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Apostila de Questões de Concursos do TJDFT

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Questões do TJDFT
Administração Financeira e Orçamentária
1) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
O projeto de Lei Orçamentária Anual apresenta as
receitas classificadas segundo a sua natureza (categorias econômicas,
origens e espécies) e as despesas segundo suas
classificações institucional, funcional, programática e por natureza. 
Tais classificações, além de serem legalmente exigidas, estão associadas
ao princípio orçamentário da:
a) clareza;
b) consistência;
c) especificação;
d) exclusividade;
e) programação.
Resposta: C
Direito Administrativo
2) (FGV/2022/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Em março de 2022, José, analista judiciário do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, de forma dolosa,
no exercício da função, revelou fato de que tinha ciência
em razão das atribuições e que devia permanecer em segredo,
propiciando beneficiamento por informação privilegiada e, ainda,
colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado. De acordo com
a atual redação da Lei nº 8.429/1992, José praticou ato
de improbidade administrativa e, após o devido processo legal, está
sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
a)pagamento de multa civil de até 24 vezes o valor
da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com
o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não
superior a quatro anos;
b)perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três
a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem
Questões do TJDFT
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição
de contratar com o poder público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de cinco anos;
c)perda da função pública, pagamento de multa civil de até
24 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e
proibição de contratar com o poder público ou de receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo não superior a quatro anos;
d)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até doze anos, pagamento de multa civil equivalente ao
valor do dano e proibição de contratar com o poder
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a
doze anos;
e)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos até catorze anos, pagamento de multa civil equivalente ao
valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o
poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior
a catorze anos.
Resposta: A
3) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das
funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e
processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei nº
8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais
legais, em tese, João, que até então nunca havia praticado qualquer
infração funcional, está sujeito à sanção de:
a) advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso
Questões do TJDFT
de três anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
b) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de três anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
c) suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
d) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de três anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar;
e) demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso
de cinco anos de efetivo exercício, se João não houver,
nesse período, praticado nova infração disciplinar.
Resposta: A
4) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
O prefeito do Município Alfa solicitou que sua assessoria iniciasse
o planejamento das licitações a serem realizadas no período de
janeiro a dezembro do exercício financeiro de 2023, o que
iria subsidiar a proposta orçamentária a ser apresentada ao Poder
Legislativo. Ressaltou, ainda, que entendia ser conveniente, sempre que possível,
a utilização de uma modalidade de licitação em que lhe
fosse permitido convidar os interessados do ramo pertinente ao objeto
licitado, para que apresentem as suas propostas. Ao tomar conhecimento
do objetivo do prefeito, sua assessoria lhe respondeu, corretamente, que
a referida modalidade de licitação:
a) não poderá ser utilizada a partir do momento em
que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, mas
as licitações iniciadas em momento anterior continuarão a observar a
Lei nº 8.666/1993;
b) não poderá ser utilizada a partir do momento em
que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021, sendo
que as licitações não concluídas, iniciadas em momento anterior, sob
a égide da Lei nº 8.666/1993, serão refeitas;
c) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento
em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021,
Questões do TJDFT
sejam observadas as normas que veiculou a respeito dessa modalidade,
incluindo as licitações iniciadas em momento anterior;
d) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento
em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021,
sejam observadas as normas que veiculou, passando a ser convidados,
no mínimo, quatro interessados, excluídas as licitações iniciadas em momento
anterior;
e) poderá ser utilizada, desde que, a partir do momento
em que for cogente a utilização da Lei nº 14.133/2021,
sejam observadas as normas que veiculou, exigindo-se a apresentação de,
no mínimo, quatro propostas, excluídas as licitações iniciadas em momento
anterior.
Resposta: A
5) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Joana e Henriqueta travaram intenso debate a respeito dos atributos
dos atos administrativos, mais especificamente em relação à possibilidade de
a Administração Pública fazer com que produzam efeitos na esfera
jurídica alheia, constituindo obrigações mesmo contra a vontade dos seus
destinatários. Ao final, concluíram, corretamente, que os referidos atos:
a) sempre apresentam esse efeito, o que decorre da presunção
de juridicidade;
b) podem apresentar esse efeito, o que decorre do atributo
da imperatividade;
c) podem apresentar esse efeito, o que decorre do atributo
da autoexecutoriedade;
d) sempre apresentam esse efeito, o que decorre do que
alguns denominam poder extroverso;
e) jamais apresentam esse efeito, que se mostra incompatível com
o Estado Democrático de Direito.
Resposta: B
Questões do TJDFT
6) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Antônia, estudiosa da improbidade administrativa, recebeu a incumbência,
em um grupo de estudos, de realizar a análise da estrutura tipológica
adotada pela Lei nº 8.429/1992 e do elemento subjetivo exigido
para o enquadramento de uma conduta em seus termos. Ao
final, Antônia concluiu, corretamente, que a referida estrutura é:
a) aberta, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira exemplificativa,
enquanto o elemento subjetivo está lastreado apenas no dolo;
b) fechada, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneirataxativa,
isto apesar do emprego de conceitos jurídicos indeterminados, enquanto o
elemento subjetivo está lastreado apenas no dolo;
c) aberta, sendo as condutas ilícitas mencionadas de maneira exemplificativa,
enquanto o elemento subjetivo está lastreado no dolo ou na
culpa, sendo esta última aplicável exclusivamente aos atos que causam
prejuízo ao erário;
d) aberta, em relação aos atos que gerem enriquecimento ilícito
ou prejuízo ao erário, mas taxativa quanto aos atos que
atentem contra os princípios administrativos, sendo o elemento subjetivo o
dolo, exigindo-se ainda um especial fim de agir;
e) aberta, quanto aos atos que atentem contra os princípios
administrativos, mas taxativa em relação aos atos que gerem enriquecimento
ilícito ou prejuízo ao erário, sendo o elemento subjetivo o
dolo, exigindo-se ainda um especial fim de agir.
Resposta: D
7) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Pouco tempo após celebrar contrato administrativo com o Município
Beta, a sociedade empresária ZZ foi surpreendida com uma ordem escrita
da Administração suspendendo o referido contrato. Após consultarem um
advogado, foi corretamente informado aos dirigentes da sociedade
empresária ZZ que, consoante a Lei nº 14.133/2021, a Administração:
a) agira de modo ilícito ao suspender unilateralmente o contrato
administrativo;
b) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
pelo prazo que entender conveniente, não podendo ser oposto qualquer
óbice por ZZ;
Questões do TJDFT
c) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
mas ZZ tem direito à sua extinção se a suspensão
se estender por prazo superior a três meses;
d) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
mas ZZ tem direito à sua revisão se a suspensão
se estender por prazo superior a quatro meses;
e) tem a faculdade de suspender unilateralmente o contrato administrativo,
com suspensão de pagamentos, por até trinta dias, reiniciando-se os
pagamentos após esse período.
Resposta: C
8) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
Maria, ministra de Estado, tomou conhecimento de que Joana, que
estava à frente de uma estrutura criada a partir dos
conceitos da descentralização administrativa, vinculada ao seu Ministério, sendo responsável
pela prestação de serviços públicos, praticara um ato que fora
muito criticado. Esse ato, ao ver de Maria, se mostrava
totalmente inconveniente e inoportuno à luz do interesse público. À
lua da narrativa, é correto afirmar que Maria:
a) pode anular o ato de Joana, no exercício do
poder de tutela;
b) pode revogar o ato de Joana, no exercício do
poder de autotutela;
c) no exercício do poder de supervisão, pode anular ou
revogar o ato de Joana, conforme o caso;
d) deve observar, em princípio, a autonomia do ente dirigido
por Joana, exercendo a tutela no limite estabelecido em lei;
e) deve observar a autonomia do ente dirigido por Joana,
mas pode exercer o controle interno, conforme autorizado em lei.
Resposta: D
Questões do TJDFT
9) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)
A sociedade empresária YY celebrou contrato administrativo para o fornecimento
de determinados bens móveis para a Secretaria de Educação do
Município Alfa. Como os móveis eram transportados desmontados, era necessária
a sua montagem, o que se estendeu por três meses.
Dias antes da conclusão da montagem, foi divulgado, na imprensa,
que a referida sociedade empresária estava em débito com as
suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, o que vinha gerando grande
insatisfação junto aos empregados. À luz dessa narrativa e levando-se
em conta a sistemática inaugurada pela Lei nº 14.133/2021, é
correto afirmar que o Município Alfa:
a) não é responsável pelos encargos trabalhistas e previdenciários resultantes
da execução do contrato, os quais configuram obrigação do contratado;
b) responde solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos encargos
trabalhistas, se comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das
obrigações do contratado;
c) responde solidariamente pelos encargos previdenciários e subsidiariamente pelos encargos
trabalhistas, ainda que não comprovada a falha na fiscalização do
cumprimento das obrigações do contratado;
d) não é responsável pelos encargos trabalhistas e previdenciários resultantes
da execução do contrato, desde que tenha previsto no edital
ou no contrato a outorga de garantias para o cumprimento
dessas obrigações;
e) responde solidariamente pelos encargos trabalhistas e subsidiariamente pelos encargos
previdenciários, se comprovada a falha na fiscalização do cumprimento das
obrigações do contratado ou a não exigência de garantias.
