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* UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ EMPRESARIAL I PROFª LIDIA VIVAS * O processo de troca denominado escambo, deu origem ao comércio, sistema pelo qual o excedente produzido e não útil era trocado, faltando, contudo a equivalência entre os objetos da permuta. ORIGENS HISTÓRICAS * A falta de equivalência leva à fase de surgimento da moeda. O primeiro sistema de moedas surgiu com a moeda-mercadoria. ORIGENS HISTÓRICAS * Entre tais moedas temos o gado ( pecus ) e o sal, que deixaram registro em nosso vocabulário através da palavra pecúnia ( dinheiro ) e salário. ORIGENS HISTÓRICAS * A moeda evoluiu com o uso de metais – cobre, prata, ouro e o papel-moeda. O surgimento da moeda intensificou o comércio e a necessidade de disciplinar a sua prática. ORIGENS HISTÓRICAS * A evolução do Direito Comercial se deu em 4 fases : 1ª fase – Séc. XII ao séc. XVIII - período subjetivo-corporativista. Surgimento das Corporações de Ofício, que eram organizações que agregavam profissionais – alfaiates, ferreiros, artesãos, carpinteiros, ourives etc. EVOLUÇÃO HISTÓRICA * 2ª fase – Século XVIII – período objetivo dos atos de comércio. Com o advento da burguesia e do liberalismo caem as corporações. A Revolução Francesa representou a ascensão da classe burguesa e a derrocada dos mercadores e das corporações. O marco se dá através do Código Napoleônico de 1807 , que disciplina os atos de comércio. EVOLUÇÃO HISTÓRICA * 3ª fase – A Teoria da Empresa Em 1942 ocorre a unificação das matérias civil, trabalhista e comercial, com a elaboração do Código Italiano, que deixou de lado a figura tradicional do comerciante e passou a definir quem era Empresário. O vigente Código Civil – Lei 10.406/02 reuniu em um só corpo legislativo as obrigações civis e comerciais. EVOLUÇÃO HISTÓRICA * Apesar da unificação dos dois ramos do direito privado, tal uniformização foi apenas formal, expressa pela elaboração de um código. A autonomia do direito empresarial é garantida pelo art. 22, I da CF que menciona a competência pela União de legislar sobre matéria de direito civil e comercial separadamente. AUTONOMIA * O art. 966 do CC considera empresário : “ ... quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços.” SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * Logo, empresa é atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, ou seja, numa visão econômica, empresa é a organização dos fatores de produção : capital, insumos, mão de obra e tecnologia. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * Portanto, empresa é objeto de direito, sobre ela recaem as ações do empresário , que é sujeito de direito. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * O art. 967 do CC dispõe que é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas da respectiva sede, antes do início de sua atividade. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * Não é o registro que caracteriza a condição de empresário tendo portanto natureza declaratória e não, constitutiva. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * Aquele que exerce atividade empresária e não efetiva seu registro é considerado empresário irregular. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * Excepcionalmente, o empresário rural, por possuir a faculdade de requerer a sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede e, assim, se equiparar para todos os efeitos a empresário sujeito a registro, o seu registro possui natureza declaratória e constitutiva – art. 971 do CC. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * As atividades não empresariais foram previstas no parágrafo único do art. 966 do CC, excluindo do conceito de empresa o exercício, mesmo que profissionalmente de atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo com o concurso de auxiliares e colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir ELEMENTO DE EMPRESA. