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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES AIN 08 – IAM 1. No diagnóstico da doença arterial coronariana crônica, pode-se afirmar: A) Um histórico de infarto recente e/ou insuficiência cardíaca é uma contraindicação absoluta do teste ergométrico. B) A ecocardiografia de stress tem acurácia inferior à cintilografia miocárdica de perfusão. C) O escore de cálcio coronariano avaliado pela tomografia computadorizada tem alta sensibilidade e baixa especificidade para doença coronária obstrutiva. D) O gadolínio usado na ressonância nuclear magnética tem uma importante indicação para identificar fibrose miocárdica e é isento de complicação fatal. E) Na cateterização das coronárias uma lesão é considerada hemodinâmica e clinicamente significante quando acima de 70%. 2. MLLS, 60 anos, mulher, negra, casada, 2 filhos, natural do Ceará, procedente de São Paulo há 28 anos, ambulante, católica. Paciente refere angina aos esforços (CCS II) há cerca de 3 anos. Nega ter diagnóstico de infarto prévio. Refere que em 09/04, às 09:00h, iniciou quadro de dor precordial em aperto, nota 7 em escala de dor, com náuseas e sudorese, recorrente, ao repouso. Procurou AME em 09/04 e 11/04, recebendo alta com melhora após analgesia e benzodiazepínico. Houve recorrência da dor em 12/04 às 09:00h, mais forte, procurando o Pronto Atendimento. Qual o tratamento inicial mais indicado? A) Monitorização, acesso venoso, nitrato, AAS, Clopidogrel, Heparina e oxigênio, se necessário. B) Fibrinolítico, AAS, Clopidogrel e Heparina. C) Monitorização, acesso venoso e nitrato. D) Benzodiazepínico e analgésico, até controle de sintomas. 3. Mulher de 65 anos, diabética, é avaliada no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor precordial em queimação, há 1 hora, de moderada intensidade, irradiada para o membro superior esquerdo e desencadeada ao repouso. Ao exame físico apresenta PA: 85 x 55 mmHg, FC: 105 BPM. O ECG mostrou supradesnível do segmento ST de 1,5 mm nas derivações V2-V3 e 1 mm em V4. De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta incorreta. A) O diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnível do segmento ST (IAMCST) necessita da presença de supradesnível do ST ≥ 2,0 mm quando ocorre nas derivações V2-V3 para mulheres. B) O critério eletrocardiográfico geral para o diagnóstico de IAM com supra nas derivações V2 e V3 varia de acordo com o sexo e a idade e deve estar presente em duas derivações contíguas. C) Neste caso, o diagnóstico inicial de IAM com supradesnível do segmento ST não necessita aguardar o resultado das troponinas para instituição do tratamento. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 D) No caso de homens o diagnóstico de IAMCST tem como critério a presença de supradesnível do ST ≥ 2,0 mm, nas derivações V2- V3, para homens > 40 anos e ≥ 2,5 mm para homens < 40 anos. 4. Mulher de 65 anos, diabética, é avaliada no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor precordial em queimação, há 1 hora, de moderada intensidade, irradiada para o membro superior esquerdo e desencadeada ao repouso. Ao exame físico apresenta PA: 85 x 55 mmHg, FC: 105 BPM. O ECG mostrou supradesnível do segmento ST de 1,5 mm nas derivações V2-V3 e 1 mm em V4. Em relação à paciente relatada na questão anterior responda. Quanto ao tratamento e de acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. A) O ácido acetil salicílico (AAS) é o único antinflamatório indicado rotineiramente para todos os pacientes com suspeita de IAM, exceto nos casos de contraindicação, como alergia, ou sangramento interno ativo. B) Nitratos estão contraindicados na presença de hipotensão arterial, uso prévio de sildenafil nas últimas 24 horas ou tadalafila nas últimas 48 horas. C) Pacientes com contraindicação para o uso precoce dos betabloqueadores devem ser excluídos para uso dessa terapia na prevenção secundária. D) A utilização de betabloqueador endovenoso deve ser feita com critério após resultado do estudo COMMIT que mostrou um subgrupo de pacientes que evoluiu com choque cardiogênico após a administração de betabloqueador endovenoso. 