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Teoria Macroeconômica II – Noturno Professora: Maria Isabel Busato Monitor: Ygor Freire 1º semestre de 2015 Primeira lista de monitoria - Monetaristas 1- (ANPEC - 2005) Com base no modelo clássico (também chamado neoclássico), julgue as afirmativas: Ⓞ Vigorando o salário real de equilíbrio, a economia estará em pleno emprego, mas, ainda assim, haverá desemprego voluntário e desemprego friccional. ① Considerando-se apenas uma função de produção convencional com retornos decrescentes, em que sejam dados o estoque de capital e o estado tecnológico, nada pode ser inferido a respeito da elasticidade da função demanda de trabalho. ② Se todo o estoque de moeda é útil apenas como meio de troca, ou seja, se não h á entesouramento, então, os indivíduos não pouparão, nessa economia. ③ Se o governo decide estabelecer um salário real superior ao salário de equilíbrio, o desemprego aumentará por dois motivos: (i) trabalhadores serão demitidos e (ii) parte dos trabalhadores desempregados passarão a procurar emprego. ④ Se na economia os indivíduos não poupam, vigorará a lei de Say, que diz que toda oferta encontra uma demanda correspondente. 2- (ANPEC – 1994) Considerando o modelo (neo)clássico e a teoria quantitativa de moeda, responda verdadeiro ou falso: Ⓞ O aumento da oferta de moeda pode elevar o nível de emprego, mas pr ovoca tensões inflacionárias. ① Um choque adverso de oferta, em uma economia com oferta monetária fixa, provoca uma queda no nível de emprego e elevação do nível de preço. ② O desemprego independe da situação da demanda agregada, sendo voluntário o resultado da negativa dos trabalhadores em aceitar menores salários reais. ③ Maior propensão a poupar da sociedade reduz taxa de juros, mas nada pode ser afirmado em relação ao investimento, pois este depende, também, do nível de ocupação da capacidade produtiva ④ (ANPEC - 1992) Um aumento da oferta de moeda aumenta na mesma proporção o salário nominal e não tem qualquer impacto sobre o nível de emprego. 3- Qual a regra de formação de expectativas para a escola Monetaristas? Como funciona essa regra? 4- Qual a causa da inflação para os Monetaristas? Explique 5- Qual a recomendação de política monetária para a escola Monetarista? Ela afeta o nível de emprego no curto prazo? E no longo prazo? 6- (ANPEC - 2008) Com base na curva de Phillips aumentada de expectativas, e pressupondo tudo o mais constante, julgue as afirmativas: Ⓞ Se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação esperada, o desemprego é nulo. ② Um aumento não antecipado na taxa de inflação reduz o desemprego no curto prazo. 7- Explique a causa das flutuações econômicas para a escola Monetarista. Como devem ser feitas as políticas econômicas para essa escola? 8- (ANPEC 1995) - Indique se a proposição abaixo é verdadeira ou falsa: Para os monetaristas, a demanda de moeda é in stável. Este f ato é corroborado pela teoria quantitativa da moeda. 9- Verdadeiro ou falso: a) Os monetaristas, em virtude da existência de defasagens n a percepção, elaboração e impacto de medidas de política econômica, sustentam que a política econômica anti-cíclica é imprópria. Assim sendo, a política monetária é, para todos os efeitos, ineficaz, e deveria manter apenas uma taxa constante de expansão da moeda. b) Segundo Friedman, devido à defasagens em seus efeitos, políticas monetárias ativas podem criar flutuações e desestabilizar a economia. c) Segundo Friedman, curva de Phillips de longo prazo é uma reta vertical. d)A redução da inflação esperada não tem impacto algum sobre a relação de curto prazo entre inflação e desemprego. e) A curva de Phillips indica qu e a opção de inflação baixa é preferível à de inflação alta devido à hipótese de neutralidade da moeda no curto prazo. ) A reconstrução da teoria quantitativa da moeda p roposta por Friedman demonstra q ue a política monetária não produz efeitos reais. g) Segundo a visão Friedmaniana, ciclos econômicos decorrem da insuficiência de demanda agregada. 10- Empregando os conceitos de curva de oferta agregada e de curva de Phillips, julgue as proposições: a) Conforme a curva de oferta de Lucas, somente o componente não -antecipado de uma expansão monetária afeta o produto real. b) A política monetária exerce impacto real sobre o p roduto de longo prazo somente quando os agentes econômicos formam expectativas adaptativas. c) Dado que os agentes formam expectativas racionais, o viés inflacionário da pol ítica monetária discricionária decorre da inconsistência intertemporal d o anúncio, por parte da autoridade monetária, de que perseguirá uma inflação baixa. d) No longo prazo, a possibilidade de que p olíticas ativas de administração da demanda sejam utilizad as para reduzir a taxa de desemprego, trazendo -a para um n ível inferior à taxa natural, independe do formato da curva de Phillips. e) O custo, em termos de queda do produto real, de uma política econômica crível de redução da taxa de inflação é menor quando os agentes econômicos formam expectativas racionais do que quando formam expectativas adaptativas. 