Buscar

Farmacologia Aplicada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Farmacologia:
1. Farmacologia Anti-Hipertensiva
Alvo farmacológico: O débito cardíaco:
quantidade de sangue que o coração ejeta
em um minuto.
DC = FC x Volume Sistólico (VS)
Alvo farmacológico: Resistência Vascular
Periférica Total: somatório de todas as
resistências oferecidas ao fluxo sanguíneo
pelo atrito do endotélio dos diferentes leitos
vasculares quando o sangue passa por eles.
Ou seja, é a dificuldade que o sangue
encontra em passar pela rede de vasos e é
devido a ela que a pressão arterial vai caindo
ao longo do trajeto até voltar ao coração.
Pressão arterial: volume de sangue exercido
nas paredes dos vasos por estar em
movimento dentro das artérias.
PA = DC x ResVPT
Determinantes da Pressão Sistólica:
● Contratilidade Cardíaca;
● Volume Sistólico;
● Complacência Aórtica;
Determinantes da Pressão Diastólica:
● Frequência Cardíaca
● Resistência Periférica
● Nível de Pressão Sistólica
Volemia:
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
(SRAA)
1. Mácula densa: sensor de sal e água
(NaCl) -> reabsorção de sal. Para alta
concentrações de sal: a mácula
sinaliza para para célula granular
para liberar (excretar mais) mais sal.
Aumento da Natriurese e Diurese.
2. Células granulares: secreta renina.
Pressão baixa: mácula densa joga
prostaglandinas para a célula
granular secretar renina.
3. Células mesangiais
extraglomerulares: sustentam o
arcabouço, imunidade, produzem
fatores que regulam a mácula densa.
(sensíveis a hiperglicemia);
Patologias: erros nessas comunicações
acima.
Ações da Angiotensina II:
1. Alteração da Resistência Periférica
a. Vasoconstrição direta
b. Aumento da liberação de NE
c. Diminuição da recaptação de
NE
d. Aumento da descarga
simpática (SNC)
e. LIberação de catecolaminas
da medula suprarrenal
f. Resposta: resposta pressora
rápida
2. Alteração da Função Renal
a. Reabsorção de Na+ no túbulo
proximal
b. Liberação de aldosterona do
córtex suprarrenal
c. Resposta: resposta pressora
lenta
3. Alteração da Estrutura
Cardiovascular
a. Aumento da produção de
fatores de crescimento
b. Aumento na síntese de
proteínas da matriz
extracelular
c. Aumento da tensão da
parede (vascular)
d. Resposta: hipertrofia e
remodelagem vasculares
cardíacas (crônica).
Ações da Aldosterona:
Reabsorção de sódio, reabsorção de água e
secreção de potássio (K+).
a. Expressão dos canais
b. Aumenta a volemia -> aumenta a
pressão.
Determinantes da PA
Locais das Intervenções Farmacológicas:
1. Resistência Arteríolas
2. Capacitância Vênulas
3. Débito da Bomba do Coração
4. Volume Rins
Classes Farmacológicas:
1. Vasodilatadores
Causam relaxamento do músculo liso
vascular, ou seja, causam vasodilatação
atuando na musc. lisa do vaso sanguíneo.
Mecanismo de Contração-Relaxamento do
Músculo Liso:
Diferentes mediadores de contração: angio
II (ligada ao AT1), Ca2+ entrando por canal
dependente de voltagem, nora, endotelina.
Aldosterona, ADH (vasopressina);
B. Bloqueadores dos Canais de Cálcio do
Tipo L - BCCs
São fármacos que bloqueiam de
forma reversível o subtipo L dos canais de
Cálcio, encontrados no músculo liso dos
vasos e no miocárdio, causando alterações
hemodinâmicas e cardíacas.
Classes:
a. Fenilalquilaminas
i. Verapamil
ii. Gallopamil
b. Benzotiazepinas
i. Diltiazem
c. Dihidropiridinas
i. Amlodipino
ii. Felodipino
iii. Isradipino
iv. Nicardipino
v. Nifedipino
vi. Nimodipina
vii. Nisoldipina
viii. Nitrendipina
Mecanismo de ação:
Ação seletiva sobre canais iônicos de Cálcio,
do tipo L.
Bloqueio não competitivo;
Canais de cálcio/funções:
No coração: condução de estímulos
elétricos;
Músculo liso: Vasoconstrição;
Benzotiazínicos - Local D;
Fenilalquilaminas: Local V;
Ação preferencial cardíaca;
Efeitos crono - e inotrópicos negativos;
Diminuem a velocidade de condução;
Inibe formação de focos arritmogênicos
supraventriculares;
Inibe correntes de reentrada;
Dihidropiridínicos:
Local N - Ação preferencialmente vascular;
Maior vasodilatação de arteríolas;
Vasodilatação coronariana;
Indicações terapêuticas:
Angina
Instável, vasoespástica
Arritimias
Taquiarritmias supraventriculares
paroxísticas, flutter e fibrilação atriais;
Hipertensão
Arterial sistêmica, glaucoma
Cefaleia
Tratamento quimioterápico em alguns tipos
de câncer multidrogaresistente;
Efeitos adversos:
1. Rubor (devido à dilatação)
2. Vertigem
3. Cefaleia
4. Hipotensão
5. Edema periférico (mecanismo
compensatório -> após dilatação ->
diminui PA -> reabsorção de sal e
água) retenção líquida
Inibidores do Sistema
Renina-Angiotensina-Aldosterona
Fármacos que interrompem a via
fisiológica de formação da
aldosterona/angiotensina II. Podendo
fazê-lo em diversos pontos, desde inibirem a
renina até antagonizarem os receptores de
angiotensina II.