5. A anamnese e exame físico são fundamentais para a formulação de hipóteses diagnósticas. No caso de uma dor torácica aguda, possuem menos chances de ter como causa um infarto agudo do miocárdio a dor com as seguintes características, exceto: A) Associada a náusea e vômitos. B) Reproduzível pela palpação. C) Descrita como aguda. D) Descrita como posicional. E) Descrita como pleurítica. 6. Paciente de 66 anos, masculino, hipertenso e diabético, procura a emergência referindo dor precordial de forte intensidade, opressiva, irradiando para mandíbula e membro superior esquerdo iniciado há cerca de 02 horas. Na avaliação inicial no setor de emergência encontrava-se com fáscies de dor, sudoreico e referindo “falta de ar”. Sinais vitais: FC: 102bpm PA: 220/120mmHg Sat: 88%; Ausculta respiratório com murmúrio vesicular universalmente audível e estertores creptantes nos 2/3 inferiores de ambos hemitóraxes; Ausculta cardíaca com ritmo cardíaco regular em 2T, bulhas normofonéticas, sem sopros nos focos de ausculta; Restante do exame físico sem alterações No eletrocardiograma inicial apresentava supradesnivelamento do segmento ST nas derivações DII, DIII e aVF sendo maior em DIII e infradesnivelamento do segmento ST em DI. Com base no caso NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 responda a próxima questão Em relação ao caso acima marque a alternativa correta A) Paciente com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede inferior evoluindo em Killip III B) Paciente com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede anterior evoluindo em Killip III C) Paciente com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede anterior evoluindo em Killip II D) Paciente com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede inferior evoluindo em Killip IV E) Paciente com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede lateral evoluindo em Killip III 7. O reconhecimento precoce e o tratamento imediato do infarto agudo do miocárdio (IAM) são essenciais; o diagnóstico baseia-se na história, no ECG e nos marcadores cardíacos séricos. Sobre os biomarcadores cardíacos no IAM é correto afirmar: A) As troponinas T e I cardíacas são altamente específicas de lesão do miocárdio, constituindo os marcadores bioquímicos preferidos para o diagnóstico de IAM; permanecem elevadas por 2 a 3 dias. B) Os níveis de CPK aumentam em 1 a 2 horas, atingem um pico em 6 horas e normalizam-se em 12 a 24 horas. C) A isoenzima CPK-MB é mais específica do IAM, mas também pode ficar elevada na miocardite ou após cardioversão elétrica. D) A CPK-MB atinge um valor máximo após (cerca de 24 horas) terapia de reperfusão aguda. E) Uma razão massa de CPK-MB: atividade de CPK de 1,5 ou menos sugere IAM. 8. Em pacientes que já sofreram um infarto do miocárdio previamente, o nível de LDL que devemos perseguir, segundo as mais recentes diretrizes de prevenção secundária, para reduzirmos a chance de novo evento adverso em coronárias, é: A) LDL menor que 30 mg/dl B) LDL menor que 50 mg/dl C) LDL menor que 70 mg/dl D) LDL menor que 90 mg/dl E) LDL menor que 100 mg/dl 9. Homem 54 anos, obeso, hipertenso e diabético, admitido no PA com quadro de dor torácica típica e eletrocardiograma evidenciando supradesnívelamento de segmento ST em D2, D3 e avF. Ao exame físico, apresentava-se acordado, consciente, orientado, com taquidispneia, estertorcrepitante bibasal, turgência jugular, PA 140x90mmHg, tempo de enchimento capilar 2seg. Baseadonos NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 