11- Sobre o mercado de trabalho e a Curva de Phillips, pode- se afirmar que: a) O aumento da taxa de rotatividade no emprego tende a elevar a taxa natural de desemprego. b) A adoção de políticas de seguro-desemprego tende a reduzir a taxa natural de desemprego. d) A existência de uma taxa natural de desemprego implica que a curva de Phillip s de longo prazo é horizontal. e)Como a hipótese de expectativas racionais não implica previsão perfeita, ela é compatível com a ocorrência de desvios da taxa de desemprego em relação a seu valor natural. 12- Considere uma economia descrita pelas seguintes equações: Curva de Phillips: πt - πt-1 = - (ut - 0,09) Lei de Okun: ut – ut-1 = 0,4 (gYt – 0,03) Demanda Agregada: gYt = gmt − π em que π é a taxa de inflação, u a taxa de desemprego, gYt a taxa de crescimento do produto e gmt a taxa de crescimento monetário. Com base nesse modelo, julgue as afirmativas: a) Os agentes têm expectativas adaptativas. b) A taxa natural de desemprego é de 3%. c) Sendo a taxa de desemprego igual à taxa natural, a taxa de crescimento do produto será de 3%. d) Sendo a taxa de desemprego igual à taxa natural e sendo de 8% a t axa de inflação, a t axa de crescimento monetário será de 5%. e) Suponha que a taxa de desemprego esteja, inicialmente, em seu nível natural. Uma redução da taxa de crescimento monetário provo ca um aumento da taxa de desemprego (acima da taxa natural), mas esse movimento se reverte ao longo do tempo. 13- Verdadeiro ou falso: Para os Novos Clássicos, as mudanças na oferta de moeda afetam o produto no curto prazoapenas se os preços e salários são rígidos. 14- Verdadeiro ou falso: Segundo os novos clássicos, a oferta aumentará se os produtores, interpretarem como um aumento do preço relativo de seus produtos o que é de fato um aumento geral de preços. 15- Verdadeiro ou falso: Segundo a abordagem de Friedman, curva de Phillips passa a explicar a aceleração da taxa de inflação (e não simplesmente a taxa de inflação). eoria Macroeconômica II – Noturno Professora: Maria Isabel Busato Monitor: Ygor Freire 1º semestre de 2015 Segunda lista de monitoria – Novos-Clássicos, Novos-Keynesianos e flutuações econômicas 1- (Anpec 2002) Indique se as afirmações abaixo, relativas às teorias dos ciclos reais e novo- Keynesianas, são falsas ou verdadeiras: Ⓞ Uma das características da teoria dos ciclos reais é a rigidez de preços. Falso. N a tradição dos novos clássicos, os teóricos do RBC adotam a hipótese de Market -clearing, com preços e salários flexíveis. ① De acordo com a teoria dos ciclos reais, a oferta de trabalho varia diretamente com a taxa de juros. Verdadeiro, um aumento na taxa de juros real incentivaas famílias a fornecer mais trabalho no período atual, uma vez que aumentaria o valor dos rendimentos obtidos hoje em relação aos obtidos amanhã. Esse efeito deslocaria a curva de oferta de trabalho para a direita. Ou seja, teóricos do RBC buscam sustentar a hipótese de substituição intertemporal entre trabalho e lazer. Desse modo, um aumento na taxa de juros presente incentiva o trabalho no presente, descolando, como dito, a curva de oferta de m ão de obra para direita. Como resultado o produto também aumentará, visto que Y:f(K,L,A); e o salário real cairá. ② Segundo a teoria dos ciclos reais, a deterioração da tecnologia disponível é uma das explicações para a ocorrência de períodos de queda no emprego agregado. Verd adeiro, a teoria dos ciclos reais parte do pressuposto de que existem significativas flutuações aleatórias na taxa de mudança tecnológica. Choques tecnológicos (mecanismo de impulso) são normalmente seguidos mecanismos de propagação, desse modo, choques tecnológic os positivos ou negativos são fundamentais para explicar as flutuações do produto e emprego. O ciclo econômico é, de acordo com esta teoria, uma resposta natural e eficiente (ótimas) da economia a mudança na produção de tecnologia disponível (as flutuações são explicadas pelo lado da oferta). ③ Nos modelos novos-Keynesianos, a moeda é neutra e endogenamente determinada. Falso, a presença de imperfeições, mercados oligopolizados e rigidezes explica a quebra da dicotomia clássica (não neutralidade da moeda) ao menos no curto prazo. ④ Para os novos-Keynesianos, uma falha de coordenação pode suscitar rigidez de preços e salários, da qual decorreriam situações de desemprego. Verdadeiro, uma redução de preços neutralizaria os efeitos de uma queda de demanda. Contudo, uma redução do nível de preços é o resultado de decisões individuais. Se cada empresa imaginar que todas as demais não vão reduzir seus preços, também não cortaria os seus. Tal atitude seria racional, porque uma redução isolada de preços provocaria uma mudança de posição relativa de mercado. Assim, os preços podem ser rígidos simplesmente porque cada firma espera que sejam rígidos. O resultado é que uma recessão, na ótica novo-keynesiana, pode ser conseqüência de uma falha de coordenação entre firmas que abandonaria um eventual processo de redução de preços. 