Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manual do Professor Idalberto CHIAVENATO Administração �������� �� ������� ���� �� 4ª edição Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 2 Este manual tem como objetivo facilitar a vida do professor. Aqui são oferecidos materiais complementares adicionais, prontos para serem aplicados em sala de aula. São eles: Exercícios: Questões oferecidas para facilitar a compreensão dos capítulos. Tem como objetivo fazer com que os alunos, através de perguntas conceituais de acordo com os roteiros de cada capítulo fixem as idéias e conceitos centrais. Discussão das afirmações: Afirmações de especialistas relacionadas de acordo com cada capítulo. Sugestão de Pesquisa: Temas oferecidos para o aluno pesquisar algum caso prático do capítulo. O objetivo é que o aluno se intere com os principais meios de comunicação e desenvolva as capacidades de argumentação e apresentação. Estudos de Caso: Casos práticos para serem discutidos em sala se aula. Juntamente com cada caso vem acompanhado um tópico chamado objetivo do caso para servir de apoio para o professor na discussão. Apresentações: Slides em MS-PowerPoint prontos para serem utilizados em sala de aula. (download pode ser realizado através dos sites www.campus.com.br/professores.asp ou www.chiavenato.com ) Informações da obra acesse: http://www.chiavenato.com/publicacoes/catalogo_detalhe.asp?id=29 Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 3 SUMÁRIO Parte I – Os fundamentos da Administração ................................................. 4 Capítulo 1 - O Que é Administração de Empresas ............................................. 5 Capítulo 2 – As Empresas .................................................................................. 8 Capítulo 3 – O Administrador ........................................................................... 12 Parte II - O contexto em que as empresas operam ..................................... 20 Capítulo 4 - O Ambiente das Empresas ........................................................... 21 Capítulo 5 - A Tecnologia e sua Administração................................................ 25 Capítulo 6 - Estratégia Empresarial .................................................................. 28 Parte III – Planejamento da ação empresarial .............................................. 35 Capítulo 7 - Planejamento Estratégico ............................................................. 36 Capítulo 8 – Planejamento Tático .................................................................... 39 Capítulo 9 – Planejamento Operacional ........................................................... 43 Parte IV – Organização da ação empresarial ............................................... 51 Capítulo 10 – Desenho organizacional ............................................................. 52 Capítulo 11 – Desenho Departamental ............................................................ 56 Capítulo 12 – Modelagem do Trabalho ............................................................ 59 Parte V – Direção da ação empresarial ........................................................ 66 Capítulo 13 – Direção ....................................................................................... 67 Capítulo 14 – Gerência .................................................................................... 70 Capítulo 15 – Supervisão ................................................................................. 73 Parte VI – Controle da ação empresarial ...................................................... 79 Capítulo 16 – Controle Estratégico ................................................................... 80 Capítulo 17 – Controle tático ............................................................................ 83 Capítulo 18 – Controle operacional .................................................................. 86 Parte VII – A administração da ação empresarial ........................................ 97 Capítulo 19 – Competências organizacionais e criação de valor ..................... 98 Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 4 Parte I – Os fundamentos da Administração A definição para da palavra "administração" tem sua origem no latim (ad, direção para, tendência e minister, comparativo de inferioridade; o sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço. Em sua origem, a palavra administração significa desenvolver uma função sob o comando de outro, prestar um serviço a outro. Essa velha conotação de supervisionar ou de só tomar conta de algum empreendimento ou pessoas está hoje totalmente ultrapassada e obsoleta. A administração cresceu e tomou-se uma ciência, uma técnica e uma arte: ela é uma ciência com princípios bem definidos e um corpo de conhecimentos científicos e devidamente codificados, uma tecnologia que produz ferramentas de utilização para obter resultados e uma arte em lidar com situações concretas e abstratas. As organizações operam em ambientes diferentes, rodeadas de um universo de fatores, tais como: econômicos, políticos, tecnológicos, legais, sociais, culturais e demográficos que interagem entre si e se alternam constantemente, proporcionando um campo dinâmico de forças caracterizado por enorme mudança e instabilidade ao redor. No fundo, as organizações recebem influências de seu meio ambiente, mas, em contrapartida, nele também provocam profundas influências. A Parte I é finalizada com o estudo de caso “Blockbuster”, onde os alunos deverão responder as questões e refletir sobre as mudanças no ambiente empresarial. Qualquer consideração e informação a respeito do estudo de caso poderão ser feitas através do e-mail: atendimento@chiavenato.com. Contribuições e experiências obtidas na discussão serão sempre bem-vindas e terão os créditos mencionados nos materiais. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 5 Capítulo 1 - O Que é Administração de Empresas Questões: 1. Conceitue a Administração em função da ênfase em cada uma das variáveis, a saber: • Tarefas • Estrutura • Pessoas • Tecnologia • Ambiente • Processos 2. Conceitue a Administração em função de cada uma das variáveis anteriores, tomadas em conjunto. 3. Explique as características da Administração Científica de Taylor. 4. Compare o modo como é hoje organizada uma grande empresa típica com o modo como era organizada em 1940. 5. Quais são as maneiras pelas quais a administração pode departamentalizar-se? 6. Compare o valor da formalização para a administração com o seu valor para os funcionários. 7. Baseado na sua experiência no trabalho ou na escola descreva os modos como os princípios da administração científica e burocrática ainda são usados nas organizações. 8. À medida que as organizações tornam-se mais orientadas pela tecnologia, o que você acredita ser mais importante – a administração do elemento humano da organização, ou a administração da tecnologia? Explique. 9. Muitas empresas de e-commerce faliram enquanto outras estão em atividade. Você consideraria uma carreira em uma empresa de e- commerce uma boa opção? Explique os pontos positivos e negativos da sua escolha. 10.Você preferiria trabalhar numa burocracia ou em uma organização virtual? Por quê? 11. Quais são as principais características da Teoria Clássica de Fayol e de Ford? 12. Quais são as diferenças entre Eficiência e Eficácia? 13. Com base no conteúdo do livro e confrontando com sua perspectiva faça uma análise do rumo da administração nos próximos anos no Brasil? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 29 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 6 Discutam as afirmações: “O traço comum às idéias propostas por pessoas como Taylor, os Gilbreth, Fayol e Weber eram o do aumento da eficiência. O mundo que existia no final do século XIX e início do século XX era um mundo de grande ineficiência. A maioria das atividades organizacionais não tinha nenhum planejamento. As responsabilidades de trabalho eram vagas e ambíguas. Os gerentes, quando existiam, não tinham noção clara do que deviam fazer. Havia uma necessidade gritante e idéias que pudessem implantar ordem nesse caos e melhorar a produtividade. E as práticas padronizadas recomendadas pelos clássicos ofereciam um meio para melhorar essa produtividade.” 1 "O auge da popularidade da burocracia provavelmente se deu nos anos 1950 e 1960. Naquele momento, quase toda grande empresa no mundo - como IBM, GE, Volkswagen, Matsushita e Shell, - era organizada como uma burocracia. Embora a burocracia esteja fora de moda atualmente - os críticos afirmam que ela não consegue responder rapidamente Às mudanças e bloqueia a iniciativa do funcionário.2 “A prática da administração pode ser traçada desde 3.000 a.C. para as primeiras organizações desenvolvidas pelos sumérios e egípcios, mas o estudo formal de administração é relativamente recente. Os primeiros estudos sobre administração como conhecemos hoje começou com o que agora é chamado de perspectiva clássica. A perspectiva clássica sobre administração emergiu durante o século XIX e o início do século XX. O sistema de fábrica, que começou a aparecer nos anos de 1800, apresentava desafios que as primeiras organizações não haviam encontrado. (...)”