● Alisquireno -> inibe renina;
● Inibidores da ECA -> inibe a enzima
(IECA);
● Bloqueadores dos receptores de
angiotensina (antagonistas BRAs);
● Antagonistas dos receptores de
aldosterona -> Espironolactona,
eplerenona.
● Resultado: diminuição da pressão
arterial;
ECA: degrada bradicinina: vasodilatação:
redução da PA.
Inibidores diretos da Renina - IDR
Fármacos que interrompem a via fisiológica
de formação da aldosterona/angiotensina II
inibindo diretamente a ação da renina.
Mecanismos de Ação: Inibição competitiva
da renina, a enzima que catalisa a reação da
conversão do angiotensinogênio em angio I.
> Alisquireno
> Limitações: gestação é contra-indicação
absoluta, reduz em 50% concentração
plasmática de furosemida; Aumenta K
plasmático; Caro.
Inibidores da Enzima Conversora de
Angiotensina - iECAS
Interrompem a via fisiológica de formação
da aldosterona/angio II inibindo a ação da
ECA sobre a formação da angiotensina II a
partir da angio I.
Representantes:
Inibidores da eca que contêm sulfidrila:
Captopril (direto)
Que contêm dicarboxila:
Enalapril (pró-farmaco); Lisinopril;
Benazepril;
Que contêm fósforo:
Fosinopril
Alguns inibidores da ECA são fármacos
ativos, enquanto outros são pró-fármacos.
Ações farmacológicas:
Aumento da bradicinina: Aumento do NO e
Prostaglandinas; Vasodilatação; Protege o
endotélio; Antiagregação plaquetária;
Indicações:
HAS; Insuficiência Cardíaca, IC Ventricular
Esquerda, Pacientes recém-infartados.
Contra-indicações:
Gravidez (sobretudo a partir do 2°
semestre); Feto tóxico.
Pacientes com insuficiência renal aguda
severa;
Efeitos adversos:
Tosse seca, erupção cutânea,
hiperpotassemia (aldosterona põe K para
fora do corpo, logo, acumula-se),
hipotensão;
Antagonistas dos Receptores AT1 de
angiotensina II - ARAs
Fármacos que interrompem a via fisiológica
de formação da aldosterona/angiotensina II
por antagonizam os receptores AT, de
angiotensina II;
AT1 = tecido vascular, miocárdio, cérebro,
rim, suprarrenais;
AT2 = suprarrenais, rim, SNC;
Representantes:
Losartana, valsartana, irbesartana,
telmisartana, etc.
Indicações terapêuticas:
Tratamento de insuficiência cardíaca;
Hipertensão arterial - podem ser
adicionadas pequenas doses de
hidroclorotiazida ou outro diurético;
Fármacos de 1a escolha em pacientes
hipertensos diabéticos;
Protegem o rim;
Efeitos adversos:
Tontura, fadiga, mialgia, cefaleia, tosse seca,
hipotensão, hiperpotassemia.
Fármacos que atuam no sistema
adrenérgico:
Fármacos que atuam nos receptores
adrenérgicos e causam alterações
hemodinâmicas e cardíacas;
A. Drogas Adrenérgicas
(simpaticomiméticas/agonistas);
B. Drogas anti-adrenérgicas
(simpaticolíticas/antagonistas);
Fármacos que atuam na sinapse:
Inibidores de armazenamento de
catecolaminas
Agonistas dos receptores alfa-2�
alfa-metildopa. bem tolerado em grávidas.
Diminuição da projeção simpática;
Efeitos adversos: boca seca e sedação,
comprometimento da concentração,
hipertensão após interrupção brusca no tto.
Clonidina: produz redução da pressão
arterial por meio de sua ação nos centros
vasomotores do tronco encefálico,
suprimindo a descarga simpática na
periferia.
Antagonistas dos receptores
alfa-adrenérgicos:
A. Antagonistas não seletivos
Halo Alquilaminas
Imidazolinas
B. Antagonistas seletivos
Prazosina
Indoramina
DoxazosinaTerazosina
Tansulosina
C. Antagonistas seletivos
Ioimbina
Antagonistas dos receptores
beta-adrenérgicos:
Alta lipossolubilidade: propranolol,
metoprolol, oxprenolol, acebutolol -> SNC;
Baixa lipossolubilidade: atenolol, nadolol,
labeolol. Baixa penetrância no SNC.
Importância: ação SNC, eliminação renal,
metabolização hepática.
Propranolol: Fármaco não-seletivo
Baixa FC, a condução e a contratilidade (bloq
B1), contração do mm. liso, broncoespasmo
(bloq. B2) (contraindicado para pessoas com
asma);
Muito lipossolúvel, maior absorção quando
ingerido juntamente com alimentos, sofre
metabolismo de 1a passagem. Excreção
renal;
Ações Farmacológicas da Classe
(antagonistas dos receptores beta):
Proteção dos miócitos contra os efeitos
tóxicos diretos das catecolaminas.
Secreção de renina (hipertensão)
Prevenção da hipocalemia;
Arritmias supraventriculares e ventriculares.
Indicações: Angina, infarto, arritmias, IC,
hipertensão.
Demais:
Glaucoma,
ansiedade,
profilaxia da
enxaqueca
(penetração do
SNC);
Mecanismo anti-hipertensivo dos
antagonistas dos receptores B:
Cardíaco: bloqueiam os receptores B1 ->
diminui o efeito inotrópico positivo. Diminui
a força de contração -> diminui o débito
cardíaco;
Renal: diminuição
da secreção de
renina. Diminuição
da volemia.