Resposta: A
10) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
Joana, jovem e renomada escritora de livros infantis, faleceu. O
mais velho dos seus herdeiros, com 18 anos de idade,
preocupado com a situação dos livros, que geravam uma elevada
renda para Joana, questionou um advogado a respeito da proteção
constitucional oferecida a direitos dessa natureza. O advogado respondeu, corretamente,
que o direito de utilização, publicação ou reprodução das obras
de Joana pertence:
Questões do TJDFT
a) de modo exclusivo e em caráter perpétuo, aos herdeiros;
b) de modo exclusivo e pelo tempo que a lei
fixar, aos herdeiros;
c) ao poder público, não aos herdeiros, que têm assegurado
o direito de participação nos lucros obtidos;
d) ao público em geral, não aos herdeiros, que têm
assegurado o direito de participação nos lucros obtidos;
e) daos herdeiros, ao poder público e ao público em
geral, assegurando-se aos primeiros o direito de participação nos lucros.
Resposta: B
11) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
João, servidor público federal ocupante de cargo efetivo, no exercício
das funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e
processo. De acordo com o regime jurídico disciplinar da Lei
nº 8.112/1990, que lhe é aplicável, observadas as cautelas procedimentais
legais, em tese, João, que até então nunca havia praticado
qualquer infração funcional, está sujeito à sanção de:
a)advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
b)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
c)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
d)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
e)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.
Questões do TJDFT
Resposta: A
12) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
O prefeito do Município Alfa decidiu promover uma ampla reestruturação
da Administração pública indireta. Para tanto, decidiu que fosse elaborado
um estudo preliminar, de modo a delinear os contornos gerais
de: (1) duas entidades com personalidade jurídica própria, para a
execução dos serviços públicos de limpeza urbana e de administração
de cemitérios públicos; e (2) de órgãos específicos, a serem
criados no âmbito da Secretaria de Saúde e da Secretaria
de Ordem Pública, de modo a aumentar a especialização e,
consequentemente, o nível de eficiência estatal. É correto afirmar que:
a)em (1) são mencionados exemplos de descentralização administrativa por especificação
e em (2) de descentralização administrativa por serviços;
b)em (1) são mencionados exemplos de desconcentração administrativa por especificação
e em (2) de desconcentração administrativa por serviços;
c)em (1) são mencionados exemplos de descentralizaçãoadministrativa por serviços
e em (2) de desconcentração administrativa;
d)em (1) são mencionados exemplos de desestatização por serviços e
em (2) de descentralização administrativa por eficiência;
e)em (1) são mencionados exemplos de desestatização por serviços e
em (2) de estatização por padrão de eficiência.
Resposta: C
13) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
Maria, servidora pública federal, foi aposentada por incapacidade permanente.
Após algum tempo, junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos da
aposentadoria. Como Maria estava plenamente apta ao exercício das funções
que sempre desempenhou, deve ocorrer o(a) seu/sua:
a)aproveitamento;
b)reintegração;
c)readaptação;
d)recondução;
e)reversão.
Questões do TJDFT
Resposta: E
14) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
A sociedade empresária YY, especializada na prestação de serviços hospitalares,
com sede na Alemanha, decidiu iniciar estudos para explorar o
serviço de assistência à saúde no território brasileiro. Ao consultar
um especialista da área, foi-lhe informado, corretamente, que YY:
a)não pode explorar o serviço, que é vedado, de modo
peremptório, às empresas estrangeiras;
b)pode explorar o serviço, o qual, por ser de relevância
pública, depende de concessão ou permissão do poder público;
c)pode explorar livremente o serviço, que está ao alcance da
iniciativa privada, podendo ser prestado por empresas nacionais e estrangeiras;
d)pode explorar livremente o serviço, que está ao alcance da
iniciativa privada, podendo ser prestado por empresas nacionais e estrangeiras;
e)pode explorar o serviço, desde que se enquadre em um
permissivo legal, pois a regra é que a assistência à
saúde não pode ser prestada por empresas estrangeiras.
Resposta: E
15) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça Alfa deseja
contratar aquisição de determinados equipamentos que só podem ser fornecidos
por empresa exclusiva. De acordo com o regime jurídico da
Lei nº 14.133/2021, tal contratação pelo Tribunal de Justiça Alfa
deve ser feita mediante:
a)inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência
por marca específica;
b)inexigibilidade de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência
Questões do TJDFT
por marca específica;
c)dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, vedada a preferência
por marca específica;
d)dispensa de licitação, mas o Tribunal deverá demonstrar a inviabilidade
de competição mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade,
declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de comprovar que
o objeto é fornecido por empresa exclusiva, permitida a preferência
por marca específica;
e)prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, para contratação de compra
em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente
selecionados mediante critérios subjetivos, com o intuito de desenvolver uma
ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo
os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos.
Resposta: A
16) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
Maria é servidora pública federal estável ocupante de cargo efetivo
e, após processo administrativo disciplinar, foi demitida. Inconformada, Maria aforou
medida judicial e obteve sentença, já transitada em julgado, que
determinou sua reintegração. Após o retorno a seu cargo, Maria
recebeu apenas o pagamento retroativo dos vencimentos, férias indenizadas e
auxílio-alimentação, referentes ao período em que esteve afastada por força
da demissão, ora já declarada nula. Insatisfeita com os valores
recebidos, mesmo ciente de que não ocorreu, no período reivindicado,
qualquer situação de ambiente insalubre nem necessitou se deslocar no
trajeto residência-trabalho-residência, Maria ajuizou nova medida judicial, agora pleiteando o
pagamento retroativo das verbas a título de auxílio-transporte e adicional
de insalubridade, em relação ao período em que ficou ilegalmente
afastada. Levando em consideração a atual jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça sobre o tema, a pretensão de Maria:
a) merece prosperar, pois todas as verbas, sejam de natureza
salarial, sejam de natureza indenizatória, devem ser pagas retroativamente em
relação ao período em que Maria ficou ilegalmente afastada de
suas funções;
Questões do TJDFT
b) merece prosperar, pois, além de receber retroativamente todas as
verbas, sejam de natureza salarial, sejam de natureza indenizatória, Maria
tem direito à reparação pelos danos morais sofridos pela demissão
declarada nula;
c) não merece prosperar, pois a servidora somente tem direito
ao pagamento retroativo de seus vencimentos, razão pela qual deve
devolver os valores recebidos de boa-fé a título de férias
indenizadas e auxílio-alimentação;
d) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e
do adicional de insalubridade têm natureza indenizatória, assim como também
não lhe seria devido o auxílio-alimentação que lhe fora indevidamente
pago;
e) não merece prosperar, pois os pagamentos do auxílio-transporte e
do adicional de insalubridade não se mostram devidos à servidora
pelo tão só exercício ficto no cargo público, haja vista
que ditas rubricas reclamam a existência de requisitos legais específicos,
não preenchidos.
Resposta: E
17) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
João, servidor público ocupante de cargo efetivo, no exercício das
funções, opôs resistência injustificada ao andamento de documento e processo.
advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
a)advertência, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
b)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
c)suspensão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
d)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
três anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar;
Questões do TJDFT
e)demissão, que terá seu registro cancelado, após o decurso de
cinco anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse
período, praticado nova infração disciplinar.
Resposta: A
18) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
João, após regular processo administrativo disciplinar, foi demitido do serviço
público. Irresignado com o teor dessa decisão, ajuizou ação, perante
o Poder Judiciário, requerendo o reconhecimento de vício no processo
administrativo, com a consequente declaração da nulidade da decisão que
culminou com a referida sanção. À luz dessa narrativa, João
deve ser:
a) aproveitado;
b) reconduzido;
c) reintegrado;
d) readaptado;
e) posto em disponibilidade.
