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Questões do TJDFT Administração Financeira e Orçamentária 1) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) O projeto de Lei Orçamentária Anual apresenta as receitas classificadas segundo a sua natureza (categorias econômicas, origens e espécies) e as despesas segundo suas classificações institucional, funcional, programática e por natureza. Tais classificações, além de serem legalmente exigidas, estão associadas ao princípio orçamentário da: a) clareza; b) consistência; c) especificação; d) exclusividade; e) programação. Resposta: C Direito Administrativo 2) (FGV/2022/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em março de 2022, José, analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, de forma dolosa, no exercício da função, revelou fato de que tinha ciência em razão das atribuições e que devia permanecer em segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada e, ainda, colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado. De acordo com a atual redação da Lei nº 8.429/1992, José praticou ato de improbidade administrativa e, após o devido processo legal, está sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: a)pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos; b)perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem Questões do TJDFT vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; c)perda da função pública, pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos; d)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até doze anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a doze anos; e)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até catorze anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a catorze anos. Resposta: A 3) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei nº 8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais legais, em tese, João, que até então nunca havia praticado qualquer infração funcional, está sujeito à sanção de: a) advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso Questões do TJDFT de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; b) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; c) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; d) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; e) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Resposta: A 4) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) O prefeito do Município Alfa solicitou que sua assessoria iniciasse o planejamento das licitações a serem realizadas no período de janeiro a dezembro do exercício financeiro de 2023, o que iria subsidiar a proposta orçamentária a ser apresentada ao Poder Legislativo. Ressaltou, ainda, que entendia ser conveniente, sempre que possível, a utilização de uma modalidade de licitação em que lhe fosse permitido convidar os interessados do ramo pertinente ao objeto licitado, para que apresentem as suas propostas. Ao tomar conhecimento do objetivo do prefeito, sua assessoria lhe respondeu, corretamente, que a referida modalidade de licitação: a) não poderá ser utilizada a partir do momento em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, mas as licitações iniciadas em momento anterior continuarão a observar a Lei nº 8.666/1993; b) não poderá ser utilizada a partir do momento em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, sendo que as licitações não concluídas, iniciadas em momento anterior, sob a égide da Lei nº 8.666/1993, serão refeitas; c) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, Questões do TJDFT sejam observadas as normas que veiculou a respeito dessa modalidade, incluindo as licitações iniciadas em momento anterior; d) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, sejam observadas as normas que veiculou, passando a ser convidados, no mínimo, quatro interessados, excluídas as licitações iniciadas em momento anterior; e) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, sejam observadas as normas que veiculou, exigindo-se a apresentação de, no mínimo, quatro propostas, excluídas as licitações iniciadas em momento anterior. Resposta: A 5) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) Joana e Henriqueta travaram intenso debate a respeito dos atributos dos atos administrativos, mais especificamente em relação à possibilidade de a Administração Pública fazer com que produzam efeitos na esfera jurídica alheia, constituindo obrigações mesmo contra a vontade dos seus destinatários. Ao final, concluíram, corretamente, que os referidos atos: a) sempre apresentam esse efeito, o que decorre da presunção de juridicidade; b) podem apresentar esse efeito, o que decorre do atributo da imperatividade; c) podem apresentar esse efeito, o que decorre do atributo da autoexecutoriedade; d) sempre apresentam esse efeito, o que decorre do que alguns denominam poder extroverso; e) jamais apresentam esse efeito, que se mostra incompatível com o Estado Democrático de Direito. Resposta: B Questões do TJDFT 6) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) Antônia, estudiosa da improbidade administrativa, recebeu a incumbência, em um grupo de estudos, de realizar a análise da estrutura tipológica adotada pela Lei nº 8.429/1992 e do elemento subjetivo exigido para o enquadramento de uma conduta em seus termos. Ao final, Antônia concluiu, corretamente, que a referida estrutura é: a) aberta, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira exemplificativa, enquanto o elemento subjetivo está lastreado apenas no dolo; b) fechada, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneirataxativa, isto apesar do emprego de conceitos jurídicos indeterminados, enquanto o elemento subjetivo está lastreado apenas no dolo; c) aberta, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira exemplificativa, enquanto o elemento subjetivo está lastreado no dolo ou na culpa, sendo esta última aplicável exclusivamente aos atos que causam prejuízo ao erário; d) aberta, em relação aos atos que gerem enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário, mas taxativa quanto aos atos que atentem contra os princípios administrativos, sendo o elemento subjetivo o dolo, exigindo-se ainda um especial fim de agir; e) aberta, quanto aos atos que atentem contra os princípios administrativos, mas taxativa em relação aos atos que gerem enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário, sendo o elemento subjetivo o dolo, exigindo-se ainda um especial fim de agir. Resposta: D 7) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) Pouco tempo após celebrar contrato administrativo com o Município Beta, a sociedade empresária ZZ foi surpreendida com uma ordem escrita da Administração suspendendo o referido contrato. Após consultarem um advogado, foi corretamente informado aos dirigentes da sociedade empresária ZZ que, consoante a Lei nº 14.133/2021, a Administração: a) agira de modo ilícito ao suspender unilateralmente o contrato administrativo; b) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo, pelo prazo que entender conveniente, não podendo ser oposto qualquer óbice por ZZ; Questões do TJDFT c) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo, mas ZZ tem direito à sua extinção se a suspensão se estender por prazo superior a três meses; d) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo, mas ZZ tem direito à sua revisão se a suspensão se estender por prazo superior a quatro meses; e) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo, com suspensão de pagamentos, por até trinta dias, reiniciando-se os pagamentos após esse período. Resposta: C 8) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) Maria, ministra de Estado, tomou conhecimento de que Joana, que estava à frente de uma estrutura criada a partir dos conceitos da descentralização administrativa, vinculada ao seu Ministério, sendo responsável pela prestação de serviços públicos, praticara um ato que fora muito criticado. Esse ato, ao ver de Maria, se mostrava totalmente inconveniente e inoportuno à luz do interesse público. À lua da narrativa, é correto afirmar que Maria: a) pode anular o ato de Joana, no exercício do poder de tutela; b) pode revogar o ato de Joana, no exercício do poder de autotutela; c) no exercício do poder de supervisão, pode anular ou revogar o ato de Joana, conforme o caso; d) deve observar, em princípio, a autonomia do ente dirigido por Joana, exercendo a tutela no limite estabelecido em lei; e) deve observar a autonomia do ente dirigido por Joana, mas pode exercer o controle interno, conforme autorizado em lei. Resposta: D Questões do TJDFT 9) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO) A sociedade empresária YY celebrou contrato administrativo para o fornecimento de determinados bens móveis para a Secretaria de Educação do Município Alfa. Como os móveis eram transportados desmontados, era necessária a sua montagem, o que se estendeu por três meses. Dias antes da conclusão da montagem, foi divulgado, na imprensa, que a referida sociedade empresária estava em débito com as suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, o que vinha gerando grande insatisfação junto aos empregados. À luz dessa narrativa e