a hipótese não atrai a eleição indireta porque a vacância se deu no décimo quinto mês do mandato. Desta forma, a eleição de novo Presidente e Vice Presidente da República ocorrerá pelo voto direto noventa dias após aberta a última vaga. (CF/88Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de
aberta a última vaga.)
QUESTÃO:
(Questão 38 Exame 23 OABRJ) Indique, acerca do Poder executivo, a alternativa incorreta:
a) o Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão ausentar-se do País, por prazo superior a quinze dias, sem autorização do Congresso Nacional, sob pena da perda dos respectivos cargos;
b) em caso de impedimento do Presidente e Vice-Presidente da República, ou vacância dos respectivos cargos, serão chamados, sucessivamente, ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal;
c) o Presidente da República, na vigência do seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções;
d) a eleição do Presidente da República, segundo a Constituição vigente, ocorre, necessariamente, através de dois turnos de votação, ainda que o candidato mais votado , no primeiro turno , obtenha, desde de logo, a maioria absoluta dos votos válidos.
OBS.: A questão pretende que seja marcada a opção incorreta e a assertiva "d" é incorreta porque nos termos da Constituição em vigor a eleição do Presidente da República ocorrerá em dois turnos apenas se nenhum candidato alcançar no primeiro turno a maioria absoluta dos votos válidos.( CF/88 Art. 77. § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.)
Semana 5:
Caso 1:
Governador de Estado ao conversar com o Presidente da República durante cerimonia no Palácio do Planalto tomou conhecimento que o Presidente havia extinguido por decreto dezenas de funções e cargos públicos vagos criados por lei federal. É certo que no âmbito da Administração Pública Estadual há funções e cargos vagos criados por Lei estadual e o Governador antes de tomar sua decisão pelas extinções mediante Decreto resolveu consultá-lo sobre a Constitucionalidade desta medida. Assim, responda:
a) Teria fundamento constitucional o decreto presidencial?
b) O governador de Estado teria no seu Estado a mesma competência atribuída pela Constituição Federal ao Presidente da República ?
RESPOSTAS: 
a) A previsão constitucional encontrada no Art. 84, VI,b atribui competência para o Presidente extinguir funções e cargos vagos mediante Decreto, apesar de terem sido criados por Lei. Na hipótese não se observa o princípio do paralelismo das formas por expressa autorização constitucional. 
b) a melhor compreensão autoriza que o Governador como Chefe supremo da Administração estadual utilize também o Decreto, uma vez que tem sido aplicado pelo Supremo Tribunal Federal o princípio da simetria, segundo o qual algumas competências do Presidente da República no exercício da Chefia de Governo também são aplicáveis ao Governador de Estado. CF/88 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: VI dispor, mediante decreto, sobre: (Redação da EC 32/01) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (EC nº 32/01) b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (EC nº 32/01) "Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 6.835/2001 do Estado do Espírito Santo. Inclusão dos nomes de pessoas físicas e jurídicas inadimplentes no Serasa, Cadin e SPC. Atribuições da Secretaria de Estado da Fazenda. Iniciativa da Mesa da Assembléia Legislativa. 
Inconstitucionalidade formal. A Lei 6.835/2001, de iniciativa da Mesa da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, cria nova atribuição à Secretaria de Fazenda Estadual, órgão integrante do Poder Executivo daquele Estado. À luz do princípio da simetria, são de iniciativa do chefe do Poder Executivo estadual as leis que versem sobre a organização administrativa do Estado, podendo a questão
referente à organização e funcionamento da administração estadual, quando não importar aumento de despesa, ser regulamentada por meio de Decreto do chefe do Poder Executivo (...). Inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa da lei ora atacada." (ADI 2.857, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 3082007, Plenário, DJ de 30112007.) "Ação direta de inconstitucionalidade. Decreto 4.010, de 12112001.
Pagamento de servidores públicos da administração federal. Liberação de recursos. Exigência de prévia autorização do Presidente da República. Os arts. 76 e 84, I, II e VI, a, todos da CF, atribuem ao Presidente da República a posição de chefe supremo da administração pública federal, ao qual estão subordinados os Ministros de Estado. Ausência de ofensa ao princípio da reserva legal, diante da nova redação atribuída ao inciso VI do art. 84 pela EC 32/2001, que permite expressamente ao Presidente da República dispor, por decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando isso não implicar aumento de despesa ou criação de órgãos públicos, exceções que não se aplicam ao decreto atacado." (ADI 2.564, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8102003, Plenário, DJ de 622004.)
QUESTÃO:
(Questão 56 Exame 29 OABRJ) Em relação ao Poder Executivo brasileiro, aponte a opção errada:
a) A despeito das alterações no capítulo constitucional referente ao Presidente da República, o sistema constitucional brasileiro continua a não admitir candidaturas autônomas nem avulsas para os cargos de presidente e vice-presidente da República;
b) João, Pedro e Antonio são candidatos à presidência da República. No fim da apuração dos votos do primeiro turno de votação, os dois primeiros resultaram os mais votados, mas nenhum deles logrou reunir os votos necessários à eleição desde logo. Antes da segunda votação, João veio a falecer. Nessa situação, deve realizar-se o segundo turno, para o qual Antonio deve ser convocado a disputar o cargo com Pedro;
c) No exercício do poder regulamentar, o presidente da República pode aprovar regulamentos e baixar decretos para a execução da lei e da Constituição, sendo válida a expedição de normas que disciplinem por inteiro as disposições constitucionais enquanto não sobrevier lei complementar ou ordinária, que as regulamente;
d) Adroaldo é o presidente da República e Anfilófio, o vice-presidente, eleitos para mandato de quatro anos, no período de 1º de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2006. Dois meses após a posse, Adroaldo e Anfilófio falecem devido a contaminação por um vírus mutante desconhecido. Convocam-se novas eleições e são eleitos Álvaro e César para os cargos em questão, vindo estes a tomar posse em 1º de maio de 2003. Nessas condições, de conformidade com as normas constitucionais vigentes, o mandato dos novos eleitos findará em 31 de dezembro de 2006.
OBS.: Dentre as atribuições do Presidente da República compete lhe privativamente expedir decretos e regulamentos para a fiel execução de leis, sancionadas, promulgas e publicadas. Este poder regulamentar não autoriza que o Presidente na ausência de lei complementar ou ordinária elabore decreto em substituição à lei não editada pelo Poder Legislativo, mormente aquelas que devam disciplinar disposições constitucionais submetidas à reserva legal. Se tal acontecesse, o Presidente estaria exercendo competência legislativae não regulamentar prevista nos limites do art. 84, IV da CF. (C/f/88 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução).
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