Resposta: C
19) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Joana e Regina, que atuavam no setor de licitações da
Secretaria de Administraçãodo Município Beta, travaram intenso debate a
respeito da legislação que deveria reger a escolha das modalidades
de licitação no período de 2 de abril de 2021
a 1º de abril de 2023. Joana defendia que poderiam
continuar a ser aplicadas a Lei nº 8.666/1993 ou a
Lei nº 10.520/2002, conforme o caso, sendo admitida a aplicação
combinada das normas de um desses diplomas normativos com aquelas
veiculadas pela Lei nº 14.133/2021. Regina, por sua vez, entendia
que somente os processos de licitação já iniciados em 2
de abril de 2021 continuariam a ser regidos pela Lei
nº 8.666/1993 ou pela Lei nº 10.520/2002, enquanto os demais,
Questões do TJDFT
instaurados a partir de então, seriam integralmente disciplinados pela Lei
nº 14.133/2021. À luz da sistemática vigente, no período indicado,
é correto afirmar que:
a) apenas Joana está errada, pois é vedada a combinação
da Lei nº 14.133/2021 com outros diplomas normativos, estando Regina
certa ao afirmar que esse diploma normativo deve reger todas
as licitações;
b) apenas Regina está errada, pois deve ser aplicada a
Lei nº 14.133/2021 mesmo às licitações em curso, ainda que
de modo combinado com a Lei nº 8.666/1993 ou a
Lei nº 10.520/2002, conforme o caso;
c) apenas Regina está errada, pois não deve ser aplicada
a Lei nº 14.133/2021 de modo exclusivo, sendo possível a
sua aplicação de modo combinado com a Lei nº 8.666/1993
ou a Lei nº 10.520/2002, conforme o caso;
d) Joana e Regina estão erradas, pois a Administração Pública
pode optar, em uma licitação, pela aplicação, de um lado,
da Lei nº 8.666/1993 ou da Lei nº 10.520/2002, ou,
do outro, da Lei nº 14.133/2021, sendo vedada a combinação;
e) Joana e Regina estão parcialmente certas, pois a Lei
nº 8.666/1993 ou a Lei nº 10.520/2002 podem continuar a
ser aplicadas, mas apenas em relação às licitações já iniciadas,
sendo ainda admitida a combinação com a Lei nº 14.133/2021.
Resposta: D
20) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Durante o ano de 2022, João, técnico judiciário do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dolosamente, utilizou,
em serviço particular de entrega de refeições consistentes em marmitas
fitness produzidas e vendidas por sua esposa, o trabalho de
terceiros contratados pelo TJDFT. João pedia aos estagiários lotados na
Vara onde trabalha que fizessem as entregas das marmitas, no
horário de expediente, em troca de eventuais gorjetas que recebessem
dos consumidores. De acordo com a legislação de regência, em
tese, João praticou:
a)ato de improbidade administrativa que importou enriquecimento ilícito;
Questões do TJDFT
b)infração ética, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pois
não houve efetivo dano ao erário;
c)ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, ainda
que sua conduta tivesse sido culposa;
d)infração disciplinar, mas não cometeu ato de improbidade administrativa, pois
não houve efetivo dano ao erário;
e)infrações ética e disciplinar, mas não cometeu ato de improbidade
administrativa, pela falta de tipicidade, diante das alterações promovidas na
Lei de Improbidade.
Resposta: A
21) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
José, servidor público, praticou insubordinação grave em serviço. De acordo
com o regime jurídico da Lei nº 8.112/1990 que lhe
é aplicável, após regular processo administrativo disciplinar, José está sujeito
à penalidade administrativa da:
a) advertência, e a ação disciplinar prescreve em cento e
oitenta dias;
b) advertência, e a ação disciplinar prescreve em dois anos;
c) suspensão por até trinta dias, e a ação disciplinar
prescreve em dois anos;
d) suspensão por até noventa dias, e a ação disciplinar
prescreve em cinco anos;
e) demissão, e a ação disciplinar prescreve em cinco anos.
Resposta: E
Direito Civil
22) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
A rede de supermercados Preços Incríveis Ltda. celebrou
contrato com a fabricante de bebidas gaseificadas Geral
Cola S/A, por tempo indeterminado, para comercializar, com
Questões do TJDFT
exclusividade, a “Nova Geral Cola”, o mais novo
produto desta última, repassando-lhe um percentual do valor
auferido com as vendas. Os supermercados Preços Incríveis
ainda se comprometiam a não comercializar bebidas de
fabricantes concorrentes. O contrato previa cláusula penal
compensatória para a hipótese de inadimplemento absoluto por
qualquer das partes, sem prever indenização suplementar.
Na data prevista para o primeiro pagamento à Geral Cola
pela rede de supermercados, esta quedou-se inerte, deixando
de repassar à fabricante o percentual devido das
vendas do produto. Dias depois, os gestores da
Geral Cola ainda descobriram que os supermercados Preços
Incríveis continuavam a comercializar bebidas de diversas
outras marcas. Considerando que a conduta da rede de
supermercados abalou drasticamente a estratégia comercial da
Geral Cola, fulminando qualquer interesse útil que esta ainda
mantivesse no contrato, é correto afirmar que:
a) a Geral Cola S/A poderá exigir da
rede Preços Incríveis Ltda. acláusula penal, mas não
poderá cumular o pedido comeventuais perdas e danos
pelo inadimplemento;
b)a Geral Cola S/A poderá cobrar da rede Preços Incríveis Ltda.
lucros cessantes decorrentes do inadimplemento, cumuladoscom
a cláusula penal, mas não com danos emergentes;
c)a rede Preços Incríveis Ltda. deverá pagar o
percentual dasvendas devido à Geral Cola S/A, acrescido
de jurosremuneratórios, mas não de juros legais;
d)a rede Preços Incríveis Ltda. somente deverá arcar
com a cláusula penal compensatória na exata proporção
do prejuízo sofrido pela Geral Cola S/A;
e)o montante estipulado na cláusula penal apenas será
devido pela rede Preços Incríveis Ltda. se restar
evidenciado que a inexecução resultou de dolo do devedor.
Resposta: A
23) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Recentemente, Ricardo, empresário aposentado e já viúvo,
Questões do TJDFT
recebeu de seu único filho, Roberto, recém-casado, a notícia
de que se tornaria avô. Para que Roberto
tivesse um espaço melhor para a família que
começava a crescer, Ricardo decidiu vender para ele
um dos vários imóveis dos quais é proprietário.
Para ajudar o filho, Ricardo cobrou um preço
módico, a ser dividido em doze parcelas, e
autorizou que a primeira delas fosse paga apenas
dois anos após a celebração do contrato de
compra e venda. Em gratidão ao pai e
buscando oferecer maior segurança a ele, Roberto fez
constar do contrato uma cláusula por meio da
qual renunciava, desde logo, a qualquer prazo prescricional
relativo à obrigação de pagar o preço do
imóvel que pudesse beneficiá-lo. À luz do direito
civil brasileiro, essa cláusula é:
a)ineficaz, porque, sendo Roberto descendente de Ricardo, a
lei já determina que não corre a prescrição
entre eles;
b)anulável, mas não prejudica a validade do restante
do contrato, por força do princípio da conversão
dos negócios;
c)válida, mas terá sua eficácia suspensa, já que
as partes estipularam termo no contrato;
d)nula, uma vez que foi pactuada antes de
a prescrição efetivamente se consumar;
e)inválida, pois a prescrição não pode ser suspensa
nem interrompida, ao contrário da decadência.
Resposta: D
24) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Cosme comprou uma geladeira usada de sua vizinha,
Daniela. Entretanto, três semanas depois, o eletrodoméstico
parou de gelar e o técnico demandado indicou que
o defeito decorreu de um pequeno vazamento da
mangueira, que deveria estar lá há uns dois
meses, pois quase todo o gás já tinha
Questões do TJDFT
saído. Daniela não sabia do vazamento. Sobre o
caso, entre os direitos que tem Cosme em
face de Daniela, inclui-se:
a)a devolução de parte do que foi pago,
a título de abatimento no preço;
b)a compensação pelo que perdeu e deixou de
ganhar em virtude do defeito;
c)a condenação a ela realizar o reparo, sob
pena de multa diária;
d)o ressarcimento das despesas que teve com o
conserto da geladeira;
e)a substituição por uma geladeira com as mesmas
características.
Resposta: A
25) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTAJUDICIÁRIO)
Fernanda é uma arquiteta bem-sucedida, proprietária de três
imóveis residenciais na cidade de Recife. Como um
dos imóveis se encontrava desocupado, ela decidiu emprestá-lo
à sua prima Isadora, esteticista, que estava desempregada
e havia sido despejada do apartamento alugado em
que morava. As duas formalizaram o contrato de
comodato pelo prazo de um ano, estipulando que
Isadora apenas poderia utilizar o apartamento para sua
própria moradia. Durante os doze meses seguintes, Fernanda
permaneceu sem notícias de Isadora. Findo o prazo
do contrato, Fernanda visitou o imóvel para pedir
sua devolução. Somente nesse momento descobriu que sua
prima havia morado no local apenas nos dois
primeiros meses, tendo depois convertido o apartamento em
uma clínica de estética. Durante a visita, Isadora
comunicou a Fernanda que não sairia dali e,
diante da indignação da prima, expulsou-a do local.
