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TCC Educação especial

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FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
EDUCAÇÃO ESPECIAL E NEUROPSICOPEDAGOGIA
REIANE FERREIRA DA FONSECA
A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO ATENDIMENTO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL
BELO HORIZONTE
2023
A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO ATENDIMENTO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL
[footnoteRef:0]FONSECA, Reiane Ferreira [0: reianefonseca@gmail.com] 
Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. 
RESUMO: O trabalho acadêmico aborda a deficiência mental e o trabalho do Neuropsicopedagogo para o desenvolvimento de atividades pedagógicas eficazes que serão capazes de potencializar o processo de ensino aprendizado do aluno portadores deste transtorno. Visto que a deficiência intelectual é classificada como deficiência mental e se torna necessário compreender, assim como seu diagnóstico e para um melhor tratamento, sendo assim contar com o trabalho de um profissional especializado e com o apoio da família do aluno. E para isso é preciso a explorar o tema como algo que deve ter atenção tanto da sociedade quanto da escola e família; abordar a função do neuropsicopedagogo no contexto escolar e expor os resultados positivos do apoio familiar no processo de desenvolvimento do aluno portador de deficiência intelectual. Como resultados e discussão se observou que o diagnóstico envolve muitos profissionais que contribuem para o trabalho e a progressão da criança e adolescente portador do transtorno, uma vez que este deve ser assistido de maneira integral. Com relação ao desenvolvimento escolar o aluno portador de deficiência mental deve ser acompanhado por um profissional especializado que trabalhará com estratégias pedagógicas e um currículo adaptado que facilitará a mediação do conteúdo.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial. Deficiência Mental. Neuropsicopedagogo
INTRODUÇÃO
Quando se fala de inclusão surgem diversos pontos pertinentes para discussão e que requerem ainda um amadurecimento social maior. Conforme a definição do dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o significado do verbo incluir é: encerrar, pôr dentro de; fazer constar de; juntar (-se) a; inserir (-se), introduzir (-se) e este termo tem sido muito usado, principalmente na área da educação. Em discussão neste artigo serão revistos alguns conceitos relacionados às deficiências motoras e intelectuais e como o processo de inclusão dentro do ambiente escolar deve ser de responsabilidade e compromisso de todos. 
No ambiente escolar este processo tem se pautado em inúmeras discussões, uma vez que os alunos se deparam com alguns desafios que precisam ser vencidos. O apoio de uma equipe multidisciplinar é importante para que o aluno com deficiência intelectual possa ser acompanhado de modo a se desenvolver e o acompanhamento de um neuropsicopedagogo poderá auxiliar com estratégias 
O trabalho se justifica pelo fato de propor um conhecimento maior sobre o que é a inclusão e como ela acontece no ambiente escolar de forma proporcionar aos docentes o conhecimento necessário para a elaboração de práticas voltadas a incluir o aluno possibilitando um ensino de qualidade e de equidade. Além disso, abordar o assunto se faz necessário para esclarecer as diferenças entre “incluir” e “integrar” para que realmente a inclusão aconteça como firmado pela Constituição e pela LDB.
Como forma de direcionar a pesquisa foi preciso levantar um questionamento e sobre ele propor hipóteses que ao longo do trabalho serão levadas em consideração ou refutadas. Sobre o estudo se levantou a seguinte questão norteadora: “No que se pauta a educação inclusiva e como ela deve ser encarada no ensino regular de modo a promover um ensino de qualidade? ”.
De modo geral objetivo principal e geral da pesquisa é o de sanar a as dúvidas acerca do trabalho inclusivo em sala de aula, o acolhimento de forma digna e apropriada e por fim, fazer com que os estes alunos portadores de necessidades especiais atinjam um desenvolvimento satisfatório. Além destas metas a serem conquistadas é importante priorizar a educação para alunos com deficiências consideráveis, desenvolver e intensificar uma didática apropriada para melhorar o processo de ensino aprendizagem; promover a interação social e melhorar a qualidade de vida destes indivíduos para o futuro.
O trabalho foi desenvolvido se valendo do método qualitativo com o levantamento de informações voltadas para o tema. Foram selecionadas referências de diversos autores e delas selecionadas as condizentes com o tema e as que não agregavam ao assunto foram descartadas. Foram usadas base de dados tais como: Scielo, Google Acadêmico e Bibliotecas Virtuais.