Reações adversas:
hipotensão,
bradicardia,
impotência sexual,
insônia, etc.
Contra-indicações: asmáticos, DPOC,
bradicárdicos graves (FC < 30/40 aprox.),
ICC severa descompensados.
À medida que aumenta-se a dose, a seletiva
é perdida.
I - Diuréticos:
A. INIBIDORES DA ANIDRASE
CARBÔNICA
Local de ação: túbulo contorcido proximal;
Mecanismo de ação: inibidores da anidrase
carbônica;
Resultado: diminuição da reabsorção de
sódio, logo, reabsorve menos água.
Representantes: Acetazolamida,
metazolamida, diclorfenamida.
B. ALÇA
Local de ação: alça de Henle;
Mecanismo de ação: inibidores do
transportador de Na+/2Cl-/K+ (NKCC).
Interstício fica hiperosmótico, por isso, são
os diuréticos mais potentes.
Representantes: furosemida, bumetanida,
ácido etacrínico, torsemida.
Ações Farmacológicas:
Aumento em 65% da excreção de NaCl e de
HCO3-;
Aumento da excreção de Ca2+, Mg2+, K+,
reduz a secreção de ácido úrico.
Diurese acentuada e aguda.
Indicações:
● Edema
● ICC moderada e grave (edema);
● Cirrose hepática com ascite;
● Hipercalcemia;
● Edema pulmonar agudo;
● Anúria, oligúria.
C. TIAZÍDICOS
Anti-hipertensivos, diferentemente dos de
alça.
Local de ação: túbulo contorcido distal
(TCD);
Mecanismo de ação: inibidores do
simportador de Na+Cl-; Sódio não é
reabsorvido, mas aumenta a reabsorção de
Cálcio (pelo TRPV5).
Representantes:
Hidroclorotiazida, clorotiazida,
clortalidona, indapamida.
Ações Farmacológicas:
Aumento da excreção de NaCl, aumento da
perda de água, aumento da excreção de
HCO3- e PO4, aumento da excreção de K+ e
H+, aumento da reabsorção de Ca2+ no TCD.
Indicações: HAS, Edema por ICC leve,
glaucoma de ângulo aberto, osteoporose;
Contra-indicações: gravidez, Insuficiência
Renal Grave.
Reações adversas: hipercalcemia,
hipotensão, hipopotassemia, hiponatremia
(Na+), hiperuricemia (crise de gota);
D. POUPADORES DE POTÁSSIO
1.Antagonista dos Receptores de
Aldosterona
Local de ação: túbulo distal final, túbulo
coletor e ducto coletor.
Mecanismo de ação: antagonizam os
receptores de aldosterona. Bloqueia o
receptor de mineralocorticóides e diminui a
expressão dos receptores ENAC, canal de K
e da bomba.
Representantes: Espironolactona,
canrenona, eplerenona.
Ação farmacológica:
Aumento leve da excreção de NaCl,
diminuição da secreção de K+, ações
anti-androgênicas e progestênicas, reduz a
secreção de ácido úrico.
Indicações:
Hiperaldosteronismo, cirrose hepática,
correção e prevenção de hipocalemia.
Contraindicações: Hiperpotassemia, uso de
iECA, uso de suplementos de potássio.
Reações adversas: galactorreia,
hirsutissimo, ginecomastia, câncer de
mama, sonolência, hipertricose,
engrossamento da voz. Devido ao bloqueio
de um receptor de esteroide citoplasmático.
2.BLOQUEADORES DOS CANAIS DE SÓDIO
EPITELIAIS (ENAC)
Local: túbulo coletor e ducto coletor;
Mecanismo: bloqueiam os canais de sódio
epiteliais da membrana apical das células
principais dos túbulos e ductos coletores;
Representantes: amilorida, triantereno;
Menos efeitos colaterais;
Indicações: hipertensão, correção e
prevenção de hipocalemia, edema.
Antitireoidianos:
A glândula da tireoide segrega três
hormônios principais:
Tiroxina (T4);
Tri-iodotironina (T3);
Calcitonina;
Tanto T3 e T4 circulam ligadas
estreitamente a proteínas plasmáticas,
principalmente à globulina de ligação da
tiroxina (TGB);
A unidade funcional da tireóide é o
folículo ou ácino que contém a
tireoglobulina (glicoproteína grande), cuja
molécula contém cerca de 115 resíduos de
tirosina.
A partir dela ocorre a iodação dos
resíduos de tirosina.
Etapas da síntese, armazenamento e
secreção de hormônio tireoidiano:
1. Captação do iodeto plasmático pelas
células foliculares;
2. Oxidação de iodeto e iodação dos
resíduos de tirosina da
tireoglobulina;
3. Secreção de hormônio tireoidiano;
Captação de Iodeto Plasmáticos pelas
Células Foliculares:
O iodeto é captado do sangue e
transportado até o lúmen por dois
transportadores:
a. Na+/I- (NIS)
b. Pendrina (PDS);
Oxidação do Iodeto e Iodação dos Resíduos
de Tirosina da Tireoglobulina:
Catalisadas pela tireoperoxidase, uma
enzima encontrada na superfície interna da
célula na interface com o colóide;
A reação requer a presença do peróxido de
Hidrogênio (H2O2);
Regulação da Função Tireoidiana:
TRH -> age -> TSH -> atua em receptores na
membrana das células do folículo da tireoide
por meio de mecanismo que envolve
monofosfato de adenosina cíclico (cAMP) e
fosfatidilinositol 3-quinase.