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * O legislador portanto, criou uma regra, uma exceção, e uma exceção da exceção. A regra é a atividade empresária, a exceção é o exercício da atividade intelectual e a exceção da exceção é a presença do elemento de empresa na atividade intelectual, que se constituirá com a articulação, pelo profissional, dos fatores de produção. SUJEITO DA ATIVIDADE EMPRESÁRIA * O empresário individual é a pessoa física, pessoa natural. É aquele que sozinho organiza os fatores de produção. Por ser pessoa natural, todo o seu patrimônio responde frente aos riscos da atividade econômica. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL * A Lei nº 12.441 de 11 de julho de 2011 alterou o Código Civil, permitindo a criação da empresa Individual de Responsabilidade Limitada- EIRELI. Trata-se de modalidade de pessoa jurídica com apenas uma pessoa, já comum em vários países. A lei estabelece um capital mínimo não inferior a 100 vezes o valor do salário-mínimo vigente, devendo estar obrigatoriamente integralizado. Foi ajuizada a ADin 4637 com relação ao tema. Obs.: MEI = R$ 60.000,00 EIRELI * É a sociedade empresária, pessoa jurídica contratual ou estatutária. Sociedade é o contrato celebrado por duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas, que se comprometem, reciprocamente, a contribuir para a formação e manutenção da empresa, partilhando os respectivos resultados – art. 981 CC. SOCIEDADE EMPRESÁRIA * Sociedade empresária, assim definida, é aquela que salvo as exceções expressamente previstas em lei, tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro – art. 982 do CC. SOCIEDADE EMPRESÁRIA * A regra geral é da possibilidade de os cônjuges exercerem livremente a atividade empresária, entre si ou de ambos com terceiros. A ressalva diz respeito aos cônjuges casados no regime da comunhão universal de bens e a separação obrigatória, a eles sendo proibido. – art. 977 CC. SOCIEDADE ENTRE CÔNJUGES * O Ato Constitutivo da sociedade tem a natureza jurídica de um contrato plurilateral, isto é, de interesses convergentes. Se nos contratos bilaterais há convergência de pretensões antagônicas, no consenso plurilateral há paralelismo de intenções. O CONTRATO SOCIAL * A plurilateralidade diz respeito à viabilidade de participação de um número indeterminado de partes. A circunstância de ser, eventualmente, reduzido a dois o número de sócios não subverte a natureza do contrato de sociedade. O CONTRATO SOCIAL * Seus elementos essenciais ou comuns são aqueles comuns aos contratos de uma forma geral, quais sejam (art. 104 do CC) : Capacidade das partes; Objeto lícito; Forma prescrita ou não defesa em lei. Podem , portanto celebrar contrato de sociedade, via de regra, os civilmente capazes e não impedidos do exercício da empresarialidade . O CONTRATO SOCIAL * É possível a pessoa estar no pleno gozo de sua capacidade civil, mas estar impedida de exercer a atividade de empresário por força de lei especial. São os casos por exemplo dos servidores públicos civis federais, estaduais e municipais, incluído nesse conceito, o presidente e seus ministros, os governadores e prefeitos e seus secretários ( Lei 8112/90, art. 117, X ) , dos militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares ( decreto-lei 1029/69 –art. 35 ) , O CONTRATO SOCIAL * dos magistrados ( Lei Complementar nº 35/79 – art. 36, I e II ) dos membros do Ministério Público ( Lei 8625/93 – art. 44, III ) , dos corretores, leiloeiros e despachantes aduaneiros. Também não podem exercer a atividade de empresário os falidos enquanto não reabilitados ( Lei 11.101 de 09/02/2005 – Lei de Falências ) . O CONTRATO SOCIAL * Da mesma forma, está impedida a pessoa condenada por crime contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação ( art. 1011 do CC § 1º e Lei 6404/76 – art. 147 § 1º ). O CONTRATO SOCIAL * As pessoas impedidas que mesmo assim vierem a exercer atividade de empresário são responsáveis, conforme disposto no art. 973 do CC pelas obrigações assumidas com terceiros. O CONTRATO SOCIAL * Cabe ressaltar que, Lei 12.399 de 01/04/2011 incluiu o § 3º no art. 974 do CC permitindo a participação de menores nas sociedades, desde que de forma conjunta : I ) O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II ) O capital deve ser totalmente