dados apresentados, pode-se classificar o paciente em qual classe de Killip: A) 1. B) 2. C) 3. D) 4 10. Paciente de 64 anos, sexo feminino, diabética, hipertensa, tabagista, obesa, dislipidêmica, foi admitida na emergência trazida por familiares com quadro de intensa dor precordial, irradiando para a mandíbula, iniciada há 3 horas da admissão, de início súbito. ECG evidenciava ondas Ts invertidas simétricas e profundas em parede lateral e lateral alta. A dosagem de troponina de alta sensibilidade teve resultado com valor acima do percentil 99 do valor de referência (positiva). Marque a alternativa INCORRETA: A) O diagnóstico de infarto agudo do miocárdio está afastado pela ausência de desnivelamento do seguimento ST no ECG. B) A abordagem inicial inclui administração de AAS e Clopidogrel. C) Não está indicada trombólise, por não se tratar de um infarto com supradesnivelamento do segmento ST. D) A troponina de alta sensibilidade permite afastar o diagnóstico de infarto mais precocemente, quando comparada às dosagens de CK e CKMB, e o seu uso reduz o tempo de permanência no departamento de emergência. 11. Homem, 66 anos de idade, da entrada na UPA queixando-se de desconforto precordial em aperto, há cerca de três semanas, inicialmente aos grandes esforços e, nos últimos dias, mesmo aos pequenos esforços. No momento, queixa-se de dor grau 7/10 em repouso. É portador de Diabetes Mellitus tipo 2 e de hipertensão, em uso de metformina, losartana e ácido acetilsalicílico, além de tabagista de 20 anos/maço. Ao exame físico, encontra-se em regular estado geral, com fácies de dor. PA: 200x120mmHg, FC: 100bpm, SatO₂ 94%, IMC: 33Kg/m². Ausculta cardiorrespiratória e exame abdominal sem alterações. Extremidades bem perfundidas, sem edemas, com pulsos simétricos. Realizado eletrocardiograma com achado de alterações da repolarização ventricular em V1 a V3 e ondas T positivas e simétricas em V5 e V6. Marcadores de necrose miocárdica da entrada negativos. Diante do quadro, indique o diagnóstico mais adequado para este paciente nesse momento. A) Emergência hipertensiva associada a síndrome coronariana aguda sem supra de ST. B) Angina instável associada a pseudocrise hipertensiva, devido à dor. C) Urgência hipertensiva associada a infarto agudo do miocárdio sem supra de ST. D) Emergência hipertensiva associada a dissecção aguda de aorta. 12. Qual dessas condutas não fazem parte do tratamento no atendimento inicial do infarto agudo do miocárdio: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 A) Aspirina. B) Beta-bloqueador. C) Morfina. D) Digitálico. 13. Homem, 68 anos, internado com quadro de angina instável. Qual, dentre as alternativas abaixo, NÃO constitui estratificador de alto risco nesta condição clínica? A) Angina noturna. B) Dor em repouso prolongada (>20 minutos) e contínua C) Angina com hipotensão. D) Angina associada a sopro sistólico de regurgitação em foco mitral E) Angina em repouso com alterações dinâmicas de ST (igual ou maior do que 1mm) 14. Em relação ao infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, qual a alternativa é correta? A) Os marcadores bioquímicos de necrose miocárdica são utilizados com finalidade prognóstica. B) Anti-inflamatórios não hormonais COX-2 seletivos são indicados para analgesia. C) O uso de nitratos apresenta maior benefício nos pacientes com infarto do ventrículo direito. D) O uso de fibrinolítico como método de reperfusão miocárdica é melhor que a intervenção coronária percutânea primária (angioplastia primária). E) O fibrinolítico está indicado no infarto com supradesnivelamento do segmento ST com até 24 horas do início da dor. 15. Em relação à fisiopatologia e quadro clínico do IAM com supra de ST, assinale a alternativa incorreta: a) A grande maioria dos IAM resultam de aterosclerose coronariana, em geral com trombose coronariana superposta. b) Se o trombo ocluir por completo a coronária, acarretará lesão transmural da parede do ventrículo suprido por esta coronária, produzindo o supradesnivelamento do seguimento ST. c) A dor do IAM, na maioria dos pacientes é intensa, intolerável, dura mais de 30 minutos, o desconforto é descrito como constrictivo, esmagamento, compressivo ou opressivo. d) Os homens, idosos e diabéticos tem maior propensão de se queixar de sintomas atípicos de isquemia ou infarto. 