2- (Anpec 2003) Avalie as proposições: Ⓞ É consenso entre as diferentes visões dos economistas que expectativas racionais implicam pleno-emprego. Falso, essa é uma visão novo-clássica. Boa parte dos novos keynesianos adota a HER e sustentam que o desemprego persiste involunt ário até mesmo no logo prazo. ① Segundo os novos clássicos, os choques de oferta explicam os ciclos econômicos. Verdadeiro, as principais explicações para os níveis de emprego e produto se encontram pelo lado da oferta. Lembrando que na I Fase, dos ciclos monetários, as políticas discricionárias – supresa monetária – também explicam as flutuações econômicas. No entanto, a assertiva é verdadeira porque choques de oferta também explicam flutuações. ② Para os novos keynesianos, a rigidez de preços pode ser ótima para as empresas, em vista dos chamados custos de menu. Verdadeiro. O custo do menu, segundo Mankiw, é um rigoroso microfundamento para explicar porque uma queda (ou expansão) de demanda induz uma firma a cortar a produção em lugar de simplesmente reduzir os preços. Explica, assim, porque seria lucrativamente compensador reduzir quantidades e manter preços e não o contrário. Em outras palavras, o custo do menu pode esclarecer porque firmas tomam decisões q ue n ão são restauradoras d o equilíbrio original diante d e uma queda d e demanda. O custo de menu gera rigidezes nominais de preços e é ótima no sentido que o reajuste de preço somente será efetuado se a receita marginal do reajuste supera o custo marginal de reajustar. ③ Para os novos clássicos, os mercados estão sempre em equilíbrio. Verdadeiro, esse é um dos resultados do modelo. È preciso explicar esse resultado a partir da matriz te órica do mesmo (HER, Microfundamentos + racionalidade; Market-clear; e curva de oferta de Lucas). 3- (Anpec 2004) Considerando as várias abordagens da questão das flutuações econômicas, julgue as afirmativas: Ⓞ De acordo com a hipótese do salário de eficiência, a produtividade do trabalho não é influenciada por variações no salário real. Falso. Segundo os novos-keynesianos, os trabalhadores com salários reais mais baixos são menos leais à firma e os salários reais mais baixos provocam a perda dos empregados mais eficientes. A redução de salários reais geraria perda de produtividade do trabalho. Logo, quanto maior fosse esse efeito- produtividade, menor seria o estímulo da firma para cortar salários; dessa forma, seriam neutralizadas as forças da competição entre trabalhadores. ① Segundo os “novos Keynesianos” , as mudanças tecnológicas são o princ ipal determinante das flutuações nas variáveis reais. Falso, para novos keynesianos a rigidez nominal de preços (reforçada pela real de salário) explica as flutuações. Nas versões mais modernas (novo consenso) as flutuações são explicadas tanto por choques de demanda como por choques de oferta. ② Segundo os modelos originais na tradição dos ciclos econômicos reais, variáveis nominais, como a oferta de moeda, não exercem impacto sobre as variáveis reais, como o produto e o emprego. Verdadeiro. a hipótese clássica é mantida, já que variáveis nominais, como a oferta de moeda e o nível de preços, não exercem impacto sobre as variáveis reais, como o emprego e a produção. Esse resultado também deve ser compreendido a partir da matriz teórica da escola. ③ A existência de custos de menu faz com que os salários nominais, mas não os preços, sejam rígidos. Falso, os preços serão rígidos. Lembrando que diferentes empresas possuem diferentes custos de reajustar, por isso alguma reajustam imediatamente e outras n ão. Isso gera alteração nos preços relativos e rigidez nominal de preços, quebrando a dicotomia clássica. ④ De acordo com os modelos originais na tradição dos ciclos econômicos reais, as flutuações econômicas são devidas a algum tipo de rigidez real do sistem a de preços. Falso, as flutuações econômicas são fruto de choques tecnológicos em uma economia competitiva e de mudanças nas preferências dos agentes. 3- (ANPEC 2013) Analise as afirmativas: (0) Nos modelos de expectativas racionais a política monetária é neutra no curto prazo. Falso. Muitos autores novos keynesianos adotam a HER e sustentam a não neutralidade no curto prazo. (1) A teoria dos ciclos reais pressupõe que o produto esteja sempre no seu nível natural. Verdadeira, é a hipótese básica dos ciclos reais. A economia flutua em equilíbrio. (2) Segundo os modelos Novos Keynesianos, quando há um aumento de preços na economia, as firmas só irão aumentar seus próprios preços se os benefícios forem maiores que os custos de reajustar os preços. Verdadeira. É a hipótese básica do modelo: a existência de custos de menu leva a alguns agentes a reajustar se o custo de fazê-lo for menor que a receita que resultará do reajuste, conforme já explicado acima. (3) Segundo os modelos Novos Keynesianos, a política monetária antecipada é neutra no curto prazo. Falso. Como eles supõem preços e salários rígidos no curto prazo, uma expansão nominal da oferta de moeda resulta em aumento da oferta real que leva a uma queda na taxa de juros , afetando produto e emprego. 