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Farmacologia: 1. Farmacologia Anti-Hipertensiva Alvo farmacológico: O débito cardíaco: quantidade de sangue que o coração ejeta em um minuto. DC = FC x Volume Sistólico (VS) Alvo farmacológico: Resistência Vascular Periférica Total: somatório de todas as resistências oferecidas ao fluxo sanguíneo pelo atrito do endotélio dos diferentes leitos vasculares quando o sangue passa por eles. Ou seja, é a dificuldade que o sangue encontra em passar pela rede de vasos e é devido a ela que a pressão arterial vai caindo ao longo do trajeto até voltar ao coração. Pressão arterial: volume de sangue exercido nas paredes dos vasos por estar em movimento dentro das artérias. PA = DC x ResVPT Determinantes da Pressão Sistólica: ● Contratilidade Cardíaca; ● Volume Sistólico; ● Complacência Aórtica; Determinantes da Pressão Diastólica: ● Frequência Cardíaca ● Resistência Periférica ● Nível de Pressão Sistólica Volemia: Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA) 1. Mácula densa: sensor de sal e água (NaCl) -> reabsorção de sal. Para alta concentrações de sal: a mácula sinaliza para para célula granular para liberar (excretar mais) mais sal. Aumento da Natriurese e Diurese. 2. Células granulares: secreta renina. Pressão baixa: mácula densa joga prostaglandinas para a célula granular secretar renina. 3. Células mesangiais extraglomerulares: sustentam o arcabouço, imunidade, produzem fatores que regulam a mácula densa. (sensíveis a hiperglicemia); Patologias: erros nessas comunicações acima. Ações da Angiotensina II: 1. Alteração da Resistência Periférica a. Vasoconstrição direta b. Aumento da liberação de NE c. Diminuição da recaptação de NE d. Aumento da descarga simpática (SNC) e. LIberação de catecolaminas da medula suprarrenal f. Resposta: resposta pressora rápida 2. Alteração da Função Renal a. Reabsorção de Na+ no túbulo proximal b. Liberação de aldosterona do córtex suprarrenal c. Resposta: resposta pressora lenta 3. Alteração da Estrutura Cardiovascular a. Aumento da produção de fatores de crescimento b. Aumento na síntese de proteínas da matriz extracelular c. Aumento da tensão da parede (vascular) d. Resposta: hipertrofia e remodelagem vasculares cardíacas (crônica). Ações da Aldosterona: Reabsorção de sódio, reabsorção de água e secreção de potássio (K+). a. Expressão dos canais b. Aumenta a volemia -> aumenta a pressão. Determinantes da PA Locais das Intervenções Farmacológicas: 1. Resistência Arteríolas 2. Capacitância Vênulas 3. Débito da Bomba do Coração 4. Volume Rins Classes Farmacológicas: 1. Vasodilatadores Causam relaxamento do músculo liso vascular, ou seja, causam vasodilatação atuando na musc. lisa do vaso sanguíneo. Mecanismo de Contração-Relaxamento do Músculo Liso: Diferentes mediadores de contração: angio II (ligada ao AT1), Ca2+ entrando por canal dependente de voltagem, nora, endotelina. Aldosterona, ADH (vasopressina); B. Bloqueadores dos Canais de Cálcio do Tipo L - BCCs São fármacos que bloqueiam de forma reversível o subtipo L dos canais de Cálcio, encontrados no músculo liso dos vasos e no miocárdio, causando alterações hemodinâmicas e cardíacas. Classes: a. Fenilalquilaminas i. Verapamil ii. Gallopamil b. Benzotiazepinas i. Diltiazem c. Dihidropiridinas i. Amlodipino ii. Felodipino iii. Isradipino iv. Nicardipino v. Nifedipino vi. Nimodipina vii. Nisoldipina viii. Nitrendipina Mecanismo de ação: Ação seletiva sobre canais iônicos de Cálcio, do tipo L. Bloqueio não competitivo; Canais de cálcio/funções: No coração: condução de estímulos elétricos; Músculo liso: Vasoconstrição; Benzotiazínicos - Local D; Fenilalquilaminas: Local V; Ação preferencial cardíaca; Efeitos crono - e inotrópicos negativos; Diminuem a velocidade de condução; Inibe formação de focos arritmogênicos supraventriculares; Inibe correntes de reentrada; Dihidropiridínicos: Local N - Ação preferencialmente vascular; Maior vasodilatação de arteríolas; Vasodilatação coronariana; Indicações terapêuticas: Angina Instável, vasoespástica Arritimias Taquiarritmias supraventriculares paroxísticas, flutter e fibrilação atriais; Hipertensão Arterial sistêmica, glaucoma Cefaleia Tratamento quimioterápico em alguns tipos de câncer multidrogaresistente; Efeitos adversos: 1. Rubor (devido à dilatação) 2. Vertigem 3. Cefaleia 4. Hipotensão 5. Edema periférico (mecanismo compensatório -> após dilatação -> diminui PA -> reabsorção de sal e água) retenção líquida Inibidores do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Fármacos que interrompem a via fisiológica de formação da aldosterona/angiotensina II. Podendo fazê-lo em diversos pontos, desde inibirem a renina até antagonizarem os