16. Quais dos seguintes marcadores bioquímicos é considerado marcador muito precoce de necrose miocárdica, apresentando elevação dentro de 1 hora após a morte da célula miocárdica? a) Troponina T b) CK-MB c) Troponina I NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 d) Mioglobina 17. De acordo com a classificação da gravidade da insuficiência cardíaca no infarto agudo do miocárdio proposta por Thomas Killip e John T. Kimball, podemos afirmar que a presença de estertores crepitantes pulmonares, terceira bulha e pressão venosa jugular elevada é classificada como: a) Killip I b) Killip II c) Killip III d) Killip IV 18. Em relação ao tratamento da SCA, assinale a alternativa incorreta: a) Deve-se aguardar o resultado de marcadores de necrose miocárdica para o início do tratamento. b) O AAS é o antiplaquetário de eleição a ser utilizado no IAM. c) Os Nitratos são contraindicados na presença de hipotensão arterial e comprometimento do ventrículo direito. d) O maior benefício do uso dos fibrinolíticos é visto nos pacientes tratados nas primeiras horas do IAMCST. 19. São contraindicações para o uso de beta-bloqueadores, exceto: a) História de asma b) Frequência cardíaca menor que 60 bpm c) Bloqueio atrioventricular de 2o e 3o graus d) Classe Killip I GABARITO: 1. C Vejamos cada uma das assertivas sobre a doença coronariana crônica: A - Incorreta. O infarto recente é uma contraindicação relativa à realização de teste ergométrico, visto que tal método pode ser útil, por exemplo, para a prescrição de exercícios para reabilitação cardíaca. B - Incorreta. O ecocardiograma (ECO) com estresse farmacológico foi comparada à cintilografia miocárdica, utilizando-se a angiografia coronária como padrão de referência. Concluiu-se que ambos os métodos têm acurácia diagnóstica semelhante e que o ECO pode oferecer algumas vantagens em indivíduos com hipertrofia ventricular esquerda e bloqueio de ramo esquerdo. C - Correta. O escore de cálcio é um exame de alta sensibilidade, visto que é improvável a ocorrência de aterosclerose coronariana sem nenhum grau de cálcio. No entanto, o acúmulo de cálcio pode ocorrer em função do envelhecimento dos vasos, sem que haja lesão aterosclerótica, o que torna o exame de baixa especificidade. D - Incorreta. O gadolínio, na avaliação miocárdica, pode ocasionar fibrose sistêmica nefrogênica em pacientes com doença renal crônica, uma doença de altíssima letalidade. Por esta razão, o uso do contraste é contraindicado em pacientes com taxa de filtração glomerular < 30 ml/min. E - Incorreta. As lesões habitualmente são consideradas anatomicamente significantes quando maiores que 70%. No entanto, para avaliação do impacto NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 hemodinâmico da lesão, estudos como o FFR auxiliam na avaliação das placas 2. A Essa paciente, portadora de doença isquêmica do miocárdio, procura atendimento com clínica de síndrome coronariana aguda (D errada)... As características da dor torácica certamente reproduzem as mesmas citadas para o quadro do dia 09/04 — precordial, em aperto, com náuseas e sudorese, tendo surgido em repouso. A primeira medida diagnóstica para ela teria sido a realizaçãode eletrocardiograma, o que aparentemente não foi feito; assim, não há como sabermos se ela tem supradesnível do segmento ST para