4- (ANPEC 1995) Tendo em vista o modelo dos novos clássicos e dos novos keynesianos, indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras: (0)Um choque positivo e não antecipado de demanda gera, no modelo dos novos clássicos, expansão darenda real, inflação e queda do salário real. Verdadeiro, o impacto imediato de uma política monetária expansionista se dá primeiro na produção e emprego, uma vez que os agentes são surpreendidos. Como leva algum tempo para eles se ajustarem à nova demanda, reagirão inicialmente produzindo mais e trabalhando mais. O aumento inicial de oferta de moeda leva ao deslocamento da demanda agregada para a direita, elevando o nível de preços. Como este aumento não era esperado pelos agentes, isso leva a erros de percepção e a decisões sub-ótimas pelos mesmos. Ao verem seus preços aumentando os agentes não sabem de imediato se esse aumento nos preços decorre de mudanças nas preferencias e, portanto em seus preços relativos ou se se trata de um aumento no nível geral de preços. A crença de que houve aumento em seu preço relativo, leva a ampliar a oferta. No caso dos trabalhadores, a elevação dos salários nominais é tida como um aumento do salário real e os leva a oferecer maior quantidade de trabalho. Como os salários reais na verdade estão se reduzindo as empresas contratam mais trabalhadores e ampliam a produção. As flutuações só ocorrem porque os agentes foram surpreendidos. Para novos clássicos a surpresa monetária é fundamental para explicar a não neutralidade no curtíssimo prazo. (1) Um choque positivo e antecipado de demanda, de acordo com os novos clássicos, gera apenas inflação, sem qualquer efeito real. Verdadeiro, flutuações em uma economia perfeitamente competitiva são conseqüências de informações imperfeitas . (2) Um choque de demanda positivo produz, no modelo dos novos keynesianos, inflação e aumento de renda, mas os salários reais são relativamente rígidos. Falso, os Novos Keynesianos incorporam imperfeições de mercado e rigidez de preços e salários e isso traz importantes conseqüências. A principal delas é que variações na demanda afetarão principalmente emprego e produto. Se houver um choque positivo de demanda, o ajuste será especialmente via aumento do emprego e não por aumento dos preços, ao menos no curto prazo.. (ANPEC 2001) Sobre a controvérsia entre Novos Keynesianos e Novos Clássicos, indique se as afirmações são falsas ou verdadeiras: (0) Para os Novos Clássicos, as mudanças na oferta de moeda afetam o produto no curto prazo apenas se os preços e salário s são rígidos. Falso, de acordo com a visão Novo-Clássica, uma política monetária no curto prazo só poderia ter efeitos reais se fosse imprevista, visto que, de outra forma, os agentes agiriam antecipadamente e não haveria efeitos defasados, uma vez que o aprendizado impediria efeitos mediatos. Ou seja, nenhuma relação com preços e salários, que são flexíveis. (2) A hipóteses das expectativas racionais tem sido incorporada aos modelos dos novos keynesianos. Verdadeiro, porém não implica na adoção de Market-clearing. Teoria Macroeconômica II – Noturno Professora: Maria Isabel Busato Monitor: Ygor Freire 1º semestre de 2015 Primeira lista de monitoria - Monetaristas 1- (ANPEC - 2005) Com base no modelo clássico (também chamado neoclássico), julgue as afirmativas: Ⓞ Vigorando o salário real de equilíbrio, a economia estará em pleno emprego, mas, ainda assim, haverá desemprego voluntário e desemprego friccional. Verdadeiro, o desemprego que o modelo clássico descarta é o chamado desemprego involuntário. Ele pode ser definido como a existência de pessoas dispostas a trabalhar ao nível de salário vigente no mercado, mas que mesmo assim não conseguem. ① Considerando-se apenas uma função de produção convencional com retornos decrescentes, em que sejam dados o estoque de capital e o estado tecnológico, nada pode ser inferido a respeito da elasticidade da função demanda de trabalho. Falso, a demanda de trabalho refletindo a PMgN é obtida com base na função de produção. Desse modo, as mesmas varáveis que afetam a posição da função de produção determinarão a posição da curva de demanda por trabalho. ② Se todo o estoque de moeda é útil apenas como meio de troca, ou seja, se não h á entesouramento, então, os indivíduos não pouparão, nessa economia. Falso, para esta tradição não faz sentido entesourar moeda, já que ela não renderia juros. Sendo assim, a abstenção do consumo ou redução da propensão a consumir com equilente aumento da propensão a poupar levaria a uma queda na taxa de juros e aumento do investimento. ③ Se o governo decide estabelecer um salário real superior ao salário de equilíbrio, o desemprego aumentará por dois motivos: (i) trabalhadores serão demitidos e (ii) parte dos trabalhadores desempregados passarão a procurar emprego. Verdadeiro, se algo institui um salário acima do salário de equilíbrio neoclássico, haverá desemprego involuntário, porque um dos requisitos para que o desemprego seja estabelecido ao nível de equilíbrio com pleno emprego neoclássico foi quebrado: a perfeita flexibilidade de preços e salários. ④ Se na economia os indivíduos não poupam, vigorará a lei de Say, que diz que toda oferta encontra uma demanda correspondente. Falso, a Lei de Say vigorará onde não haja entesouramento pois não prevê demanda de moeda pelo motivo portfólio, já que não supõe algum tipo de especulação financeira. 