levando-se em conta a sistemática inaugurada pela Lei nº 14.133/2021, é correto afirmar que o Município Alfa: a) não é responsável pelos encargos trabalhistas e previdenciários resultantes da execução do contrato, os quais configuram obrigação do contratado; b) responde solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos encargos trabalhistas, se comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das obrigações do contratado; c) responde solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos encargos trabalhistas, ainda que não comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das obrigações do contratado; d) não é responsável pelos encargos trabalhistas e previdenciários resultantes da execução do contrato, desde que tenha previsto no edital ou no contrato a outorga de garantias para o cumprimento dessas obrigações; e) responde solidariamente pelos encargos trabalhistas e subsidiariamente pelos encargos previdenciários, se comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das obrigações do contratado ou a não exigência de garantias. Resposta: A 10) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE) Joana, jovem e renomada escritora de livros infantis, faleceu. O mais velho dos seus herdeiros, com 18 anos de idade, preocupado com a situação dos livros, que geravam uma elevada renda para Joana, questionou um advogado a respeito da proteção constitucional oferecida a direitos dessa natureza. O advogado respondeu, corretamente, que o direito de utilização, publicação ou reprodução das obras de Joana pertence: Questões do TJDFT a) de modo exclusivo e em caráter perpétuo, aos herdeiros; b) de modo exclusivo e pelo tempo que a lei fixar, aos herdeiros; c) ao poder público, não aos herdeiros, que têm assegurado o direito de participação nos lucros obtidos; d) ao público em geral, não aos herdeiros, que têm assegurado o direito de participação nos lucros obtidos; e) daos herdeiros, ao poder público e ao público em geral, assegurando-se aos primeiros o direito de participação nos lucros. Resposta: B 11) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE) João, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, no exercício das funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei nº 8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais legais, em tese, João, que até então nunca havia praticado qualquer infração funcional, está sujeito à sanção de: a)advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; b)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; c)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; d)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; e)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Questões do TJDFT Resposta: A 12) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE) O prefeito do Município Alfa decidiu promover uma ampla reestruturação da Administração pública indireta. Para tanto, decidiu que fosse elaborado um estudo preliminar, de modo a delinear os contornos gerais de: (1) duas entidades com personalidade jurídica própria, para a execução dos serviços públicos de limpeza urbana e de administração de cemitérios públicos; e (2) de órgãos específicos, a serem criados no âmbito da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Ordem Pública, de modo a aumentar a especialização e, consequentemente, o nível de eficiência estatal. É correto afirmar que: a)em (1) são mencionados exemplos de descentralização administrativa por especificação e em (2) de descentralização administrativa por serviços; b)em (1) são mencionados exemplos de desconcentração administrativa por especificação e em (2) de desconcentração administrativa por serviços; c)em (1) são mencionados exemplos de descentralizaçãoadministrativa por serviços e em (2) de desconcentração administrativa; d)em (1) são mencionados exemplos de desestatização por serviços e em (2) de descentralização administrativa por eficiência; e)em (1) são mencionados exemplos de desestatização por serviços e em (2) de estatização por padrão de eficiência. Resposta: C 13) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE) Maria, servidora pública federal, foi aposentada por incapacidade permanente. Após algum tempo, junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos da aposentadoria. Como Maria estava plenamente apta ao exercício das funções que sempre desempenhou, deve ocorrer o(a) seu/sua: a)aproveitamento; b)reintegração; c)readaptação; d)recondução; e)reversão. Questões do TJDFT Resposta: E 14) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A sociedade empresária YY, especializada na prestação de serviços hospitalares, com sede na Alemanha, decidiu iniciar estudos para explorar o serviço de assistência à saúde no território brasileiro. Ao consultar um especialista da área, foi-lhe informado, corretamente, que YY: a)não pode explorar o serviço, que é vedado, de modo peremptório, às empresas estrangeiras; b)pode explorar o serviço, o qual, por ser de relevância pública, depende de concessão ou permissão do poder público; c)pode explorar livremente o serviço, que está ao alcance da iniciativa privada, podendo ser prestado por empresas nacionais e estrangeiras; d)pode explorar livremente o serviço, que está ao alcance da iniciativa privada, podendo ser prestado por empresas nacionais e estrangeiras; e)pode explorar o serviço, desde que se enquadre em um permissivo legal, pois a regra é que a assistência à saúde não pode ser prestada por empresas estrangeiras. Resposta: E 15) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça Alfa deseja contratar aquisição de determinados equipamentos que só podem ser fornecidos por empresa exclusiva. De acordo com o regime jurídico da Lei nº 14.133/2021, tal contratação pelo Tribunal de Justiça Alfa deve ser feita mediante: a)inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência por marca específica; b)inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência Questões do TJDFT por marca específica; c)dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência por marca específica; d)dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência por marca específica; e)prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, para contratação de compra em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios subjetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos. Resposta: A 16) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Maria é servidora pública federal estável ocupante de cargo efetivo e, após processo administrativo disciplinar, foi demitida. Inconformada, Maria aforou medida judicial e obteve sentença, já transitada em julgado, que determinou sua reintegração. Após o retorno a seu cargo, Maria recebeu apenas o pagamento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e auxílio-alimentação, referentes ao período em que esteve afastada por força da demissão, ora já declarada nula. Insatisfeita com os valores recebidos, mesmo ciente de que não ocorreu, no período reivindicado, qualquer situação de ambiente insalubre nem necessitou se deslocar no trajeto residência-trabalho-residência, Maria ajuizou nova medida judicial, agora pleiteando o pagamento retroativo das verbas a título de auxílio-transporte e adicional de insalubridade, em relação ao período em que ficou ilegalmente afastada. Levando em consideração a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema, a pretensão de Maria: a) merece prosperar, pois todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, devem ser pagas retroativamente em relação ao período em que Maria ficou ilegalmente afastada de suas funções; Questões do TJDFT b) merece prosperar, pois, além de receber retroativamente todas as verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, Maria tem direito à reparação pelos danos morais sofridos pela demissão declarada nula; c) não merece prosperar, pois a servidora somente tem direito ao pagamento retroativo de seus vencimentos, razão pela qual deve devolver os valores recebidos de boa-fé a título de férias indenizadas e auxílio-alimentação; d) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade têm natureza indenizatória, assim como também não lhe seria devido o auxílio-alimentação que lhe fora indevidamente pago; e) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e do adicional de insalubridade não se mostram devidos à servidora pelo tão só exercício ficto no cargo público, haja vista que ditas rubricas reclamam a existência de requisitos legais específicos, não preenchidos. Resposta: E 17) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo. advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; a)advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; b)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; c)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; d)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar; Questões do TJDFT e)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Resposta: A 18) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) João, após regular processo administrativo disciplinar, foi demitido do serviço público. Irresignado com o teor dessa decisão, ajuizou ação, perante o Poder Judiciário, requerendo o