integralizado; III ) O sócio relativamente capaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. O CONTRATO SOCIAL * Também deverá ser observado, conforme previsto nos artigos 998 e 1151 § 1º do Código Civil, que nos 30 dias subseqüentes a celebração, deverá ocorrer a inscrição do contrato social no registro competente, a fim de que a sociedade adquira personalidade jurídica. As Sociedades Simples são registradas no Registro Civil de Pessoas Jurídicas (RCPJ) e as Sociedades Empresárias, no Registro Público das Empresas Mercantis (RPEM – a cargo das Juntas Comerciais) . O CONTRATO SOCIAL * Pluralidade de sócios Uma sociedade resulta da vontade de no mínimo, duas pessoas. Estas duas pessoas tanto poderão ser pessoas naturais como pessoas jurídicas, como ambas. O Direito brasileiro não permite a Sociedade Unipessoal, apenas excepcionalmente, quando tratar-se de Subsidiária Integral (art. 251 da LSA) ou Unipessoalidade Superveniente. (Art. 1033, IV CC – prazo de 180 dias). ELEMENTOS ESPECÍFICOS DO CONTRATO SOCIAL * Constituição do capital social Cada um dos sócios deve contribuir para a formação do capital social. Corresponde à soma representativa das participações (em dinheiro ou bens) dos sócios. Inicialmente será identificado com o patrimônio, porque é o patrimônio inicial. No sistema atual o capital deve ser expresso em moeda corrente, mas a contribuição pode ser realizada em dinheiro ou qualquer outro bem suscetível de avaliação pecuniária (art. 997, III do CC) . O CONTRATO SOCIAL * Na sociedade simples, não empresária, é possível que a contribuição consista em serviços (art. 1006 e 997, V do CC), sendo expressamente vedado o seu emprego na sociedade limitada (art. 1055, § 2º CC). O CONTRATO SOCIAL * O nome empresarial divide-se em três designações e formas : Firma do empresário – art. 1156 do CC ; Firma ou Razão social – art. 1157, 1158, caput e § 1º do CC; e Denominação - art. 1158 § 2º do CC. A proteção ao nome empresarial decorre do registro dos atos constitutivos e obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. NOME EMPRESARIAL * É todo o complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Art. 1142 CC. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL * Sua natureza jurídica é de uma universalidade de fato. São os bens corpóreos e incorpóreos dos quais o empresário se utiliza para o desenvolvimento da empresa. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL * OTrespasse é a operação pela qual um empresário vende a outro o seu estabelecimento empresarial . Não devemos confundir com a venda da sociedade empresária. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL * Com a venda do estabelecimento altera-se a figura do seu titular, que passa a ser o comprador, enquanto que com a venda da sociedade empresária não existe qualquer alteração com relação ao titular do estabelecimento que continua o mesmo. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL * No contrato de Trespasse, o adquirente assume a responsabilidade pelo pagamento dos débitos existentes à época do negócio, provenientes de dívidas assumidas pelo alienante, se tais dívidas o adquirente tomou ciência por meio da contabilidade do estabelecimento – art. 1146 do CC. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL * Existe obrigação legal da não concorrência ao alienante nos cinco anos subseqüentes à transferência. – art. 1147 do CC. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL * SIMPLES – Se constituídas para a prática de atos de diferentes da atividade empresa, com fins econômicos. Seu registro deverá ser efetuado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. EMPRESÁRIAS – Se constituídas para a exploração da “empresa”, com objetivos econômicos. Seus Atos Constitutivos deverão ser registrados na Junta Comercial. CLASSSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES QTO. AO OBJETO * NÃO PERSONIFICADAS - Sociedade em Conta de Participação , Sociedades em comum. Antigas Sociedades de Fato ou Irregulares. Não possuem personalidade jurídica . PERSONIFICADAS -Adquirem personalidade jurídica .Titularidade Obrigacional , Processual