Fernanda acionou seu advogado imediatamente e ajuizou ação
de reintegração da posse em face da prima
para reaver a posse do imóvel. Sobre esse
caso, é correto afirmar que:
Questões do TJDFT
a) a posse de Isadora era clandestina e
tornou-se injusta no momento em que venceu o
prazo do contrato de comodato;
b) Isadora nunca foi possuidora do imóvel, pois
o ato de mera permissão ou tolerância de
Fernanda não induz posse;
c) a pretensão deduzida em juízo por Fernanda
apenas poderia ser satisfeita no âmbito de ação
de interdito proibitório;
d) o juiz deverá determinar a reintegração de
Fernanda na posse do imóvel porque ela é
a legítima proprietária do bem;
e) a posse de Isadora qualifica-se como precária
e não convalescerá com o mero decurso do
tempo.
Resposta: E
26) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Rosália efetuou a doação de um terreno para
o Município de Euclidelândia, para que nele seja
construída uma escola no prazo de um ano
a contar da data da celebração do negócio
jurídico. Os elementos acidentais presentes no contrato são:
a) encargo e termo;
b) condição suspensiva e encargo;
c) condição resolutiva e termo;
d) termo e condição inicial;
e) encargo e condição final.
Resposta: A
27) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
A Lei de Introdução às Normas do Direito
Questões do TJDFT
Brasileiro (LINDB), com as alterações introduzidas pela Lei
nº 13.655/2018, trouxe o chamado consequencialismo, visando à
maior previsibilidade, segurança jurídica e eficiência na criação
e na aplicação do Direito Público. Nesse contexto,
de acordo com a atual redação da LINDB:
a)a interpretação de normas sobre gestão pública deve
privilegiar a efetividade das políticas públicas e os
direitos dos administrados, desconsiderando os obstáculos e as
dificuldades reais do gestor;
b)nas esferas administrativa e controladora, não se decidirá,
em qualquer hipótese, com base em valores jurídicos
abstratos, e a motivação demonstrará a necessidade e
a adequação da medida imposta ou da invalidação
de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa,
sem mencionar possíveis alternativas que foram descartadas;
c)a decisão que, nas esferas controladora ou judicial,
decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo
ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso
suas consequências jurídicas, sem referências às consequências
administrativas, em razão do princípio da separação dos poderes;
d)a revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo
ou norma administrativa cuja produção já se houver
completado, levará em conta as orientações gerais vigentes
no momento da decisão de revisão, de maneira
que é permitido que, com base em mudança
posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações
plenamente constituídas;
e)a decisão administrativa, controladora ou judicial que
estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de
conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo
condicionamento de direito, deverá prever regime de transição
quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento
de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e
eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 
Resposta: E
Questões do TJDFT
28) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Quando foi aberto o testamento de Hermenegilda, seus
parentes descobriram diversas disposições peculiares. Sobre elas, é
correto afirmar que:
a) a disposição de que sua fazenda fosse
vendida e o preço obtido fosse dado a
estabelecimentos particulares de caridade deve ser entendida como
destinada aos estabelecimentos do lugar de domicílio de
Hermenegilda por ocasião de sua morte;
b) é válida a disposição que prevê que
seu diário seja entregue a seu namorado na
adolescência e, caso os herdeiros não consigam descobrir
de quem se trata, o bem ficará para
os herdeiros legítimos;
c) é nula a determinação de que seu
anel de esmeralda seja dado a uma de
suas netas, a ser escolhida pela sua amiga
Zuleide, por conta de sua indeterminação no que
diz respeito ao legatário;
d) é nula, por falta de objeto determinado,
a estipulação de que um montante entre dois
e dez mil reais será especificado pela sua
amiga Zuleide para ser dado a Roberval, o
enfermeiro que cuidou de Hermenegilda nos seus últimos
meses de vida;
e) a disposição de que sua casa seja
dividida entre sua sobrinha Amália e o seu
grupo de orações implica que Amália somente receba
um oitavo da propriedade da casa, já que
havia sete pessoas no grupo de orações de
Hermenegilda.
Resposta: A
29) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Aos 15 anos de idade, Valentina é uma
jovem de enorme sucesso na Internet. Suas redes
sociais reúnem milhões de seguidores e têm garantido
Questões do TJDFT
um faturamento mensal médio de R$ 100.000,00, suficientes
para garantir a ela e aos seus pais
uma vida de luxo. Recentemente, Valentina foi procurada
por um fabricante de cosméticos que pretendia contratá-la
para uma campanha publicitária. De acordo com o
direito civil brasileiro, é correto afirmar que, para
celebrar este contrato validamente, Valentina:
a) precisa ser representada por seus pais, porque
é absolutamente incapaz;
b) não precisa da representação de seus pais,
porque tem economia própria;
c) precisa da anuência de seus pais, porque
está investida de poderes de representação;
d) não precisa ser representada por seus pais,
porque é pessoa pródiga;
e) não precisa da assistência de seus pais,
porque tem discernimento pleno.
Resposta: A
30) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Ao visualizar o anúncio de um carro seminovo
em excelentes condições à venda na Internet, João
entrou em contato com a vendedora, Maria, e
rapidamente fechou negócio. O veículo foi vendido por
R$ 50.000,00, a serem pagos por João em
uma única parcela, dez meses após a data
da venda. O prazo de pagamento, bastante vantajoso
para o comprador, foi proposto pela própria Maria,
que simpatizou muito com ele. E, efetivamente, ambos
desenvolveram um relacionamento pessoal, que rapidamente
evoluiu para um namoro e, logo após, para uma proposta
de casamento. João e Maria casaram-se meio ano
após seu primeiro contato e viveram felizes por
cinco anos, sem que a dívida referente à compra do automóvel
jamais fosse paga e sem que as partes jamais tocassem no
assunto. No sexto ano de casamento, infelizmente, 
diversos desentendimentos levaram o casal a se divorciar.
Questões do TJDFT
Terminado o relacionamento, Maria lembrou-se do débito
relativo ao veículo, nunca pago por João. Sobre esse
caso, é correto afirmar que o prazo prescricional de
que dispunha Maria para cobrança do débito:
a) começou a correr a partir da data
de celebração do contrato de compra e venda
do veículo e nunca foi interrompido;
b) começou a correr a partir da data
de celebração do contrato de compra e venda,
mas foi interrompido pelo casamento;
c) esteve suspenso até o advento do termo
estipulado no contrato de compra e venda, findo
o qual começou a correr;
d) começou a correr a partir da data
em que se extinguiu a sociedade conjugal entre
as partese nunca foi interrompido;
e) esteve suspenso até a data do casamento,
a partir de quando começou a correr.
Resposta: D
31) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Joana, servidora pública estadual, no exercício regular de
suas funções, estava operando uma empilhadeira em um
galpão da Secretaria Municipal de Obras do Município
Beta. Nesse contexto, causou danos ao veículo automotor
que se encontrava estacionado, de Tiago, o qual
comparecera ao prédio anexo, da mesma repartição, para
solicitar uma licença de construção. Nesse caso, a
responsabilidade civil pelos danos causados ao bem de
Tiago é:
a) do Município Beta ou de Joana, mas
apenas se for demonstrada a culpa desta última;
b) do Município Beta, apenas se for demonstrada
a culpa de Joana;
c) do Município Beta, sendo demonstrada, ou não,
a culpa de Joana;
Questões do TJDFT
d) do Município Beta, ainda que haja culpa
exclusiva de Tiago;
e) apenas de Joana, sendo demonstrada, ou não,
a sua culpa.
Resposta: C
Direito Constitucional
32) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Após ampla mobilização dos proprietários de farmácias, que argumentavam com
a reduzida margem de lucro oferecida pela maioria dos medicamentos,
o Estado Alfa promulgou a Lei nº XX, que autorizou
a comercialização de produtos de uso comum (rectius: artigos de
conveniência) nas farmácias. Esse diploma normativo desagradou sobremaneira os proprietários
de mercados e mercearias. Ao consultarem um emérito constitucionalista, foi-lhes
informado, corretamente, que a Lei nº XX é:
a) constitucional, pois compete privativamente aos Estados legislar sobre saúde;
b) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre saúde;
c) constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas
pela União;
d) inconstitucional, pois compete privativamente aos Municípios legislar sobre assuntos
de interesse local;
e) inconstitucional, pois matérias afetas à vigilância sanitária atraem a
competência administrativa da União e, por via reflexa, sua competência
legislativa.
Resposta: C
33) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Após um acordo entre as lideranças partidárias, a Comissão Permanente
de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Estado Alfa,
com o objetivo de avaliar os critérios utilizados na execução
orçamentária de determinado programa de trabalho, deliberou, pela maioria
Questões do TJDFT
absoluta de seus membros: (1) convocar o governador do Estado, responsável
pela prática dos atos analisados; (2) convocar os dirigentes máximos
dos entes da Administração Pública indireta, cuja área de atuação
tangenciava o referido programa de trabalho; (3) solicitar o depoimento
de três renomados economistas; e (4) quebrar o sigilo bancário
dos integrantes do órgão estadual de auditoria, considerando a existência
de provas de que se omitiram na fiscalização e de
que tinham um elevado padrão de vida. À luz da
sistemática constitucional, são corretas as medidas descritas:
a) apenas no item 3;
b) apenas nos itens 1 e 2;
c) apenas nos itens 3 e 4;
d) apenas nos itens 1, 2 e 3;
e) nos itens 1, 2, 3 e 4.