2- (ANPEC – 1994) Considerando o modelo (neo)clássico e a teoria quantitativa de moeda, responda verdadeiro ou falso: Ⓞ O aumento da oferta de moeda pode elevar o nível de emprego, mas provoca tensões inflacionárias. Falso. A mudança no estoque só altera preços e salários nominais. É imprescindível que haja perfeita flexibilidade de preços e salários com informação perfeita. ① Um choque adverso de oferta, em uma economia com oferta monetária fixa, provoca uma queda no nível de emprego e elevação do nível de preço. Verdadeiro, o choque funciona como uma redução da PMgN, desloca para baixo a demanda de trabalho, reduzindo o nível de emprego de equilíbrio. A quantidade ofertada reduz, já que a oferta de moeda é a mesma, a demanda permanece igual. Pela TQM, com um menor produto, há elevação de preços. ② O desemprego independe da situação da demanda agregada, sendo voluntário o resultado da negativa dos trabalhadores em aceitar menores salários reais. Verdadeiro, tanto a curva de demanda como de oferta de trabalho são determinadas por variáveis reais. A demanda agregada apenas define o nível de preços, sem impacto sobre as variáveis reais. ③ Maior propensão a poupar da sociedade reduz taxa de juros, mas nada pode ser afirmado em relação ao investimento, pois este depende, também, do nível de ocupação da capacidade produtiva. Falso, pelo modelo neoclássico, o nível de poupança determina o nível de investimento, com as oscilações da tx de juros garantindo que a demanda por investimento seja igual à oferta de poupança. Com um maior nível de poupança, o investimento aumentará por conta da queda da tx de juros. ④ (ANPEC - 1992) Um aumento da oferta de moeda aumenta na mesma proporção o salário nominal e não tem qualquer impacto sobre o nível de emprego. Verdadeiro, variáveis nominais não afetam a determinação do emprego, haverá apenas elevação de preços, segundo a TQM. 3- Qual a regra de formação de expectativas para a escola Monetaristas? Como funciona essa regra? Os Monetaristas utilizam a regra de expectativas adaptativas. Sob Expectativas adaptativas os agentes formulam suas expectativas sobre a variável objetivo a partir da variável defasada, olhando para o passado – expectativas adaptativas são backward looking. Por exemplo, a inflação esperada, em um modelo simplificado, é função da inflação no período anterior. Em um modelo um pouco mais complexo baseado na HEA, pode-se incluir um ermode correção “a”, do erro cometido no período anterior, tal que [dPet = dPet-1 + a( dPt-1 - dPet-1 )]. 4- Qual a causa da inflação para os Monetaristas? Explique Para os Monetaristas, a TQM vale, ainda que Friedman tenha feito uma reestruturação desta. A persistência da inflação decorre de taxas de expansão monetárias não consistentes com a taxa de expansão do produto potencial. Os Mo netaristas acreditam que, no curto prazo, a política monetária pod e ter efeitos reais, n o longo prazo vale a neutralidade da moeda e o efeito permanente se dará sobre a inflação. 5- Qual a recomendação de política monetária para a escola Monetarista? Ela afeta o nível de emprego no curto prazo? E no longo prazo? Friedman propõe regras de atuação na política monetária. Sua proposta é que a taxa de expansão monetária seja aproximadamente compatível com o crescimento do produto potencial. 6- (ANPEC - 2008) Com base na curva de Phillips aumentada de expectativas, e pressupondo tudo o mais constante, julgue as afirmativas: Ⓞ Se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação esperada, o desemprego é nulo. Falso, se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação esperada a taxa de desemprego corresponde à taxa de desemprego de pleno emprego (ou taxa natural de desemprego , também NAIRU), que não é nula, pois abarca duas categorias de desemprego: friccional e voluntário. ② Um aumento não antecipado na taxa de inflação reduz o desemprego no curto prazo. Verdadeiro, um aumento não antecipado da inflação reduz salários reais do ponto de vista da empresa e aumenta o nível de emprego. 7- Explique a causa das flutuações econômicas para a escola Monetarista. Como devem ser feitas as políticas econômicas para essa escola? A escola monetarista explica as flutuações econômicas como decorrência, essencialmente, de choques monetários, e chamam de flutuação os desvios da taxa de crescimento do produto efetivo de sua taxa de crescimento potencial. Não se deve esquecer que o monetaristo adota a ideia de que as economias capitalistas são estáveis e tendem para suas trajetórias de longo prazo (produto potencial e taxa natural de desemprego) caso não haja perturbações. 8- (ANPEC 1995) - Indique se a proposição abaixo é verdadeira ou falsa: Para os monetaristas, a demanda de moeda é instável. Este fato é corroborado pela teoria quantitativa da moeda. Falso, A TQM é uma teoria da d emanda por moeda e não uma teoria da geração de renda, Friedman chega à conclusão, similarmente à T QM clássica, de que a demanda por moeda guarda uma relação estável com a renda nominal. 1) Os monetaristas, em virtude da existência de defasagens na percepção, elaboração e impacto de medidas de polít ica econômica, sustentam que a política econômica anti-cíclica é imprópria. Assim sendo, a política monetária é, para todos os efeitos, ineficaz, e deveria manter apenas uma taxa constante de expansão da moeda. Falso, o problema do enunciado é a afirmativa de que a política monetá ria é ineficaz 2) Segundo Friedman, devido à defasagens em seus efeitos, políticas monetárias ativas podem criar f lutuações e desestabilizar a economia. Verd adeiro, Friedman acreditava em ciclos econômicos a partir de mudanças na oferta monetária. Se as po líticas monetárias mexem na oferta monetária, haverá instabilidade na economia. 3) Se gundo Friedman, curva de Ph illips de l ongo p razo é uma reta vertical. Verdadeiro. 4)A re dução da inflação esperada não t em impacto algum sobre a relação de curto prazo entre inflação e d esemprego. Falso, como visto na curva de Phillips acima, uma redução da inflação causaria um aumento no desemprego no curto prazo. 