reconhecimento de vício no processo administrativo, com a consequente declaração da nulidade da decisão que culminou com a referida sanção. À luz dessa narrativa, João deve ser: a) aproveitado; b) reconduzido; c) reintegrado; d) readaptado; e) posto em disponibilidade. Resposta: C 19) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Joana e Regina, que atuavam no setor de licitações da Secretaria de Administraçãodo Município Beta, travaram intenso debate a respeito da legislação que deveria reger a escolha das modalidades de licitação no período de 2 de abril de 2021 a 1º de abril de 2023. Joana defendia que poderiam continuar a ser aplicadas a Lei nº 8.666/1993 ou a Lei nº 10.520/2002, conforme o caso, sendo admitida a aplicação combinada das normas de um desses diplomas normativos com aquelas veiculadas pela Lei nº 14.133/2021. Regina, por sua vez, entendia que somente os processos de licitação já iniciados em 2 de abril de 2021 continuariam a ser regidos pela Lei nº 8.666/1993 ou pela Lei nº 10.520/2002, enquanto os demais, Questões do TJDFT instaurados a partir de então, seriam integralmente disciplinados pela Lei nº 14.133/2021. À luz da sistemática vigente, no período indicado, é correto afirmar que: a) apenas Joana está errada, pois é vedada a combinação da Lei nº 14.133/2021 com outros diplomas normativos, estando Regina certa ao afirmar que esse diploma normativo deve reger todas as licitações; b) apenas Regina está errada, pois deve ser aplicada a Lei nº 14.133/2021 mesmo às licitações em curso, ainda que de modo combinado com a Lei nº 8.666/1993 ou a Lei nº 10.520/2002, conforme o caso; c) apenas Regina está errada, pois não deve ser aplicada a Lei nº 14.133/2021 de modo exclusivo, sendo possível a sua aplicação de modo combinado com a Lei nº 8.666/1993 ou a Lei nº 10.520/2002, conforme o caso; d) Joana e Regina estão erradas, pois a Administração Pública pode optar, em uma licitação, pela aplicação, de um lado, da Lei nº 8.666/1993 ou da Lei nº 10.520/2002, ou, do outro, da Lei nº 14.133/2021, sendo vedada a combinação; e) Joana e Regina estão parcialmente certas, pois a Lei nº 8.666/1993 ou a Lei nº 10.520/2002 podem continuar a ser aplicadas, mas apenas em relação às licitações já iniciadas, sendo ainda admitida a combinação com a Lei nº 14.133/2021. Resposta: D 20) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Durante o ano de 2022, João, técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dolosamente, utilizou, em serviço particular de entrega de refeições consistentes em marmitas fitness produzidas e vendidas por sua esposa, o trabalho de terceiros contratados pelo TJDFT. João pedia aos estagiários lotados na Vara onde trabalha que fizessem as entregas das marmitas, no horário de expediente, em troca de eventuais gorjetas que recebessem dos consumidores. De acordo com a legislação de regência, em tese, João praticou: a)ato de improbidade administrativa que importou enriquecimento ilícito; Questões do TJDFT b)infração ética, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pois não houve efetivo dano ao erário; c)ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, ainda que sua conduta tivesse sido culposa; d)infração disciplinar, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pois não houve efetivo dano ao erário; e)infrações ética e disciplinar, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pela falta de tipicidade, diante das alterações promovidas na Lei de Improbidade. Resposta: A 21) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) José, servidor público, praticou insubordinação grave em serviço. De acordo com o regime jurídico da Lei nº 8.112/1990 que lhe é aplicável, após regular processo administrativo disciplinar, José está sujeito à penalidade administrativa da: a) advertência, e a ação disciplinar prescreve em cento e oitenta dias; b) advertência, e a ação disciplinar prescreve em dois anos; c) suspensão por até trinta dias, e a ação disciplinar prescreve em dois anos; d) suspensão por até noventa dias, e a ação disciplinar prescreve em cinco anos; e) demissão, e a ação disciplinar prescreve em cinco anos. Resposta: E Direito Civil 22) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) A rede de supermercados Preços Incríveis Ltda. celebrou contrato com a fabricante de bebidas gaseificadas Geral Cola S/A, por tempo indeterminado, para comercializar, com Questões do TJDFT exclusividade, a “Nova Geral Cola”, o mais novo produto desta última, repassando-lhe um percentual do valor auferido com as vendas. Os supermercados Preços Incríveis ainda se comprometiam a não comercializar bebidas de fabricantes concorrentes. O contrato previa cláusula penal compensatória para a hipótese de inadimplemento absoluto por qualquer das partes, sem prever indenização suplementar. Na data prevista para o primeiro pagamento à Geral Cola pela rede de supermercados, esta quedou-se inerte, deixando de repassar à fabricante o percentual devido das vendas do produto. Dias depois, os gestores da Geral Cola ainda descobriram que os supermercados Preços Incríveis continuavam a comercializar bebidas de diversas outras marcas. Considerando que a conduta da rede de supermercados abalou drasticamente a estratégia comercial da Geral Cola, fulminando qualquer interesse útil que esta ainda mantivesse no contrato, é correto afirmar que: a) a Geral Cola S/A poderá exigir da rede Preços Incríveis Ltda. acláusula penal, mas não poderá cumular o pedido comeventuais perdas e danos pelo inadimplemento; b)a Geral Cola S/A poderá cobrar da rede Preços Incríveis Ltda. lucros cessantes decorrentes do inadimplemento, cumuladoscom a cláusula penal, mas não com danos emergentes; c)a rede Preços Incríveis Ltda. deverá pagar o percentual dasvendas devido à Geral Cola S/A, acrescido de jurosremuneratórios, mas não de juros legais; d)a rede Preços Incríveis Ltda. somente deverá arcar com a cláusula penal compensatória na exata proporção do prejuízo sofrido pela Geral Cola S/A; e)o montante estipulado na cláusula penal apenas será devido pela rede Preços Incríveis Ltda. se restar evidenciado que a inexecução resultou de dolo do devedor. Resposta: A 23) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Recentemente, Ricardo, empresário aposentado e já viúvo, Questões do TJDFT recebeu de seu único filho, Roberto, recém-casado, a notícia de que se tornaria avô. Para que Roberto tivesse um espaço melhor para a família que começava a crescer, Ricardo decidiu vender para ele um dos vários imóveis dos quais é proprietário. Para ajudar o filho, Ricardo cobrou um preço módico, a ser dividido em doze parcelas, e autorizou que a primeira delas fosse paga apenas dois anos após a celebração do contrato de compra e venda. Em gratidão ao pai e buscando oferecer maior segurança a ele, Roberto fez constar do contrato uma cláusula por meio da qual renunciava, desde logo, a qualquer prazo prescricional relativo à obrigação de pagar o preço do imóvel que pudesse beneficiá-lo. À luz do direito civil brasileiro, essa cláusula é: a)ineficaz, porque, sendo Roberto descendente de Ricardo, a lei já determina que não corre a prescrição entre eles; b)anulável, mas não prejudica a validade do restante do contrato, por força do princípio da conversão dos negócios; c)válida, mas terá sua eficácia suspensa, já que as partes estipularam termo no contrato; d)nula, uma vez que foi pactuada antes de a prescrição efetivamente se consumar; e)inválida, pois a prescrição não pode ser suspensa nem interrompida, ao contrário da decadência. Resposta: D 24) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Cosme comprou uma geladeira usada de sua vizinha, Daniela. Entretanto, três semanas depois, o eletrodoméstico parou de gelar e o técnico demandado indicou que o defeito decorreu de um pequeno vazamento da mangueira, que deveria estar lá há uns dois meses, pois quase todo o gás já tinha Questões do TJDFT saído. Daniela não sabia do vazamento. Sobre o caso, entre os direitos que tem Cosme em face de Daniela, inclui-se: a)a devolução de parte do que foi pago, a título de abatimento no preço; b)a compensação pelo que perdeu e deixou de ganhar em virtude do defeito; c)a condenação a ela realizar o reparo, sob pena de multa diária; d)o ressarcimento das despesas que teve com o conserto da geladeira; e)a substituição por uma geladeira com as mesmas características. Resposta: A 25) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTAJUDICIÁRIO) Fernanda é uma arquiteta bem-sucedida, proprietária de três imóveis residenciais na cidade de Recife. Como um dos imóveis se encontrava desocupado, ela decidiu emprestá-lo à sua prima Isadora, esteticista, que estava desempregada e havia sido despejada do apartamento alugado em que morava. As duas formalizaram o contrato de comodato pelo prazo de um ano, estipulando que Isadora apenas poderia utilizar o apartamento para sua própria moradia. Durante os doze meses seguintes, Fernanda permaneceu sem notícias de Isadora. Findo o prazo do contrato, Fernanda visitou o imóvel para pedir sua devolução. Somente nesse momento descobriu que sua prima havia morado no local apenas nos dois primeiros meses, tendo depois convertido o apartamento em uma clínica de