DESENVOLVIMENTO 
Quando se fala em educação inclusiva se pensa em diversas coisas sobre e se parti do princípio básico de que a educação é direito de todos. Sendo assim, é importante que a escola acolha todas as diversidades, trabalhe a fim de respeitar as diferenças e envolver todos os alunos no processo de ensino aprendizado respeitando a diversidade. Conforme a Constituição a inclusão na escola deve acontecer de forma gradual, coletiva e colaborativa e está inclusão não deve acontecer somente como um momento de socialização do aluno, mas sim como parte de seu aprendizado (CAMARGO; SOFFÁ; MARKOWICZ, 2017).
Para os autores a inclusão se pauta em procurar no outro aquilo que ele tem a nos oferecer, de como vê e vive a vida, e tudo aquilo que tem a nos agregar. A inclusão social contribui para a construção da identidade do indivíduo que promovem transformações, sejam elas grandes ou pequenas, porém significativas. Tais mudanças podem acontecer em ambientes físicos, na mentalidade de todos e até mesmo nos próprios portadores de necessidades especiais. Conforme Sassaki (1998) a prática de inclusão deve ser aplicada a todos, independentemente de seu talento, deficiência, posição socioeconômica, ou cultura. 
Conforme a LDB a educação inclusiva vem se mostrando dentro de um processo educacional como algo inovador que tem garantido a introdução de novas metodologias a fim de assegurar maiores possibilidades de integração do portador de necessidades especiais à sociedade (BRASIL, 1996). Não basta apenas incluir o aluno e as leis que garantem sua educação, mas sim dentro das escolas promover a acessibilidade e também a organização de estratégias que possibilitem a construção do conhecimento, partindo de adaptações e adequações necessárias (CAMARGO; SOFFÁ; MARKOWICZ, 2017).
Conforme Camargo; Soffá e Markowicz (2017), ainda existem escolas regulares que não conseguiram se adaptar ao processo de inclusão e somente se utilizam do processo de integração, que busca normalizar o aluno portador de necessidades especiais, e lhe atribuir responsabilidade de se adequar ao meio social, quando a escola que deve se adequar a realidade do aluno. Conforme Mantoan (1998), cabe a escola se adequar para que a educação inclusiva exista e a pessoa com deficiência se sinta valorizada e parte do processo.	
Ao longo destes anos o Brasil apresentou uma considerável evolução quanto ao processo de educação inclusiva e por isso torna-se importante ressaltar que este processo deve contemplar várias ações, tais como: cultural, pedagógica, social e política. Como o Brasil apresentou diversos avanços com relação ao processo inclusivo, principalmente na vertente educacional é importante o ressalte de que este processo deve contemplar várias ações, como: cultural, pedagógica, social e política. Segundo a concepção dos DireitosHumanos, deve-se buscar os direitos dos alunos de aprender a participar das atividades sem exclusão.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e; a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da educação básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado” (art. 24, inciso V) e “[...] oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames” (art. 37). (POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, p. 8, 2008)
A escola somente pode ser considerada como um ambiente inclusivo quando reconhece e respeitas as condições de cada indivíduo e atua pedagogicamente de maneira a atender todos de forma digna e igualitária, buscando o progresso de todos. Incluir um aluno não é somente colocá-lo em uma sala de aula, mas sim trabalhá-lo de acordo com suas necessidades e fazer com que ele se desenvolva dentro de suas limitações, porém muitas vezes a “inclusão” é confundida com a “integração”:
Resumindo, a integração escolar, cuja metáfora é o sistema de cascata, é uma forma condicional de inserção em que vai depender do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação às opções do sistema escolar, a sua integração, seja em uma sala regular, uma classe especial, ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém, nada se questiona do esquema em vigor. Já a inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou grupo de alunos que não foram anteriormente excluídos. A meta da inclusão é, desde o início não deixar ninguém fora do sistema escolar, que terá de se adaptar às particularidades de todos os alunos para concretizar a sua metáfora. (MANTOAN, p.3, 1993)
Todo processo inclusivo segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) deve identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos de acessibilidade que elimine as barreiras encontradas pelos alunos portadores de necessidades especiais na realização das atividades. O AEE (Atendimento Educacional Especializado) tem por objetivo garantir recursos pedagógicos e de acessibilidade que facilitem a participação dos alunos de ensino regular visando seu desenvolvimento:
O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte integrante do projeto político pedagógico da escola. (SEESP/ SEED/ MEC, p. 17, 2010)
 Enquanto a escola como um ambiente inclusivo deve pautar-se não só nas condições de ensino aprendizagem para os alunos portadores de necessidades especiais como também a capacitação de seus profissionais. Os professores em especial, como mediadores do conhecimento encontram em seu dia a dia muitas barreiras que os impedem de exercer um trabalho efetivo com os alunos deficientes, uma vez que os falta muitas vezes a capacitação ideal para o trabalho com estes alunos. O profissional educador é alguém que deve estimular pedagogicamente seu aluno para que o mesmo consiga assimilar o que precisa e colocar em prática potencialmente (RIBEIRO, 2006).
