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REVISÃO N1 Monitoria SOI I Mariana Bleza AULAS 01 E 02 CÉLULA - Unidade estrutural e funcional básica de todos os organismos; - Dividida em núcleo, membrana e citoplasma. - Núcleo: envia mensagens para a célula crescer e amadurecer, replicar ou morrer (armazena o material genético). É recoberto pela carioteca. - Membrana plasmática: - Bicamada lipídica + proteínas + carboidratos; - Modelo do mosaico fluido; - Proteínas integrais x periféricas; - Camada externa: glicocálice – proteção, reconhecimento e adesão. FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA: • Manutenção da integridade estrutural da célula • Controle da entrada e saída de substâncias na célula – permeabilidade seletiva • Regulação de interações célula-célula • Reconhecimento, através de receptores, de antígenos e células estranhas, bem como de células alteradas • Interface entre o citoplasma e o meio externo • Estabelecimento de sistemas de transporte para moléculas específicas • Transdução de sinais físicos e químicos extracelulares em eventos intracelulares MECANISMOS DE TRANSPORTE: MECANISMOS DE TRANSPORTE: DUPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO ANATOMIA DO CORAÇÃO - Localização mediastinal; - Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática); - Sulcos (atrioventricular e interventriculares); - Cavidades e aurículas; - Grandes vasos; - Pericárdio; - Septos; - Músculos pectíneos; - Fossa oval; - Válvulas; - Músculos papilares e cordas tendíneas; - Valvas; - Esqueleto fibroso. - Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais → nó atrioventricular → feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje). - Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio); - Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; Localização mediastinal / Faces (esternocostal, pulmonar e diafragmática) / Sulcos (atrioventricular e interventriculares) / Cavidades e aurículas / Grandes vasos / Pericárdio / Septos / Músculos pectíneos / Fossa oval / Válvulas / Músculos papilares e cordas tendíneas / Valvas / Esqueleto fibroso / Sistema de condução (nó sinusal → fibras internodais→ nó atrioventricular→ feixe de his → ramos direito e esquerdo → fibras de purkinje) / Camadas (endocárdio, miocárdio e epicárdio) / Ápice x Base; VÍDEO 1 Monitoria – SOI I Mariana Bleza Revisão do Sistema Cardiovascular HISTOLOGIA DO CORAÇÃO Diferença de espessura entre as câmaras; Presença das aurículas nos átrios; ENDOCÁRDIO: - Camada + interna; - Formada por 3 subcamadas: endotélio + subendotélio + subendocárdio (onde estão as fibras de Purkinje); MIOCÁRDIO: - Tecido muscular estriado cardíaco; - Muito vascularizado. EPICÁRDIO: - Camada de mesotélio + tecido conjuntivo frouxo, que pode ter células adiposas. O MIOCÁRDIO DOS VENTRÍCULOS É MAIOR QUE O DOS ÁTRIOS; ENTRE ÁTRIOS E VENTRÍCULOS, O LADO ESQUERDO É SEMPRE MAIS ESPESSO QUE O DIREITO; DISCOS INTERCALARES: “Junções GAT”; Eles permitem a comunicação e adesão entre as fibras musculares. IRRIGAÇÃO E DRENAGEM POTENCIAL DE AÇÃO: O QUE É? Algumas células do nosso corpo possuem diferença de voltagem entre o meio interno e o meio externo; Em repouso → dentro é negativo e fora é positivo → POTENCIAL DE REPOUSO → - 70mV Em repouso → Na fora e “Cá” Dentro (Na+ / K+) Quem mantém o Na+ fora e o K+ dentro? A bomba de sódio e potássio! POTENCIAL DE AÇÃO ou IMPULSO NERVOSO Estímulo → Abertura dos canais de Na+ → Interior menos negativo até chegar ao limiar (- 50mV) → Abertura de mais canais de Na+ → Alta permeabilidade ao sódio → Despolarização → Interior mais positivo → Fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+ → K+ vai pra dentro → Repolarização → Entra mais K+ do que tinha antes (Hiperpolarização – fechamento tardio) → A bomba de sódio e potássio trabalha para reposicionar os íons na posição inicial → Potencial de repouso. LEI DO TUDO OU NADA. E NO CORAÇÃO? EXISTEM DUAS CÉLULAS DIFERENTES: OS MIÓCITOS (CONTRÁTEIS) AS CONDUTORAS (NÃO CONTRÁTEIS) E O POTENCIAL DE AÇÃO EM CADA UMA É DIFERENTE! VAMOS VER UMA DE CADA VEZ... POTENCIAL DE AÇÃO NOS MIÓCITOS - O potencial de repouso dos miócitos é em torno de -90mV; - Os miócitos só despolarizam se forem estimulados (assim como todo músculo); - Como o potencial de ação se propaga pelo músculo? Pelos discos intercalares que acabamos de ver! DE ONDE VEM O ESTÍMULO? Das células marca-passo, que estão no nó sinusal! Estímulo → Abertura de canais de Na+ voltagem-dependentes → Influxo rápido de sódio para dentro da célula → Rápida despolarização → Pico da voltagem → Fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+ → Isso resulta numa pequena diminuição da voltagem → Repolarização precoce. O estímulo também abre canais de Cálcio, que são mais lentos! O cálcio entra na célula devagar, mas constante. Nessa fase, o K+ continua entrando na célula, mas é equilibrado com o Cálcio saindo, já que os seus canais ainda estão abertos → Potencial de membrana estável → Platô! À medida que os canais de Ca++ se fecham,o influxo de potássio predomina → Repolarização! Por que o cálcio é importante? Ainda vamos ver.... ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO - Mecanismo pelo qual o potencial de ação promove a contração das miofibrilas; Potencial de ação → Túbulos transversos → Abertura do retículo sarcoplasmático → Liberação de cálcio para o sarcoplasma → Contração muscular. - Duas origens do cálcio: MEIO EXTRACELULAR + RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO. - Após a contração, o cálcio tem que sair da célula: ele volta tanto para o retículo (pela Ca++ATPase) quando para fora da fibra muscular (pela Na+K+ATPase). - Receptor do túbulo T → DIH (dihidropiridiníco); • Voltagem-dependentes → Ativados com a despolarização; - Receptor do retículo sarcoplasmático → Canal de Rianodina; - O Ca++ volta pela SERCA, por transporte ativo; - A SERCA é ativada pela proteína FOSFOLAMBAM. - Sistema Nervoso Simpático: • A noradrenalina atua nos canais de Rianodina, que passam a liberar mais Ca++; • Como contrai com mais força e mais rápido, tem que relaxar mais rápido também; • Dessa forma, a noradrenalina também aumenta a atividade da Fosfolambam. Monitoria – SOI I Mariana Bleza Revisão do Sistema Cardiovascular POTENCIAL DE AÇÃO NAS CONDUTORAS - Capacidade de autoexcitação = Marca passo; - Cada disparo de potencial induz uma contração; - Controlam a frequência cardíaca! Canais de Na++ abertos lentamente (vazamento de Na+) → Leve influxo de Na+ → Despolarização até - 40mV → Abertura dos canais de Ca++ → Surgimento do potencial de ação → Fechamento dos canais de Na+ e Ca++ e abertura dos canais de K+ → Efluxo de potássio → Hiperpolariação → Abertura dos canais de Na+. FORMAM UM CICLO! - Não existe um potencial de repouso verdadeiro → Nessa fase, os canais de Na+ estão abertos. - Corrente If → A entrada de sódio é ativada pela REPOLARIZAÇÃO, e não pela despolarização (como nas outras células) → Isso garante o automatismo. Monitoria – SOI I Mariana Bleza Revisão do Sistema Cardiovascular ELETROCARDIOGRAMA CICLO CARDÍACO CONCEITOS IMPORTANTES: - Sístole e diástole; - Sangue venoso e arterial; - Abertura e fechamento valvares; - PRÉ CARGA E PÓS CARGA; - Viscosidade sanguínea; - Volume sistólico final; - Volume diastólico final; - Débito sistólico; - Débito cardíaco = Retorno venoso; DC = FC x DS REGULAÇÃO DO CICLO CARDÍACO: INTRÍNSECA = Mecanismo de Frank-Starling; EXTRÍNSECA = Inervação simpática e parassimpática / hormônios / estresse / temperatura EMBRIOLOGIA CARDÍACA PRINCIPAIS PONTOS: - Primeiro sistema a ser formado; - Origina-se do mesoderma lateral esplâncnico; - Inicia-se como uma estrutura tubular; - Células da esplancopleura → Cordões angioblásticos → Formação de dois tubos cardíacos endocárdicos → Dobramento lateral → Tubo endotelial → Diferenciação muscular → Tubo cardíaco primitivo. - Bulbo cardíaco / Ventrículo primitivo / Seio Venoso / Átrio primitivo; - Dobramento; - Septações (principalmente a atrial – forame oval); - Formação das valvas (coxins endocárdicos); Monitoria – SOI I Mariana Bleza Revisão do Sistema Cardiovascular Monitoria – SOI I Mariana Bleza Revisão do Sistema Cardiovascular Circulação fetal x Neonatal3 shunts: ducto venoso forame oval ducto arterioso DEFEITOS CONGÊNITOS 1. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL 2. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR 3. TETRALOGIA DE FALLOT 4. ESTENOSE AÓRTICA RELEMBRANDO OS SOPROS ESTENOSE → VÁLVULA SEMPRE “FECHADA” INSUFICIÊNCIA / INCOMPETÊNCIA / REGURGITAÇÃO→ VÁLVULA SEMPRE “ABERTA” VASOS SANGUÍNEOS ARTÉRIA→ ARTERÍOLA→ CAPILARES → VÊNULAS → VEIAS É BOM LEMBRAR: • TÚNICA ÍNTIMA: Endotélio + Camada subendotelial. • TÚNICA MÉDIA: Tecido muscular liso. • TÚNICA ADVENTÍCIA: Tecido conjuntivo. QUAIS SÃO OS VASOS MAIS RESISTENTES? Artérias QUAIS SÃO OS VASOS MAIS CAPACITANTES? Veias QUAIS VASOS OFERECEM A MAIOR RESISTÊNCIA PARA O FLUXO SANGUÍNEO? Arteríolas, pois estão sempre contraídas (tônus simpático). ATEROSCLEROSE 1. Irritante: excesso de lipídios (gordura e colesterol LDL); toxinas do cigarro; hipertensão crônica. 