e Autonomia Patrimonial (O patrimônio dos Sócios é distinto do da sociedade). CLASSIFICAÇÃO CONFORME O C.C. * DE PESSOAS – Quando a figura dos sócios é vital para a sua existência. DE PESSOAS E CONTRATUAIS – Quando a qualidade pessoal dos Sócios é o elemento principal. Seu nascimento advém de um contrato de natureza plurilateral, isto é, os interesses são convergentes. CLASSIFICAÇÃO QTO. À ESTRUTURA ECONÔMICA E ATO CONSTITUTIVO * Nessas sociedades a “AFFECTIO SOCIETATIS” que representa o elemento subjetivo que une os sócios é fortemente identificada. A quebra da “AFFECTIO SOCIETATIS” é motivo de dissolução da sociedade. CLASSIFICAÇÃO QTO. À ESTRUTURA ECONÔMICA E ATO CONSTITUTIVO * DE CAPITAL – O que importa é o investimento, não importa quem sejam os sócios. DE CAPITAIS E INSTITUCIONAIS – O foco destas sociedades é o capital investido, não a figura dos sócios. Seu nascimento advém de um ato institucional, o Estatuto. CLASSIFICAÇÃO QTO. À ESTRUTURA ECONÔMICA E O ATO CONSTITUTIVO * ILIMITADAS – Avança no patrimônio dos sócios ( Em Nome coletivo, Simples e em Conta de Participação). LIMITADAS – A responsabilidade dos Sócios vai até o valor de sua participação (Sociedade Limitada e Sociedade Anônima). MISTAS – Existem duas categorias de Sócios: que respondem ilimitadamente e que respondem limitadamente (Sociedade em Comandita simples e Comandita por ações). CLASSIFICAÇÃO QTO. AO NÍVEL DE RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS * SOCIEDADES EM COMUM No sistema anterior ao CC a doutrina distinguia as sociedades de fato – aquelas que nem sequer elaboravam seus contratos sociais – das irregulares , que, que estabilizando as relações entre os sócios, não os inscreviam na Junta Comercial. A expressão “sociedade comum” nada mais é do que as sociedades que a doutrina anterior tratava sob as rubricas de sociedades “de fato” ou “sociedade irregular”. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * Não há o privilégio da autonomia patrimonial, o que ocorre é uma confusão patrimonial. São aquelas que não têm seus atos constitutivos inscritos no órgão competente (Registro Civil de Pessoas Jurídicas para as sociedades simples e Junta Comercial para as sociedades empresárias). Sua disciplina legal consta dos arts. 986 a 990 do CC. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * A sua existência só pode ser provada pelos sócios por escrito conforme previsão do art. 987 do CC . O art. 990 do CC determina a responsabilidade solidária e ilimitada do sócio que contratou pela sociedade e subsidiária dos demais, permitindo o benefício de ordem, previsto no art. 1024 do CC. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO Seu ordenamento Jurídico está previsto nos arts. 991 a 996 do CC. Muitos doutrinadores criticam a manutenção da Sociedade em Conta de Participação no capítulo das sociedades, por entenderem tratar-se não de uma sociedade e sim de um contrato de investimento. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO O exercício da atividade é feito de forma individual pelo Sócio Ostensivo que responde exclusivamente e ilimitadamente, conforme disposto no art. 991 parágrafo único. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * A prova da Sociedade em Conta de Participação poderá ser feita através de todos os meios admitidos em Direito (art. 992 CC). A eventual inscrição do contrato social em qualquer Registro não trará personalidade jurídica, porém,produzirá efeito entre os sócios (art. 993 do CC). SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * Caberá ao sócio Ostensivo as relações frente a terceiros, não podendo o sócio Participante ou Oculto intervir em tais relações, sob pena de o fazendo, responder solidariamente como o sócio Ostensivo. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS * SOCIEDADE SIMPLES O CC deu forma a uma nova modalidade de contrato social originário do Código Civil Italiano de 1942: a sociedade simples. Foi concebida com dupla finalidade, a primeira de se distinguir das sociedades empresárias, adotando objeto diverso da atividade empresarial , e a segunda de servir de modelo, standard ou fonte supletiva dos demais tipos societários. SOCIEDADES PERSONIFICADAS * Os arts. 1040 e 1053 do CC determinam a aplicação supletiva das normas das sociedades simples às sociedades empresárias. É a sociedade simples, ao mesmo tempo, uma sociedade-padrão para as sociedades empresárias, como também uma espécie distinta quanto ao objeto, destinada exclusivamente às atividades não empresariais, nessa função, pode revestir-se de uma das formas societárias empresariais. SOCIEDADES PERSONIFICADAS * A sociedade simples sempre possui objeto social distinto da atividade própria de empresário. O objeto da sociedade simples poderá incluir, por ex., a prestação de serviços intelectuais, artísticos, científicos ou literários. Tal previsão conta do art. 982 CC. SOCIEDADES PERSONIFICADAS * SOCIEDADE EM NOME COLETIVO Seu tratamento legal atualmente se encontra previsto nos Arts. 1039 a 1044 do CC. Sua origem remonta a Idade Média. São antigas sociedades familiares . Nesta modalidade societária, os sócios são somente pessoas físicas, que possuem responsabilidade ilimitada perante terceiros. SOCIEDADES PERSONIFICADAS- TIPOS MENORES * SOCIEDADE EM NOME COLETIVO Essa sociedade identifica-se através de firma. (art. 1041 do CC). A administração da sociedade é de exclusividade dos sócios conforme previsto em cláusula contratual. Trata-se, portanto, de uma sociedade de natureza contratual de cunho personalístico. SOCIEDADES PERSONIFICADAS- TIPOS MENORES * SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES Sua origem remonta aos antigos contratos de commenda, utilizados no comércio marítimo dos séculos X e XI. Seu Ordenamento Jurídico está previsto nos Arts. 1045 a 1051, CC. São em geral, sociedades empresárias, logo, personificadas que possuem responsabilidade mista quanto ao nível de responsabilidade dos sócios. SOCIEDADES PERSONIFICADAS- TIPOS MENORES * SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES Possuem duas categorias de sócios, a saber: Sócios Comanditados – que dão nome a sociedade e respondem ilimitadamente. b) Sócios Comanditários – que respondem limitadamente ao capital investido. SOCIEDADES PERSONIFICADAS- TIPOS MENORES * SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES Os sócios comanditários são meros emprestadores de Capitais, não podendo exercer qualquer ato de gestão ou dar nome à sociedade, exclusividade do sócio comanditado, se desrespeitar tal dispositivo ficará sujeito à responsabilidade de sócio comanditado( art. 1047 CC ) . SOCIEDADES PERSONIFICADAS- TIPOS MENORES * Com a intenção de impedir que a personificação jurídica seja instrumento para assegurar a impunidade de atos sociais fraudulentos, a jurisprudência passou a adotar a TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, também chamada “da superação” e da “penetração”. Esta consiste em colocar de lado, episodicamente, a autonomia patrimonial da sociedade, possibilitando a responsabilização direta e ilimitada do sócio por obrigação que, em princípio, é da sociedade. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA * A TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO é utilizada sempre que houver indícios de fraudes ou abusos de direito. Não é para se desconsiderar apenas com o risco empresarial. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA * Não devemos nos esquecer que a Autonomia Patrimonial é o alicerce do Direito Societário. O art. 50 do CC positiva a Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica quando da ocorrência de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade e a confusão patrimonial. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA * É o tipo societário de maior presença na economia brasileira. Foi introduzida em nosso direito pelo Decreto 3.708 de 1919. SOCIEDADE LIMITADA * Atualmente é disciplinada nos arts. 1052 a 1087 do CC. Trata-se de uma sociedade predominantemente personalística e de natureza contratual. É também considerada híbrida por alguns doutrinadores, por em menor número poder tratar-se de sociedade de capitais. SOCIEDADE LIMITADA * Os sócios respondem na razão de suas quotas, sendo solidariamente responsáveis pela integralização do capital social. – art. 1052 do CC. SOCIEDADE LIMITADA * Não será permitido na sociedade limitada sócio de indústria ou serviços - Art. 1055 § 2º CC. SOCIEDADE LIMITADA * Na omissão do contrato a regência supletiva da sociedade limitada se fará pela Sociedade simples, podendo o contrato dispor da regência supletiva pela Lei da S/A.