 Atualmente, as redes de apoio como complementam o trabalho do professor (AEE) e os profissionais especiais (professores de Braille, intérprete de Libras e outros). Com base neste cenário é importante ressaltar e discutir algumas reflexões acerca da Educação Inclusiva, que abrangem a gestão em sala de aula e a formação do educador. O mediador do processo de ensino aprendizagem tem por função guiar os alunos durante as atividades e assume a responsabilidade e o compromisso com a diversidade. Numa sala de aula inclusiva os conteúdos escolares são considerados como objeto de aprendizagem e os alunos devem atribuir significações para a construção do conhecimento (MANTOAN, 1993). 
Com relação ao processo avaliativo o professor deve ter em mente que a mesma deverá ser coerente com os objetivos, atividades e recursos selecionados. Cada avaliação fornece dados sobre a capacidade do aluno, permitindo que os indicadores de aprendizagem sejam redirecionados e por fim estas observações tornam-se importantes para a adaptação do planejamento. Um professor como mediador deve também focar nas habilidades e competência dos alunos e não em suas limitações e adequar seu planejamento baseando-se neste fator. Quando este possui instrumentos capazes de identificar a potencialidade de seus alunos, torna-se capaz de ajustar sua práxis para aqueles com necessidades educacionais especiais e para isso, deve sempre buscar capacitar-se para melhorar sua formação, a fim de atender a demanda exigida em sua atuação profissional (MANTOAN, 1993). 
Outro ponto relevante quanto à atuação do professor diante da educação inclusiva é a discussão coletiva sobre o assunto, pois o acúmulo de experiências é essencial para traçar uma boa prática didática em benefício dos alunos portadores de necessidades especiais. A formação continuada possibilita ao professor a transformação e atualização de sua prática, buscando ressignificação e desconstruindo os paradigmas outrora construídos. 
A escola que promove espaço para debates, capacitação e integração dos professores para tratarem desta questão, cumpre o papel da Educação Inclusiva e a equipe gestora deve estar disposta a compartilhar questões trazidas pelo corpo docente, tais como situações em sala de aula, estratégias utilizadas, intervenções e resultados (PEREIRA, 2008).
Para a capacitação dos professores, a formação inicial deve ser continuada e ligada ao cotidiano, levando em consideração dois pontos: o conteúdo e seu desenvolvimento. Embora o programa curricular seja falho em alguns pontos, o professor deve priorizar os estudas das deficiências, mantendo o modelo da Educação Especial e ter em mente que este trabalho vai além deum professor comum. Nesta visão, o apoio da comunidade escolar e a família em especial tornam-se fundamental para que a escola alcance uma identidade inclusiva. É importante que o professor tenha uma prática reflexiva quanto ao processo de ensino aprendizagem e também tenha acesso a cursos que associem tais práticas à realidade escolar (PEREIRA, 2008).
Os professores podem complementar sua formação com reuniões, encontros ou cursos na própria unidade. Os gestores por sua vez podem exercer o papel de mediadores e articular encontros entre profissionais da educação especial com os de sala regular, pois a troca de experiências pode contribuir para a formação e aperfeiçoamento da prática em sala de aula. No currículo é comum o encontro de falhas quanto aos conteúdos relacionados aos serviços de apoio na escola, integração familiar, papel dos gestores e da gestão em sala de aula. Com relação à metodologia, é importante ressaltar que uma prática reflexiva contribui para a melhoria do processo de ensino aprendizagem, tendo a necessidade de expor tais informações em cursos que associem a realidade cotidiana escolar (MANTOAN, 1993).
Os professores podem complementar sua formação com reuniões, encontros ou cursos na própria unidade. Os gestores por sua vez podem exercer o papel de mediadores e articular encontros entre profissionais da educação especial com os de sala regular, pois a troca de experiências pode contribuir para a formação e aperfeiçoamento da prática em sala de aula. Além de todas essas percepçõescom relação ao trabalho docente e a importância do profissional está preparado para este desafio é relevante que os profissionais da educação em primeiro lugar deixem de lado o conceito de que a falta de conhecimento dificulta a prática da educação inclusiva (RIBEIRO, 2006).