2. Endotélio danificado por esse irritante; a. Não importa quem danificou: quando o endotélio já está danificado, o colesterol se acumula abaixo dele → Camada de gordura; b. Quando se acumula, o colesterol se modifica (oxida) e acaba atraindo monócitos: eles começam a atacar o colesterol (transformam-se em macrófagos); c. Esse processo não é eficiente para eliminar o LDL, e os macrófagos transformam-se em células espumosas. d. Essas células espumosas liberam sinais inflamatórios (citocinas), que recrutam outros reforços; e. Enquanto isso, o LDL continua a se depositar no endotélio → O processo só vai aumentando. 3. Quando o processo vai se estendendo, as células do músculo liso começam a migrar para dentro da placa de gordura: a. Elas começam a formar uma “casca fibrosa”, isolando-a da corrente sanguínea; b. Além disso, as células espumosas induzem as células musculares a depositar cálcio nas placas: i. O Ca+ é muito resistente, deixando as artérias rígidas! Monitoria – SOI I Mariana Bleza Revisão do Sistema Cardiovascular HIPERTROFIA CARDÍACA FISIOLÓGICA CORAÇÃO DE ATLETA - REMODELAMENTO CARDÍACO (fisiológico x patológico); - Trabalho = Hipertrofia; - Atletas de resistência → Aumento do retorno venoso → Fibras em série → Hipertrofia excêntrica. - Atletas de força e potência → Aumento da pressão → Fibras em paralelo → Hipertrofia concêntrica. - F.C de atletas costuma ser baixa. - Não há redução do lúmen ventricular! - Associada à angiogênese (diferente da patológica); - NÃO HÁ PREJUÍZOS PARA A SAÚDE! EM ESTADO NORMAL: Débito cardíaco a partir do coração = Retorno venoso para o coração. RELEMBRANDO AS ARTERÍOLAS: - Músculo liso bem desenvolvido; - Local de maior resistência ao fluxo sanguíneo; - Músculo liso tonicamente ativo (sempre contraído); - Difusamente inervado por fibras simpáticas adrenérgicas; - Na maioria das arteríolas há predominância dos receptores a-1, que causam constrição, aumentando a resistência ao fluxo. Vasoconstrição: diminui o FS, aumenta a RP, aumenta a PA; Vasodilatação: aumenta o FS, diminui a RP, diminui a PA. FATORES QUE DETERMINAM A RESISTÊNCIA AO FLUXO: 1. VISCOSIDADE DO SANGUE: quanto mais viscoso, mais resistente. 2. COMPRIMENTO DO VASO: quanto mais comprido, mais resistente. 3. RAIO DO VASO: quanto maior o raio, menos resistente. A VARIAÇÃO DO RAIO DAS ARTERÍOLAS É O PRINCIPAL MEIO DE ALTERAR A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA! → Comparação com um canudo! ARTÉRIA FEMORAL: segunda maior artéria do corpo, localiza-se ao longo da coxa. Principal vaso que irriga os MMII. É uma continuação da ilíaca externa, e ramifica-se em profunda e superficial. ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA: irriga a região anterior da coxa. ARTÉRIA POPLÍTEA: continuação da femoral superficial, ramificando-se em tibial anterior e tronco tíbio-fibular. ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR: região anterior da perna e superfície dorsal do pé. ARTÉRIA FIBULAR: principal ramo da tibial posterior. MEMBROS INFERIORES Monitoria – SOI I Mariana Bleza APG 09 DRENAGEM VENOSA: Veias profundas e superficiais; Veias profundas acompanham artérias! Sistema venoso superficial: rede venosa superficial dorsal, redes venosas plantares, veias marginais, veias metatarsais → veia safena parva → veia poplítea e veia safena magna → veia femoral Sistema venoso profundo: veias digitais, veias metatarsais → arcos venosos profundos plantar e dorsal → veias tibiais (anterior, posterior) e fibulares (peroneais) → veia poplítea → veia femoral VEIA SAFENA: há duas veias safenas – magna e parva. Quando é dito apenas “Safena magna”, refere-se, normalmente à magna. - São as principais veias do sistema venoso superficial para onde drenam todas as pequenas colaterais; - Veia Safena Magna: localização medial, e drena para a femoral. - Veia Safena Parva: localização posterior, e drena para aveia poplítea. VEIA FEMORAL: acompanha a artéria femoral, é uma continuação da poplítea e se torna a ilíaca externa. APLICAÇÃO CLÍNICA - SAFENECTOMIA - É a retirada da veia safena, a fim de tratamento para varizes ou para obter enxertos venoso para o by- pass aortocoronariano (ponte de safena). - Podem ser retiradas as veias safenas magna e parva; - A sua retirada não é prejudicial à saúde, pois os vasos mais profundos suprem a drenagem; - Após a cirurgia, é comum ocorrer a formação de circulação colateral até drenar para a veia femoral. RETORNO VENOSO: As veias contraem e relaxam, e podem, portanto, armazenar pequenas ou grandes quantidades de sangue e torná-lo disponível quando necessário. VÁLVULAS VENOSAS: movimentação das pernas → contração muscular → veias comprimidas → sangue para o coração. FATORES PRINCIPAIS QUE AFETAM O RETORNO VENOSO: 1. Pressão atrial direita, que exerce força retrógrada sobre as veias para impedir o fluxo de sangue das veias para o átrio direito. 