TSH age na transcrição dos genes
transportadores de iodeto - aumentando a
captação de iodeto pelas células foliculares;
● Síntese e secreção de tireoglobulina;
● Produção de H2O2 e adição de iodo
à tirosina;
● Endocitose e proteólise da
tireoglobulina;
● Verdadeira secreção de T3 e T4;
● Fluxo sanguíneo pela tireoide;
Ações dos Hormônios Tireoidianos:
Produzem aumento geral do
metabolismo de carboidratos, gorduras,
proteínas e regulam esses processos na
maioria dos tecidos, sendo que T3 é de 3-5x
mais ativa que T4.
Ocorre aumento no consumo de
oxigênio e na produção de calor, que se
manifesta com elevação da taxa metabólica
basal;
Efeitos sobre o crescimento e o
desenvolvimento: resposta normal ao
paratormônio e à calcitonina e para o
desenvolvimento do esqueleto;
Mecanismo de Ação:
Os hormônios da tireoide atuam por
meio de receptores específicos:
Dois genes distintos: TR-alfa e
TR-beta codificam várias isoformas de
receptores com funções diferentes.
T4 pode ser considerada
pró-hormônio, pois, quando entra na célula,
é convertida em T3, que, em seguida se liga
TR com grande afinidade;
Dando início a síntese proteica.
Anomalias da Função Tireoidiana:
Ambas associadas à produção de
autoanticorpos tireoidianos e à lesão imune
da própria glândula;
Graves; Hipertireoidismo
● Taxa metabólica elevada;
● Aumento da temperatura da pele e
da sudorese;
● Nervosismo, tremor, taquicardia,
aumento do apetite vêm associado à
perda de peso;
● Existência de proteínas semelhantes
ao receptor de TSH nos tecidos;
● O fármaco antiarrítmico
amiodarona é rico em iodo e pode
causar tanto hiper quanto hipo.
● O consumo deficiente de iodo leva
aumento do TRH, e por fim, do
tamanho da glândula;
Hashimoto; Hipotireoidismo
● Atividade reduzida;
● Casos graves: mixedema
(espessamento característico da
pele, bolsa embaixo do olho);
● Fala arrastada, voz rouca e profunda,
letargia, bradicardia, sensibilidade
ao frio e comprometimento mental;
● Hashimoto: reação imune contra a
tireoglobulina ou algum outro
componente do tecido da tireoide;
Fármacos Usados Em Doenças da Tireoide:
Hipertireoidismo: Não alteram os
mecanismos autoimunes ou melhoram a
exoftalmia associada a graves.
1. Iodo Radioativo
a. Tratamento de primeira linha;
b. Destruição de tecido por meioda
radiação;
c. I131 tem meia-vida de 8 dias;
d. Administrado em dose única;
e. Depois do tratamento ocorre
hipotireoidismo (corrigido com
reposição de T4);
2. Tioureilenos (Carbimazol e
Propiltiouracila)
a. Reduzem a liberação de hormônios
tireoidianos e causam redução
gradual dos sinais e sintomas da
tireotoxicose.
b. Ação não totalmente
compreendido, mas há evidências
que eles reduzem a iodação dos
resíduos de tirosil na
tireoglobulina, inibindo as reações
de oxidação catalisadas pela
tireoperoxidase;
c. A propiltiouracila (efeito adicional
de reduzir a desiodação de T4 em
T3 nos tecidos periféricos;
d. Aspectos farmacocinéticos: Via
oral.
e. Carbimazol é rapidamente
convertido em um metabólito
ativo.
f. Ambos podem ser usados durante
a gravidez.
3. Iodo/Iodeto
a. O iodo é convertido em iodeto (I-);
b. Doses elevadas são adm a
pacientes com tireotoxicose, os
sintomas desaparecem em 1-2 dias.
c. Ocorre inibição da secreção dos
hormônios tireoidianos e, por
período de 10 a 14 dias, intensa
redução da vascularização da
glândula.
d. Administrado via oral em solução
com iodeto de potássio (iodo de
lugol);
e. Pode inibir a iodação da
tireoglobulina, possivelmente por
reduzir a geração de H2O2.
Hipotireoidismo:
1. T4 (levotiroxina) e T3 (liotironina)
sintéticas;
a. Via oral;
b. Terapia de reposição padrão para o
hipo;
c. Liotironina é administrada por injeção
intravenosa lenta, é usada no coma
mixedematoso;
Antifúngicos:
Fungos:
● Células eucarióticas sem mobilidade;
● Aproximadamente 50 tipos são
patogênicos aos seres humanos;
● Incidência devido infecções
oportunistas;
Classificação em 4 tipos principais:
1. Leveduras;
2. Fungos semelhantes à levedura, que
produzem estrutura similar ao
micélio (C. albicans);
3. Fungos filamentosos com micélios
verdadeiros (A. fumigatus);
4. Fungos dimórficos
Fármacos Usados Para Tratar Infecções
Fúngicas:
Classificação em dois grupos:
1. Antibióticos antifúngicos
2. Fármacos sintéticos: azóis e as
pirimidinas fluoradas;
1.
a. Anfotericina B:
● O local da ação da anfotericina é a
membrana celular fúngica;
● O centro hidrofílico cria um canal
iônico transmembrana, causando
alterações no equilíbrio iônico,
alterando a permeabilidade celular;
● Avidez às membranas dos fungos e
protozoários;
● Avidez pelo ergosterol: um esterol
da membrana fúngica que não é
encontrado nas células animais;
● Aspectos Farmacocinéticos: Pouco
absorvida oralmente. Pode ser
utilizada topicamente, mas, no caso
das infecções sistêmicas, é adm. por
meio de formulação em lipossomas,
por infusão intravenosa lenta.