Existem diferentes tipos de deficiência e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou o conceito de deficiência como “substantivo atribuído a toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente, e pode ser classificada em cinco grupos: física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla”. A deficiência intelectual por muito tempo foi confundida com doença mental e estas pessoas foram retiradas da comunidade de origem e foram colocadas em instituições (ARANHA, 2001).
A deficiência intelectual não é um transtorno médico e muito menos um transtorno mental, embora seja classificada como doença mental. Trata-se de um estado particular de funcionamento que começa na infância, é multidimensional e é afetado individualizado. Mas, mesmo tendo se avançado no entendimento dessa condição, o processo de inclusão das crianças/adolescentes com deficiência ainda tem encontrado resistência na sociedade.
O pós-graduado em Educação Especial e Neuropsicopedagogia, vai aprender a conhecer melhor o funcionamento do cérebro humano e suas ocorrências no decorrer do desenvolvimento humano e, de que forma se apresenta diante das situações vivenciadas no contexto diário. Tendo em vista que a neuropsicopedagogia é uma ciência, que têm seus estudos voltados para a educação, realizando trocas de informações entre a pedagogia e a psicologia, dando ênfase à aprendizagem humana, de forma a contemplar a inclusão do indivíduo a sociedade.
Para um trabalho pedagógico efetivo muitas vezes conta-se com a ajuda de um profissional e este é chamado de Neuropsicopedagogo. A especialidade de Neuropsicopedagogia consiste em unir conhecimentos da Neurologia e Psicologia com os da Pedagogia, sendo uma área que também abrange conhecimentos da Neurologia, Psicolinguística e Antropologia. O neuropsicopedagogo busca entender o ser humano e como este assimila informações para a construção do conhecimento, portanto, responsável pelo estudo dos processos que envolvem o aprendizado. Sua atuação consiste na identificação de problemas, dificuldades, distúrbios ou transtorno e aplicar métodos para melhorar o desempenho, desenvolvendo ações de prevenção ou de correção destes problemas. 
As causas dessas dificuldades podem ser de natureza emocional, mental, social ou física. O neuropsicopedagogo dará, então, o diagnóstico e promoverá ações de tratamento. Como se pode notar, a atuação desse profissional é muito importante. O campo de atuação desse profissional é bastante amplo. Nas escolas, sua função é identificar problemas nos métodos de ensino, nos currículos escolares ou, até mesmo, nas relações pessoais a fim de gerar melhor entendimento entre professores e alunos. 
Assim, esse profissional detecta problemas neurológicos que possam interferir no aprendizado do aluno, presta orientação pedagógica para instituições de ensino, auxilia o corpo docente e cria planos de trabalho visando a facilitação do aprendizado e a solução de problemas. O neuropsicopedagogo pode, ainda, contribuir com o sistema educacional, realizando intervenções em busca de reduzir casos de evasão escolar. Após o diagnóstico clínico a criança ou adolescente está pronto para iniciar seu “tratamento pedagógico”, pois neste momento as intervenções neuropsicopedagógicas serão de extrema importância e necessidade. 
Segundo Benczik (2006) afirma sobre o profissional e suas atribuições “O profissional pode focalizar dificuldades específicas da criança, em termos de habilidades sociais, criando um espaço e situações para desenvolvê-las, por meio da interação com a criança por intermédio de qualquer atividade lúdica. (BENCZIK, 2006) ”.
O trabalho neuropsicopedagógico, portanto, não se apresenta como reeducativo, mas, sim como terapêutico (uma terapia centrada na aprendizagem) e também clínico; não se dirige para um público específico, porque aprendestes somos todos nós, humanos: crianças, jovens, ou velhos que nos mantemos vivos e atuantes, enquanto aprendemos e ensinamos e podemos contribuir com a nossa marca para a evolução da humanidade. 
É possível perceber que a Neuropsicopedagogia também tem papel importante em um novo momento educacional que é a inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no ensino regular, comumente chamada inclusão. Entende-se que colocar o aluno com NEE em sala de aula e não criar estratégias para a sua permanência e sucesso escolar inviabiliza todo o movimento nas escolas. Faz-se premente a necessidade de um acompanhamento e estimulação dos alunos com NEE para que as suas aprendizagens sejam efetivas. 
O papel do neuropsicopedagogo escolar é muito importante e pode e deve ser pensado a partir da instituição, a qual cumpre uma importante função social que é socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo, ou seja, através da aprendizagem, o sujeito é inserido, de forma mais organizada no mundo cultural e simbólico que incorpora a sociedade.