receptores de angiotensina II. ● Alisquireno -> inibe renina; ● Inibidores da ECA -> inibe a enzima (IECA); ● Bloqueadores dos receptores de angiotensina (antagonistas BRAs); ● Antagonistas dos receptores de aldosterona -> Espironolactona, eplerenona. ● Resultado: diminuição da pressão arterial; ECA: degrada bradicinina: vasodilatação: redução da PA. Inibidores diretos da Renina - IDR Fármacos que interrompem a via fisiológica de formação da aldosterona/angiotensina II inibindo diretamente a ação da renina. Mecanismos de Ação: Inibição competitiva da renina, a enzima que catalisa a reação da conversão do angiotensinogênio em angio I. > Alisquireno > Limitações: gestação é contra-indicação absoluta, reduz em 50% concentração plasmática de furosemida; Aumenta K plasmático; Caro. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina - iECAS Interrompem a via fisiológica de formação da aldosterona/angio II inibindo a ação da ECA sobre a formação da angiotensina II a partir da angio I. Representantes: Inibidores da eca que contêm sulfidrila: Captopril (direto) Que contêm dicarboxila: Enalapril (pró-farmaco); Lisinopril; Benazepril; Que contêm fósforo: Fosinopril Alguns inibidores da ECA são fármacos ativos, enquanto outros são pró-fármacos. Ações farmacológicas: Aumento da bradicinina: Aumento do NO e Prostaglandinas; Vasodilatação; Protege o endotélio; Antiagregação plaquetária; Indicações: HAS; Insuficiência Cardíaca, IC Ventricular Esquerda, Pacientes recém-infartados. Contra-indicações: Gravidez (sobretudo a partir do 2° semestre); Feto tóxico. Pacientes com insuficiência renal aguda severa; Efeitos adversos: Tosse seca, erupção cutânea, hiperpotassemia (aldosterona põe K para fora do corpo, logo, acumula-se), hipotensão; Antagonistas dos Receptores AT1 de angiotensina II - ARAs Fármacos que interrompem a via fisiológica de formação da aldosterona/angiotensina II por antagonizam os receptores AT, de angiotensina II; AT1 = tecido vascular, miocárdio, cérebro, rim, suprarrenais; AT2 = suprarrenais, rim, SNC; Representantes: Losartana, valsartana, irbesartana, telmisartana, etc. Indicações terapêuticas: Tratamento de insuficiência cardíaca; Hipertensão arterial - podem ser adicionadas pequenas doses de hidroclorotiazida ou outro diurético; Fármacos de 1a escolha em pacientes hipertensos diabéticos; Protegem o rim; Efeitos adversos: Tontura, fadiga, mialgia, cefaleia, tosse seca, hipotensão, hiperpotassemia. Fármacos que atuam no sistema adrenérgico: Fármacos que atuam nos receptores adrenérgicos e causam alterações hemodinâmicas e cardíacas; A. Drogas Adrenérgicas (simpaticomiméticas/agonistas); B. Drogas anti-adrenérgicas (simpaticolíticas/antagonistas); Fármacos que atuam na sinapse: Inibidores de armazenamento de catecolaminas Agonistas dos receptores alfa-2� alfa-metildopa. bem tolerado em grávidas. Diminuição da projeção simpática; Efeitos adversos: boca seca e sedação, comprometimento da concentração, hipertensão após interrupção brusca no tto. Clonidina: produz redução da pressão arterial por meio de sua ação nos centros vasomotores do tronco encefálico, suprimindo a descarga simpática na periferia. Antagonistas dos receptores alfa-adrenérgicos: A. Antagonistas não seletivos Halo Alquilaminas Imidazolinas B. Antagonistas seletivos Prazosina Indoramina DoxazosinaTerazosina Tansulosina C. Antagonistas seletivos Ioimbina Antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos: Alta lipossolubilidade: propranolol, metoprolol, oxprenolol, acebutolol -> SNC; Baixa lipossolubilidade: atenolol, nadolol, labeolol. Baixa penetrância no SNC. Importância: ação SNC, eliminação renal, metabolização hepática. Propranolol: Fármaco não-seletivo Baixa FC, a condução e a contratilidade (bloq B1), contração do mm. liso, broncoespasmo (bloq. B2) (contraindicado para pessoas com asma); Muito lipossolúvel, maior absorção quando ingerido juntamente com alimentos, sofre metabolismo de 1a passagem. Excreção renal; Ações Farmacológicas da Classe (antagonistas dos receptores beta): Proteção dos miócitos contra os efeitos tóxicos diretos das catecolaminas. Secreção de renina (hipertensão) Prevenção da hipocalemia; Arritmias supraventriculares e ventriculares. Indicações: Angina, infarto, arritmias, IC, hipertensão. Demais: Glaucoma, ansiedade, profilaxia da enxaqueca (penetração do SNC); Mecanismo anti-hipertensivo dos antagonistas dos receptores B: Cardíaco: bloqueiam os receptores B1 -> diminui o efeito inotrópico positivo. Diminui a força de contração -> diminui o débito cardíaco; Renal: diminuição da secreção de renina. Diminuição da volemia. Reações adversas: hipotensão, bradicardia, impotência sexual, insônia, etc. Contra-indicações: asmáticos, DPOC, bradicárdicos graves (FC < 30/40 aprox.), ICC severa descompensados. À medida que aumenta-se a dose, a seletiva é perdida. I - Diuréticos: A. INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA Local de ação: túbulo contorcido proximal; Mecanismo de ação: inibidores da anidrase carbônica; Resultado: diminuição da reabsorção de sódio, logo, reabsorve menos água. Representantes: Acetazolamida, metazolamida, diclorfenamida. B. ALÇA Local de ação: alça de Henle; Mecanismo de ação: inibidores do transportador de Na+/2Cl-/K+ (NKCC). Interstício fica hiperosmótico, por isso, são os diuréticos mais potentes. Representantes: furosemida, bumetanida, ácido etacrínico, torsemida. Ações Farmacológicas: Aumento em 65% da excreção de NaCl e de HCO3-; Aumento da excreção de Ca2+, Mg2+, K+, reduz a secreção de ácido úrico. Diurese acentuada e aguda. Indicações: ● Edema ● ICC moderada e grave (edema); ● Cirrose hepática com ascite; ● Hipercalcemia; ● Edema pulmonar agudo; ● Anúria, oligúria. C. TIAZÍDICOS Anti-hipertensivos, diferentemente dos de alça. Local de ação: túbulo contorcido distal (TCD); Mecanismo de ação: inibidores do simportador de Na+Cl-; Sódio não é reabsorvido, mas aumenta a reabsorção de Cálcio (pelo TRPV5). Representantes: Hidroclorotiazida, clorotiazida, clortalidona, indapamida. Ações Farmacológicas: Aumento da excreção de NaCl, aumento da perda de água, aumento da excreção de HCO3- e PO4, aumento da excreção de K+ e H+, aumento da reabsorção de Ca2+ no TCD. Indicações: HAS, Edema por ICC leve, glaucoma de ângulo aberto, osteoporose; Contra-indicações: gravidez, Insuficiência Renal Grave. Reações adversas: hipercalcemia, hipotensão, hipopotassemia, hiponatremia (Na+), hiperuricemia (crise de gota); D. POUPADORES DE POTÁSSIO 1.Antagonista dos Receptores de Aldosterona Local de ação: túbulo distal final, túbulo coletor e ducto coletor. Mecanismo de ação: antagonizam os receptores de aldosterona. Bloqueia o receptor de mineralocorticóides e diminui a expressão dos receptores ENAC, canal de K e da bomba. Representantes: Espironolactona, canrenona, eplerenona. Ação farmacológica: Aumento leve da excreção de NaCl, diminuição da secreção de K+, ações anti-androgênicas e progestênicas, reduz a secreção de ácido úrico. Indicações: Hiperaldosteronismo, cirrose hepática, correção e prevenção de hipocalemia. Contraindicações: Hiperpotassemia, uso de iECA, uso de suplementos de potássio. Reações adversas: galactorreia, hirsutissimo, ginecomastia, câncer de mama, sonolência, hipertricose, engrossamento da voz. Devido ao bloqueio de um receptor de esteroide citoplasmático. 2.BLOQUEADORES DOS CANAIS DE SÓDIO EPITELIAIS (ENAC) Local: túbulo coletor e ducto coletor; Mecanismo: bloqueiam os canais de sódio epiteliais da membrana apical das células principais dos túbulos e ductos coletores; Representantes: amilorida, triantereno; Menos efeitos colaterais; Indicações: hipertensão, correção e prevenção de hipocalemia, edema. Antitireoidianos: A glândula da tireoide segrega três hormônios principais: Tiroxina (T4); Tri-iodotironina (T3); Calcitonina; Tanto T3 e T4 circulam ligadas estreitamente a proteínas plasmáticas, principalmente à globulina de ligação da tiroxina (TGB); A unidade funcional da tireóide é o folículo ou ácino que contém a tireoglobulina (glicoproteína grande), cuja molécula contém cerca de 115 resíduos de tirosina. A partir dela ocorre a iodação dos resíduos de tirosina. Etapas da síntese, armazenamento e secreção de hormônio tireoidiano: 1. Captação do iodeto plasmático pelas células foliculares; 2. Oxidação de iodeto e iodação dos resíduos de tirosina da tireoglobulina; 3. Secreção de hormônio tireoidiano; Captação de Iodeto Plasmáticos pelas Células Foliculares: O iodeto é captado do sangue e transportado até o lúmen por dois transportadores: a. Na+/I- (NIS) b. Pendrina (PDS); Oxidação do Iodeto e Iodação dos Resíduos de Tirosina da Tireoglobulina: Catalisadas pela tireoperoxidase, uma enzima encontrada na superfície interna da célula na interface com o colóide; A reação requer a presença do peróxido de Hidrogênio (H2O2); Regulação da Função Tireoidiana: TRH -> age -> TSH -> atua em receptores na membrana das células do folículo da tireoide por meio de mecanismo que envolve monofosfato de adenosina cíclico (cAMP) e fosfatidilinositol 3-quinase. TSH age na transcrição dos genes transportadores de iodeto - aumentando a captação de iodeto pelas células foliculares; ● Síntese e secreção de tireoglobulina; ● Produção de H2O2 e adição de iodo à tirosina; ● Endocitose e proteólise da tireoglobulina; ● Verdadeira secreção de T3 e T4; ● Fluxo sanguíneo pela tireoide; Ações dos Hormônios Tireoidianos: Produzem aumento geral do metabolismo de carboidratos, gorduras, proteínas e regulam esses processos na maioria dos tecidos, sendo que T3 é de 3-5x mais ativa que T4. Ocorre aumento no consumo de oxigênio e na produção de calor, que se manifesta com elevação da taxa metabólica basal; Efeitos sobre o crescimento e o desenvolvimento: resposta normal ao paratormônio e à calcitonina e para o desenvolvimento do esqueleto; Mecanismo de Ação: Os hormônios da tireoide atuam por meio de receptores específicos: Dois genes distintos: TR-alfa e TR-beta codificam várias isoformas de receptores com funções diferentes. T4 pode ser considerada pró-hormônio, pois, quando entra na célula, é convertida em T3, que, em seguida se liga TR com grande afinidade; Dando início a síntese proteica. Anomalias da Função Tireoidiana: Ambas associadas à produção de autoanticorpos tireoidianos e à lesão imune da própria glândula; Graves; Hipertireoidismo ● Taxa metabólica elevada; ● Aumento da temperatura da pele e da sudorese; ● Nervosismo, tremor, taquicardia, aumento do apetite vêm associado à perda de peso; ● Existência de proteínas semelhantes ao receptor de TSH nos tecidos; ● O fármaco antiarrítmico amiodarona é rico em iodo e pode causar tanto hiper quanto hipo. ● O consumo deficiente de iodo leva aumento do TRH, e por fim, do tamanho da glândula; Hashimoto; Hipotireoidismo ● Atividade reduzida; ● Casos graves: mixedema (espessamento característico da pele, bolsa embaixo do olho); ● Fala arrastada, voz rouca e profunda, letargia, bradicardia, sensibilidade ao frio e comprometimento mental; ● Hashimoto: reação imune contra a tireoglobulina ou algum outro componente do tecido da tireoide; Fármacos Usados Em Doenças da Tireoide: Hipertireoidismo: Não alteram os mecanismos autoimunes ou melhoram a exoftalmia associada a graves. 1. Iodo Radioativo a. Tratamento de primeira linha; b. Destruição de tecido por meioda radiação; c. I131 tem meia-vida de 8 dias; d. Administrado em dose única; e. Depois do tratamento ocorre hipotireoidismo (corrigido com reposição de T4); 2. Tioureilenos (Carbimazol e Propiltiouracila) a. Reduzem a liberação de hormônios tireoidianos e causam redução gradual dos sinais e sintomas da tireotoxicose. b. Ação não totalmente compreendido, mas há evidências que eles reduzem a iodação dos resíduos de tirosil na tireoglobulina, inibindo as reações de oxidação catalisadas pela tireoperoxidase; c. A propiltiouracila (efeito adicional de reduzir a desiodação de T4 em T3 nos tecidos periféricos; d. Aspectos farmacocinéticos: Via oral. e. Carbimazol é rapidamente convertido em um metabólito ativo. f. Ambos podem ser usados durante a gravidez. 3. Iodo/Iodeto a. O iodo é convertido em iodeto (I-); b. Doses elevadas são adm a pacientes com tireotoxicose, os sintomas desaparecem em 1-2 dias. c. Ocorre inibição da secreção dos hormônios tireoidianos e, por período de 10 a 14 dias, intensa redução da vascularização da glândula. d. Administrado via oral em solução com iodeto de potássio (iodo de lugol); e. Pode inibir a iodação da tireoglobulina, possivelmente por reduzir a geração de H2O2. Hipotireoidismo: 1. T4 (levotiroxina) e T3 (liotironina) sintéticas; a. Via oral; b. Terapia de reposição padrão para o hipo; c. Liotironina é administrada por injeção intravenosa lenta, é usada no coma mixedematoso; Antifúngicos: Fungos: ● Células eucarióticas sem mobilidade; ● Aproximadamente 50 tipos são patogênicos aos seres humanos; ● Incidência devido infecções oportunistas; Classificação em 4 tipos principais: 1. Leveduras; 2. Fungos semelhantes à levedura, que produzem estrutura similar ao micélio (C. albicans); 3. Fungos filamentosos com micélios verdadeiros (A. fumigatus); 4. Fungos dimórficos Fármacos Usados Para Tratar Infecções Fúngicas: Classificação em dois grupos: 1. Antibióticos antifúngicos 2. Fármacos sintéticos: azóis e as pirimidinas fluoradas; 1. a. Anfotericina B: ● O local da ação da anfotericina é a membrana celular fúngica; ● O centro hidrofílico cria um canal iônico transmembrana, causando alterações no equilíbrio iônico, alterando a permeabilidade celular; ● Avidez às membranas dos fungos e protozoários; ● Avidez pelo ergosterol: um esterol da membrana fúngica que não é encontrado nas células animais; ● Aspectos Farmacocinéticos: Pouco absorvida oralmente. Pode ser utilizada topicamente, mas, no caso das infecções sistêmicas, é adm. por meio de formulação em lipossomas, por infusão intravenosa lenta. ● Atravessa a barreira hematoencefálica; Tratamento de meningite criptocócica. b. Nistatina ● Macrolídeo poliênico com estrutura similar à da anfotericina e com o mesmo mecanismo de ação; ● Administrado via oral, mas não é absorvido através das membranas das membranas mucosas ou da pele; c. Griseofulvina Interfere na mitose pela ligação com os microtúbulos fúngicos; d. Equinocandinas Todos os fármacos desse grupo são modificações sintéticas da Equinocandina B. Inibem a síntese de 1.3-betaglucano, polímero de glicose necessário à manutenção da estrutura da parede celular fúngica; Sem ele, ocorre lise celular; d1. Caspofungina d2. Anidulafungina; d3. Micafungina. 