5) A curva de Phillips indica q ue a opção de inflação baixa é p referível à de inflação alta devido à h ipótese de neutralidade da mo eda no cu rto prazo. Falso, se a mo eda é neutra, não há motivo para os agentes guardarem dinheiro. Portanto, a hipótese considera a moeda apenas como meio de troca. Sendo assim, é preferível baixa inflação. 6) A reconstrução d a teoria quantitativa da moeda proposta por Friedman demonstra que a política monet ária não produz efeitos reais . Falso, a p olítica monetária é eficaz no curto prazo. 7) Segundo a visão Friedmaniana, ciclos econ ômicos decorrem da insuficiência de d emanda agregada. Falso, segundo Friedman, os ciclos ecônomicos decorrem de problemas do lado da oferta monetária. 14) Empregando os conceitos de curva de oferta agregada e de curva de Phillips, julgue as proposições: a) Conforme a curva de oferta de Lucas, somente o compon ente não -antecipado de u ma expansão monetária afeta o produto real. Verdadeiro, os agentes d evem ser surpreendidos por uma política monetária para esta surtir efeito. b) A política monetária exerce impacto real sobre o produto de longo praz o somente quando os agentes econômicos formam expectativas adaptativas. Falso, no longo prazo, a moeda é neutra tanto para monetarista, como para novos clássicos. c) Dado que os agentes formam expectativas racionais, o viés inflacionário d a p olítica monetária discricionária decorre da inconsistência intertemporal d o anúncio, por parte da autoridade monetária, de q ue perseguirá uma inflação baixa . Verdadeiro, existe a ideia de q ue a autoridade terá incentivo para se desviar da meta anunciada, criando um viés inflacionário, já que a surp resa monetária é capaz de f azer o produto desviar da taxa de longo prazo. d) No longo prazo, a possibilidade de que políticas ativas de ad ministração da demanda sejam utilizadas p ara reduzir a taxa de desemprego, trazendo -a p ara um nível inferior à taxa natural, independe do formato da curva de Phillips. Falso, no longo prazo, as políticas de administração da demanda (políticas fiscal e monetária) tendem a não alterar a taxa de desemprego da economia, de modo que a mesma permaneça na taxa natural. e) O custo, em termos de queda do produto real, de uma política econ ômica crível de redução da taxa de inflação é menor quando os agen tes econômicos formam expectativas racionais do que quando formam expectativas adaptativas. Verdadeiro, pois os agentes racionais possuem uma reação mais rápida ao custo dessa p olítica econômica. 15) Sobre o mercado de trabalho e a Curva de Phillips, pode-se afirmar que: a) O aumento da taxa de rotatividade no emprego tende a elevar a taxa natural de desemprego. Verdadeiro, tende a elevar o desemprego friccional. b) A adoção de políticas de seguro-desemprego tende a reduzir a taxa natural de desemprego. Falso, tende a aumentar o voluntário e talvez o friccional. d) A existência de uma taxa natural de desemprego implica que a curva de Phillips de longo prazo é horizontal. Falso, implica que a curva de Phillips de longo prazo é vertical. e)Como a hipótese de expectativas racionais não implica previsão perfeita, ela é compatível com a ocorrência de desvios da taxa de desemprego em relação a seu valor natural. Verdadeiro, essa é a proposição básica presente na curva de oferta de L ucas. 18) Considere uma economia descrita pelas seguintes equações: Curva de Phillips: πt - πt-1 = - (ut - 0,09) Lei de Okun: ut – ut-1 = 0,4 (gYt – 0,03) Demanda Agregada: gYt = gmt − π em que π é a taxa de inflação, u a taxa de desemprego, gYt a taxa de crescimento do produto e gmt a taxa de crescimento monetário. Com base nesse modelo, julgue as afirmativas: a) Os agentes têm expectativas ad aptativas. Verdadeiro, segundo a Curva de Phillips e os pressupostos monetaristas, os agentes têm expectativas adaptativas. b) A taxa natural de desemprego é de 3%. Falso, πt - πt-1 = - (ut - 0,09); 0 = - (ut - 0,09); ut = 0,09; 9% c) Sendo a taxa de desemprego igual à taxa n atural, a t axa d ecrescimento d o produto será de 3%. Verdadeiro, Pela lei de Okun vemos que: Ut -Ut -1 = 0, logo: 0 = 0,4 (gYt – 0,03); 0= 0,4g Yt -0,12; g Yt = 0,03; ou seja, o produto deverá crescer em 3%. d) Sendo a taxa de desemprego igual à taxa natural e sendo de 8% a t axa de inflação, a t axa de crescimento monetário será de 5%. Falso, gYt = gmt – π; 0,03 = gmt – 0,08; gmt = 0,11 = 11% e) Suponha que a taxa de desemprego esteja, inicialmente, em seu n í vel natural. Uma redução da taxa de crescimento monetário provoca um aumento da taxa de desemprego (acima d a taxa natural), mas esse movimento se reverte ao longo do t empo. Verdadeiro, é a chamada taxa de sacrifício. A desaceleração da inflação no longo pr azo está associada a u ma redução da produção de bens e serviços por um certo período, até que os agentes econômicos adaptem-se à nova realidade de formação de preços e reestruturem suas expectativas quanto à economia. Portanto, o custo social d o comba te à inflação é a re dução do crescimento e a elevação da taxa de desemprego. ② Para os Novos Clássicos, as mudanças na oferta de moeda afetam o produto no curto prazo apenas se os preços e salários são rígidos. Falso, n a verdade, um dos postu lados da teoria novo clássica é a hipótese de market clear, ou