2. O grau de enchimento da circulação sistêmica, que força o sangue sistêmico em direção ao coração. 3. Resistência ao fluxo sanguíneo entre os vasos periféricos e o átrio direito. APLICAÇÃO CLÍNICA: VEIAS VARICOSAS - São veias superficiais dilatadas, dos membros inferiores. - A etiologia geralmente é desconhecida - Em alguns indivíduos, as veias varicosas resultam de insuficiência venosa crônica e hipertensão venosa. - As veias varicosas são comuns dentro de famílias, sugerindo um componente genético. - São mais comuns entre as mulheres, pois o estrógeno afeta a estrutura venosa, a gestação aumenta a pressão venosa de pelve e perna ou ambas; - Inicialmente, as veias varicosas podem ser tensas e palpáveis, mas não são necessariamente visíveis. Mais tarde, elas podem se dilatar progressivamente, provocar protrusão e tornarem-se óbvias; RELAÇÃO ENTRE DÉBITO CARDÍACO, RETORNO VENOSO E PRÉ-CARGA: PRÉ-CARGA RETORNO VENOSO DÉBITO CARDÍACO Membros superiores Toda a irrigação dos MMSS vem da artéria subclávia (troncos da aorta); O seu vai mudando à medida que passa por algumas regiões. ARTÉRIA SUBCLÁVIA → ARTÉRIA AXILAR → ARTÉRIA BRAQUIAL → ARTÉRIAS ULNAR E RADIAL. ARTÉRIA AXILAR: origina-se da subclávia na margem da primeira costela, e dá origem a seis ramos. ARTÉRIA BRAQUIAL: principal artéria do braço, origina-se na margem inferior do músculo redondo menor e termina na fossa cubital, formando a ulnar e a radial. ARTÉRIAS RADIAL E ULNAR: irrigam todo o antebraço (a radial lateralmente e a ulnar medialmente). ARTÉRIAS DA MÃO: formadas a partir da anastomose entre a radial e a ulnar, formando o arco palmar superficial e o arco palmar profundo. DRENAGEM VENOSA Da mesma forma que nos MMII, também há dois sistemas: o superficial e o profundo (este acompanha as artérias). VEIAS BASÍLICA E CEFÁLICA: principais veias superficiais do antebraço (a basílica é medial e a cefálica é lateral). VEIA BRAQUIAL → VEIA AXILAR → VEIA SUBCLÁVIA. DRENAGEM VENOSA PA = DC x RVP Todos os fatores que influenciam o débito cardíaco e a resistência vascular periférica vão afetar a PA. Se eu aumentar a RVP, obrigatoriamente aumento a PA? NÃO! ELES NÃO SÃO INDEPENDENTES. - A pressão arterial é a força motriz do fluxo sanguíneo; - A PAM deve ser mantida em níveis acima de 100mmHg; - Tenta manter a PA constante através da ação dos sistemas nervosos simpático e parassimpático no coração e nos vasos; - Existem barorreceptores no seio carotídeo e no arco da aorta, que enviam informações aos centros vasomotores cardiovasculares no tronco encefálico, que, numa situação de necessidade, comanda as alterações do sistema nervoso autônomo. BARORRECEPTORES: - Localizados no seio carotídeo e no arco aórtico; - Seio carotídeo são sensíveis a qualquer alteração da PA, arco aórtico são sensíveis ao aumento da PA; - São classificados como mecanorreceptores: • Sensíveis á pressão ou ao estiramento; - Embora eles estejam constantemente sensíveis aos valores da PA, eles são ainda mais sensíveis às variações da PA e à velocidade com que elas ocorrem. Dessa forma, o estímulo mais forte aos barorreceptores é a mudança brusca da PA. - Algumas patologias podem causar a diminuição da sensibilidade dos barorreceptores às variações de pressão: • É o caso da hipertensão arterial crônica; • A hipertensão, ao invés de ser corrigida pelos baro, ela é mantida, pois eles não veem a PA aumentada como anormal. REFLEXO BARORRECEPTOR Centros Cardiovasculares do Tronco Cerebral: - Localizados na formação reticular da medula e no terço inferior da ponte; - Funcionam de modo coordenado, recebendo as informações dos barorreceptores e mandando os estímulos necessários; - As informações dos baro são integradas no núcleo do trato solitário, que direciona-as para os centros cardiovasculares; - Fluxo eferente parassimpático: • Através do nervo vago, diminui a FC no nodo AS; - Fluxo eferente simpático: • Aumenta a FC no nodo AS (beta-1) • Aumenta a contratilidade (beta-1) • Aumenta a RPT por causar vasoconstrição das arteríolas (alfa-1) • Causa vasoconstrição venosa, para diminuir o volume não- estressado. Reflexo barorreceptor: REFLEXO DE BRAINBRIDGE (atrial) É o aumento na frequência cardíaca devido a um aumento na pressão venosa central. O aumento do volume sanguíneo é detectado por receptores de estiramento (receptores cardíacos ou barorreceptores cardiopulmonares) localizados em ambos os lados dos átrios nas junções venoatriais. O aumento do volume