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Conselho Nacional de Justiça Princípios e Diretrizes Gerais 1. O Conselho Nacional de Justiça, como órgão máximo de governo do Poder Judiciário, terá como primado a independência do juiz no exercício da função jurisdicional. 2. A atuação do Conselho Nacional de Justiça não poderá implicar interferência na atividade jurisdicional. 3. Como órgão de governo do Poder Judiciário, o Conselho deve ter a participação majoritária de juízes e nele haverá representação de todos os ramos do Judiciário. Os magistrados integrantes do Conselho serão eleitos por voto direto e secreto e poderão ser oriundos de qualquer grau de jurisdição. 4. A composição do Conselho deverá contar com a participação da sociedade civil. Contudo, por se constituir como órgão de governo e mecanismo de avaliação social do Poder Judiciário, e não como ente de controle corporativista, o Conselho deve ser refratário à participação de membros de outros Poderes de Estado e à existência de vagas privativas de órgãos ou entidades que tenham interesse corporativo no Judiciário. 5. A sociedade civil organizada deverá ter participação no Conselho, com representantes de entidades de classe, organizações não-governamentais e da comunidade técnico-científica, eleitos pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. 6. Os membros do Conselho Nacional de Justiça serão eleitos para um único mandato, vedada a recondução. 7. Para dar sentido de harmonia e unidade nas diretrizes estratégicas do Poder Judiciário, o Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 8. Deverá ser criada a Ouvidoria-Geral do Poder Judiciário, órgão que receberá reclamações sociais dirigidas contra os serviços judiciários. 9. A competência do Conselho Nacional de Justiça incluirá, entre outras: a) a definição da política judiciária; b) o planejamento estratégico e a avaliação do Poder Judiciário, com poderes de coordenação, supervisão, fiscalização e disciplina sobre as atividades administrativas e orçamentárias dos seus órgãos e serviços auxiliares, inclusive do Supremo Tribunal Federal; c) o exercício do poder disciplinar relativo aos juízes, ficando a perda do cargo reservada à decisão judicial com trânsito em julgado; d) o provimento dos cargos de magistrado dos Tribunais, inclusive das Cortes. Superiores; e) a regulamentação dos procedimentos de acesso à carreira, remoção e promoção de magistrados de primeiro grau, com poderes para a fixação decritérios objetivos para promoção por merecimento, observado o critério de antiguidade nas remoções a pedido. A composição atual para o biênio 2012/2013, na ordem da composição institucional, é Joaquim Barbosa, presidente do CNJ Francisco Falcão, ministro do STJ, Corregedor Nacional de Justiça Carlos Alberto Reis de Paula, ministro do TST José Roberto Neves Amorim, desembargador do TJ/SP Fernando da Costa Tourino Neto, desembargador do TRF/1ª região Ney José de Freitas, desembargador do TRT/9ª região José Guilherme Vasi Werner, juiz de direito do TJ/RJ Sílvio Luís Ferreira da Rocha, juiz federal do TRF/3ª região José Lúcio Munhoz, juiz do trabalho do TRT/12ª região Wellington Cabral Saraiva, procurador regional da República da 5ª região (membro do MPU) Gilberto Valente Martins Promotor de Justiça do Estado do Pará, membro do MP/PA Jefferson Kravchychyn e Jorge Hélio, advogados Emmanoel Campelo (Câmara dos Deputados) e Bruno Dantas (Senado Federal)
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