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@brunagsaboia Prop Cirurgic
Abdome Agudo
★ Dor na região abdominal, sendo não
traumática; tem início súbito, intensidade
variável e caráter evolutivo (progressivo)
associado ou não a outros sintomas e que
requer um tratamento precoce (leva o doente
a procurar auxílio médico).
* Síndrome = conjunto de sinais e sintomas.
* Dor: pode ser aguda ou agudizada (quando o
paciente já teve essa dor só que agora ela está
muito mais intensa).
* Dor:
- Visceral: paciente não consegue pontuar
onde está doendo
- Parietal: dor do tipo epicrítico => paciente
consegue diferenciar onde dói e onde não dói
em áreas pequenas, devido a inervação
somática.
* Classificação - Abdome Agudo:
- Inflamatório
- Obstrutivo
- Perfurativo
- Vascular
- Hemorrágico.
Abdome Agudo Inflamatório:
Característica da dor: insidiosa com evolução
longa (tempo de chegada) => paciente às vezes
demora dias para procurar o pronto socorro.
Causas mais frequentes:
- Apendicite aguda
- Colecistite aguda
- Diverticulite aguda
- Pancreatite aguda
- Doença inflamatória pélvica.
Apendicite Aguda:
- Causa mais comum de urgência cirúrgica não
traumática
- Oclusão da luz do óstio apendicular: fecalito
(apendicolito/hiperplasia linfóide)
- Proliferação bacteriana + Muco: aumento de
pressão luminal, distensão da parede
apendicular => DOR VISCERAL
(PERIUMBILICAL) = pode ser inicialmente em
cólica ou em caráter progressivo
- Dificuldade de drenagem venolinfática
EDEMA = parede abdominal fica espessada
devido ao processo inflamatório causado
pela inflamação do apêndice
- Pressão luminal = Pressão de perfusão capilar
=> apêndice para de ser irrigado devido a
inflamação → leva a isquemia e gangrena
(peritonite = inflamação do peritônio).
* Quadro Clínico:
- Pode ocorrer em qualquer idade
- Dor abdominal insidiosa de início
periumbilical, mal definida, contínua,
associada a anorexia, náuseas/vômitos e
febre; posteriormente localiza-se em FID
- Associação de sintomas: Taquicardia, Disúria,
diarreia/parada de eliminação de gases e
fezes e Distensão abdominal.
* Parada de eliminação de gases e fezes: acontece
em casos mais graves/mais evoluídos.
* Exame físico abdominal - Sinais:
- Blumberg
- Rovsing
- Lapinsky: indivíduo deitado → levanta a perna
→ dor na região da fossa ilíaca direita = sinal
de Lapinsky positivo
- Psoas: quando o apêndice está atrás do seco
e na frente do psoas = na contração do psoas,
pode sentir dor
- Obturador: apêndice vai para dentro da pelve
(isso é raro) → encosta no músculo obturador
→ quando mobiliza a musculatura obturatória
(flexiona a perna e faz rotação lateral), o
paciente sente dor = obturador positivo.
* Toque Retal: obrigatório em todos os casos de
abdome agudo (após realizar o exame abdominal) e,
na mulher, inclui-se o toque vaginal antes do retal =>
muitas vezes, nesse, consegue tocar o apêndice
inflamado e o paciente refere dor.
* Exames complementares:
- Hemograma: leucocitose + 20.000
(complicação)
- Urina I – ITU (cuidado!)
- USG abdominal – Magros (Transvaginal
Mulheres).
- TC de abdome.
Colecistite Aguda: inflamação da vesícula que
tem como causa uma obstrução da saída da
vesícula e o lugar mais comum desse cálculo se
impactar é no infundíbulo da vesícula => quando o
infundíbulo fica obstruído e a vesícula faz força para
tentar vencer isso, gera uma inflamação onde
bactérias podem se proliferar → gera infecção →
gera febre, dor em cólica e o paciente vai evoluindo
a dor abdominal, pois a vesícula vai aumentando
devido a inflamação/infecção e encosta no peritônio
parietal → dor chega no peritônio parietal →
peritonite => nesse caso de colecistite aguda o
paciente NÃO costuma ter icterícia.
