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O homem e a sociedade das massas

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O homem e a sociedade das massas 1
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O homem e a sociedade das 
massas
Apresentação 
O estudo sobre a massificação do homem e da sociedade é fundamental para a 
compreensão da sociedade moderna como produtora e produto de massa. A 
sociedade de massas é caracterizada pelo consumo, pelas grandes populações e 
pela produção em massa de bens, de produtos e de serviços.
Na contextualização da sociedade de massas e na identificação do homem como 
produto de massa, fazem-se presentes questões ligadas ao desenvolvimento 
econômico resultado do processo de industrialização, o crescimento na produção de 
bens e serviços e as relações entre indivíduos e instituições. O advento dos meios 
de comunicação de massa também influenciou costumes e as referências foram 
generalizadas no meio social.
No Infográfico a seguir, são reforçados os principais aspectos relacionados à 
contextualização da sociedade das massas.
O homem e a sociedade das massas 2
💡 Livro consultado: FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA 
- Carolina Bessa Ferreira de Oliveira 
Dica do professor: 
O que significa uma abordagem critica a respeito das massas ?
Questionamentos levantados para compreender os processos de perda de 
autonomia, alienação e enfraquecimento das relações entre os indivíduos no 
contexto da sociedade capitalista.
Como os meios de comunicação de massa como a TV pode influenciar nesse 
processo?
No estudo sobre o homem e a sociedade das massas, verificamos que os meios de 
comunicação (de massa) realizam forte influência na vida das pessoas, sobretudo 
na prática do consumo excessivo (consumismo de bens, produtos e serviços 
diversos). Assim, os meios de comunicação têm papel central na sociedade 
contemporânea e na sociedade das massas, pautada no modo de produção 
capitalista e em relações pautadas pelo consumo.
O homem e a sociedade das massas 3
O que caracteriza a massificação do homem?
 A massificação do homem é caracterizada pelo identificar-se e agir de forma 
semelhante com o que o conjunto social considera, em sua maioria ou senso 
comum, como "padrão", sem uma análise crítica ou autônoma. Para o filósofo José 
Ortega y Gasset, o homem-massa é a expressão do conformismo, pois o indivíduo 
e sua individualidade saem de cena e dão lugar ao sujeito que busca se enquadrar 
no mundo social massificado, pois sente-se confortável quando se vê igual a todo 
mundo, ou seja, quando se coloca em conformidade com a massa.
Como se explica o enfraquecimento das formas de ações 
individuais e das culturas tradicionais?
O enfraquecimento das formas de ações individuais e das culturas tradicionais 
podem ser explicados a partir da análise da sociedade de massas, considerando 
sua contextualização histórica e social e a identificação do homem como produto de 
massa. Integram essa análise questões ligadas ao desenvolvimento econômico 
como resultado do processo de industrialização e urbanização, o crescimento na 
produção de bens e serviços no modelo econômico de sociedade capitalista e as 
relações burocratizadas entre indivíduos e instituições. Ademais, o advento dos 
meios de comunicação de massa influenciou, fortemente, os costumes.
 As referências foram generalizadas no meio social, fazendo com que as formas de 
ações individuais e as culturas tradicionais fossem consideradas inferiores e frágeis. 
Assim, o processo de urbanização e a concentração da população nas grandes 
cidades modificaram o formato das relações entre sujeito, mundo social e 
instituições do Estado. A formalização das relações entre indivíduo e órgãos 
institucionais, prevalecendo a racionalidade formal como ferramenta de mediação, 
enfraqueceu as formas de ações individuais, uma vez que o sujeito está sempre 
submetido ao julgamento de uma entidade maior, no agregado de forças do 
conjunto social e diante de uma força muito superior ao indivíduo isoladamente, 
como é o caso da economia e dos meios de comunicação.