sanguíneo resulta no aumento do retorno venoso ao coração, o que leva ao aumento do disparo das fibras B. As fibras B enviam sinais para o cérebro (a via aferente da porção neural do reflexo de Bainbridge), que então modula as vias simpáticas e parassimpáticas para o nó SA do coração (a via eferente da porção neural do reflexo de Bainbridge) , causando um aumento na freqüência cardíaca. Tem relação com o estiramento do próprio nó sinusal! Impede o acúmulo de sangue nas veias, nos átrios e na circulação pulmonar. SINAIS VITAIS AVALIAÇÃO DO PULSO - Todos os pulsos palpáveis devem ser analisados, e, aqueles que for possível, analisar bilateralmente concomitantemente (exceto o carotídeo e o poplíteo, que não podem ser palpados ao mesmo tempo), para avaliar a simetria. - O pulso arterial reflete: 1. A presença ou ausência de alguma obstrução na artéria; 2. A força do ventrículo esquerdo; 3. A pressão arterial. - Quando falamos de pulso arterial, tratamos da força de sístole do V.E, da saúde da válvula aórtica e da pressão arterial. PULSO ARTERIAL X PRESSÃO ARTERIAL: quando o avaliador encontra dificuldade em colabar totalmente a artéria, possivelmente a P.A está alta. Se o avaliador conseguir colabar a artéria com facilidade, possivelmente a P.A está baixa. - As artérias devem ser palpadas sempre com os dedos indicador e médio,; não é recomendado utilizar o polegar pois ele tem pulsação própria, podendo ser confundida com a arterial avaliada. Os capilares linfáticos são mais permeáveis: removem proteínas, macromoléculas, gorduras, fragmentos de células, fragmentos de bactérias, resíduos do metabolismo (toxinas)... A linfa também possui células de defesa: LINFÓCITOS E MACRÓFAGOS. ESTRUTURAS DO SISTEMA LINFÁTICO - Vasos linfáticos que transportam a linfa; - Sistema aberto – tem começo e fim (diferente do cardiovascular, que é fechado); - Começa no espaço intersticial e termina na circulação venosa; - Composição da linfa: costuma ser parecida a do plasma, diferindo de acordo com o local de origem (intestinos, rins...) - Linfonodos, tonsilas, baço, medula, timo... SISTEMA LINFÁTICO CAPILARES LINFÁTICOS: - Formados por uma única camada endotelial; - As células endoteliais não se comunicam diretamente → “Válvulas rudimentares” → O líquido entra mas não sai → Capilares altamente permeáveis. - Possuem “fundo cego”; - Reunião de capilares → Vasoslinfáticos; - Maior calibre; - Possuem válvulas; - “Linfangions” → Músculo liso → Impulsiona a linfa; - Vasos se reúnem em troncos, que desembocam em ductos (torácico e linfático direito). - Cisterna do quilo: - Dilatação onde convergem vários troncos linfáticos: - Intercostais descendentes, intestinais e lombares; - Linfa com alto teor de gordura! - Ducto torácico: - Desemboca na junção entre a veia jugular e a veia subclávia esquerda; - Drena: membros inferiores, região abdominal, membro superior esquerdo, tórax esquerdo e face e pescoço esquerdos. - Ducto linfático direito: - Desemboca na junção entre subclávia e jugular direita; - Drena membro superior direito e cabeça e pescoço direitos. LINFONODOS OU GÂNGLIOS LINFÁTICOS: - Dilatações no caminho dos vasos linfáticos; - Contém linfócitos e macrófagos; - Passagem lenta → fagocitose e reconhecimento; - Linfonodomegalia (íngua); TONSILAS: - Grupos de linfonodos revestidos de tecido epitelial; - Locais estratégicos; - Tonsila palatina, tonsila lingual e tonsila faríngea. ÓRGÃOS DO SISTEMA LINFÁTICO: Medula óssea: - Produz células sanguíneas, incluindo linfócitos; - Os linfócitos são produzidos a partir de células tronco, e irão colonizar outros órgãos linfoides; - Local de amadurecimento dos linfócitos B (plasmócitos). Timo: - Local de diferenciação dos linfócitos T; - Cresce na infância e regride após. Baço: - Controle, armazenamento e destruição de células sanguíneas; - Linfócitos B em plasmócitos; Linfonodos e tonsilas! - O linfedema é um edema localizado que ocorre quando não há drenagem da linfa de uma área do corpo; - Por exemplo, se os linfonodos cancerosos forem removidos cirurgicamente da axila, pode haver linfedema do membro; - O principal sintoma é um inchaço que piora no final do dia; - Uma vez que se torna crônico, não é possível mais ser curado - A persistência dele favorece a deposição de Matriz Extracelular e fibrose, provocando um “endurecimento” da pele sobrejacente. Às vezes a perfusão insuficiente dos tecidos pode causar ulceração da pele; - Não é doloroso, mas provoca uma sensação de tensão e restringe a mobilidade. LINFEDEMA ETIOLOGIA: - Lesão ou remoção dos vasos/gânglios linfáticos: ➔ Alguns fatores que podem causar