- Associada a colecistolitíase 95%
- Colecistolitíase: “Female, Fat, Fertile, Forty,
Flatulent”
- Oclusão do Ducto cístico/impactando
infundíbulo DISTENSÃO DOR
- Inflamação => Edema
- Pressão luminal = Pressão de perfusão capilar
=> ISQUEMIA/GANGRENA (empiema de
vesícula/Coleperitônio)
- Colecistite alitiásica: Doentes graves, terapia
intensiva, jejum prolongado, pós operatório
de cirurgias cardíacas.
* Quadro clínico:
- Dor em hipocôndrio direito, náuseas/vômitos,
pode ocorrer febre (complicações)
- Associação de sintomas: passado dispéptico
(colecistocinéticos) e dor em cólica em HD.
* Exame Físico: Sinal de Murphy = vesícula fica no
ponto cístico e, quando esse é comprimido, paciente
refere dor e tem parada súbita de respiração = sinal
de Murphy positivo.
* Colangite: diagnóstico clínico.
- Tríade de Charcot (Dor em HD/ Febre e
Icterícia)
- Pêntade de Reynolds (Hipotensão/ Confusão
mental).
* Colangite: infecção das vias biliares => pode ser a
evolução da colecistite aguda que está infectada por
bactérias => tríade da colangite = tríade de Charcot =
febre, dor em hipocôndrio direito e icterícia =>
quando o paciente evolui o quadro de colangite,
chega na pêntade de Reynolds = Charcot +
hipotensão + confusão mental.
* Exames Complementares:
- Hemograma – Leucocitose (complicação)
- USG abdominal: exame de escolha –
Espessamento da parede, líquido
perivesicular, cálculo impactado
- CPRE: Icterícia – Colangite.
Pancreatite Aguda: causa biliar (cálculo na
vesícula) ou alcoólica; dor epigástrica.
- Aumento da pressão ductal extravasamento
de enzimas
- Edema com distensão da “cápsula
pancreática” = DOR.
* Quadro Clínico:
- Dor epigástrica de caráter súbito, contínua,
irradiando-se para o dorso, náuseas/vómitos
- Histórico: Colecistolitíase – alcoolismo (libação
alcoólica).
* Exame físico abdominal – Sinais/Sintomas:
- Hemicinturão hiperálgico de Katche: vai do
epigástrio até o dorso => paciente pode
referir dor mais intensa nesse hemicinturão e,
além disso, este hemicinturão tem
sensibilidade epicrítica aumentada em
relação ao restante do abdômen
- Icterícia: se cálculo impactado no colédoco =>
não acontece em todos os casos
- Parada de eliminação de gases e fezes => em
processos mais evoluídos em que o processo
inflamatório do pâncreas pode acometer
alças intestinais
- Febre não elevada: pancreatite → evolui para
inflamação indireta da pleura → exsudação
de líquido pleural → derrame pleural → febre
- Casos de pancreatite mais grave: sinal de
Cullen (hemorragia intra abdominal que
aparece como hemorragia periumbilical,
representando o sinal de Cullen) ou sinal de
Grey Turner (hemorragia retro abdominal →
sangue vai para os flancos → aparece na pele
como sinal de Grey Turner); choque.
* Pancreatite leve ou grave (se tem um dos 3 sinais, já
pensa em pancreatite grave).
* Exames Complementares:
- Quadro clínico + amilase = fala muito a favor
de pancreatite
- Lipase: produzida pelo pâncreas; demora
para ficar elevada
- TC de abdome.
Diverticulite Aguda: mais comum em idosos,
devido a doença diverticular (ocorre devido ao
aumento do lúmen do intestino = ocorre em pessoas
constipadas, que fazem muita força para evacuar →
aumenta pressão intraluminal → fica com pontos de
fraqueza na parede intestinal → partes serosa e
mucosa tendem a herniar → forma uma saculação =
divertículo).
* Camadas do intestino = serosa → camada muscular
→ mucosa.