.3 “Provavelmente o taylorismo tivesse tido sucesso, independente do estágio de desenvolvimento da indústria e do contexto ideológico. O taylorismo juntou-se com a indústria e a linha de montagem de Henry Ford. O princípio de Ford já era conhecido mesmo antes do nascimento da Administração Científica. Bicicletas, armas, peças, etc, já tinham sua produção em massa desde a Revolução Industrial; ou seja, a produção em massa de determinados produtos já existia, um exemplo disso eram os Venezuelanos, que dominavam a montagem em série de navios. Thomas Jefferson, em 1.785, visitou uma fábrica em Versailles que utilizava o conceito de peças intercambiáveis, que consistia em fazer peças semelhantes que pudessem ser usadas em todos os mosquetes existentes em armazém”.4 1 ROBBINS P., Stephen. Administração: Mudanças e Perspectivas .ed. Saraiva, 2000, p.192 2 LAWLER, E. Bureaucracy Busting - Across the Board, Março 1993 3 DAFT, Richard L. Administração. Thomson, 2006. p.31. 4 MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2ª ed. SP: Atlas, Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 7 Sugestão para Pesquisa No dia seguinte ao da posse, ocorrida em 15 de março de 1990, o Presidente lançou seu programa de estabilização, o plano Collor, baseado em um gigantesco e inédito confisco monetário, congelamento temporário de preços e salários e reformulação dos índices de correção monetária. Em seguida, tomou medidas duras de enxugamento da máquina estatal, como a demissão em massa de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e empresas públicas. Ao mesmo tempo, anunciou providências para abrir a economia nacional à competição externa, facilitando a privatização de empresas estatais (como as de telefonia), a entrada de mercadorias e capitais estrangeiros no país. Pesquise em bibliotecas, na Internet, jornais ou revistas casos de empresas brasileiras que se beneficiaram com a abertura econômica na Era Collor (1991/92), e como esta mudança influenciou na administração das organizações nos seguintes aspectos: • Pessoas • Cargos • Processos • Tecnologias utilizadas na produção • Comunicação • Tecnologia da Informação Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 8 Capítulo 2 – As Empresas Questões: 1. Identifique os principais componentes da teoria dos sistemas. Esta perspectiva é primariamente interna ou externa? Explique. 2. Qual a diferença entre shareholder e stakeholder? Cite pelo menos duas empresas que adotam esta prática. 3. O que significa Governança Corporativa, e qual o seu impacto nas instituições em geral? 4. Compare estratégias internas e externas de administração nas empresas. 5. Quais são as principais áreas funcionais de uma Empresa? 6. Quais foram as principais mudanças ocorridas durante a Era Industrial (2ª Revolução Industrial entre 1860 e 1914) e durante a Era da Informação (entre 1970 até os dias atuais)? Discuta com seus colegas sobre as inovações (produtos e serviços) que se destacaram nestes períodos. 7. Quais as forças que estão reformulando o mundo inconstante do trabalho? 8. Como as organizações se adaptam ou procuram influenciar seus ambientes? 9. De que forma você acha que os grandes blocos comerciais (Mercosul; BRIC (Brasil; Rússia; Índia e China); UE) podem, ou poderão lhe afetar como futuro gerente? 10. Com base em sua experiência no trabalho, ou na universidade, descreva os modos como os princípios da administração científica e burocrática ainda são utilizados. 11. Até que ponto a pressa no processamento de mudanças estratégicas, sem levar em conta os estágios de transição, pode causar danos aos níveis organizacionais? 12. Explique os seguintes conceitos (veja exemplos nas paginas 51 e da P&G na pg 54 do livro): • Missão organizacional • Visão • Princípios e Valores • Objetivos Organizacionais 13. Nas empresas de hoje Recursos ainda são importantes. Faça um resumo dos principais. E relacione a idéia de recurso humano X competências e gestão de talentos? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na páginas 64/65 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 9 Discutam as afirmações: “As empresas representam um tipo de organização: a organização focada no lucro. Constituem uma das complexas e admiráveis instituições sociais que a criatividade e engenhosidade humana construíram. As empresas de hoje são diferentes das de ontem e, provavelmente, amanhã e no futuro distante serão ainda mais diferentes. Não há duas empresas semelhantes, pois a principal característica das empresas é a sua enorme diversidade: as empresas podem assumir diferentes tamanhos e estruturas organizacionais. Existem empresas dos mais diversos ramos de atividade que utilizam diferentes tecnologias para produzir bens ou serviços dos mais variados tipos, vendidos e distribuídos de muitas formas para os mais diversos tipos de mercados, a fim de serem utilizados pelos mais diversos consumidores”.5 “Utilizando uma abordagem sistêmica, vislumbramos a organização como constituída de fatores interdependentes, incluindoindivíduos, grupos, atitudes, motivações, estrutura formal, interações, metas, status e autoridade”.6 “Diante de um cenário de conhecimento cada vez mais complexo, temos de fortalecer o poder das estruturas profissionais e processuais. As empresas precisam de líderes de projeto mais fortes e de defensores intelectuais com força organizacional suficiente. Mas nenhuma dessas estruturas deve dominar totalmente. Se a ação dirige todo o sistema, o resultado é a adhocracia e, se deixarmos que o conhecimento seja o único princípio organizador, a estrutura resultante será a "meritocracia". A dominação total por apenas um dos princípios leva a burrocracia (bureau-crazy), à ad horrorcracia e (ad-hocrazy) à mentecaptocracia (meritocrazy), e a nada mais. Os três aspectos da empresa moderna precisam existir simultaneamente - em nossas mentes.. E esse último ponto é de fundamental importância. O modelo funky não é uma matriz tridimensional. Não resolvemos problemas simplesmente rearranjando caixas do organograma e setas.”7 “Estamos entrando em uma nova era de tecnologias de comunicações digitais e do comércio cultural. De fato, os dois juntos criam um novo e poderoso paradigma econômico. Uma parte cada vez maior de nossas vidas diárias já é mediada pelos novos canais digitais de expressão humana. E, uma vez que a comunicação é o meio pelo qual os seres humanos encontram significado comum e partilham o mundo por eles criado, transformar todas as formas de comunicações digitais em commodity é um processo paralelo à transformar em commodity muitos relacionamentos que compõem a experiência vivida - a vida cultural - do indivíduo e da comunidade. Depois de milhares de anos de existência em um âmbito semi-independente, às vezes tocado pelo mercado, mas nunca absorvido por ele, a cultura - a experiência humana compartilhada - agora está sendo arrastada para o âmbito econômico, graças ao domínio que 5 CHIAVENATO, I. Administração Processo e Prática. 4ª. ed. Elsevier, 2007.p.31. 6 DEGREENE, K. B. Sociotechnical Systems: Factors in Analysis, Design and Management, Englewood Cliffs, 1973. 7 NORDSTRÖM, Kjell, RIDDERSTRALE, Jonas. Funky Business. Ed. MBooks, 2001 p.164. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 10 as novas tecnologias de comunicação estão começando a ter na vida diária. Em uma economia global cada vez mais dominada por uma grade de comunicações eletrônicas comerciais e por todo tipo de produção e commodity cultural, assegurar o acesso às próprias experiências vividas torna-se tão importante quanto foi adquirir propriedades, em uma época dominada pela produção de bens industriais”.8 8 RIFKIN, Jeremy A Era do Acesso. ed. Makron Books, 2001 p.112. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 11 Sugestão para Pesquisa: Forme grupos de alunos, escolha três empresas e pesquise informações detalhadas (jornais; periódicos; ou Internet) sobre o ramo de atividade, os produtos e serviços comercializados e discuta as características que diferenciam uma empresa de outra: • Empresas orientadas para o lucro • Empresas que são dirigidas por uma filosofia • Empresas sem fins lucrativos • Uma empresa orientada para o lucro, pode ser ao mesmo tempo voltada para o social? Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 12 Capítulo 3 – O Administrador Questões: 1. Explique e descreva: • O papel do administrador nas empresas modernas • As competências do administrador • Principais habilidades 2. De que forma as habilidades se distribuem nos níveis organizacionais? 3. Explique as habilidades: • Técnicas • Humanas • Conceituais 4. Quais as diferenças entre empreendedor, gerente e líder? Exemplifique com pessoas que possuam pelo menos uma característica, e a empresa onde trabalha. 5. Quais as características do trabalho do administrador? 6. Por que as empresas de primeira geração, ainda jovens e sob administração dos fundadores, parecem necessitar de culturas fortes e claras, como se precisassem encontrar sua própria identidade? 7. Quais os riscos de a transição do fundador para o administrador vir a destruir a força da cultura existente? Quais os cuidados necessários para evitar que isso venha a ocorrer? 8. Quais as diferenças existentes entre organizações de primeira geração (geração do fundador) e de outras gerações subseqüentes? 9. Até que ponto a cultura organizacional pode refletir “preconceitos” do dono/ fundador, os quais estão, por sua vez, moldados em sua experiência cultural e seus traços de personalidade? 10. Até que ponto o administrador poderia trazer preconceitos e distorções inclinados ao puramente econômico, fazendo com que valores não econômicos normalmente presentes na cultura do fundador sejam simplesmente eliminados como “não-racionais” (e, eventualmente, empobrecendo a cultura vigente)? 11. O que fazer para que a transição fundador/administrador ocorra de forma inteligente, fazendo com que a cultura resultante represente efetivamente uma evolução sob todos os pontos de vista? 12. Quais os mecanismos os administradores podem utilizar para passar cultura à organização de forma coerente e integrada? 13. De que forma os administradores têm consciência de que, pelas suas ações no dia-a-dia, estão transmitindo cultura aos membros da organização? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 76 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 13 Discutam as afirmações: “A atividade do administrador consiste em guiar e convergir as organizações rumo ao alcance de objetivos. Todas as organizações existem para algum propósito ou objetivo, e o administrador é o responsável pela combinação e aplicação de recursos organizacionais para assegurar que a organização alcance seu propósito ou objetivo. O administrador alcança resultados através de sua organização e das pessoas que nela trabalham. Para tanto, planeja, organiza, dirige pessoas e controla recursos materiais, financeiros, informação e tecnologia visando ao alcance de determinados objetivos. Na verdade, o administrador consegue fazer tudo através das pessoas, razão pela qual elas ocupam posição primordial nos negócios de todas as organizações. As pessoas são geralmente chamadas de subordinados, trabalhadores, funcionários, empregados ou ainda de colaboradores, parceiros, talentos ou empreendedores internos, dependendo da maneira como a organização lida com elas e as valoriza. Um colaborador é mais do que um simples empregado. Um parceiro é mais do que um simples funcionário. O administrador assume uma responsabilidade básica: assegurar que a organização alcance elevado desempenho através das pessoas e da utilização rentável de todos os seus recursos - materiais, financeiros, informação e tecnologia. Provavelmente, não existe algo mais vital à sociedade do que o papel do administrador: ele determina se uma instituição social pode servir bem à comunidade ou simplesmente se ela vai desperdiçar talentos e recursos; 1mais ainda, se vai desperdiçar o administrador”.9 “A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume de informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma 'arma' a disposição das pessoas e das empresas para vencer a competitividade.A comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar essas informações em conhecimentos. Há a necessidade de uma grande habilidade de relacionamento interpessoal, em aspectos como linguagem, comportamento, vivência multi-cultural e habilidade para negociação. Existe uma demanda por conhecimentos atualizados em Tecnologia da Informação, e seus impactos no ambiente de negócio, em seus diversos aspectos internos e externos à empresa. É crucial a capacidade - técnica e instrumental - de pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações, tanto oriundas do meio ambiente, quanto as oriundas de dentro da empresa Há uma necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação. É fundamental a preparação para interagir, através de cursos direcionados, dinâmicas de grupos com profissionais especializados, adquirir mais e melhores conhecimentos dos seus companheiros de trabalho; monitorar e influir no clima organizacional, nos fatores de estimulo e motivação, e na cultura organizacional, através de seus valores, hábitos e crenças. O administrador precisa conhecer seu ambiente de 9 CHIAVENATO, I. Administração nos novos Tempos.24ª. ed. Elsevier, 2004.p.4. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 14 trabalho, seu mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar com a tecnologia - e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso empresarial”.10 10 MARIOTTI, Humberto. Organizações de Aprendizagem. Educação continuada e a empresa do futuro. SP Atlas, 1996. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 15 Sugestão para Pesquisa: Pesquise na Internet sobre as recomendações de Jack Welch (ex -CEO da GE durante 20 anos) sobre a as mudanças que devem ocorrer nas organizações. • O que ele fez para diminuir a burocracia na GE? • Qual a importância da meritocracia? O tema deverá ser selecionado em grupo, e exposto para a classe. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 16 Estudo de Caso: Blockbuster11 Sobre a Rede Blockbuster12 A rede Blockbuster foi fundada no Texas em 1985, numa época em que a locação de vídeos era um negócio relativamente novo. Em dois anos de atuação no mercado, já era uma rede com oito lojas próprias e onze franquias. Durante este período, a empresa instituiu o conceito de big stores, uma filosofia diferente, que procurava criar um ambiente familiar e totalmente inovador. Desde então, a Blockbuster passou a crescer numa velocidade espantosa. Em 1994, a Blockbuster foi incorporada à Viacom, um dos maiores grupos especializados em entretenimento do mundo. Entre as principais empresas do grupo, estão marcas muito conhecidas como: MTV, Nickelodeon, Paramount Pictures, Simon & Shuster, entre outras. Após 15 anos de sua concepção, a Blockbuster é uma das maiores fontes de renda da indústria do cinema, operando em 26 países, com mais de oito mil lojas e mais de 70 milhões de associados. A chegada da rede Blockbuster no Brasil Em 1994, através de um acordo de franquia entre o Grupo Moreira Salles e a Blockbuster Entertainment Corporation, foi criada a BWU Video Ltda. A primeira loja no Brasil foi inaugurada em 22 de março de 1995, no bairro paulistano do Itaim Bibi. Desde que estreou por aqui, a empresa registrou perdas nos sete primeiros anos de vida, recuperou em 2002, mas teria voltado ao vermelho em 2005, com prejuízo avaliado em R$ 5 milhões. O balanço de 2000 apresentou um resultado negativo de US$ 13,6 milhões, quase o triplo do prejuízo de R$ 5,7 milhões do ano de 1999. Para piorar o diagnóstico, o lucro operacional, resultado antes do imposto de renda e que serve de referência para o mercado, apresentou também queda. Registrou um saldo de apenas R$ 1,6 milhão, abaixo dos R$ 2,1 milhões de 1999. 11 Estudo de caso desenvolvido por Ricardo Mantovani de Assis e David Kallás para ser utilizado como material complementar do livro “Administração: Teoria – Processo e Prática” do professor Idalberto Chiavenato, 2007 Elsevier Editora. O caso é somente para discussão em sala de aula, não se pretende julgar decisões gerenciais que ocorreram no contexto aqui discutido. 12 Fonte: Site Blockbuster. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 17 Mudanças - Ameaças reais e novas oportunidades O desenvolvimento de tecnologias como banda larga através da Internet, diversificação dos sistemas de distribuição de filmes (Internet; telefonia, satélite e cabo) e a pirataria forçaram a empresa a repensar suas ameaças em potencial, e as oportunidades de novos negócios. Veja abaixo: Ameaças reais Pirataria: DVDs piratas em bancas de camelôs, e vídeos baixados pela internet com facilidade representam uma ameaça em potencial. TV por assinatura / Pay-Per-View: No Brasil, a partir de 1997, empolgados com a chegada da TV por assinatura, e com o sistema Pay-Per-View, os consumidores deixaram de ir à locadora. Algumas locadoras fecharam. Netflix: A empresa californiana já tem quase 5 milhões de assinantes, 60 mil títulos e um total de 42 milhões de DVDs. O usuário cria no site da empresa uma lista de filmes, que recebe pelo correio à medida que devolve os que já viu. O sistema estremeceu a Blockbuster e forçou-a a oferecer um serviço similar. Comercialização de vídeos através da internet: A Apple pretende entrar no mercado de venda, ou locação de vídeos através da Internet. Os arquivos deverão vir com a data de locação estampada digitalmente de forma segura, e a Apple ofereceria um modelo que poderia limitar tanto a quantidade de vezes na qual o filme poderia ser reproduzido ou simplesmente por um certo período de tempo. Novas oportunidades Transição do VHS para DVD: Com a transição do VHS para o DVD e a alta de preços dos cinemas, as locadoras se recuperaram. A locação cedeu espaço para a compra de DVDs, aumentando o ticket médio das lojas. HD-DVD / Blu-Ray: Novos formatos de DVD, como o HD-DVD e o Blu-Ray, armazenam muito mais informações do que é possível fazer o download pela Internet. Locação de filmes via Internet: Possibilidade de locação pela Internet. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 18 Venda da Blockbuster para a Americanas Em Janeiro de 2007, a Blockbuster vendeu suas operações no Brasil para as Lojas Americanas por R$ 186,2 milhões.13 O objetivo estratégico desta aquisição foi a aceleração do processo de expansão das Lojas Americanas e a oportunidade de crescimento por meio da ampliação da oferta de novos produtos e serviços aos clientes. Com a operação, 124 novas lojas (32 mil m²) serão agregadas à rede de Lojas Americanas, representando um crescimento de 54% em número de lojas. A redede locadoras Blockbuster contava, a época, com 330 mil clientes ativos, que foram incorporados pelas Lojas Americanas e na aquisição das 124 lojas da Blockbuster, localizadas em bairros classe A e B e em cidades estratégicas. 14 O objetivo do grupo é o de explorar a venda de produtos nas lojas Blockbuster adotando o modelo de lojas de menor porte "Americanas Express". O grupo Lojas Americanas firmou com a Blockbuster International um contrato de licença da marca Blockbuster pelo prazo de 20 anos, que permitirá a continuidade das atividades de locação e venda de DVDs e fitas VHS e a utilização da marca em certos produtos previamente autorizados pela licenciadora a serem comercializados nas lojas. Objetivo do caso O caso faz uma análise da empresa Blockbuster, desde a década de 80, até a chegada ao Brasil 10 anos depois. Como um estudo de tendências futuras é de extrema importância em um segmento onde pirataria de DVDs e TV a cabo interferem no lucro e na receita da empresa. Por outro lado o estudo mostra novas oportunidades de negócios onde a Blockbuster já atua, e outras ainda inexploradas, como por exemplo, a venda de vídeos através da Internet e a chegada dos novos padrões de vídeo (HD DVD e Blu-Ray) que em breve substituirá o padrão DVD. Por fim, os principais objetivos estratégicos que levaram o grupo loja Americanas a comprarem a Blockbuster. As questões abaixo servem para que o aluno se prepare para a discussão do caso. 13 Folha de São Paulo - 5ª feira - 25/01/2007 14 Jornal Valor Econômico - 5ª feira - 25/01/2007 Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 19 Pontos para discussão: 1 Como as mudanças no ambiente de negócios afetaram a Blockbuster de 94 a 2007? De acordo com sua opinião, o impacto foi, no geral, positivo ou negativo? 2 Considerando o valor de R$ 186 milhões para 124 lojas, pode-se fazer uma conta simples onde cada loja foi vendida por R$ 1,5 milhões. Levando-se em conta que as lojas da Blockbuster se localizam em locais estratégicos e valorizados, como você avalia o preço pago? 3 Como a Blockbuster poderia ter planejado melhor as tendências, ameaças e concorrentes em horizonte de médio e longo prazo? O que a empresa deveria ter feito? 4 Quais outros setores você acredita que serão estratégicos para a lojas Americanas em um futuro entre 5 e 10 anos? Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 20 Parte II - O contexto em que as empresas operam A Parte II trata do ambiente, das competências essenciais, da tecnologia e da estratégia empresarial para dar uma idéia de como as empresas operam e se comportam em um mundo de negócios extremamente mutável, dinâmico e competitivo. Para conhecer uma empresa, é preciso compreender também o contexto no qual ela está inserida. O ambiente representa todo o universo que envolve externamente a empresa; é tudo aquilo situado fora dela. O ambiente é a própria sociedade que, por sua vez, é constituída de outras empresas e organizações, clientes, fornecedores, concorrentes, agências reguladoras etc. As empresas não vivem no vácuo, não estão isoladas nem são totalmente auto-suficientes, mas funcionam dentro de um contexto do qual dependem para sobreviver e crescer. Do ambiente as empresas obtêm recursos e informações necessários para subsistência e funcionamento e no ambiente elas colocam os resultados de suas operações. Conforme o ambiente muda, e ele está sempre passando por mudanças e transformações todo o quadro habitual das operações das empresas é tremendamente influenciado, haja vista as condições ambientais externas às empresas contribuírem fortemente para o que sucede dentro delas. Se essa adaptação é conseguida e os objetivos são alcançados, então a empresa será considerada eficaz e terá condições de sobrevivência e crescimento. Para tanto, o resultado proveniente de seus produtos e serviços deve ser maior do que o volume despendido na obtenção e na aplicação dos recursos e competências. As empresas bem-sucedidas, em geral, apresentar as seguintes características: • Elas são lucrativas, isto é, geram riqueza. • Alcançam longevidade, ou seja, duram multo tempo. • São saudáveis, pois não têm conflitos duradouros. • São Inovadoras: têm Imaginação e criatividade. • São flexíveis: têm elevada flexibilidade e capacidade de ajustamento. • São admiradas, por que Inspiram as outras. • Têm Identidade própria, ou seja, uma cultura especial. • São os melhores lugares para se trabalhar. • Produzem retornos para todos os stakeholders. Qualquer consideração e informação a respeito do estudo de caso poderão ser feitas através do e-mail: atendimento@chiavenato.com Contribuições e experiências obtidas na discussão serão sempre bem-vindas e terão os créditos mencionados nos materiais. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 21 Capítulo 4 - O Ambiente das Empresas Questões: 1. Quem são os públicos externos e internos de uma organização? 2. O que são previsões e qual o seu grau de precisão? 3. Na sua opinião, o que impede uma empresa de participar mais ativamente no mercado global? 4. Em termos de ambiente, o que a empresa pode fazer para assegurar condições/espaço para que as pessoas (colaboradores, clientes; fornecedores) consigam expressar/valorizar sua individualidade nas relações com a empresa? Maior flexibilidade? Menos regras burocráticas? 5. Que conseqüências a globalização do estilo de vida poderá trazer sobre os próprios colaboradores da empresa? 6. Com base na questão anterior, quais serão as mudanças necessárias com relação às práticas de recursos humanos? 7. De que forma a empresa poderá dar equilíbrio ao binômio estilo de vida global/nacionalismo cultural por meio de ações que valorizem e preservem a cultura local? 8. A sondagem ambiental é antiética? Explique. 9. Explique: o Conceito de cenário (analise algum exemplo no site www.macroplan.com.br) o As variáveis do ambiente externo e interno 10. O que significa dinâmica ambiental? Qual seu impacto sobre as organizações? 11. Dos três grandes ambientes de uma análise da situação (interno, externo e do consumidor), qual você acha mais importante de um modo geral? Por quê? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 100 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 22 Discutam as afirmações: “O ambiente atual em que as empresas operam tem presenciado o surgimento de novos papéis que devem ser desempenhados como resultado de alterações nos valores e ideologias de nossa sociedade. Assim, a atividade das organizações modernas, além das considerações econômico-produtivas, incluem preocupações de caráter político-social, que envolvem assistência médica e social, defesa de grupos minoritários, controle da poluição, proteção ao consumidor, etc.”. 