lesão: queimaduras, excesso de sal, ficar parado muito tempo na mesma posição, obesidade... - Obstrução do caminho da linfa; - Inflamações: maior formação de líquido do que as vias linfáticas podem transportar; - Infecções que afetam os vasos linfáticos → Desencadeiam lesões: ➔ Exemplo: erisipela. - Tumores → acúmulo de células cancerígenas nos gânglios; - Patologias, como a filariose, doença causada pelo parasita Filaria (elefantíase): • A nível Mundial, a filaríase é a causa mais frequente de linfedema. - Tratamento de radioterapia → Lesão dos vasos. - O linfedema de membro superior está muito relacionado ao câncer de mama: 20 a 25% das mulheres submetidas a cirurgia por câncer de mama desenvolverão linfedema. - INSUFICIÊNCIA LINFÁTICA DINÂMICA X MECÂNICA CLASSIFICAÇÃO: - PRIMÁRIO ou CONGÊNITO: ➔ Aparece por má formação do sistema linfático ou por sua total ausência; ➔ Ocorre antes dos 35 anos; ➔ Não há motivo que desencadeie o edema; ➔ Atinge quase sempre as pernas; ➔ Ele ainda pode ser subclassificado de acordo com a idade: o Congênito → antes dos 2 anos; o Precoce → entre 2 e 35 anos; o Tardio → após os 35 anos. - SECUNDÁRIO: ➔ É aquele que tem uma causa conhecida. REVISÃO N1 Monitoria SOI I Mariana Bleza AULAS 03 PLASMA: - Matriz fluida do sangue; - Água é o principal componente, depois as proteínas; - Albuminas são o tipo de proteína mais prevalente; - Proteínas plasmáticas: coagulação / defesa e imunidade / carreadoras. GLÓBULOS VERMELHOS ou ERITRÓCITOS: - Transporte de gases (oxigênio e gás carbônico); - Perdem seus núcleos no momento em que entram na circulação; GLÓBULOS BRANCOS OU LEUCÓCITOS: - Únicas células plenamente funcionais na circulação; - Fundamentais na resposta imune; - Circulam mas trabalham nos tecidos. - São eles: linfócitos, monócitos → macrófagos, neutrófilos, eosinófilos e basófilos → mastócitos; - Fagócitos (neutrófilos, monócitos e macrófagos); - Imunócitos (linfócitos); - Granulócitos (basófilos, eosinófilos e neutrófilos). PLAQUETAS: coagulação sanguínea. COMPOSIÇÃO DO SANGUE HEMATOPOESE - Começa no início do desenvolvimento embrionário e continua por toda a vida da pessoa; - Durante o desenvolvimento embrionário, ela acontece no saco vitelínico, fígado e baço; - Até os 5 anos de idade, ocorre em todos os ossos; - No indivíduo adulto: pelve, coluna vertebral, costelas, crânio e extremidades proximais de ossos longos. - Medula óssea vermelha: presença de eritrócitos; - Medula óssea amarela: presença de adipócitos. O QUE É MAIS IMPORTANTE? - Saber diferenciar linhagens mieloide e linfoide; - Saber como se formam as plaquetas; - Importância dos reticulócitos no hemograma; - Diferenciar granulócitos de agranulócitos; - “Blastos”; - Mielócitos. Controle da Hematopoese ERITROPOETINA (EPO): - O estímulo para a sua síntese e liberação é a hipóxia (pouco oxigênio nos tecidos); - A EPO estimula a síntese de eritrócitos, colocando mais hemoglobina na circulação para transportar oxigênio; - É produzida conforme a necessidade; - Altas altitudes; - Pessoas com doença renal grave ou que tiveram seus rins removidos e fazem hemodiálise desenvolvem anemia grave, como resultado da diminuição da produção de eritropoetina. HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO A coagulação é dividida em duas vias, que convergem para uma via comum! VIA INTRÍNSECA: - Início com a exposição do colágeno; - Usa proteínas já presentes no plasma; - O colágeno ativa a primeira enzima (fator XII). VIA EXTRÍNSECA: - Início com a exposição do fator tecidual (fator III); - O fator III ativa o VII, iniciando a via extrínseca. As duas vias convergem para formar a trombina, uma enzima que converte o fibrinogênio em fibrina. As fibras de fibrina permeiam o tampão plaquetário. A ativação dos fatores acontece com quantidades suficientes de Ca++ iônico. APÓS A REPARAÇÃO DO VASO: - A trombina age como um ativador de plasminogênio tecidual → ativação do plasminogênio em plasmina → fibriólise. PROTROMBINA E TROMBINA: - A protrombina é formada no fígado, com necessidade da vitamina K. - Falta de vitamina K e doença hepática impedem uma coagulação normal. - A vitamina K também participa da produção dos fatores II, VII, IX e X. - O fibrinogênio também é formado no fígado. O que impede que a coagulação não aconteça infinitamente? As células endoteliais liberam anticoagulantes. Heparina e Antritrombina III → bloqueiam os fatores ativos IX, X, XI e XII. HEMOFILIA: - Distúrbio da coagulação mais conhecido; - Um dos fatores da cascata é defeituoso ou ausente; - Hemofilia A → deficiência do fator VIII (recessiva ligada ao sexo, muito mais