Resposta: A
34) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
A organização religiosa Alfa alugou o imóvel de João para
ali instalar o seu templo. Ato contínuo, foi comunicada, pela
imobiliária que administrava a relação locatícia, sobre a necessidade de
pagar o IPTU incidente sobre o imóvel, o que estaria
previsto no contrato de locação. Por ter dúvida a respeito
da compatibilidade da cobrança com a ordem constitucional, consultou seu
advogado, que respondeu, corretamente, que ela era:
a) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto estão imunes
à cobrança de qualquer tributo;
b) inconstitucional, pois os templos de qualquer culto não podem
figurar como contribuintes de direito em relação a qualquer imposto;
c) inconstitucional, pois, apesar de a organização religiosa Alfa figurar
como contribuinte de fato, não de direito, ela é imune
à cobrança do IPTU;
d) constitucional, pois os templos de qualquer culto não estão
imunes ao pagamento de impostos quando figurarem como contribuintes de
fato;
e) constitucional, pois os templos de qualquer culto, quando figurarem
como contribuintes de fato, somente estão imunes ao pagamento de
Questões do TJDFT
impostos sobre a renda, não sobre o patrimônio.
Resposta: C
35) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
José, advogado recém-formado, tão logo foi incorporado a um escritório
de advocacia, recebeu a incumbência de identificar as causas que
poderiam ser submetidas, em grau de recurso, ao julgamento do
Supremo Tribunal Federal (STF) e dos Tribunais Superiores, vale dizer,
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior
Tribunal Militar (STM). Para tanto, precisou identificar se as competências
desses tribunais estavam previstas em numerus clausus na ordem constitucional
ou se poderiam ser delineadas pela legislação infraconstitucional. Ao final
de sua análise, José concluiu, corretamente, que:
a) todos os tribunais têm suas competências previstas em numerus
clausus na ordem constitucional;
b) apenas as competências do STF e do STJ estão
previstas em numerus clausus na ordem constitucional;
c) apenas as competências do STF, do STJ e do
TST estão previstas em numerus clausus na ordem constitucional;
d) apenas as competências do STF, do STJ, do TST
e do TSE estão previstas em numerus clausus na ordem
constitucional;
e) todos os tribunais podem ter suas competências delineadas pela
legislação infraconstitucional, observados, em qualquer caso, os balizamentos constitucionais.
Resposta: B
36) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS SUPORTE)
A Lei federal nº XX impôs a todos os cidadãos
determinada obrigação de caráter cívico, a ser cumprida em certos
períodos por aqueles que fossem sorteados. João, em razão de
suas convicções políticas, decidiu que não iria cumprir a obrigação.
Questões do TJDFT
À luz da sistemática constitucional, João:
a)não poderá sofrer consequência desfavorável, por ter exercido plenamente a
sua liberdade de consciência, que não pode ser afrontada pelo
poder público, sob pena de violação à dignidade da pessoa
humana;
b)preservará o direito de votar, mas ficará inelegível, consequência que
será afastada caso cumpra a prestação alternativa fixada em lei;
c)deverá cumprir a prestação alternativa fixada em lei e, caso
se recuse, terá a cidadania suspensa em suas acepções ativa
e passiva;
d)terá os direitos políticos suspensos, os quais serão restabelecidos caso
cumpra a prestação alternativa fixada em lei;
e)deverá cumprir a prestação alternativa fixada em lei e, caso
se recuse, ficará inelegível.
Resposta: C
37) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESTATÍSTICA)
Joana, jovem e renomada escritora de livros infantis, faleceu. O
mais velho dos seus herdeiros, com 18 anos de idade,
preocupado com a situação dos livros, que geravam uma elevada
renda para Joana, questionou um advogado a respeito da proteção
constitucional oferecida a direitos dessa natureza. O advogado respondeu, corretamente,
que o direito de utilização, publicação ou reprodução das obras
de Joana pertence:
a)de modo exclusivo e em caráter perpétuo, aos herdeiros;
b)de modo exclusivo e pelo tempo que a lei fixar,
aos herdeiros;
c)ao poder público, não aos herdeiros, que têm assegurado o
direito de participação nos lucros obtidos;
d)ao público em geral, não aos herdeiros, que têm assegurado
o direito de participação nos lucros obtidos;
e)aos herdeiros, ao poder público e ao público em geral,
assegurando-se aos primeiros o direito de participação nos lucros.
Questões do TJDFT
Resposta: B
38) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
O Distrito Federal editou a Lei nº XX, organizando o
serviço público local de transporte coletivo. Ao ver do sindicato
dos rodoviários desse nível federativo, o diploma normativo é flagrantemente
inconstitucional por afrontar normas de reprodução obrigatóriada Constituição da
República de 1988, incluindo aquelas afetas ao processo legislativo e
aos direitos fundamentais. Por tal razão, consultou o seu advogado
a respeito da possibilidade de deflagrar o controle concentrado de
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado
respondeu, corretamente, que o sindicato:
a) tem legitimidade para a deflagração do referido controle, mas
a afronta a normas de reprodução obrigatória somente permite a
realização do controle concentrado pelo Tribunal de Justiça;
b) não tem legitimidade para a deflagração do referido controle,
além do que a afronta a normas de reprodução obrigatória
somente permite a realização do controle concentrado pelo Tribunal de
Justiça;
c) não tem legitimidade para a deflagração do referido controle,
mas seria, em tese, possível o ajuizamento de ação direta
de inconstitucionalidade ou de arguição de descumprimento de preceito
fundamental;
d) tem legitimidade para a deflagração do referido controle, considerando
o princípio da inafastabilidade do acesso à jurisdição constitucional, que
há de ser deflagrado com o uso do recurso extraordinário
e) não tem legitimidade para a deflagração do referido controle,
mas seria, em tese, possível o ajuizamento de arguição de
descumprimento de preceito fundamental, não de ação direta de
inconstitucionalidade.
Resposta: E
39) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
A Lei nº XX, do Estado Alfa, impôs amplas alterações
na sistemática remuneratória dos servidores públicos estaduais, alterando gratificações até
então recebidas. Em normas transitórias, dispôs que as alterações promovidas
Questões do TJDFT
seriam aplicadas àqueles que já se encontravam no serviço público
à época da sua entrada em vigor, bem como que
as gratificações até então recebidas deveriam ser adequadas aos novos
patamares legais, ainda que isso acarretasse a redução do total
dos vencimentos recebidos. O sindicato dos servidores questionou o seu
advogado a respeito da constitucionalidade das normas transitórias da Lei
nº XX, sendo-lhe respondido, corretamente, que elas eram:
a) inconstitucionais, por violarem a legítima expectativa de direito dos
servidores que já ocupavam cargos públicos, os quais não podem
ser alcançados por leis posteriores que alterem a sistemática remuneratória;
b) inconstitucionais, por violarem o direito adquirido dos servidores que
já ocupavam cargos públicos, os quais não podem ser alcançados
por leis posteriores que alterem a sistemática remuneratória;
c) parcialmente inconstitucionais, apenas na parte em que foi permitida
a redução do total dos vencimentos recebidos pelo servidor, em
razão da alteração da sistemática afeta às gratificações;
d) constitucionais, em razão da necessária linearidade que deve reger
a sistemática remuneratória dos servidores públicos, o que é incompatível
com a quebra da igualdade formal entre esses agentes;
e) constitucionais, pois a alteração da sistemática remuneratória dos servidores
públicos estaduais não afetava as garantias do ato jurídico perfeito
e do direito adquirido.
Resposta: C
40) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
João foi eleito deputado federal pelo Partido Político Alfa. Logo
após a diplomação, tomou conhecimento de que o referido partido
não tinha preenchido os requisitos estabelecidos para o recebimento dos
recursos do fundo partidário e para o acesso gratuito ao
rádio e à televisão. À luz da sistemática constitucional, é
correto afirmar que:
a) como João foi eleito em eleição proporcional, o seu
mandato pertence ao partido político, logo, não pode se filiar
a outro partido sem que haja perda do mandato;
b) João tem a obrigação de se filiar, sem perda
do mandato, a partido que tenha preenchido os requisitos exigidos,
Questões do TJDFT
sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos do
fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão;
c) João tem a faculdade de se filiar, sem perda
do mandato, a partido que tenha preenchido os requisitos exigidos,
não sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão;
d) João tem a obrigação de se filiar, sem perda
do mandato, a partido que tenha preenchido os requisitos exigidos,
não sendo essa filiação considerada para o recebimento de recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão;
e) João tem a faculdade de se filiar a qualquer
partido político, passando a ocupar uma das cadeiras obtidas pelo
novo partido, sendo essa filiação considerada para o recebimento de
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e
à televisão.