- art. 1053, Parágrafo Único do CC. SOCIEDADE LIMITADA * A Sociedade Limitada poderá se identificar por firma ou denominação social. – art. 1054 e 1158 CC. SOCIEDADE LIMITADA * A omissão da expressão limitada no nome empresarial trará a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que fizerem uso da firma ou denominação social. – art. 1158 § 3º CC. SOCIEDADE LIMITADA * A cota é a unidade representativa do capital social. – art. 1055 CC. Representa uma posição de direitos e deveres perante a sociedade. SOCIEDADE LIMITADA * A doutrina vem permitindo a possibilidade dos acordos parasociais entre cotistas reconhecendo-lhe a validade e consequentemente a execução específica das obrigações que ali foram assumidas. Necessária a previsão contratual da regência supletiva pela Lei da S/A. ( art. 1053 parágrafo único do CC. ) SOCIEDADE LIMITADA * É possível a atribuição de pesos diferentes para distribuição dos resultados em relação à participação dos sócios no capital, Não será possível é atribuição exclusivamente a um dos sócios todos os lucros ou perdas.( Art . 1008 CC ) SOCIEDADE LIMITADA * Pela exata estimação dos bens oferecidos ao capital social os sócios são solidariamente responsáveis pelo prazo de 5 anos a contar do registro da sociedade. – art. 1055 § 1º CC. SOCIEDADE LIMITADA * Na omissão do contrato sócio poderá ceder sua quota a quem seja sócio e, a estranho, somente de não houver oposição de mais de ¼ do capital social, portanto , forte característica de uma sociedade predominantemente personalística (Art. 1057 CC). SOCIEDADE LIMITADA * Com a morte de um dos sócios caso o contrato social seja omisso o art. 1028 do CC em regra, determina a liquidação da cota , isto é, apuram-se os haveres, ocorrendo a dissolução parcial, privilegiando assim o princípio da preservação da empresa. SOCIEDADE LIMITADA * O art. 1077 do CC prevê as causas do direito de recesso : Modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra sociedade e incorporação da sociedade por outra. Necessário que ocorra a dissidência em relação a estas deliberações. A apuração dos seus haveres deverá ser efetuada nos moldes do art. 1031 do CC. SOCIEDADE LIMITADA * O art. 1085 do CC prevê a exclusão do sócio por justa causa. O contrato social deverá prever cláusula expressa. Não é admitida cláusula implícita de exclusão de sócio. SOCIEDADE LIMITADA * O sócio remisso poderá ser excluído da sociedade limitada. – art. 1058 CC. SOCIEDADE LIMITADA * A sociedade limitada poderá ter Administrador designado no contrato ou em ato separado – art. 1060 CC. Por determinação expressa no contrato poderá existir Administrador não sócio – art. 1061 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Ao término de cada exercício social deverá ser elaborado o balanço patrimonial e o do resultado econômico, além do inventário – art. 1065 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Dependerão de deliberação dos sócios além de outras matérias as elencadas no art. 1071 do CC. A deliberação em assembleia será obrigatória se o nº de sócios for superior a 10 sócios. – art. 1072 § 1º do CC. ( Exceto LC. 123/2006 e LC 128/2008, LC 139/2011). SOCIEDADE LIMITADA * O quórum de instalação da Assembleia dos sócios é de ¾ no mínimo do capital social em 1ª convocação e em segunda com qualquer número. – art. 1074 do CC. SOCIEDADE LIMITADA * O sócio não deverá votar matéria em que tenha interesse – art. 1074 § 2º do CC. SOCIEDADE LIMITADA * A Assembleia deverá realizar-se ao menos uma vez por ano nos quatro meses subseqüentes ao término do exercício social. –art. 1078 do CC. SOCIEDADE LIMITADA * A aprovação sem reserva, do balanço patrimonial e do resultado econômico , salvo erro, dolo ou simulação exonera de responsabilidade os membros da