● Atravessa a barreira
hematoencefálica; Tratamento de
meningite criptocócica.
b. Nistatina
● Macrolídeo poliênico com estrutura
similar à da anfotericina e com o
mesmo mecanismo de ação;
● Administrado via oral, mas não é
absorvido através das membranas
das membranas mucosas ou da pele;
c. Griseofulvina
Interfere na mitose pela ligação com os
microtúbulos fúngicos;
d. Equinocandinas
Todos os fármacos desse grupo são
modificações sintéticas da Equinocandina B.
Inibem a síntese de 1.3-betaglucano,
polímero de glicose necessário à
manutenção da estrutura da parede celular
fúngica; Sem ele, ocorre lise celular;
d1. Caspofungina
d2. Anidulafungina;
d3. Micafungina.
2.
a. Azóis
Agentes fungistáticos sintéticos:
Clotrimazol; Econazol; Fenticonazol;
Cetoconazol; Miconazol; Tioconazol;
Sulconazol;
Baseiam-se no núcleo imidazol;
Itraconazol; Posaconazol; Voriconazol;
Fluconazol; Derivados triazóis;
Azóis: inibem a enzima fúngica 3A do
citocromo P450, responsável pela conversão
do lanosterol em ergosterol (principal
esterol da membrana fúngica);
Efeito final: inibição da replicação.
2a.1 Cetoconazol
Não atinge concentrações
terapêuticas no SNC, exceto no caso de
serem adm. doses elevadas;
Toxicidade hepática;
2a.2 Fluconazol
Bem absorvido e pode ser adm. por
via oral ou intravenosa; Alcança
concentrações elevadas no líquido
cefalorraquidiano;
2a.3 Itraconazol
Via oral; Altamente lipossolúvel;
Formulação para ser intravenosa;
Não penetra o LCR;
2a.4 Miconazol
Em geral, forma tópica;
Outros azóis:
Clotrimazol (interfere no transporte
de aminoácidos para o interior do fungo por
ação da membrana celular), econazol,
tioconazol, sulconazol são usados apenas
em aplicação tópica;
Antidepressivos:
Natureza da depressão: a depressão é o mais
comum dos transtornos afetivos;
Viés afetivo negativo;
Teoria sobre a depressão:
1. Teoria das Monoaminas:
Déficit funcional de transmisores de
monoaminas, norepinefrina e 5 HT
(serotonina) em certos locais do cérebro;
Fármacos Antidepressivos:
1. Inibidores Seletivos da Recaptação
de Monoaminas:
a. Inibidores seletivos da
recaptação da serotonina
(5-HT) (IRSH) - fluoxetina,
fluvoxamina, paroxetina,
sertralina, citalopram,
escitalopram, vilazodone.
b. Antidepressivos tricíclicos
(ADT) - imipramina,
desipramina, amitriptilina,
nortriptilina, clomipramina;
c. Inibidores da recaptação da
Norepinefrina - reboxetina,
atomoxetina, bupropiona;
Os efeitos adversos comuns incluem
náuseas, anorexia, insônia, perda da libido
e frigidez.
Alguns desses efeitos adversos são
resultantes do aumento da estimulação dos
receptores 5-HT pós-sinápticos, como
resultado do fato de os fármacos
aumentarem os níveis extracelulares de
5-HT.
2. Inibidores da Monoamina Oxidase
(iMAO):
a. Inibidores irreversíveis não
competitivos - fenelzina,
tranilcipromina
b. Inibidores reversíveis
seletivos para MAO-A -
moclobemida.
Mecanismo de Ação dos Antidepressivos:
1.Controle noradrenérgico da liberação de
5-HT:
Bloqueio de auto receptores
pré-sinápticos alfa-2, reduzirá o mecanismo
de retroalimentação negativa da liberação
de norepinefrina e, portanto, aumentará a
liberação futura de norepinefrina.
2.Inibidores seletivos da recaptação de
5-HT
Demonstram seletividade em
relação à recaptação de 5-HT
Ação consiste na inibição do
transportador de serotonina (SERT), o que
gera acúmulo deste neurotransmissor na
fenda sináptica, aumentando sua
disponibilidade.
3.Inibidores da recaptação de
serotonina-norepinefrina
Não seletivos para NE e 5-HT;
Todos os IRSNs ligam-se aos
transportadores de serotonina (SERT) e de
norepinefrina (NET), de forma reversível e
com pouca afinidade.
Representantes: Venlafaxina,
desvenlafaxina, duloxetina,
levomilnaciprana e milnaciprana.
4. Tricíclicos
O principal efeito imediato dos ADT
é bloquear a recaptação das aminas pelas
terminações nervosas, por competição pelo
ponto de ligação do transportador de
aminas.
5. A monoamina oxidase existe em duas
formas moleculares semelhantes: A MAO-A
tem preferência de substrato pela 5-HT e
norepinefrina - principal alvo para iMAO
antidepressivos;
A MAO-B tem preferência de substrato pela
feniletilamina e a dopamina. O tipo B é
inibido seletivamente pela selegilina, usada
no tratamento de Parkinson.
Efeitos adversos: A hipotensão, tremores,
excitação, insônia, convulsões
(superdosagem);
Efeitos atropínicos: boca seca, visão
embaçada, retenção urinária;
Antipsicóticos
Esquizofrenia e nos fármacos
utilizados para tratá-la.