15 “A cada dia que passa, o mercado fica mais competitivo e volátil. A globalização da economia e as rápidas e profundas alterações que vêm ocorrendo no mundo de hoje, principalmente por causa da Internet, são as grandes causadoras desse estado atual. As organizações que estão inseridas nesse mercado, e que desejam permanecer assim, devem buscar uma alternativa para manterem-se competitivas conseguindo atender às suas novas condições, ou seja, conseguindo entregar um bemou serviço de forma mais rápida, com custo menor e com produtos cada vez mais personalizados em qualquer lugar. Para conseguir suprir às novas demandas, as organizações, observando o contexto de globalização, sociedade da informação e tecnologia da comunicação, no qual estão imersas, tentam encontrar uma opção que implemente as mudanças necessárias para essa competição. Essas mudanças, que devem acontecer ao nível estrutural e comportamental, poderiam ser vistas e implantadas como arranjos inter-organizacionais, estabelecidos através da cooperação. Com isso, as estruturas organizacionais tornar-se-iam cada vez mais distribuídas.” 16 “A orientação de produção é um dos conceitos mais antigos nas relações comerciais. A orientação de produção sustenta que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo. Gerentes de empresas orientadas para a produção concentram-se em alcançar alta eficiência de produção, baixos custos e distribuição em massa. Eles supõem que os consumidores estão interessados principalmente em disponibilidade de produtos e preços baixos. Essa orientação faz sentido em países em desenvolvimento, onde os consumidores estão mais interessados em obter o produto do que em suas características. Esse conceito também é utilizado quando uma empresa deseja expandir o mercado. Algumas empresas são guiadas pela orientação de produto. A orientação de produto sustenta que os consumidores dão preferência a produtos que ofereçam qualidade e desempenho superior e que tenham características inovadoras. Os gerentes em organizações que seguem essa linha se concentram em fabricar produtos de qualidade e em aperfeiçoá-los com o tempo. Eles presumem que os compradores admiram produtos bem-feitos e que podem avaliar qualidade e desempenho. Entretanto, esses gerentes às vezes se vêem presos em um 'caso de amor' com seu produto e não percebem aquilo de que o mercado 15 FGV-RAE - Revista de Administração de Empresas EAESP / FGV, SP 1994 p.69. 16 ARAÚJO, Geraldo M. Empresa Virtual: Uma Estrutura Organizacional Emergente. 1997. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 23 necessita. A gerência pode escorregar no mito da 'ratoeira melhor', acreditando que uma ratoeira melhor fará com que as pessoas se acotovelem sua porta.”17 “Embora seja verdade que uma análise da situação abrangente possa melhorar o planejamento e a tomada de decisões, a análise isolada não é suficiente. Em outras palavras, a análise da situação é um pré-requisito necessário, mas insuficiente para um planejamento estratégico eficaz. Ela deve ser combinada com intuição e bom-senso para produzir resultados úteis em termos de planejamento. A análise da situação não pode substituir o gerente no processo de tomada de decisão. Seu objetivo é dotá-lo de informações que permitam decisões mais eficazes. Uma análise da situação completa fortalece o gerente porque incentiva tanto a análise quanto a síntese das informações. Partindo dessa perspectiva, a análise da situação significa separar as coisas: seja um segmento de consumidores (para estudar os grandes usuários), um produto (para entender a relação entre suas características e as necessidades dos consumidores) ou os concorrentes (para examinar suas forças e fraquezas e compara-las com as da empresa). A razão de separar as coisas é entender por que pessoas, produtos ou organizações comportam-se de determinada maneira. Depois de concluída esta dissecação, o gerente poderá então sintetizar as informações e obter um entendimento do “quadro geral” das complexas decisões a serem tomadas.”18 17 KOTLER, Philip Administração de Marketing 10ª ed. Prentice Hall 2001, p.39 18 FERREL, O.C e HARTLINE, Michael D.. Estratégia de Marketing. 3ª ed. Thomson 2005, p.54. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 24 Sugestão para Pesquisa: Apesar das Teorias Administrativas terem surgido no início do século, muitas empresas ainda sofrem influência de suas idéias, métodos e princípios. Selecione três exemplos de empresas em que utilizam idéias das teorias administrativas da Era Clássica e da Era da Informação. O tema deverá ser selecionado em grupo, e exposto para a classe. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 25 Capítulo 5 - A Tecnologia e sua Administração Questões: 1. Descreva como a tecnologia pode melhorar o serviço de atendimento ao consumidor de uma organização. 2. Você considera que há alguma desvantagem para a organização e para os funcionários no uso da tecnologia computadorizada para substituir o elemento humano? 3. De que forma a Internet pode mudar as organizações e a prática gerencial? 4. Como se integrar à economia mundial e participar do crescimento previsto de forma autônoma, sem depender de terceiros, principalmente de ações, decisões ou apoios governamentais? 5. O que é preciso para uma empresa assegurar crescente autonomia em todas as áreas-chave do negócio? E qual o papel da tecnologia nesta tarefa? 6. As empresas nacionais estão se preparando tecnologicamente visando a conectar-se de forma cada vez mais eficaz ao mercado global? 7. Os sistemas de informação das empresas brasileiras têm contemplado pesquisas/prospecções/dados relevantes ao processo de globalização? Cite exemplos de empresas brasileiras. 8. Quais são as principais tendências tecnológicas você identifica atualmente? Em que setores? 9. Que oportunidades de intercâmbio tecnológico poderão surgir em função do processo de abertura econômica dos países socialistas? 10. De que forma as empresas tem procurado contrabalançar a introdução de tecnologia no trabalho cotidiano das pessoas? 11. Como essas mudanças em curso no Brasil poderão afetar a maneira pela qual as pessoas têm se relacionado com a tecnologia? 12. A empresa está preparada para agir de forma proativa na sociedade de modo amplo, para assegurar um melhor equilíbrio entre tecnologia e contato humano? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 112 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 26 Discutam as afirmações: “Os avanços nos equipamentos e na tecnologia dos softwares tomaram a telemedicina uma realidade. As novas tecnologias da informação criaram um modo inteiramente novo para os hospitais mais afastados dos centros urbanos oferecerem serviços de radiologia, que até então não eram financeiramente viáveis.”19 "Tecnologia é o conjunto de conhecimentos de que uma sociedade dispõe sobre ciências e artes industriais, incluindo os fenômenos sociais e físicos, e a aplicação destes princípios à produção de bens e serviços." (Goldemberg, 1978, p.157). 20 “Imagine-se o que seria "encolher" todo o conteúdo da Biblioteca Nacional num dispositivo do tamanho de um cubo de açúcar. Ou então desenvolver materiais dez vezes mais resistentes que o aço e com apenas uma fração do peso.”21 “(....) Os nanotubos de carbono podem vir a ser uma verdadeira maravilha de 1001 utilidades. Uma aplicação que seguramente será implementada no curto prazo é a aglomeração texturizada de nanotubos para a composição de materiais cinco vezes mais leves e vinte vezes mais resistentes que o aço, além de capazes de operar sob temperaturas três vezesmais elevadas. Materiais com tais propriedades revolucionarão a indústria mecânica, especialmente a de veículos terrestres, aéreos e espaciais, que se tornarão muito mais duráveis, leves e eficientes no uso da energia de seu combustível. do peso.”22 “Embora inicialmente a Internet e o uso de redes de comunicações tenham sido recebidos com ceticismo e reservas no ambiente empresarial, seu crescimento acelerado e a recente tendência à implementação do comércio eletrônico vem, gradualmente, criando expectativas de que ela possa ser utilizada estrategicamente pelas organizações. No entanto, seria inconveniente aos negócios optar por maciços investimentos em Tecnologia da Informação, visando o desenvolvimento de projetos destinados a implementar tecnologias da Internet, partindo de impulsos ou modismos. O bom senso indica que tais investimentos devem receber tratamento adequado, com a realização de análises custo-benefício e percepções dos reflexos de tais decisões na evolução da empresa no longo prazo.”23 19 HOTCH, R. In Touch Through Technology, Nation's Business, 1994. 20 GOLDEMBERG, J. Tecnologia apropriada. Encontros com a Civilização Brasileira. RJ, 1978. 21 U.S. National Science Foundation. 22 CHAVES, Alaor. Professor da UFMG e Coordenador do Instituto do Milênio de Nanociências site - www.comciencia.br/reportagens/nanotecnologia/nano17.htm 23 BALARINE, Oscar Fernando Osório, Tecnologia da Informação como Vantagem Competitiva, Porto Alegre, RS, 2001 Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 27 Sugestão para Pesquisa: Pesquise na Internet, ou em revistas e jornais, de que forma a tecnologia pode contribuir para que as empresas consigam: • Elevar o padrão de qualidade do atendimento aos clientes. • Oferecer serviços inéditos ao mercado com agilidade. • Aumentar a competitividade e a lucratividade da companhia. • Redução nos custos. • Aprimorar os processos e aumentar a produtividade. O tema deverá ser selecionado em grupo, e exposto para a classe. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 28 Capítulo 6 - Estratégia Empresarial Questões: 1. Resuma as estratégias que uma empresa pode usar para crescer vendendo produtos novos e já existentes. 2. Qual a diferença entre planos estratégicos, táticos e operacionais? 3. A qual pergunta uma declaração de missão responde? 4. Qual a relação entre planejamento e desempenho organizacional? 5. “As empresas possuem um e apenas um objetivo: maximizar o lucro”. Você concorda ou discorda? Justifique sua reposta. 6. Escolha duas companhias: uma que você admira e outra que você despreza. Para cada uma delas, três das principais variáveis ambientais que você considera mais relevante. 7. Compare o processo administrativo em cada um dos três níveis da empresa: institucional; intermediário e operacional. 8. Escolha duas organizações e cite dois exemplos de estratégia defensiva; ofensiva; analítica e reativa. 9. Elabore uma lista de critérios para avaliar a estratégia empresarial e justifique-os. 10. O que significam os componentes de competências centrais e sinergia da estratégia? Dê exemplos. 11. Como as estratégias nos departamentos de marketing, P&D e produção diferem se uma empresa mudar de estratégia de diferenciação para uma estratégia de custo baixo? 12. O que é mais importante: a formulação da estratégia ou a sua implementação? Elas são interdependentes? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 135 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 29 Discutam as afirmações: “A Administração Estratégica é, atualmente, uma das disciplinas do campo da administração de maior destaque e relevância, pela produção científica e também pelo número de consultorias organizacionais. Qualquer organização, conscientemente ou não, adota uma estratégia, considerando-se que a não adoção deliberada de estratégia por uma organização pode ser entendida como uma estratégia. Além disso, a importância maior da AE está no fato de se constituir em um conjunto de ações administrativas que possibilitam aos gestores de uma organização mantê-la integrada ao seu ambiente e no curso correto de desenvolvimento, assegurando-lhe atingir seus objetivos e sua missão. A estratégia, nesse contexto, assim como a organização e o seu ambiente, não é algo estático, acabado; ao contrário, está em contínua mudança, desempenhando a função crucial de integrar estratégia, organização e ambiente em um todo coeso, rentável e sinérgico para os agentes que estão diretamente envolvidos ou indiretamente influenciados.”24 “O planejamento estratégico centra-se em objetivos de longo prazo, concentrando-se em atividades que resultem no desenvolvimento de uma missão organizacional clara, bem como de objetivos organizacionais e de estratégias que permitam à empresa alcançar tais objetivos. O planejamento estratégico forma a base para outros tipos de planejamento na empresa, como o planejamento tático e o operacional. O planejamento tático é a criação de objetivos e estratégias destinados a alcançar metas de divisões e departamentos específicos ao longo de um intervalo de tempo médio, entre um e cinco anos. Normalmente, ele é responsabilidade da média gerência. A criação de planos de marketing é, muitas vezes, um tipo de planejamento tático. Planejamento operacional é a criação de objetivos e estratégias para unidades operacionais individuais ao longo de um curto intervalo de tempo, em geral um ano ou menos. São responsáveis por ele supervisores e, às vezes, gerentes de nível médio. Além disso, quando os trabalhadores participam do planejamento, na maioria das vezes entram no planejamento operacional por exemplo, defInindo metas anuais para si mesmos ou para suas equipes.”25 “A história do Planejamento Estratégico, tem sua origem na Revolução Industrial, a partir da metade do século XVIII até meados do século XIX, principalmente com a criação de mercados consumidores de massa ou escala maiores do que aqueles que existiam até então. Nos Estados Unidos, as ferrovias contribuíram muito para a criação desses mercados, realizando investimentos com o objetivo de ganhar economia de escala na produção e melhorar a qualidade da distribuição do que era produzido. Os precursores do que hoje se denomina estratégia foram Alfred Sloam, principal executivo da GM entre 1923 e 1946, e Chester Bernard, da ITT, ao longo dos anos 30.”26 24 ANSOFF, H. I. Estratégia empresarial. SP, McGraw-Hill. 25CHURCHILL JR, Gilbert A., Marketing - Criando valor para os clientes, Ed.. Saraiva 2005 p. 86. 26BOMTEMPO, J.V. Estratégias competitivas. UFRJ, 2000. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 30 “A partir da segunda Revolução Industrial motivada pela Segunda Guerra Mundial, inúmeras inovações da ciência da gestão, da pesquisa e da racionalidade das operações foram implementadas. Assim, o pensamento estratégico formal começa a guiar as decisões, culminando com a entrada no mercado de empresas multinacionais que, por absoluta necessidade de mercado, passam a considerar a competição como um elemento essencial do planejamento.”27 27VASCONCELOS, Paulo de. Planejamento Estratégicopara retomada de desenvolvimento, 1 ed. RJ Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 31 Sugestão para Pesquisa: Pesquise em sites na Internet sobre estabelecimentos centenários nacionais (em sua cidade, ou estado) que ainda resistem ao tempo. E descreva a importância dos tópicos abaixo sobre o sucesso destas empresas • Inovação • Foco no consumidor • E diferenciação e personalização como estratégias de Marketing. O tema deverá ser selecionado em grupo, e exposto para a classe. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 32 Estudo de Caso: Informação sem feudos28 Gestão da informação significa muito mais que apenas a troca de mensagens de e-mail por toda a empresa. Significa usar a rede interna para controle e gestão de processos, troca de práticas, experiências e valores. Mas só divulgar um simples comunicado de uma única vez já não é uma tarefa tão simples assim para muitas corporações. 29 O ambiente globalizado, de competitividade global, impõe às organizações um uma constante busca pelo conceito de “Classe Mundial”. Uma empresa de classe mundial pode ser entendida como uma empresa capaz em satisfazer os padrões mais altos existentes para poder participar da competição e, ao mesmo tempo promover o crescimento de uma classe social definida por sua habilidade de comandar recursos e operar além das fronteiras e em territórios muito amplos. 30 A Tecnologia da Informação é fundamental neste processo, pois engloba todas as atividades e rotinas de todos os departamentos de forma clara, acessível e de fácil de ser utilizado e permite comunicar instantânea com o mundo. O Business Intelligence (BI) é uma integração entre aplicativos e tecnologias, que tem como objetivo captar, armazenar, analisar e prover acesso aos dados corporativos de forma a auxiliar os executivos nas tomadas de decisões. Com o BI, encerra-se a era das informações não integradas em uma corporação. Os “feudos” das áreas financeira, marketing, TI, contabilidade e controladoria serão exterminados. 31 Porém, grande parte dos líderes empresariais ainda encontra-se na armadilha no paradigma fragmentário, enfrentando dificuldades consideráveis para realizar a reinvenção pessoal. Um grande número de executivos de alta administração ainda recusa-se sistematicamente a questionar e rever seus paradigmas pessoais e gerenciais. Fecham-se em seus feudos de poder, escudam-se em “direitos” decorrentes dos cargos ocupados, esquecem-se de que estão a serviço da organização e, diante da necessidade de reinventá-la, adotam posturas anacrônicas. Persistem nas práticas usuais e esperam resultados diferentes. Empresas fracassam porque nas últimas décadas foram ensinadas a fracassar. É como se elas estivessem sob influência da filosofia de planejamento centralizado socialista: “Temos um Plano de Longo Prazo. O Plano está numa pasta, que está na estante do executivo principal. O plano define metas. Nós iremos atingir ou ultrapassar essas metas”. Os elementos da empresa e 28 Estudo de caso desenvolvido por Ricardo Mantovani de Assis e David Kallás para ser utilizado como material complementar do livro “Administração: Teoria – Processo e Prática” do professor Idalberto Chiavenato, 2007 Elsevier Editora. O caso é somente para discussão em sala de aula, não se pretende julgar decisões gerenciais que ocorreram no contexto aqui discutido. 29 Revista Exame – Setembro 2001. 30KANTER, Rosabeth Moss. 31 Revista Computerworld - Edição 362 - 24/04/2002. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 33 elementos da estratégia estão fragmentados. A pesquisa de mercado não tem nada a ver com o posicionamento do produto. As empresas, então, decompõem as partes de sua estratégia em projetos separados e os atribuem a pessoas diferentes em locais diferentes, pessoas que nunca trabalharam juntas, que nem ao menos se conheceram. Na verdade, essas pessoas foram recrutadas, promovidas, motivadas e recompensadas de forma que as ensinaram a não gostarem umas das outras, a não confiarem umas nas outras, a não se ajudarem, a não se falarem. Elas foram treinadas a não trabalharem juntas. Empresas Nestlé 32 Você pode imaginar um empregado de fábrica mandar uma correspondência para o presidente da companhia, perguntando a respeito da política de RH que o preteriu em uma promoção, e receber uma resposta do próprio presidente explicando a posição do RH neste caso? É assim que a Nestlé, uma empresa com mais de 15 mil funcionários, combate as interferências na comunicação interna, com uma informação rápida, direta e de duas vias. Foi desenvolvida uma ferramenta contra a “rádio-peão” chamada “O Presidente e Você”. Trata-se de um boletim semanal, distribuído a todos os funcionários, tratando sobre os assuntos de maior relevância. Desde 2001, quando Ivan Zurita assumiu a presidência da Nestlé, o boletim tornou-se o principal meio de comunicação. American Express33 Quando a American Express anunciou aquisição dos 50% restantes do capital do Banco Inter American Express, já sabia como lidar com questões por parte dos funcionários como: • Por que a empresa adquiriu o banco? • De que forma esta aquisição da American Express vai afetar o meu trabalho? Se as questões não fossem respondidas em um tempo hábil e objetivamente, poderiam surgir informações via “rádio-peão”. Google34 Cerca de 20% do tempo de trabalho ou um dia por semana é reservado, 32KANTER, Rosabeth Moss. 33Fonte: site www.riskbank.com.br . 34Jornal Valor Econômico – – 08/02/2007. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 34 religiosamente, para o desenvolvimento de projetos pessoais - uma ótima maneira de estimular a inovação permanente. A prática já deu origem a produtos, como o Google News, Orkut, Google Earth, entre outros. Em geral, os funcionários, que trabalham sempre em equipe de três pessoas, têm de oferecer boas idéias no altar do Google. Objetivo do caso O caso tem por objetivo analisar de que forma a comunicação interna entre os funcionários pode fluir de forma mais eficiente, clara e objetiva por toda a empresa, e de que forma pode impactar em uma redução nos custos com TI. As questões abaixo servem para que o aluno tenha um entendimento prévio e se prepare para a discussão do caso. Pontos para discussão: 1. O que você entende por Informação sem feudos? Na empresa onde você trabalha, ou em sua faculdade, você acredita que a informação flui de forma eficiente? 2. Para criar um ambiente, onde as pessoas estejam sempre atualizadas, você acredita que todas as informações deveriam ser disponibilizadas a todos os funcionários (desde o nível operacional, até o nível institucional) da empresa? Qual seria a solução, na sua opinião, para gerenciar este conflito? 3. Pesquise na Internet exemplos de empresas onde não existam feudos de informação. 4. O que exatamente significa a expressão “executivo especializado”? Não seria esta uma expressão típica dos “velhos paradigmas” (das hierarquias agudas, dos feudos competitivos, da “proteção” do conhecimento como forma de preservar poder etc.)? Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� ���� ���������������� �������� ���������� ���� 35 Parte III – Planejamento da ação empresarial O planejamento estratégico é um conjunto de tomada deliberada e sistemática de decisões acerca de empreendimentos que afetam ou deveriam afetar toda a empresa por longos períodos de tempo. É o planejamento que envolve prazos mais longos de tempo, é mais abrangente e é discutido e formulado nos níveis hierárquicos mais elevados da empresa, isto é, no nível institucional. É um processo contínuo de tomada de decisão estratégica e não mais um plano feito e refeito a cada ano que passa. No fundo, o planejamento é uma técnica para absorver a incerteza sobre o futuro e permitir maior consistência no desempenho das organizações. Aliás, o planejamento envolve várias formas de lidar com a mudança e com a incerteza que ela traz consigo. Em um extremo, o planejamento pode levar a um ponto em que as decisões importantes são adiadas ou simplesmente não são tomadas por algum estupor à situação - atitude denominada "paralisia pela análise". As sete etapas na elaboração do Planejamento Estratégico são: 1. Determinação dos objetivos. 2. Análise ambiental externa. 3. Análise organizacional interna. 4. Formulação de alternativas. 5. Elaboração do planejamento. 6. Implementação e execução. 7. Avaliação dos resultados. Qualquer consideração e informação a respeito do estudo de caso poderão ser feitas através do e-mail: atendimento@chiavenato.com. Contribuições e experiências obtidas na discussão serão sempre bem-vindas e terão os créditos mencionados nos materiais. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 36 Capítulo 7 - Planejamento Estratégico Questões: 1. Defina os principais pontos da Análise PFOA (ou SWOT em inglês). 2. Qual o moderno conceito de planejamento? 3. Quais as possíveis orientações de um planejamento? 4. Qual o papel, se houver algum, que os consumidores devem desempenhar no processo de planejamento estratégico? 5. Quais são as forças, deficiências, oportunidades e ameaças que uma empresa do setor farmacêutico pode encontrar? 6. Explique o Planejamento Estratégico e sua importância para a empresa. 7. Suponha que você seja uma empresa, elabore a matriz PFOA, e descreva quais são as principais variáveis do ambiente (externo e interno) que devem ser levadas em consideração. 8. Um Planejamento Estratégico pode ser aplicado em clubes de futebol? ONGs? Governos e Setor Público? 9. “O lucro de hoje é resultado de uma concepção estratégica bem- sucedida desenvolvida no passado”. Explique esta afirmação. 10. Com base na empresa onde você trabalha, ou que você conheça bem, responda a seguinte questão: Qual o potencial que a organização tem de criar lucros futuros permanentes?” 11. Discuta porque os mitos abaixo estão errados: o Mito 1: Desenvolvimento e implementação da estratégia são duas Atividades independentes. o Mito 2: Estratégia é assunto da diretoria. o Mito 3: Estratégia é um exercício que ocorre uma vez por ano o Mito 4: Você precisa de um “cérebro enorme”para pensar e elaborar a estratégia empresarial. o Mito 5: A estratégia é complexa 12. Com base no modelo das 5 Forças, de Michael Porter, o que impede os concorrentes de determinada empresa “Y” de copiarem a concepção de negócio da empresa concorrente? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 163 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 37 Discutam as afirmações: “Apesar da constituição tardia, a Administração Estratégica apresentou um rápido desenvolvimento, tanto teórico como de modelos práticos, haja vista a grande quantidade de modelos de análise de mercado que surgiram a partir dos anos 60, com destaque para a Matriz BCG do Boston Consulting Group, o Modelo SWOT (Strength, Weakness, Opportunity, Threat), a Curva de Experiência e a Análise de Portfólio, além de vários conceitos como o de análise econômica de estrutura, conduta e performance, competência distintiva, competências essenciais, e os chamados sistemas de planejamento estratégico. indiretamente influenciados.”35 “O Balanced Scorecard (BSC) desenvolvido por Kaplan e Norton em 1992 resultou das necessidades de captar toda a complexidade da performance na organização e tem sido ampla e crescentemente utilizado em empresas e organizações. Entre suas contribuições estão a composição e a visualização de medidas de performance que reflitam a estratégia de negócios da empresa. O BSC deve levar à criação de uma rede de indicadores de desempenho que deve atingir todos os níveis organizacionais, tornando-se, assim, uma ferramenta para comunicar e promover o comprometimento geral com a estratégia da corporação. Este método resume em um único documento, indicadores de performance em quatro perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. Para facilitar o entendimento da estratégia por toda a empresa, Kaplan e Norton (2000) propuseram o BSC. Cada perspectiva deve ter seu próprio conjunto de indicadores, formulada para viabilizar o cumprimento da estratégia e da visão da organização. ”36 “O estado da competição num setor depende de cinco forças básicas. A potência coletiva dessas forças determina, em última instância, as perspectivas de lucro do setor. Essa potência varia de intensa, em setores como pneus, latas de metal e siderurgia, em que nenhuma empresa aufere retornos espetaculares sobre o investimento, a moderada, em setores como serviços e equipamentos para a exploração de petróleo, bebidas não alcoólicas e artigos de toalete, onde há espaço para retornos muito elevados. No setor "perfeitamente competitivo" dos economistas, as manobras pelo posicionamento são desenfreadas e a entrada é muito fácil. ”37 35 MINTZBERG, Henry. Safári de Estratégia. Ed. Bookman, 1999. 