indicarmos terapia urgente de reperfusão com angioplastia primária ou trombolítico (B errada). Ao mesmo tempo, todos os pacientes com síndrome coronariana aguda, logo após a admissão, devem ser monitorizados e receber ácido acetilsalicílico (AAS — mastigar e engolir 160-325 mg; C errada). Associado ao AAS, em terapia dupla antiplaquetária, se fornece um antagonista do ADP – clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor. A anticoagulação deve ser iniciada logo após a admissão junto com a terapia antiplaquetária; as opções de primeira escolha são fondaparinux ou enoxaparina (na ausência do primeiro) e as alternativas seriam heparina não fracionada (HNF), bivalirudina e argatroban. A oxigenoterapia fica indicada aos pacientes com saturação < 90%, isto é, hipoxêmicos. Fármacos antianginosos, como nitratos e betabloqueadores, podem ser utilizados. 3. A Questão bastante específica para uma prova de R1 sobre a quarta definição de IAM... Do ponto de vista eletrocardiográfico, definimos infarto quando há nova elevação do segmento ST em pelo menos duas derivações contíguas com exceção de V2 e V3. Nas derivações V2 e V3, o critério depende do genero e da idade do paciente (B correta). - Se mulher: maior ou igual a 1,5mm (A incorreta). - Se homem: maior ou igual a 40 anos: maior ou igual a 2mm - Se homem: menor que 40 anos: maior ou igual a 2,5mm. (D correta). O IAM com supra já nos autoriza a instituir o tratamento de reperfusão, seja por trombólise ou angioplastia, independente dos marcadores de necrose miocárdica (C correta). 4. C Em relação à terapia farmacológica no infarto agudo do miocárdio: O bom e velho AAS continua sendo o único antiinflamatório rotineiramente indicado para os casos de IAM, salvo contraindicações (A correta). Na presença de hipotensão arterial, uso prévia de sildenafila nas ultimas 24 horas e suspeita de IAM de VD, o uso de nitratos está contraindicado pelo risco de hipotensão refratária (B correta). O uso de betabloqueadores deve ser, preferencialmente, iniciado nas 1as 24 horas do IAM. Entretanto, em pacientes com insuficiência cardíaca importante, baixo débito, alto risco de choque cardiogênico, bradicardia e bloqueios de ramo potencialmente malignos, o uso do betabloqueador deve ser adiado até a estabilização clínica. Por ser uma droga que possui efeito anti-remodelamento, devem sim, constar na terapia de prevenção secundária (C incorreta). O estudo COMMIT que usou o metoprolol venoso, evidenciou um aumento na mortalidade em pacientes hemodinamicamente instáveis que foram submetidos ao uso da droga. Em contrapartida, nos estáveis hemodinamicamente, houve queda na mortalidade. Portanto, o uso deve ser criterioso (D correta). NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 5. A A banca foi tentar confundir o aluno e se enrolou nessa... Ao perguntar qual característica de dor torácica está associada à menor chance de ter como causa um IAM, ela está na verdade perguntando qual seria a característica associada a MAIOR chance. Além disso náusea e êmese não são exatamente raros no IAM. Na verdade o enunciado ficou tão mal escrito que fica difícil compreender se essa prova passou por algum tipo de revisão, e o melhor e mais justo realmente para todos teria sindo a anulação da questão... Infelizmente não foi o que ocorreu. O gabarito foi mesmo a opção A. 6. A Temos um paciente com vários fatores de risco para doença coronariana (idade, diabetes, hipertensão arterial) que se apresenta ao hospital com dor torácica típica, como aquelas descritas no próprio livro! Ao exame, ele encontra-se hipertenso, hipoxêmico, apresentando também estertores creptantes bilaterais nos 2/3 pulmonares infeirores, o que denota congestão sistêmica e edema agudo de pulmão. O eletrocardiograma sela o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, revelando