comum em homens). Proteínas globulares e fibrosas PROTEÍNAS GLOBULARES Polipeptídeos firmemente dobrados em forma de “bola” e solúveis em água enzimas albuminas (transporte) hemoglobina (transportador de oxigênio das hemácias) PROTEÍNAS FIBROSAS As proteínas fibrosas apresentam forma alongada, são geralmente insolúveis e desempenham um papel basicamente estrutural nos sistemas biológicos. colágeno (a principal proteína do tecido conjuntivo) queratina (cabelo, lã, escamas, unhas e penas) elastina (encontrada nos vasos sanguíneos) Estruturas das proteínas 1. Estrutura primária: A estrutura primária é a seqüência de aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica. A ordem exata dos aminoácidos em uma proteína específica é a estrutura primária dessa proteína. 2. Estrutura secundária: A estrutura secundária diz respeito aos padrões regulares e repetitivos que ocorrem localmente no enovelamento do esqueleto da proteína. Os dois arranjos locais mais comunsnas proteínas são a alfa-hélice e a beta-folha. Alfa-Hélice Numa alfa-hélice, o esqueleto polipeptídico se enrola em torno do eixo de uma hélice imaginária, no sentido horário. Beta-folha Na estrutura secundária denominada beta-folha, o esqueleto polipeptídico está quase completamente estendido. Os grupos R se alternam para cima e para baixo ao longo do esqueleto estendido. 3. Estrutura terciária: A estrutura terciária diz respeito à forma tridimensional específica assumida pela proteína como resultado do enovelamento global de toda a cadeia polipeptídica. 4. Estrutura quaternária: Muitas proteínas são constituídas por mais de uma cadeia polipeptídica. A estrutura quaternária descreve a forma com que as diferentes subunidades se agrupam e se ajustam para formar a estrutura total da proteína. HEMOGLOBINA - A principal função das hemácias é levar oxigênio dos pulmões para os tecidos; - Possui grande quantidade de anidrase carbônica, permitindo o transporte do CO2 na forma de íon bicarbonato – menos tóxico → Tampão ácido-base; - São discos bicôncavos; - São flexíveis de acordo com a espessura dos vasos que atravessam; FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA - Começa nos proeritroblastos até os reticulócitos; - Heme + Globina; - Existem cadeias alfa, beta, gama e delta; - A forma mais comum de hemoglobina no ser humano adulto é a Hemoglobina A (duas alfa e duas beta); - Cada hemoglobina transporta 4 moléculas de oxigênio; TIPOS DE HEMOGLOBINA: Metemoglobina. Se o componente ferro do domínio permanece no estado férrico, ou Fe3+ (em vez do estado normal Fe2+), a hemoglobina é chamada metemoglobina. A metemoglobina não se liga ao O2. A metemoglobinemia tem diversas causas, incluindo a oxidação do Fe2+ a Fe3+ por nitritos e sulfonamidas. Existe também variante congênita da doença na qual ocorre redução da metemoglobina redutase, enzima nos eritrócitos que, normalmente, mantém o ferro no seu estado reduzido. Hemoglobina fetal (hemoglobina F, HbF). Na hemoglobina fetal, as duas cadeias β estão substituídas por cadeias γ dando sua denominação de α2γ2. A consequência fisiológica dessa modificação é que a hemoglobina F tem maior afinidade por O2 do que a hemoglobina A, facilitando o movimento do O2 da mãe para o feto. A hemoglobina F é variante normal presente no feto, sendo substituída pela hemoglobina A no primeiro ano de vida. Hemoglobina S. A hemoglobina S é variante anormal da hemoglobina que causa a anemia falciforme. Na hemoglobina S, as subunidades α são normais, mas as β são anormais, recebendo a denominação. Na forma desoxigenada, a hemoglobina S forma eritrócitos distorcidos, em formato de foice. Essa deformação pode resultar na oclusão de pequenos vasos sanguíneos. A afinidade por O2 da hemoglobina S é menor que a afinidade da hemoglobina A pelo O2. ANEMIA FALCIFORME FISIOPATOLOGIA: → O aminoácido valina é substituído pelo ácido glutâmico em uma cadeia beta; → Quando essa hemoglobina modificada (hemoglobina S) é exposta a hipóxia, acidose ou desidratação, formam-se cristais alongados no interior das hemácias, que impossibilitam a passagem por capilares muito pequenos, podendo romper a membrana celular; → Anemia. → As células falciformes se enredam com outras células falciformes, à medida que passam pelos vasos menores, fazendo as células se aglomerarem e bloquearem o fluxo; → Dano aos tecidos e dor por hipóxia. GENÉTICA → Padrão autossômico recessivo; → A doença é causada por uma alteração do cromossomo 11. → Para que haja a anemia falciforme é necessário que a mãe e o pai tenham e transmitam o gene defeituoso. → Quando se recebe o gene defeituoso só de