seja, os preços são perfeitamente flexíveis. Ⓞ Segundo os novos clássicos, a oferta aumentará se os produtores, interpretarem como um aumento do preço relativo de seus produtos o que é de fato um aumento geral de preços. Verdadeira, os novos clássicos acreditam nos agentes racionais. Curva de oferta de Lucas: Y = Y* + a(P-Pe). Um aumento em P, interpretado como um aumento de preços relativos, dado P esperados, induz os produtores a aumentar a produção. ① Segundo a abordagem de Friedman, curva de Phillips passa a explicar a aceleração da taxa de inflação (e não simp lesmente a t axa de inflação). Verdadeira, a aceler ação da inflação decorre da correção das expect ativas e incorporação da mesma nas novas negociações dos agentes. Teoria Macroeconômica II – Noturno Professora: Maria Isabel Busato Monitor: Ygor Freire 1º semestre de 2015 Terceira lista de monitoria – Consumo e escolha intertemporal 01 - (ESAF/AFC-STN/2000) - Considere o consumo das famílias e os gastos do governo num modelo de escolha intertemporal de 2 períodos: presente e futuro. Suponha que as decisões de consumo das famílias possam ser expressas a partir da seguinte equação, também conhecida como restrição orçamentária intertemporal das famílias num modelo de 2 períodos: C1 + C2/(1 + r) = (Q1 - T1) + (Q2 - T2)/(1 + r) onde (para i = 1,2): Ci = consumo no período i; Qi = produção no período i; Ti = impostos no período i; r = taxa real de juros. Suponha ainda que o governo se depare com a seguinte restrição orçamentária intertemporal: G1 + G2/(1 + r) = T1 + T2/(1 + r) onde (para i = 1,2): Gi = gastos do governo no período i Podemos afirmar então que: a) um corte nos impostos no presente tem maiores efeitos no consumo futuro, caso es te corte não seja acompanhado por alterações no padrão de gastos do governo b) um corte nos impostos no presente com certeza altera o consumo presente, independente de alterações no padrão de gastos do governo no presente e futuro c) um corte nos impostos no presente atua no modelo de escolha intertemporal como no modelo keynesiano: o consumo é estimulado pelo aumento da renda disponível d) se o governo corta os impostos no presente sem que ocorram alterações no padrão de seus gastos, presente e futuro, tanto o consumo presente quanto futuro ficam inalterados e) um corte nos impostos não causa alterações no consumo, já que, em um modelo de escolha intertemporal, o consumo é exógeno Letra D. Vamos cortar T1 em x. Se G1 e G2 permanecem constantes, podemos afirmar que T2 aumenta em x*(1 + r). Substituindo essas alterações na primeira equação, podemos observar que C1 e C2 não se alteram. A letra c) está errada pois o modelo de consumo intertemporal vem substituir o modelo keynesiano de consumo, quebrando alguns paradigmas, como por exemplo o fato de Keynes supor que a propensão média a consumir era decrescente. Ou seja, um corte nos impostos não gera impacto no consumo, uma vez que o governo irá aumentar, no futuro, tributos para compensar esse déficit (equivalência ricardiana), levando o consumidor racional a não consumir. No entanto, se o governo altera seu padrão de gasto futuro (cobrindo o déficit com com excesso de arrecadação, por exemplo), o corte presente terá efeito sobre o consumo. 02 - (ESAF/AFC-STN/2000) - Considerando o modelo de escolha intertemporal de consumo da questão anterior e a existência de estruturas de preferências, representadas por curvas de indiferenças tradicionais, uma elevação nas taxas de juros apresenta dois efeitos: renda e substituição. Supondo que a família é poupadora no presente e que o consumo seja de bens normais, podemos afirmar que: a) os efeitos necessariamente se anulam, já que a família é poupadora b) pelo fato da família ser poupadora, somente o efeito renda é relevante c) tanto o efeito renda quanto o efeito substituição tendem a elevar o consumo nos dois períodos d) tanto o efeito renda quanto o efeito substituição reduzem o consumo no primeiro período e aumentam o consumo no segundo período e) o e feito renda tende a atuar no sentido de aumentar o consumo nos dois períodos ao passo que o efeito substituição tende a reduzir o consumo no primeiro período e aumentá-lo no segundo período Letra E. Pelo efeito-renda, o consumo aumenta em ambos os períodos. Se a família empres ta mais do que toma emprestado, uma taxa de juros maior eleva a renda pemanente. Já o efeito- substituição, o aumento da taxa de juros torna o consumo futuro mais barato e onera o consumo presente, desestimulando o consumo presente. 03 - (ESAF/AFRF – 2002) - Considere a seguinte equação, também conhecida como restrição orçamentária intertemporal de um consumidor num modelo de dois períodos: C1 + C2/(1+r) = (Y1 - T1) + (Y2 - T2)/(1+r) onde Ci = consumo no período i (i = 1,2); Yi = renda no período i (i = 1,2); r = taxa real de juros; Ti = impostos no período i (i = 1,2) Com base nesse modelo, é correto afirmar que a) as restrições de crédito pioram a situação do consumidor, independente de sua estrutura de preferências intertemporal. b) se vale a equivalência ricardiana, um aumento em T1 reduz o consumo no período 1. ) se o consumidor é poupador, um aumento na taxa real de juros eleva o consumo no segundo período. d) no equilíbrio, o consumidor irá escolher consumir nos dois períodos quando a taxa marginal de substituição intertemporal for igual a zero. e) Se Ti = 0 (i = 1,2) a restrição orçamentária intertemporal apresentada se reduz à função consumo keynesiana. 