36 KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. The balanced scorecard: measures that drive performance. HBRv. 70, n. 1, p. 71-79, jan./feb. 1992. 37 PORTER, Michael, Competição – Estratégias Competitivas Essenciais 9ª ed. Campus, 2003. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 38 Sugestão para Pesquisa: Forme grupos de alunos, e escolha duas empresas de diferentes áreas de atuação que utilizam o Balanced Scorecard. Desenhe o mapa estratégico do Balanced Scorecard detalhando as quatro perspectivas. Pesquise informações adicionais na Internet, em revistas, periódicos ou bibliotecas. Elabore a apresentação do grupo em classe sobre as empresas. O tema deverá ser selecionado em grupo, e exposto para a classe. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 39 Capítulo 8 – Planejamento Tático Questões: 1. Explique o que é Planejamento Tático. Cite 2 exemplos. 2. Quais são as principais diferenças entre os planejamentos: Estratégico; Tático e Operacional no que diz respeito à tomada de decisão; níveis envolvidos e principais ações? 3. O que é uma política organizacional? 4. Quais são as orientações do planejamento tático? 5. O que são procedimentos? Cite 2 exemplos. 6. Explique a importância do comprometimento dentro da organização e sua importância. 7. Quais argumentos você pode apresentar contra o planejamento estratégico e formalizado? 8. Qual a relação entre planejamento e desempenho organizacional? 9.O que são Fatores Críticos de Sucesso (FCS)? 10. Relacione os elementos comuns em toda decisão e as 4 fases do processo decisório. 11. Explique a racionalidade limitada inerente a todo processo de decisão na organização. 12. Na maior parte das empresas, os executivos ainda são avaliados e premiados tão-somente por sua habilidade de cortar custos, aumentar receitas, otimizar processos. Na sua opinião, quais outras variáveis no planejamento devem ser consideradas objetivando melhorar a performance da empresa? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 175 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 40 Discutam as afirmações: “De forma isolada, o planejamento estratégico é insuficiente, uma vez que os objetivos a longo prazo, bem como o seu alcance, resultam numa situação nebulosa, pois não existem situações mais imediatas que operacionalizem, o planejamento estratégico. A falta desses aspectos é suprida através do desenvolvimento e implantação dos planejamentos táticos e operacionais de forma integrada."38 “O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente os objetivos e como alcançá-los. O estabelecimento dos objetivos é o primeiro passo do planejamento. Há uma hierarquia de objetivos para conciliar os objetivos simultâneos em uma organização, cobrindo objetivos organizacionais, políticas, diretrizes, metas, programas, procedimentos, métodos e normas. Em sua abrangência, o planejamento ocorre em três níveis: estratégico, tático e operacional. Existem quatro tipos de planos: procedimentos, orçamentos, programas ou programações e normas ou regulamentos.”39 “No planejamento de médio prazo ou planejamento tático selecionam-se e definem-se quais e quantos recursos devem ser usados para alcançar as metas definidas pelo planejamento estratégico, assim como sua forma de aquisição e a organização para a estruturação do trabalho. A média e alta gerência são as responsáveis por esta função.””40 “O planejamento tático atua diretamente nos recursos humanos e equipamentos. É considerado como um segundo nível de planejamento tático, que busca vincular as metas fixadas no plano mestre, planejamento de longo prazo, com aquelas designadas no curto prazo.”41 “O planejamento tático (ou plano médio de prazo) pode servir também para: • Modelar o fluxo de trabalho, na melhor seqüência possível, de forma a facilitar o cumprimento dos objetivos do empreendimento; • Facilitar a identificação de carga de trabalho e recursos necessários que atendam o fluxo de trabalho estabelecido; • Ajustar os recursos disponíveis ao fluxo de trabalho; • Possibilitar que trabalhos independentes possam ser agrupados, de forma que o método de trabalho seja planejado de maneira conjunta; • Auxiliar na identificação de operações que podem ser executadas de maneira conjunta entre as diferentes equipes de produção; 38 OLIVEIRA, Djalma Rebouças. Planejamento Estratégico: Conceitos, Metodologia e Práticas. 10ª ed. Ed. Atlas. SP. 39 Harold Koontz , Princípios de Administração — Uma Análise das Funções Administrativas. SP Ed. Pioneira,1976. 39 LAUFER, A; TUCKER, R.L.. Is construction Planning Really Doing its Job? A Critical Examination of Focus, Role and Process. 40 FORMOSO, C.T. Termo de referência para o planejamento e controle de produção em empresas construtoras. RS 1999. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 41 • Identificar um estoque de pacotes de trabalho que poderão ser executados caso haja algum problema com os pacotes designados às equipes de produção.”42 42BALLARD, G, Lookahead Planning: The Missing Link in a Production Control. Gold Coast, Australia. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 42 Sugestão para Pesquisa: Durante muito tempo a estratégia de uma companhia era algo que dizia respeito apenas à sua alta cúpula -- a maioria dos funcionários nem sequer ficava sabendo dos rumos definidos para o negócio. Nas últimas décadas, porém, não faltaram gurus apregoando os benefícios a ser colhidos pelas empresas que decidissem informar a massa de trabalhadores sobre as decisões estratégicas da diretoria. Pesquise na Internet mais informações sobre a participação dos funcionários do nível intermediário na participação da elaboração das estratégias de longo prazo da empresa. Quais empresas adotam esse modelo participativo? O tema deverá ser selecionado em grupo, e exposto para a classe. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 43 Capítulo 9 – Planejamento Operacional Questões: 1. Quais são as orientações do planejamento operacional? 2. Explique as diferenças entre planos estratégicos e operacionais. 3. Quais são os tipos de planos operacionais, e como podem ser classificados? 4. O que é um gráfico de Gantt? Por que é uma ferramenta de controle? 5. Qual a relação entre planejamento e controle? 6. Originalmente, qual foi a primeira aplicação prática da rede PERT? 7. Explique as etapas de criação de uma rede PERT. 8. Explique o fluxograma vertical e em barras. 9. O que são regulamentos? 10. O que é análise de série cronológica e como ela funciona? 11. Como o planejamento está mudando no novo local de trabalho? 12. Você acha que o planejamento se torna mais ou menos importante em um mundo onde tudo está mudando rapidamente e as crises passaram a ser parte regular da vida organizacional? Por quê? 13. Quais são as características das metas eficazes? Seria melhor não tê- las do que ter metas que não satisfazem esses critérios? OBS: Professor, utilize também as “Questões para revisão” disponíveis na página 188 do livro. Administração: Teoria, Processo e Prática – Material Complementar do Professor Idalberto Chiavenato ���������� � ��� ������ ���� � ��� ���������������� �������� ���������� ���� 44 Discutam as afirmações: “O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação tem-se basicamente, os planos de ação ou planos operacionais e, correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático.”43 “Definição. A avaliação de programa e técnica de revisão (mais conhecida como análise de rede PERT ou simplesmente PERT, sigla para Program Evaluation and Review Technique) foi desenvolvida originalmente no final dos anos 1950 para coordenar o trabalho de mais de 3 mil empreiteiros e agências envolvidas no sistema de armamentos do submarino Polaris. Esse projeto era incrivelmente complexo; centenas de milhares de atividades tinham de ser coordenadas. Credita-se ao PERT a antecipação de dois anos na data de conclusão do projeto.”44 "A maioria dos projetos PERT é bastante complicada e pode constituir-se de centenas de milhares de eventos. Esses cálculos são maias bem realizados por um computador que utilize um software PERT especializado."45 O Lado negativo dos controles “Administrar sem controles é abdicação de responsabilidade. Uma vez que os gerentes são responsáveis pelas ações das pessoas em sua unidade e pelo desempenho global da unidade,
Compartilhar