As doenças psicóticas incluem vários
transtornos - para isso, os fármacos
antipsicóticos. Fármacos utilizados também,
além da esquizofrenia, para tratar a mania e
outros transtornos comportamentais
agudos;
Farmacologicamente: a maioria é
antagonista dos RECEPTORES de
dopamina, apesar de atuarem em outros
alvos (receptores 5-HT), os quais podem
contribuir para a sua eficácia clínica.
Esquizofrenia:
a. Sintomas Positivos
Delírios, alucinações, transtornos de
pensamento, comportamento anormal,
desorganizado, catatonia;
b. Sintomas Negativos
Afastamento de contatos sociais,
aplanamento das respostas emocionais,
anedonia, relutância em executar tarefas
diárias.
Etiologia e Patogênese da Esquizofrenia:
Fatores genéticos e ambientais ->
disfunção das vias dopaminérgicas;
Associações com genes que
controlam o desenvolvimento neuronal,
conectividade sináptica e neurotransmissão
GLUTAMATÉRGICA. Estes incluem
neurorregulina, disbindina, DISC-1,TCF4,
NOTCH4;
Particularmente infecções virais
maternas e outras evidências sugerem
esquizofrenia associada a um distúrbio do
desenvolvimento do SN.
Bases Neuroanatômicas e Neuroquímicas
de Esquizofrenia:
a. Anomalias em diferentes circuitos
neuronais;
b. Alterações na via mesolímbica para o
núcleo accumbens, amígdala e
hipocampo estão associadas a
sintomas positivos;
c. Negativos: associados a alterações
no córtex pré-frontal, que recebe
informação da VTA pela via
mesocortical e que projeta no
núcleo accumbens e estriado dorsal;
Principais neurotransmissores envolvidos:
a. Dopamina
b. Glutamato
Neurônios glutamatérgicos e GABAérgicos
têm papéis complexos no controle do nível
de atividade.
A hipofunção dos receptores NMDA
reduz o nível de atividade dos neurônios
dopaminérgicos mesocorticais ->
diminuição de dopamina no córtex
pré-frontal -> sintomas negativos.
A hipofunção dos receptores NMDA em
neurônios GABAérgicos reduziria a inibição
do a inibição do input cortical excitatório
para a VTA -> aumentaria a atividade
dopaminérgica mesolímbica.
Acredita-se:
a. Hiperatividade na via
dopaminérgica: ativação dos
receptores D2 (2-3-4)
b. Hipoatividade: D1 (1-5);
Forte relação entre a potência dos
antipsicóticos na redução dos sintomas
positivos e a atividade de bloqueio dos
receptores D2.
Classificação dos Fármacos Antipsicóticos:
Hoje está claro que o antagonismo de
dopamina é o principal determinante da
ação antipsicótica;
1. Primeira Geração/Típicos
Clorpromazina, haloperidol, flufenazina,
flupentíxol, zuclopentixol.
Bloqueiam diferentes mediadores incluindo
histamina, catecolaminas, acetilcolina e
5-HT (multiplicidade de ações: Largactil
para clorpromazina);
2. Segunda Geração/Atípicos
Reduzida nos efeitos adversos;
Melhor eficácia em relação aos sintomas
negativos;
Clozapina, Risperidona, quetiapina,
amissulprida, aripiprazol, ziprasidona;
Propriedades Farmacológicas:
Receptores de Dopamina:
5 subtipos agrupados em duas classes
funcionais: D1 e D2.
Os antipsicóticos devem os seus efeitos
terapêuticos principalmente ao bloqueio dos
receptores D2 (80%);
Acredita-se que seja o antagonismo dos
receptores D2 na via mesolímbica que alivia
os sintomas positivos da esquizofrenia.
Por outro lado, antipsicóticos não
distinguem entre receptores D2 em regiões
cerebrais distintas -> efeitos motores
adversos, aumento da produção de
prolactina.
Receptores 5-HT2A controlam a
liberação de dopamina. Fármacos com
propriedades antagonistas de 5-HT2a
(olanzapina e risperidona) aumentam a
liberação de dopamina no estriado pela
redução do efeito inibitório de 5-HT;
Receptores 5-HT1A são
autoreceptores somatodendríticos que
inibem a liberação de 5-HT. Fármacos
antipsicóticos que são antagonistas ou
agonistas parciais dos receptores 5-HT1A
(quetiapina) podem causar diminuição da
liberação de 5-HT, aumentando a liberação
de dopamina.
Efeitos Adversos:
1. Os efeitos adversos importantes
comuns a muitos fármacos são:
2. Distúrbios motores
3. Distúrbios endócrinos (liberação
aumentada de prolactina)
4. Sedação, hipotensão e ganho de
peso são comuns
A dopamina, liberada na eminência
mediana por neurônios da via
túbero-hipofisária, atua fisiologicamente via
receptores D2 para inibir a secreção de
prolactina. Ao bloquear os receptores D2
pelos fármacos antipsicóticos, é possível,
portanto, aumentar a concentração
plasmática de prolactina, resultando em
inchaço da mama, dor e lactação (conhecida
como “galactorreia”), que ocorre tanto no
homem quanto na mulher.
Ansiolíticos e Hipnóticos:
Fármacos usados para tratar ansiedade e
insônia (hipnóticos).
Fármacos Usados para Tratar Ansiedade:
Antidepressivos;
Benzodiazepínicos: utilizados para tratar a
ansiedade generalizada. Aqueles usados para
tratar a ansiedade têm meia-vida biológica
longa.