um dos pais, chamamos essa pessoa de portadora de traço falciforme. → Indivíduos heterozigotos da Hb S são assintomáticos e representados laboratorialmente por Hb AS. Esses indivíduos não apresentam a doença, nem possuem anormalidades no número e forma das hemácias, geralmente evidenciadas por análise de rotina; ANEMIA FALCIFORME (VÍDEO) https://www.youtube.com/watch?v=FBXcJN1ETa4 Proteção inicial e rápida Chamada de natural ou nativa Bloqueia a entrada de microrganismos. Primeira linha: barreiras epiteliais, células e antibióticos naturais presentes nos epitélios. Fagócitos, Linfócitos NK e Sistema-Complemento. Estimula a imunidade adquirida. Reconhecem diferentes classes. INATA ADQUIRIDA Defesa mais lenta, mas mais eficaz e especializada Chamada de específica ou adaptativa Requer a expansão e diferenciação de linfócitos “Se adapta à presença dos invasores” Formada pelos linfócitos e seus produtos, os anticorpos. Receptores específicos aos antígenos. Comumente usa o inato para eliminar os microrganismos (anticorpos + fagócitos). IMUNIDADE ADQUIRIDA HUMORAL CELULAR • Mediada pelos anticorpos, produzidos pelos linfócitos B. • Anticorpos encontrados na circulação e na mucosa. • Neutralizam e eliminam microrganismos extracelulares (sangue e lúmen de órgãos mucosos). • Não têm acesso aos patógenos que vivem e se multiplicam dentro das células. • Reconhecem várias moléculas: proteínas, carboidratos, ácidos nucleicos, lipídios... • Mediada pelos linfócitos T. • Alguns linfócitos T ativam fagócitos. • Outros linfócitos T destroem qualquer tipo de célula do hospedeiro que apresente microrganismos infecciosos em seu citoplasma. • Reconhece apenas antígenos proteicos. IMUNIDADE ATIVA PASSIVA • Imunidade induzida em um indivíduo pela infecção ou pela vacinação. • O indivíduo é exposto ao antígeno → Desenvolve uma resposta ativa. • Confere resistência a infecções posteriores. • Imunidade conferida a um indivíduo pela transferência de anticorpos ou linfócitos. • Só é capaz de combater a infecção durante o tempo de vida limitado dos anticorpos ou células transferidos. • Confere imunidade rapidamente. • Não produz resistência duradoura. • Exemplo fisiológico: recém-nascido (sistema imune imaturo, são protegidos pelos anticorpos maternos – placenta e leite materno). IMUNIDADE INATA: Nos portais de entrada: epitélios oferecendo barreiras físicas e químicas (defensinas e catelicidinas destroem bactérias) – lembrar que nos epitélios também encontramos linfócitos. Nos tecidos: macrófagos residentes, células dendríticas e fagócitod que produzem citocinas e iniciam a inflamação. - Neutrófilos: mais abundantes no sangue / primeiro tipo celular a responder / bactérias e fungos / ingerem-nos na circulação e migram para os tecidos / também são recrutados em tecidos danificados. - Monócitos: transformam-se em macrófagos no tecido / sobrevivem por longos períodos nos tecidos. No sangue: proteínas plasmáticas, incluindo as proteínas do sistema complemento. Vírus: produção de interferon tipo I e morte pelas células NK. SISTEMA COMPLEMENTO - Coleção de proteínas presentes na circulação que são importantes na defesa contra microrganismos, que circulam inativadas na circulação. - AMPLIAÇÃO. - Muitas dessas proteínas são enzimas, que ativam outras → Cascata enzimática, que pode ser ativada por 3 vias: 1. Via alternativa: - As proteínas do complemento são ativadas na superfície do microrganismo; - Não podem ser controladas (pois as reguladoras só existem em células humanas); - Componente integral da imunidade inata. 2. Via clássica: - Ativada depois que anticorpos opsonizam os antígenos; - Braço da imunidade humoral. 3. Via da lectina: - Ativada quando a MBL liga-se à manose na superfície dos microrganismos; - Ativa a via clássica – mas como não envolve anticorpos, também é apenas inata. - O principal componente é a proteína C3, que, quando fragmentada, formará o C3b, que se liga aos microrganismos e ativa o sistema complemento da superfície bacteriana. - AS TRÊS VIAS COMPARTILHAM DO MESMO DESFECHO! CONSEQUÊNCIAS: 1. O C3b reveste o microrganismo → Opsonização → Reconhecimento pelos fagócitos → Rápida ingestão e destruição. 2. Alguns fragmentos como o C5s e C3a são quimioatrativos → Recrutamleucócitos (neutrófilos e monócitos) → Inflamação no local da ativação do complemento. 3. A ativação do complemento culmina na formação de um complexo proteico (MAC) que se insere na membrana celular microbiana, perturbando a permeabilidade da barreira que leva à lise osmótica ou à apoptose do microrganismo. Obrigada!
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