supradesnivelamento de ST nas paredes inferiores - DII, DIII e aVF - com um desnivelamento maior em DIII e imagem em espelho em DI, sugerindo acometimento de coronária direita. Nesse sentido, podemos classificar os pacientes com IAM em quatro grupos distintos de acordo com os achados clínicos, o que traduz o respectivo prognóstico: Killip I - Sem dispneia, estertoração pulmonar ou B3 (sem evidência de insuficiência ventricular esquerda; Killiip II - Dispneia e estertoração pulmonar discreta, B3 ou turgência jugular patológica; Killip III - Franco edema agudo de pulmão; Killip IV - Choque cardiogênico; Infarto + franco edema agudo de pulmão = Killip III. Gabarito, A. 7. C Vamos responder cada alternativa a respeito dos marcadores de necrose miocárdica: A) De fato as troponinas T e I são os marcadores preferidos pela sua alta específicidade, porém atingem seu pico plasmático após cerca de 12h e tendem a permanecer elevadas por 3 a 10 dias após a injúria (INCORRETA) B) A CPK não é mais utilizada no diagnóstico da síndrome coronariana aguda por sua baixa especificidade para o músculo cardíaco, elevando-se também em situações de injúria muscular esquelética. Sua ação se torna aumentada consideravelmente nas primeiras 2 a 6 horas, logo após o início do episódio. E pode alcançar valores máximos nas 18 a 24 horas que seguem o ocorrido. (INCORRETA) C) Alternativa com um problema de redação que a princípio parece um erro, mas na verdade é a resposta correta. A CPK-MB de fato é MAIS específica do IAM do que da miocardite ou do pós cardioversão. Contudo, o leitor desatento poderia entender que a alternativa afirma que a CPK-MB é o marcador mais específico de todos, que não é o caso, pois as troponinas tem maior especificidade. (CORRETA) D) Os níveis de CK-MB tipicamente se elevam 4 a 6 horas após o evento agudo e mais rapidamente ainda após a terapia de reperfusão, podendo ser indicador do sucesso da estratégia. A elevação tende a retornar ao normal em 36 a 48h. (INCORRETA) E) Pelo contrário, quanto maior a relação CPK- MB/CPK, principalmente acima de 20%, maior a probabilidade de IAM (INCORRETA 8. B Pessoal, segundo as diretrizes mais recentes, paciente que já sofreram IAM são classificados como de risco cardiovascular muito NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 alto. Esses pacientes têm indicação de manutenção de LDL-C em nífeis inferiores a 50 mg/d 9. B Temos um paciente com fatores de risco para doença coronariana, dor torácica típica e um eletrocadiograma que mostra supradesnível em DII, DIII e aVF, ou seja, é um infarto agudo do miocárdio (IAM) com acometimento de parede inferior. Ao exame físico, encontramos estertores bibasais e turgência jugular, o que denota a presença de congestão sistêmica, mas não necessariamente edema agudo de pulmão. Lembre que podemos classificar os pacientes com IAM em quatro grupos distintos de acordo com os seu achados clínicos, o que traduz o respectivo prognóstico: Killip I - Sem dispneia, estertoração pulmonar ou B3 (sem evidência de insuficiência ventricular esquerda; Killiip II - Dispneia e estertoração pulmonar discreta, B3 ou turgência jugular patológica; Killip III - Franco edema agudo de pulmão; Killip IV - Choque cardiogênico; Infarto + turgência jugular e estertoração pulmonar discreta = Killip II. 10. A A manifestação clínica de uma dor típica que não apresenta melhora leva à conclusão sobre uma Síndrome Coronariana Aguda (SCA) e, como não há supra de ST, a conclusão mais específica é tratar-se de uma SCA sem supra de ST, que é dividida em angina instável ou infarto agudo do miocárdio (IAM) sem supra de ST. A elevação da troponina (o principal marcador de necrose miocárdica) nessa contexto clínico indica a presença desta última opção 11. A Diante de um paciente com alto risco cardiovascular, apresentando dor