* Oclusão da luz diverticular → inflamação →
perfuração (micro/macro) → extravasamento de
fezes → DOR.
* Quadro Clínico:
- Dor no quadrante inferior esquerdo, insidiosa,
podendo ser súbita
- Histórico: constipação / diverticulose.
* Exame físico abdominal – Sinais/Sintomas:
- “Apendicite do lado esquerdo”
- Febre (ausente idoso)
- Parada de eliminação de gases e fezes/
aumento dos movimentos peristálticos
- Bloqueio (massa palpável) em FIE / Perfuração
peritônio livre (descompressão brusca
positiva = peritonite).
* Exames Complementares:
* USG = exame examinador dependente => encontra
massa palpável
* TC de abdome: muito utilizada nestes casos =>
Classificação de Hinchey:
- I: Abscesso pericólico
- II: Abscesso pélvico ou retroperitoneal
- III: Peritonite purulenta
- IV: Peritonite estercoral (causada por fezes na
cavidade abdominal).
Abdome Agudo Obstrutivo: segundo tipo
mais presente de abdome agudo.
- Obstrução mecânica: tem algo (comoum
tumor, um cálculo grande, hiperproliferação
de vermes, ingesta ou introdução de corpo
estranho, etc.) que impede a propagação do
trânsito intestinal
- Obstrução funcional: parte do intestino deixa
de ser contrátil → não propaga ondas
peristálticas com o bolo fecal → tudo que fica
para trás disso fica obstruído => doença de
Chagas, doenças que agem no SNC.
* Obstrução simples: nem sempre é necessário
cirurgia para desobstruir.
* Obstrução em alça fechada: evolução rápida com
sofrimento vascular; quando tem dois pontos do
intestino fechados → distensão do cólon → necrose
de todo cólon.
* Característica da dor: em cólica com períodos de
acalmia => o organismo tende a tentar vencer a
obstrução, gerando dor.
* Peristalse de luta = aumento da peristalse tentando
vencer o obstáculo = gera ruídos hidroaéreos
aumentados → gera cólica.
* Quando ruídos hidroaéreos evoluem para silêncio
abdominal, é um sinal de complicação do abdome
agudo obstrutivo, ou seja, ocorre perfuração ou
gangrena da alça intestinal.
* Causas mais frequentes de obstrução de delgado:
- Aderências e bridas (nem sempre faz cirurgia)
=> em casos que já teve cirurgia intestinal
prévia e essa causou machucados na serosa
(bridas) → faz com que uma alça grude na
outra (aderências) → obstrução intestinal
- Hérnias da parede abdominal.
* Causas mais frequentes de obstrução do cólon:
- Tumores do cólon esquerdo => os tumores de
cólon direito não tendem a obstruir, mas
causam anemia, dor e crescem mais que o de
cólon esquerdo
- Volvo => torção de uma parte do intestino
sobre ele mesmo = é mais comum no intestino
grosso (principalmente no seco e no sigmóide)
- Estenoses por doença diverticular do cólon:
diverticulite aguda não tratada → processo
inflamatório evolui para estenose → abdomen
agudo obstrutivo.
Quadro Clínico: dor em cólicas, parada de
eliminação de gases e fezes e vômitos.
- Dor contínua/Febre = sofrimento intestinal
- RHA aumentados
- RHA ausentes = sofrimento intestinal
- Vômitos precoces, frequentes e biliosos =
obstrução alta
- Obstrução baixa: ausência de vômitos no
início
- Vômitos fecalóides = sofrimento intestinal/
obstrução baixa com válvula íleo cecal
competente
- Distensão maior na obstrução de cólon
- Distúrbios hidro-eletrolíticos – Vômitos /
sequestração líquida.
Exame Abdominal:
- Cicatrizes/abaulamentos
- RHA aumentados, timbre metálico, “silêncio”
abdominal
- Movimentos intestinais podem ser visíveis (=
Ondas de Kussmaul) principalmente em
indivíduos magros
- Irritação peritoneal (complicação) => perfurou
ou necrosou a alça → o conteúdo encosta na
parede abdominal → irritação peritoneal →
sinais de peritonite
- Toque retal: Tumor/ Sangue (complicação).
