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ERRO DE TIPO

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Elementos da Culpabilidade (e suas excludentes)
Imputabilidade. Excluem-na
Doença mental – art.26
Menoridade – art. 27
Embriaguez – art. 28, § 1o
Potencial Consciência da Ilicitude, afasta-a
O Erro de Proibição – art. 21
Exigibilidade de Conduta Diversa
Coação Moral Irresistível – art.22
Obediência Hierárquica – art. 22
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Art. 20 “caput” CP - ERRO SOBRE ELEMENTOS DO TIPO
ERRO TIPO 
ERRO DE TIPO = é uma falsa representação do tipo penal.
Não há no agente a vontade de realizar o tipo objetivo, desaparece a finalidade típica.
Se há erro quanto ao elemento constitutivo do tipo, há exclusão do dolo, mas, pune-se o agente se for prevista a forma culposa.
Ex. Pegar mala alheia julgando ser própria.
Juízo falso, compreensão equivocada de um fato.
Descrição legal do
comportamento proibido
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O ERRO DE TIPO pode ser:
ERRO ESSENCIAL (sempre exclui o dolo): recai sobre elementares e circunstâncias do tipo penal, sem o qual o crime não existiria.
ERRO ACIDENTAL: recai sobre dado secundário, não constitutivo do tipo, é irrelevante.
Recai sobre o objeto, sobre a pessoa, na execução e no resultado diverso do pretendido (art.s. 2.0, §3º, 73 e 74 CP).
O dolo persiste, nestas condutas pela finalidade típica.
Ex. O agente furta café em vez de subtrair feijão (erro sobre o objeto).
 
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Formas de erro essencial:
VENCÍVEL ou INESCUSÁVEL (art. 20, “caput”, última parte) Decorre inobservância do dever de cuidado, permite a punição a título de culpa se houver previsão expressa no tipo penal. 
INVENCÍVEL ou ESCUSÁVEL Exclui o dolo e a culpa, mesmo com diligência e cuidado provoca o resultado, diz-se inevitável. 
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Art. 20, § 1º CP – Descriminantes putativas (supostamente verdadeiras)
É causa de excludente da ilicitude erroneamente imaginada pelo agente. O agente supõe estar agindo amparado por uma das causas enumeradas no art. 23 CP. São elas:
Legítima defesa putativa
Ex. O agente dispara contra o desafeto quando o mesmo leva a mão ao bolso, supondo que estivesse armado.
Estado de necessidade putativo
Ex. O agente ouve gritos acerca de suposto incêndio no local onde estava, sai desabaladamente e fere uma pessoa.
Estrito cumprimento do dever legal putativo
Ex. Um policial algema um cidadão honesto, sósia de um fugitivo.
Exercício regular de direito putativo
Ex. Médico realiza intervenção cirúrgica sem o consentimento do paciente imaginado correr risco de morte, mas que na verdade não necessitava de tal intervenção.
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Art. 20, § 2º - Erro provocado por terceiro – o provocado, tratando-se de erro invencível não responderá por dolo ou culpa, tratando-se de erro vencível responderá por culpa se prevista no tipo penal. O provocador - responderá por dolo ou culpa do induzimento.
Art. 20, § 3º - Erro sobre a pessoa (error in persona) – não há exclusão do dolo, considera-se as características e qualidade da pessoa que o agente queria atingir e não a atingida. Há uma confusão mental, o agente pensa que a vítima efetiva é a vítima virtual.
Ex. Matar um anão acreditando ser uma criança. Responderá por homicídio doloso com a incidência da qualificadora do § 4º do Art. 121.
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Erro na execução (aberratio ictus) art. 73 CP - é espécie de erro acidental, não exclui o dolo ou a culpa. Também chamado de desvio de golpe. Nessa modalidade o agente não se confunde quanto à pessoa que pretendia atingir, mas erra o alvo atinge vítima diversa.
*Se o agente atinge a pessoa pretendida e também pessoa diversa responde aplica-se a regra do concurso formal prevista no art. 70 CP.
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Erro de Proibição
Erro de Tipo não se confunde com o Erro de Proibição (conhecido também como Erro de Permissão).
O Erro de Proibição é aquele erro quanto a ilicitude do fato. O agente quer realizar a conduta típica do ponto de vista objetivo, porém, assim procede porque julga permitido.
	Não deve ele alegar o desconhecimento da lei porque isso, no máximo, lhe atenuará a pena (art. 21 do CP – “O desconhecimento da lei é inescusável”). - art. 21, segunda parte, do CP: “O erro quanto a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena”, bem como conforme a LICC: 
	“A ninguém é lícito alegar o desconhecimento da lei.”;
	Geralmente os indivíduos não conhecem a lei formal, mas, apesar disso, sabem quando uma conduta é ou não lícita. O conhecimento da ilicitude é o que Aníbal Bruno chamava de “conhecimento do profano”. Condutas como roubar, furtar, matar, todos sabem que são proibidas. Por isso, alegar o desconhecimento da ilicitude não é tarefa fácil. Além disso, a lei não exige a consciência da ilicitude para incriminar o agente, satisfaz-se com a potencial consciência da ilicitude: se o agente não possuir a consciência da ilicitude, mas lhe era possível tê-la, poderá ser incriminado.

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