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ANALISE CRITICA DO FILME HISTÓRIA DA SAUDE PUBLICA NO BRASIL

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ANALISE CRITICA DO FILME – HISTÓRIA DA SAUDE PUBLICA NO BRASIL
O filme Políticas de saúde pública no Brasil – um século de luta pelo direito à saúde, mostra a evolução da saúde pública do Brasil e como ela ocorreu associada à história política e econômica do país. Sua narrativa central mostra como a saúde era considerada no século XX, uma responsabilidade particular de cada cidadão e como ao longo do século se tornou um direto de todos.
O filme inicia no ano de 1900 mostrando que apenas as pessoas ricas conseguiam arcar com os custos da saúde, enquanto a população pobre ficava a mercê dos serviços e saúde filantrópicos de instituições religiosas. No entanto, com o surto de várias epidemias como, febre amarela, malária, varíola e cólera nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo houve a necessidade de intervenção pública para combatê-las.
Em 1904 o presidente da República nomeia Oswaldo Cruz como diretor do departamento nacional de saúde pública, criando o controle epidemiológico e liderou a reforma sanitarista brasileira, que tinha como objetivo sanear as cidades e garantir as exportações agrícolas. Estabeleceram então, a vacina contra a varíola obrigatória. Essa medida não foi bem aceita pela população da cidade do Rio de Janeiro, então deu-se início ao que ficou conhecido como a revolta da vacina. Em 1918 a gripe Espanhola chega ao Brasil, causando muitas mortes.
Em 1930 Getúlio Vargas toma posse e implanta a centralização e unificação da saúde criando os IAP’S, em substituição dos CAP’S, e os recursos dos mesmos foram usados pelo governo para o desenvolvimento da industrialização do Brasil. Esse sistema acabou enaltecendo as desigualdades sociais em saúde, pelo fato de que só quem trabalhava tinha acesso à saúde. Em 1942, foi criado o SESP (serviço especial de saúde pública) com o objetivo implantar ações de combate a malária na Amazônia e proteger os “soldados da borracha” que extraíram o látex, no qual era de extrema importância para os americanos. Em seguida, Getúlio vargas criou o ministério da saúde, que tinha como objetivo fortalecer a medicina preventiva. O ministério da saúde implantou clínicas e sanatório especializados para doenças graves como tuberculose, lepra e hospícios.
Nos anos 50, Juscelino kubitschek é eleito e ocorre a implantação da indústria automobilística e a construção de Brasília. Os anos 60, a ditadura militar foi um período de censura da mídia, pessoas sendo torturadas, aumento da mortalidade infantil e desmonte da saúde pública. Nessa época também houve a unificação do sistema previdenciário em instituto nacional de previdência social (INPS), a extensão da previdência social aos trabalhadores rurais, o financiamento de hospitais privados e a censura à informação sobre epidemias. Nos anos 70, as comunidades, estudantes e sanitaristas se reúnem para reivindicar a criação de saúde pública gratuita, centros de saúde, creches e melhor atendimento social. Em 1980 os IAP’S tornam-se falido e o movimento popular da saúde ganha forças pelo Brasil.
Em 1986 na conferência nacional de saúde, os trabalhadores de saúde e gestores se unem aos movimentos sociais na busca de um Sistema único de saúde, público e de qualidade para todos, tendo como princípios a universalidade, integralidade, equidade e a participação social, e assim a saúde passa a ser um direito e não um privilégio, favor ou caridade. Em 1990 o sus é regulamentado e aprovado a lei 8.080. Em 1995, o ministério da saúde cria o programa Saúde da família (PSF) e o Programa de agentes comunitários (PACS). Em 2006 foi criado o Pacto pela vida, que define prioridades e metas a serem alcançadas nos municípios, regiões, estados e país.
A jornada do Brasil em busca de um Sistema Único de saúde perdurou por mais de um século. Quando comparamos o sistema de saúde antes e o atual percebemos que mudou muito, no entanto, o sus ainda está longe de ser o que todos idealizaram, pois a realidade mostra grandes filas em hospitais, demoras nos serviços e desvios de dinheiro público. Apesar disso, dentre as políticas públicas que existem no Brasil, o sus é uma das poucas que saíram realmente do papel. Não podemos esquecer que o sus nasceu de movimentos sociais que nós criamos, e devemos sempre cobrar dos nossos governantes melhorias desse sistema.
O filme cumpre com o objetivo de contar 100 anos da história da saúde pública em pouco mais de 60 minutos, no entanto a forma como os fatos são representados e as passagens de tempo torna-se um pouco confuso o entendimento.

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