2. a. Azóis Agentes fungistáticos sintéticos: Clotrimazol; Econazol; Fenticonazol; Cetoconazol; Miconazol; Tioconazol; Sulconazol; Baseiam-se no núcleo imidazol; Itraconazol; Posaconazol; Voriconazol; Fluconazol; Derivados triazóis; Azóis: inibem a enzima fúngica 3A do citocromo P450, responsável pela conversão do lanosterol em ergosterol (principal esterol da membrana fúngica); Efeito final: inibição da replicação. 2a.1 Cetoconazol Não atinge concentrações terapêuticas no SNC, exceto no caso de serem adm. doses elevadas; Toxicidade hepática; 2a.2 Fluconazol Bem absorvido e pode ser adm. por via oral ou intravenosa; Alcança concentrações elevadas no líquido cefalorraquidiano; 2a.3 Itraconazol Via oral; Altamente lipossolúvel; Formulação para ser intravenosa; Não penetra o LCR; 2a.4 Miconazol Em geral, forma tópica; Outros azóis: Clotrimazol (interfere no transporte de aminoácidos para o interior do fungo por ação da membrana celular), econazol, tioconazol, sulconazol são usados apenas em aplicação tópica; Antidepressivos: Natureza da depressão: a depressão é o mais comum dos transtornos afetivos; Viés afetivo negativo; Teoria sobre a depressão: 1. Teoria das Monoaminas: Déficit funcional de transmisores de monoaminas, norepinefrina e 5 HT (serotonina) em certos locais do cérebro; Fármacos Antidepressivos: 1. Inibidores Seletivos da Recaptação de Monoaminas: a. Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (5-HT) (IRSH) - fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina, citalopram, escitalopram, vilazodone. b. Antidepressivos tricíclicos (ADT) - imipramina, desipramina, amitriptilina, nortriptilina, clomipramina; c. Inibidores da recaptação da Norepinefrina - reboxetina, atomoxetina, bupropiona; Os efeitos adversos comuns incluem náuseas, anorexia, insônia, perda da libido e frigidez. Alguns desses efeitos adversos são resultantes do aumento da estimulação dos receptores 5-HT pós-sinápticos, como resultado do fato de os fármacos aumentarem os níveis extracelulares de 5-HT. 2. Inibidores da Monoamina Oxidase (iMAO): a. Inibidores irreversíveis não competitivos - fenelzina, tranilcipromina b. Inibidores reversíveis seletivos para MAO-A - moclobemida. Mecanismo de Ação dos Antidepressivos: 1.Controle noradrenérgico da liberação de 5-HT: Bloqueio de auto receptores pré-sinápticos alfa-2, reduzirá o mecanismo de retroalimentação negativa da liberação de norepinefrina e, portanto, aumentará a liberação futura de norepinefrina. 2.Inibidores seletivos da recaptação de 5-HT Demonstram seletividade em relação à recaptação de 5-HT Ação consiste na inibição do transportador de serotonina (SERT), o que gera acúmulo deste neurotransmissor na fenda sináptica, aumentando sua disponibilidade. 3.Inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina Não seletivos para NE e 5-HT; Todos os IRSNs ligam-se aos transportadores de serotonina (SERT) e de norepinefrina (NET), de forma reversível e com pouca afinidade. Representantes: Venlafaxina, desvenlafaxina, duloxetina, levomilnaciprana e milnaciprana. 4. Tricíclicos O principal efeito imediato dos ADT é bloquear a recaptação das aminas pelas terminações nervosas, por competição pelo ponto de ligação do transportador de aminas. 5. A monoamina oxidase existe em duas formas moleculares semelhantes: A MAO-A tem preferência de substrato pela 5-HT e norepinefrina - principal alvo para iMAO antidepressivos; A MAO-B tem preferência de substrato pela feniletilamina e a dopamina. O tipo B é inibido seletivamente pela selegilina, usada no tratamento de Parkinson. Efeitos adversos: A hipotensão, tremores, excitação, insônia, convulsões (superdosagem); Efeitos atropínicos: boca seca, visão embaçada, retenção urinária; Antipsicóticos Esquizofrenia e nos fármacos utilizados para tratá-la. As doenças psicóticas incluem vários transtornos - para isso, os fármacos antipsicóticos. Fármacos utilizados também, além da esquizofrenia, para tratar a mania e outros transtornos comportamentais agudos; Farmacologicamente: a maioria é antagonista dos RECEPTORES de dopamina, apesar de atuarem em outros alvos (receptores 5-HT), os quais podem contribuir para a sua eficácia clínica. Esquizofrenia: a. Sintomas Positivos Delírios, alucinações, transtornos de