Resposta: E
41) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL)
O deputado estadual João concedeu ampla entrevista a um popular
programa televisivo, informando que havia uma organização criminosa instalada no
governo do Estado com o objetivo de fraudar licitações e
contratos administrativos. Descreveu em detalhes o modus operandi da organização
criminosa e informou que recebera as informações de dois servidores
públicos estaduais de absoluta confiança. Em razão dessa narrativa, foi
instaurada investigação penal para apurar os fatos e identificar os
membros da organização criminosa. A primeira providência foi intimar o
deputado estadual João para depor.À luz da sistemática constitucional, João:
a) está obrigado a depor sobre os fatos e a
fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações;
b) não está obrigado a depor sobre os fatos nem
a fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações;
c) está obrigado a depor sobre os fatos, mas não
a fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações;
d) não está obrigado a depor sobre os fatos, mas
deve fornecer a identidade das pessoas que passaram as informações;
Questões do TJDFT
e) está obrigado a depor sobre os fatos, mas pode
silenciar em relação àquilo que o implique, devendo preservar o
sigilo de suas fontes
Resposta: B
42) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Em razão do iminente risco de uma enchente no Município
Alfa, o prefeito determinou que os pacientes internados no hospital
municipal fossem levados para um imóvel particular que estava desocupado,
situado em local mais elevado, o que se deu sem
prévia autorização do proprietário. À luz da sistemática constitucional, a
ação do prefeito municipal foi:
a) correta, pois a função social da propriedade permite o
seu uso, pelas autoridades constituídas, sempre que entenderem ser útil
para o interesse público;
b) correta, considerando a existência de iminente perigo público, devendo
ser assegurado ao proprietário o direito a posterior indenização, se
houver dano;
c) errada, pois a propriedade privada, ressalvada a hipótese de
desapropriação, não pode ser utilizada sem prévia autorização do proprietário;
d) errada, pois o direito à propriedade é absoluto, salvo
se inexistisse qualquer outro imóvel público passível de ser utilizado,
o que deveria ser objeto de prova;
e) errada, pois o uso de imóvel privado exige prévia
justificativa, declinada em processo administrativo, sendo assegurado ao
proprietário o direito à indenização em valor idêntico ao aluguel do imóvel.
Resposta: B
43) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
A Lei nº XX, do Estado Beta, com o objetivo
de uniformizar procedimentos, dispôs que os documentos públicos produzidos por
outros entes federativos deveriam ser objeto de ratificação perante as
Questões do TJDFT
repartições públicas competentes de Beta. Com isso, ainda de acordo
com a lei, esses documentos passariam a ter uma presunção
de veracidade. A Lei nº XX é:
a) inconstitucional, pois é vedado ao Estado Beta recusar fé
a esses documentos;
b) constitucional, pois os documentos públicos somente têm fé perante
os órgãos do ente federativo que os produziu;
c) constitucional, pois compete ao Estado Beta definir a forma
como os documentos públicos devemser utilizados em seu território;
d) constitucional, pois a aquisição da presunção de veracidade é
pré-requisito para que o documento público tenha sua fé reconhecida
por um ente federativo;
e) inconstitucional, pois compete privativamente à União indicar os documentos
públicos, produzidos por um ente federativo, que devem ter a
fé reconhecida por outro.
Resposta: A
Direito Penal
44) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Sobre a previsão do Art. 24, § 1º,
do Código Penal (dever legal de enfrentar o
perigo), considere a situação em que uma guarnição
composta por quatro policiais, em que apenas um
está equipado com arma longa, se depara com
um “bonde” (aglomeração de criminosos fortemente armados em
deslocamento), integrado por número muito superior de pessoas
armadas. Sobre a previsão do perigo na situação
descrita, no caso de não atuação policial, estará
considerada hipótese de:
a)legítima defesa;
b)estrito cumprimento do dever legal;
c)estado de necessidade;
d)exercício regular de direito;
e)prevaricação.
Questões do TJDFT
Resposta: C
45) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Considerando as alterações promovidas pela Lei nº 13.654/2018,
é correto afirmar que:
a) o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, em momento
algum deixou de configurar majorante, sendo apenas deslocada e
prevendo fração menos severa de aumento;
b) a alteração legislativa deixou de considerar o emprego de arma
de fogo, nos delitos de roubo, como majorante, passando a adotá-lo
como qualificadora;
c) o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, em momento algum
deixou de configurar majorante, sendo apenas deslocada e prevendo fração
mais severa de aumento;
d) a alteração legislativa deixou de considerar o emprego de arma de
fogo, nos delitos de roubo, como majorante, passando a adotá-lo como
circunstância agravante;
e) o emprego de arma de fogo, nos delitos de roubo, em momento algum
deixou de configurar majorante, sendo apenas deslocada e sem qualquer
alteração em relação ao quantum.
Resposta: C
46) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Quando determinada a realização de exame criminológico, deve
ser considerado como data-base para progressão de regime
o momento:
a) do preenchimento do requisito objetivo, se já
superado o lapso temporal;
b) em que o Juízo das Execuções deferiu
o benefício, após implementação do último pressuposto pendente;
c) em que o reeducando foi inserido no
atual regime, se já superado o lapso temporal;
d) da realização do requerimento de progressão, se
já superado o lapso temporal;
e) da realização do exame favorável ao reeducando,
Questões do TJDFT
se já superado o lapso temporal.
Resposta: E
47) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
No Brasil, o princípio da proibição da dupla
persecução penal ou da vedação à dupla incriminação:
a) tem expressa previsão na Constituição da República
de 1988;
b) não tem previsão normativa, o que impede
sua aplicação;
c) tem expressa previsão no Código de Processo Penal;
d) não tem previsão normativa, decorrendo implicitamente da
Constituição da República de 1988;
e) tem expressa previsão na legislação processual penal
extravagante.
Resposta: D
48) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Sobre a distinção entre inidoneidade absoluta e inidoneidade
relativa, é correto afirmar que no(a):
a)crime impossível, a inidoneidade pode ser constatada a
posteriori;
b)inidoneidade absoluta, a consumação ocorreria se o comportamento
seguisse sem percalços alheios à vontade;
c)inidoneidade absoluta, uma situação apriorística elimina a
possibilidade de consumação do delito;
d)tentativa relativamente inidônea, circunstâncias anteriores
impedem a consumação do delito;
e)crime impossível, situações posteriores tornam inviável a realização
integral do tipo.
Questões do TJDFT
Resposta: C
49) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Durante a realização de ato ecumênico, no domingo
de Páscoa, em praça pública, Hermano, pastor de
determinada congregação religiosa, ao receber a oportunidade de
discursar, ofendeu líderes e seguidores de outras crenças
religiosas diversas da sua, afirmando expressamente que seriam
“religiões assassinas”, tendo “líderes assassinos”, especializados
em pilantragem, estupros espirituais e que levavam seus seguidores a
caminhos de podridão. Finalizou que todas as religiões
mencionadas eram destinadas à adoração do diabo. Diante
desse cenário, é correto afirmar que Hermano:
a)praticou o crime de injúria;
b)não praticou conduta típica, pois a condenação ideológica
de outras crenças é inerente à prática religiosa;
c)praticou o crime de calúnia;
d)não praticou conduta típica, pois o líder religioso atuou sob a
imunidade decorrente da liberdade de expressão;
e)praticou o crime de racismo.
Resposta: E
50) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Quanto ao dever de reavaliar periodicamente a necessidade
da prisão preventiva, é correto afirmar que:
a) permanece durante o todo arco procedimental original
ou recursal, até a formação do trânsito em
julgado;
b) ainda que submetido a recurso, o controle
segue sob responsabilidade do juiz de primeiro grau;
c) é desnecessária a provocação da revisão por
via processual adequada, até a formação do trânsito
em julgado;
d) em primeiro grau, ainda que o réu
esteja foragido, subsiste o dever de revisão periódica
Questões do TJDFT
da prisão preventiva;
e) cessa com a formação de um juízo de certeza da culpabilidade
do réu, declarado na sentença.
Resposta: E
51) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Sobre o tema consumação e tentativa e seus
componentes, quanto ao arrependimento posterior,
é correto afirmar que:
a) no arrependimento posterior, o ato de reparação
precisa ser espontâneo;
b) o arrependimento posterior é incompatível com o
delito de roubo;
c) o arrependimento posterior incide se o agente
restitui a coisa antes da prolação da sentença;
d) o arrependimento posterior incide se o agente
repara o dano antes da prolação da sentença;
e) não se aplica o instituto do arrependimento
posterior ao crime de moeda falsa.