Representantes: Diazepam, lorazepam,
alprazolam, nitrazepam, clonazepam; -
potencializa a ação do GABA;
Barbitúricos: fenobarbital. Aumentam
abertura dos canais de Cloreto e bloqueiam
receptores glutamato;
Efeitos adversos: tolerância, dependência,
abstinência, coma e morte;
Flumazenil: O flumazenil é um antagonista
do receptor GABA que pode rapidamente
reverter os efeitos dos benzodiazepínicos e
está disponível apenas para administração
intravenosa (IV).
Mecanismo de Ação dos Benzodiazepínicos:
Atual seletivamente nos receptores GABA -
A;
Que medeiam a transmissão
sináptica inibitória através do SNC. Atuam
como moduladores alostéricos positivos
para facilitar a abertura dos canais de
cloreto GABA-ativados, aumentando a
resposta ao GABA.
O receptor GABA-A é um canal
iônico dependente de voltagem;
Benzodiazepínicos: ligam-se por meio da
interface entre subunidades alfa e beta.
Efeitos Farmacológicos e Usos:
1. Redução da ansiedade e da agressão;
2. Indução do sono;
3. Redução do tônus muscular;
4. Efeito anticonvulsivante;
5. Amnésia anterógrada;
Benzodiazepínicos são usados
principalmente para tratar ansiedade
aguda, emergências comportamentais e
durante procedimentos como a endoscopia.
Fármacos Usados para Tratar Insônia
(Hipnóticos):
Benzodiazepínicos;
Fármacos Z (zaleplona, zolpidem,
zopiclona);
Anti-histamínicos;
Anticonvulsivantes/Epiléticos:
A epilepsia é uma alteração muito
comum, caracterizada por convulsões;
Decorrem de despolarizações
neuronais episódicas;
Multifatorial;
Natureza da epilepsia:
Alterações neurológicas nas quais ocorrem
convulsões periódicas;
O que se inicia como despolarização local
anômala pode propagar-se para outras áreas
do cérebro;
Tipos de Epilepsia:
a. Crises parciais
b. Crises generalizadas
Fármacos Anticonvulsivantes e Mecanismo
de Ação:
1. Potencialização da ação do GABA;
a. Facilita a abertura dos canais
de cloreto mediados pelo
GABA; Fenobarbital e
benzodiazepínicos
b. Vigabatrina: atua inibindo
irreversivelmente a enzima
GABA transaminase -
responsável pela inativação
do GABA;
c. Tiagabina: inibidor do
transportador GABA
“neuronal” GAT1, que é
expresso nos terminais
nervosos GABAérgicos,
inibindo a remoção do GABA
da sinapse;
2. Inibição da função dos canais de
Sódio;
a. Carbamazepina, fenitoína,
lamotrigina;
b. Afetam a excitabilidade da
membrana por ação sobre os
canais de sódio dependentes
de voltagem;
c. Bloqueiam,
preferencialmente a
excitação de células que
estão disparando
repetitivamente;
d. Observa-se a capacidade dos
fármacos bloqueadores
discriminarem canais de
sódio em seus estados de
repouso, aberto e inativado.
e. Os antiepilépticos ligam-se
aos canais inativos,
impedindo-os de retornar ao
estado de repouso e, desse
modo, reduzindo o número
de canais funcionais
disponíveis para gerar
potenciais de ação
subsequentes.
3. Inibição da função dos canais de
cálcio;
a. Usados para tratar crises de
ausência;
b. Os canais de Ca2+ são
importantes para fusão da
vesícula neuronal e liberação
de neurotransmissores;
c. Etossuximida e valproato;
Principais Efeitos Colaterais dos
Anticonvulsivantes:
a. Sonolência, tontura, ganho de peso,
dor de cabeça, náuseas, vômito;
b. Anticonvulsivantes e gravidez:
Diminuem efeito dos
anticoncepcionais, aumenta o risco
de malformações;
Anticoncepcionais:
Fármacos utilizados para contracepção:
Contraceptivos orais:
1. Combinação de um estrógeno como
uma progesterona (pílula
combinada)
a. Eficaz;
b. Etinilestradiol e/ou
mestranol - estrogênios.
c. Noretisterona,
levonorgestrel, etinodiol -
progesterona;
d. Desogestrel ou gestodeno -
terceira geração
progesterona;
2. Somente progesterona
Incluem noretisterona, levonorgestrel,
etinodiol;
O mecanismo de ação ocorre
primariamente sobre o muco cervical, que
se torna inviável para o esperma
Mecanismo de Ação:
1. Estrógeno inibe a secreção de FSH;
2. A progesterona inibe a secreção de
LH e previne ovulação, também
estimula a produção de muco
cervical;
Efeitos adversos:
● Ganho de peso, retenção de fluido,
efeito anabólico;
● Náuseas amenas, rubor, tontura,
depressão e irritabilidade;
● Mudanças na pele;
Farmacocinética dos Anticoncepcionais:
Metabolização pelas enzimas citocromo
p450 hepáticas;A interação inclui rifampicina, rifabutina,
carbamazepina e fenitoína.
Contracepção pós-coito:
Levonorgestrel, sozinho ou combinado com
estrógeno, é efetiva se realizada dentro de
72h do intercurso não protegido e repetida
12h mais tarde.
LAXATIVOS:
Os fármacos que alteram a motilidade do
TGI incluem:
a. Purgativos (que aceleram a
passagem de alimentos ao longo do
intestino);
b. Agentes que aumentam a
motilidade da musculatura lisa do
GI sem causar purgação;
Purgativos vs. Laxantes:
Os laxantes são mais suaves e
demoram mais para agir (de 6 horas a 3
dias). Promovem fezes macias ou pastosas,
eventualmente diarréica.
Os purgantes são drásticos e agem
rapidamente (de 1 a 3 horas). Promovem
evacuação aquosa e volumosa.