pensamento, comportamento anormal, desorganizado, catatonia; b. Sintomas Negativos Afastamento de contatos sociais, aplanamento das respostas emocionais, anedonia, relutância em executar tarefas diárias. Etiologia e Patogênese da Esquizofrenia: Fatores genéticos e ambientais -> disfunção das vias dopaminérgicas; Associações com genes que controlam o desenvolvimento neuronal, conectividade sináptica e neurotransmissão GLUTAMATÉRGICA. Estes incluem neurorregulina, disbindina, DISC-1,TCF4, NOTCH4; Particularmente infecções virais maternas e outras evidências sugerem esquizofrenia associada a um distúrbio do desenvolvimento do SN. Bases Neuroanatômicas e Neuroquímicas de Esquizofrenia: a. Anomalias em diferentes circuitos neuronais; b. Alterações na via mesolímbica para o núcleo accumbens, amígdala e hipocampo estão associadas a sintomas positivos; c. Negativos: associados a alterações no córtex pré-frontal, que recebe informação da VTA pela via mesocortical e que projeta no núcleo accumbens e estriado dorsal; Principais neurotransmissores envolvidos: a. Dopamina b. Glutamato Neurônios glutamatérgicos e GABAérgicos têm papéis complexos no controle do nível de atividade. A hipofunção dos receptores NMDA reduz o nível de atividade dos neurônios dopaminérgicos mesocorticais -> diminuição de dopamina no córtex pré-frontal -> sintomas negativos. A hipofunção dos receptores NMDA em neurônios GABAérgicos reduziria a inibição do a inibição do input cortical excitatório para a VTA -> aumentaria a atividade dopaminérgica mesolímbica. Acredita-se: a. Hiperatividade na via dopaminérgica: ativação dos receptores D2 (2-3-4) b. Hipoatividade: D1 (1-5); Forte relação entre a potência dos antipsicóticos na redução dos sintomas positivos e a atividade de bloqueio dos receptores D2. Classificação dos Fármacos Antipsicóticos: Hoje está claro que o antagonismo de dopamina é o principal determinante da ação antipsicótica; 1. Primeira Geração/Típicos Clorpromazina, haloperidol, flufenazina, flupentíxol, zuclopentixol. Bloqueiam diferentes mediadores incluindo histamina, catecolaminas, acetilcolina e 5-HT (multiplicidade de ações: Largactil para clorpromazina); 2. Segunda Geração/Atípicos Reduzida nos efeitos adversos; Melhor eficácia em relação aos sintomas negativos; Clozapina, Risperidona, quetiapina, amissulprida, aripiprazol, ziprasidona; Propriedades Farmacológicas: Receptores de Dopamina: 5 subtipos agrupados em duas classes funcionais: D1 e D2. Os antipsicóticos devem os seus efeitos terapêuticos principalmente ao bloqueio dos receptores D2 (80%); Acredita-se que seja o antagonismo dos receptores D2 na via mesolímbica que alivia os sintomas positivos da esquizofrenia. Por outro lado, antipsicóticos não distinguem entre receptores D2 em regiões cerebrais distintas -> efeitos motores adversos, aumento da produção de prolactina. Receptores 5-HT2A controlam a liberação de dopamina. Fármacos com propriedades antagonistas de 5-HT2a (olanzapina e risperidona) aumentam a liberação de dopamina no estriado pela redução do efeito inibitório de 5-HT; Receptores 5-HT1A são autoreceptores somatodendríticos que inibem a liberação de 5-HT. Fármacos antipsicóticos que são antagonistas ou agonistas parciais dos receptores 5-HT1A (quetiapina) podem causar diminuição da liberação de 5-HT, aumentando a liberação de dopamina. Efeitos Adversos: 1. Os efeitos adversos importantes comuns a muitos fármacos são: 2. Distúrbios motores 3. Distúrbios endócrinos (liberação aumentada de prolactina) 4. Sedação, hipotensão e ganho de peso são comuns A dopamina, liberada na eminência mediana por neurônios da via túbero-hipofisária, atua fisiologicamente via receptores D2 para inibir a secreção de prolactina. Ao bloquear os receptores D2 pelos fármacos antipsicóticos, é possível, portanto, aumentar a concentração plasmática de prolactina, resultando em inchaço da mama, dor e lactação (conhecida como “galactorreia”), que ocorre tanto no homem quanto na mulher. Ansiolíticos e Hipnóticos: Fármacos usados para tratar ansiedade e insônia (hipnóticos). Fármacos Usados para Tratar Ansiedade: Antidepressivos; Benzodiazepínicos: utilizados para tratar a ansiedade generalizada. Aqueles usados para tratar a ansiedade têm meia-vida biológica longa. Representantes: Diazepam, lorazepam, alprazolam, nitrazepam, clonazepam; - potencializa a ação do GABA; Barbitúricos: fenobarbital. Aumentam abertura dos canais de Cloreto e bloqueiam receptores glutamato; Efeitos adversos: tolerância, dependência, abstinência, coma e morte; Flumazenil: O flumazenil é um antagonista do receptor GABA que pode rapidamente reverter os efeitos dos benzodiazepínicos e está disponível apenas para administração