Resposta: E
52) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Dentro dos critérios de solução do conflito aparente
de normas, é correto afirmar que o princípio
da:
a) subsidiariedade é presidido por mera análise lógica
respeitante aos elementos constitutivos dos tipos penais
decorrentes;
b) subsidiariedade estabelece que a incidência da norma
principal, que tem uma sanção mais grave, afasta
a incidência da norma subsidiária;
Questões do TJDFT
c) subsidiariedade é presidido por mera análise lógica
referente a em que medida haveria uma relação
de gênero e espécie essencialmente formal;
d) especialidade tem uma estrutura lógica de interferência,
exigindo um juízo de valor do fato em
relação às normas;
e) especialidade tem uma estrutura lógica de interferência,
não de subordinação, exigindo uma verificação em concreto.
Resposta: B
53) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Majoritariamente a doutrina salienta que são duas as
espécies de culpa: inconsciente e consciente. Sobre o
tema, é correto afirmar que na culpa:
a) inconsciente, o agente considera possível a realização
do resultado típico, porém confia que isso não
sucederá;
b) inconsciente, faz parte da representação do agente
a violação do dever de cuidado e do
resultado lesivo;
c) consciente, faz parte da representação do agente
apenas a violação do dever de cuidado;
d) consciente, a censura penal deve ser menor
quando considerada a mesma violação do risco proibido;
e) consciente, o agente sabe do risco de
seu comportamento, mas acredita que não acontecerá o
resultado.
Resposta: E
54) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Hermes resolve matar Renato efetuando diversos disparos de
arma de fogo contra seu corpo. Acreditando na
Questões do TJDFT
morte do seu desafeto, Hermes arremessa a vítima
de um penhasco. Ocorre que, apesar de alvejado,
Renato não havia falecido com os disparos, vindo,
no entanto, a morrer por conta do traumatismo
decorrente da precipitação no desfiladeiro. Diante desse quadro,
é corretoafirmar que Hermes:
a) responderá por homicídio culposo, pelo desvio causal
não pretendido;
b) responderá por crime, por atuar com erro
sobre a pessoa;
c) responderá por homicídio doloso tentado, por atuar
com erro determinado por terceiro;
d) não responderá por crime, por atuar com
erro sobre a execução;
e) responderá por homicídio doloso, por atuar com
dolo geral.
Resposta: E
55) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Sobre a previsão do parágrafo único do Art.
25 do Código Penal (legítima defesa de vítima
mantida refém durante a prática de crimes), é
correto afirmar que:
a)a abertura do preceito permite a extensão a
outros agentes, como guardas civis municipais e
integrantes do sistema prisional;
b)o raio de incidência da excludente não alcança
contextos em que qualquer pessoa é mantida refém
durante a prática de crimes;
c)apenas a privação de liberdade, e não a
restrição, pode colocar a vítima em posição de
refém e funcionar como elemento da excludente;
d)apenas a restrição de liberdade, e não a
privação, pode colocar a vítima em posição de
refém e funcionar como elemento da excludente;
e)a atuação defensiva pelo agente de segurança
Questões do TJDFT
deverá ocorrer a qualquer tempo, ainda que a vítima
esteja em local diferente de quem tolhe sua liberdade.
Resposta: A
56) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA)
Nas excludentes de antijuridicidade há limites impostos pela
própria lei para que o fato tipificado seja
justificado. Sobre o tema do excesso na causa
de justificação, é correto afirmar que:
a)o excesso na causa de justificação é instituto
incompatível por si só com a submissão ao
juízo de inexigibilidade de uma conduta diversa;
b)a exculpação do excesso na causa de justificação
pode ter três sistemas de aplicação: erro de
cálculo, quase justificação e estados psíquicos excepcionais;
c)o excesso na ação necessária para o exercício
de uma causa de justificação é punível ainda
que o agente o faça por ignorância inevitável
ou erro invencível;
d)ocorre excesso extensivo quando a pretendida defesa é
exercitada a tempo de evitar o dano, mas
os meios empregados são desproporcionais;
e)ocorre excesso intensivo quando a pretendida defesa é
exercitada extemporaneamente, pois o bem jurídico que se
quer defender já está lesionado.
Resposta: B
57) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Norma penal em branco é aquela que contempla
uma sanção, mas apresenta hipótese fática imprecisa ou
incompleta. Para a devida aferição do preceito primário,
requer o socorro de outra norma. Sobre a
Questões do TJDFT
norma penal em branco, é correto afirmar que:
a) a complementação pode ser geral, extensível ao
todo do preceito primário;
b) a complementação pode ser geral, extensível ao
todo do preceito secundário;
c) o objeto da complementação deve estar relacionado
à atualização do núcleo verbal;
d) a definição do núcleo essencial do delito
é tarefa que cabe apenas ao legislador;
e) o início da descrição da conduta proibida,
como a previsão do núcleo típico, pode ser
complementado.
Resposta: D
58) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
O estado de necessidade caracteriza-se por ser um
conflito entre interesses legítimos, no qual um destes
é salvo à custa do outro, em face
da impossibilidade fática de que ambos subsistam. São
requisitos legais do estado de necessidade:
a) risco atual não provocado, evitabilidade do sacrifício
ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e
inexigibilidade do sacrifício;
b) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício
ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e
inexigibilidade do sacrifício;
c) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício
ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e
exigibilidade do sacrifício;
d) risco atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício
ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e
exigibilidade do sacrifício;
e) perigo atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício
ao bem jurídico, direito próprio ou alheio e
inexigibilidade do sacrifício.
Questões do TJDFT
Resposta: E
59) (FGV/2022/TJ/DFT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Constituem elementos da culpabilidade:
a) inimputabilidade, potencial consciência da lei e
inexigibilidade de uma conduta diversa;
b) maioridade, potencial consciência da lei e inexigibilidade
de uma conduta diversa;
c) imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e
exigibilidade de uma conduta diversa;
d) maioridade, potencial conhecimento da ilicitude e
exigibilidade de uma conduta diversa;
e) imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude e
inexigibilidade de uma conduta diversa.
Resposta: C
Direito Processual Civil
60) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
André intentou ação de cobrança de obrigação contratual
em face de Carlos, tendo formulado o pedido
de condenação deste ao pagamento da quantia de
cinquenta mil reais. Encerrada a instrução probatória, o
juiz da causa, concluindo que os fatos constitutivos
do direito afirmado na petição inicial restaram parcialmente
comprovados, proferiu sentença em que condenava o réu
a pagar ao autor a quantia de dez
mil reais. Inconformado, André interpôs recurso de apelação,
pleiteando a reforma parcial da sentença para que
se acolhesse integralmente o seu pedido, com a
condenação de Carlos a lhe pagar a importância
de cinquenta mil reais. Intimado para responder ao
recurso do réu, Carlos apresentou as suas contrarrazões
e, também, interpôs apelo adesivo, em cujas razões
pugnou pela rejeição total do pleito de cobrança
de André. Remetidos os autos ao órgão ad
Questões do TJDFT
quem, André, uma semana antes do julgamento dos
recursos pelo órgão fracionário, protocolizou petição em que
desistia de sua apelação. Nesse contexto, é correto
afirmar que:
a)nenhum dos recursos de apelação poderá ser conhecido
pelo tribunal;
b)o recurso de apelação de André não poderá
ser conhecido pelo tribunal, podendo sê-lo o de Carlos;
c)o relator deverá determinar a intimação de Carlos
para que informe se concorda com a desistência
do apelo autoral;
d)deverá ser reconhecida a ineficácia da desistência, já
que manifestada quando o feito já estava incluído
em pauta para julgamento;
e)ambos os recursos de apelação poderão ser conhecidos
pelo tribunal, embora André deva ser sancionado com
as penas da litigância de má-fé.
Resposta: A
61) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Um cidadão ajuizou ação popular para obter a
invalidação de ato administrativo que reputava lesivo ao
patrimônio público.Contudo, antes mesmo que os autos fossem
à conclusão para fins de juízo positivo de
admissibilidade da demanda, o autor manifestou desistência da
ação, aludindo, inclusive, à existência de poderes especiais
para tanto, que havia outorgado ao seu advogado
no instrumento de mandato. Nesse cenário, deverá o
juiz:
a) homologar a desistência, extinguindo o feito sem
resolução do mérito;
b) deixar de homologar a desistência e determinar
a citação da parte ré, diante da indisponibilidade
da matéria litigiosa;
c) determinar a intimação pessoal do autor, por
oficial de justiça, para que ratifique a manifestação
Questões do TJDFT
de desistência;
d) determinar a intimação da parte ré, por
oficial de justiça, para informar se concorda, ou
não, com a desistência;
e) determinar a publicação de editais, a fim
de assegurar a possibilidade de outro cidadão assumir
o polo ativo.