Segundo Groppa (1997) o trabalho neuropsicopedagógico terá como objetivo principal trabalhar os elementos que envolvem problemas neurológicos que interferem diretamente na aprendizagem de maneira que os vínculos estabelecidos sejam sempre bons. A relação dialética entre sujeito e objeto deverá ser construída positivamente para que o processo ensino-aprendizagem seja de maneira saudável e prazerosa. O desenvolvimento de atividades que ampliem a aprendizagem faz-se importante, através dos jogos e da tecnologia que está ao alcance de todos. 
Com isso, há a busca da integração dos interesses, raciocínio e informações que fazem com que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Por isso, a educação deve ser encarada como um processo de construção do conhecimento que ocorre como uma complementação, cujos lados constituem de professor e aluno e o conhecimento construído previamente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, se conclui que a inclusão educacional vem ganhando novas perspectivas embasadas pela LDBEN, entretanto mesmo com o crescente interesse pela inclusão, muitas escolas e docentes ainda se sentem desafiados por ela. De acordo com a Constituição é direito de todos a educação, independentemente de suas condições, por isso a escola deve constantemente buscar promover realmente a “inclusão” e não somente a “integração”. Tanto a escola quanto os que fazem parte dela devem incluir os alunos de forma a promover o aprendizado.
A educação inclusiva no Brasil tem uma trajetória muito bonita que vai desde a desvalorização social do portador de necessidades especiais, passando pela luta social pela igualdade de direitos até as conquistas como a inclusão e reconhecimento de muitas deficiências. Além disso, a inclusão educacional tem sido vista como uma grande prioridade e muitas leis engajadas para isso, entretanto dentro das escolas professores se deparam ainda com a inabilidade para lidar com tais alunos deixando assim de ofertar metodologias pedagógicas.
É importante que o docente tenha primeiramente uma educação continuada dentro do espaço escolar para compreender o conceito da educação inclusiva e como ele pode contribuir para que ela exista e seja eficaz. Infelizmente muitas escolas e professores ainda enfrentam dificuldades para lidar com os alunos portadores de necessidades especiais e por isso fica claro que mesmo com o avanço desta questão e diversas conquistas é preciso que muito ainda se faça na intenção de se ter melhorias.
No ambiente escolar é necessário que este aluno esteja laudado quanto à confirmação do diagnóstico para que partindo disto as medidas sejam tomadas e este aluno receba uma atenção inclusiva e diferenciada. Para que haja um eficiente trabalho psicopedagógico com a criança e adolescentee este reflita na vida social dele é importante que além dos profissionais que o acompanham, o ambiente familiar também o acolha de maneira a proporcionar apoio, carinho e confiança. A família é essencial para o desenvolvimento do portador de deficiência uma vez que no seio familiar a criança terá seu maior contato com regras, conceitos de organização e principalmente os cuidados com a medicação.
REFERÊNCIAS
ARANHA, M. S. F. (2001). Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, XI
BENCZIK, E. P. B. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Atualização Diagnóstica e terapêutica. Um guia de orientação para profissionais. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2006.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. 
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008. Ministério da Educação.
CAMARGO, L. F. SOFFÁ, M. M. MARKOWICZ, D. Perspectivas sobre a educação inclusiva: Um desafio possível. EDUCERE, 2017.
GROPPA, J. Erro e Fracasso na Escola
(Org.) Editora Summus Brasil 1997 4ª edição
MANTOAN M. T. E., Compreendendo a deficiência mental: novos caminhos educacionais. Scipione, 1989.
______________., Integração x Inclusão: Escola (de qualidade) paraTodos. Campinas, 1993.
PEREIRA, Antonio. Pode existir inclusão social de pessoas deficientes no mundo do trabalho e da educação capitalista? Educação Especial, Santa Maria, n.32, p.189-200, 2008
RIBEIRO, Marlene. Exclusão e educação social: conceitos em superfície e fundo. Educação e Sociedade, Campinas, v.27, n.94, p. 155-178, jan./Apr.2006
SASSAKI, R. K. Integração e Inclusão: do que estamos falando? Temas sobre Desenvolvimento, v. 7, n. 39, 1998.
SEESP/ SEED/ MEC, A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: A Escola Comum Inclusiva, Fascículo I, Brasília, 2010 
__________, Como chamar as pessoas que têm deficiência? Revista da Sociedade Brasileira de Ostomizados, ano I, n. 1, 1° sem. 2003, p.8-11. [Texto atualizado em 2009

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