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Figura - Armadura do motor D.C. Figura – Estator do motor D.C CARACTERÍSTICAS DE CAMPO "Campo magnético estacionário, produzindo um fluxo constante no espaço. O rotor contém os condutores que transportam corrente e sobre os quais reage o campo magnético para produzir o conjugado eletromagnético". 11 O campo magnético estacionário é produzido pela (s) bobina (s) de campo que ficam no estator (parte fina) do motor. Nos motores Shunts este campo é produzido pela bobina shunt, já nos motores série pela bobina série. Figura – Motor D.C. elementar CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DAS MÁQUINAS D.C Fisicamente, o motor D.C. é idêntico ao gerador D.C.. Na verdade, a mesma máquina pode ser usada intercambiavelmente como motor ou gerador. Quando a máquina é usada como gerador, o conjugado magnético é desenvolvido pelos condutores de armadura, opondo-se ao conjugado de propulsão do motor primário. Quando a máquina é usada como motor o conjugado magnético desenvolvido é contrariado pelo conjugado da carga mecânica, impulsionada pelo motor. Como motor, a máquina tire vantagem do conjugado magnético desenvolvido e sua saída pode ser considerada como sendo conjugado e velocidade. O rotor consiste de: 1. Eixo da armadura - imprime rotação à armadura, enrolamentos e comutador conectado ao eixo. 2. Núcleo da armadura - construído de lâminas de aço a fim de prover uma baixa relutância entre os Pólos. O núcleo contém ranhuras axiais na sua periferia. 3. Enrolamento da armadura - constituído de bobinas, isoladas entre si e do núcleo. Os terminais das bobinas são eletricamente ligados ao comutador. 4. Comutador - O qual providencia o chaveamento para o processo de comutação. O comutador consiste de segmentos de cobre isolados entre si e do eixo. O rotor das máquinas D.C. têm as seguintes funções: (1) Permite rotação para ação geradora ou ação motora; (2) Produz a ação de chaveamento necessária para comutação; (3) Contém os condutores que produzem o torque eletromagnético; (4) Propicia uma faixa de baixa relutância para o fluxo. O estator da máquina D.C. consiste de: Daqui deduz que Tm fica: 12 1 - Carcaça - Estrutura de aço, ferro fundido ou laminado que serve não só para suporte do rotor como também providencia uma faixa de retorno do fluxo do circuito magnético criado pelos enrolamentos de campo. 2 - Enrolamentos de campo - Consiste de espiras cujos Amperes-Espiras (Ae) produzem força magnetomotriz que geram f.e.m ou uma força mecânica. 3 - Pólos - Constituído de ferro laminado aparafusados e na sua extremidade é formada uma sapata afim de distribuir o fluxo uniformemente. 4 - Interpólos - Estão localizadas na região interpolar, entre os pólos principais. É ligado em série com o circuito de armadura de modo que a f.e.m produzida pelo mesmo seja proporcional à corrente de armadura. - CARACTERÍSTICAS DE REGIME DOS MOTORES D.C. - Momento eletromagnético (Torque) Para um motor sob tensão V, corrente de armadura Ia e uma rotação N, em cada condutor de comprimento l', percorrido pela corrente ia e sujeito a um campo Bx, constante ao longo desse condutor, surgirá uma força eletromagnética de interação Fx dada por; Fx = Bx.l'.ia com o mesmo sentido que N. No eixo do motor cria-se, então, um momento dado por; Tm fx Da= 2 Tm Bx l ia Da= . ' . 2 ia Ia a = φKIaTm = Veja, portanto, que o torque eletromagnético produzido no rotor do motor é função da corrente de armadura (corrente que percorre os condutores do rotor) e o campo no qual está inserido este rotor. - FORÇA CONTRA-ELETROMOTRIZ OU TENSÃO GERADA NO MOTOR Ia + V εc - _ Figura – Motor D.C. 13 Nos motores de corrente contínua a armadura em movimento, é percorrida por uma corrente (Ia) e ao mesmo tempo está no interior de um campo magnético de densidade B, produzido pelo enrolamento de campo. Nessa armadura será induzida uma F.e.m ( força eletromotriz ), cujo efeito produzido por esta, será oposto ao da corrente Ia (Lei de Lenz) e conseqüentemente à tensão terminal V, que alimenta a armadura. Com base nisto esta F.e.m induzida , é denominada de força contra-eletromotriz (f.c.e.m.) e representada por Ec. O circuito da fig.7 pode, então, ser representado por: Ia + V εc _ Figura – Circuito simplificado do motor D.C. Existem vários caminhos para se chegar à equação da f.c.e.m.mostraremos um caminho simples e aplicativo. Lembramos da relação Ec = Bxl`v, que nos dará a f.e.m por condutor. A velocidade v = πDaN, onde Da é o diâmetro da armadura e N é a velocidade em ciclos/segundo. * Lei de Faraday - todo condutor, percorrido por corrente elétrica e sujeito à variação de um campo magnético, tem induzida em seus terminais uma tensão, denominada força eletromotriz induzida ( f.e.m ). ** Lei de Lenz - A corrente induzida tem um sentido tal que seu efeito se opõe ao sujeito da causa que lhe deu origem. l' é o comprimento ativo do condutor, ou seja, à parte do condutor que está no interior do campo Bx. Como a armadura possui Nc condutores e p pares de pólos a força eletromotriz total induzida na armadura será: NDal p NcBmedEc ..'.. 2 . π= onde, Bmed p D = 2 φπ logo , NKEc ...φ= ou seja, P.S.: A força eletromotriz induzida na armadura é proporcional à intensidade do campo de excitação e a velocidade do motor. Porque esta f.e.m chama-se força contra-eletromotriz? Retornaremos ao modelo de circuito mostrado na fig. abaixo. 14 Ia + V εc - _ Figura – motor D.C. Caso o motor não fosse alimentado pela tensão V a fem Ea, induzida na armadura criaria uma corrente na direção dos terminais da máquina. Como o motor é alimentado com uma tensão V, superior a fem Ea a corrente resultante Ia, é no sentido contrário, entrando na armadura, porém o efeito da fem Ea é contrário ao da tensão terminal V, daí a mesma passa a ser chamada de força contra-eletromotriz (fcem = Ec). VELOCIDADE DOS MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA. Vamos expandir um pouco mais nosso modelo da fig. 5. Por este modelo temos que V = Ea o que nos daria corrente de armadura nula ( Ia=0 ), portanto não teríamos torque desenvolvido no eixo do motor ( Tm = K.Ia.0 ). Sabemos, no entanto, que isto não é verdade tanto é que o motor gira a uma certa velocidade. Se o motor gira é porque existe uma diferença entre a tensão terminal ( V ) e a f.c.e.m. ( Ec ) resultando numa corrente de armadura ( Ia ). Como já sabemos que, para a máquina funcionar como motor a tensão V deve ser superior a fcem Ec, temos: V = Ec + ∆V Quem é então essa diferença ∆V? Essa diferença de tensão é