Exercícios 
O homem e a sociedade das massas 4
Na grande área das Ciências Humanas e Sociais, o tema da sociedade das massas 
é fundamental para a compreensão das ações humanas em uma determinada 
sociedade, sobretudo a partir do processo de industrialização, modernização e 
urbanização. A esse respeito, é correto afirmar que:
O conceito de sociedade de massa, utilizado no meio acadêmico, diz respeito a uma 
forma de organização social específica e recente. Trata-se da sociedade em que a 
grande maioria da população está inserida em um processo de produção e de 
consumo, em larga escala, de bens de consumo e serviços, além de estar em 
conformidade com determinado modelo de comportamento generalizado – 
padronizado e esperado. Por isso, a palavra “massa” é utilizada, pois faz alusão 
àquilo que não tem autonomia de ação, que é manipulado. Sociedade de massas 
pode ser entendida, então, como a sociedade em que os indivíduos agem de forma 
semelhante no tocante aos gostos e interesses. As principais características da 
sociedade de massas são: forma de estruturação social observada em sociedades 
industriais e imersas no processo de modernização; presença de comportamentos 
de consumo e produção em massa de bens, de produtos e de serviços; as grandes 
populações das metrópoles constituem-se como sociedades de massas.
Assinale a alternativa correta considerando o momento histórico, os processos e os 
contextos que influenciaram o surgimento da sociedade de massas.
Em termos históricos, a sociedade de massa surgiu em um momento tardio no 
processo de modernização, quando do aumento populacional, ao lado do 
surgimento dos meios de transporte modernos e da imprensa. Dentre os principais 
aspectos, está o desenvolvimento econômico resultante do rápido processo de 
industrialização, com foco na produção em massa de bens de consumo e de 
serviços. O processo de urbanização e a concentração da população nas grandes 
cidades, gerando fenômenos como as metrópoles e megalópoles, como centros, 
culminou em diferentes formas de relações entre sujeitos, sociedade e instituições. 
No processo da Revolução Industrial, o modelo de produção fordista predominava e 
caracterizava-se, principalmente, pela produção em série de produtos, como foi o 
caso da produção em massa de carros com alto rendimento financeiro, a partir de 
um processo de padronização da produção, com linhas de montagem e fabricação 
em larga escala. Da mesma forma, a sociedade de massas visa a produzir formas 
de vida padronizadas, massificadas. Posteriormente, estaria pautada no 
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consumismo, nos ditames dos meios de comunicação de massa, como estratégia 
de alienação ideológica, e na vida nos grandes centros urbanos.
A partir do conceito de sociedade de massa, que traduz a culminação de um 
processo de transformações sociais no contexto da modernização do mundo 
ocidental, os indivíduos estão imersos e tornam-se, assim, produtos de um processo 
de massificação. Sobre isso, é correto afirmar que:
A partir do conceito de sociedade de massa, que traduz a culminação de um 
processo de transformações sociais no contexto da modernização do mundo 
ocidental, os indivíduos estão imersos, com suas subjetividades, preferências, 
comportamentos e relações sociais. Entretanto, a massificação do homem e da 
sociedade gera manipulações, conformismos, determinações exteriores e 
tendências. Ortega y Gasset (2007) denominou o “homem-massa”, ou seja, o sujeito 
em uma sociedade de massa, em que “sente-se como todo mundo”. Com isso, o 
homem, ser humano, enquanto sujeito individual, que tem individualidade, é 
fragilizado. Assim, emana um sujeito que busca, a partir de influências externas a 
ele, enquadrar-se, padronizar-se, em um processo de homogeneização diante do 
social massificado, em “conformidade com a massa”. Assim, não há um processo 
de reflexão, um pensar em profundidade, mas um aprisionamento determinado 
“para todos”. Nesse sentido, pode-se compreender o homem como produto da 
massificação, desde o início do século XX, como
presente em diferentes classes 
sociais, grupos e sociedades, pois trata-se de um resultado de uma cultura de 
massificação, de homogeneidade.
4. A massificação do homem e da sociedade está atrelada à ideia de padronização 
em uma sociedade urbanizada, moderna e industrializada. Desse modo, 
abordagens críticas são fundamentais para se compreender como operam os 
mecanismos de homogeneização ligados à sociedade de massas e à indústria 
cultural. 
Como abordado no capítulo, adiscussão sobre indústria cultural inclui a reflexão 
sobre a influência de meios de comunicação sobre a sociedade, como a TV, bem 
como na padronização de gostos, comportamentos e interesses. 
Os pensadores da chamada “Escola de Frankfurt”, fundada em 1924 na 
Universidade de Frankfurt, Alemanha, discutiram o papel da mídia e seus efeitos 
nas relações entre informação, consumo, entretenimento e política. Os principais 
expoentes desse debate são Max Horkheimer e Theodor W. Adorno. 