intravenosa (IV). Mecanismo de Ação dos Benzodiazepínicos: Atual seletivamente nos receptores GABA - A; Que medeiam a transmissão sináptica inibitória através do SNC. Atuam como moduladores alostéricos positivos para facilitar a abertura dos canais de cloreto GABA-ativados, aumentando a resposta ao GABA. O receptor GABA-A é um canal iônico dependente de voltagem; Benzodiazepínicos: ligam-se por meio da interface entre subunidades alfa e beta. Efeitos Farmacológicos e Usos: 1. Redução da ansiedade e da agressão; 2. Indução do sono; 3. Redução do tônus muscular; 4. Efeito anticonvulsivante; 5. Amnésia anterógrada; Benzodiazepínicos são usados principalmente para tratar ansiedade aguda, emergências comportamentais e durante procedimentos como a endoscopia. Fármacos Usados para Tratar Insônia (Hipnóticos): Benzodiazepínicos; Fármacos Z (zaleplona, zolpidem, zopiclona); Anti-histamínicos; Anticonvulsivantes/Epiléticos: A epilepsia é uma alteração muito comum, caracterizada por convulsões; Decorrem de despolarizações neuronais episódicas; Multifatorial; Natureza da epilepsia: Alterações neurológicas nas quais ocorrem convulsões periódicas; O que se inicia como despolarização local anômala pode propagar-se para outras áreas do cérebro; Tipos de Epilepsia: a. Crises parciais b. Crises generalizadas Fármacos Anticonvulsivantes e Mecanismo de Ação: 1. Potencialização da ação do GABA; a. Facilita a abertura dos canais de cloreto mediados pelo GABA; Fenobarbital e benzodiazepínicos b. Vigabatrina: atua inibindo irreversivelmente a enzima GABA transaminase - responsável pela inativação do GABA; c. Tiagabina: inibidor do transportador GABA “neuronal” GAT1, que é expresso nos terminais nervosos GABAérgicos, inibindo a remoção do GABA da sinapse; 2. Inibição da função dos canais de Sódio; a. Carbamazepina, fenitoína, lamotrigina; b. Afetam a excitabilidade da membrana por ação sobre os canais de sódio dependentes de voltagem; c. Bloqueiam, preferencialmente a excitação de células que estão disparando repetitivamente; d. Observa-se a capacidade dos fármacos bloqueadores discriminarem canais de sódio em seus estados de repouso, aberto e inativado. e. Os antiepilépticos ligam-se aos canais inativos, impedindo-os de retornar ao estado de repouso e, desse modo, reduzindo o número de canais funcionais disponíveis para gerar potenciais de ação subsequentes. 3. Inibição da função dos canais de cálcio; a. Usados para tratar crises de ausência; b. Os canais de Ca2+ são importantes para fusão da vesícula neuronal e liberação de neurotransmissores; c. Etossuximida e valproato; Principais Efeitos Colaterais dos Anticonvulsivantes: a. Sonolência, tontura, ganho de peso, dor de cabeça, náuseas, vômito; b. Anticonvulsivantes e gravidez: Diminuem efeito dos anticoncepcionais, aumenta o risco de malformações; Anticoncepcionais: Fármacos utilizados para contracepção: Contraceptivos orais: 1. Combinação de um estrógeno como uma progesterona (pílula combinada) a. Eficaz; b. Etinilestradiol e/ou mestranol - estrogênios. c. Noretisterona, levonorgestrel, etinodiol - progesterona; d. Desogestrel ou gestodeno - terceira geração progesterona; 2. Somente progesterona Incluem noretisterona, levonorgestrel, etinodiol; O mecanismo de ação ocorre primariamente sobre o muco cervical, que se torna inviável para o esperma Mecanismo de Ação: 1. Estrógeno inibe a secreção de FSH; 2. A progesterona inibe a secreção de LH e previne ovulação, também estimula a produção de muco cervical; Efeitos adversos: ● Ganho de peso, retenção de fluido, efeito anabólico; ● Náuseas amenas, rubor, tontura, depressão e irritabilidade; ● Mudanças na pele; Farmacocinética dos Anticoncepcionais: Metabolização pelas enzimas citocromo p450 hepáticas;A interação inclui rifampicina, rifabutina, carbamazepina e fenitoína. Contracepção pós-coito: Levonorgestrel, sozinho ou combinado com estrógeno, é efetiva se realizada dentro de 72h do intercurso não protegido e repetida 12h mais tarde. LAXATIVOS: Os fármacos que alteram a motilidade do TGI incluem: a. Purgativos (que aceleram a passagem de alimentos ao longo do intestino); b. Agentes que aumentam a motilidade da musculatura lisa do GI sem causar purgação; Purgativos vs. Laxantes: Os laxantes são mais suaves e demoram mais para agir (de 6 horas a 3 dias). Promovem fezes macias ou pastosas, eventualmente diarréica. Os purgantes são drásticos e agem rapidamente (de 1 a 3 horas). Promovem evacuação aquosa e volumosa. Purgativos: O trânsito do alimento ao longo do intestino pode ser agilizado por diferentes tipos de fármacos, como laxativos, emolientes fecais e purgativos estimulantes. 