torácica, o principal diagnósticoa ser considerado é o infarto agudo do miocárdio. No entanto, percebemos que o paciente apresenta marcadores de necrose miocárdica negativos e alterações eletrocardiográficas que não sugerem fortemente o diagnóstico de infarto. No entanto, os níveis pressóricos apresentados, uma vez que estão associados a dor torácica (lesão de órgão alvo por elevação importante da pós carga), configuram uma emergência hipertensiva com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (angina instável) associada. A conduta, portanto, visa a redução imediata e progressiva da pressão arterial com drogas venosas. 12. D O atendimento inicial do infarto agudo envolve medicações sintomáticas e medicações que alteram o prognóstico da doença, com efeito na sobrevida. As medicações sintomáticas incluem os nitratos e a morfina, que respectivamente aumentam a vasodilatação coronariana, favorecendo o suprimento sanguíneo local, e reduzem a demanda metabólica miocárdica, promovendo analgesia e redução do adrenergismo. Entre as medicações modificadoras da sobrevida, podemos listar os antiagregantes plaquetários, estatinas, e betabloqueadores, além da heparina, que atenuam a evolução e previnem complicações relacionadas ao infarto. Os digitálicos tem efeito intrópico positivo e cronotrópico negativo, e podem ser incluídos no tratamento da insuficiência cardíaca crônica e no controle da frequencia cardíaca em portadores de dibrilação atrial, porém não entram no tratamento da síndrome coronariana aguda, devendo ser evitados nesse contexto pelo possível aumento da demanda metabólica miocárdica. 13. A Pessoal, questão que pode ser respondida usando o bom senso. A angina que representa maior risco é aquela mais NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 prolongada ou de maior intensidade (B CORRETA), relacionada a indicadores eletrocardiográficos de corrente de lesão isquêmica (E CORRETA), ou que vem acompanhada de sinais e sintomas de possíveis complicações do infarto, como ruptura de musculo papilar ou da parede ventricular, insuficiência cardíaca aguda ou choque cardiogênico e insuficiência mitral aguda. (C e D CORRETAS). O horário de acometimento da angina não está relacionado diretamente com o risco do sintoma em si, embora em muitos locais esteja relacionado à maior dificuldade de acesso ao sistema de atendimento de emergência 14. A Vamos avaliar cada alternativa a respeito do IAMCSST: A) Não apenas a positividade dos marcadores é importante para o diagnóstico, como também a MAGNITUDE do aumento dos marcadores e a PROGRESSÃO do aumento e posterior decremento dos valores se correlacionam respectivamente com a massa de miocárdio acometido e com a continuação do processo isquêmico (CORRETA) B) O uso de AINEs não está indicado no contexto de infarto do miocárdio, e notadamente inibidores seletivos da COX-2 são relacionados com maior risco cardiovascular, que incluem aumento do risco de IAM e AVE. (INCORRETA) C) Pelo mecanismo de alteração de contratilidade levando à redução da pré-carga no infarto do ventriculo direito, a administração de nitratos com consequente vasodilatação venosa e diminuição do retorno venoso pode precipitar a evolução do quadro com hipotensão grave e choque cardiogênico, sendo contraindicado nessa situação. (INCORRETA) D) Grandes ensaios clínicos randomizados já foram capazes de demonstrar que, desde que realizada em tempo hábil, a intervenção percutânea é superior à fibrinólise na preservação de músculo cardíaco e prevenção de complicações do infarto (INCORRETA) E) O período indicado de fibrinólise segundo a American Heart Association é de no máximo 12h após o início dos sintomas. Após esse tempo, não foi evidenciado benefício com seu uso. (NCORRETA) 15. D 16. D 17. B 18. A 19. D
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