administração – art. 1078 § 3º do CC. SOCIEDADE LIMITADA * Extinguem-se em dois anos o direito de anular a aprovação do balanço patrimonial e de resultado econômico, eivados de vícios. – art. 1078 § 3º do CC. SOCIEDADE LIMITADA – DELIBERAÇÕES SOCIAIS * É facultado aos sócios para uma melhor fiscalização dos atos de gestão da sociedade a criação do Conselho Fiscal. O Conselho Fiscal é optativo e não impede o poder de fiscalização da Assembleia. SOCIEDADE LIMITADA – CONSELHO FISCAL * A dissolução da sociedade consiste na verificação de uma causa que desencadeará o processo de extinção da pessoa jurídica, ocasião em que se encerra a personalidade jurídica. SOCIEDADE LIMITADA * Verificada a causa dissolutória, tem início a liquidação do ativo da sociedade para o pagamento do passivo social, procedendo-se em seqüência a partilha do acervo remanescente entre os sócios. SOCIEDADE LIMITADA * O CC cuida da dissolução das sociedades contratuais, disciplinando-a no capítulo referente às sociedades simples. A sociedade poderá dissolver-se : A ) de pleno direito; B ) Judicialmente. SOCIEDADE LIMITADA * Dissolve-se de pleno direito a sociedade, nos termos do art. 1033 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Na Sociedade limitada a dissolução por vontade dos sócios depende de aprovação de três quartos do capital social. Art. 1076 , I CC. SOCIEDADE LIMITADA * Judicialmente, nos termos do art. 1034 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Ocorrendo a dissolução da sociedade, independentemente de sua forma, devem os administradores restringir os atos de gestão aos negócios sociais inadiáveis. SOCIEDADE LIMITADA * Fica vedada aos sócios a realização de novas operações. Se vierem a executá-las, responderão solidária e ilimitadamente. Art. 1036 CC. SOCIEDADE LIMITADA – DISSOLUÇÃO * A sociedade dissolvida permanece com sua personalidade jurídica, a qual sobrevive até que ultimada a liquidação. A Liquidação poderá ser: A ) extrajudicial; B ) judicial. SOCIEDADE LIMITADA * Compete ao liquidante representar a sociedade em juízo ou fora dele praticar todos os atos necessários à sua liquidação, inclusive alienar bens móveis ou imóveis, transigir, receber e dar quitação. Art. 1105 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Em todos os atos, documentos e publicações, deverá o liquidante empregar a denominação ou firma social, sempre seguida da expressão “ em liquidação ” e de sua assinatura pessoal declarando a sua qualidade. Art. 1103 Parágrafo Único CC. SOCIEDADE LIMITADA * Responde o liquidante pelos prejuízos causados por culpa no desempenho de suas funções, pois suas responsabilidades são regidas pelos mesmos princípios e preceitos dos administradores. Art. 1104 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Pago o passivo e partilhado o ativo remanescente, convocará o liquidante a Assembléia ou reunião dos sócios para a final prestação de contas. Art. 1108 CC. SOCIEDADE LIMITADA * Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação averbando-se no registro a respectiva ata. Só então , é que estará efetivamente extinta a pessoa jurídica. Art. 1109 CC . SOCIEDADE LIMITADA * Pode ocorrer a existência de algum credor insatisfeito. Tal credor poderá exigir dos sócios, individualmente, o pagamento de seu crédito, até o limite da soma por eles recebida em partilha. Poderá propor ainda, em face do liquidante, se for o caso, ação de perdas e danos. Art. 1110 CC. SOCIEDADE LIMITADA * A transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. Art. 1113 CC REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA * A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Art. 1116 do CC REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA * A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Art. 1119 do CC REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA * A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para este fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão. Art. 229 LSA. REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA * Obrigada e sucesso para todos !!!!!
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