Purgativos:
O trânsito do alimento ao longo do intestino
pode ser agilizado por diferentes tipos de
fármacos, como laxativos, emolientes fecais
e purgativos estimulantes.
1. Laxativos formadores de volume e
osmóticos:
Incluem metilcelulose e certos
extratos de plantas, como estercúlia, ágar,
farelo e casca de psílio. Esses agentes são
polímeros polissacarídicos que não são
digeridos na parte alta do TGI.
Formam uma massa hidratada
volumosa no lúmen do intestino,
promovendo peristaltismo e melhorando a
consistência fecal.
Ação: demora de 1-3 dias.
Plantago ovata, sene, cássia, policarbofila
cálcica,psyllium, agar-agar. 
Efeitos Colaterais:
● Flatulência, distensão abdominal,
redução da absorção intestinal de
algumas drogas.
2. Laxativos osmóticos:
Solutos pouco absorvidos (purgativos
salinos) e na lactulose. Os principais sais em
uso são o sulfato e o hidróxido de
magnésio.
Provoca aumento da água na luz intestinal.
Estimula peristaltismo e evacuações.
Indicados quando os de fibra não possuem
tanta eficiência.
Efeitos Colaterais:
● Hipermagnesemia, hiperfosfatemia,
hipocalcemia, flatulência, cólicas.
3. Emolientes Fecais:
O docusato de sódio é um composto
tensioativo que atua no TGI de maneira
semelhante a um detergente e produz fezes
mais amolecidas. Amolecer as fezes de
forma física.
Representante: Óleo Mineral,
docusato de sódio.
4. Laxativos estimulantes:
Atuam principalmente aumentando
a secreção de eletrólitos, de água pela
mucosa, além de aumentar o peristaltismo,
possivelmente por estimulação de nervos
entéricos.
Bisacodil pode ser administrado por via
oral, mas a forma mais comum é em
supositório - atua diretamente nas fibras
nervosas do cólon. O picossulfato de sódio
e o docusato sódico têm ações semelhantes.
Efeitos colaterais: dor, cólicas abdominais,
inflamação e destruição do plexo
mioentérico.
Efeito laxativo rápido: 6-8 horas.
5. Fármacos que aumentam a
motilidade:
Domperidona, metoclopramida,
prucaloprida, lubiprostona (ativador do
canal de cloro-2 que atua nas células).
Indicações:
● Prisão de Ventre;
● Hérnias/hemorroidas;
● Pós-operatório;
● Preparação de exames médicos;
Cuidados/Contraindicações:
● Podem prejudicar a absorção de
outros medicamentos;
● Irritação da mucosa;
● Uso contínuo pode causar
dependência, consequentemente,
causar constipação.
● Gravidez;
● Pacientes com náuseas e vômitos;
Causas da Constipação:
● Alimentação incorreta,
medicamentos, intolerância
alimentar, doenças sistêmicas;
ANTIALÉRGICOS:
Receptores de Histamina: receptores
celulares H1.
Mecanismo de Ação: O mecanismo de ação
da maioria dos anti-histamínicos baseia-se
na inibição da ação da histamina,
bloqueando a ligação com seus receptores
H1; A Histamina é substância que provoca
dilatação dos vasos sanguíneos da pele e
formação das lesões (empolações), da
coceira, bem como da sensação de calor e
rubor (vermelhidão) que caracterizam a
doença.
Representantes: antazolina, azelastina,
epinastina, olapatadina e emedastina.
Os estabilizadores dos mastócitos : Os
estabilizadores de mastócitos são
medicamentos à base de cromonas usados
para prevenir ou controlar algumas doenças
alérgicas. Atuam através do bloqueio de um
canal de cálcio essencial para a
degranulação dos mastócitos, estabilizando
a célula e impedindo a libertação de
histamina.
Os antagonistas dos leucotrienos: Os
leucotrienos ativados pelos leucócitos,
macrófagos, mastócitos participam nos
processos de inflamação aguda, fazem
bronconstrição e vasodilatação,
aumentando a permeabilidade vascular e
favorecendo, portanto, o edema.
Os antialérgicos de 1ª geração são poucos
específicos, lipofílicos, ultrapassam a
barreira hemato encefálica e bloqueiam
receptores do sistema nervoso central
(dopaminérgicos, serotoninérgicos e
colinérgicos) causando os principais efeitos
colaterais observados. 
Representantes: Prometazina, Hidroxizina,
Clorfeniramina (presente em antigripais);
Os antialérgicos de 2ª geração são
lipofóbicos, não ultrapassam a barreira
hemato encefálica ou ultrapassam menos
(30% Cetirizina) causam menos efeitos
colaterais. 
Representantes: Loratadina, Mizolastina,
Cetirizina, Fexofenadina, Desloratadina.
Tópicos:
Cloridrato de azelastina, prometazina.
Glicocorticóides:
Os corticosteroides ou corticóides
(esteróides), são medicamentos usados para
tratar uma ampla variedade de doenças
inflamatórias, incluindo alergias como rinite
alérgica, asma, anafilaxia, dermatites e
distúrbios autoimunes e reumatológicos
como lúpus, artrite, entre outros.
O mecanismo de ação consiste na ação
imunossupressora e anti-inflamatória
através do bloqueio duplo da cascata do
ácido araquidônico, por meio da indução da
lipocortina, que age inibindo a fosfolipase A2
e da inibição das COXs, mediadores de
leucotrienos, prostaglandinas e
prostaciclinas.
Dexametasona, betametasona,
prednisolona, fluocinolonna,
hidrocortisona, mometasona, budesonida.

Continue navegando