1. Laxativos formadores de volume e osmóticos: Incluem metilcelulose e certos extratos de plantas, como estercúlia, ágar, farelo e casca de psílio. Esses agentes são polímeros polissacarídicos que não são digeridos na parte alta do TGI. Formam uma massa hidratada volumosa no lúmen do intestino, promovendo peristaltismo e melhorando a consistência fecal. Ação: demora de 1-3 dias. Plantago ovata, sene, cássia, policarbofila cálcica,psyllium, agar-agar. Efeitos Colaterais: ● Flatulência, distensão abdominal, redução da absorção intestinal de algumas drogas. 2. Laxativos osmóticos: Solutos pouco absorvidos (purgativos salinos) e na lactulose. Os principais sais em uso são o sulfato e o hidróxido de magnésio. Provoca aumento da água na luz intestinal. Estimula peristaltismo e evacuações. Indicados quando os de fibra não possuem tanta eficiência. Efeitos Colaterais: ● Hipermagnesemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, flatulência, cólicas. 3. Emolientes Fecais: O docusato de sódio é um composto tensioativo que atua no TGI de maneira semelhante a um detergente e produz fezes mais amolecidas. Amolecer as fezes de forma física. Representante: Óleo Mineral, docusato de sódio. 4. Laxativos estimulantes: Atuam principalmente aumentando a secreção de eletrólitos, de água pela mucosa, além de aumentar o peristaltismo, possivelmente por estimulação de nervos entéricos. Bisacodil pode ser administrado por via oral, mas a forma mais comum é em supositório - atua diretamente nas fibras nervosas do cólon. O picossulfato de sódio e o docusato sódico têm ações semelhantes. Efeitos colaterais: dor, cólicas abdominais, inflamação e destruição do plexo mioentérico. Efeito laxativo rápido: 6-8 horas. 5. Fármacos que aumentam a motilidade: Domperidona, metoclopramida, prucaloprida, lubiprostona (ativador do canal de cloro-2 que atua nas células). Indicações: ● Prisão de Ventre; ● Hérnias/hemorroidas; ● Pós-operatório; ● Preparação de exames médicos; Cuidados/Contraindicações: ● Podem prejudicar a absorção de outros medicamentos; ● Irritação da mucosa; ● Uso contínuo pode causar dependência, consequentemente, causar constipação. ● Gravidez; ● Pacientes com náuseas e vômitos; Causas da Constipação: ● Alimentação incorreta, medicamentos, intolerância alimentar, doenças sistêmicas; ANTIALÉRGICOS: Receptores de Histamina: receptores celulares H1. Mecanismo de Ação: O mecanismo de ação da maioria dos anti-histamínicos baseia-se na inibição da ação da histamina, bloqueando a ligação com seus receptores H1; A Histamina é substância que provoca dilatação dos vasos sanguíneos da pele e formação das lesões (empolações), da coceira, bem como da sensação de calor e rubor (vermelhidão) que caracterizam a doença. Representantes: antazolina, azelastina, epinastina, olapatadina e emedastina. Os estabilizadores dos mastócitos : Os estabilizadores de mastócitos são medicamentos à base de cromonas usados para prevenir ou controlar algumas doenças alérgicas. Atuam através do bloqueio de um canal de cálcio essencial para a degranulação dos mastócitos, estabilizando a célula e impedindo a libertação de histamina. Os antagonistas dos leucotrienos: Os leucotrienos ativados pelos leucócitos, macrófagos, mastócitos participam nos processos de inflamação aguda, fazem bronconstrição e vasodilatação, aumentando a permeabilidade vascular e favorecendo, portanto, o edema. Os antialérgicos de 1ª geração são poucos específicos, lipofílicos, ultrapassam a barreira hemato encefálica e bloqueiam receptores do sistema nervoso central (dopaminérgicos, serotoninérgicos e colinérgicos) causando os principais efeitos colaterais observados. Representantes: Prometazina, Hidroxizina, Clorfeniramina (presente em antigripais); Os antialérgicos de 2ª geração são lipofóbicos, não ultrapassam a barreira hemato encefálica ou ultrapassam menos (30% Cetirizina) causam menos efeitos colaterais. Representantes: Loratadina, Mizolastina, Cetirizina, Fexofenadina, Desloratadina. Tópicos: Cloridrato de azelastina, prometazina. Glicocorticóides: Os corticosteroides ou corticóides (esteróides), são medicamentos usados para tratar uma ampla variedade de doenças inflamatórias, incluindo alergias como rinite alérgica, asma, anafilaxia, dermatites e distúrbios autoimunes e reumatológicos como lúpus, artrite, entre outros. O mecanismo de ação consiste na ação imunossupressora e anti-inflamatória através do bloqueio duplo da cascata do ácido araquidônico, por meio da indução da lipocortina, que age inibindo a fosfolipase A2 e da inibição das COXs, mediadores de leucotrienos, prostaglandinas e prostaciclinas. Dexametasona, betametasona, prednisolona, fluocinolonna, hidrocortisona, mometasona, budesonida.
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