estética. Durante a visita, Isadora comunicou a Fernanda que não sairia dali e, diante da indignação da prima, expulsou-a do local. Fernanda acionou seu advogado imediatamente e ajuizou ação de reintegração da posse em face da prima para reaver a posse do imóvel. Sobre esse caso, é correto afirmar que: Questões do TJDFT a) a posse de Isadora era clandestina e tornou-se injusta no momento em que venceu o prazo do contrato de comodato; b) Isadora nunca foi possuidora do imóvel, pois o ato de mera permissão ou tolerância de Fernanda não induz posse; c) a pretensão deduzida em juízo por Fernanda apenas poderia ser satisfeita no âmbito de ação de interdito proibitório; d) o juiz deverá determinar a reintegração de Fernanda na posse do imóvel porque ela é a legítima proprietária do bem; e) a posse de Isadora qualifica-se como precária e não convalescerá com o mero decurso do tempo. Resposta: E 26) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Rosália efetuou a doação de um terreno para o Município de Euclidelândia, para que nele seja construída uma escola no prazo de um ano a contar da data da celebração do negócio jurídico. Os elementos acidentais presentes no contrato são: a) encargo e termo; b) condição suspensiva e encargo; c) condição resolutiva e termo; d) termo e condição inicial; e) encargo e condição final. Resposta: A 27) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) A Lei de Introdução às Normas do Direito Questões do TJDFT Brasileiro (LINDB), com as alterações introduzidas pela Lei nº 13.655/2018, trouxe o chamado consequencialismo, visando à maior previsibilidade, segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do Direito Público. Nesse contexto, de acordo com a atual redação da LINDB: a)a interpretação de normas sobre gestão pública deve privilegiar a efetividade das políticas públicas e os direitos dos administrados, desconsiderando os obstáculos e as dificuldades reais do gestor; b)nas esferas administrativa e controladora, não se decidirá, em qualquer hipótese, com base em valores jurídicos abstratos, e a motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, sem mencionar possíveis alternativas que foram descartadas; c)a decisão que, nas esferas controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas, sem referências às consequências administrativas, em razão do princípio da separação dos poderes; d)a revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado, levará em conta as orientações gerais vigentes no momento da decisão de revisão, de maneira que é permitido que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas; e)a decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. Resposta: E Questões do TJDFT 28) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando foi aberto o testamento de Hermenegilda, seus parentes descobriram diversas disposições peculiares. Sobre elas, é correto afirmar que: a) a disposição de que sua fazenda fosse vendida e o preço obtido fosse dado a estabelecimentos particulares de caridade deve ser entendida como destinada aos estabelecimentos do lugar de domicílio de Hermenegilda por ocasião de sua morte; b) é válida a disposição que prevê que seu diário seja entregue a seu namorado na adolescência e, caso os herdeiros não consigam descobrir de quem se trata, o bem ficará para os herdeiros legítimos; c) é nula a determinação de que seu anel de esmeralda seja dado a uma de suas netas, a ser escolhida pela sua amiga Zuleide, por conta de sua indeterminação no que diz respeito ao legatário; d) é nula, por falta de objeto determinado, a estipulação de que um montante entre dois e dez mil reais será especificado pela sua amiga Zuleide para ser dado a Roberval, o enfermeiro que cuidou de Hermenegilda nos seus últimos meses de vida; e) a disposição de que sua casa seja dividida entre sua sobrinha Amália e o seu grupo de orações implica que Amália somente receba um oitavo da propriedade da casa, já que havia sete pessoas no grupo de orações de Hermenegilda. Resposta: A 29) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Aos 15 anos de idade, Valentina é uma jovem de enorme sucesso na Internet. Suas redes sociais reúnem milhões de seguidores e têm garantido Questões do TJDFT um faturamento mensal médio de R$ 100.000,00, suficientes para garantir a ela e aos seus pais uma vida de luxo. Recentemente, Valentina foi procurada por um fabricante de cosméticos que pretendia contratá-la para uma campanha publicitária. De acordo com o direito civil brasileiro, é correto afirmar que, para celebrar este contrato validamente, Valentina: a) precisa ser representada por seus pais, porque é absolutamente incapaz; b) não precisa da representação de seus pais, porque tem economia própria; c) precisa da anuência de seus pais, porque está investida de poderes de representação; d) não precisa ser representada por seus pais, porque é pessoa pródiga; e) não precisa da assistência de seus pais, porque tem discernimento pleno. Resposta: A 30) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Ao visualizar o anúncio de um carro seminovo em excelentes condições à venda na Internet, João entrou em contato com a vendedora, Maria, e rapidamente fechou negócio. O veículo foi vendido por R$ 50.000,00, a serem pagos por João em uma única parcela, dez meses após a data da venda. O prazo de pagamento, bastante vantajoso para o comprador, foi proposto pela própria Maria, que simpatizou muito com ele. E, efetivamente, ambos desenvolveram um relacionamento pessoal, que rapidamente evoluiu para um namoro e, logo após, para uma proposta de casamento. João e Maria casaram-se meio ano após seu primeiro contato e viveram felizes por cinco anos, sem que a dívida referente à compra do automóvel jamais fosse paga e sem que as partes jamais tocassem no assunto. No sexto ano de casamento, infelizmente, diversos desentendimentos levaram o casal a se divorciar. Questões do TJDFT Terminado o relacionamento, Maria lembrou-se do débito relativo ao veículo, nunca pago por João. Sobre esse caso, é correto afirmar que o prazo prescricional de que dispunha Maria para cobrança do débito: a) começou a correr a partir da data de celebração do contrato de compra e venda do veículo e nunca foi interrompido; b) começou a correr a partir da data de celebração do contrato de compra e venda, mas foi interrompido pelo casamento; c) esteve suspenso até o advento do termo estipulado no contrato de compra e venda, findo o qual começou a correr; d) começou a correr a partir da data em que se extinguiu a sociedade conjugal entre as partese nunca foi interrompido; e) esteve suspenso até a data do casamento, a partir de quando começou a correr. Resposta: D 31) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Joana, servidora pública estadual, no exercício regular de suas funções, estava operando uma empilhadeira em um galpão da Secretaria Municipal de Obras do Município Beta. Nesse contexto, causou danos ao veículo automotor que se encontrava estacionado, de Tiago, o qual comparecera ao prédio anexo, da mesma repartição, para solicitar uma licença de construção. Nesse caso, a responsabilidade civil pelos danos causados ao bem de Tiago é: a) do Município Beta ou de Joana, mas apenas se for demonstrada a culpa desta última; b) do Município Beta, apenas se for demonstrada a culpa de Joana; c) do Município Beta, sendo demonstrada, ou não, a culpa de Joana; Questões do TJDFT d) do Município Beta, ainda que haja culpa exclusiva de Tiago; e) apenas de Joana, sendo demonstrada, ou não, a sua culpa. Resposta: C Direito Constitucional 32) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Após ampla mobilização dos proprietários de farmácias, que argumentavam com a reduzida margem de lucro oferecida pela maioria dos medicamentos, o Estado Alfa promulgou a Lei nº XX, que autorizou a comercialização de produtos de uso comum (rectius: artigos de conveniência) nas farmácias. Esse diploma normativo desagradou sobremaneira os proprietários de mercados e mercearias. Ao consultarem um emérito constitucionalista, foi-lhes informado, corretamente, que a Lei nº XX é: a) constitucional, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre saúde; b) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre saúde; c) constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas pela União; d) inconstitucional, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local; e) inconstitucional, pois matérias afetas à vigilância sanitária atraem a competência administrativa da União e, por via reflexa, sua competência legislativa. Resposta: C 33) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Após um acordo entre as lideranças partidárias, a Comissão Permanente de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, com o objetivo de avaliar os critérios utilizados na execução orçamentária de determinado programa de trabalho, deliberou, pela maioria Questões do TJDFT absoluta de seus membros: (1) convocar o governador do Estado, responsável pela prática dos atos analisados; (2) convocar os dirigentes máximos dos entes da Administração Pública indireta, cuja área de atuação tangenciava o referido programa de trabalho; (3) solicitar o depoimento de três renomados economistas; e (4) quebrar o sigilo bancário dos integrantes do órgão estadual de auditoria, considerando a existência de provas de que se omitiram na fiscalização e de que tinham um elevado padrão de vida. À luz da sistemática constitucional, são corretas as medidas descritas: a) apenas no item 3; b) apenas nos itens 1 e 2; c) apenas nos itens 3 e 4; d) apenas nos itens 1, 2 e 3; e) nos itens 1, 2, 3 e 4. Resposta: A 34) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) A organização religiosa Alfa alugou o imóvel de João para ali instalar o seu templo. Ato contínuo, foi comunicada, pela imobiliária que administrava a relação locatícia, sobre a necessidade de pagar o IPTU incidente sobre o imóvel, o que estaria previsto no contrato de locação. Por ter dúvida a respeito da compatibilidade da cobrança com a ordem constitucional, consultou seu advogado, que respondeu, corretamente, que ela era: a) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto estão imunes à cobrança de qualquer tributo; b) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto não podem figurar como contribuintes de direito em relação a qualquer imposto; c) inconstitucional, pois, apesar de a organização religiosa Alfa figurar como contribuinte de fato, não de direito, ela é imune à cobrança do IPTU; d) constitucional, pois os templos de qualquer culto não estão imunes ao pagamento de impostos quando figurarem como contribuintes de fato; e) constitucional, pois os templos de qualquer culto, quando figurarem como contribuintes de fato, somente estão imunes ao pagamento de Questões do TJDFT impostos sobre a renda, não sobre o patrimônio. Resposta: C 35) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) José, advogado recém-formado, tão logo foi incorporado a um escritório de advocacia, recebeu a incumbência de identificar as causas que poderiam ser submetidas, em grau de recurso, ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos Tribunais Superiores, vale dizer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal Militar (STM). Para tanto, precisou identificar se as competências desses tribunais estavam previstas em numerus clausus na ordem constitucional ou se poderiam ser delineadas pela legislação infraconstitucional. Ao final de sua análise, José concluiu, corretamente, que: a) todos os tribunais têm suas competências previstas em numerus clausus na ordem constitucional; b) apenas as competências do STF e do STJ estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional; c) apenas as competências do STF, do STJ e do TST estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional; d) apenas as competências do STF, do STJ, do TST e do TSE estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional; e) todos os tribunais podem ter suas competências delineadas pela legislação infraconstitucional, observados, em qualquer caso, os balizamentos constitucionais. Resposta: B 36) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE) A Lei federal nº XX impôs a todos os cidadãos determinada obrigação de caráter cívico, a ser cumprida em certos períodos por aqueles que fossem sorteados. João, em razão de suas convicções políticas, decidiu que não iria cumprir a obrigação. Questões do TJDFT À luz da sistemática constitucional, João: a)não poderá sofrer consequência desfavorável, por ter exercido plenamente a sua liberdade de consciência, que não pode ser afrontada pelo poder público, sob pena de violação à dignidade da pessoa humana; b)preservará o direito de votar, mas ficará inelegível, consequência que será afastada caso cumpra a prestação alternativa fixada em lei; c)deverá cumprir a prestação alternativa fixada em lei e, caso se recuse, terá a cidadania suspensa em suas acepções ativa e passiva; d)terá os direitos políticos suspensos, os quais serão restabelecidos caso cumpra a prestação alternativa fixada em lei; e)deverá cumprir a prestação alternativa fixada em lei e, caso se recuse, ficará inelegível. Resposta: C 37) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA) Joana, jovem e renomada escritora de livros infantis, faleceu. O mais velho dos seus herdeiros, com 18 anos de idade, preocupado com a situação dos livros, que geravam uma elevada renda para Joana, questionou um advogado a respeito da proteção constitucional oferecida a direitos dessa natureza. O advogado respondeu, corretamente, que o direito de utilização, publicação ou reprodução das obras de Joana pertence: a)de modo exclusivo e em caráter perpétuo, aos herdeiros; b)de modo exclusivo e pelo tempo que a lei fixar, aos herdeiros; c)ao poder público, não aos herdeiros, que têm assegurado o direito de participação nos lucros obtidos; d)ao público em geral, não aos herdeiros, que têm assegurado o direito de participação nos lucros obtidos; e)aos herdeiros, ao poder público e ao público em geral, assegurando-se aos primeiros o direito de participação nos lucros. Questões do TJDFT Resposta: B 38) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O Distrito Federal editou a Lei nº XX, organizando o serviço público local de transporte coletivo. Ao ver do sindicato dos rodoviários desse nível federativo, o diploma normativo é flagrantemente inconstitucional por afrontar normas de reprodução obrigatóriada Constituição da República de 1988, incluindo aquelas afetas ao processo legislativo e aos direitos fundamentais. Por tal razão, consultou o seu advogado a respeito da possibilidade de deflagrar o controle concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado respondeu, corretamente, que o sindicato: a) tem legitimidade para a deflagração do referido controle, mas a afronta a normas de reprodução obrigatória somente permite a realização do controle concentrado pelo Tribunal de Justiça; b) não tem legitimidade para a deflagração do referido controle, além do que a afronta a normas de reprodução obrigatória somente permite a realização do controle concentrado pelo Tribunal de Justiça; c) não tem legitimidade para a deflagração do referido controle, mas seria, em tese, possível o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito fundamental; d) tem legitimidade para a deflagração do referido controle, considerando o princípio da inafastabilidade do acesso à jurisdição constitucional, que há de ser deflagrado com o uso do recurso extraordinário e) não tem legitimidade para a deflagração do referido controle, mas seria, em tese, possível o ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental, não de ação direta de inconstitucionalidade. Resposta: E 39) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) A Lei nº XX, do Estado Alfa, impôs amplas alterações na sistemática remuneratória dos servidores públicos estaduais, alterando gratificações até então recebidas. Em normas transitórias, dispôs que as alterações promovidas Questões do TJDFT seriam aplicadas àqueles que já se encontravam no serviço público à época da sua entrada em vigor, bem como que as gratificações até então recebidas deveriam ser adequadas aos novos patamares legais, ainda que isso acarretasse a redução do total dos vencimentos recebidos. O sindicato dos servidores questionou o seu advogado a respeito da constitucionalidade das normas transitórias da Lei nº XX, sendo-lhe respondido, corretamente, que elas eram: a) inconstitucionais, por violarem a legítima expectativa de direito dos servidores que já ocupavam cargos públicos, os quais não podem ser alcançados por leis posteriores que alterem a sistemática remuneratória; b) inconstitucionais, por violarem o direito adquirido dos servidores que já ocupavam cargos públicos, os quais não podem ser alcançados por leis posteriores que alterem a sistemática remuneratória; c) parcialmente inconstitucionais, apenas na parte em que foi permitida a redução do total dos vencimentos recebidos pelo servidor, em razão da alteração da sistemática afeta às gratificações; d) constitucionais, em razão da necessária linearidade que deve reger a sistemática remuneratória dos servidores públicos, o que é incompatível com a quebra da igualdade formal entre esses agentes; e) constitucionais, pois a alteração da sistemática remuneratória dos servidores públicos estaduais não afetava as garantias do ato jurídico perfeito e do direito adquirido. Resposta: C 40) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) João foi eleito deputado federal pelo Partido Político Alfa. Logo após a diplomação, tomou conhecimento de que o referido partido não tinha preenchido os requisitos estabelecidos para o recebimento dos recursos do fundo partidário e para o acesso gratuito ao rádio e à televisão. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que: a) como João foi eleito em eleição proporcional, o seu mandato pertence ao partido político, logo, não pode se filiar a outro partido sem que haja perda do mandato; b) João tem a obrigação de se filiar, sem perda do mandato, a partido que tenha preenchido os requisitos exigidos, Questões do TJDFT sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão; c) João tem a faculdade de se filiar, sem perda do mandato, a partido que tenha preenchido os requisitos exigidos, não sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão; d) João tem a obrigação de se filiar, sem perda do mandato, a partido que tenha preenchido os requisitos exigidos, não sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão; e) João tem a faculdade de se filiar a qualquer partido político, passando a ocupar uma das cadeiras obtidas pelo novo partido, sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão. Resposta: E 41) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) O deputado estadual João concedeu ampla entrevista a um popular programa televisivo, informando que havia uma organização criminosa instalada no governo do Estado com o objetivo de fraudar licitações e contratos administrativos. Descreveu em detalhes o modus operandi da organização criminosa e informou que recebera as informações de dois servidores públicos estaduais de absoluta confiança. Em razão dessa narrativa, foi instaurada investigação penal para apurar os fatos e identificar os membros da organização criminosa. A primeira providência foi intimar o deputado estadual João para depor.À luz da sistemática constitucional, João: a) está obrigado a depor sobre os fatos e a fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações; b) não está obrigado a depor sobre os fatos nem a fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações; c) está obrigado a depor sobre os fatos, mas não a fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações; d) não está obrigado a depor sobre os fatos, mas deve fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações; Questões do TJDFT e) está obrigado a depor sobre os fatos, mas pode silenciar em relação àquilo que o implique, devendo preservar o sigilo de suas fontes Resposta: B 42) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Em razão do iminente risco de uma enchente no Município Alfa, o prefeito determinou que os pacientes internados no hospital municipal fossem levados para um imóvel particular que estava desocupado, situado em local mais elevado, o que se deu sem prévia autorização do proprietário. À luz da sistemática constitucional, a ação do prefeito municipal foi: a) correta, pois a função social da propriedade permite o seu uso, pelas autoridades constituídas, sempre que entenderem ser útil para o interesse público; b) correta, considerando a existência de iminente perigo público, devendo ser assegurado ao proprietário o direito a posterior indenização, se houver dano; c) errada, pois a propriedade privada, ressalvada a hipótese de desapropriação, não pode ser utilizada sem prévia autorização do proprietário; d) errada, pois o direito à propriedade é absoluto, salvo se inexistisse qualquer outro imóvel público passível de ser utilizado, o que deveria ser objeto de prova; e) errada, pois o uso de imóvel privado exige prévia justificativa, declinada em processo administrativo, sendo assegurado ao proprietário o direito à indenização em valor idêntico ao aluguel do imóvel. Resposta: B 43) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) A Lei nº XX, do Estado Beta, com o objetivo de uniformizar procedimentos, dispôs que os documentos públicos produzidos por outros entes federativos deveriam ser objeto de ratificação perante as Questões do TJDFT repartições públicas competentes de Beta. Com isso, ainda de acordo com a lei, esses documentos passariam a ter uma presunção de veracidade. A Lei nº XX é: a) inconstitucional, pois é vedado ao Estado Beta recusar fé a esses documentos; b) constitucional, pois os documentos públicos somente têm fé perante os órgãos do ente federativo que os produziu; c) constitucional, pois compete ao Estado Beta definir a forma como os documentos públicos devemser utilizados em seu território; d) constitucional, pois a aquisição da presunção de veracidade é pré-requisito para que o documento público tenha sua fé reconhecida por um ente federativo; e) inconstitucional, pois compete privativamente à União indicar os documentos públicos, produzidos por um ente federativo, que devem ter a fé reconhecida por outro. Resposta: A Direito Penal 44) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre a previsão do Art. 24, § 1º, do Código Penal (dever legal de enfrentar o perigo), considere a situação em que uma guarnição composta por quatro policiais, em que apenas um está equipado com arma longa, se depara com um “bonde” (aglomeração de criminosos fortemente armados em deslocamento), integrado por número muito superior de pessoas armadas. Sobre a previsão do perigo na situação descrita, no caso de não atuação policial, estará considerada hipótese de: a)legítima defesa; b)estrito cumprimento do dever legal; c)estado de necessidade; d)exercício regular de direito; e)prevaricação. Questões do TJDFT Resposta: C 45) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considerando as alterações promovidas pela Lei nº 13.654/2018, é correto afirmar que: a) o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, em momento algum deixou de configurar majorante, sendo apenas deslocada e prevendo fração menos severa de aumento; b) a alteração legislativa deixou de considerar o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, como majorante, passando a adotá-lo como qualificadora; c) o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, em momento algum deixou de configurar majorante, sendo apenas deslocada e prevendo fração mais severa de aumento; d) a alteração legislativa deixou de considerar o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, como majorante, passando a adotá-lo como circunstância agravante; e) o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, em momento algum deixou de configurar majorante, sendo apenas deslocada e sem qualquer alteração em relação ao quantum. Resposta: C 46) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando determinada a realização de exame criminológico, deve ser considerado como data-base para progressão de regime o momento: a) do preenchimento do requisito objetivo, se já superado o lapso temporal; b) em que o Juízo das Execuções deferiu o benefício, após implementação do último pressuposto pendente; c) em que o reeducando foi inserido no atual regime, se já superado o lapso temporal; d) da realização do requerimento de progressão, se já superado o lapso temporal; e) da realização do exame favorável ao reeducando, Questões do TJDFT se já superado o lapso temporal. Resposta: E 47) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) No Brasil, o princípio da proibição da dupla persecução penal ou da vedação à dupla incriminação: a) tem expressa previsão na Constituição da República de 1988; b) não tem previsão normativa, o que impede sua aplicação; c) tem expressa previsão no Código de Processo Penal; d) não tem previsão normativa, decorrendo implicitamente da Constituição da República de 1988; e) tem expressa previsão na legislação processual penal extravagante. Resposta: D 48) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre a distinção entre inidoneidade absoluta e inidoneidade relativa, é correto afirmar que no(a): a)crime impossível, a inidoneidade pode ser constatada a posteriori; b)inidoneidade absoluta, a consumação ocorreria se o comportamento seguisse sem percalços alheios à vontade; c)inidoneidade absoluta, uma situação apriorística elimina a possibilidade de consumação do delito; d)tentativa relativamente inidônea, circunstâncias anteriores impedem a consumação do delito; e)crime impossível, situações posteriores tornam inviável a realização integral do tipo. Questões do TJDFT Resposta: C 49) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Durante a realização de ato ecumênico, no domingo de Páscoa, em praça pública, Hermano, pastor de determinada congregação religiosa, ao receber a oportunidade de discursar, ofendeu líderes e seguidores de outras crenças religiosas diversas da sua, afirmando expressamente que seriam “religiões assassinas”, tendo “líderes assassinos”, especializados em pilantragem, estupros espirituais e que levavam seus seguidores a caminhos de podridão. Finalizou que todas as religiões mencionadas eram destinadas à adoração do diabo. Diante desse cenário, é correto afirmar que Hermano: a)praticou o crime de injúria; b)não praticou conduta típica, pois a condenação ideológica de outras crenças é inerente à prática religiosa; c)praticou o crime de calúnia; d)não praticou conduta típica, pois o líder religioso atuou sob a imunidade decorrente da liberdade de expressão; e)praticou o crime de racismo. Resposta: E 50) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Quanto ao dever de reavaliar periodicamente a necessidade da prisão preventiva, é correto afirmar que: a) permanece durante o todo arco procedimental original ou recursal, até a formação do trânsito em julgado; b) ainda que submetido a recurso, o controle segue sob responsabilidade do juiz de primeiro grau; c) é desnecessária a provocação da revisão por via processual adequada, até a formação do trânsito em julgado; d) em primeiro grau, ainda que o réu esteja foragido, subsiste o dever de revisão periódica Questões do TJDFT da prisão preventiva; e) cessa com a formação de um juízo de certeza da culpabilidade do réu, declarado na sentença. Resposta: E 51) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre o tema