04- (ESAF/AFC-STN/1997) - Suponha um consumidor que pode escolher comprar um bem hoje ou amanhã. O consumidor tem uma renda fixa nos dois períodos. Se ele consumir hoje um valor menor que sua renda hoje, a diferença é aplicada e rende juros, que pode aumentar seu consumo amanhã. Se, por outro lado, ele consumir hoje um valor maior que sua renda, ele pode tomar a diferença emprestada, e pagar juros por ela amanhã, diminuindo seu consumo amanhã. Indique a afirmação falsa dentro deste contexto. a) Um aumento da taxa de juros terá o efeito de reduzir o consumo presente relativamente ao consumo futuro. b) A riqueza total do consumidor hoje é expressa pela sua renda hoje, mais sua renda amanhã descontada pela taxa de juros. c) Um aumento da taxa de juros terá o efeito de aumentar o consumo presente relativamente ao consumo futuro. d) Se existe inflação entre hoje e amanhã, o valorda taxa de juros relevante para calcular a riqueza do consumidor hoje deve levar em conta esta alteração dos preços. e) Se o consumidor consome hoje exatamente a renda que recebe hoje, uma alteração na taxa de juros pode levá-lo a decidir consumir hoje menos que esta renda que recebe hoje. 05 – (ESAF/AFC/STN-2002) - Considere um modelo de escolha intertemporal de dois períodos com restrição de crédito. Considere três "tipos" de consumidores com os seguintes perfis: • Consumidor tipo I - prefere poupar no primeiro período; • Consumidor tipo II - prefere consumir exatamente o que a renda permite em cada período; • Consumidor tipo III - prefere ser devedor no primeiro período. Considerando que o consumidor é racional e possui curva de indiferença intertemporal com concavidade voltada para cima, é correto afirmar que: a) as restrições de crédito não têm influência sobre os três consumidores já que a curva de indiferença intertemporal é "bem comportada". b) as restrições de crédito só afetam o bem-estar do consumidor III. c) as restrições de crédito afetam o bem-estar dos três tipos de consumidores. d) as restrições de crédito reduzem o consumo no segundo período para os três tipos de consumidores. e) somente o consumidor II não é afetado pelas restrições de crédito. 06 - (ESAF/Analista de Comércio Exterior/2002) - Considere o seguinte modelo de consumo: C1 = - C2/(1 + r) + (Y1 - T1) + (Y2 - T2)/(1 + r) Onde: C1 = consumo no período 1; C2 = consumo no período 2; Y1 = renda no período 1; Y2 = renda no período 2; T1 = impostos no período 1; T2 = impostos no período 2; r = taxa de juros. Com base neste modelo, é incorreto afirmar que: a) o consumo no período 1 depende da renda nos dois períodos. b) alterações na taxa de juros não alteram o consumo no período 1. c) se o consumidor depara com uma curva de indiferença intertemporal com concavidade voltada para cima, as restrições de crédito podem piorar o seu bem -estar. d) a equação apresentada é conhecida como restrição orçamentária intertemporal do consumidor em um modelo de dois períodos. e) desde que exista um sistema eficiente de poupança e crédito, o consumidor pode consumir mais no primeiro período do que a sua renda permite neste período. 07 – (ANPEC 1995) - Indique se as proposições abaixo são falsas ou verdadeiras: (1) De acordo com as teorias de consumo voltadas para o futuro, o anúncio de uma futura redução de impostos não aumentará o consumo corrente. Falso, o anúncio crível da redução nos impostos leva os consumidores a recalcular sua renda permanente afetando o consumo ao longo da vida. (2) Segundo a função consumo Keynesiana simples, a propensão marginal a consumir de curto prazo é maior que a propensão marginal a consumir de longo prazo. Falso, a função de Consumo Keynesiana não faz uma distinção entre a propensão marginal a consumir de curto prazo e propensão marginal a consumir de longo prazo. Na Análise Keynesiana, a renda disponível corrente é o principal determinante do consumo agregado: quanto maior a renda, maior tende a ser o dispêndio das famílias em consumo, mas este tende a crescer menos que o aumento da renda. A relação entre a renda e o consumo é dado pela propensão marginal a consumir, definida como a proporção de unidades monetárias adicionais destinadas ao consumo. Segundo o que Keynes chama de “lei Psicológica fundamental”, a propensão marginal a consumir estaria entre zero e um, significando que as pessoas aumentam o consumo quando a renda se eleva mais não na mesma proporção. 08 – (ANPEC 2006) - Determine o valor da poupança de um consumidor dadas as seguintes informações: função utilidade: U = , em que 0 c é o consumo presente e 1 c , o consumo futuro; a renda é de $100 no presente e de $50, no futuro; a taxa de juros de mercado é 0%; e não há imperfeições no mercado de crédito. Y0 =$ 100 Y1=$ 50 Juros = 0 U= - Sabemos que a poupança no período 1 é igual a S0 =Y0-C0 →Substituindo a renda Y0 na fórmula : Co= 100–S0 - No 2º Período o consumo é dado por C1= (1+r)S +Y1; Temos que a taxa de juros é zero e Y1=50 C1= (1+0) S +50=> C1=S +50 U= Para determinar a poupança: MAX ln (100 – S) + ln (S + 50) ln (100-S)=1/(100-S) ; ln (S-50)= 1/(S+50) (s)-1/(100-S) + 1/ (S+50)=0 S+50 =100 -S 2S=100 -50 S=50/2= 25
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