Resposta: E
62) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
No julgamento de uma ação rescisória, o Tribunal
de Justiça acolheu, por unanimidade, o pedido rescindente
e desconstituiu a coisa julgada por entender configurada
manifesta violação à norma jurídica. E, no juízo
rescisório, por maioria de votos, foi julgado procedente
o pedido. Nesse cenário, é correto afirmar que:
a) haverá ampliação do colegiado, com convocação de
novos julgadores para nova sessão de julgamento, quando
poderá ocorrer a inversão do resultado inicial;
b) haverá prosseguimento do feito, devendo os autos
serem encaminhados ao órgão de maior composiçãoprevisto
no regimento interno;
c) não incidirá a técnica de complementação de
julgamento, uma vez que tal regra só incide
quando houver divergência de votos quanto ao juízo
rescindente;
d) há nulidade processual absoluta, uma vez que
a violação à norma jurídica não enseja hipótese
para rescindibilidade do julgamento;
e) cabe ao interessado apelar da sentença que
julgou procedente o pedido formulado na petição inicial,
por maioria de votos.
Resposta: C
Questões do TJDFT
63) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Tendo sido citado em ação de cobrança de
obrigação contratual ajuizada por um dos dois credores
solidários, o réu, sem apresentar contestação, ofertou reconvenção
em face do autor e, também, do outro
credor, pedindo a declaração judicial da prescrição do
crédito que lhe é cobrado na ação original.
Nesse cenário, deve o juiz da causa:
a) deixar de conhecer da reconvenção, em razão
da ausência de peça contestatória;
b) deixar de conhecer da reconvenção, já que
esta importou em um litisconsórcio inexistente na ação
original;
c) deixar de conhecer da reconvenção, em razão
da ausência de interesse de agir;
d) admitir a reconvenção, determinando a citação de
ambos os reconvindos, por oficial de justiça, para
apresentarem resposta;
e) admitir a reconvenção, determinando, apenas, a intimação
do autor-reconvindo, por seu advogado, para apresentar resposta.
Resposta: C
64) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Rodrigo, solteiro, professor de música, mora sozinho em
um pequeno apartamento alugado em Porto Alegre. Ele
é proprietário de um único imóvel residencial –
uma casa de vila, atualmente locada a terceiros
– e utiliza o valor auferido com a
locação para pagar suas despesas fixas e o
aluguel do próprio apartamento em que habita. Rodrigo
tem poucos bens de valor significativo em sua
residência: apenas uma pintura de um artista brasileiro
do século passado, que recebeu como herança de
um tio distante, e um piano de cauda
importado da Alemanha, que ganhou de seu pai
há muitos anos e que utiliza para dar aulas. Recentemente,
Rodrigo passou por dificuldades financeiras e,
Questões do TJDFT
tendo contraído empréstimo junto ao banco do qual
é correntista, não dispôs de recursos suficientes para
pagar o valor devido à instituição financeira na
data do vencimento do débito. Caso venha sofrer
a execução judicial do débito e o banco
requeira a penhora de seus bens, é correto
afirmar que:
a)a casa de vila é penhorável, porque não
é o local de residência de Rodrigo;
b)a casa de vila não se submete ao
regime jurídico dos bens de família, porque Rodrigo
é solteiro e mora sozinho;
c)a pintura e o piano de cauda pertencentes
a Rodrigo são adornos suntuosos e, portanto, penhoráveis;
d)o piano de cauda é impenhorável, porque está
abrangido pelo regime jurídico dos bens de família;
e)a pintura é impenhorável, na medida em que
guarnece imóvel que não pertence a Rodrigo.
Resposta: D
65) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Juiz proferiu sentença em que condenava o réu,
assistido pelo órgão da Defensoria Pública, a cumprir
determinada obrigação contratual, tendo, ainda, ordenado a
suspensão da exigibilidade do pagamento dos honorários
de sucumbência, em razão da gratuidade de justiça deferida ao
demandado. A princípio, o ato decisório foi publicado
no órgão oficial do dia 14 de março
de 2022, embora tenha sido promovida a intimação
pessoal do defensor público em 16 de maio
de 2022.Levando-se em conta que o réu interpôs
a apelação no dia 15 de junho de
2022, deverá a serventia certificar:
a) a intempestividade do recurso, cabendo ao juiz,
na sequência, deixar de admiti-lo;
b) a intempestividade do recurso, impondo-se a remessa
Questões do TJDFT
dos autos ao órgão ad quem, após a
intimação do autor para ofertar as contrarrazões;
c) a tempestividade do recurso, impondo-se a remessa
imediata dos autos ao órgão ad quem, sem
a intimação do autor para ofertar contrarrazões;
d) a tempestividade do recurso, impondo-se a remessa
dos autos ao órgão ad quem, após a
eventual apresentação pelo autor das contrarrazões;
e) a falta de preparo do recurso, cabendo
ao juiz, na sequência, inadmiti-lo.
Resposta: D
66) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Pedro, ao ser demandado em uma ação de
ressarcimento de danos materiais, afirma, na contestação, não
ser o responsável pelo prejuízo invocado, mas, sim,
seu irmão José. Nesse sentido, é correto afirmar
que:
a) o juiz deve extinguir o processo, sem
resolução do mérito, se entender que assiste razão
ao exposto por Pedro;
b) o autor não poderá alterar a petição
inicial, uma vez que já está estabilizada subjetivamente
a demanda com a citação do réu;
c) o juiz deverá intimar o autor, que
só poderá requerer a extinção do feito e
propor uma nova demanda em face de José
ou seguir com Pedro no polo passivo;
d) o juiz deve julgar improcedente o pedido,
desde logo, se entender que quem praticou o
referido ato foi realmente José;
e) o autor poderá alterar a petição inicial,
substituindo Pedro por José, no polo passivo, reembolsando
as despesas e pagando honorários ao procurador do
réu excluído.
Questões do TJDFT
Resposta: E
67) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Joana intentou ação visando à invalidação de um
contrato de mútuo que havia celebrado, sob a
alegação de que não tinha discernimento para a
prática dos atos da vida civil.Finda a instrução
probatória, o juiz da causa, concluindo que a
incapacidade civil da autora não havia ficado comprovada,
julgou improcedente o pedido em sentença que, à
míngua de interposição de recurso de apelação, transitou
em julgado.Seis meses depois, Joana ajuizou nova demanda
em face do mesmo réu, em que pleiteou
a invalidação do mesmo contrato de mútuo, estribando-se,
já então, no argumento de que fora vítima
de dolo por parte do outro contratante.Regularmente citado,
o réu, sem prejuízo de suas teses defensivas
de mérito, suscitou em sua contestação, preliminarmente, a
coisa julgada formada no primeiro feito. Nesse cenário,
o juiz da nova causa, depois de ofertada
a réplica autoral, deverá:
a) acolher a preliminar suscitada, extinguindo o feito
sem resolução do mérito;
b) acolher a preliminar suscitada, extinguindo o feito
com resolução do mérito;
c) rejeitar a preliminar suscitada, determinando o prosseguimento
do feito, rumo à instrução probatória;
d) rejeitar a preliminar suscitada, mas extinguir o
feito sem resolução do mérito, em razão da
falta de interesse de agir;
e) rejeitar a preliminar suscitada, mas extinguir o
feito sem resolução do mérito, em razão da
falta de pressuposto processual de validade.
Resposta: C
Questões do TJDFT
68) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
Em matéria de indisponibilidade do sistema PJe, de
acordo com o Provimento Judicial da Corregedoria da
Justiça do Distrito Federal e dos Territórios aplicado
ao Processo Judicial Eletrônico (disponibilizado no DJe de
21/08/2017), os prazos que vencerem no dia da
ocorrência da indisponibilidade serão prorrogados para o dia
útil seguinte, quando a indisponibilidade:
a) ocorrer entre a 0h00 e as 06h00
dos dias de expediente forense;
b) ocorrer em feriados e finais de semana,
a qualquer hora, por período superior a noventa
minutos;
c) for superior a sessenta minutos, ininterruptos ou
não, se ocorrida entre as 6h00 e as
23h00;
d) for superior a trinta minutos, ininterruptos ou
não, nas últimas 24 horas do prazo, ocasião
em que a prorrogação de prazo será feita
mediante ato do presidente do Tribunal, vedada a
prorrogação automática pelo sistema PJe;
e) ocorrer, em qualquer dia, por período superior
a noventa minutos, ocasião em que a prorrogação
de prazo será feita mediante ato do presidente
do Tribunal, vedada a prorrogação automática pelo sistema
PJe.
Resposta: C
69) (FGV/2022/TJ/DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO)
O juiz, um ano após determinar a citação
do executado, em um processo de execução com
base em um título executivo extrajudicial, verificou ser
seu juízo absolutamente incompetente, o que motivou a
remessa do feito para o juízo que entendia
ser competente.

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