Exames Complementares:
- Hemograma: leucocitose acima de 15.000/mm3
= sugestivo de necrose alça
- RX abdome: exame muito bom para esses
caso de abdome agudo; em posição
ortostática e em decúbito (padrão
delgado/cólon)
- TC de abdome.
Abdome Agudo Perfurativo: conjunto de
sinais e sintomas secundários a perfuração de uma
víscera oca abdominal.
Causas mais frequentes:
- Úlceras gastroduodenais (agudas ou
crônicas)
- Uso de corticoides e AINES
- Doenças inflamatórias.
Quadro Clínico:
- Dor súbita, localizada que rapidamente se
generaliza
- Sudorese, taquicardia, palidez e posição
antálgica (doente “imóvel”).
Exame Abdominal:
- Diminuição dos RHA
- Contratura abdominal = “abdome em tábua”
- Sinal de Jobert: perda da macicez hepática
na percussão = som timpânico (ar/gases).
Exames Complementares:
- RX abdome ortostática e decúbito
- RX Tórax = Pneumoperitônio / Sinal de Rigler..
* Sinal de Rigler =
ar fora de alças
(fica preto no raio
X entre uma alça
e outra).
Abdome Agudo Vascular: quadro agudo
resultante de um infarto intestinal = para de ter
suprimento vascular em parte do intestino.
- Elevada mortalidade
- Dificuldade diagnóstica
- Ocorre mais no território da artéria
mesentérica superior.
Causas mais frequentes:
- Insuficiência arterial não oclusiva (baixo
débito cardíaco/ arteriosclerose/ estados
hipotensivos)
- Oclusão da artéria mesentérica (Trombose ou
embolia)
- Trombose da veia mesentérica
- Doença oclusiva microvascular.
Quadro Clínico:
- Embolia (originada no coração por arritmias
e outras cardiopatias) = dor súbita
- Trombose: pode ter quadro de angina
abdominal => quando o indivíduo se alimenta,
a demanda de O2 está maior no intestino,
mas, o fluxo sanguíneo está reduzido devido a
aterosclerose. Então, quando o indivíduo
come, gera dor, caracterizando a angina
abdominal => Dor pode ser mais gradativa
por circulação colateral, aumentando de
intensidade
- Distensão abdominal
- Chama atenção a dor abdominal referida
pelo paciente, mas esse abdômen é flácido e
não tem grandes alterações no exame físico.
Essa desproporção chama atenção para
infarto intestinal => o comprometimento
sistêmico é numa fase mais tardia, tendo
queda do estado geral, desidratação,
hipotensão e acidose metabólica
- Peritonite (evento tardio = necrose intestinal)
- Toque retal sangue em dedo de luva.
Exames Complementares:
- Gasometria arterial: acidose metabólica
- Hemograma: leucocitose
- Angio TC de abdome
- Arteriografia.
Abdome Agudo Hemorrágico: sangramento
abdominal espontâneo de origem não traumática.
Causas mais frequentes:
- Aneurismas de aorta
- Aneurismas viscerais
- Uso de anticoagulantes
- Mulheres: prenhez ectópica rota (sinal de
La�ont = sangue dentro do abdome → irrita
diafragma → mulher refere dor no ombro) e
cistos ovarianos rotos
- Ruptura esplênica “espontânea” (sinal de Kehr)
- Ruptura hepática “espontânea”.
Quadro Clínico:
- Dor abdominal variável (sangue baixo
irritante)
- Palidez
- Taquicardia/ pulsos filiformes ou ausentes
- Hipotensão arterial
- Alteração de nível de consciência.
Exame Abdominal:
- Frêmitos/ sopros/ massas pulsáteis =
aneurismas
- Dor abdominal
- Grito de Douglas (Sinal de Proust).
Exames Complementares:
- BHCG
- Hemograma / Plaquetas
- USG abdominal/ Punção
- Tomografia

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