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
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A massificação do homem e da sociedade está atrelada à ideia de padronização em 
uma sociedade urbanizada, moderna e industrializada. Caracteriza-se como um 
fenômeno recente, do século XX, atrelado ao modo de produção em série e em 
massa; portanto, uma sociedade capitalista e baseada no consumo. Ao pensar em 
uma “massa”, no âmbito da culinária, por exemplo, podemos imaginar que não mais 
se distinguem os ingredientes que a compõem. Da mesma forma, o homem 
massificado é aquele em que não podemos distinguir sua autonomia, história, 
escolhas e individualidade, pois é “igual a todo mundo”. Atualmente, diante das 
práticas de consumo e estilos de vida, a partir dos quais espera-se que o indivíduo 
tenha determinados bens, produtos, utilize serviços e se insira no mundo do 
trabalho de determinadas formas, pautadas em uma racionalidade e formalismo, 
fica mais fácil compreender a abordagem crítica. 
A filósofa Hannah Arendt refletiu sobre o tema e apontou que, no século XX, foi 
possível identificar homens ideologicamente moldados para agir de maneira 
massificada, ou seja, manipulados. Com isso, não há espaço para a 
espontaneidade humana e para a existência da individualidade, pois há uma força 
social para produzir pessoas modelo-padrão. Ademais, é tema afim a cultura de 
massas e da indústria cultural, que inclui a reflexão sobre a influência de meios de 
comunicação, como a TV, sobre a sociedade, bem como sobre a padronização de 
gostos, comportamentos e interesses. Esses aspectos impactariam a subjetividade 
e a autonomia das pessoas, gerando uma cultura imposta. 
Os pensadores da chamada “Escola de Frankfurt”, fundada em 1924, na 
Universidade de Frankfurt, na Alemanha, discutiram o papel da mídia e seus efeitos 
nas relações entre informação, consumo, entretenimento e política. Os principais 
expoentes desse debate são Max Horkheimer e Theodor W. Adorno. Dentre suas 
obras, está o texto de 1947 “Dialética do Iluminismo”, ou “Dialética do 
Esclarescimento”, no contexto histórico pós Segunda Guerra Mundial, em que 
definem indústria cultural como um sistema que visa a produzir bens de cultura 
como mercadorias e como estratégia de controle social (filmes, músicas, livros). 
Dessa forma, perdem o papel de bens artísticos ou culturais para tornarem-se um 
mero mecanismo que visa ao lucro no sistema capitalista, mantendo processos 
alienantes e não contribuindo para a formação de sujeitos críticos e autônomos.
No âmbito da sociedade de massa, os meios de comunicação desempenham um 
determinado papel na propagação da cultura do consumo, de modelos esperados 
de comportamento e interesses. Sobre o tema, é correto afirmar que:
O homem e a sociedade das massas 7
A discussão sobre a sociedade das massas inclui outras análises, no campo da 
Sociologia e da Filosofia, como a questão da cultura de massas e da indústria 
cultural. Inclui-se, ainda, a reflexão sobre a influência de meios de comunicação 
sobre a sociedade, como a TV, bem como sobre a padronização de gostos, 
comportamentos e interesses, impactando na subjetividade e na autonomia das 
pessoas, gerando uma cultura imposta. Há, assim, uma mídia e seus efeitos nas 
relações entre informação, consumo, entretenimento e política. 
Os principais expoentes desse debate são Max Horkheimer e Theodor W. Adorno. 
Dentre suas obras, está o texto de 1947 “Dialética do Iluminismo”, ou “Dialética do 
Esclarescimento”, no contexto histórico pós Segunda Guerra Mundial, em que 
definem indústria cultural como um sistema que visa a produzir bens de cultura 
como mercadorias e como estratégia de controle social (filmes, músicas, livros). 
Dessa forma, perdem o papel de bens artísticos ou culturais para tornarem-se um 
mero mecanismo que visa ao lucro no sistema capitalista, mantendo processos 
alienantes e não contribuindo para a formação de sujeitos críticos e autônomos.
A indústria cultural
https://youtu.be/aTLZq7NcVq0
Resumo escrito por Sayonara Silva 
https://youtu.be/aTLZq7NcVq0

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