consumação e tentativa e seus componentes, quanto ao arrependimento posterior, é correto afirmar que: a) no arrependimento posterior, o ato de reparação precisa ser espontâneo; b) o arrependimento posterior é incompatível com o delito de roubo; c) o arrependimento posterior incide se o agente restitui a coisa antes da prolação da sentença; d) o arrependimento posterior incide se o agente repara o dano antes da prolação da sentença; e) não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa. Resposta: E 52) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Dentro dos critérios de solução do conflito aparente de normas, é correto afirmar que o princípio da: a) subsidiariedade é presidido por mera análise lógica respeitante aos elementos constitutivos dos tipos penais decorrentes; b) subsidiariedade estabelece que a incidência da norma principal, que tem uma sanção mais grave, afasta a incidência da norma subsidiária; Questões do TJDFT c) subsidiariedade é presidido por mera análise lógica referente a em que medida haveria uma relação de gênero e espécie essencialmente formal; d) especialidade tem uma estrutura lógica de interferência, exigindo um juízo de valor do fato em relação às normas; e) especialidade tem uma estrutura lógica de interferência, não de subordinação, exigindo uma verificação em concreto. Resposta: B 53) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Majoritariamente a doutrina salienta que são duas as espécies de culpa: inconsciente e consciente. Sobre o tema, é correto afirmar que na culpa: a) inconsciente, o agente considera possível a realização do resultado típico, porém confia que isso não sucederá; b) inconsciente, faz parte da representação do agente a violação do dever de cuidado e do resultado lesivo; c) consciente, faz parte da representação do agente apenas a violação do dever de cuidado; d) consciente, a censura penal deve ser menor quando considerada a mesma violação do risco proibido; e) consciente, o agente sabe do risco de seu comportamento, mas acredita que não acontecerá o resultado. Resposta: E 54) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Hermes resolve matar Renato efetuando diversos disparos de arma de fogo contra seu corpo. Acreditando na Questões do TJDFT morte do seu desafeto, Hermes arremessa a vítima de um penhasco. Ocorre que, apesar de alvejado, Renato não havia falecido com os disparos, vindo, no entanto, a morrer por conta do traumatismo decorrente da precipitação no desfiladeiro. Diante desse quadro, é corretoafirmar que Hermes: a) responderá por homicídio culposo, pelo desvio causal não pretendido; b) responderá por crime, por atuar com erro sobre a pessoa; c) responderá por homicídio doloso tentado, por atuar com erro determinado por terceiro; d) não responderá por crime, por atuar com erro sobre a execução; e) responderá por homicídio doloso, por atuar com dolo geral. Resposta: E 55) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Sobre a previsão do parágrafo único do Art. 25 do Código Penal (legítima defesa de vítima mantida refém durante a prática de crimes), é correto afirmar que: a)a abertura do preceito permite a extensão a outros agentes, como guardas civis municipais e integrantes do sistema prisional; b)o raio de incidência da excludente não alcança contextos em que qualquer pessoa é mantida refém durante a prática de crimes; c)apenas a privação de liberdade, e não a restrição, pode colocar a vítima em posição de refém e funcionar como elemento da excludente; d)apenas a restrição de liberdade, e não a privação, pode colocar a vítima em posição de refém e funcionar como elemento da excludente; e)a atuação defensiva pelo agente de segurança Questões do TJDFT deverá ocorrer a qualquer tempo, ainda que a vítima esteja em local diferente de quem tolhe sua liberdade. Resposta: A 56) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA) Nas excludentes de antijuridicidade há limites impostos pela própria lei para que o fato tipificado seja justificado. Sobre o tema do excesso na causa de justificação, é correto afirmar que: a)o excesso na causa de justificação é instituto incompatível por si só com a submissão ao juízo de inexigibilidade de uma conduta diversa; b)a exculpação do excesso na causa de justificação pode ter três sistemas de aplicação: erro de cálculo, quase justificação e estados psíquicos excepcionais; c)o excesso na ação necessária para o exercício de uma causa de justificação é punível ainda que o agente o faça por ignorância inevitável ou erro invencível; d)ocorre excesso extensivo quando a pretendida defesa é exercitada a tempo de evitar o dano, mas os meios empregados são desproporcionais; e)ocorre excesso intensivo quando a pretendida defesa é exercitada extemporaneamente, pois o bem jurídico que se quer defender já está lesionado. Resposta: B 57) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Norma penal em branco é aquela que contempla uma sanção, mas apresenta hipótese fática imprecisa ou incompleta. Para a devida aferição do preceito primário, requer o socorro de outra norma. Sobre a Questões do TJDFT norma penal em branco, é correto afirmar que: a) a complementação pode ser geral, extensível ao todo do preceito primário; b) a complementação pode ser geral, extensível ao todo do preceito secundário; c) o objeto da complementação deve estar relacionado à atualização do núcleo verbal; d) a definição do núcleo essencial do delito é tarefa que cabe apenas ao legislador; e) o início da descrição da conduta proibida, como a previsão do núcleo típico, pode ser complementado. Resposta: D 58) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) O estado de necessidade caracteriza-se por ser um conflito entre interesses legítimos, no qual um destes é salvo à custa do outro, em face da impossibilidade fática de que ambos subsistam. São requisitos legais do estado de necessidade: a) risco atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício; b) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício; c) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e exigibilidade do sacrifício; d) risco atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e exigibilidade do sacrifício; e) perigo atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e inexigibilidade do sacrifício. Questões do TJDFT Resposta: E 59) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Constituem elementos da culpabilidade: a) inimputabilidade, potencial consciência da lei e inexigibilidade de uma conduta diversa; b) maioridade, potencial consciência da lei e inexigibilidade de uma conduta diversa; c) imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade de uma conduta diversa; d) maioridade, potencial conhecimento da ilicitude e exigibilidade de uma conduta diversa; e) imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e inexigibilidade de uma conduta diversa. Resposta: C Direito Processual Civil 60) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) André intentou ação de cobrança de obrigação contratual em face de Carlos, tendo formulado o pedido de condenação deste ao pagamento da quantia de cinquenta mil reais. Encerrada a instrução probatória, o juiz da causa, concluindo que os fatos constitutivos do direito afirmado na petição inicial restaram parcialmente comprovados, proferiu sentença em que condenava o réu a pagar ao autor a quantia de dez mil reais. Inconformado, André interpôs recurso de apelação, pleiteando a reforma parcial da sentença para que se acolhesse integralmente o seu pedido, com a condenação de Carlos a lhe pagar a importância de cinquenta mil reais. Intimado para responder ao recurso do réu, Carlos apresentou as suas contrarrazões e, também, interpôs apelo adesivo, em cujas razões pugnou pela rejeição total do pleito de cobrança de André. Remetidos os autos ao órgão ad Questões do TJDFT quem, André, uma semana antes do julgamento dos recursos pelo órgão fracionário, protocolizou petição em que desistia de sua apelação. Nesse contexto, é correto afirmar que: a)nenhum dos recursos de apelação poderá ser conhecido pelo tribunal; b)o recurso de apelação de André não poderá ser conhecido pelo tribunal, podendo sê-lo o de Carlos; c)o relator deverá determinar a intimação de Carlos para que informe se concorda com a desistência do apelo autoral; d)deverá ser reconhecida a ineficácia da desistência, já que manifestada quando o feito já estava incluído em pauta para julgamento; e)ambos os recursos de apelação poderão ser conhecidos pelo tribunal, embora André deva ser sancionado com as penas da litigância de má-fé. Resposta: A 61) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Um cidadão ajuizou ação popular para obter a invalidação de ato administrativo que reputava lesivo ao patrimônio público.Contudo, antes mesmo que os autos fossem à conclusão para fins de juízo positivo de admissibilidade da demanda, o autor manifestou desistência da ação, aludindo, inclusive, à existência de poderes especiais para tanto, que havia outorgado ao seu advogado no instrumento de mandato. Nesse cenário, deverá o juiz: a) homologar a desistência, extinguindo o feito sem resolução do mérito; b) deixar de homologar a desistência e determinar a citação da parte ré, diante da indisponibilidade da matéria litigiosa; c) determinar a intimação pessoal do autor, por oficial de justiça, para que ratifique a manifestação Questões do TJDFT de desistência; d) determinar a intimação da parte ré, por oficial de justiça, para informar se concorda, ou não, com a desistência; e) determinar a publicação de editais, a fim de assegurar a possibilidade de outro cidadão assumir o polo ativo. Resposta: E 62) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) No julgamento de uma ação rescisória, o Tribunal de Justiça acolheu, por unanimidade, o pedido rescindente e desconstituiu a coisa julgada por entender configurada manifesta violação à norma jurídica. E, no juízo rescisório, por maioria de votos, foi julgado procedente o pedido. Nesse cenário, é correto afirmar que: a) haverá ampliação do colegiado, com convocação de novos julgadores para nova sessão de julgamento, quando poderá ocorrer a inversão do resultado inicial; b) haverá prosseguimento do feito, devendo os autos serem encaminhados ao órgão de maior composiçãoprevisto no regimento interno; c) não incidirá a técnica de complementação de julgamento, uma vez que tal regra só incide quando houver divergência de votos quanto ao juízo rescindente; d) há nulidade processual absoluta, uma vez que a violação à norma jurídica não enseja hipótese para rescindibilidade do julgamento; e) cabe ao interessado apelar da sentença que julgou procedente o pedido formulado na petição inicial, por maioria de votos. Resposta: C Questões do TJDFT 63) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Tendo sido citado em ação de cobrança de obrigação contratual ajuizada por um dos dois credores solidários, o réu, sem apresentar contestação, ofertou reconvenção em face do autor e, também, do outro credor, pedindo a declaração judicial da prescrição do crédito que lhe é cobrado na ação original. Nesse cenário, deve o juiz da causa: a) deixar de conhecer da reconvenção, em razão da ausência de peça contestatória; b) deixar de conhecer da reconvenção, já que esta importou em um litisconsórcio inexistente na ação original; c) deixar de conhecer da reconvenção, em razão da ausência de interesse de agir; d) admitir a reconvenção, determinando a citação de ambos os reconvindos, por oficial de justiça, para apresentarem resposta; e) admitir a reconvenção, determinando, apenas, a intimação do autor-reconvindo, por seu advogado, para apresentar resposta. Resposta: C 64) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Rodrigo, solteiro, professor de música, mora sozinho em um pequeno apartamento alugado em Porto Alegre. Ele é proprietário de um único imóvel residencial – uma casa de vila, atualmente locada a terceiros – e utiliza o valor auferido com a locação para pagar suas despesas fixas e o aluguel do próprio apartamento em que habita. Rodrigo tem poucos bens de valor significativo em sua residência: apenas uma pintura de um artista brasileiro do século passado, que recebeu como herança de um tio distante, e um piano de cauda importado da Alemanha, que ganhou de seu pai há muitos anos e que utiliza para dar aulas. Recentemente, Rodrigo passou por dificuldades financeiras e, Questões do TJDFT tendo contraído empréstimo junto ao banco do qual é correntista, não dispôs de recursos suficientes para pagar o valor devido à instituição financeira na data do vencimento do débito. Caso venha sofrer a execução judicial do débito e o banco requeira a penhora de seus bens, é correto afirmar que: a)a casa de vila é penhorável, porque não é o local de residência de Rodrigo; b)a casa de vila não se submete ao regime jurídico dos bens de família, porque Rodrigo é solteiro e mora sozinho; c)a pintura e o piano de cauda pertencentes a Rodrigo são adornos suntuosos e, portanto, penhoráveis; d)o piano de cauda é impenhorável, porque está abrangido pelo regime jurídico dos bens de família; e)a pintura é impenhorável, na medida em que guarnece imóvel que não pertence a Rodrigo. Resposta: D 65) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Juiz proferiu sentença em que condenava o réu, assistido pelo órgão da Defensoria Pública, a cumprir determinada obrigação contratual, tendo, ainda, ordenado a suspensão da exigibilidade do pagamento dos honorários de sucumbência, em razão da gratuidade de justiça deferida ao demandado. A princípio, o ato decisório foi publicado no órgão oficial do dia 14 de março de 2022, embora tenha sido promovida a intimação pessoal do defensor público em 16 de maio de 2022.Levando-se em conta que o réu interpôs a apelação no dia 15 de junho de 2022, deverá a serventia certificar: a) a intempestividade do recurso, cabendo ao juiz, na sequência, deixar de admiti-lo; b) a intempestividade do recurso, impondo-se a remessa Questões do TJDFT dos autos ao órgão ad quem, após a intimação do autor para ofertar as contrarrazões; c) a tempestividade do recurso, impondo-se a remessa imediata dos autos ao órgão ad quem, sem a intimação do autor para ofertar contrarrazões; d) a tempestividade do recurso, impondo-se a remessa dos autos ao órgão ad quem, após a eventual apresentação pelo autor das contrarrazões; e) a falta de preparo do recurso, cabendo ao juiz, na sequência, inadmiti-lo. Resposta: D 66) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Pedro, ao ser demandado em uma ação de ressarcimento de danos materiais, afirma, na contestação, não ser o responsável pelo prejuízo invocado, mas, sim, seu irmão José. Nesse sentido, é correto afirmar que: a) o juiz deve extinguir o processo, sem resolução do mérito, se entender que assiste razão ao exposto por Pedro; b) o autor não poderá alterar a petição inicial, uma vez que já está estabilizada subjetivamente a demanda com a citação do réu; c) o juiz deverá intimar o autor, que só poderá requerer a extinção do feito e propor uma nova demanda em face de José ou seguir com Pedro no polo passivo; d) o juiz deve julgar improcedente o pedido, desde logo, se entender que quem praticou o referido ato foi realmente José; e) o autor poderá alterar a petição inicial, substituindo Pedro por José, no polo passivo, reembolsando as despesas e pagando honorários ao procurador do réu excluído. Questões do TJDFT Resposta: E 67) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Joana intentou ação visando à invalidação de um contrato de mútuo que havia celebrado, sob a alegação de que não tinha discernimento para a prática dos atos da vida civil.Finda a instrução probatória, o juiz da causa, concluindo que a incapacidade civil da autora não havia ficado comprovada, julgou improcedente o pedido em sentença que, à míngua de interposição de recurso de apelação, transitou em julgado.Seis meses depois, Joana ajuizou nova demanda em face do mesmo réu, em que pleiteou a invalidação do mesmo contrato de mútuo, estribando-se, já então, no argumento de que fora vítima de dolo por parte do outro contratante.Regularmente citado, o réu, sem prejuízo de suas teses defensivas de mérito, suscitou em sua contestação, preliminarmente, a coisa julgada formada no primeiro feito. Nesse cenário, o juiz da nova causa, depois de ofertada a réplica autoral, deverá: a) acolher a preliminar suscitada, extinguindo o feito sem resolução do mérito; b) acolher a preliminar suscitada, extinguindo o feito com resolução do mérito; c) rejeitar a preliminar suscitada, determinando o prosseguimento do feito, rumo à instrução probatória; d) rejeitar a preliminar suscitada, mas extinguir o feito sem resolução do mérito, em razão da falta de interesse de agir; e) rejeitar a preliminar suscitada, mas extinguir o feito sem resolução do mérito, em razão da falta de pressuposto processual de validade. Resposta: C Questões do TJDFT 68) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Em matéria de indisponibilidade do sistema PJe, de acordo com o Provimento Judicial da Corregedoria da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios aplicado ao Processo Judicial Eletrônico (disponibilizado no DJe de 21/08/2017), os prazos que vencerem no dia da ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia útil seguinte, quando a indisponibilidade: a) ocorrer entre a 0h00 e as 06h00 dos dias de expediente forense; b) ocorrer em feriados e finais de semana, a qualquer hora, por período superior a noventa minutos; c) for superior a sessenta minutos, ininterruptos ou não, se ocorrida entre as 6h00 e as 23h00; d) for superior a trinta minutos, ininterruptos ou não, nas últimas 24 horas do prazo, ocasião em que a prorrogação de prazo será feita mediante ato do presidente do Tribunal, vedada a prorrogação automática pelo sistema PJe; e) ocorrer, em qualquer dia, por período superior a noventa minutos, ocasião em que a prorrogação de prazo será feita mediante ato do presidente do Tribunal, vedada a prorrogação automática pelo sistema PJe. Resposta: C 69) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO) O juiz, um ano após determinar a citação do executado, em um processo de execução com base em um título executivo extrajudicial, verificou ser seu juízo absolutamente incompetente, o que motivou a remessa do feito para o juízo que entendia ser competente.
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